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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Christian Wendler
NivEL DE INTERESSE DO SURF NA ESCOLA
Curitiba
2005
Christian Wendler
NivEL DE INTERESSE DO SURF NA ESCOLA
Trabalho de Conclusao do Curso de Educa~aoFisica, Aprofundamento em TreinamentoDesporlivo, da Faculdade de Cienc;as Biol6gicas eda Saude, da Universidade Tuiuti do Parana.Orientador: Professor Mestre Hugo Salvador Mirode Ferrante
Curitiba
2005
TERMO DE APROVAc;Ao
Christian Wendler
NIVEL DE INTERESSE DO SURF NA ESCOLA
Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para a obtengao
do titulo de Licenciado em Educagao Ffsica da Universidade Tuiuti do Parana,
Aprofundamento em Treinamento Oespotivo.
Curitiba, 05 de Oezembro de 2005.
Orientador: Prof. Mestre Hugo Salvador Miro de Ferrante
,---~- \Prof. Oouto Arno Krug - Cadeira de TOCC
SUMARIO
LlSTA DE GRAFICOS 05
RESUMO 06
1 INTRODUc;Ao....................... 07
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA 07
1.2 OBJETIVOS 09
1.2.1 Objetivo Geral 09
1.2.2 Objetivos Especificos 09
1.3 PROBLEMA....................... 09
2 REVISAo DE LlTERATURA 10
2.1 HISTORICO DO SURF 10
2.2 0 SURF NO BRASIL 13
2.3 0 SURF COMO ESPORTE OU ATIVIDADE FISICA 14
2.3.1 Ambiente e performance.. 14
2.3.2 Zona de Surf 17
2.3.3 Zona de Espairamento 18
2.3.4 Formac;ao das ondas .. 18
2.3.5 A interferencia do fundo na formac;ao das ondas 19
2.3.6 A influencia dos ventos na formac;ao das ondas 20
2.3.7 A influencia da lua nas mares, influenciando na formac;ao das
ondas 21
2.4 IMPREVISIBILIDADE NA PRATICA DO SURF 22
2.4.1 Iniciac;ao ao Surf 22
2.5 A EDUCAC;Ao FISICA E OS OBJETIVOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL E 0 SURF 25
2.5.1 Saude como tema transversal................... 27
2.5.2 Meio ambiente como tema transversal......... 28
2.5.3 Pluralidade cultural como tema transversal..... 28
3 METODOLOGIA 29
3.1 TIPO DE PESQUISA 29
3.2 POPULAc;:Ao E AMOSTRA 29
3.2.1 Populac;ao 29
3.2.2 Amostra... 29
3.3 INSTRUMENTOS 30
3.3.1 Validac;ao do instrumento 30
3.4 COLETA DE DADOS 30
3.5 ANALISE DOS DADOS 31
3.6 LlMITAC;:OES 31
4 APRESENTAC;Ao E DISCUssAo DOS RESULTADOS 32
5 CONCLUSOES E SUGESTOES 39
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 40
APENDICES 41
APENDICE 1 - QUESTIONARIO UTILIZADO PARA COLETA DE
DADOS 42
LIST A DE ILUSTRAC;6ES
Gratico 1 - Sabe nadar? 33
Gratico 2 - Voce 90sta de esportes radicais? 33
Gratico 3 - Voce 90sta de esportes aquaticos? 34
Gratico 4 - Voce conhece 0 esporte surf? 34
Gratico 5 - Voce pratica 0 esporte surf? 35
Gratico 6 - Gostaria de aprender 0 surf na escola? .. 35
Gratico 7 - Gostaria de aprender 0 surf na escola? 36
Gratico 8 - Voce valoriza os habitos saudaveis? .. 36
Gratico 9 - Voce ve 0 surf como esporte saudavel e com varios
beneficios a saude? 37
Gratico 10 - Voce acredita que as aulas de surf na escola
motivariam a ter maior frequi'mcia escolar? 38
RESUMO
NivEL DE INTERESSE DO SURF NA ESCOLA
Aluno: Christian WendlerOrientador: Professor Mestre Hugo Salvador Miro de Ferrante
Curso: Educac;ao FisicaInstituiC;ao: Universidade Tuiuti do Parana
Este trabalho objetivou investigar 0 interesse de alunos do ensinofundamental sobre 0 surf como item de aprendizado na escola. Para isso,valeu-se de uma pesquisa descritiva, utilizando um questionario com 12quest6es, elaborado para 0 estudo. A amostra foi de 60 alunos de ambos ossexos, do Colegio Estadual Nilson Baptista Ribas, integrantes do ensinofundamental, na cidade de Curitiba - PR e escolhidos de forma naointencional. Os dados foram analisados e os resultados mostraram que. Como objetivo de verificar 0 perfil dos alunos de ensino fundamental entrevistados,sobre necessidades basicas para a aprendizagem do surf, conclui-se queestes em sua maioria possuem interesse em esportes radicais e em esportesaquaticos, bem como sabem nadar. Com 0 objetivo de verificar 0 nivel deinteresse de alunos do ensino fundamental com relac;ao a pratica do surf,conclui-se que os alunos mesmo conhecendo 0 esporte surf, a maioria nao 0
pratica, mas tem muito interesse em aprender. Conclui-se que estes alunospossuem em sua maioria interesse em ver 0 surf como conteudo escolar nasaulas de Educac;ao Fisica, ainda afirmando que 0 surf e um esporte bonito;que valoriza os habitos saudaveis; trazendo beneficios a saude e aumentandoa frequencia escolar.
Palavras chave: Interesse, Surf, Escola, Educac;:aoFisica.
Endereyo: Rua Harry Bass Gomm, 150 - Seminario
CEP: 80.310-560 - Curitiba - Parana
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1 INTRODUC;.AO
NivEL DE INTERESSE DO SURF NA ESCOLA
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
E bastante difundida, entre os surfistas a ideia de que 0 surf nao e
apenas um esporte mais sim um estilo de vida, onde a essen cia esta na
rela<;ao com a natureza a busca pela onda perfeita, esta e a meta de um
surfista encontrar 0 equilibrio entre corpo e mente, fugindo da vida
estressante na cidade em busca da paz e harmonia que 0 contato com 0
oceano nos fornece.
