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Ciências Humanas e Suas Tecnologias Filosofia Prof. João Saraiva A violência é percebida como um exercício de força física e da coação psíquica para obrigar alguém a fazer ou agir de forma contrária a sua vontade, interesses e desejos, em desacordo com seu corpo e sua consciência, causando-lhe danos profundos e irreparáveis, como a morte, a loucura, a autoagressão ou a agressão aos outros. É sabido, público e notório que a violência, além de ser um tema complexo, é também bastante amplo. Ultimamente, assistimos a conflitos que vão desde a atitudes irresponsáveis e intransigentes de ditadores que tentaram se manter em “seus tronos” a todo custo como na Tunísia (Zine Al Abidine Ben Ali), no Egito (Hosni Mubarak), e mais recentemente, na Líbia (Muamar Kadafi); relembramos o 11 de setembro americano e o atentado terrorista ao World Trade Center; passando pelos crimes contra crianças – basta lembrar casos bárbaros como o de Isabela Nardoni, o de Eloá Pimentel, o do garoto João Hélio e as chamadas “balas perdidas”; a violência contra minorias sexuais – e vão até a agressão de policiais contra professores em greve na Assembleia Legislativa de nosso Estado, fato que foi veiculado pela mídia por meio de imagens que chocaram pelo uso abusivo da força. É uma realidade nacional. Mas essa crise social não é algo novo, nem é preciso ir muito longe para percebê-la. Contudo, é preciso também tentar entender o que está por detrás da capa de violência urbana que cresce assustadoramente a cada dia, e acaba chegando ao espaço escolar com a prática do bullying, culminando nas agressões contra professores em algumas partes do país. A questão da violência, ao longo dos anos, emerge como um problema para os indivíduos e as sociedades. Por que ela é tão recorrente? O Brasil de tempos em tempos fi ca chocado com ataques do crime organizado, ações violentas da polícia, chacinas, mortes bárbaras, mas passado o impacto inicial, tudo se acalma e o caso do momento é esquecido até o próximo noticiário. É a banalização da violência que se observa, por exemplo, em programas policiais sensacionalistas veiculados na programação local. Não há um consenso quanto às causas da violência, nem mesmo quanto ao fenômeno em si. Para um dos fundadores da Sociologia, Émile Durkheim, a violência é um subproduto social decorrente de falhas no processo de socialização das pessoas e da ineficiência das instituições sociais modernas. Para Marx, ela seria resultante das lutas de classes. Partindo da tese de Durkheim para quem nenhum ser humano nasce criminoso, e se assim se transforma é porque o meio teve grande participação, é inegável que políticas públicas de prevenção ao crime e à violência devem ser iniciadas junto às crianças, pois estas serão os sujeitos criminosos do amanhã, e muitas vezes, como vemos, até mesmo do hoje. E assim o é, uma vez que as crianças estão abertas a receberem todas as informações possíveis e são extremamente sugestionáveis. Não é à toa que se discute baixar a maioridade penal! VIOLÊNCIA: UMA QUESTÃO PARA SE REFLETIR A violência é percebida como um exercício de força física e da coação psíquica para obrigar alguém a fazer ou agir de forma contrária a sua vontade, interesses e desejos, em desacordo com seu corpo e sua consciência, causando-lhe danos profundos e irreparáveis, como a morte, a loucura, a autoagressão ou a agressão aos outros. 30

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Ciências Humanas eSuas Tecnologias

Filosofi aProf. João Saraiva

A violência é percebida como um exercício de força física e da coação psíquica para obrigar alguém a fazer ou agir de forma contrária a sua vontade, interesses e desejos, em desacordo com seu corpo e sua consciência, causando-lhe danos profundos e irreparáveis, como a morte, a loucura, a autoagressão ou a agressão aos outros.

