Ciência em portugal após o 25 de abril

17
Ciência em Portugal após o 25 de Abril Introdução: Na sequência daquilo que nos foi pedido na disciplina de Temas do Mundo Contemporâneo, pelo professor Francisco Cid, vamos analisar a evolução da ciência em Portugal após a revolução de 25 de Abril de 1974 e, para isso, vamos recuar alguns anos atrás para analisar de forma mais assertiva a evolução da ciência, analisando, também, áreas de investigação em universidades distintas. Antes da Revolução de 25 de abril de 1974: Portugal foi, desde sempre, um país pouco inovador e com pouca tradição na investigação. Muitas foram as tentativas de mudar este rumo, mas sem sucesso: começou a partir de 1755 com Sebastião de Carvalho e Melo, Marquês Pombal, que contratou o físico italiano Geovanni D’Alla Bella para liderar o projeto português na área da física. Em 1845, as disciplinas de física e química passaram a ser obrigatórias na escola politécnica de Lisboa. Apesar destas tentativas era ainda defendido que o país deveria apenas utilizar as ciências descobertas noutros países. Na transição do século XIX para o século XX, surgiram novas tentativas de investigadores para dar um novo impulso à ciência em Portugal, novamente sem sucesso. Em 1910 com a implantação da república, foram criadas faculdades de ciências em Lisboa e no Porto, mas as dificuldades financeiras não davam margem de manobra para a investigação. Foram, também, atribuídas bolsas de estudo para investigadores desenvolverem no estrangeiro as suas

Transcript of Ciência em portugal após o 25 de abril

Page 1: Ciência em portugal após o 25 de abril

Ciência em Portugal após o 25 de Abril

Introdução:

Na sequência daquilo que nos foi pedido na disciplina de Temas do Mundo Contemporâneo, pelo professor

Francisco Cid, vamos analisar a evolução da ciência em Portugal após a revolução de 25 de Abril de 1974 e,

para isso, vamos recuar alguns anos atrás para analisar de forma mais assertiva a evolução da ciência,

analisando, também, áreas de investigação em universidades distintas.

Antes da Revolução de 25 de abril de 1974:

Portugal foi, desde sempre, um país pouco inovador e com pouca tradição na investigação. Muitas foram as

tentativas de mudar este rumo, mas sem sucesso: começou a partir de 1755 com Sebastião de Carvalho e

Melo, Marquês Pombal, que contratou o físico italiano Geovanni D’Alla Bella para liderar o projeto português

na área da física. Em 1845, as disciplinas de física e química passaram a ser obrigatórias na escola politécnica

de Lisboa. Apesar destas tentativas era ainda defendido que o país deveria apenas utilizar as ciências

descobertas noutros países.

Na transição do século XIX para o século XX, surgiram novas tentativas de investigadores para dar um novo

impulso à ciência em Portugal, novamente sem sucesso.

Em 1910 com a implantação da república, foram criadas faculdades de ciências em Lisboa e no Porto, mas as

dificuldades financeiras não davam margem de manobra para a investigação. Foram, também, atribuídas

bolsas de estudo para investigadores desenvolverem no estrangeiro as suas investigações, contudo quando

regressaram ao país, faltavam projetos, equipamentos e salários.

Nos anos 30 do século XX, diversos projetos de origem científica começaram a ser desenvolvidos: Cyrillo

Soares criou o laboratório de física da Faculdade de Ciências de Lisboa, onde procurou condições para que os

investigadores estrangeiros pudessem continuar as suas investigações em Portugal, trabalho este que não foi

continuado.

Durante o século XX, os principais avanços a nível público foram: a fundação da Junta da Educação Nacional

(JEN), em 1929, que tinha como funções melhorar ou subsidiar instituições destinadas a trabalhos de

investigação e propaganda científica. A esta sucedeu-se a Junta Nacional de Educação (JNE), principalmente

a 7ª secção que tratava da investigação científica e relações culturais, sendo parte constituinte do Instituto para

a Alta Cultura (IAC). Fundou-se depois a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT)

Page 2: Ciência em portugal após o 25 de abril

em 1967 com o objetivo de planear, fomentar e coordenar a investigação científica e tecnológica em Portugal.

Já a nível privado, o Instituto Gulbenkian de Ciência, fundado em 1964 foi o marco importante.

Até 1974, a situação financeira continuou pouco propícia ao desenvolvimento de projetos científicos em

Portugal, principalmente devido a Salazar que privilegiava a agricultura acima de qualquer outra área.

