Chumbo -...

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Divirta-se com o Clube da Química www.clubedaquimica.com Chumbo

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Divirta-se com o Clube da Química

www.clubedaquimica.com

Chumbo

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Divirta-se com o Clube da Química propõe uma maneira divertida

de ensinar a química usando as palavras cruzadas e jogos como o Soduku,

caça palavras, dominox, etc.

Prof. Dr. Genilson Pereira Santana

contato:[email protected]

Produzido por

Genilson Pereira SantanaDoutor em Físico-Química pela UfmgProfessor da Universidade Federal do Amazonas

Genikele Pereira SantanaGraduanda em Engenharia Civil pela Unileste

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Um pouco de história do chumbo

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O chumbo foi um dos primeiros

metais conhecidos pelo homem.

Existem registros de que o chumbo já

utilizado no ano 6400 aC pelo povoado

neolítico Çatalhöyük (situado na

parte central da atual Turquia). Com

as palavras opheret e molybdos os

hebreus e antigos gregos faziam

r e f e r ê n c i a s a o c h u m b o ,

respectivamente. Esse elemento era

comumente utilizado em toda a

Antiguidade, por exemplo, acredita-

se que ele fazia parte dos Jardins

Suspensos da Babilônia para reter

umidade. A primeira civilização a

explorar extensivamente os depósitos

de chumbo foi o Império Romano no

século V a.C., utilizando as reservas

existentes na Península Ibérica para

variadas apl icações, como a

confecção de objetos (taças e

u t e n s í l i o s ) , f a b r i c a ç ã o d e

tubulações e torneiras, produtos de

beleza e até na correção da acidez do vinho, através da adição de óxido de chumbo, que

conferia à bebida um sabor adocicado. Incorporados ao padrão de vida do império romano,

estima-se que a confecção de produtos baseados no chumbo consumia de 80 mil a 100 mil

toneladas do metal por ano. O chumbo teve também papel crucial durante a Revolução

Industrial. O símbolo de chumbo Pb origina de seu nome latino, plumbum (oriundo das palavras

encanador e encanamento). Termo usado para se referir aos metais suaves de forma mais

geral. Na verdade, chumbo e estanho não eram claramente distinguidos até o século XVI; o

chumbo era referenciado como plumbum nigrum (cabo preto) e estanho como plumbum

candidumor (chumbo brilhante).

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Dominox do chumbo

2

T

I

C

C E

T

R

ARGENTINABOLIVIACANADACHUMBOCOBRECOQUEDESINTEGRACAOELEMENTARFERROFLOTACAOFORNOFUDENTEGALENAITALIAMETALICASMEXICOMINERALMINERIOSPERUPRATARADIOATIVARADIOISOTOPOSSERVIASUECIATORIOURANIOZINCO

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Beethoven e o envenenamento por chumbo

O compositor alemão Ludwing

van Beethoven, considerado

um dos compositores mais

talentosos de todos os

tempos, morreu em 1827

inexplicavelmente, aos 57

anos de idade vítima de

doença hepática. Uma das

suspeitas sobre sua morte é a

exposição aos efeitos tóxicos

do chumbo. O diagnóstico da

doença ficou estabelecido a

partir de dores abdominal

g r a v e , d e p r e s s ã o e

i r r i t a b i l i d a d e , t o d o s

sintomas de intoxicação por chumbo. Esse metal tóxico era dissolvido da

tubulação de água feita de chumbo. Outra hipótese para a contaminação por

chumbo é por meio de recipientes de cerâmica que acondicionavam vinho. A

conclusão é do Centro de Estudos Beethovianos da Universidade da Califórnia,

nos Estados Unidos. Na década de 1990, uma análise do cabelo do músico

revelou indícios de contaminação por chumbo. O estudo descobriu

concentrações de chumbo mais de 100 vezes superiores à quantidade

encontrada em cabelo humano saudável. Os exames em fragmentos do

crânigo do compositor provam que a contaminação se deu por pelo menos 20

anos.

