CIDADES belas e aniversariantes

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receita _ salmão marinado no manjericão e purê de cenoura e mandiquinha. Muito fácil! cow parade _ evento mundial de arte na rua chega mais uma vez a São Paulo. exclusivo _ editores de jor- nais tradicionais de PIraju e de Santa Cruz escrevem sobre a cidades às quais se dedicam a noticiar livros _ dicas de dois artistas que amam sua terra pra se saber a história de Piraju, de S.Cruz e de personagens de época Também na web_ veja e divulgue a versão on line desta edição a partir de 25/1 Foto: Flavia Rocha | 360 47 janeiro_2 |2010 exemplar grátis Nesta edição: Veja o 360 na internet: www. caderno360. com.br QUAL é o meu lugar preferido Santa Cruz do Rio Pardo e Piraju são as mais antigas cidades da região, o que talvez justifique serem também as mais arborizadas. A primeira tem o Rio Pardo, que lhe dá nome, a garantir o mais curioso e tradicional evento de lazer: a descida de boia, que pode ser praticada por gente de toda idade, tanto a mansi- dão das águas. Em Piraju, o imenso Rio Paranapa- nema se apresenta nas mais diversas formas: represado ou selvagem, com direito a corredeiras de força propor- cional ao seu tamanho. O aniversário das duas cidades, em 20 de janeiro, é festejado nas águas, com procissão de barcos, em Piraju, e a comboia e cor- rida de boia, em Santa Cruz. CIDADES belas e aniversariantes CIRCULAÇÃO mensal nas cidades: Avaré • Sta. Cruz do Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo Timburi • Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira Cesar • Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro do Turvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes P.8 P.5 P.2 P.7 “Gosto de muitos lugares”, disse Paola quando pedimos que apon- tasse seu lugar preferido em Santa Cruz, que faz aniversário. Fomos ao primeiro deles, a pe- quena Praça Murilo Martelozzo Nardo, entre a rua José Pelegatti e avenida Carlos Rios. Mesmo desapontada com a manutenção – o arco de flores que ela admira, e o local como um todo está ca- rente de jardinagem –, ela sorriu e contou a razão da escolha. Além do ornamento, feito com hi biscos, as árvores do tipo Aroeira Salsa. “Elas são bonitas”, disse. Fotoa: Flavia Rocha | 360 Foto: divulgação P.2 arte: Franco ilustra duas crônicas com um só desenho P.6 P.4

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receita_ salmãomarinado nomanjericão epurê de cenourae mandiquinha.Muito fácil!

cowparade_ eventomundial dearte narua chegamais umavez a São Paulo.

exclusivo_ editores de jor-nais tradicionais dePIraju e de SantaCruz escrevemsobre a cidades àsquais se dedicam anoticiar

livros_ dicas de doisartistas que amamsua terra pra sesaber a história dePiraju, de S.Cruze de personagensde época

Também na web_ veja e divulgue a versão on line desta edição a partir de 25/1

Foto:FlaviaRocha|360

nº47jjaanneeiirroo__22||22001100

exemplar grátis

Nesta edição:

Veja o 360 na internet: www.caderno360.com.br

QUAL é o meulugar preferido

Santa Cruz do Rio Pardo e Piraju sãoas mais antigas cidades da região, oque talvez justifique serem também asmais arborizadas.

A primeira tem o Rio Pardo, que lhedá nome, a garantir o mais curioso etradicional evento de lazer: a descidade boia, que pode ser praticada porgente de toda idade, tanto a mansi-dão das águas.

Em Piraju, o imenso Rio Paranapa-nema se apresenta nas mais diversasformas: represado ou selvagem, comdireito a corredeiras de força propor-cional ao seu tamanho. O aniversáriodas duas cidades, em 20 de janeiro, éfestejado nas águas, com procissão debarcos, em Piraju, e a comboia e cor-rida de boia, em Santa Cruz.

CIDADES belas e aniversariantes

CIRCULAÇÃO mensal nas cidades: Avaré • Sta. Cruzdo Rio Pardo • Ourinhos • Piraju • Óleo Timburi •Bernardino de Campos • Manduri • Cerqueira Cesar• Águas de Sta. Bárbara • Fartura • São Pedro doTurvo • Espírito Sto. do Turvo • Ipaussu • Chavantes

•P.8

•P.5

•P.2

•P.7

“Gosto de muitos lugares”, dissePaola quando pedimos que apon-tasse seu lugar preferido emSanta Cruz, que faz aniversário.Fomos ao primeiro deles, a pe-quena Praça Murilo MartelozzoNardo, entre a rua José Pelegattie avenida Carlos Rios. Mesmodesapontada com a manutenção– o arco de flores que ela admira,e o local como um todo está ca-rente de jardinagem –, ela sorriue contou a razão da escolha.Além do ornamento, feito com hibiscos, as árvores do tipo AroeiraSalsa. “Elas são bonitas”, disse.

Fotoa: Flavia Rocha | 360

Foto: divulgação•P.2 arte: Franco ilustra duas crônicas com um só desenho•P.6 •P.4

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Paolabrinca com a

Aroeira Salsa,uma das razõesde escolher o“jardim do arco”,como lugar de SantaCruz que ela gosta

Foto: Flavia Rocha | 360

2 | galeria 360 _ n o t a s e f o t o s d e e v e n t o s , p a i s a g e n s e c u r i o s i d a d e s .

Ourinhos:Viagem no TempoQuem gosta de antiguidades não deve deixar de vera réplica do 1º ônibus da Viação Garcia, que seguiapra Londrina. Dá vontade de entrar e viajar notempo! No Graal Ourinhos •BR 153, km 345

Foto: Flavia Rocha | 360

COWPARADEvolta a São Paulo

Criada na Suíça em 1998, a COWPAREDE(desfile das vacas) é um dos maiores eventos dearte de rua do mundo e acontece a cada anoem diversas cidades do planeta. De caráter humanitário, consiste em dezenas de vacas defibra de vidro que são trabalhadas por artistasplásticos famosos e desconhecidos. Eles

apresentam seus projetos e são escolhidos pelacomissão do evento. Depois de permaneceremalgum tempo expostas nas ruas, as vacas sãoleiloadas e o dinheiro arrecadado segue para instituições de caridade. Empresas participamtambém, patrocinando o evento ou as vacas. São Paulo já abrigou uma COWPAREDE em 2005.

E agora recebe cerca de 90 novas vacas, que estarão expostas nas ruas da cidade

de 22/1 a 21/3. Confira!

Foto: divulgação

Somando todasas 28 cidadesque já tiveram a

Cowparade, maisde US$11 milhõesforam arrecadadose doados a enti-dades assistenciais

PaolaFoto do Mês

Page 3: CIDADES belas e aniversariantes

Origem. Eu sempre tive orgulhode dizer que era de Santa Cruz do RioPardo. Mesmo que me tomassem por umacaipira, fato que num mundo competitivocomo o das metrópolis e dos executivos, eraponto a perder. Pois para mim, sempre foiponto ganho. E, afinal, sou caipira mesmo.Mas não boba.

Nascer e crescer com a liberdade, o fres-cor e a incrível natureza da minha terrasempre me fez sentir algo a mais, nuncaa menos. Confesso que depois de passarmais de 20 anos na capital, retornar edizer que sou daqui soa estranho, pois ametrópole reside em mim. Mas a razãoda minha existência e o berço onde fui(bem) criada, paira aqui, sob esse mag-nífico céu “azul lápis de cor”, que acom-panha todas as histórias que conto paraamigos e conhecidos, seja onde for.

Quando chega o aniversário da cidade, quepor feliz coincidência acontece no mesmo dia deum pequeno e lindo município chamado Piraju – quepude conhecer melhor nos tempos 336600 e o qualaprendi a gostar de uma maneira muito especial, nãosó por sua feliz natureza geográfica, mas por seu zelourbano e por sua gente – é impossível não desejarfazer algo especial. Afinal, é uma maneira de reve-renciar não apenas a nossa família, que nos gerou enos cerca com seu amor inconfundível e inesgotável,mas toda a gente dessas cidades, de todas as peque-nas cidades.