Logo após a revolução, os laboratórios que foram encerrados devido à ditadura reabriram sob nova direção.

Após a Revolução de 25 de abril de 1974:

Após o 25 de abril, a ciência cresceu em Portugal devido a muitos fatores. Para o grupo, o fim da ditadura do

Estado Novo foi uma marca histórico-temporal que desencadeou uma série de acontecimentos que

contribuíram para o desenvolvimento científico em Portugal. Como analisado no início do trabalho, o Estado

Novo era bastante conservador e não investia nem apoiava nenhuma outra área a não ser a agricultura,

deixando a ciência para trás, importando as inovações científicas de outros países. Com a alteração de regime,

a educação, os recursos humanos e o emprego científico, os investimentos e a nova cultura científica

contribuíram bastante para este desenvolvimento, sendo o Homem a figura principal do mesmo.

Quanto à educação, as disciplinas científicas já faziam parte do plano de estudos do ensino básico e

secundário. Eram bastante teóricas, tornando-se, após a Revolução, um pouco mais práticas. Antes

disso, a partir de 1974, o número de portugueses detentores de um curso superior começou a subir a

pique sendo que o número era maior no sexo feminino atingindo em 2011 um número a rondar os 800

mil. Também em relação aos doutoramentos o número aumentou após a revolução

Com isto, o emprego relacionado com a ciência aumentou. Embora em números reduzidos em

relação à escala internacional, o papel dos Laboratórios de Estado foi bastante importante. Com a

expansão do Ensino Superior em Portugal, o crescimento do emprego científico concentrou-se nesse

mesmo ensino. Existe um aumento dos centros de investigação integrados em universidades fazendo

com que exista um desenvolvimento e uma consolidação das instituições de investigação, mas que

dependerá dos quadros de professores e de investigadores das universidades com o objetivo de

reforçar e rejuvenescer a capacidade científica e do reforço da autonomia e dos recursos financeiros

ligados à capacidade de criar emprego.

Page 3: Ciência em portugal após o 25 de abril

No que toca ao investimento, os investimentos portugueses foram sempre menos relativamente à

media da UE. Contudo, o valor gasto do seu PIB em Investigação e Desenvolvimento cresceu entre os

últimos anos do século XX e o início do século XXI. Apesar dos recursos das instituições científicas

portugueses serem menores relativamente às instituições do resto da europa, Portugal conseguiu

sempre ter os seus centros de investigação bem classificados, recebendo vários prémios importantes a

nível internacional.

Como referido, nos anos finais do século passado, Portugal conseguiu ter fluxos de desenvolvimento

elevados, fruto de uma maior aposta, ou seja, investimento, pública, uma contribuição de fundos

europeus e Portugal colaborou ainda com organizações científicas internacionais de grande

importância.

No gráfico abaixo, é possível concluir que as despesas em atividades de investigação e

desenvolvimento começaram a subir na década de 80 do século XX, sendo que as empresas

investigaram bastante a partir do início do século XXI, tal como o ensino superior recebeu maior

investimento.

Page 4: Ciência em portugal após o 25 de abril

Para terminar, o último fator relativo ao crescimento cientifico português foi a cultura científica. Para

além de todos os fatores referidos anteriormente, após a revolução houve um aumento da cultura

científica nos portugueses. A cultura científica consiste na “construção e organização de

oportunidades de socialização para a ciência” (José Mariano Gago, 2004). O uso do conhecimento, o

debate e a participação em projetos científicos fazem parte dessa cultura que deve ser aliada aos

centros e museus de ciência, escolas, laboratórios e aos próprios cientistas que devem partilhar o seu

conhecimento.

Este crescimento científico em Portugal fez com que vários portugueses fossem premiados nos vários

ramos científicos. São vários os prémios ganhos por cientistas portugueses como: em 2004, José Mendes

venceu o prémio de física do Instituto Gulbenkian, Paulo Freire venceu, no Conselho Europeu de

Pesquisa, o prémio de astronomia, Gonçalo Abecasis ganhou o prémio Overton da Biologia e Nuno

Maulide foi premiado com o prémio excelência da Bayer em Química.

Após o 25 de Abril, logo em 1976 foi criado o Instituto de Cultura Portuguesa (ICP) e o Instituto Nacional de

Investigação Cientifica (INIC) que surgiu após o fim do Instituto de Alta Cultura e que manteve as mesmas

funções que o anterior. No fim do séc. XX, foi criada a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) que

avalia e financia atividades de investigação, o Instituto de Cooperação Científica e Tecnologia Internacional

(ICCTI)que coordenava as ações científicas de cooperação internacional e o Observatório das Ciências e

Tecnologias (OCT) que estuda a capacidade científica e tecnológica de Portugal. Todas estas fundações são

publicas, ou seja, pertencem ao governo.

