Ciclo cardíaco

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PROPEDÊUTICA CARDÍACA DR JOSÉ CARLOS PAIVA PAZ PROPEDÊUTICA CLÍNICA 3º ANO – F.C.M.S.

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PROPEDÊUTICACARDÍACA

DR JOSÉ CARLOS PAIVA PAZ

PROPEDÊUTICA CLÍNICA

3º ANO – F.C.M.S.

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CICLO CARDÍACO

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CICLO CARDÍACOCICLO CARDÍACO

• Desempenho mecânico do coração se faz em Desempenho mecânico do coração se faz em ciclos.ciclos.

• Lewis descreveu pela 1ª vez em 1628 .Lewis descreveu pela 1ª vez em 1628 .• Sístole e diástole.Sístole e diástole.• Dividido em 3 fases : sístole atrial, sístole Dividido em 3 fases : sístole atrial, sístole

ventricular e diástole ventricular. ventricular e diástole ventricular. • Energia elétrica Energia elétrica energia química energia química energia energia

mecânica mecânica energia sonora energia sonora..

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CICLO CARDÍACOCICLO CARDÍACO

• Para entendermos o ciclo cardíaco (que é uma sequencia contínua de eventos), vamos “congelá-lo”(*) em um determinado instante, e lembrar que o trabalho mecânico do coração utiliza duas variáveis: volume de sangue e pressão.

(*)Fim da Diástole: os folhetos da v. mitral e tricúspide encontram-se semiabertos, pelo equilíbrio de pressão entre átrios e ventrículos.

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1. Período diastólico ventricular :

A pressão nos átrios causa enchi/o ventric rápido (com a abertura da v. mitral e tricúspide) enchimento ventricular lento. Estímulo elétrico partindo do nó SA

estimula átrios (onda P) contração atrial

fim do enchimento ventricular (pressão

intraventricular sobrepuja a pressão atrial) com fechamento de v. mitral e tricúspide (1ª bulha)

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2. 2. Contração ventricular isovolumétrica :Contração ventricular isovolumétrica :

onda Q onda Q contração isovolumétricacontração isovolumétrica

aumento da pressão intraventricular aumento da pressão intraventricular

(até igualar-se e sobrepujar pressão de Aorta e (até igualar-se e sobrepujar pressão de Aorta e Pulmonar)Pulmonar)

abertura da v. aórtica e pulmonarabertura da v. aórtica e pulmonar

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3. 3. Período de ejeção ventricular :Período de ejeção ventricular : ejeção rápida ( 80% do vol. ventricular )ejeção rápida ( 80% do vol. ventricular ) ejeção lenta ejeção lenta fechamento v. aórtica e pulmonar (2ª fechamento v. aórtica e pulmonar (2ª

bulha)bulha) 4. 4. Fase de relaxamento isovolumétrica :Fase de relaxamento isovolumétrica : v. mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar fechadas v. mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar fechadas queda da pressão intraventricular (até = à pressão queda da pressão intraventricular (até = à pressão

atrial) atrial) abertura da válvula mitral e tricúspide. abertura da válvula mitral e tricúspide. ““INICIO DE NOVO CICLO CARDÍACO”INICIO DE NOVO CICLO CARDÍACO”

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EXAME FÍSICO DO PRECORDIO

• INSPEÇÃO E PALPAÇÃO

• AUSCULTA

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INSPEÇÃO E PALPAÇÃO

1. INSPEÇÃO: - Abaulamentos na parede torácica (Aneurisma de Aorta,

cardiomegalias; cardiopatias congênitas podem causar deformidades torácicas em crianças)

- Pectus carinatum ( peito de pombo ) e Pectus excavatum ( depressão na parte inferior do esterno): sd. de Marfan.

- Pulsações epigástricas: transmissão da aorta abdominal ou hipertrofia do VD ( mais intensa no ângulo de Charpy )

- Pulsações supraesternais ou na fúrcula: se intensas podem significar HAS, aneurisma de aorta ou sd. hipercinética.

- Ictus cordis (se visível).

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INSPEÇÃO E PALPAÇÃO

2. PALPAÇÃO

ICTUS

CHOQUES VALVARES (bulhas hiperfonéticas)

CLIQUES

PULSAÇÕES EPIGÁSTRICAS E SUPRAESTERNAIS

IMPULSÃO SISTÓLICA (levantamento em massa paraesternal esquerdo indicando HVD)

FRÊMITO CARDIOVASCULAR

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ICTUS CORDISCorresponde ao choque do ápice cardíaco contra o arcabouço

torácico.Inspeção:

Tangencial ( ao lado D do paciente ) e frontal ( junto aos pés do paciente )

Pode não ser visível em pessoas normais.Pode não ser nem palpável e nem visível em idosos.