O interior não é necessariamente lugar de gente atra-sada e mal informada, como tanto se apregoa nosgrandes centros. Há muita gente que inova, que en-sina, que cria e acontece entre os sortudos que nas-cem respirando o ar puro e deliciando-se com os riosdespoluídos e a terra fértil – e bota fértil nisso – dosudoeste do Estado de São Paulo. Assim como acon-tece também com outras diminutas cidades, espalha-das por este imenso Brasil.

E para celebrar a origem e a originalidade de um

povo, que vale a pena e viveentre tantas coisas boas e belas,nada melhor que chamar osfilhos da terra.

Nesta edição, uma forma dife-rente de fazer 336600: com textosde gente que ou nasceu, vive ouviveu em Piraju ou SantaCruz. E que ama essa terra.

Entre os convidados, genteque vive tratando de infor-mar os cidadãos e autorida-des a respeito dessas cidades,como Laca, da Folha de Piraju,e Sérgio Fleury, do Debate, di-retores e editores dos princi-pais semanários da região,seja pela dedicação, seja pelalongevidade de seus jornais,ambos com mais de 30 anos.

Entre os ilustres colaboradores,temos ainda Umberto Magnani Netto,

ator que nos ensina a amar Santa Cruz mais do quetudo, e Paulo Vigu, músico de Piraju que, de quebra,está transformando a cidade num dinâmico centrocultural. São deles as escolhas de textos de dois cida-dãos que entraram para a história dessas cidades:José Ricardo Rios, de Santa Cruz, e ConstatinoLemam, de Piraju. Para completar Guca foca a terrado Pardo, enquanto Fernando Franco mira a do Pa-ranapanema. Veja também os achados da culináriadessas cidades e o maior presente que elas podiamganhar: a restauração das estações de trem, desativa-das há mais de 40 anos.

Também nesta edição, as crônicas de Zé MárioRocha de Andrade e Tiago Cachoni, a arte de Ciar-dulo, Sabato e Franco. E mais uma do Pingo.

Boa leitura.

Flávia Rocha Manfrineditora 360

Ora,Ação!Mateus 5, VS 14_15

“Vós sois a luz do mundo. Não se podeesconder a cidade edificada sobre um monte;nem se acende uma candeia para colocá-ladebaixo do alqueire, mas no velador, e alu-mia a todos os que se encontram na casa.”

3 |editorial2:°Galeria 360

3:°Editorial _°OraAção

4: °Ponto de Vista

5: °Ponto de Vista CONVIDADOS

6:°Cultura CONVIDADOS_ Agenda

7: °Gastronomia _ °Imperdível

8:°Cidades_Meio Ambiente

10:°Meninada

11:°Papo cabeça _°Gente 2

12 e 13: °Drops _°Gente

14:°Bacana ‹classificados›

15:°Onde ir

16:°Bem VIver

ÍndiceAmar ecuidar dolugar onde sevive éessencialpara a alegria, a saúde e o prazerde viver.

336600 éé ppuubblliiccaaççããoo mmeennssaall ddaa eComunicação.. TTooddooss ooss ddiirreeiittooss rreesseerrvvaaddooss.. Tiragem destaedição: 88,,55 mmiill eexxeemmppllaarreess Circulação: SSttaa.. CCrruuzz ddoo RRiioo PPaarrddoo,, OOuurriinnhhooss,, AAvvaarréé,, PPiirraajjuu,,CChhaavvaanntteess,, BBeerrnnaarrddiinnoo ddee CCaammppooss,, SSããoo PPeeddrroo ddoo TTuurrvvoo,, IIppaauussssuu,, EEssppíírriittoo SSttoo.. ddoo TTuurrvvoo,,TTiimmbbuurrii,, ÁÁgguuaass ddee SSttaa BBáárrbbaarraa,, MMaanndduurrii,, FFaarrttuurraa,, CCeerrqquueeiirraa CCééssaarr,, ÓÓlleeoo ee ppoossttooss ddaassrrooddoovviiaass CCaasstteelllloo BBrraannccoo,, RRaappoossoo TTaavvaarreess,, EEnngg.. JJooããoo BBaappttiissttaa CC.. RReennnnóó ee OOrrllaannddoo QQuuaagglliiaattoo..Redação e Colaboradores: FFlláávviiaa RRoocchhaa MMaannffrriinn ‹editora, diretora de arte e jornalista respon-sável | Mtb 21563›, LLuuiizzaa SSaannssoonn MMeennoonn ‹revisão›, OOddeettttee RRoocchhaa MMaannffrriinn ‹separação, re-ceitas›, PPaaoollaa PPeeggoorreerr MMaannffrriinn ‹repórter especial›. Colunistas: GGuuccaa DDoommeenniiccoo,, JJoosséé MMaarriiooRRoocchhaa ddee AAnnddrraaddee,, FFeerrnnaannddaa LLiirraa ee TTiiaaggoo CCaacchhoonnii Ilustradores: FFrraannccoo CCaattaallaannoo NNaarrddoo eeSSaabbaattoo VViissccoonnttii Impressão: FFuullllggrraapphhiiccss.. ARTIGOS ASSINADOS NÃO EXPRESSAM NECESSARIA-MENTE A OPINIÃO DESTA PUBLICAÇÃO.. Endereço: PPrraaççaa.. DDeepp.. LLeeôônniiddaass CCaammaarriinnhhaa,, 5544 CCEEPP1188990000--000000 –– SSttaa.. CCrruuzz ddoo RRiioo PPaarrddoo// SSPP •• F: 1144 33337722..33554488 •• Redação e Cartas:336600@@ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr •• Publicidade e Assinaturas: ccoommeerrcciiaall@@ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr ••Edição On Line: wwwwww..ccaaddeerrnnoo336600..ccoomm..bbrr ••jjaanneeiirroo__22//22001100

xpedientee

rramoseA matéria sobre cultura nas pequenas cida-des, publicada na pág. 14 da edição 46, citano primeiro parágrafo “cidades com menosde 10 mil habitantes”, quando o correto seriamenos de 110000 mmiill habitantes.

artascSou formado em cinema. Trabalhei em vá-rias agências e produtoras de publicidade ecinema por São Paulo, até que conseguimontar a minha. E faz pelo menos uns 3anos que, viajando de um lado para o outro,sempre acabo com uma edição do 360 nasmãos. Admiro bastante o trabalho de vocês,não é um jornal-revista padrão, com coisasobvias, matérias copiadas do google... como99% dos outros.Paulo Domingos| Suzano/SPhttp://www.youtube.com/watch?v=U78V7VHZwAA

Page 4: CIDADES belas e aniversariantes

Quando me perguntam onde nasci, respondo:na pequena grande Santa Cruz do Rio Pardo.Não é exercício poético, este paradoxo nos ex-plica. A cidade é pequena, o município é umdos maiores do Estado de São Paulo.

Em seus primórdios, Santa Cruz era umacidade pioneira, espécie de laboratório parabenfeitorias, como o asfaltamento das ruas, fer-rovia, autarquias estatais, tinha todo onecessário para o bem viver.

A extensão do município proporcionavagrandes plantações, fartas colheitas e, conse-quentemente, uma boa arrecadação de im-postos que se revertia em benefícios paraseus habitantes.

O município perdeu politicamente o dis-trito de Espírito Santo do Turvo, emanci-pado em cidade, encolheu um tanto, mas

ainda continua imenso e agricultura e pecuáriavicejam como antigamente.

Não foi uma perda tão significativa assim, aponto de lesar os cofres e dizimar as oportu-nidades, ainda que seja de se lamentar, claro.

Gradativamente, Santa Cruz vem perdendosua grandeza – e não falo em riqueza material– por questões que não valem a pena tentarexplicar. Muitas empresas da cidade se desta-cam em seus setores, geram empregos e sãomotivo de orgulho para a população, portanto,

a questão não é financeira.

Se um dia perdemos o trem, fisicamente fa-lando, pior ainda foi ter perdido o trem dahistória. A cidade ficou acanhada. Comum,como as outras. E ela não foi fundada para sercomum, afinal, é a “Jóia da Sorocabana”.