É sabido, público e notório que a violência, além de ser um tema complexo, é também bastante amplo. Ultimamente, assistimos a confl itos que vão desde a atitudes irresponsáveis e intransigentes de ditadores que tentaram se manter em “seus tronos” a todo custo como na Tunísia (Zine Al Abidine Ben Ali), no Egito (Hosni Mubarak), e mais recentemente, na Líbia (Muamar Kadafi ); relembramos o 11 de setembro americano e o atentado terrorista ao World Trade Center; passando pelos crimes contra crianças – basta lembrar casos bárbaros como o de Isabela Nardoni, o de Eloá Pimentel, o do garoto João Hélio e as chamadas “balas perdidas”; a violência contra minorias sexuais – e vão até a agressão de policiais contra professores em greve na Assembleia Legislativa de nosso Estado, fato que foi veiculado pela mídia por meio de imagens que chocaram pelo uso abusivo da força. É uma realidade nacional. Mas essa crise social não é algo novo, nem é preciso ir muito longe para percebê-la. Contudo, é preciso também tentar entender o que está por detrás da capa de violência urbana que cresce assustadoramente a cada dia, e acaba chegando ao espaço escolar com a prática do bullying, culminando nas agressões contra professores em algumas partes do país.

A questão da violência, ao longo dos anos, emerge como um problema para os indivíduos e as sociedades. Por que ela é tão recorrente? O Brasil de tempos em tempos fi ca chocado com ataques do crime organizado, ações violentas da polícia, chacinas, mortes bárbaras, mas passado o impacto inicial, tudo se acalma e o caso do momento é esquecido até o próximo noticiário. É a banalização da violência que se observa, por exemplo, em programas policiais sensacionalistas veiculados na programação local.

Não há um consenso quanto às causas da violência, nem mesmo quanto ao fenômeno em si. Para um dos fundadores da Sociologia, Émile Durkheim, a violência é um subproduto social decorrente de falhas no processo de socialização das pessoas e da inefi ciência das instituições sociais modernas. Para Marx, ela seria resultante das lutas de classes.

Partindo da tese de Durkheim para quem nenhum ser humano nasce criminoso, e se assim se transforma é porque o meio teve grande participação, é inegável que políticas públicas de prevenção ao crime e à violência devem ser iniciadas junto às crianças, pois estas serão os sujeitos criminosos do amanhã, e muitas vezes, como vemos, até mesmo do hoje. E assim o é, uma vez que as crianças estão abertas a receberem todas as informações possíveis e são extremamente sugestionáveis. Não é à toa que se discute baixar a maioridade penal!

VIOLÊNCIA: UMA QUESTÃO PARA SE REFLETIR

A violência épercebida como

um exercício de força física e da coação

psíquica para obrigar alguém a fazer ou agir de forma contrária a sua vontade,

interesses e desejos, em

desacordo com seu corpo e sua

consciência, causando-lhe

danos profundos e irreparáveis, como a morte, a loucura,

a autoagressão ou a agressão aos

outros.

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Tanto na arte (cinema, TV e literatura) quanto na realidade, a violência decorre de relações sociais (econômicas e de poder) desiguais e injustas que geram conflitos e cujos desdobramentos podem resultar em violência. A violência urbana surge em áreas segregadas da cidade, em decorrência de conflitos sociais entre diferentes grupos étnicos, religiosos, diversidade sexual, classes econômicas, lideranças políticas, populações migrantes, que buscam seu espaço de vida e suas formas de sobrevivência.

As pessoas marginalizadas, excluídas, são colocadas como lixo da criação divina, neste ponto cabe voltarmos à realidade banalizada pela mídia televisiva que nos mostra, quase que diariamente, índios, homossexuais, mendigos, moradores de rua, sendo queimados, espancados, mortos como animais sem valor. A cidade fornece o palco e o cenário para deslanchar atos de violência que acontecem em quase todos os grandes centros urbanos do mundo contemporâneo onde o “lixo” produzido em excesso já não pode ser escondido.