Pois ao aproximar 0 final do seculo, os temas relativos ao meio
ambiente adquirem uma importancia onde 0 desafio da nossa epoca e criar
ambientes culturais e sociais nos quais possamos satisfazer as nossas
necessidades e aspira<;oes sem diminuir as chances das futuras gera<;oes
(FARIAS, 2000)
Pois neste conceito 0 homem primitivo tinha perfeitas condic;oes ffsicas
em base de suas diversas atividades, tais como nadar, correr em ambientes
acidentados, navegar, subir em arvores para apanhar frutos, transpunha
abismo e obstaculos. 0 surf procura integrar a atividade fisica com a
natureza, associ ados a recreac;ao e atitudes mentais positivas, torna-se uma
receita de qualidade de vida.
Surf e para Farias (2000,p.17), originalmente e que denomina a ressaca
do mar.
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No ambito dos pescadores, nativos Iitoraneos ou insulares, ecaracterizado como correr ou descer uma onda. No meiodesportivo e 0 meio pelo qual 0 atleta deve descer - dropar -uma onda, equilibrado sobre um implemento denominado deprancha, com ou sem manobras, na sua extensao ou percurso.
Para verificar a veracidade deste conceito, 0 presente estudo pretende
investigar a aprendizagem nO Surf em piscina e sua transferencia para a
praia. Para que as futuras gerac;;6es ten ham chances de praticar 0 surf ate
mesmo nos centros urbanos, melhorando a preparaC;;ao para entrar em
contato com a natureza com mais seguranc;;a. 0 surf interage neste conceito,
transpondo todos os preconceitos e obstaculos na busca por uma melhor
qualidade de vida. Farias (2000) afirma que.
Surge entre atletas e praticantes, a preocupagao com os casosde afogamento, essa, esta presente no caso de sua cordinhaarrebente, onde 0 surfista tera que mostrar seus dotes denadador.
Para que isto nao influa na aprendizagem motora do surf, esporte
cobic;;ado por crianc;;as, jovens e adultos, e deixe de ser ainda praticado de
forma rudimentar e empfrica, podendo ser frustrador e perigoso (FARIAS,
2000).
Segundo Farias (1993), a pratica do surf ja deixou de ser apenas uma
atividade de lazer, podendo-se criar um elo do esporte com a educaC;;ao. A
escola e um otimo acesso ao surf, e uma nova opc;;aode educac;;ao atraves de
movimento e desenvolvimento de valores necessarios como de dimens6es
sociais, culturais, capacidade ffsica, etica, cognitiva, afetiva, estetica e
condicionando 0 aluno a habitos saudaveis, tanto de aspectos basicos de
qualidade de vida, alimentac;;ao adequada e meio ambiente, como principais
fatores no desenvolvimento humano, que sao objetivos dos Parametros
Curriculares Nacional e da Educac;;ao Ffsica.
o surf constroi uma capacidade de velocidade de raciocfnio e
desenvolvimento psicomotor para aqueles que praticam desde crianc;;a,
9
exigindo uma progressao pedag6gica ao trabalhar fundamento de equillbrio,
for~a e flexibilidade (ARIAS, 2002).
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Investigar 0 interesse de alunos do ensino fundamental sobre 0 surf
como conteudo de aprendizado na escola.
1.2.2 Objetivos especificos
• Tra~ar 0 perfil dos alunos de ensino fundamental.
• Verificar 0 nlvel de interesse de alunos do ensino fundamental com
rela~ao a pratica do surf.
• Verificar 0 nlvel de interesse de alunos do ensino fundamental com
relac;;aoao surf como conteudo da Educac;;ao Fisica na escola.
1.3 PROBLEMA
Sera que e de interesse de alunos do ensino fundamental ter 0 surf
como conteudo de aprendizado na escola?
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2 REVISAo DE LlTERATURA
2.1 HISTORICO DO SURF
Tem-se noticias que mais ou menos tres mil e quinhentos an os atras 0
surf ja era elemento da cultura em algumas ilhas e litoral, espalhados pelo
mundo. Segundo Arias, (2002) foi 0 capitao James Cook, Ingles que por volta
de (1768-1779), relatou a existencia de nativos deslizando suavemente sobre
as ondas. Afirma ainda Farias, (2000) que 0 capitao James Cook foi quem
realmente relatou a descoberta do surf no triangulo polinesio, pois desbravou
vinte cinco milhoes de quil6metros que compreende ao norte 0 Hawai, a
sudeste pela ilha de Rapa Nui (liha de Pascoa) e ao sudoeste pela Aoteoroa
(Nova Zelandia), formando assim 0 triangulo polinesio. Um povo de exfmio
nadadores desbravadores do mar guiavam-se pelo sol, lua, pelas estrelas,
ventos, correntes marftimas, ondulayoes e passaros.
A visao que 0 meio aquatico e uma constante na vida do ser humano
cresce a medida em se analisa 0 que Cook relata.
o povo polinesio possufa embarcag6es, que eram construidascom ferramentas rudimentares, como pedra, osso, coral,enormes pedagos de madeiras unidos os quais constituiam edavam origem a suas embarcag6es, que 0 recebiam 0 nome deHokuela (FARIAS, 2000, p. 2) .
Segundo Arias (2002), a ideia de utilizar meios para se locomover no
mar tambem atinge nossos ancestrais, utilizavam frageis embarcayoes para a
pesca. Este povo tao bravo e exfmios conquistadores dos mares os
Polinesios, brincavam e ate cultivavam 0 Surf, como religiao. 0 Gutemberg
(1989) decidiram utilizar 0 trabalho e criar lazer, retirando das arvores tabu as
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para deslizarem sobre as ondas. Segundo Gutemberg (1989), as pranchas
para serem fabricadas seguiam todo um ritual, e as primeiras pranchas eram
feitas das arvores Koa ou Wiliiwilii, as quais tinham mais de 20 pes.
o surfe e 0 presente concedido do Havaf para mundo. Muito antes do
capitao James Cook, adentrar a baia de Kealakekua, os havaianos ja
dominavam esta nobre arte. Deslizar pelas ondas usando uma pequenina
prancha de madeira ja era parte da rotina da grande maioria dos ilheus da
polinesia. Os havaianos tomaram este antigo habito, desenvolveram pranchas
enormes, refinaram-se na arte do shape, criaram novas tecnicas e elevaram 0
surfe ao mais alto patamar dentro de sua cultura (GUTEMBERG, 1989).
o primeiro relato publicado sobre 0 surfe no Havaf, foi feito pelo
Tenente James King: a bravura e a extrema habilidade destes nativos ao
desenvolver as diflceis e perigosas manobras sobre as ondas, s6 pode ser
classificada de estonteante e e algo realmente diflcil de acreditar quando
presenciado de fato (GUTEMBERG, 1989).
