Ciencias Naturais artigo

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CIÊNCIAS NATURAIS EM LÍNGUA DE SINAIS Yan Borges Gonçalves IFPA, [email protected] Marilza Nascimento de Sousa IFPA, [email protected] Raquel Ferreira do Carmo (Especialista em Tradução e Interpretação de Libras\Língua Portuguesa) SEDUC, LSKEL.FERREIRA@gmail.com Yvonete Bazbuz da Silva Santos (Orientadora) IFPA, [email protected] Tecnologia na Educação, Experiência na Educação Inclusiva Comunicação Oral Resumo A proposta da elaboração de uma tecnologia na educação com base em livros de ensino fundamental, com o intuito de criar um DVD em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), com vocabulário dos conteúdos de Biologia, Física e Química (Ciências Naturais) que poderá propiciar melhores condições de implementação dos fundamentos da escola bilíngue podendo garantir o acesso e a permanência, com qualidade social, aos educandos surdos às atividades educacionais destas áreas de ensino que possuem pouco vocabulário em LIBRAS, esse projeto foi feito no formato Flash Player. Palavras-chave: LIBRAS; Ciência Naturais; DVD.

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Projeto de extensão realizado no NAPNE/IFPA

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  • CINCIAS NATURAIS EM LNGUA DE SINAIS

    Yan Borges Gonalves IFPA, [email protected]

    Marilza Nascimento de Sousa IFPA, [email protected]

    Raquel Ferreira do Carmo (Especialista em Traduo e Interpretao de

    Libras\Lngua Portuguesa) SEDUC, [email protected]

    Yvonete Bazbuz da Silva Santos (Orientadora) IFPA,

    [email protected]

    Tecnologia na Educao, Experincia na Educao Inclusiva

    Comunicao Oral

    Resumo

    A proposta da elaborao de uma tecnologia na educao com

    base em livros de ensino fundamental, com o intuito de criar um DVD em

    Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS), com vocabulrio dos contedos de

    Biologia, Fsica e Qumica (Cincias Naturais) que poder propiciar

    melhores condies de implementao dos fundamentos da escola

    bilngue podendo garantir o acesso e a permanncia, com qualidade

    social, aos educandos surdos s atividades educacionais destas reas de

    ensino que possuem pouco vocabulrio em LIBRAS, esse projeto foi feito

    no formato Flash Player.

    Palavras-chave: LIBRAS; Cincia Naturais; DVD.

  • INTRODUO

    As primeiras instituies voltadas para a educao do surdo se

    consolidaram na Europa, inicialmente na Frana, em 1760 e a da em

    diante foram disseminadas para as demais partes do mundo. Com o

    advento das instituies especiais, que eram reguladas pela Igreja, estas

    foram s primeiras escolas produtoras do ensino-aprendizagem de

    surdos, at ento smbolo de primitivismo e irracionalidade. Os primeiros

    educadores de surdos utilizavam-se de diferentes metodologias de

    ensino-aprendizagem. Estas consistiam da lngua auditivo-oral nativa,

    lngua de sinais e dactiologia, representao manual do alfabeto e

    outros cdigos visuais (SKLIAR, 1998).

    O histrico marcado por dificuldades enfrentadas pelos indivduos

    surdos tanto no que tange a aceitao e compreenso da sociedade,

    quanto no processo de ensino-aprendizagem que deveria ter uma

    abordagem diferenciada, foi enfrentado e trabalhado medida que leis

    voltadas para as necessidades dessa comunidade foram relativamente

    atendidas, ganhando fora a partir da constituio de 1988 que

    estabelece a democracia no Brasil. Dessa forma, as pessoas com

    necessidades especiais obtm o direito de serem tratadas com igualdade,

    ganhando direitos como Portadores de Necessidades Especiais -

    PNES.

    Segundo a constituio de 1988, no Ttulo VIII - Da Ordem Social,

    Captulo II - Da Seguridade Social, Seo IV - Da Assistncia Social, Art.

