Ciclo de Conferencias - 2014 - Biodiversidade e Mudanças ... · •Aumento de CO 2, N 2 O, CH 4...
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O impacto potencial das mudanças climáticas na agricultura
São Paulo, 22 de maio de 2014
Eduardo Delgado Assad
Pesquisador da Embrapa
Ciclo de Conferencias - 2014 -
Biodiversidade e Mudanças
Climáticas - FAPESP
• Aumento de CO2, N2O, CH4
• Aquecimento Global
• Degradação da terra
• Perda de Biodiversidade
• Eutrofização
• Poluição
• Extração de Água
• …..
1900 1950 2000
Os últimos 50 anos observamos: Dramática
degradação do capital natural do Planeta
Rockstrom
• Intensificação das chuvas no Sul e Sudeste;
• O Nordeste deverá se tornar mais árido;
• Substituição gradual da floresta amazônica oriental por vegetação de savana;
• Diminuição na disponibilidade de água no semiárido;
• Aumento no nível do mar.
Impactos previstos para o Brasil
(Fonte: Prof. Hernani Löebler, Dep. de Ciências Geográficas-UFPE)
Projeção de aumento de temperatura segundo o IPCC 2007
IPCC AR5 WGI, 2013,
Temperatura da superfície do globo
segundo IPCC2 013
0
10
20
30
40
50
day
s
years
Número de dias com temperatura maiorou igual a 34 C em Campinas
IAPAR 16/09 2008
Day 29/09 temperature 33oC
Cenários Climáticos globais para
América do Sul
Projeções de anomalias de precipitação (mm/dia) para América do Sul, para o
período de 2090-2099 (Cenário A2), em relação ao período base de 1961-1990
para 15 diferentes modelos climáticos globais, disponíveis através do IPCC.
Tmax (Precis-A2) 2010 – media 1960-1990
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
-0.5 a -2
[⁰C]
Tmax (Precis-A2) 2020 – media 1960-1990
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
-0.5 a -2
[⁰C]
Tmax (Precis-A2) 2030 – media 1960-1990
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
-0.5 a -2
[⁰C]
Tmax (Precis-A2) 2040 – media 1960-1990
8 a 6.5
6 a 5
4.5 a 3
2.5 a 1.5
1 a 0
-0.5 a -2
[⁰C]
Source : Porto de Carvalho et all.Atmospheric Research 102 (2011) 218–226
Porter e Semenov, 2005
Fotossíntese X Respiração
Algumas tendências
O QUE FAZER?
Controlar o clima Adaptar-se
GaiaEsperar
Reduzir a concentração atmosférica dos gases do efeito estufa
Gases de efeito estufa
AÇÕES PARA O SETOR AGROPECUÁRIO
Recuperação/
reforma de
pastagens
Melhorament
o genéticoConfinamento
Integração
Lavoura-pecuária
Fonte: Cerri 2010
23
Principais ações
• Estimar as vulnerabilidades
• Estabelecer prioridades para mitigação
• Buscar opções de adaptação
• Transformar o aquecimento global num desafio de inovação e oportunidade de mercado
24
CONSEQUÊNCIAS PARA O CAFÉ
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
irrigação necessária
baixo risco climático
irrigação recomendada
risco de geadas
risco de temp. elevadas
alto risco climático
Cultura: Café Arábica
Zoneamento Atual
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
irrigação necessária
baixo risco climático
irrigação recomendada
risco de geadas
risco de temp. elevadas
alto risco climático
Cultura: Café Arábica
Cenário A2 - Ano - 2020
9,48%
R$ 882,6
Prejuízo em milhões
Área de baixo risco
A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA
AQUECIMENTO GLOBAL E A NOVA GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NO BRASIL – 2008