Alguns anos mais tarde, e duas mil milhas abaixo do Havaf, James
Morrison relatou a pratica do surfe por nativos do Taiti, e ainda existem varios
relatos semelhantes na remota Rapa Nui e tambem em Aotearoa. Ao que tudo
indica, os polinesios, eram bem ecleticos com relac;:aoaos materiais utilizados
na pratica do surfe. Qualquer coisa que boiasse era motivo de surfe, ate
mesmo pedac;:os de troncos de coqueiros eram usados para se apanhar
ondas! Entretanto, a grande diferenc;:a entre os havaianos e os demais povos
polinesios comec;:aa se tomar evidente quando consideramos quem eram os
surfistas, com qual material surfavam e, de que forma surfavam
(GUTEMBERG,1989).
Na grande maioria das ilhas do oeste da polinesia, 0 surfe era praticado
principal mente por crianc;:as, e quase que exclusivamente por meninos. De
fato, era um passatempo, uma brincadeira infantil, tal qual 0 jogo de esconde-
esconde ou a amarelinha. Em contraste, nas IIhas Marquesas, no Taiti, nas
ilhas Sociedade, IIhas Cook, Rapa Nui, Havaf e Aotearoa, 0 surfe era um
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esporte praticado por todas as pessoas, homens, mulheres e criangas, das
mais diferentes idades (FARIAS, 1993).
Embora as intimas relag6es entre as ilhas possam ser obscuras a
sequencia a seguir poderia bem representar os primeiros passos do
desenvolvimento seguido por esta linhagem. Primeiramente, os precursores
dos polinesios aventuraram-se em longas jornadas de canoa com destino as
diversas ilhas. Iniciaram a colonizagao e a exploragao desta vasta regiao ha
quase 4.000 anos atras. Posteriormente, teriam desenvolvido rudimentares
paipos que foram usadas por suas criangas. No momenta em que seus
descendentes aventuravam-se mais fundo nas explorag6es do Oceano
Pacifico, levaram com eles este passatempo, que aos poucos passou a ser
adotado pelos adultos homens e mulheres. Finalmente, ao longo da costa
havaiana 0 surfe teria atingido seu apice, sendo a habilidade em manter-se
ereto sobre as enormes pranchas, a sua mais requintada expressao.
(FARIAS, 1993).
Conforme relatado acima, 0 surfe pode ter nascido como uma
brincadeira de crianga, sendo assim e importante chamar a atengao para um
fato extremamente curiosa a ser percebido no cicio de evolugao de alguns dos
esportes que podem ser chamados de filhos, ou talvez netos do surfe. 0
skateboard divide duas vers6es sobre sua provavel origem. A primeira e que
ele deve ter side criado por alguns surfistas durante period os de ausencia de
ondas. A segunda versao e que este tenha se originado da modificagao
estrutural de alguns patinetes de brinquedo. Outro esporte bem conhecido e 0
hibrido snowboard, uma interessante ideia de fusao entre 0 surfe e 0
skateboard, e nao uma adaptagao do esqui alpino como alguns acreditam.
Embora muito mais recente do que 0 surfe, este esporte tambem se
desenvolveu a partir de um simples brinquedo de crianga. Os surfers, eram
pranchinhas extremamente rudimentares, vendidas em docerias. A partir
delas 0 snowboard se desenvolveu tanto, ao ponto de, nos dias atuais ser tido
como 0 esporte de crescimento mais rapido em todos os Estados Unidos,
(ARIAS, 2002).
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Em 1823, 0 missionl3rio C.S. Stewart observou que em Maui, a prancha
de surfe era um importante artigo de propriedade privada entre todos os
grandes chefes daquela ilha, homens e mulheres, assim como entre todos os
membros da comunidade. Depois de um dia de grandes ondas na costa de
Lahaina, nos fala Stewart, 0 surfe gerava uma unica oportunidade para os
ilheus desfrutarem de sua atividade favorita. Quanto maio res as ondas, mais
excitante se tornava esta atividade, (FARIAS, 2000).
2.2 0 SURF NO BRASIL
Em 15 junho de 1964 foi fundada a primeira entidade de surf do pais, a
Federac;ao carioca tendo ela organizado 0 primeiro campeonato em outubro
daquele mesmo ano. Mas 0 surf so seria reconhecido como esporte pelo
Conselho Nacional de Esporte em 1988. Hoje e visto como um esporte
estruturado, acompanhando a direc;ao dos demais esportes competitivos,
tanto nos aspectos organizacionais e econ6micos, a Organizac;ao de Surf
Profissional (ASP) responsavel pelo 0 circuito mundial de surf (WCT) Wolrd
Championship Tour. 1° divisao do surf profissional, a divisao de acesso para 0
WCT, e 0 (WQS) World Qualifyng Series, 2° divisao do surf profissional, CBF
(Confederac;ao Brasileira de Surf) a ABRASP (Associac;ao Brasileira de Surf
Profissional), filiada a ASP, controla e organiza as competic;6es nacionais,
hoje temos a IBEASURF Instituto de Desenvolvimento ao Surf, orgao
responsavel pelo Universitario (FARIAS, 1993).
o Brasil ja possui um campeao mundial junior, Fabio Gouveia e que
esta num mesmo nivel dos outros centros de surf, faltando apenas a vito ria
em um circuito profissional mundial. que em vista dos ultimos resultados pode
nao estar longe (ARIAS, 2002).
Brasileiros como Peterson Rosa, Neco e Teco Padaratez, Fabio
Gouveia, Jihad e outros, vem disputando os circuitos mundiais com sucesso
levando 0 surf a um momenta totalmente distinto: em vez de pranchas de
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madeira, temos espuma e fibra de vidro, em vez de apostas entre vilas,
competi<;:6es entre na<;:6es, que correm atras de milhares de dolares, mitos
gerados pelos meios de comunica<;:ao (ARIAS, 2002).