    203. Item IV diz que a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras

    de deficincia e a promoo de sua integrao vida comunitria e item

    V a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa

    portadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de

    prover prpria manuteno, ou de t-la provida por sua famlia,

    conforme dispuser a lei, esses dois itens citados no texto mostram o

    direito que foi to negado no passado e que comea a ser reparado a

    partir daquele ano e continuaria at os dias de hoje. No capitulo seguinte

  • e em um de seus pargrafos ele cita que a educao deve ser oferecida a

    todos os cidados de forma plena e fazer com que os alunos tenham

    acesso e permanncia na escola e com dignidade.

    Depois da constituio de 1988, a lei n 7.853 de 24 de outubro

    de 1989 (lei do PNE) estabelecida: Dispe sobre o apoio s pessoas

    portadoras de deficincia, sua integrao social, sobre a Coordenadoria

    Nacional para lntegrao da Pessoa Portadora de Deficincia - Corde

    institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas

    pessoas, disciplina a atuao do Ministrio Pblico, define crimes, e d

    outras providncias.

    Em 1990 foi criado o Estatuto da Criana e do Adolescente,

    atravs da Lei n 8.069 de 13 de Julho de 1990, visando que a famlia, a

    sociedade e o governo trabalhassem juntos, para que o PNE, como vem

    colocar a lei, tenha uma vida social, tente se inserir na sociedade e um

    ano depois chegou a Lei n 8.213 de 25 de julho de 1991 com as

    seguintes atribuies: Dispe sobre os Planos de Benefcios da

    Previdncia e d outras providncias a contratao de portadores de

    necessidades especiais. E em 2000 foi aprovada a lei da acessibilidade

    (Lei n 10.098 de 19/12/2000) que Estabelece normas gerais e critrios

    bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de

    deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias..

    Atravs da lei federal 10.436, de 24 de abril de 2002, a LIBRAS se

    torna lngua oficial do Brasil, e o artigo primeiro e o pargrafo nico dessa

    lei explica como, por exemplo: Art. 1 reconhecida como meio legal de

    comunicao e expresso a Lngua Brasileira de Sinais - Libras e outros

    recursos de expresso a ela associados. Pargrafo nico. Entende-se

    como Lngua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicao e

    expresso, em que o sistema lingstico de natureza visual-motora, com

    estrutura gramatical prpria, constituem um sistema lingstico de

    transmisso de idias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas

    surdas do Brasil.

    A partir dessas leis o surdo comeou a conquistar espao e

    direitos sociais antes inexistentes. evidente que o preconceito acerca

  • das pessoas com necessidades especiais uma questo pertinente no

    cotidiano desse grupo, mesmo depois de dcadas, pois o processo de

    avano em conquistas sociais mostra-se lento e gradual. Atualmente,

    considerando todas as etapas ultrapassadas, essas pessoas, portanto,

    devem se sentir vitoriosas e, ao mesmo tempo, nunca desanimar na luta

    por seus direitos.

    No IFPA, O Nucleo de Atendimento as Pessoas com

    Necessidades Especficas (NAPNE), nasceu no IFPA em 2004, sobre a

    coordenao da professora Olinda, mas o programa TECNEP ocorre

    desde 2000 em Braslia, sendo que esse projeto consistia basicamente

    em implantar uma poltica de preparao da rede federal de educao

    tecnolgica para comear a fazer uma integrao maior do projeto de

    expanso para poder d mais oportunidades para as pessoas com

    necessidades especficas e sempre desde o incio seu trabalho foi o de

    ajudar os alunos com dificuldades no Instituto.

    A primeira coordenao que foi de 2004 a 2007, foram feitas

    discusses para a instalao do NAPNE em executar as orientaes

    vinda da Secretaria de Educao Tecnolgica (SETEC) que executou

    programas como o livro falado e outros cursos sempre voltados para a

    capacitao dos alunos e servidores do antigo CEFET agora IFPA.