irrigação necessária
baixo risco climático
irrigação recomendada
risco de geadas
risco de temp. elevadas
alto risco climático
Cultura: Café Arábica
Cenário A2 - Ano - 2050
17,15%
Prejuízo em bilhões
Área de baixo risco
R$ 1,6
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica
Alto Risco
Baixo Risco
Médio Risco
Classe Área (Km2)
Alto Risco 24900
Baixo Risco_Sequeiro 19669
Baixo Risco_Irrigado 3046
Atual Espírito Santo
Alto Risco
Baixo Risco
Médio Risco
Classe Área (Km2)
Alto Risco 17383
Baixo Risco_Sequeiro 22849
Baixo Risco_Irrigado 7384
Precis_2020_a2
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica
Espírito Santo
ClasseÁrea
(Km2)
Alto Risco 34721
Baixo Risco_Sequeiro 11024
Baixo Risco_Irrigado 1871
Precis_2070_a2
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café arábica
Alto Risco
Baixo Risco
Médio Risco
Espírito Santo
Alto Risco
Baixo Risco
Médio Risco
ClasseÁrea
(Km2)
Alto Risco 15053
Baixo Risco_Sequeiro 31951
Baixo Risco_Irrigado 612
Atual
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta
Espírito Santo
Alto Risco
Baixo Risco
Médio Risco
ClasseÁrea
(Km2)
Alto Risco 12304
Baixo Risco_Sequeiro 33985
Baixo Risco_Irrigado 1327
Precis_2020_a2
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta
Espírito Santo
Alto Risco
Baixo Risco
Médio Risco
ClasseÁrea
(Km2)
Alto Risco 3160
Baixo Risco_Sequeiro 38723
Baixo Risco_Irrigado 5734
Precis_2070_a2
Zoneamento de Riscos Climáticos da Cultura do Café robusta
Espírito Santo
Fruticultura de Clima Temperado
Fonte: Wrege & Herter - Lab. Agrometeorologia da Embrapa Clima Temperado (2007)
Situação Atual
Fonte: Wrege & Herter - Lab. Agrometeorologia da Embrapa Clima Temperado (2007)
¯Horas de frio
Valores
0
0,001 - 50
50,1 - 100
101 - 150
151 - 200
201 - 250
251 - 300
301 - 350
351 - 400
401 - 450
451 - 500
501 - 550
551 - 600
601 - 650
651 - 700
701 - 750
751 - 800
801 - 836
PR
SC
RS
Horas de frio (<7,2ºC)
- 0 horas- 0 – 50- 50 – 100- 100 – 150- 150 – 200- 200 – 250- 250 – 300- 300 – 350- 350 – 400- 400 – 450- 450 – 500- 500 – 550- 550 – 600
Fruticultura de Clima Temperado
¯Horas de frio +1ºC
Valores
0
0,001 - 50
50,1 - 100
101 - 150
151 - 200
201 - 250
251 - 300
301 - 350
351 - 400
401 - 450
451 - 500
501 - 550
551 - 600
601 - 650
651 - 700
701 - 750
751 - 800
801 - 836
Situação Atual + 1ºC
Fonte: Wrege & Herter - Lab. Agrometeorologia da Embrapa Clima Temperado (2007)
Horas de frio (<7,2ºC)
Fruticultura de Clima Temperado
- 0 horas- 0 – 50- 50 – 100- 100 – 150- 150 – 200- 200 – 250- 250 – 300- 300 – 350- 350 – 400- 400 – 450- 450 – 500- 500 – 550- 550 – 600
¯Horas de frio + 3ºC
Valores
0
0,001 - 50
50,1 - 100
101 - 150
151 - 200
201 - 250
251 - 300
301 - 350
351 - 400
401 - 450
451 - 836
Situação Atual + 3ºC
Fonte: Wrege & Herter - Lab. Agrometeorologia da Embrapa Clima Temperado (2007)
Horas de frio (<7,2ºC)
Fruticultura de Clima Temperado
- 0 horas- 0 – 50- 50 – 100- 100 – 150- 150 – 200- 200 – 250- 250 – 300- 300 – 350- 350 – 400- 400 – 450- 450 – 500- 500 – 550- 550 – 600
PROJEÇÃO:
Aumento da
Temperatura em
2°C
PROJEÇÃO:
Aumento da
Temperatura em
2°C
12.673,5
19.725,7
29.223,0
38.683,0
-
5.000,0
10.000,0
15.000,0
20.000,0
25.000,0
30.000,0
35.000,0
40.000,0
45.000,0
80-90 90-00 00-10 2003-2013
Pe