Porem quanto mais algo muda mais continua imutavel, aomenos na sua ess€mcia... E a essen cia do surf sempre foie sempre sera 0 sorriso! Aquele mesmo sorriso da crian<;:apolinesia tres mil anos atras, descendo uma onda compaipo de madeira, ou 0 sorriso dos pequenos, aoreceberem seu brinquedo magico, e porque nao seuproprio sorriso caro surfista, ao perceber que estaparticipando e brincando com 0 esporte dos reis. 0 queestamos esperando! Sorria! Voce tem sorte! Voce fazparte do mundo surf! .... (ARIAS, 2002, p. 5)
2.3 SURF COMO ESPORTE OU ATIVIDADE FISICA
2.3.1 Ambiente e performance
o bom surfista nao e aquele que apenas, possui uma boa prancha e
esta bem fisicamente, e preciso tambem conhecer 0 mar, as praias as ondas.
o tipo de onda que rola em uma praia difere muito de outra. No Brasil,
especialmente, as praias arenosas distribuem-se por quase toda costa, a qual
estende-se por 9,200 Km. (BORGES e RUY, 2000). As praias sao muito mais
do que simples acumulos de areia, elas possuem vida e energia. Sao
ambientes formados pelo encontro do mar com 0 continente, e por, isso
chamados ecossistemas de transi<;:ao. Por defini<;:ao, as praias sao depositos
de sedimentos sobre a zona costeira.
Segundo Borges e Ruy (2000), existem dois tipos de praias, as
reflexivas ou de tombos, e as dissipativas ou rasas. Nas praias de tombo, a
areia e grossa, a declividade e alta, e as ondas nao quebram, ou quando isso
acontece, quebram na beira com grande violencia. Jil nas praias rasas , a
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areia e fina, a declividade da praia e baixa, e a zona de arrebentac;:ao e
bastante extensa. Existem outros tipos de praias, porem enquadram tambem
nesta categoria.
Os conceitos utilizados para definir 0 termo praia, na literatura, diferem
consideravelmente entre si, e unanime 0 caracter nao coesivo dos
sentimentos que a comp6em e, tambem, a influencia, neste sistema, das
ondas e mares. Neste trabalho, adotaremos a definic;:ao de Hoefel (1998) apud
Borges e Ruy (2000) para 0 termo praia.
"praia, um deposito de sedimentos nao coesivos einconsolidados sobre a zona costeira, dominado primariamentepor ondas e limitado internamente pelos niveis maximos deagao da ondas de tempestade, ou pelo inicio da ocorrencia dedunas fixadas ou de qualquer outra alteragao fisiogr8.ficabrusca, caso existam; e extremamente pela profundidade defechamento de interna, ou pelo inicio de arrebentagao quandoda determinagao visual e instantanea deste limite."
Seguindo 0 raciocfnio de Borges e Ruy (2000), qualquer tentativa de
delinear a estrutura de uma praia deve levar em consideragao exatarnente, os
agentes promotores de tais mudanc;:as, ou seja, os processos hidrodinamicos
que as dominam. Hidrodinamicamente, distingue-se em urna praia as
seguintes zonas:
• Zona de Arrebentagao ( Breaking Zone);
• Zona de Surf ( Surf Zone);
• Zona de Espairamento ( Swash Zone).
A zona de arrebentac;:ao salienta Borges e Ruy (2000), ao aproximar-se
de aguas progressivamente mais rasas, as ondas incidentes tendem a
instabilizar-se ate que a velocidade na crista da onda excede a velocidade de
grupo da mesma, ponto no qual quebrara. Ha uma diminuic;:ao da velocidade
de propagagao da onda em relac;:ao ao fundo, provocando urn aumento de
energia na crista da onda, razao pela qual e quebrada. A zona de
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arrebentac;ao e a porc;ao do perfil praial, onde ocorre essa quebra das ondas,
de modo que ha uma dissipac;ao energetica da onda sobre a praia. A altura de
arrebentac;ao (quebra) sera sempre limitada pela profundidade.
Associado ao (s) ponto (s) de quebra comumente ha uma ocorrencia de
um banco arenoso, seguido por uma cava. Os ban cos arenosos
desempenham papel importante no balanc;o de sedimentos dos sistemas
praias, e, tambem, no aspecto energetico que alcanc;a a face praial, visto que
sao responsaveis pela dissipac;ao de energia das ondas incidentes. Servem
como tampoes, minimizando uma potencial erosao costeira. Dependendo do
regime hidrodinamica atuante, 0 tipo de quebra de onda podem apresentar
uma diversidade de formas: bancos longitudinais lineares e em crescente
(crescente bars), bancos transversais (Transverse bars) e ban cos obllquos.
Uma praia arenosa oceanica pode apresentar de um a 20 ban cos as ondas
podem quebrar basicamente de quatro modos, em func;ao da declividade da
praia, da altura e do comprimento de onda Borges e Ruy (2000), apresenta os
quatro modos assim.
A) Progressiva ou deslizante (spilling breaker): ocorre em praias de
baixa declividade, onde a onda empina-se para entao quebrar
(deslizar) a uma grande distancia de linha d'agua;
B) Mergulhante ou tubular (punging breaker): ocorre em praias de
declividade moderada a alta. A onda empina-se abruptamente ao
aproximar-se da costa e quebra violentamente formando um tubo,
dissipando sua energia sobre uma pequena porc;ao do perfil, atraves
de um v6rtice de alta turbulencia.
C) Ascendente (surging Breaker): Ocorre em praias de declive tao alta
que a onda nao chega a quebrar propriamente, ascendendo sobre a
face praial e interagindo com refluxo das ondas anteriores.
D) Frontal (collapsing): e 0 tipo de mais dificil identificac;ao, ocorre
tambem em praias de pendente abrupta, e considerado um tipo
intermediario entre mergulhante eo ascendente.