M O B R A J A C E R A M I C A O

O S P R B I T A L E N T O S O S

R A N B D Q A E E R E R R F S A

R T R S O T N O P E T C O R S T

E N I J M I A E R W O A P I D U

U E I L I C D D D I A B A G I B

L M F A N O O A S E C E M E N U

S A M V A N E D T S A L C U S L

I R A A L C Z I R S C O A A H A

S R C D A E A L E O I S R N R C

E E I I O N E I I T X O B T U A

R F T O A T D B T N O I O E M O

O A A G D R I A S E T I N N E E

T T P I G A F T O M N Z O E N M

I U E N S C Q I E G I A H V T E

S P H A O O S R L A N O E O O T

O M I R A E R R E R A H L H S S

P O L C O S O I A F I N F T T E

M C D W A C H P A S D I S E E R

O A S S E R P E D E N V E E L O

C A E Z S O C I X O T E I B E D

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O vinho pode ter derrubado um império

4

Ao contrário dos dias atuais, o

vinho foi responsável por

tragédias na humanidade.

Por ignorância, no Império

Romano era comum a

ingestão de al imentos,

especialmente de vinhos

contaminados por chumbo.

Essa contaminação era

muito comum na aristocracia

a m a n t e d e v i n h o . A

c o n t a m i n a ç ã o e r a

consequência da fervura

lenta do vinho em recipientes

feitos ou revestidos com

chumbo. Durante a fervura

ocorre a formação do acetato

de chumbo (o "açúcar do

chumbo") que ajuda na

preservação inibindo a ação do

crescimento de microrganismos, além de quebrar a acidez do vinho. Após a

fervura era formado um xarope espesso, doce, com forte aroma e cor acentuada

denominado "sapa" ou defrutum ou, ainda, caroenum. Os romanos

costumavam também preservar seus alimentos, principalmente frutas, com o

defrutum. Esse fato levou a hipótese de que o saturnismo tenha sido uma das

prováveis causas da queda do Império Romano. Evidências históricas mostram

que a maioria dos imperadores romanos entre 30 A.C. e 220 D.C tinham

sintomas de intoxicação crônica por chumbo. A contaminação coletiva por

chumbo em vinho ocorreu na França no final do século XIII. Na província de

Poitou ocorreu uma contaminação por chumbo no vinho conhecida como Colica

Pictonum, A contaminação por causa do tratamento dos vinhos com litargírio

(óxido de Pb), substância usada para adocicar e mascarar a acidez. Dessa

forma, os vinhos ficavam parecidos com os vinhos do Vale do Loire, mais caros

e melhores. Na Inglaterra, a classe nobre dos séculos XVIII e XIX foi também

contaminada por causa do consumo de vinhos fortificados importados do Porto.

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As aplicações do chumbo

O interesse pelo chumbo ao longo da história e até os dias atuais deve-se às suas propriedades: boa maleabilidade, baixo p o n t o d e f u s ã o , resistência à corrosão, alta densidade, opacidade aos raios X e gama e estabilidade química no ambiente. Tais propriedades permitem seu uso em variadas tecnologias, como a fabricação de lâminas ou canos de alta flexibilidade e resistência, e m s o l d a s e r e v e s t i m e n t o s n a indústria automotiva, em placas protetoras contra radiações ionizantes em l i g a s m e t á l i c a s ,

revestimento de cabos, tintas, pigmentos e aditivos plásticos. Os seus compostos também possuem diversas atividades. Destacam-se acetato de chumbo, brometo de chumbo, cromato de chumbo, iodeto de chumbo, nitrato de chumbo sulfato de chumbo, óxido de chumbo usados como inseticida, impermeabilizante, verniz, pigmento, aditivo de plástico, catalisador de fotopolimerização, pigmento de tintas, borracha, plástico, cerâmica; ligas metálicas, tintas para impressão, fotografia, fixador em corantes, sensibilizador para fotografia, explosivos, baterias e acumuladores, cerâmicas, esmaltes, tintas, vernizes.