Por outro lado, a nível privado em 2004 foi entrou em atividade a Fundação Champalimaud que presta auxílio

e apoio e desenvolve programas de investigação biomédica, sendo um centro de grande sucesso mundial.

Atualmente, e como já analisado, são vários os centros de investigação e laboratórios existentes em todo o

país que pertencem a universidades, e que analisámos escolhendo-os aleatoriamente de uma lista que nos foi

providenciada.

Page 5: Ciência em portugal após o 25 de abril

Instituto de Astrofísica e Ciências do EspaçoCriado em 2015 com a união das unidades de investigação do Centro de Astronomia e Astrofísica da

Universidade de Lisboa e o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto.

Foi eleito classificada recentemente como “Excelente” e referido como a “instituição de investigação mais

importante na área da Astronomia e Ciências do Espaço em Portugal”.

O instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) é uma estrutura de investigação com uma dimensão

nacional pois concretiza uma visão ousada e útil para o desenvolvimento da Astronomia, Astrofísica e

Ciências Espaciais em Portugal aproveitando diversas experiências a nível europeu.

Este é um centro que pertence à Universidade de Lisboa cujas atividades se realizam no Observatório

Astronómico de Lisboa e no Planetário do Porto.

Atualmente, o IA engloba mais de dois terços de todos os investigadores ativos em ciências Espaciais em

Portugal e é responsável por uma quantidade ainda maior da produtividade nacional em revistas internacionais

na área de Ciências Espaciais.

Esta é a área científica com maior fator de impacto relativo (1,65 vezes acima da média internacional) e o

campo com o maior número médio de citações por artigo para Portugal.

Os projetos do IA são financiados a nível nacional e internacional através de algumas instituições/fundações

tais como: Fundação para Ciência e Tecnologia; European Commission; Bilateral Cooperation

Agreements(entre outras associações), etc.

Atualmente, a IA centra os seus estudos em 3 grupos de investigação:

Origem e Evolução de Estrelas e Planetas

Galáxias, Cosmologia e evolução do Universo

Instrumentação e Sistemas

E em 5 linhas temáticas:

A detenção e caracterização de outras Terras

Rumo a um estudo abrangente de estrelas

A história da formação de galáxias resolvida no espaço e no tempo

Revelando a dinâmica do Universo

Sistemas e Tecnologia

Page 6: Ciência em portugal após o 25 de abril
Page 7: Ciência em portugal após o 25 de abril

Instituto de Materiais de AveiroO Laboratório Associado CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, denominado anteriormente CICECO -

Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos, criado em março de 2002 na Universidade de

Aveiro, tem como missão de desenvolver a base de conhecimento científico e tecnológico necessária para a

produção e transformação inovadora de materiais cerâmicos, híbridos orgânicos-inorgânicos e materiais para

um desenvolvimento sustentável.

O CICECO é hoje o maior instituto português em matéria de Engenharia e Ciência dos Materiais. O grupo é

formado por 44 Professores, 27 Investigadores e, à data de dezembro de 2015, 83 Pós-Doutorados, 116

estudantes de doutoramento e cerca 67 outros estudantes.

Baseia-se em 4 linhas de investigação:

Tecnologias da Comunicação e Informação

Energia e Aplicações Industriais

Sustentabilidade e Saúde

Computação e Modelação

O CICECO é verdadeiramente um grupo de investigação internacional: 33% dos investigadores e 29% dos

Pós-Doutorados são estrangeiros; faz parte da principal rede de investigação europeia em matérias; faz parte

de várias redes de excelência que contribuem para a internacionalização da investigação e formação de

recursos humanos; encontra-se acredito pelo Centro Europeu de Pós-Graduação em materiais cerâmicos

avançados.

Page 8: Ciência em portugal após o 25 de abril

Centro Matemático da Universidade de CoimbraÉ uma unidade de pesquisa com interessa em matemática pura e aplicada, ativamente envolvida nas pesquisas tal como na educação de pós-graduação. As instalações da CMUC estão localizadas no Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra.