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2.3.2 Zona de Surf
Borges e Ruy (2000), relatam que a caracteriza~ao da zona de surf em
uma praia depende diretamente do modo de dissipa~ao energetica das ondas
incidentes, ou seja, do tipo de quebra das ondas. Em praias de baixa
declividade, as ondas que inicialmente quebram reformam-se como vagal hoes
(bores), quebrando ao longo da zona de surf em decaimento exponencial de
altura, ate atingir a linha de praia. Em praias que predominam ondas
incidentes, ou seja, em praias muito ingremes, a zona de surf tende a ser
denominado movimentos de freqOencia sub hamonica (de perfodo igual ao
dobro da onda incidente). Como resultado em ambos os casos, espera-se
que, na zona de Surf, um espectro energetico distinto das ondas incidentes
seja gerado e passe a domina-la, governando os processos morfo dinamicos
desta por~ao do perfil, as ondas vaG quebrando e dissipando sua energia em
toda a extensao da praia media ate a p6s praia.
A menos que a arrebenta~ao seja pontual ou muito estreita em uma
praia, e impossivel dissocia-Ia da zona de surf, motivo pelo qual Hoefel (1998)
citado por Borges e Ruy (2000), sugere que, num sentido mais amplo, 0 termo
zona de surf seja utilizado tanto para a zona de arrebenta~ao como para a
zona de surf propriamente dita.
2.3.3 Zona de Espairamento
Borges e Ruy (2000), dizem que a zona de espairamento e identificada
como regiao da praia delimitada entre a maxima e a minima excursao de
vagalh6es sobre a face praial. as processos do espairamento, principalmente
sua maxima excursao vertical ou galgamento, tem importancia fundamental
para a engenharia costeira por representarem as condi~oes de contorno do
ambiente praial e por determinarem os niveis maximos de atua~ao dos
agentes hidrodinamicos do surf sobre a praia. as processos de fluxo e refluxo
18
dos vagalh6es determinam, em ultima instancia, se 0 sedimento seria
armazenado na praia ou retornar a zona de surf, sendo depositado ou nao.
2.3.4 Formal,faodas ondas
Segundo Vasques (2002), as ondas que chegam ao nosso litoral sao
formadas pela transferencia de energia do vento para 0 oceano tambem pelo
atrito da onda com a superficie do fundo, criando um movimento oscilat6rio.
Entretanto, existindo tres formas diferentes de forma~ao das ondas.
A) ondas formadas pelo movimento de placas tect6nicas que na
maioria da vezes sao responsaveis pelos maremotos
B) Ondas internas, que sao geradas pela diferen~a de massas d'
agua em grandes profundidades;
C) Ondas formadas pela a~ao dos ventos.
o local onde inicia-se a forma~ao das ondas e conhecido como zona de
gera~ao. 0 tamanho e a velocidade da propaga~ao das ondas dependem de
tres fatores: velocidade do vento que a gerou, 0 tempo que este vento soprou
(atuou), e a distancia que a onda percorreu sob a~ao deste vento.
Ao se afastarem da zona de gera~ao, as ondas, que foram geradas por
um vento que manteve por mais tempo sua dire~ao e intensidade, iraQ formar
um swell (Ondula~ao alinhado e com intervalos regulares entre as ondas,
formando 0 que conhecemos como "trem das ondas").
Quando chegam ao litoral, as ondas sofrem um atrito com a superficie
do fundo, quebrando na "zona de arrebenta~ao", esta quebra ocorre quando a
razao entre profundidade local e seu comprimento(h/I) for menor que '12.Existem um atraso na velocidade da "cava" com rela~ao a "crista", qual e
projetada para a (quebra.) frente e perde seu centro de gravidade e arrebenta.
19
2.3.5 A interferencia do fundo na formac;ao das ondas
a fundo de uma praia interfere diretamente na formagao e tipo de onda,
sendo basicamente cinco tipos de fundos (BORGES e RUY, 2000)
A) Point Break: caracteriza-se por ter fundo fixo de pedra, areia ou
coral, apresenta suas melhores condig6es em dias e swell
(ondulag6es) grande e alinhado, pois a onda quebra
acompanhando 0 desenho do fundo, geralmente com grande
extensao. Outra particularidade deste tipo de fundo e de formar
ondas com uma s6 diregao, isto e, direita ou esquerda, com
excelente qualidade, pois as ondas nao fecham, possibilitando ao
surfista utilizar todo 0 seu repert6rio de manobras;
B) River Mouth: possui caracteristicas semelhantes ao Point Break,
porem, por estar localizado da desembocadura de um rio, sofre
influencia da correnteza que pode provocar variag6es no fundo,
alternando desta forma a qualidade da onda;
C) Bech Break: e do tipo mais comum, sao ondas que quebram sobre
o fundo de areia e que apresentam melhores condig6es quando
combinagao de swell(ondulag6es) formam picos que abrem ate as
valas, que sao canais por onde 0 surfista retorna com facilidade
para 0 outside(linha de quebra das ondas). Uma caracteristica
importante e que sao modelados por correntes que se alternam
constantemente;
0) Reef Break: e uma formagao rochosa ou de coral, geralmente
afastada da costa, que gera ondas fortes e cavadas, sendo muito
afetada pela mare, que quando cheia permite um surf mais segura
e menos tubular, e quando vazia mais perigoso e radica;
E) Molhes e Pier: a agao do homem tambem pode formar fundos,
como e 0 caso de pedras e piers, que acumulam areia,
favorecendo a formagao de ondas de boa qualidade.
20
Arte da energia dissipada pelas ondas ao longo da zona de
arrebentac;:ao e transferida para a formac;:ao de correntes. Sao movimentos de
grande volumes de d'agua e podem ser de dois tipos: longitudinais (paralelas)
ou transversais ( repuxo, corrente de retorno).
As longitudinais ocorrem quando existe um angulo entre as ondas e a
costa, e as correntes transversais sao fluxos d'agua em direc;:ao ao alto mar
(retorno) .
2.3.6 A influimcia dos ventos na formac;ao das ondas
Segundo Vasques (2002) os ventos influenciam diretamente na
formac;:ao das ondas estes formados pelo aquecimento diferenciado
provocado pelo sol dos continentes e ocean os. Os ventos se deslocam das
areas de alta pressao para as de baixa pressao, e das regioes mais frias para
as mais quentes. Os ventos de alta pressao tendem a ser maiores e de
movimentac;:ao mais lenta e sao geralmente a tempo bom e ventos suaves, ja
os de baixa pressao movimentam-se rapidamente e estao associ ados a
ventos fortes e mau tempo. 0 vento atua sobre 0 sistema praial de duas
maneiras vento terral e 0 vento maral. 0 vento terral e aquele que vai da
direc;:aoda praia para 0 mar, e interfere melhorando a formac;:ao da ondas. Ja
o vento maral e aquele que vem na direc;:aodo mar para a praia, prejudicando
a formac;:aodas ondas e, consequentemente, 0 surf.