    J na segunda coordenao, que foi at 2008, o NAPNE j

    ofertava vrios cursos entre eles hotelaria, informtica, aproveitamento de

    alimentos e outros todos financiados pela SEESP. Outro fato marcante

    daquela coordenao foi desenvolvido um trabalho de Educao Inclusiva

    com os alunos do PROEJA.

    Em entrevista com a professora Yvonete Bazbuz, coordenao de

    2009 a 2011 na coordenao, o NAPNE em parceria com a sua

    assessoria (ASSIM) ofertou cursos de LIBRAS, e ajudava um aluno cego

    do curso de eventos, hoje cursando letras na Federal.

    Atualmente, o NAPNE ajuda alunos de baixa viso do

    PRONATEC, um aluno esquizofrnico, uma cadeirante. E a partir de 2011

    o projeto Cincias Naturais em LIBRAS deu o seu primeiro passo e a

    pesquisa veio atender juntamente com os surdos criar um DVD em

  • LIBRAS que apresente uma seleo de palavras relativas a contedos

    das reas de cincias naturais (Biologia, Fsica e Qumica) ministrados no

    ensino fundamental, para uma maior compreenso. Esse projeto ns

    trouxemos os surdos ao IFPA e ministramos oficina com as palavras das

    trs disciplinas, e a partir de ento comear a sensibilizar da importncia

    do desenvolvimento de mdias como forma de auxiliar a acessibilidade

    para pessoas com essa necessidade.

    A equipe formadora do ano de 2011 contava com os bolsistas Yan

    Borges Gonalves (Licenciatura em Biologia), Marilza Nascimento de

    Souza (Licenciatura em Qumica), Delso Volnei dos Santos Bentes

    (Licenciatura em Fsica) e Bruno dos Santos Figueiredo (Tcnico em

    Informtica) e Raquel Ferreira do Carmo (Pedagoga Especialista em

    Traduo e Interpretao de Libras\Lngua Portuguesa - Orientadora) e

    Yvonete Bazbuz da Silva Santos (Msc. Educao pela UFPA, Pedagoga

    do Instituto Federal de Braslia - Orientadora).

    REFERENCIAL TERICO

    Para alcanar os objetivos do projeto realizou-se um trabalho no

    prprio Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Par que

    ser detalhado na Metodologia de trabalho, o IFPA localiza-se na Avenida

    Almirante Barroso, n 1155, bairro Marco, Belm-Pa. O grupo da biologia

    realizou uma pesquisa-participativa, a qual, segundo Engel (2000),

    definida como uma pesquisa que se ope a pesquisa tradicional por no

    ser considerada independente objetiva e no reativa, ela procura,

    portanto, intervir na prtica de modo inovador no decorrer do processo de

    pesquisa.

    Procurarou-se palavras que no possuam nenhum sinal

    correspondente e, conseqentemente, precisavam passar por um

    processo de criao dos referidos sinais. Como fonte de informao os

    bolsistas basearam-se no Dicionrio Enciclopdico Trilngue da Lngua de

    Sinais Brasileira (CAPOVILLA; RAPHAEL, 2001a; 2001b) e no Dicionrio

    de LIBRAS online Acessibilidade Brasil (LIRA; SOUZA, 2008).

  • Os contedos trabalhados encaixam-se em sua grande maioria

    dentro da temtica celular, mais especificamente, organelas

    citoplasmticas. Para tal, foram utilizados diversos recursos didticos a

    fim de captar a essncia de cada palavra de maneira que pudesse atingir

    um maior nmero de estudantes no objetivo de concretizar uma

    aprendizagem mais significativa para os mesmos. Foram utilizada

    apresentao de slides atravs de projetor digital (data-show), pincel para

    quadro branco, onde um dos surdos mais experientes explicava o assunto

    para os que no entendiam a minha explicao com o auxilio da

    interprete.