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O perigo de fabricas de bateria

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A Organização Mundial da

Saúde (OMS) estima que cerca de

800.000 crianças foram afetadas

pela exposição ao chumbo a cada

ano, sendo que 34% são crianças

chinesas. Um caso típico de

contaminação é do

hiperatividade. Um incidente semelhante foi

relatado na província de Guangdong no sul da

China. As informações revelam que pelo menos 25

crianças que viviam nas proximidades de uma

fábrica de baterias estavam com níveis de chumbo

em excesso em seus sangues.

condado

Huaining localizado na província de

Anhui da China. O governo

chinês teve que fechar uma

fábrica de baterias por causa do

número de contaminação por chumbo. A decisão foi tomada após constatar a

contaminação por chumbo no município de Gao. A agência de Notícias Xinhua

informou que um departamento de saúde Anhui tinha examinado 280 crianças,

das quais 23 foram hospitalizadas com sintomas de envenenamento por

chumbo, incluindo bebês de nove meses e jovens de 16 anos de idade. A fonte

poluidora era também a fábrica de bateria Borui Battery Co Ltda não possui

licenciada para funcionar. Huang Han foi um dos primeiros caso a ser

diagnosticado com níveis tóxicos de chumbo em seu sangue. Huang Han

apresentava s intomas de irr itação e

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Chumbo e os aquedutos

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O chumbo, um abundante

subproduto do ant igo

processo de fundição de

prata, foi produzido no

Império Romano, com um

pico de produção estimada

de 80.000 toneladas por

ano. Essa produção é

jus t i f i cada porque os

r omano s c on s t r u í r am

numerosos aquedutos para

levar água de fontes

distantes em suas cidades e

vilas, fornecendo banhos

p ú b l i c o s , l a t r i n a s ,

chafarizes e residências

privadas. As águas residuais

e r a m r e m o v i d a s p o r

complexos sistemas de esgoto e lançado em corpos de água próximos,

mantendo as cidades limpas e livres de efluentes. Aquedutos também

forneciam água para as operações de mineração, trituração, fazendas e

jardins. Primeiro aqueduto de Roma fornecia água de uma fonte localizada no

mercado de gado da cidade. No terceiro século dC, a cidade teve onze

aquedutos, sustentando uma população de mais de um milhão. Apesar do uso

comum de canos de chumbo, os romanos raramente eram envenenados. Ao

contrário de outras partes do mundo, a tubulação dos aquedutos romanos

raramente causava intoxicação por chumbo Na verdade a água dos romanos

continha uma camada de cálcio que formavam uma camada protetora que

impedia o contato da água com o chumbo.

R Q L F A U G A E R I P A R R C

O R A R A H C E R E M I R O S V

M K T A D I J A M S H R R A O I

A G R S M N A O N I E D O M T L

N A I J I E R T O D E A C I O A

O E N S N S D G D E Q S A G G S

C F A O E O I M T N O A L E S I

I L S D R R N S U C L D C R E S

N U E A A C S A B I U N I A M R

A E I N C U A S U A X E O N A O

Q N C E A S E E L S A Z A T U M

U T R N O E D Z A I O A S L M A

E E S E W D I I C D A F N O E R

D S O V G A F R A N S Z O I A B

U I A N S D U A O I O A H R T A

T U C E S I S F L V N T E E E N

O Q I E A C A A R A A I L P N H

S L D R T E B H A D C H U M B O

M A N C A N O C A S E C S I L S

U E U F L P O A R E N P E U P I

S A F U R T O N E L A D A S E P

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Dominox chumbo

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ABORTOAMOLECIMENTOCABELOCEFALEIACHUMBOCORESDENTESDEPOSITOSDORESEXPOSIÇAOFIOFISICOFORTEGASESINTOXICAÇÃOORAISPILHASPRATARENALRINSSERESSINTOMASSOLDATINTASULCERASUNHASUSO

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Bateria de chumbo

O acumulador de chumbo,

também conhecido como

bateria chumbo-ácida, foi

inventado pelo francês Gastón

Plante em1859. É uma

a s s o c i a ç ã o d e p i l h a s ,

chamadas de elementos, na

linguagem da indústria de

baterias, ligadas em série. A

tensão elétrica de cada pilha é

de aproximadamente 2 volts.