Em suma, a violência urbana tem raízes econômicas, políticas e sociais, cuja dinâmica cabe examinar mais de perto: O Brasil tem hoje os índices de homicídios mais elevados do mundo! A morte violenta é a principal causa de mortalidade no país; isto reflete uma estrutura social desigual, injusta, com alta concentração de renda nas mãos de elites que deixam a grande maioria dos brasileiros na miséria, gerando uma cultura de pobreza nas periferias das cidades.

As cidades não produzem automaticamente a violência, contudo, não ignoram que essa acontece frequentemente em seu seio por diversos fatores como densidade geográfica, pelas oportunidades de trabalho por ela oferecidas, pelo poder político que nelas se estabelecem e pelas contradições sociais e culturais que emergem em seus espaços públicos e privados.

Os sociólogos anteriormente citados lembram que a violência resulta das rivalidades existentes entre os elementos que a constituem.A globalização e elitização da economia criam uma casta de “incluídos” que participam das vantagens e dos benefícios da

produção crescente de riquezas, ela produz simultaneamente uma grande maioria de “excluídos” desses mesmos benefícios. Estes, ao se desintegrarem da economia desregulamentada, se revoltam e criminalizam ou são criminalizados, emergindo assim o círculo vicioso da “criminalização da miséria”.

O remédio que a sociedade elitizada e alguns governantes apontam para esse fenômeno consiste em encarcerar ou até mesmo erradicar da face da Terra, contingentes cada vez maiores de populações pobres e miseráveis (discute-se a adoção da pena de morte). Mas como se o direito à vida é um direito inalienável, como assegura a Constituição Federal?

Segundo Marx, a sociedade é um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações é que tornam a sociedade possível. Essas ações ajudam a organização social e mostram que o homem se relaciona uns com os outros. Assim, ele considera as desigualdades sociais como produto de um conjunto de relações pautado na propriedade como um fato jurídico e também político. O poder de dominação é que dá origem a essas desigualdades. Elas se originam, de uma forma sucinta, dessa relação contraditória, refletem na apropriação e dominação, dando origem a um sistema social no qual uma classe produz e a outra domina os meios de produção.

As desigualdades sociais não são acidentais, e sim produzidas por um conjunto de relações que levam à exploração do trabalho e à concentração de riqueza nas mãos de poucos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais.

A violência e a insegurança são algumas das consequências das contradições sociais e territoriais que permeiam a cidade de Fortaleza e não estão subordinadas apenas e exclusivamente à incapacidade das autoridades em controlar os crimes, mas devem ser associadas, principalmente, à ausência de políticas sociais urbanas mais eficazes. Dessa forma, não devemos afirmar que as áreas urbanas mais desprovidas de recursos facilitam a criminalidade, ou melhor, não significa que os moradores dessas áreas sejam culpados, na verdade, além de enfrentar condições precárias de subsistência, essa população ainda é a principal vítima de crimes violentos.

Se a violência é urbana, pode-se concluir que uma de suas causas é o próprio espaço urbano, visto que nas periferias das cidades a presença do Poder Público é fraca, então o crime consegue instalar-se mais facilmente. São os chamados espaços segregados, áreas urbanas em que a infraestrutura urbana de equipamentos e serviços (saneamento básico, sistema viário, energia elétrica e iluminação pública, transporte, lazer, equipamentos culturais, segurança pública e acesso à justiça) é precária, insuficiente, e há baixa oferta de postos de trabalho. Estes múltiplos fatores criam condições para o tensionamento e a fragmentação do espaço urbano, fazendo com que a violência passe a ser algo concreto na vida cotidiana de toda a população. Infelizmente, a opinião pública volta-se apenas e tão somente para a violência de rua, esquecendo-se de outros matizes de um problema mais grave do que se estima.

Os direitos humanos fundamentais deveriam ser reconhecidos em qualquer Estado, grande ou pequeno, pobre ou rico, independente do sistema social e econômico que cada nação adote. Apesar dos vários tratados e declarações internacionalmente assumidos, a triste realidade é que nenhum dos direitos declarados é respeitado uniformemente. Mas o que se deve recordar é que a própria ação estatal perde legitimidade se os direitos básicos da pessoa humana não servirem de baliza para as decisões tomadas em nome da coletividade.