rda
de
pro
du
ção
(e
m m
il to
ne
lad
as)
Década
Perda de produção
5,63%6,22% 6,33%
7,06%
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
7,00%
8,00%
80-90 90-00 00-10 2003-2013
Po
rce
nta
gem
de
pe
rda
Década
Porcentagem de perda
126.894
132.566,2 132.437,9
138.747,5
120.000
125.000
130.000
135.000
140.000
1980-1990 1990-2000 2000-2010 2003 - 2013
Áre
a p
lan
tad
a (e
m m
il h
a)
Década
Área plantada
$1.408.293,14
$2.142.157,74
$3.214.097,38
$5.238.839,88
$-
$1.000.000,00
$2.000.000,00
$3.000.000,00
$4.000.000,00
$5.000.000,00
$6.000.000,00
1980-1990 1990-2000 2000-2010 2003-2013
Pe
rda
de
pro
du
ção
(e
m 1
00
0 U
S$)
Década
Perda de produção (em US$)
Evolução da produção brasileira de milho
Evolução da produção brasileira de soja
$1.828.405,46 $2.527.143,75
$6.135.477,84
$8.429.520,13
$-
$2.000.000,00
$4.000.000,00
$6.000.000,00
$8.000.000,00
$10.000.000,00
80-90 90-2000 2000-2010 2003-2013
Pe
rda
de
pro
du
ção
(e
m 1
00
0 U
S$)
Década
Perda de produção (em US$)
8.259,5 11.633,4
24.826,8
29.349,1
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
80-90 90-2000 2000-2010 2003-2013
Pe
rda
de
pro
du
ção
(e
m m
il to
ne
lad
as)
Década
Perda de produção
4,89%
4,59%4,65%
4,70%
4,40%
4,50%
4,60%
4,70%
4,80%
4,90%
5,00%
80-90 90-00 00-10 2003-2013
Po
rce
nta
gem
de
pe
rda
Década
Porcentagem de perda
96.512,4 109.139,0
185.557,5 208.715,2
-
50.000,0
100.000,0
150.000,0
200.000,0
250.000,0
80-90 90-2000 2000-2010 2003-2013
Áre
a p
lan
tad
a (e
m m
il h
a)
Década
Área plantada
1197
1199
1208
1221
1180
1185
1190
1195
1200
1205
1210
1215
1220
1225
1971 - 19801981 - 19901991 - 20002001 - 2010
ETP
(mm)
Periodo
22,85
23,11
23,35
23,67
22,40
22,60
22,80
23,00
23,20
23,40
23,60
23,80
1971 - 1980 1981 - 1990 1991 - 2000 2001 - 2010
Temp/(°C)
44
45
46
47
48
49
High RiskLow Risk
High RiskLow Risk
World Bank Report (P118037)
Impacts of Climate Change on
Brazilian Agriculture - May, 2012
Tendências
2020
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
1990 1995 2000 2005 2010
Esto
qu
e d
e C
(M
g h
a-1
)
1997 - Inicio do cultivo eplantio da pastagem
2005 – Introduçãoda ILP
Estudo de Caso – Santa Carmem, MT
Mudança de uso da terra
X
Estoques de C do solo
J.L.N.Carvalho Dados não publicados
Com braquiária Sem braquiária
Tecnologia
Sist
ema Santa F
é
Típico exemplo de adaptação
No Brasil temos tecnologia para mudar ...
Essa não é a adaptação que procuramos!
Brasil, NE 2011
Mas sim essa, com integração pecuária-floresta
Ou essa, com integração lavoura-pecuária-floresta
60Fonte :Embrapa agrobiologia
61
Área com pastos degradados – baixa taxa de lotação
Figure2.rd29A:DREB1A/ahastransgenicsoybeanplants(left,T2)andtheoriginalveriety,BR16plants(right)afterapplieddroughtstress(5%ofhumidity:29days,then2.5%:17days).Theplantswithoutstress(15.0%)weregrowingnormallyliketheplantsleftofthispicture.ThispicturewastakeninApril17,thedaybefore9thevaluationin Figure 3.
P58: 2.5% BR16: 2.5%
BR-16 sem gene
2.5% Umidade do solo
P58 (BR-16 com gene)
2.5% Umidade do solo
Expressão de gene tolerante à seca na Soja
Faixa potencial de utilização das “soluções genéticas”
da biodiversidade do cerrado brasileiro
Qual o valor disso?
Obrigado
Ciclo de Conferencias - 2014 -
Biodiversidade e Mudanças
Climáticas - FAPESP