O CMUC hospeda mais de 60 pesquisadores, organizados em 6 grupos:

Álgebra e combinações

Álgebra, lógica e topologia

Análise

Geometria

Análise numérica e otimização

Probabilidades e estatísticas

Para além destes grupos de pesquisa, o CMUC tem 3 Linhas Temáticas transversais de atividades, em

Matemática Computacional, Divulgação e Popularização da Matemática e História da Matemática. O tamanho

e diversidade do centro encoraja a colaboração entre pessoas que trabalham em diferentes campos, tendo em

mente a fundamental unidade da Matemática.

O Laboratório para Matemática Computacional da CMUC promove a pesquisa na matemática computacional

e informática científica, como técnicas para a solução de problemas quantitativos desafiantes que surgem na

ciência, engenharia, finanças e gestão. A atividade do LMC inclui pesquisa interdisciplinar, informática de

alto rendimento e desenvolvimento de software numérico, colaboração com a indústria e apoio para os alunos

de licenciatura. A atividade do LMC é transversal a todos os grupos e a sua tendência é a aplicação natural dos

projetos – que normalmente envolve pessoas de outras disciplinas -, e a perspetiva colaboração com parceiros

fora da academia, nomeadamente a indústria.

CMUC é associada com o UC Unida | UP Doutoramento de Programa em Matemáticas. Este programa é

juntamente organizado pelo departamento de matemáticas das Universidades de Coimbra e Porto, e é baseado

nas equipas de pesquisa do CMUC e do Centro de Matemática da Universidade do Porto. As duas equipas têm

um nível alto de experiência na supervisão dos alunos de doutoramento a nível individual. Eles têm áreas de

interesse comum e perícia, mas também muitas áreas de complementaridade, ampliando assim efetivamente o

âmbito do programa conjunto das universidades. O CMUC tem várias colaborações com outros departamentos

permitindo aos estudantes aprender sobre a aplicação das suas pesquisas, contribuindo para a sua orientação

profissional depois do doutoramento, possivelmente fora da academia.

O CMUC é um centro de pesquisa fundado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Tem sido premiado

com a classificação mais alta pelos 3 últimos painéis de avaliação internacionais (“Excelente” em 2002 e 2008

e “Excecional” em 2013).

O CMUC organiza regularmente seminários dentro das atividades dos grupos de pesquisa e um colóquio.

Page 9: Ciência em portugal após o 25 de abril

Unidade de Química e Física MolecularA Unidade de Investigação e Desenvolvimento “Química-Física Molecular” da Universidade de Coimbra

(QFM-UC) é um grupo multidisciplinar e interdepartamental (com sede no Departamento de Química da

FCTUC).

A QFM-UC é responsável pelo Laboratório de Espectroscopia Vibracional em Sistemas Biológicos da Univ.

de Coimbra (VIBIMA), infraestrutura de excelência na área da espectroscopia vibracional ótica.

Adicionalmente, as técnicas vibracionais não-óticas (difusão de neutrões) estão também asseguradas através

de uma longa e estreita colaboração com o Rutherford Appleton Laboratory (UK). A equipa possui uma vasta

e reconhecida experiência no estudo de sistemas biológicos e farmacologicamente relevantes, nomeadamente

na sua caracterização estrutural e conformacional. A interligação entre os métodos físico-químicos e de

biologia molecular permite correlacionar a estrutura química com a atividade biológica, assegurando ainda o

acesso a amostras biológicas e o seu correto manuseamento. A atividade científica da QFM-UC desenvolve-se

em dois grandes domínios: “Estrutura Molecular versus Atividade Biológica” e “Estrutura Molecular versus

Educação, História & Filosofia/Ciências”.

Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas

O LIP é uma associação científica e técnica de utilidade pública que tem por objetivos a investigação no

campo da Física Experimental de Altas Energias e da Instrumentação Associada.

Os domínios de investigação do LIP têm crescido por forma a englobar a Física Experimental de Altas

Energias e Astro partículas, Instrumentação de Deteção de Radiação, Aquisição de Dados e Processamento de

Dados, Computação Avançada e aplicações em outros campos, em particular a Física Médica.

As atividades de pesquisa principais do laboratório são desenvolvidas no âmbito de grandes colaborações no

CERN e em outras organizações internacionais e grandes infraestruturas dentro e fora da Europa, como o

ESA, o SNOLAB, o GSI, a NASA e AUGER.

O LIP é "um laboratório associado" avaliado como "Excelente" em três avaliações sucessivas pelos painéis

internacionais.

Nos seus três laboratórios em Coimbra, Lisboa e no Minho, o LIP tem aproximadamente 170 colaboradores,

dos quais mais de 70 doutorados, sendo muitos professores nas universidades locais.