Santa Cruz teve líderes políticos, homens quecolocaram os interesses da cidade acima dosinteresses pessoais. Como todos os políticos,vaidosos, muitas vezes injustos e cruéis com osinimigos, mas líderes. Estes homens conduzi-ram, inspiraram, encabeçaram as lutas... e umdia morreram sem deixar seguidores.

A política pode e deve ser exercida como arte.Conchavos fazem parte, não há mal nisto, é in-viável governar isoladamente, partidos devemse unir pelo interesse de todos, governar parao progresso e bem-estar.

Há muito tempo, Santa Cruz do Rio Pardo éum navio à deriva, sem comandante. Falta umlíder extraordinário para fazer algo extra-ordinário. Um administrador dos interesses dacidade desinteressado da ascensão financeiraatravés da política.

Qualidades de um líder são: carisma para agre-gar a comunidade, visão de futuro para anteci-par oportunidades, coragem para empreender,integridade para respeitar valores éticos.

Defeitos que não fazem parte de um líder: pro-jetos políticos personalistas, visão tacanha darealidade, falta de ousadia, imagem dúbia pe-rante a população.

Santa Cruz do Rio Pardo é uma ótima cidadepara se viver, tudo favorece, os moradores têmmotivo de sobra para sentir orgulho de suaterra. Eu que não moro nela, sinto esseorgulho.

Como filho desta terra, desejo de todo o meucoração que apareça um líder político paraguiar a travessia desse deserto, que a cidadetenha novos e bons motivos para comemorar.

Minha pequena grande Santa Cruz é um gi-gante deitado em seu berço esplêndido.

Hora de despertar!

“São Sebastião do Tijuco Preto hoje é chamadaPiraju” assim começa o disco do violeiro pira-juense Oswaldinho Viana, um defensor do can-cioneiro popular. Para mim, é impossível falarde Piraju sem falar de sua origem à beira dascorredeiras do rio Paranapanema, que é o mo-tivo de ser do pirajuense, um povo ambienta-lista por natureza. Sem o rio a cidadesimplesmente não existiria...

Entendo que uma cidade é um chão ver-dadeiramente reconhecido quando seu canta-dor canta sua terra em verso e prosa, quandopega a viola e entoa uma poesia em forma demúsica ou quando o artista cria sua obra dearte tendo como inspiração a terra ondenasceu. Sempre foi assim e assim sempre será.

Nascida entre as pedras do rio e cachoeiras,onde os primeiros índios caiuás tinham suamorada enquanto procuraram o mito da ‘TerraSem Mal’, Piraju é uma cidade extremamenteinteressante. Com paisagens únicas e um povomusical, bom, alegre e hospitaleiro, “Pira” é um

lugar que en-canta a todos que aconhecem.

A cidade e seu rio de águas limpas, comcorredeiras arrepiantes e uma das melhorespistas de slalom do Brasil, que já abrigou até aSeleção Brasileira. Temos uma filha ilustre evencedora, Poliana de Paula, a medalhista doslalom que representou o Brasil nas Olimpíadasde Pequim e que conquistou muitas vitóriasque nos orgulham. Ao lado de Poliana temosuma leva de novos e dedicados atletas dacanoagem, que elevam o nome de Piraju noesporte e são exemplos a serem seguidos.

Quase tudo já virou canção em Piraju. A curvado Zeca Bastião, o Linguarudo, o Chico Pelota,o Sarapiá, o João Gato, o ‘Firme Bonzão’, aBaia do Juda, a Brasilinha, a Garganta do Diabo(Salto Piraju), a Lagoa, a Estação da Ferroviária,o Salto das Aranhas (Salto Simão, hoje debaixod’água por causa de uma usina hidrelétrica.Chega de usinas!!!), o Parque do Dourado, o

Taças& Cachaças,

Pirabar, Alternativo, a Bomba,Iate Clube, as águas violentas do Parque da Fe-capi, o Poço da Viúva, o Corveiro, a PonteNova, o Ribeirão das Araras, as cachoeiras doribeirão da Neblina, a mata virgem da FazendaSanta Lúcia, a Enseada Piraju, a Prainha, aPedrinha, o cheiro do mato nas lavouras decafé, as escolas de samba e os blocos naavenida, as represas de Jurumirim e Xavantes,a Nova Piraju, os ipês da Praça Ataliba Leonel,a Pedra Grande, a Régua, a queda d’água daponte que corta a cidade, a queda d’água doMalagodi, o canal bufando, a Procissão de Bar-cos, as ruas no Corpus Christi, a Pedra que Voa,o estilo meio gótico da Matriz de São Sebastião,os casarões antigos preservados apesar dotempo e da insensatez humana, as ladeiras do

Bairro Alto, as pedras e os peixes na corre-deira do rancho do Zé Belo...

Na língua tupi-guarani Piraju significa ‘PeixeAmarelo’. A cidade tem esse nome em home-nagem ao símbolo máximo desse pedaço dechão: o peixe conhecido como Dourado(Salminus maxillosus). Muito pescado no pas-sado, o Dourado ainda resiste bravamente naságuas do rio Paranapanema e é motivo de pre-ocupação dos ambientalistas e da preservaçãodas corredeiras do “Panema”.

Vejo a cidade como uma grande história que écontada e cantada através dos tempos por seusfilhos mais ilustres e também por aqueles quesão desconhecidos, mas que o amor por Pirajuune e não nos deixa esquecê-los. Parabéns Pi-raju por seus 130 anos !!!

“São Sebastião do Tijuco Preto hoje é chamadaPiraju” assim começa o disco do violeiro pira-juense Oswaldinho Viana, um defensor do can-cioneiro popular. Para mim, é impossível falarde Piraju sem falar de sua origem à beira dascorredeiras do rio Paranapanema, que é o mo-tivo de ser do pirajuense, um povo ambienta-lista por natureza. Sem o rio a cidadesimplesmente não existiria...

Entendo que uma cidade é um chão ver-dadeiramente reconhecido quando seu canta-dor canta sua terra em verso e prosa, quandopega a viola e entoa uma poesia em forma demúsica ou quando o artista cria sua obra dearte tendo como inspiração a terra ondenasceu. Sempre foi assim e assim sempre será.

Nascida entre as pedras do rio e cachoeiras,onde os primeiros índios caiuás tinham suamorada enquanto procuraram o mito da ‘TerraSem Mal’, Piraju é uma cidade extremamenteinteressante. Com paisagens únicas e um povomusical, bom, alegre e hospitaleiro, “Pira” é um

lugar que en-canta a todos que aconhecem.

A cidade e seu rio de águas limpas, comcorredeiras arrepiantes e uma das melhorespistas de slalom do Brasil, que já abrigou até aSeleção Brasileira. Temos uma filha ilustre evencedora, Poliana de Paula, a medalhista doslalom que representou o Brasil nas Olimpíadasde Pequim e que conquistou muitas vitóriasque nos orgulham. Ao lado de Poliana temosuma leva de novos e dedicados atletas dacanoagem, que elevam o nome de Piraju noesporte e são exemplos a serem seguidos.

Quase tudo já virou canção em Piraju. A curvado Zeca Bastião, o Linguarudo, o Chico Pelota,o Sarapiá, o João Gato, o ‘Firme Bonzão’, aBaia do Juda, a Brasilinha, a Garganta do Diabo(Salto Piraju), a Lagoa, a Estação da Ferroviária,o Salto das Aranhas (Salto Simão, hoje debaixod’água por causa de uma usina hidrelétrica.Chega de usinas!!!), o Parque do Dourado, o

Taças& Cachaças,

Pirabar, Alternativo, a Bomba,Iate Clube, as águas violentas do Parque da Fe-capi, o Poço da Viúva, o Corveiro, a PonteNova, o Ribeirão das Araras, as cachoeiras doribeirão da Neblina, a mata virgem da FazendaSanta Lúcia, a Enseada Piraju, a Prainha, aPedrinha, o cheiro do mato nas lavouras decafé, as escolas de samba e os blocos naavenida, as represas de Jurumirim e Xavantes,a Nova Piraju, os ipês da Praça Ataliba Leonel,a Pedra Grande, a Régua, a queda d’água daponte que corta a cidade, a queda d’água doMalagodi, o canal bufando, a Procissão de Bar-cos, as ruas no Corpus Christi, a Pedra que Voa,o estilo meio gótico da Matriz de São Sebastião,os casarões antigos preservados apesar dotempo e da insensatez humana, as ladeiras do

Bairro Alto, as pedras e os peixes na corre-deira do rancho do Zé Belo...

