Ciência e (Im)Possível de Conhecer (Sip 2015)

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CIÊNCIA E IMPOSSÍVEL DE CONHECER: ESTILO EPISTÊMICO ENTRE DESEJO E VERDADE MARCOS PESSOA 2015.2

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Apresentação de minha pesquisa no SIP.

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CIÊNCIA E IMPOSSÍVEL DE CONHECER: ESTILO

EPISTÊMICO ENTRE DESEJO E VERDADE

MARCOS PESSOA

2015.2

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TEMAO conhecimento acumulado ao longo da história da humanidade é

efeito do desejo instaurado a partir do impossível de conhecer, ou

seja, somente se busca criar novos conhecimentos, porque sempre

resta ao sujeito algo a dizer sobre o objeto. Se se levar às últimas

consequências tal posição, pode-se dizer que, só é possível a

busca do conhecimento por ser impossível conhecer. 

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OBJETIVO GERAL

Analisar o conhecimento como efeito discursivo da instalação

do desejo e da verdade do sujeito, com vistas a refletir

acerca do impossível de conhecer e como este emerge da

dimensão do Real e impulsiona a criação epistêmica.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Escutar o dizer da psicanálise de base lacaniana em relação à

ciência moderna buscando identificar os aspectos relacionados

ao cogito cartesiano e a sua inversão proposta por Lacan;

• Identificar os limites de uma abordagem epistemológica da

racionalidade, com vistas a considerar a dimensão do impossível

de conhecer;

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Investigar a crítica à metalinguagem científica moderna a

respeito da verdade absoluta e as proposições de

paradigmas emergentes como condição de posição do

problema do conhecimento e da verdade;

• Refletir  sobre os postulados do positivismo assentado

no construtos da psicanálise de base lacaniana, tais

como desejo, objeto a, Real e impossível;

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PROBLEMA

Na relação entre sujeito e objeto e a partir da

concepção de objeto causa de desejo, como considerar

o impossível como propulsor da criação do

conhecimento científico?

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SUMÁRIO COMENTADOIntrodução

No capítulo introdutório, buscaremos expor a justificativa  desse

trabalho e sua relevância para a área da epistemologia na

contemporaneidade, bem como a problemática que move esta

pesquisa e seus principais objetivos. Além disso, apresentaremos

a estrutura argumentativa da tese e os conteúdos abordados em

cada capítulo. Explanaremos a metodologia sucintamente. Trilha

acadêmica, inquietação.

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CAPÍTULO METODOLÓGICO

No capítulo metodológico, será visto principalmente o caminho

percorrido ao longo da pesquisa, no entanto esse será

precedido de uma reflexão sobre o paradigma epistemológico

que servirá de sustentação teórica para as escolhas

metodológicas utilizadas. Utilizarei a bricolagem como forma de

abordagem do objeto a partir de um enfoque multimetodológico.

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CAPÍTULO II: O MODELO POSITIVISTA E A VERDADE ABSOLUTA

O terceiro capítulo destina-se a desenvolver uma análise

epistemológica da ciência moderna desde a revolução

copernicana, passando pelas descobertas de Galileu, Newton

e principalmente pelas filosofias de Bacon e Descartes e a

repercussão dessas no fazer científico ao longo dos séculos

até os dias atuais.

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CAPÍTULO III: AS LIMITAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS DO MODELO MODERNO DE CIÊNCIA E O SURGIMENTO DE OUTROS PARADIGMAS

Neste capítulo, seguiremos por uma análise dos limites epistemológicos dos postulados positivistas, como a impossibilidade de se alcançar a verdade absoluta e a crítica à dualidade sujeito-objeto. Analisaremos ainda a emersão de novos paradigmas como a física de Capra e o paradigma emergente de Boaventura de Souza Santos e Maria Cândido. Tentaremos também apresentar algumas limitações encontradas nesses paradigmas.

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CAPÍTULO IV: A LEITURA PSICANALÍTICA DO COGITO E A PROPOSTA LACANIANA

DE SUA INVERSÃO

No capítulo quarto, apresentaremos uma leitura psicanalítica

do cogito. Consideramos que esse é um assunto corrente na

teoria de Lacan, basilar para a apresentação do sujeito do

inconsciente como sujeito barrado pelo recalque original e

dono de um desejo. Aqui já poderá ser visto a proposição de

se pensar num estilo epistemológico que possa considerar

esse desejo uma mola propulsora da produção de

conhecimento.

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CAPÍTULO V: A ALETHEIA E O IMPOSSÍVEL DE CONHECER NO FAZER

CIENTÍFICO

Esse capítulo abordará a aletheia na perspectiva de uma

verdade sempre semi-dita, em que, ao mesmo tempo em que

se mostra, ofusca a visão de quem a vê. Tratar-se-á do

próprio limite do conhecimento como impulsionador da

constituição do conhecimento, ou seja, somente se busca

criar novos conhecimentos, porque sempre resta ao sujeito

algo a dizer sobre o objeto.

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CAPÍTULO VI: SOBRE UM ESTILO OUTRO DE CIÊNCIA

Este capítulo se destina a propor um novo estilo

epistemológico baseado nas proposições vistas no capítulo

anterior. Uma epistemologia que se afirme na perspectiva do

impossível de conhecer e no objeto causa de desejo como

condições iniciais de qualquer concepção de conhecimento.

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CONSIDERAÇÕES PRINCIPIANTES

Coloco aqui “considerações principiantes” (ao invés de finais) por considerar a conclusão de minha tese na realidade o início de meus estudos em epistemologia. Neste capítulo, abordarei a importância da continuidade da pesquisa principalmente no que se refere à reflexão sobre outras formas de se fazer ciência. “Considerações iniciantes” principalmente na tentativa de marcar um estilo outro de se pensar o próprio conhecimento tomando como base certos construtos da psicanálise.

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A VERDADE

Buscar incansavelmente conhecer a verdade absoluta é o modo

como lidam os cientistas com a angústia à beira do impossível.