Uma bateria de pilhas, que é a

mais comum nos carros

modernos, fornece uma

tensão elétrica de 12V.

Associações ainda menores são

usadas em tratores, aviões e

em instalações fixas, como

centrais telefônicas e aparelhos

de PABX. A bateria de chumbo-

ácido é constituída de dois eletrodos; um de chumbo esponjoso e o outro de dióxido de

chumbo em pó, ambos mergulhados em uma solução de ácido sulfúrico dentro de uma

malha de liga chumbo-antimônio. Esta liga é mais resistente à corrosão que o chumbo

puro. Quando o circuito externo é fechado, conectando eletricamente os terminais, a

bateria entra em funcionamento (descarga), ocorrendo a semi-reação de oxidação no

chumbo e a de redução no dióxido de chumbo. No acumulador, o chumbo é o ânodo

enquanto que o dióxido de chumbo é o cátodo. Quando está descarregado, o acumulador

tem placas de sulfato de chumbo e o eletrólito diluído. Já quando está carregado, possui

placas de chumbo e óxido de chumbo, imersas em ácido sulfúrico aquoso. Durante o

funcionamento normal de um automóvel, a bateria fornece eletricidade para dar partida;

para acender os faróis; ligar o rádio, limpador de para-brisa, luzes de direção, buzina,

etc. e recebe energia do gerador para se recarregar

G A S T O N L I G A S O R R A C

W N O R A M O N R A U X I I V L

C O R A A O A D E R L I N F I I

S D A T G T B U P W F D Z A O A

A O N O E I A S A T U A A R E N

H N T R R E T T M L R C P O S T

L O C E A O E R A I I A D I X I

I M A S D A R I R M C O C S S M

P I T A O C I A E P O T A E T O

O L O Q R U A I L A L H O R O N

E E D I N R D C O D S I T P D I

L A O O E T R A T O O R I E I O

E C N A M L A J S R D A L S X S

T U T S I E N N O E O D O W O O

R M S O C V I A T S R I R S I A

I U O R E O Z R N I T O T O D S

C L F R U M U A E A E C E N M N

A A R O Q O B L M M L O L A G E

N D O C A T O P E I E R E M I T

I O M A T U R P L A C A S U P O

T R A P L A N T E A O B M U H C

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O chumbo na gasolina

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Tetraetilchumbo ou

chumbo tetraetila é

u m a d i t i v o p a r a

gasolina (Pb(C H ) ) 2 5 4

usado para elevar a

o c t a n a g e m d a

g a s o l i n a . E s s e

c o m p o s t o l i b e r a

partículas de chumbo

que é tóxico. Por causa

desse problema, o

tetraetilchumbo foi

p r o i b i d o d e s e r

adicionado à gasolina

usada em automóveis

no Brasil e União

E u r o p e i a .

Alternativamente, uma

pequena quantidade de

álcool anidro é adicionada à gasolina brasileira. Infelizmente, o

tetraetilchumbo é ainda o único aditivo que é viável economicamente pois ele alcança um índice de octanagem maior que 100.Ele é um exemplo

de composto organo-metálico que contém um ou mais grupos

orgânicos ligados a um metal. O processo de melhoria da combustão

da gasolina pela octanagem depende dos grupos etilas presentes na

molécula de tetraetil-chumbo. Na câmara quente do motor de

combustão interna, as ligações entre carbono e chumbo são destruídas

liberando os grupos etilas e o chumbo. Os grupos etilas promovem a

queima suave da gasolina, enquanto o chumbo envenena tanto pessoas

quanto os catalisadores dos carros.