Na língua tupi-guarani Piraju significa ‘PeixeAmarelo’. A cidade tem esse nome em home-nagem ao símbolo máximo desse pedaço dechão: o peixe conhecido como Dourado(Salminus maxillosus). Muito pescado no pas-sado, o Dourado ainda resiste bravamente naságuas do rio Paranapanema e é motivo de pre-ocupação dos ambientalistas e da preservaçãodas corredeiras do “Panema”.

Vejo a cidade como uma grande história que écontada e cantada através dos tempos por seusfilhos mais ilustres e também por aqueles quesão desconhecidos, mas que o amor por Pirajuune e não nos deixa esquecê-los. Parabéns Pi-raju por seus 130 anos !!!

*Músico e escritor santa-cruzense que vive em São Paulo| [email protected] |www.gucadomenico.com.br

*Biólogo e jornalista que trabalhacomo gestor de agronegócio em Avaré |

[email protected]

*Fernando Franco

A pequena grandeSANTA CRUZ

4 | ponto de vista

Longavida aoPeixeAMARELO

*Guca Domenico

Arte:Franco

Catalano Nardo

Page 5: CIDADES belas e aniversariantes

Falar de Piraju vai além do jornal onde estouhá 24 anos porque foi aqui que minha famíliaescolheu viver há mais de 100 e aqui nasce-ram meus avós, pai, irmãos,tios, primos, so-brinhos, filhos, nora e neta. Foi aqui comcerteza que vivi, vivo e viverei os melhoresdias da minha vida (os piores também). Naminha cabeça e coração não posso separarPiraju e a Folha de Piraju, motivo pelo qualfiquei aqui, assim como não dá para falar dojornal sem pensar no Constantino Leman eno Ary Gurjão que começaram tudo e tam-bém não dá para pensar em Piraju sem osamigos de verdade que fiz em Santa Cruz doRio Pardo que me deu o privilégio de co-nhecer pessoas como o João Nantes e suafamília, o Narciso Samuel Gonçalves e a SilviaTheodoro Paulin Gonçalves, hoje para lá decidadãos pirajuenses.

Para resumir Piraju: terra de amigos, terra dosmeus parentes, da Selma Tucunduva, do Dr.Ovidinho, da Tânia Guerra, do Zé Ferreira,do Zeca Ramos, do Paulo Arantes (daMabraco),da família José, do Théo Motta, doVigu, da Juventude Alegre, dos estrangeirosque vieram viver aqui: eu mesma, minhamãe, Miguelito, Dr. Rubens, Dr. OsvaldoAloma etc.

Piraju significa infância feliz no Bairro Alto.Iate Clube, tardes quentes de chuva, noitesde meia luz nos lugares altos,serenatas, ruasde canteiros(que também existem em SantaCruz),ruas calmas que nos levam a pé ou decarro ao nosso lugar no mundo. Nosso mapamundi. Europas, Ásias, Africas, Oceânias todomundo do mundo aqui nessa aldeia. De umextremo ao outro Piraju é a terra da amizade,do carinho, de intrigas engraçadas, da com-preensão e do Paranapanema.

Rio limpo no meio da cidade. Pulo de tram-polim, de arvão, de piscina natural.

“Um lugar de chegar oito anos depois e estartudo, tudo igualzinho, até o Pipoca continuaprefeito”, me disse meu primo William quemorou aqui e há muito tempo não vinha.

Isso é um produto único de Piraju que precisaser exportado como bandeira do nosso tu-rismo. Todo mundo que conhece todomundo, que cumprimenta todo mundo, vaialém do lugar pequeno, tem cumplicidade,tem comprometimento, gente que cuida davida alheia no bom sentido das amizades dopassado, das famílias dos amigos, dos co-nhecidos dos conhecidos.Gente que se gostade verdade. Isso ainda existe aqui.

Sou apaixonado por Santa Cruz do Rio Pardodesde que aqui cheguei. E lá se vão 45 anos.É fácil se identificar com o lugar onde se mora,especialmente quando há uma história fasci-nante. Franco Montoro já lembrava que ocidadão não mora efetivamente no Estado ouno País, mas no município. No caso de SantaCruz, sua trajetória ímpar, a decadência e asincertezas de seu futuro me cativam há anos.

A cidade que completa oficialmente 140 anosde existência já dominou toda a extensa regiãoda Média Sorocabana. Foi a primeira do inte-rior paulista a ganhar o asfalto, deu exemplosde saneamento básico e arborização numaépoca em que a ecologia sequer era assuntodo dia, elegeu deputados e um senador, alémde abrigar vultos expressivos do cenário na-cional, como Orlando Villas Boas, indicadopara o Prêmio Nobel da Paz nos anos 70. Poraqui transitavam figuras do porte de JúlioPrestes, Altino Arantes e outros. Era passagemobrigatória dos candidatos a presidência daRepública. Parafraseando Umberto Magnani,outra personalidade nossa, o santa-cruzenseé diferenciado e sempre carregou no peito umorgulho sem precedentes pela sua terra.

O problema, porém, é que tudo isto é pas-sado. Claro que devemos enaltecer nossahistória, mas precisamos, mais do que nunca,escrever nosso futuro. E neste aspecto repousao grande dilema do século 21 para Santa Cruzdo Rio Pardo: como conciliar desenvolvi-

mento com a busca constante pelo progresso?Como reencontrar este caminho esquecido hápelo menos cinco décadas?

Há vários exemplos desta inércia. Santa Cruzperdeu a vocação industrial para Ourinhos.Depois, deixou que o setor educacional se de-senvolvesse entre seus vizinhos. Mas há bol-sões da economia a serem explorados. Oturismo e o agronegócio são apenas alguns.

Nosso povo não pode mais ficar adormecidoem berço esplêndido. Não pode se contentarcom tão pouco. É preciso ousadia dos nossosadministradores para que a cidade mantenhasua tranquilidade sem deixar de gerar empre-gos e renda.

É este o maior desafio do século para SantaCruz do Rio Pardo, tarefa que deve ser assumi-da por cada um dos santa-cruzenses.

Piraju: terra deAMIGOS

O dilemados 140ANOS

5 | ponto de vista especial _ convidados: editores dos mais tradicionais jornais de Sta. Cruz do Rio Pardo e de Piraju

* Laca (Maria AngelaRamos) _ especial para o 360

* Sérgio Fleury Moraes_ especial para o 360

*Jornalista, fundador e editor dojornal Debate há 32 anoswww.debate.com.br

*Jornalista, há 24 anos editora ediretora da Folha de PIraju, publicada há45 anos | www.folhapiraju.com.br

Parabéns Santa Cruz ePiraju pelo Aniversário

Page 6: CIDADES belas e aniversariantes

SALMÃO marinado

6 | cultura_ d i c a d e l e i t u r a _ l i v r o s s o b r e a s a n i v e r s a r i a n t e s

PPaarraannaappaanneemmaa aaffiinnaall!!

Mas, a demarcação precisava ser feita; os terrenos do outro lado do rio de-viam ser reconhecidos quando mais logo, já que se sabia que não eram ex-tensos. Prepararam-se, então para uma nova digressão às barrancas do rio.O terreno, como já foi dito, era desigual: subia e descia, cansava a gente.Depois começou a descer mais – bastante.

A mata, meio trançada de cipoal, era dura de se atravessar. Foram descendo,e, de repente, o pessoal todo parou maravilhado. No fundo, entre barran-cos rochosos, rápido corria e saltava o rio. O velho “Panema”, tão falado,em cujas margens achavam-se situadas as possessões compradas pelos Ar-ruda, ainda em Tietê, através dos conhecimentos na Corte, do Barão doRio Branco, padrinho do seu filho João de Arruda.