Vasques (2002) continua esclarecendo que os continentes se aquecem
mais rapido, entao, os ventos sopram do oceano (brisa maritima) para 0
continente. Acontece que durante a noite 0 processo se inverte, os oceanos
retem mais calor que os continentes, provocando uma mudanc;:a de direc;:aodo
vento, e p6r isso que, geralmente pela manha, 0 vento sopra de terral. Alem
dos ventos atuarem na zona de gerac;:ao das ondas e na direc;:ao do swell
(ondulac;:oes), ele tambem interfere no tipo de quebra das ondas e nas zonas
de arrebentac;:ao e de surf. Os ventos podem variar muito sua direc;:ao, por isto
21
devemos eonheeer informac;6es de diversas praias, para saber qual a diregao
exata do vento e qual sua influeneia nas eondic;6es das ondas.
2.3.7 A influencia da lua nas mares, influenciando na forma~ao
das ondas.
Segundo Borges e Ruy (2000), as diferentes fases da Lua tem
influeneia direta nas mares oee€mieas e tambem no tamanho e formagao das
ondas. As luas eheias e nova resultam em maiores variac;6es da mare (muito
alta ou muito baixa), enquanto Qual as luas minguante e ereseente signifieam
poueas diferengas entre as mares. A mare e a subida e a deseida das do mar
eausadas prineipalmente pela atrac;ao gravitaeional da lua e em menor eseala
pelo sol, sobre a agua da terra. Diariamente temos no nosso litoral 2 mares
vazantes (baixamar) e 2 mares enehentes (preamar).
A eada duas semanas, 0 sol, a lua e a terra estao alinhados em
situac;6es de lua eheia. Neste desalinhamento, observado nas fases de lua
ereseente e minguante, oeorre a mare de quadratura, perfodo no qual nao
existem grandes variac;6es.
A agao dos ventos pode gerar a mare meteorol6giea que provoea tanto
um aumento no nivel d'agua (ventos do quadrante sui) como a diminuigao
(ventos do quadrante leste/norte). Este fen6meno faz com que sejam
observadas variac;6es de valores de preamar e baixamar indieados na tabua
de mares. (Borges e Ruy, 2000).
2.4 IMPREVISIBILIDADE NA PRATICA DO SURF
Para surfar depende muito da variac;ao do pieo, tem alguns que sao
melhores com a mare eheia, outros com a mare seea, outros ainda na
variac;ao das mares, onde as ondas podem ser muito influeneiadas em sua
22
forma<;:ao e arrebenta<;:ao. Portanto em seu contexto ambiental 0 Surf e
considerado uma Habilidade Aberta.
Conforme Farias (2000), notamos que a complexidade do processo
interativo aprender 0 surf, requer compreensao de preceitos que vao muito
alem de informa<;:6esdo vento, mar, sol e os instrumentos de pratica do Surf.
2.4.1 Inicia<!aoao Surf
A aula, no ensino do surf, e uma oportunidade para ocorrer a troca
interativa aluno - professor e conteudo. Para Farias (2000, p.29), "a aula de
inicia<;:aoe a esfera onde pode ocorrer a aprendizagem de habitos motores do
deslizar sobre uma onda, equilibrando-se sobre uma prancha". Ainda, este
autor afirma que para surfar, e necessario, antes adotar a posi<;:ao de
equilibrio deitado e sentado na prancha, e necessario saber remar, furar a
onda Uoelhimho), sentar para esperar a ondula<;:ao, deitar para remar ao
entrar na onda e subir para dropar.
No transcorrer da aula configura-se e cria-se 0 despertar do sucesso
para as atividades dentro do mar e nas manobras com 0 implementos do surf.
A tarefa de proporcionar ao aluno um clima favoravel para 0 sucesso no
surfar e do professor. E coerente pensar nas diretivas verbais, gestuais e
outros movimentos com os membros, para facilitar a comunica<;:ao com 0
aluno. 0 vento, 0 barulho das ondas e os outros surfistas podem interferir na
comunica<;:ao. Dai, se faz necessario estar atento a estas condi<;:6es
ambientais.
Organizar a aula, e permitir ao aluno melhor usufruir das informa<;:6es e
propiciar a aprendizagem. No caso do surf e importante, dedicadamente,
observar a distancia da areia e do local onde as ondas estao rolando. E ai
onde ocorrera a a<;:aodos alunos. Entao, em fun<;:aoda especificidade do surf,
o professor deve criar outros mecanismos de comunica<;:ao com 0 aluno
iniciante (FARIAS, 2000).
23
Nas diretrizes metodologicas, caminho para concretizar a
aprendizagem, e onde 0 professor pode escolher um modelo de aula. A op<;ao
de um modelo sintetico, analitico, integrado, ou mais livre de passar os
conteudos e tentar atingir os seus objetivos, e importante. Na escolha de uma
proposta e importante seguir algumas diretrizes metodologicas na aula.
Segundo Farias (2000), dentro de uma sistematica atual, as diferentes
fun<;oes pedagogicas podem sugerir a<;oes mais diretas ou abertas. As a<;oes
determinam procedimentos no conjunto de estrutura<;ao metodologica e
didatica, da aula, que sao:
1) Um inicio, podendo ser entendido como aquecimento, estimula<;ao,
motiva<;ao ou introdu<;ao. Aqui e ativado mais 0 sistema
pSicofisiologico do aluno;
2) Uma manuten<;ao da atividade, continuidade da tematica da aula,
onde ha uma consolida<;ao da tecnica, manuten<;ao da motiva<;ao.
Nesta parte e prudente incrementar as cargas de treino organicas e
as tecnicas de execugao das posi<;oes e manobras;
3) Um fecho, onde a intengao e fazer 0 aluno avaliar as atividades,
vontade de voltar. 0 retorno homesostatico, do organismo ao ir para
casa ou outras aulas.