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Saturnismo: intoxicação por chumbo

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O saturnismo é o termo

conferido à doença causada

pela intoxicação por chumbo.

Esse termo se refere ao deus

romano Saturno. A população

da Roma antiga acreditava que

o chumbo, considerado por eles

o metal mais antigo, foi um

presente de Saturno. A primeira

d e s c r i ç ã o m o d e r n a d o

saturnismo foi feita em 1839

por Tanqurel. Existem duas

vias pelas quais o chumbo pode

entrar no organismo e causar o

saturnismo: Respiratória que

é a mais comum em ambientes

d e t r a b a l h o o n d e o s

empregados ficam expostos a

vapores de óxido de chumbo e

Digestiva: via mais comum.

Após a absorção do chumbo, este alcança a corrente sanguínea, sendo, então,

distribuído primeiramente para os tecidos moles, especialmente no epitélio dos túbulos

renais e fígado, com parte sendo excretada juntamente com a bile; uma segunda é

armazenada, enquanto uma terceira penetra na circulação na forma de fosfato de

chumbo. Posteriormente, este último será redistribuído para o organismo, sofrendo

deposição nos ossos, dentes e cabelo. Este metal também apresenta a capacidade de

transpor a barreira placentária, tornando os níveis sanguíneos de chumbo do feto iguais

aos da mãe. As manifestações clínicas ocorridas nos adultos são: mudança de

personalidade, presença de dores de cabeça, sabor metálico na boca, perda de

apetite e incômodos abdominais que culminam em vômitos e prisão de vente. Nessa

faixa etária, a lesão cerebral é pouco comum.

D E U S O I O X I D O Z E L I B

I I A R A N T E R G A C E B A C

G S T T B D A O P A C S Y S B A

E A E E N E F A L P T A O R S T

S R R C O D S C A E E G C I D R

T T I I M A O A C T C U I G P E

I U A D I D F Z E I N I L E R S

V R P O N I E I N T O N A S E P

A N R S A L Z L T E L E T A C I

N O I F I A A A A O O A E T I R

O I M F S N E O R I G G M U S A

O S A E T O D A I L R O E R A T

B A I L I S O C A E A S R N O O

M R O E O R D R O T T S I I N R

U B D A G E I O E I S O C S T I

H P A R I P D S L P A S A M O A

C A G V T O N B E E G C B O C A

A O I R N P U A A T S I A N E R

D C F R A C F P C A B E L O E O

D E N T E S A T A N Q U R E L R

I N T O X I C A C A O E A M O R

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Ocorrência natural de chumbo

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O chumbo raramente é encontrado no seu estado elementar. O mineral de chumbo mais comum é o sulfeto denominado de galena (com 86,6% deste metal). Outros minerais de importância comercial são o carbonato (cerusita) e o sulfato (anglesita), que são

mais raros. Geralmente é encontrado com minerais de zinco, prata e, em maior abundância, de cobre. Também é encontrado chumbo em vários minerais de urânio e de tório, já que vem diretamente da desintegração radioativa destes radioisótopos. Os minerais comerciais podem conter pouco chumbo (3%), porém o mais comum é em torno de 10%. Os minerais são concentrados até alcançarem um conteúdo de 40% ou mais de chumbo antes de serem fundidos. Através da ustulação do minério de chumbo, galena, obtém-se como produto o óxido de chumbo que, num alto forno, é reduzido com a utilização de coque, fundente e óxido de ferro. O chumbo bruto obtido é separado da escória por flotação. A seguir, é refinado para a retirada das impurezas metálicas, que pode ser por destilação. Desta forma pode-se obter chumbo com uma pureza elevada (99,99%). Os principais depósitos de minérios de chumbo estão localizados nos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Peru, México, Bolívia, Argentina, África do Sul, Zâmbia, Espanha, Suécia, Alemanha, Itália e Sérvia, sendo os principais produtores os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Peru e México