Resolveram procurar o jeito de descer, rumando para um vau. As mulas fin-cavam os cascos na trilha pedregosa, levando os cavalheiros na direçãocerta, guiadas pelo seu faro misterioso de animal. A água estava meio suja– barrenta – pois não fazia muito tinha chovido pelas cabeceiras. Atraves-sara, afinal. Pararam numa clareira para repousar. Movido pela curiosidade,Afonso, o filho mais novo, que era um especulador, em lugar de aproveitar

bem o descanso, foi explorar o terreno.Não demorou muito, apareceu com uma

cara esquisita: encontrouum trilho batido, a poucospassos do lugar onde ovelho e os companheiros es-tavam fazendo seus pitos.

SSeerriiaamm íínnddiiooss??

Índios! Foi o primeiro pensamento do pessoal. Queprecauções lhes cabiam? Sabiam de há tempos que

bons modos era possível afastar o perigo de uma agressão.Quem, no entanto iria na frente? E as armas? Convinhalevar? Ou seria melhor apresentar-se de um modo mais pací-fico? Após uma curta deliberação, resolveram que o Arrudapai seguiria na frente, sem arma; e com ele um agregado, oManoel, também já idoso. Um tanto atrás deviam seguir osmais moços, todos armados, porém sem ostentação.

oucas eram as diversões do povonesta época.Em casa de algumamigo ou em algum hotel reu-niam-se os amantes do carteado, eo dinheiro corria grosso quandodestas rodas faziam parte osgrandes fazendeiros e os coronéis,que quase sempre se deslocavam dos municí-pios vizinhos atrás das emoções de um bomjogo de baralho.

As diversões para o povo em geral tinha seuponto alto quando aqui vinha ter algum “circo de cavali-nhos”; suas funções eram altamente prestigiadas pelas prin-cipais famílias e pelos rapazes e moças que viam nestas

reuniões oportunidades para uminocente flerte com os preferidosde coração.

Os circos eram sempre bem-vindos e sua estada era alvode comentários pelas diferentes camadas da localidade.Seus proprietários enfrentavam problema sério para equi-librar a receita e sair com algum lucro; de todos os ladossurgiam “penetras” que passavam de liso para os porteiros,ignorando as bilheterias. Os meninos de menor condiçãofinanceira penetravam por baixo do pano, hábito genera-lizado em todas as cidades onde se armavam estes es-

petáculos, fato aceito até com certa naturalidade pelo pessoal do circo, que, dequando em quando faziam vistas grossas, sabendo ser tarefa inútil tentar impedir oacesso da “molecada” por esse meio. Fora isso tinham de ceder os melhores ca-marotes às autoridades e aos donos dos terrenos onde ar-

mavam os circos, concediam perma-nentes aos proprietários das casasonde, provisoriamente se instalavam…

…O público aguardava com ansiedadeo início do espetáculo, cuja aproxi-mação era anunciada por sinais es-trepitosos. Tais sinais eram dados porenxadas dependuradas nas proximi-dades dos camarins, onde “amarra ca-chorro” designado para este oficio,usando um pedaço de ferro, fazia a ferramenta vibrar com asbatidas violentas, com pequeno intervalo entre uma batida e

outra. Ao toque do terceiro sinal a platéia responde com tremenda assuada, compalmas, gritos, vaias. Na primeira noite, apresentação da companhia, quando o pro-prietário, vestido a caráter, depois do tradicional “respeitável publico”, fazia a apre-sentações dos artistas.

Paulo Vigu, músico ediretor de cultura dePiraju, indica umtrecho de um doslivros sobre a cidadena épooca de seu descobrimento

Coronel TonicoLista página 69de José Ricardo Rios

Umberto Magnani,ator santa-cruzense,indica um trecho deum dos livros sobreuma época da cidadee seus personagens

O São Sebastião doTijuco Pretopágina 13

de Constantino Lemam

Os livros que aparecem nesta página você encontra nas bibliotecas de Santa Cruz e de PIraju.Vale a pena mergulhar nas histórias contadas por cidadãos que se dispuseram a registrar osacontecimentos que podem nos fazer entender melhor o lugar onde nascemos e vivemos;

Fo

tos:

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Delícias de locais de Sta.Cruz e Piraju onde se é sempre bem atendido

7 | gastronomia _ imperdível

A pizza Caponata, da Pizzaria Alcatéia, de SantaCruz, leva berinjela, pimentão vermelho, alho poró eabobrinha fatiados, manjericão fresco e mussarellasobre massa fina e molho de tomate. Deliciosa.Abaixo, foto da redonda antes de assar.

Piraju: Tilápiano Alho

A tilápia no alho do BarAdrenalina’s, de Piraju,vem acompanhado deuma mini saladinha e satis-faz ao paladar como pou-cos, além de ser bastanteleve, já que é feito na cha-pa, sem gordura. Deliciosoe por um preço inacredi-tavelmente barato!

Sta. Cruz:Pizza Caponata

Modestamente, uma das melhores re-ceitas de salmão sou eu quem faço. Omérito, na verdade, é a facilidade da re-ceita, um presente que Mari, uma baia-na simpática que cozinhava na casa doArnaldo Jabor, o grande cineasta e es-critor com quem tive a sorte de dividir amesa muitas vezes, sempre interessadíssima nasua conversa e surpresa com sua delicadeza e humor.Quando Mari fazia o salmão, eu festejava. E, curiosa quesou, tratei de aprender. É tão fácil que nunca deu errado.E sempre deixa qualquer convidado com aquela sensação dequero mais. Para acompanhar, uma saladinha verde, arroz e purêde mandioquinha e cenoura, também muito fácil de fazer. Prove!

SALMÃO marinado

Nada pode ser melhorpara acompanhar osalmão do que um vinhoespumante bem seco eextremamente gelado

RECEITAdo cardápio da Mari, da Bahia

SALMÃO MARINADOIngredientes:1 filé de salmão fresco4 a 5 limões do tipo comum1 xícara de chá de vinagre do tipobalsâmico2 dentes de alho1 colherzinha de café de salpimenta do reino brancamajericão frescoPreparo:amasse o alho com umgarfo juntando o sal. Num pirex,coloque o sal com alho e expremaos limões. Acrescente o vinagrebalsâmico o azeite e o manjeri-cão. Prove e veja se o sabor estáequilibrado.Coloque o salmão (o

tempero não cobre o peixe, ficapela metade da altura do file).Cubra com filme e mantenha nageladeira por cerca de 6 horas.Depois, tire da geladeira, vire opeixe, cuidando para deixar fo-lhas do manjericão por cima, emantenha mais algumas horas nageladeira. Asse em forno quentepor 10 minutos coberto com papelalumínio e por mais 10 minutossem o papel. Pronto. É só servir.

Purê de Mandioquinha e cenouraIngredientes:4 cenouras graúdas 6 a 8 mandioquinhas

2 colheres de manteigasal, noz moscada e leite mornoPreparo: Descasque e corte oslegumes em rodelas largas. Fervaágua com uma colher de mantei-ga e um pouco de sal. Coloqueprimeiro a cenoura e minutos de-pois a mandioquinha, que cozinhamais rápido. Quando estivermolinho, escorra. Numa panela,coloque mis um pouquinho demanteiga e a mandioquinha e acenoura devidamente peneiradosou passados no espremedor. Mexae acrescente um pouco de leitepara deixar o purê cremoso. Tempere com noz moscada e sal.

Fotos: Flavia Rocha | 360

Flavia Manfrin_editora 360

•:360 indica

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8 | meio ambiente_cidades

RESGATE do passadoé omelhor presenteÉ notória a necessidade de recuperaçãoarquitetônica, com a devida competênciapara avaliar e restaurar edificaçõeshistóricas, em todas as pequenas cidades.E um dos pontos de destaque são as es-tações de trem do que antes se denomi-nava Sorocabana, que vinha de Sorocabapara o sudoeste do Estado, com paradasem Avaré, Cerqueira Cesar, Piraju, Ou-rinhos, Bernardino de Campos, Ipaussu,Chavantes e Santa Cruz do Rio Pardo.