Procurando encontrar um concordante com as fun<;oes didaticas e os
componentes dos alunos, no ensino do surf, e importante atrelar as
informagoes aos objetivos dos alunos e aos objetivos a serem alcangados no
transcorrer da aula e do curso. Assim, os fins justificam uma aten<;ao global
ao aluno e devem estar, sempre que possivel, atrelados aos:
a) Objetivos priorizados (determinar uma meta possivel de ser
alcangada); surfar deve ser uma meta possivel na qual 0 aluno se
sinta conseguindo fazer as tarefas solicitadas;
b) Conteudos a serem ministrados (escolher as informa<;oes mais
oportunas para alcan<;ar 0 exito); as propostas de tarefas devem ser
naturalmente aceitas e que conduzem os alunos ao habito de
solicita-Ias;
24
c) Preceitos psicofisiol6gicos dos alunos (tentar verificar e observar 0
estado geral do aluno); as cargas fisiol6gicas devem estar dentro do
aporte individual dos alunos e os mesmos devem sentir-se
motivados a melhorarem suas execugoes;
d) Metodos e didaticas (selecionar as estrategias e 0 caminho
adequado a melhor comunicagao);
e) Procedimentos tecnicos (oportunizar ao aprendiz a absorgao dos
habitos motores corporais mais propfcios ao controle da prancha na
onda);
f) Condigoes do ambiente (estudar e dar aporte de seguranga quanto
ao clima e condigoes do mar).
Alem de aplicar - exercer as fungoes metodol6gicas, no ensino do
surfar, 0 professor de Educagao Ffsica deve estar atento aos procedimentos
interpessoais na hora da aula. Perspectiva de uma atuagao compatfvel com
as solicitagoes das atividades e 0 sucesso dos alunos, estao atrelados ao
comprometimento deste com a gestao da aula (FARIAS, 2000).
2.5 A EDUCA<;Ao F1SICA E OS OBJETIVOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL E 0 SURF
A educagao Ffsica, dentro do que se propoe nos Parametros
Curriculares Nacionais, e a area do conhecimento que introduz e integra os
alunos na cultura corporal do movimento com finalidade de lazer, de
expressao de sentimentos, afetos e emogoes, de manutengao de melhoria da
saude (RCN, 1998).
Para tanto, rompe com 0 tratamento tradicional dos conteudos que
favorece os alunos que ja tem aptidoes, adotando como eixo estrutural da
agao pedag6gica 0 princfpio da inclusao, apontando para uma perspectiva
metodol6gica de ensino e aprendizagem que busca 0 desenvolvimento da
autonomia, da cooperagao, da participagao social e da afirmagao de valores e
25
princfpios democraticos. Nesse sentido, busca garantir a todos a possibilidade
de usufruir de jogos, esportes, dan<;:as, lutas e ginastica em beneficio do
exercfcio critico da cidadania.
Segundo RCN (1998), os Parametros Curriculares Nacionais indicam
como objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de:
• Compreender a cidadania como participa<;:ao social e politica, assim
como exercfcio de direitos e deveres politicos, civis e sociais,
adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, coopera<;:ao e
repudio as injusti<;:as,respeitando 0 outro e exigindo para si 0 mesmo
respeito;
Posicionar-se de maneira critica, responsavel e construtiva nas
diferentes situa<;:oes sociais, utilizando 0 dialogo como forma de
mediar conflitos e de tomar decisoes coletivas;
• Conhecer as caracteristicas fundamentais do Brasil nas dimensoes
sociais, materiais e culturais como meio para construir
progressivamente a no<;:ao de identidade nacional e pessoal e 0
sentimento de pertinencia ao pais;
• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimonio sociocultural do
brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e
na<;:oes,posicionando-se contra qualquer discrimina<;:ao baseada em
diferen<;:as culturais, de classe social, de crengas, de sexo, de etnia
ou outras caracteristicas individuais e sociais;
• Perceber-se integrante, dependente a agente transformador do
ambiente, identificando seus elementos e as interago8s entre eles,
contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente;
• Desenvolver 0 conhecimento ajustado de si mesmo e 0 sentimento
de confian<;:a em suas capacidades afetiva, fisica, cognitiva, etica,
estetica, de inter-relagao pessoal e de insen;ao social, para agir com
perseveranga na busca de conhecimento e no exercicio da
cidadania;
26
• Conhecer 0 proprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando
habitos saudaveis como um dos aspectos basicos da qualidade de
vida e agindo com responsabilidade em relaltao a sua saude e a
saude coletiva;
• Utilizar as diferentes linguagens - verbal, musical, matematica,
grafica, plastica e corporal - como meio para produzir, expressar e
comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produltoes culturais,
em contextos publicos e privados, atendendo a diferentes intenltoes
e situa~oes de comunica~ao;
• Saber utilizar diferentes fontes de informaltao e recursos
tecnologicos para adquirir e construir conhecimentos;
• Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de
resolve-los, utilizando para isso 0 pensamento 16gico, a criatividade,
a intuiltao, a capacidade de analise critica, selecionando
procedimentos e verificando sua adequa~ao.
Para estar em consonancia com as demandas atuais da sociedade, e
necessario que os professores tratem de questoes que interferem na vida dos
alunos e com as quais se veem confrontados no seu dia-a-dia.
A abrangencia dos temas transversais nao significa que devam ser
tratados igualmente em todos os lugares. Ao contrario, podem exigir
adaptalt0es para que correspond am as reais necessidades de cada regiao. As
questoes ambientais, por exemplo, ganham caracteristicas diferentes nos
campos de seringais, no interior da Amazonia, na periferia de uma grand8
cidade, ou no ambiente onde e praticado 0 surf, ou seja, no litoral (RCN,
1998).
27
2.5.1 Saude como tema transversal
o nivel de saude das pessoas reflete a maneira como vivem, numa
interac;ao dinamica entre potencialidades individuais e condic;6es de vida. Nao
se pode compreender ou transformar a situac;ao de um individuo ou de uma
comunidade sem levar em conta que ela e produzida nas relac;6es com 0
meio fisico, social e cultural. Falar de saude implica levar em conta, par
exemplo, a qualidade do ar que se respira, 0 consumismo desenfreado e a
miseria, a degradac;ao social e a desnutric;ao, formas de inserc;ao das
diferentes parcelas da populac;ao no mundo do trabalho, estilos de vida
pessoal.
Atitudes favoraveis ou desfavoraveis a saude sao construidas desde a
infancia, pela identificac;ao com valores observados em modelos extern os ou
em grupos de referencia. 0 professor cumpre papel destacado na formac;ao
dos cidadaos para uma vida saudavel.