Sendo assim, proponho a seguinte indagação: será que os agentes de violência são nossos algozes ou são apenas vítimas de uma violência mais ampla, sutil e poderosa (simbólica, do Estado, social) que a própria sociedade, de alguma forma produz em nossas relações diárias, como por exemplo, por meio da exclusão da população nas decisões políticas e da divisão de classes/estratificação social – gerada pela má distribuição de renda, restrição de acesso aos bens culturais e de consumo, e modelo capitalista e burguês de vida. Conclui-se que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme pela luta por justiça e pela paz.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:CERTAU, Michele de. A cultura no plural. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.DURKHEIM, Émile. Educação e Sociologia. 11ª ed. São Paulo: Melhoramentos, 1978.DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.MARX, Karl. Para a crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1982 (Os Economistas).MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. O Capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.____________________________. O manifesto do partido comunista. São Paulo: Martin Claret, 2005.SODRÉ, Muniz. Sociedade, Mídia e Violência. Porto Alegre: Sulina: Edipucrs 2002. 2ªed. 2006.SOUZA, Herbert de. RODRIGUES, Carla. Ética e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1994.

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EXERCÍCIOS

01. Observe e responda.

A partir da foto e considerando as condições de vida nas grandes cidades no Brasil, é possível afirmar que a questão incorreta é: A) O acesso a boas condições de moradia no Brasil está relacionado ao alto poder econômico das grandes cidades, que

tendem a ter um valor de custo de vida elevado nas áreas centrais e urbanizadas.B) Há uma tendência nas grandes cidades brasileiras, devido ao alto valor do custo de vida nas áreas centrais e urbanizadas,

de isolamento das populações, confinadas a bolsões de miséria.C) Nas grandes cidades brasileiras, com a prática de tarifas de transportes caras e falta de integração de vários meios de

transporte, a mobilidade social é dificultada e, com isso, a ascensão social das pessoas por meio de estudo e aumento de renda é um sonho distante para muitos.

D) As favelas surgem e crescem sem planos de lotes e ruas, com frequência em terrenos públicos, às vezes acidentados e sem condições de segurança, e os governos encontram várias dificuldades para regularizar as moradias, pois cabe ao poder público cumprir as normas que ele mesmo estabeleceu.

E) Com o processo de favelização das grandes cidades brasileiras, os moradores destas são assistidos e tem pleno acesso a direitos humanos básicos (comida, trabalho e moradia).

02. As ações terroristas cada vez mais se propagam pelo mundo, havendo ataques em várias cidades, em todos os continentes. Nesse contexto, analise a seguinte notícia: “No dia 10 de março de 2005, o Presidente de Governo da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero, em conferência sobre o terrorismo, ocorrida em Madri para lembrar os atentados do dia 11 de março de 2004, assinalou que “os espanhóis encheram as ruas em sinal de dor e solidariedade e, dois dias depois, encheram as urnas, mostrando, assim, o único caminho para derrotar o terrorismo: a democracia”. Também proclamou que não existe álibi para o assassinato indiscriminado. Zapatero afirmou que não há política, nem ideologia, resistência ou luta no terror, só há o vazio da futilidade, a infâmia e a barbárie. Também defendeu a comunidade islâmica, lembrando que não se deve vincular esse fenômeno com nenhuma civilização, cultura ou religião. Por esse motivo, apostou na criação pelas Nações Unidas de uma aliança de civilizações, para que não se continue ignorando a pobreza extrema, a exclusão social ou os Estados falidos, que constituem, segundo ele, “um terreno fértil para o terrorismo”.

Isabel Mancebo. “Madri fecha conferência sobre terrorismo e relembra os mortos de 11-M.“

Disponível em: http://www2.rnw.nl/ rnw/pt/atualidade/europa/at050311_onzedemarco?