Enquanto em Cerqueira, Ourinhos eBernardino o que se vê é o aproveita-mento dos prédios, o que lhes garante omínimo de conservação, já que abrigamórgãos municipais e estaduais como bi-blioteca e casa de artesão, caso deCerqueira César, em alguns lugares o quese vê é a triste ruína de projetos ar-quitetônicos valorosos, como os de Santa

Cruz e Piraju, criados pelo famoso ar-quiteto Ramos de Azevedo, que criou,entre outras grandes construções deépoca, o Teatro Municipal de São Paulo(veja quadro na página ao lado).

Presente oportuno – Neste contexto, éde se comemorar, qual presente deaniversário, que Piraju e Santa Cruz, cadaqual à sua maneira e com projetos distin-tos, tenham conseguido chamar aatenção do governo (federal e estadual)para finalmente transformar aquilo quevivia ameaçado pela degradação dotempo, em locais onde a preservação ar-quitetônica ganha valor.

A estação de Piraju, já em obra mais adi-antada, já mostra o que pode acontecerquando se restaura um prédio velho (videfotos). O projeto de revitalização do pré-

dio, tombado pelo Conselho Municipaldo Patriomônio Histórico e Cultura, quefica numa bela e arborizada entrada dacidade inclui restauração do prédio e dosbalcões vizinhos, que serão transforma-dos em espaço para eventos culturais,além de outras atrações com vistas ao de-senvolvimento turístico, já que está sendofinanciado com recursos próprios do mu-nicípio e verbas da SABESP e do DADE(Departamento de Apoio ao Desenvolvi-mento das Estâncias).

Em Santa Cruz, a velha estação, que dánome a um populoso bairro da cidade, arecuperação será feita através do pro-grama Mais Museus, do Governo Fe-deral, fruto de projeto aprovado peloIphan (Instituto do Patrimônio Históricoe Artístico Nacional), que prevê recursos

para a reforma. Os recursos iniciaischegaram à cidade às vésperas do aniver-sário, no dia 18/1. Além disso, técnicosdo Condephaat, órgão do governo esta-dual que trata da presevação de pa-trimônios históricos, já visitou e avaliou olocal com vistas ao tombamento (açãoque garante a conservação obrigatória deum bem sem descaracterizá-lo, fator quecontribui para a conquista de recursosatravés de leis de incentivo, como aRouanet, do Ministério da Cultura.

Por essas e outras, as cidades e a regiãopodem comemorar, pois a devida atençãoàs construções públicas contribui paraque também a iniciativa privada despertepara a importância de se preservar obrasque contam a história do Brasil que acon-teceu na nossa região.

As estações de Piraju (acima) e Santa Cruz, como boa parte da malha da Sorocabana,são obras projetadas pelo famoso arquiteto Ramos de Azevedo (veja quadro na pág. 9)

Foto: Flavia Rocha | 360

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A obra da estação de Piraju nem acaboue já se pode notar a grande mudança queuma restauração é capaz de fazer. As fotos de antes são de 2007. Em SantaCruz, o belo prédio que todos avistam do centro, acaba de receber os primeiros recursos para a revitalização

QUEM FOI…Ramos de Azevedo

OO mmooddeelloo aarrqquuiitteettôônniiccoo qquuee RRaammooss ddee AAzzeevveeddoo((11885511__11992288)) iimmppllaannttoouu eemm SSããoo PPaauulloo ppoossssiibbiillii--ttoouu ssuuaa iinntteeggrraaççããoo aaooss pprrooggrraammaass ee mmooddeellooss mmaaiissiimmppoorrttaanntteess ddoo ssééccuulloo XXIIXX.. OOss hhoossppiittaaiiss,, aassiillooss,,qquuaarrttééiiss,, eessccoollaass,, iinnssttiittuuttooss,, mmaattaaddoouurrooss,, eeddiiffíícciioossppúúbblliiccooss ee rreessiiddêênncciiaass ccoonnssttiittuueemm,, ppaarraa aa ééppooccaa,,mmooddeellooss qquuee rreessppoonnddeemm àà nneecceessssiiddaaddee ddee mmoo--ddeerrnniizzaaççããoo.. UUmm eessttiilloo vvoollttaaddoo ààss ttééccnniiccaass ee aaoossmmaatteerriiaaiiss ddoo mmuunnddoo iinndduussttrriiaall ddoo ssééccuulloo XXIIXX.. SSeeuusseeddiiffíícciiooss ssããoo ddeeccoorrrrêênncciiaa ddiirreettaa ddee uumm ccuuiiddaaddoossooccoonnhheecciimmeennttoo ee eessttuuddoo ttééccnniiccoo--cciieennttííffiiccoo,, rraacciioo--nnaalliiddaaddee,, aarrttee aa sseerrvviiççoo ddaa uuttiilliiddaaddee ee ffuunncciioonnaallii--ddaaddee.. AAllgguummaass ddee ssuuaass oobbrraass:: QQuuaarrtteell ddaa PPoollíícciiaa((11888888)),, nnaa LLuuzz;; EEssccoollaa NNoorrmmaall ((11889900--9944)) ee ddooJJaarrddiimm ddaa IInnffâânncciiaa ((11889966)),, nnaa PPrraaççaa ddaa RReeppúúbblliiccaa;;SSeeccrreettaarriiaa ddee AAggrriiccuullttuurraa ((11889966)),, nnoo PPááttiioo ddoo CCoolléé--ggiioo;; EEssccoollaa PPrruuddeennttee ddee MMoorraaeess ((11889933--9955));; EEssccoollaaPPoolliittééccnniiccaa ((11889955));; LLiicceeuu ddee AArrtteess ee OOffíícciiooss ((11889977--11990000));; TTeeaattrroo MMuunniicciippaall ddee SSããoo PPaauulloo ((11990033--1111)),,eennttrree oouuttrraass oobbrraass.. FFoonnttee:: wwwwww..ssaammppaa..aarrtt..bbrr//bbiiooggrraaffiiaass//rraammoossddeeaazzeevveeddoo//

Fotos: Flavia Rocha | 360

Page 10: CIDADES belas e aniversariantes

10 I meninada

Respostas: O que é, o que é: O Anzol. O buraco

VVooccêê eennccoonnttrraa eemm SSttaa.. CCrruuzz,, OOuurriinnhhooss,,IIppaauussssuu,, CChhaavvaanntteess,, CCaanniittaarr,, BBeerrnnaarrddiinnoo

ddee CCaammppooss ee EEssppíírriittoo SSaannttoo ddoo TTuurrvvoo

Sabem o que é melhor?Com um simples tam-pão e óculos Alvinhoderrotou o estrabismo.Ganhou nota 10 de seuoftalmologista, passouno teste e ganhou uma nova vidaem 3 dimensões. Não tropeça maisno Pingo, não erra mais a mão aotentar passá-la na cabeça e acerta osolhos do Pingo. De tanto errar a dis-tância e bater sem querer em Pingo,toda vez que Alvinho chegava, elesaia correndo e latindo assustado.Acho que Pingo vai ficar assustadocom piratas pra sempre.

PINGO

O queé o que é....

…qquuee qquuaannttoo mmaaiissccrreessccee,, mmaaiiss bbaaiixxoo ffiiccaa?

…qquuee eessttáá ddiirreeiittooqquuaannddoo eessttáá ttoorrttoo?

CANSADO davida de PPIIRRAATTAA

Page 11: CIDADES belas e aniversariantes

Acho que tudo começou com o tio Carlito. Elesempre cantou e ainda hoje, aos 80 anos, comAlzheimer, canta: “pedi-lhe um beijo, não deu,um abraço, sorriu, pedi-lhe a mão, não quis dar,fugiu, Bahia, terra da felicidade, morena, eu andolouco de saudade, meu Senhor do Bonfim, ar-ranje outra morena pro Carlito Manfrin”.