    Ao final do cada encontro, era realizada reunio entre os bolsistas

    com o intuito de criar novas ideias de como conduzir e avaliar o

    andamento do projeto. Estas pequenas reunies se mostraram

    importantes, pois era solicitado o mximo de criatividade dos bolsistas e,

    no decorrer do projeto, foi-se afrontando diversos contratempos desde

    problemas financeiros para a confeco do material at o dia da

    apresentao do produto final.

    A Lngua Brasileira de Sinais-LIBRAS uma das muitas lnguas

    de sinais que o mundo possui para utilizar a modalidade visual-

    cinestsica, e no oral-auditiva como as lnguas orais. Visual-cinestsica,

    pois utiliza a viso para captar a mensagem e movimentos,

    principalmente das mos, para transmiti-la. Esta lngua, como todas as

    outras lnguas sinalizadas, foi criada na comunidade surda e passada de

    gerao em gerao (PEREIRA, 2000 apud NPOLI; RAMIREZ, 2003).

    Tendo isto em vista, era necessrio, acima de tudo, divulgar os sinais j

    existentes dentro das fontes pesquisadas para que tanto, estudantes

    surdos quanto os professores soubessem da existncia dos mesmos e

    partir a para a criao, junto comunidade surda (representada pelos

    alunos), de sinais para palavras que no existem.

    Nesse contexto, com o intuito de analisar a trajetria do trabalho

    em campo e preocupados em realizar uma metodologia apropriada, os

    bolsistas realizavam reunies durante a semana com as coordenadoras.

  • OBJETIVOS

    O objetivo central do projeto era criar sinais em LIBRAS para

    palavras que no tenham sinais nas Cincias Naturais (Biologia Fsica e

    Qumica), por que so muito escassas nas literaturas pesquisadas.

    Mediante esse objetivo vieram os seus subprodutos (Objetivos

    Especficos):

    - Elabora um roteiro de atividades para que o projeto o

    desenvolvimento do projeto.

    - A escolha dos contedos da rea Biolgica para

    desenvolver o projeto.

    - A Criao de desenhos e filmagens que sero utilizadas

    para a apresentao do contedo.

    - Produzir o DVD com cpias para serem distribudas em

    escolas e instituies que tenham alunos surdos.

    - Sensibilizar a comunidade para a importncia de serem

    desenvolvidas mdias como forma de promover a acessibilidade para

    as pessoas com deficincia auditiva.

    METODOLOGIA

    Para se cumprir os objetivos acima, precisamos desenvolver o

    roteiro do DVD. A Primeira etapa foi a de delimitar um tema para cada

    disciplina (Biologia, Fsica e Qumica) para ser trabalhado, esse tema

    tinha de ser acessvel, por que era a primeira vez que se fazia um projeto

    voltado com esse objetivo, o tema das trs disciplinas de cincias naturais

    foi baseado em palavras de livros de ensino fundamental. Em seguida a

    Segunda etapa que consiste em selecionar 50 palavras desse tema

    escolhido para que na Terceira etapa procurar na bibliografia

    (CAPOVILLA; RAPHAEL, 2001a; 2001b) e no Dicionrio de LIBRAS

    online Acessibilidade Brasil (LIRA; SOUZA, 2008) e separar as que j tm

  • sinais das que no tem e para que se trabalhe s com as que no

    possuem sinal na LIBRAS segundo nossas referncias.

    A partir de ento feitas essa triagem dos assuntos para verificar

    quais palavras no tinham sinais e que iriam entrar no dicionrio, a partir

    da a Quarta etapa entrou em vigncia que era levar essas palavras

    selecionadas nas trs reas do conhecimento para surdos formados e

    com experincias em LIBRAS para verificar corretamente se aquelas

    palavras no tinham realmente sinais na lngua brasileira de sinais.

    Mediante concluda essa etapa, passasse a Quinta etapa que a oficina

    juntamente com os alunos surdos, onde cada disciplina era marcada um

    dia que o aluno fazia um trabalho de monitoria com uma interprete do

    lado, o monitor (bolsista) explicava o significado da palavra e a interprete

    sinalizava a explicao para os alunos e a partir de ento eles

    confabulavam para a criao correta do sinal, mediante a nosso

    regionalismo.