Acesso em Set. 2005 (com adaptações).

A principal razão, indicada pelo governante espanhol, para que haja tais iniciativas do terror está explicitada na seguinte afirmação:

A) O desejo de vingança desencadeia atos de barbárie dos terroristas.B) A democracia permite que as organizações terroristas se desenvolvam.C) A desigualdade social existente em alguns países alimenta o terrorismo.D) O choque de civilizações aprofunda os abismos culturais entre os países.E) A intolerância gera medo e insegurança criando condições para o terrorismo.

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FB NO ENEM

03. A imaginação sociopolítica brasileira formou-se no contexto da sociedade pós-colonial, refletindo os desafios de construção de um pensamento sobre a sociedade nacional, sobre a identidade do povo brasileiro e sobre a política. Em decorrência desse pensamento, surgiu uma série de noções nas ciências sociais, tais como miscigenação, eugenismo, democracia racial, homem cordial, cultura popular e pensamento autoritário.

Considerando a temática do texto acima, assinale a opção correta.

A) A miscigenação contribuiu para a melhoria da qualidade genética racial do povo brasileiro e, por isso, constitui uma referência de valor para as ciências sociais.

B) Segundo as tendências dominantes das ciências sociais contemporâneas no Brasil, o discurso da democracia racial funda-se em uma ideologia que esconde o preconceito racial.

C) Segundo as ciências sociais, a sociedade ocidental não possui elementos de cultura autoritária.D) O fenômeno da exclusão social é um problema típico do século XXI.E) O pensamento autoritário foi concebido para emancipar as classes populares e conduzi-las à luta pela democracia racial

no Brasil.

04. Em 1840, o francês Aléxis de Tocqueville (1805-1859), autor de A democracia na América, impressionado com o que viu em viagem aos Estados Unidos, escreveu que nos EUA, “a qualquer momento, um serviçal pode se tornar um senhor”. Por sua vez, o escritor brasileiro Luiz Fernando Verissimo, autor de O analista de Bagé, disse, em 1999, ao se referir à situação social no Brasil: “tem gente se agarrando a poste para não cair na escala social e sequestrando elevador para subir na vida”.

As citações anteriores se referem diretamente a qual fenômeno social?A) Ao da estratificação, que diz respeito a uma forma de organização que se estrutura por meio da divisão da sociedade

em estratos ou camadas sociais distintas, conforme algum tipo de critério estabelecido.B) Ao de status social, que diz respeito a um conjunto de direitos e deveres que marcam e diferenciam a posição de uma

pessoa em suas relações com as outras.C) Ao dos papéis sociais, que se refere ao conjunto de comportamentos que os grupos e a sociedade em geral esperam

que os indivíduos cumpram de acordo com o status que possuem.D) Ao da mobilidade social, que se refere ao movimento, à mudança de lugar de indivíduos ou grupos num determinado

sistema de estratificação.E) Ao da massificação, que remete à homogeneização das condutas, das reações, desejos e necessidades dos indivíduos,

sujeitando-os às ideias e objetos veiculados pelos sistemas midiáticos.

05. Atualmente, as universidades brasileiras discutem sobre a implementação de cotas para grupos excluídos historicamente da sociedade. No centro desse debate, a expressão-chave é “ações afirmativas”. As ações afirmativas devem ser entendidas corretamente como:A) as políticas governamentais para proteção restrita às populações negras e pardas.B) as políticas de discriminação positiva, que objetivam a inserção de grupos que se encontram em situação de desigualdade

e (ou) de discriminação social.C) as ações de grupos beneficentes cujo objetivo é a ajuda aos grupos excluídos da sociedade.D) um conjunto de medidas cujo objetivo restringe-se a fornecer ajuda a populações carentes.E) um conjunto de medidas cujo objetivo único é propiciar mais escolaridade ao conjunto da população.

GABARITO (V. 29)

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C A C E A

Professor Colaborador: Afonso Nogueira

OSG: 50367/11 Tarqui - Rev.: RM