Localização: Nos normolíneos: 4º ou 5º EICE na linha HCENos brevilíneos: 4º EICE até 2 cm p/fora da linha HCENos longilíneos: 5º EICE até 2 cm p/dentro da linha HCE

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Ictus Cordis

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ICTUS CORDISPode traduzir informações sobre a área do coração.

PALPAÇÃO:Itens de avaliação: localização, extensão, intensidade, mobilidade,

ritmo e frequência.Localização:Localização: normalmente no 4º ou 5º na LHCE normalmente no 4º ou 5º na LHCEExtensão: polpas digitais e cm: 1 a 2 polpas digitais em normais.Intensidade: palpação com a palma da mão.Mobilidade: o ictus é móvel, variando com a posição do individuoRitmo e frequência: normal/ o ritmo é regular c/ freq variável.

PALPAÇÃO PRECORDIAL Frêmito: sensação tátil de um sopro (intensidade em ++++). Pode

ser sistólito ou diastólico ou ambos.Bulhas B1 e B2 e B3 (galope)

Frêmito pericárdico é muito raro.

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AUSCULTA (Ruídos Cardíacos)

• ANATOMIA:

Quatro câmaras (AD, VD, AE, VE)

Quatro aparelhos valvares (Mitral, Tri-

cúspide, Aórtico e Pulmonar)

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AUSCULTA (Ruídos Cardíacos)• TÉCNICA PARA AUSCULTA CARDÍACAÁreas de ausculta:

A) Foco Mitral (ápice)

B) FocoTricúspide (4º EIE)

C) Foco Aórtico (2º EID)

D) Foco Aórt Ac (3º EIE)

E) Foco Pulmonar (2º EIE)

F) Carótidas

G) Região Axilar

H) Região infraclavicular

I) Dorso

AAAB

G

C

D

F

H

E

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RUÍDOS CARDÍACOS(mecanismos determinantes)

• PRIMEIRA BULHA: - Fechamento das válvulas atrioventriculares [1º mitral e 2º

tricúspide (geralmente indistintos por sua proximidade – 30 mseg)]. Melhor audível no ápice e borda esternal esquerda inferior.

• SEGUNDA BULHA: - Fechamento das válvulas semilunares (1º aórtica e 2º pulmonar):

ruído geralmente único na expiração, e duplo na inspiração [“desdobramento fisiológico” (inspiração retorno venoso para VD e enchimento do VE, com atraso no componente pulmonar)]. Melhor audível nos focos da base.

• VARIAÇÕES NA AUSCULTA: - INTENSIDADE: pouca significância, muita subjetividade.

(Normofonética, Hipofonética ou Hiperfonética

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RUÍDOS CARDÍACOS ADICIONAIS(mecanismos determinantes)

• RUÍDOS CARDÍACOS ADICIONAIS: - TERCEIRA BULHA: ocorre concomitante com fase de enchimento rápido do

ventrículo (E ou D); acredita-se ser devido a limitação na expansão longitudinal da parede ventricular (anormalidades na complacência e volume ventricular). Melhor audível com campânula do estetoscópio, sendo ápice e decúbito lateral esq os locais de maior nitidez quando oriunda do VE; se é de VD ouve-se melhor na borda esternal inferior D. Pode ser audível em indivíduos normais (febre, exercícios intensos, hipertiroidismo, etc.)

- QUARTA BULHA: som tipicamente pré-sistólico, em relação temporal com contração atrial. Parece estar relacionada com vibrações da parede ventricular secundárias ao aumento da força de contração atrial, observadas em casos de diminuição da complacência da parede ventricular (HAS ou Pulmonar, Estenose Aórtica ou Pulmonar, Insuficiência Coronariana, Miocardiopatia Hipertrófica).

- RUÍDOS DE EJEÇÃO (“CLIKS” proto-sistólicos): ocorrem logo após 1ª bulha (vibração dos folhetos das válvulas semilunares estenóticas e/ou distensão súbita das artérias durante ejeção ventricular. “CLIKS’ mesotelessístólicos cujo exemplo característico é Prolapso da Válvula Mitral.

- ESTALIDOS DE ABERTURA DE VALVULAS ATRIOVENTRICULARES: ruído prévio à 1ª bulha. Exemplo característico é observado na Estenose Mitral. É melhor audível com o diafragma do estetoscópio