    A Sexta etapa a da gravao, onde tivemos o apoio do setor da

    informtica que fez a gravao dos sinais com a nossa interprete fazendo

    os sinais. Na Stima etapa os nossos bolsistas de informtica,

    desenvolveram o nosso software adotando o flash player que um

    software primariamente grfico para animao e foi usado como gerador

    do programa e as bolsistas de design, ao mesmo tempo, fizeram a

    criao dos desenhos dos sinais para a gravao das imagens

    produzidas para a explicao do contedo. E chegamos Oitava etapa

    que insero do ISSN 2237-9428 e nome do DVD para Publicao

    "Sociedade em Extenso".

    Feito todo esse processo chegamos s duas ltimas etapas, a

    Nona foi compra dos CDs para ser colocado o produto pronto e a

    impresso do papel adesivo com o ISSN para ser colocado no DVD e a

    Dcima e ltima etapa foi culminncia do processo apresentando o

    produto final com a I Mostra de Projetos de Extenso do NAPNE:

    Educao de Pessoas com Surdez que foi um evento local, somente

    para as escolas especializadas em LIBRAS como a UEES Astrio de

  • Campos e o Instituto Felipe Smaldone, professores de libras, Interpretes

    surdos e ouvintes.

    RESULTADOS

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) a

    Repblica Federativa do Brasil est organizada em 26 Unidades

    Federativas mais o Distrito Federal e cada uma possui suas culturas,

    danas tpicas, comidas e assim por diante e isso se chama regionalismo,

    na lngua no diferente na nossa lngua portuguesa possui e muito esse

    regionalismos como, por exemplo, gua no estado do Par uma

    exclamao e est presente vrias vezes na frase do paraense, j no

    centro-sul do pas gua possui um significado fmea do cavalo, na

    LIBRAS no diferente e por esse motivo levamos em considerao o

    regionalismo, levamos em considerao nessa pesquisa os livros escritos

    e digitais do Brasil, no levamos em considerao em 2011 artigos. E na

    LIBRAS tambm existe muito regionalismo como o prprio gua citado

    acima possui sinais diferentes no Par e no Centro-Sul, outro exemplo o

    po que tambm possui mais de dois sinais nesse pas chamado Brasil.

    Por isso que existem muitos sinais so criados entre os surdos do Brasil,

    mas nem todos so formalizados e por isso o regionalismo e to forte no

    brasil, por exemplo,. Cada estado possui sua peculiaridade, mas com o

    advento das redes sociais as informaes so difundidas, mas

    rapidamente e por isso que a LIBRAS est evoluindo muito rpido e isso

    se torna vantajoso por que as ideias agora esto se somando e no

    dividindo.

    E no final de tudo as palavras com sinais criados para a disciplina

    de cincias naturais esto listadas abaixo:

    Biologia: Anfbios, Bactrias, Clula, Citoplasma, Complexo de

    Golgi, Diviso Celular, Embrio Animal, Embrio Vegetal, Fotossntese,

    Glndulas, Heterotrmico, Leuccitos, Lisossomos, Mamferos,

    Membrana Plasmtica, Micro-organismos, Mitocndria, Notocorda,

    Ncleo, Nutriente, Organela, vulo, Parede Celular, Queratina

  • Quimioterapia, Rpteis, Reticulo Endoplasmtico Liso, Reticulo

    Endoplasmtico Rugoso, Sistema Imunolgico, Sistema Muscular, Tecido

    Cartilaginoso, Tecido Epitelial, Tumor e Veia.

    Qumica: nion, tomo, Base, Clcio, Camada Eletrnica,

    Carbono, Conservante, Decantao, Destilao, Dissoluo, Efeito

    Estufa, Elasticidade, Elemento, Eltrons, Eletrosfera, Equao Qumica,

    Evaporao, Exotrmico, Frmulas Qumicas, Fuso, Hidrognio, ons

    nions, ons Ctions, Magnsio, Mistura Homognea, Partcula,

    Radioativo, Tabela Peridica e Txico.