Ç

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Gênios vítmas do chumbo

Cândido Portinari Francisco Goya

Ludwig van Beethoven

Vicente van Gogh

Saturnismo: alguns efeitos

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A reciclagem do chumbo da bateria

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Os métodos de reciclagem de

chumbo convenc iona is

u t i l i z a m p r o c e s s o s

pirometalúrgicos em fornos

tipos cuba, revérberos,

rotativos ou outros tipos de

fornos elétricos. As baterias

de automóveis, motos,

caminhões entre outras são

responsáveis pelo fornecido

de matéria-prima para a

indústria da reciclagem do

chumbo secundário. Chama a

atenção de que a grade das

baterias contém mais de 90%

de chumbo metálico cuja

recuperação é feita pela

f u s ã o . O u t r o d a d o

interessante é que mais de

70% da produção mundial de chumbo é consumida na manufatura de baterias de

chumbo. Como o alumínio, o chumbo pode ser reciclado seguidas vezes desde que

seja utilizada uma tecnologia apropriada. Em termos mundiais, a reciclagem de

chumbo chega a aproximadamente 60%. Dentre os quais, as baterias automotivas

representam a cerca de 95%; no Brasil a reciclagem está entre 70% e 80%.

Infelizmente, as indústrias da reciclagem de chumbo são potencialmente poluidoras.

As fontes de poluição são o ácido das baterias e dos metais nele contido. Durante o

processo de reciclagem ocorre a emissão de gases e particulados e a produção de

escória. Cerca de 25% da produção de chumbo reciclado é de borras metálicas. Para a

reciclagem ser ambientalmente correta é necessário usar métodos, como

neutralização do ácido e recuperação do chumbo nele contido; emprego de filtro para

retenção de gases e particulados; tratamento de neutralização da escória; deposição

da escória em aterro adequado; monitoramento das emissões de gases e

particulados no meio ambiente; monitoramento das condições do solo e das águas

subterrâneas e exames médicos periódicos dos funcionários.