Uma vez por outra, escutando música, a letra mepega, como nesse dia indo trabalhar: ”A lua talqual a dona do bordel, pedia a cada estrela friaum brilho de a...lu...guel” e me pegou adiante,“a espe...rança dança na corda bamba de som-brinha, e em cada passo dessa linha pode sema...chu...car”. Eu estava para gravar um CD praminhas tias e minha mãe e lembrei-me de “Luardo Sertão”.

Tantas vezes escutei e me deiconta da sua poesia linda,emocionada: “Se a lua nascepor detrás da verde matamais parece um sol de prataprateando a solidão e agente pega na viola queponteia e a canção é alua cheia a nos nascerdo coração. Não há,oh gente, oh não,luar como essedo sertão.”

Há muitos anos houve um concurso: “Qual omelhor verso da MPB?” Saiu vitorioso “No dedoum falso brilhante, brincos iguais ao colar e aponta de um torturante Band-aid no calcanhar...”Em segundo lugar ficou: “Mas a lua furandonosso zinco salpicava de estrelas nosso chão.Tu pisavas nos astros distraída sem saberque a ventura desta vida é a cabrocha, oluar e o violão.”

Quem conhece o tio Carlito sabe que amorena mais frajola é sua paixão, tiaOdette, e não há o que pague ouvi-locantar essa paixão que é eterna enquantodura o sopro de sua vida.

ARTISTAem construção

11 |papo cabeça_ agenda

*Vocalista da banda Landau69 que há anostenta conciliar o vício pela música, cinema e literatura com os estudos jurídicos

*Médico santa-cruzense que vive em Campinas| [email protected]

Na coluna passada, ao repassar o que de melhorrolou em 2009, não incluí o disco de Mallu Ma-galhães, homônimo, o segundo da curta e precocecarreira, lançado no finalzinho do ano, pois nãohavia escutado com a devida atenção. Pois con-serto o erro dedicando todo este espaço a ela.

Muitos já conhecem a história: em outubro de2007, com apenas 15 anos, Mallu colocou qua-tro músicas no site Myspace. Após um ano, cercade um milhão de visitas e uma já maciça presençana mídia, lançou o primeiro disco, também auto-intitulado. A partir de então, marcou presença emtudo quanto é programa de televisão, revistas,sites, etc.

A evidência, no entanto, levava mais em conta apouca idade do que a qualidade das canções emsi. “J1”, “Tchubaruba”, “You Know You’ve Got” e“Have You Ever” são pequenas pérolas pop, maso disco enjoava, e a voz de Mallu chegava a irritarem alguns pontos.

Pois no segundo disco isso não acontece. O tem-po parece correr de um modo diferente para ela,que num curto período bebeu em muitas fontes,o que refletiu na diversidade do segundo álbum.

O disco abre com o piano do belo rock “MyHome Is My Man”, e baixa um pouco a poeiracom “Nem Fé Nem Santo”. “Shine Yellow” vemem seguida, um skazinho pronto pra estourar emqualquer rádio. “Versinho de Número Um” é umsamba pra indie não botar defeito, e antecede abelíssima “Make It Easy”. “Compromisso” narra asagruras de uma adolescente em exposição, e queainda tem o 3° colegial pra cursar. “Te Acho TãoBonito” traz imediatamente à lembrança seunamorado Marcelo Camelo, tanto pela letra comopelo modo de cantar. Aliás, o vocal arrastadomostrado por ele em seu disco solo foi apropriadopor Mallu em várias faixas.

O leque se abre tanto que é possível vislumbrarum quê de Mutantes em “Bee On The Grass”.Ainda temos a linda “Soul Mate”, o country “YouAin’t Gonna Loose Me”, e “É O Que Você Tem”,embalada por um arranjo de cordas.

Mallu ainda tem 17 anos, e acaba de lançar so-mente o segundo disco, provando que tem tudopra ser uma artista de grande destaque daqui prafrente.

A MORENAmais frajola

*José Mário Rocha de Andrade

* Tiago Cachoni

SANTA CRUZ31/1_ Corrida de Boia_ A mais famosacompetição da cidade, realizada à épocade seu aniversário (20/01), costuma seradiada se começarem as chuvas deverão. Mas vale participar da com-petição, mesmo para quem não pre-tende conquistar o pódio. O trajeto étranquilo e botes do corpo de bombeirosacompanham os competidores que des-cem o rio em câmeras de ar competindoindividualmente ou em grupo. Partici-pantes ganham camisetas no dia daprova. Há premiação para vencedores

das categorias Adulto Feminino e Masculino; Infantil Feminino e Masculino;Veterano Masculino (40 a 60 anos); Master Masculino (acima de 60 anos); eEquipe Misto (4 componentes). EntradaGrátis | Saída: 8h30 | Ginásio de Esportes Aniz Abras | Info: 14 3372.7989

arte: SabatoVisconti|360

Tema do Mês: WESTERN (faroeste)2/2: OS BRUTOS TAMBÉM AMAMDireção:George Stevens - USA, 1951 -118 min. Colonos tentam fixar-se naterra como lavradores e são pressiona-dos a sair pelo rancheiro poderoso, quequer as terras para formar pastagempara o seu gado9/2: RIO GRANDE_ Direção: John Ford- 1940 - 105 min. Filme da Trilogia daCavalaria de John Ford, John Wayne éo tenente-coronel Kirby York, coman-dante das tropas colocadas ao longo dafronteira com o México. 23/2: NEVADA SMITH_ Direção: Henry

Hathaway - 1970 - 130 min. Filho deuma índia nativa dos EUA e de paibranco, robusto e inocente rapaznascido durante a corrida do ouro daCalifórnia, quando uma grande leva deimigrantes e militares dirigiu-se aoOeste americano. 24/11: UMA AMIZADE SEM FRON-TEIRAS_ Direção: François Dupeyron -2003 - 95 min.Um garoto judeu cresceem bairro decadente da Paris dos anos60. Seu único contato masculino é umvelho comerciante turco-mulçumano.Juntos, começam uma jornada que irámudar suas vidas para sempre.

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Page 12: CIDADES belas e aniversariantes

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A nova BANDA LADO B, mostra que tem tudo para emplacar no que diz respeito arepertório. Baladinha boa e bem executada. E faz sucesso na praça, o lugar mais família dacidade do interior, onde jovens, crianças e adultos se divertem cada um à sua maneira.

RROOCCKK dobom_ 1

Fotos: FlaviaRocha | 360

Page 13: CIDADES belas e aniversariantes

A BANDA MADAME V8

prova que boa música

atrai bom público. E faz

o domingo ser melhor.

Fotos:Flavia Rocha |360

• S.CRUZ rockfaz bem no BARRICA

RROOCCKK dobom 2

Page 14: CIDADES belas e aniversariantes

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CINEMASAvaré 14 3732.5058Piraju 14 3351.1555Ourinhos 14 3325.1266SCruz 14 3373.2910CAFETERIASEstação Baguete :Ourinhos Sal-gados, doces, sucos e cafés. Tododia 6h30_22h | F: 3325.4124Estação Café :Avaré Salgados,doces, sucos e cafés. 2ª_sab.após 10h, dom após 19hF: 14 3731.2828Dona Ica Café :OurinhosCafés, doces e salgados sem frit-uras. Todo dia 8h-19hF: 14 3326.3498Sabor da Fazenda :Sta. CruzBom cardápio e ambiente gostoso.2ª a 6ª : 8h_18h | sab: 9h_15h|F:14 3372.3871RESTAURANTES•360 Al Faiat :Ourinhos Cozinhavariada e de qualidade. Boa cartade vinhos e cervejas. Almoço 2ª_6ªF: 14 3326-9700•360 Cantina Donana:Bernardino Ótimos peixes, riso-tos, massas e entradas. 3ª_sab:18h / dom:12hh | F: 14 3346.1888 Hikariya : Ourinhos ComidaJaponesa no jantar.e variada no al-moço. 2ª- sab. 19h_00h | F.: 14 3322.7553La Parrilla :Ourinhos Culinária ar-gentina. 3ª- sab:11h_16h |19h_00h |dom. 11h_16h F.: 14 3324.9075Le Lui :Ourinhos Ambiente ecardápio sofisticados | 3ª- sab:11h30 e 18h30 | dom. 11h30