    Fsica: Acelerao, Amplitude, Astigmatismo, Atrito, Decibel,

    Densidade, Difrao, Ebulio, Efeito Doppler, Eletroscpio, Eltron,

    Energia, Equilbrio, Escala Celsius, Escala Fahrenheit, Escala Kelvin,

    Frequncia, Im, Inrcia, Infravermelho, on, Prton, Reflexo, Refrao,

    Ressonncia Magntica e Velocidade.

    Alm das palavras com sinais criados, no DVD possui um vdeo

    onde a interprete em LIBRAS faz o sinal e o conceito da respectiva

    palavra, explicando o seu significado.

    Esse projeto foi primeira semente plantada para outros projetos

    e foi muito local, mas alcanaram todos os objetivos, principalmente, o de

    sensibilizar os acadmicos, professores, alunos surdos e ouvintes para a

    necessidade da criao de mdias/tecnologias para o desenvolvimento da

    educao principalmente dos alunos com necessidades especficas,

    nesse caso os surdos.

    Ao longo dessa jornada j podamos ver os resultados parciais

    que no poderiam ser melhores, pois o objetivo geral de criar sinais est

    sendo realizada pelos alunos surdos auxiliados pelos bolsistas e

    interpretes sendo que estes so beneficiados ao conseguirem

    compreender a funo de cada palavra da clula e/ou outro assunto.

    Com isso tem apresentado resultado expressivo, por conseguir

    alcanar o aluno surdo para a compreenso do assunto e ao mesmo

    tempo criar sinais/palavras que no existem na disciplina biologia, fsica e

    qumica. medida que os resultados e a participao dos alunos surdos

    no processo de criao tornam-se mais evidentes e significativos, mais o

  • trabalho adquire fora e estmulo para os indivduos envolvidos no projeto,

    sejam eles, coordenadores, bolsistas e/ou voluntrios.

    Ns conseguimos criar uma mdia para atender a uma demanda

    que s cresce e em disciplinas que so muito carentes de sinais na

    LIBRAS e conseguimos passar uma mensagem de sensibilizao da

    comunidade surda para a necessidade de mais projetos com essa

    finalidade para que a educao surda seja alavancada para melhor, foi a

    primeira semente que est se disseminando, a comunidade ajudou e

    ajuda nessa criao, pois no ganhamos nada, quem ganha sempre a

    educao e eles.

    O processo ensino-aprendizagem pelo nosso acompanhamento

    nesses 12 meses do ano mostrou uma leve melhoria, por que o professor

    tem mais uma ferramenta para passar o contedo e se fazer entender

    pelo aluno.

    Por exemplo, a professora de qumica do Astrio de Campos,

    utiliza os sinais feitos pelo projeto, essa disseminao importante, para

    que os assuntos nessas disciplinas sejam mais explorados pelo professor

    e bem entendidas pelo aluno surdo.

    CONCLUSES

    O projeto no apenas contribui enriquecendo a LIBRAS com

    novos sinais consequentemente a comunidade surda, mas tambm,

    proporciona um aprendizado imensurvel para a equipe envolvida, a qual

    aprende, conquista experincia e amplia seus horizontes

    proporcionalmente evoluo da pesquisa de campo.

    Um dos aspectos identificados e que nos causou inquietao, foi

    percebermos que apesar de j existir uma Lngua Brasileiras de Sinais,

    ensinada nas escolas, Universidades ou cursos de especializao ou

    extenso, esta vem sendo ensinada, na maioria das vezes aos ouvintes,

    mas no est sendo devidamente socializada entre os surdos.

    um fato que provoca profunda reflexo, pois o surdo cria seus

    prprios sinais, como uma necessidade de sobrevivncia, a princpio para

  • se comunicar com a famlia e posteriormente para se comunicar em

    sociedade, portanto existe uma diversidade de sinais que diferem de

    comunidade para comunidade e de estado para estado.