O centro de Coimbra tem uma longa experiência em R&D de sistemas de deteção de radiação e suas

aplicações em experiências. A sua atividade é apoiada por uma oficina mecânica bem equipada e com pessoal

especializado.

Page 10: Ciência em portugal após o 25 de abril

Centro de Física Teórica de PartículasO CFTP é um grupo internacional de Física que trabalha com partículas físicas teorias, astro partículas,

cosmologia e física de Hedron. O CFTP também colabora com um grupo que trabalha na Física de partículas

experimentais no CERN.

A descoberta de que os neutrinos conseguem converter de um tipo de partícula para o outro e por isso mesmo

têm massa diferente de zero, foi uma grande descoberta para a física de partículas elementares. Esta

descoberta permitiu fundamentar todas as pesquisas que foram feitas desde que esta partícula (neutrino) foi

descoberta, em 1956, mas foi só por volta do virar do milénio que duas descobertas convincentes foram feitas

para fundamentar o trabalho já desenvolvido (em 1998 na convenção Neutrino 98 e em 2001/2002 no

laboratório de neutrinos em Sudbury). O assunto “neutrino” é ainda hoje em dia uma das coisas mais

importantes para o desenvolvimento da ciência à volta do mundo.

Ganhou o prémio nobel da física em 2015. Isto deu reconhecimento a Takaaki Kajita e Arthur B. McDonald,

pela sua contribuição chave nas experiências que demonstraram que neutrinos mudam de identidade. Esta

metamorfose requer que os NA coco-eutrinos tenham massa. A descoberta que mudou o nosso conhecimento

sobre as mais complexas matérias e que pode vir a mostrar-se crucial para a nossa visão futura sobre o

universo.

Pesquisa sobre neutrinos no CFTP:

O prémio Nobel de 2015 foi recebido com grande entusiasmo no CFTP. A Física dos Neutrinos é um tópico e

xtraordinário de pesquisa no CFTP, e realmente, muitos membros do CFTP trabalham na linha da frente desta 

pesquisa.

Page 11: Ciência em portugal após o 25 de abril

Aumento do número de instituições de I&D em PortugalPara além destas 6 instituições apresentadas pelo grupo, existem muitos mais centros de investigação

distribuídos por todo o país.

Este gráfico mostra as 319 instituições de investimento e desenvolvimento que existem em Portugal. É

possível concluir que é na zona de Lisboa que existem a maior concentração de deste tipo de centros,

contrariando as ilhas e o Algarve que são os locais com menor número de instituições. Conclui-se ainda que

dos 319 centros de investigação e desenvolvimento, 131 estudam ciências sociais e humanísticas, seguindo em

segundo lugar os centros que estudam ciências exatas e da engenharia, ciências da vida e saúde com 39

centros e por último 37 centros de ciências naturais e do ambiente.

Page 12: Ciência em portugal após o 25 de abril

Conclusão:

Em Portugal, a ciência cresceu bastante após o 25 de Abril como consequência da alteração de regime e a

consequente alteração de ideais dos chefes do governo, de uma alteração dos níveis educacionais em Portugal,

de um maior investimento público e privado na ciência, da participação de Portugal em projetos internacionais

em grandes organizações científicas, de ajuda externa, do crescimento do emprego científico e da nova forma

de olhar para a ciência. Apesar do crescimento, existem sempre problemas que vão surgindo e o principal

problema, identificado pelo grupo é a o facto das organizações científicas portuguesas terem sido fundadas tão

tarde, quando o nível científico nomeadamente europeu, já era avançado.

Este desenvolvimento científico pode ser comprovado com: o número de publicações científicas escritas por

autores portugueses entre 1991 e 2010 que chegaram quase às 17 mil; o número de instituições de

investigação e desenvolvimento que após o 25 de Abril aumentaram como o grupo apresentou anteriormente

e, por último, o número de pessoas envolvidas em atividades de investigação e desenvolvimento que, em 1982

rondava as 2 pessoas por 1000 ativos, sendo que investigadores era ainda em número mais reduzido e que em

2010 passaram a sensivelmente 10 pessoas por mil ativos sendo que 9 são investigadores, o que revela um

bom crescimento.

É possível afirmar então que, em Portugal existem centros de investigação e investigadores que são dados

como os melhores do mundo nas suas investigações e, por isso, têm recebido vários prémios a nível mundial.

Page 13: Ciência em portugal após o 25 de abril

Bibliografia/webgrafia

Power point do stor http://www.cla.org.pt/docs/prici1-gago.pdf http://www.iastro.pt/ http://www.ciceco.ua.pt/index.php?language=pt