F.: 14 3326.3762O Holandês : Avaré 3ª a 6ª11h30_14h | sab-dom 12h_15h e5ª-sab após 19h F.: 14 3733.1833•360 Nossa Chácara :Sta. Bár-bara Restaruante da pousada,com buffet e mesa de prratosquentes e saladas com direito aótimos assados. Ligue antes de ir.Local bucólico dentro da cidade. 5ªa dom. | F: 14 3765.1545Pirabar :Piraju Almoço à beira doParanapanema, vira casa noturna.3ª a dom. | F: 14 3351.4387•360 Pizzaria Alcatéia :Sta. Cruz Pizzas crocantes, massas ecarnes. Música e pintura À beirada piscina. 3ª-dom. 19h à_23h F: 14 3372.2731Rancho do Peixe :Sta. Cruz Cozinha simples e caprichada,serve bons peixes a bons preços.2ª_dom: 8h30-14h30. 2ª _sab:17h30 até 0h | F: 14 3372.4828Restaurante da Rosinha:S. Pedro Comida caseira de boaqualidade. 2ª a sáb: 11h30 às 15h |F: 14 3377.1241BARES•360 Adrenalina’s :Piraju Tilápiano alho por preço incrível. Todo diaapós 17h | F: 14 3351.3370 Bar da Neusa :Sodrélia Todo dia8h00_20h ou até o último clienteAlternativo :Piraju Petiscos,lanches e drinks. Baladas. 3ª-dom |15h_22h | F: 14 3351.1752Dú-BAR :Sta. Cruz Espetinhos di-versos, ótima música. Após 17h 2ªa sab.| F: 14 3372.7910Morena Flor Chopperia :Avaré

Chops Heineken e Xingu. 3ªa dom.18h. F.: 14 3732.7484•360 Quintal doRomão:Bernardino Balada comDJ, drinks e petiscos. Não percashow de Igor Ribeiro. 6a.s e sab.23h_4h F.: 14 91328035•360 São Sebastião :PirajuBoteco de salgados e sinuca.Atendimento familiar. 2ª a sab: 8h-22h Dom.: 8h-14h F: 14 3351.4276•360 Sasel :Sta. Cruz Bar de boaqualdiade. Todo dia: a partir das18h F: 14 3372.5656•360 Taças e Cachaças :PirajuCachaças, petiscos, pratos. Atendi-mento especial diferenciado. 2ª_6ª:18h | sab/dom: 10h | F: 143351.0811 LANCHESNina :Sta. Cruz Tradição emlanches há décadas. Todo dia18h_0h |F: 14 3372.6555FRUTAS & SORVETES•360 Frutaria do Baiano :Sta.Cruz Deliciosas frutas servidas nahora ou pra levar. Mal. Bittencourtc/ Benjamin Constant 8h_ 23h. •360 Sorveteria União :Sta. CruzSorvete leve, artesanal e com in-gredientes naturais. A melhorsorveteria da região. Todo dia9h_23h | F: 14 3372.3644•360 Açaí Wave :Ourinhos eS.Cruz Frutas e sucos, lanches ecafés. 2ª a sábª: 11h-00h |dom/fer. 15h-00h | F: 3324.3358(Our) 3372-6902 (S.Cruz)MADRUGADAPiraju Lanches :Piraju Entrega,também atende no salão Todo diaapós 18h | F: 14 3351.5115Xiró :Sta. Cruz Cozinha variada,com extenso cardápio A partir das19h. Fecha às 3ªs F: 143372.4960RODOVIASPIRAJU-OURINHOS | SP 270 ‹RAPOSOTAVARES›•360 Cia. da Fazenda_Km 334:Lanches e refeições com destaquepara pratos levando palmito, lojade presentes e delícias. F: 143346.1175OURINHOS-S.CRUZ | SP 352 ‹ORLANDO QUAGLIATO›RestauranteCruzadão_Km 16:Restaurante-churrascaria. F: 14 3372.1353. Aberto 24 horas

•360 Orquidário RestauranteCafé_Km 14: Lanches, sucos e omais famoso parmegiana daregião. Loja de presentes e anti-guidades, orquidário. Todo dia7h_19h F: 14 9782.0043•360 Varanda do Suco_Km 27,5:Refeições, lanches, sucos, salga-dos e doces deliciosos. Loja de

presentes.Todo dia.9h_19h F: 14 8125.3433 IPAUSSU-BAURU |SP 225 ‹ENG. JOÃO B. CABRAL RENNÓ›•360 Paloma Graal_Km 309: Amelhor praça de alimentação daregião,Destaque para a cafeteriaF: 14 3332.1033. Aberto 24 horas•360 Estação Kafé_Km 316:

Parada cultural com museu , obrasde arte e antiguidades. Lanches erestaurante com fogão a lenhaOURINHOS-JACAREZINHO | BR 153‹TRANSBRASILIANA›•360Graal Ourinhos_Km 345: Onovo endereço da rede traz mas-sas feitas na horal, além do tradi-cional buffet de saladas, pratosquentes e grelhados. Além de ou-tras opções da praça de alimen-tação. F: 14 3324.6319. 24 horasPESQUEIROSPesqueiro Forteza :ÓLEO - à beirado asfalto e em meio à natureza.3ª a dom_12h/ 20h F: 11 97039642Pesqueiro Paulo Andrade:STA.CRUZ-S.PEDRO Peixes frescos,Aves e assados ‹sob encomenda›.Atendimento familiar dia e noite.Após 9h | F: 14 9706.6518

Onde IR na região

Page 16: CIDADES belas e aniversariantes

Diz a música – e a lenda – que “quem não gosta desamba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça, ou doente dopé”. Pois eu acho que o mesmo vale para água doce. Osujeito pode até não ser doente do pé, mas da cabeça,com certeza. Digo isso em razão da grande indiferençaque tanta gente, mas tanta gente mesmo, tem em relaçãoaos rios, especialmente os que correm por cada cidade.Talvez seguindo o péssimo exemplo da capital paulista,que hoje gasta fortunas para tentar reverter o crime ambi-ental cometido contra os rios Pinheiros e Tietê, sem falar

de suas represas, o cidadão do interior só vê graça napraia, na água salgada que chega às areias, muitas vezesem situações alarmantes de contaminação na época dechuvas e dos dias quentes de verão.

Enquanto todos seguem para as praias para torrar no solescaldante, os rios – e os passeios e esportes náuticos –vivem esquecidos. A sorte é que tem gente, em minoria,mas tem, que sabe aproveitar a riqueza que Deus nos deu.Afinal, essa água doce que corre pela região do 360 élimpa, farta e deslumbrante. Quem discordar, certamentenunca desceu o rio arranjada numa boia, exatamente umacâmera de borracha preta, depneus de fusca, de cami-nhão. Opasseio, absolutamente seguro emSanta Cruz, por exemplo, onde oRio Pardo desce respeitoso e semqualquer pressa, pode ser feito porgente de todas as idades. É seguro.Além disso, não envolve custos, jáque o equipamento pode ser com-prado por R$ 10,00 em qualquerborracharia. O gostoso é descerem grupo, de amigos, de famil-iares. E passar horas inserido na na-tureza, conversando econtem-plando a mata ciliar queainda reside na terra master do360. Quem não se aventurar,

pode encontrar múltiplas distrações e alegrias nas águasdo Paranapanema, o grandioso rio que banha váriascidades por aqui, com destaque para Piraju, que lheacolhe e cuida dele com grandeza.È hora de despertarpara esse bem. Que lava o corpo, a mente e a alma, podeter certeza. ou pergunte para os poucos – e bons –amantes da água doce.

16 | bem viver

ÁGUA: doce e abundante*Fernanda Lira

*jornalista de São Pauloque adora a nossa região [email protected]

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p ro j e t oe d i t o r i a l

Corrida de boia realizadaem janeiro em SantaCruz, mês do aniversário

Procissão flutuante no Rio Paranapanema, realizada todos os anos no aniversário de Piraju