    E um dado da aprendizagem dos surdos que quanto mais voc

    aprofunda o contedo, maior era dificuldade de aprender dele, por que os

    contedos so muito subjetivos e ele no vivencia na prtica, em certas

    palavras a nossa interprete tinha de usar vrios classificadores para que o

    surdo entendesse e s vezes outro surdo mais experiente e com uma

    vivncia maior tinha de explicar por que ele utilizava outros meios para

    explicar.

    O projeto em questo nos permitiu ver que precisamos encontrar

    meios para que o surdo, de um modo geral domine a LIBRAS formal, j

    que essa a lngua que vai ser falada pelos ouvintes que esto

    aprendendo LIBRAS, no local de trabalho, nas escolas e em outras

    instituies onde o surdo ir frequentar.

    Em especial tem de agradecer a todos os envolvidos nesse

    projeto, ao apoio do DIREI (Diretoria de Extenso e Integrao) que

    possui o Programa Institucional de Bolsas de Extenso (PIBEX) pela

    nossa bolsa no ano de 2011, ao Ncleo de Atendimento as Pessoas com

    Necessidades Especficas (NAPNE) por nos ter deixado usar o espao do

    ncleo para reunies e pesquisa sobre o assunto. Agradecemos tambm

    aos alunos do cursinho pr-vestibular inclusivo da escola Astrio de

    Campos, pelo cinegrafista Lus Felipe dos Santos Martins no apoio as

    gravaes, A Assessoria de produo audiovisual do IFPA-Campus

    Belm-APAB, Assessoria de Marketing do IFPA - Campus Belm-AMICB,

    Assessoria de Comunicao IFPA Campus Belm (ASCOM), Impresso

    das capas: Grfica-Campus Belm, Reproduo do DVD pelo Ncleo de

    Educao a Distncia (NEAD) e a todos os bolsistas desse projeto.

    REFERNCIAS

    BRASIL, Constituio da Repblica Federativa do Brasil, 1988.

  • BRASIL, Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS, Lei N 10.436, de 24 de

    Abril de 2002.

    BRASIL, Lei N 10.098 de 19 de Dezembro de 2000.

    BRASIL, Lei N 8.213 de 25 de Julho de 1991.

    BRASIL, Lei N 7.853 de 24 de outubro de 1989.

    BRASIL, Estatuto da Criana e do Adolescente. Lei N 8.069 de 13 de

    Julho de 1990.

    CAPOVILLA, F.C.; RAPHAEL, W.D. Dicionrio enciclopdico ilustrado

    trilnge da lngua de sinais brasileira: volume II Sinais de M a Z.ed. 2.

    So Paulo: Edusp: Imprensa Oficial do Estado, 2001b.

    CAPOVILLA, F.C.; RAPHAEL, W.D. Dicionrio enciclopdico ilustrado

    trilnge da lngua de sinais brasileira: volume I Sinais de A a L. ed. 2.

    So Paulo: Edusp: Imprensa Oficial do Estado, 2001a.

    ENGEL, G. I. Pesquisa-ao.Educar.n. 16, p. 181-191. Curitiba: Editora

    da UFPR, 2000.

    IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia Estatstica

    http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/divisao-

    territorial.

    LIRA, G. A.; SOUZA, T. A. F. Dicionrio da lngua brasileira de sinais -

    LIBRAS web verso 2.1. Coordenadoria Nacional de Deficincia

    (CORDE); Instituto Nacional de Educao de Surdos (INES) 2008.

    Disponvel em:. Acesso em: 18 set

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    NPOLI, M.; RAMIREZ, A. R. G. Elaborao de um sistema de ensino

    para surdos que sistematiza o ensino da lngua portuguesa partindo de

    uma perspectiva com LIBRAS. Ponto de Vista. Florianpolis, n. 05,

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    PEREIRA, M. C. P. Intrprete de lngua de sinais. 2000. Disponvel em

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