Ç

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Jogo dos 7 erros

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1 2

Respostas3

5

4

R A D I O I S O T O P O S

I E

E L E M E N T A R Z

I A U R A N I O

N L R N

E I G C

F E R R O A E O

O A N

R L D T C

N F M E X I C O

C O Q U E

S N B

N

I A R

C A N A D A

N E

E

T

N S U E C I A

P R A T A

G

E S E R V I A F

A L

G T C H U M B O

R A D I O A T I V A

I T

L R O N A

E I E C

N B O L I V I A R A

A I O

O

M E T A L I C A S

I H U M A N I D A D E C

M A Ç U C A R V I N H O

P S A P A A C I D E Z N

E C A R O E N U M T

R V A L E F E R V U R A C

I D E F R U T U M R

O P O R T O L O I R E I E

R L I T A R G I R O N S

O O X I D O F R A N Ç A C

M H I P O T E S E C I

A R I S T O C R A C I A M

N A C E T A T O E

O A L I M E N T O S N

I N G L A T E R R A T

M I C R O R G A N I S M O

H E B R E U S T E R E H P O

K A N T P O X

U B C E L R G I

Y I A N U N R D

O L N C M E E O

H O A I B I G C T

L N D L U R O A N

A I S O I M A S N E

T A R O O D M

A C S A M I L O E

C A E C U D A T L

T O T O U R U I N E

H U C L G M R E

Z S N R A O I O T M M

E O A Q L V N R S A E

D D T U U E U N T

I B S I B E R I C A D A A

C Y E A U N C I

A L T J A R D I N S

O O H N I V E

O B M U H C R O M A N O

M A C E R A M I C A

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R D

R O C T

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N O A C E M U

A N D A L U L

A L C I S C O H A

S C E L O I C

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R T O T B N O O

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T P I A T M N E

I E N C I G I V

S H A O R A O O

O R E R R H H S

P C S I F N T E

M I E R

O A S S E R P E D V E O

C S O C I X O T B D

S M S O B A C O A S U F H

A A P R F S I

T L A O L C P O S

N E C M E R L T T

I A O I E X O A N O

T B T D T I M S E R

I E A O B A T M I

L D D I T I I A

S I O S E L O C E T A

A D I A S I O D S C

N A R O D S S A E E A

I D O T A U O D V T I

M E T N D L E T I E A C

A E O E E F D A L R T N

L T M A A R I O E

N O G O T D T B T

O R I D O I I A S

P P P I S N T I

X N S S

S A I G O L O N C E T E E

C H U M B O S A D L O S R

Page 19: Chumbo - blog.clubedaquimica.comblog.clubedaquimica.com/wp-content/uploads/2016/04/Revista_Pb.pdf · vilas, fornecendo banhos públicos, latrinas, chafarizes e residências privadas.

6

Respostas

8

10 11

C O N T A M I N A Ç A O G I

R P O L U I D O R A R U R

I S U L G O V E R N O G A R

A A N O B A T E R I A N I

N H A N T O X I C O S N G T

Ç N O V E S A N G U E I D A

A N H U I X I N H U A Z O Ç

S A U D E C H U M B O A N A

S I N T O M A S G A O Ç G O

B E B E S F A B R I C A

E X P O S I Ç A O C H I N A

D E P A R T A M E N T O

H I P E R A T I V I D A D E

7

R L A U G A R P

O A E R V

M T J S A O I

A R M A I T L

N I I R D C O A

O E N S N D E S A G S

F A O E I T N A L S

L S D R N U C D C E

U A A S B I N I R

A E N C S U A E O O

Q N E A S E L S Z M

U T N O E Z A A A

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U A N D A O O R A

T C E I F N E N

O I C A A P H

S D H C H U M B O

N C I S

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F T O N E L A D A S

9

G A S T O N L I G A S O R R A C

N R N U X V

O A D L I F I

S D T G B U F D A O A

A O O E A S U A R E N

H R R T T L R C O S T

L C E A E R I I A I I

I A S D R I M C O S M

P T O I A P O O

O R A A O O N

E D D S T D I

L A O O O O R I I O

E C A L A S R D A L X

T U S E N O O D O O O

R M O V I T R I R I A

I U R O Z N T O T D S

C L R M U E E E N

A A O O B M L L E

D C T E E E T

O U P L A C A S

R P L A N T E O B M U H C

D E U S O X I D O E L I B

I A T A C E B A C

G S T B A P A S

E A E N E F L P A O

S R C O D S A E G C R

T T I M A O C T U I E

I U D I D F E I I L S

V R O N I N T N A S P

A N S A L T E E T A I

O I A A O A E T R

S N O R I M U A

O O A I L O R T

B S C A E S N O

M O O R R T S I R

U D G E O I O S I

H A I P S P S M A

C G T B E B O C A

I N A S I A N E R

F A C A B E L O

D E N T E S T A N Q U R E L

I N T O X I C A C A O A M O R

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14

A C I D O

H B

P I R O M E T A L U R G I C O S

E M R

E S C O R I A B R

I O A A

C M O T O S U

L E T

B A T E R I A S T O

T G E A M

E E C I O

C M U F U S A O A T

N P O T I

O E R E V

L F I L T R O N R A

O A P O L U I D O R A S

G Ç S O

I A

A L U M I N I O

12

R A D I O I S O T O P O S

E L E M E N T A R C S C

C H U M B O O X I D O U A

E P R A T A Q L R

R M I N E R A I S U F B

U S T U L A Ç A O E E O

S E S C O R I A T N

I U R A N I O F E R R O A

T O R I O C O B R E T

A N G L E S I T A O

G A L E N A F O R N O S

S U L F A T O Z I N C O