A formac;ao do aluno para 0 exercfcio da cidadania compreende a
motivac;ao e a capacitac;ao para 0 auto-cuidado, assim como a compreensao
da saude como direito a responsabilidade pessoal e social (RCN, 1998).
2.5.2 Meio ambiente como tema transversal
A principal func;ao do trabalho com 0 tema Meio Ambiente e contribuir
para a formac;ao de cidadaos conscientes, aptos a decidir e a atuar na
realidade socioambiental de modo comprometido com a vida, com 0 bem-
estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso, e necessario que,
mais do que informac;6es e conceitos, 0 professor se proponha a trabalhar
com atitudes, com formac;ao de valores, com 0 ensino e a aprendizagem de
habilidades e procedimentos. Esse e um grande desafio para a educac;ao.
Comportamentos ambientalmente corretos serao aprendidos na
pratica do dia-a-dia na escola e fora dela: gestos de solidariedade, habitos de
28
higiene pessoal e dos diversos ambientes, participa<;ao em pequenas
negocia<;oes podem ser exemplo disso (RCN, 1998).
2.5.3 Pluralidade cultural como tema transversal
Para viver democraticamente em uma sociedade plurai e preciso
respeitar e valorizar a diversidade etnica e cultural que a constitui. Por sua
forma<;ao historica, a sociedade brasileira e marcada pela presen<;a de
diferentes etnias, grupos culturais, descendentes de imigrantes de diversas
nacionalidades, religioes e Ifnguas.
o convivio em situa<;oes de relacionamento interpessoal em aulas de
surf, pode evidenciar favorecimentos a estas questoes supra-citadas, de
forma a proporcionar a socializa<;ao entre os alunos sem levar em conta as
suas diferen<;as individuais (RCN, 1998).
29
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
o presente estudo caracteriza-se como pesquisa do tipo descritiva e
tambem comparativa, que de acordo com Thomas e Nelson (2002), e a mais
freqOente por ser de estrutura simplificada. Sua finalidade e enumerar ou
descrever as caracteristicas dos fen6menos (coisa, objetos, conhecimentos
ou eventos) com base em dados protocolares e ideograficos. A analise
descritiva utiliza um espectro de estilos individualizados e pequena parcel a de
tecnicas e metodos. As diferentes pe~as de informa~ao (dados protocolares e
ideol6gicos) podem ser feitas dedutiva e indutivamente e geralmente
assumem forma verbal, ou estatlstica ou ainda combinam ambas as formas.
3.2 POPULAC;AO E AMOSTRA
3.2.1 Populal$ao
A popula~ao para 0 presente estudo constitui-se de alunos de ambos os
sexos, integrantes do ensino fundamental na cidade de Curitiba - PRo
3.2.2 Amostra
A amostra para 0 presente estudo constitui-se de 60 alunos de ambos
os sexos, do Colegio Estadual Nilson Baptista Ribas, integrantes do ensino
fundamental, na cidade de Curitiba - PR e escolhidos de forma voluntaria.
30
3.3 INSTRUMENTO
Foi elaborado, especificamente para 0 estudo, um questionario
composto por 12 questoes fechadas; questionario este que foi validado por
tres especialistas, os quais se manifestaram favoravelmente ao instrumento
sem sugerir ou solicitar alteragoes.
3.3.1 ValidagflO do instrumento
o instrumento foi submetido a validagao de conteudo pela analise da
revisao de literatura e por tres especialistas os quais assim opinaram:
Dois especialistas opinaram favoravelmente ao instrumento para coleta
de dados, sem fazer recomendagoes. 0 terceiro especialista tambem opinou
favoravelmente a aplicagao do instrumento, fazendo uma ressalva de que
fosse exclufda a questao numero 3, sendo isto observado e efetuada a devida
corregao.
3.4 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi efetuada no final das aulas de Educagao Ffsica,
onde 0 estudo era brevemente explicado aos alunos e solicitado 0
voluntariado para participar do estudo a responder ao questionario. Era dado
um tempo para serem respondidas as questoes e os questionarios eram
recolhidos ao termino da aula.
30
3.3 INSTRUMENTO
Foi elaborado, especificamente para 0 estudo, um questionario
composto por 12 questoes fechadas; questionario este que foi validado por
tres especialistas, os quais se manifestaram favoravelmente ao instrumento
sem sugerir ou solicitar alterac;oes.
3.3.1 Valida<;aodo instrumento
o instrumento foi submetido a validac;ao de conteudo pela analise da
revisao de literatura e por tres especialistas os quais assim opinaram:
Dois especialistas opinaram favoravelmente ao instrumento para coleta
de dados, sem fazer recomendac;oes. 0 terceiro especialista tambem opinou
favoravelmente a aplicac;ao do instrumento, fazendo uma ressalva de que
fosse exclufda a questao numero 3, sendo isto observado e efetuada a devida
correc;ao.
3.4 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi efetuada no final das aulas de Educac;ao Ffsica,
onde 0 estudo era brevemente explicado aos alunos e solicitado 0
voluntariado para participar do estudo a responder ao questionario. Era dado
um tempo para serem respondidas as questoes e os questionarios eram
recolhidos ao terminG da aula.
31
3.5 ANALISE DOS DADOS
Os dados foram expressos em forma de quadros e graficos;
posteriormente analisados pelos numeros e percentuais, e por fim,
interpretados descritivamente.
3.6 LlMITAC;OES
Para 0 presente estudo, foram encontradas como limitagoes, 0 sexo, a
faixa etaria, 0 numero de individuos entrevistados e 0 numero de escolas para
coleta dos dados. Sendo que foram utilizados ambos os sex~s, com idades
entre 12 e 15 anos, com 60 individuos de uma escola. Observou-se tambem
como limitagao a separagao dos dados por serie, para que houvesse uma
comparagao entre elas.
32
4 APRESENTA<;Ao E DISCUssAo DOS RESULTADOS
Neste capitulo, observa-se como perfil dos entrevistados, idades entre
12 e 15 anos e 30 individuos de cada sexo. E ainda como segue, os dados
referentes a atividade do surf e atividade de esportes radicais.
Quadro 1 - Oados gerais da entrevista.
Masculino Feminino
QuesUio Sim Nao Sim Nao
Sabe nadar 23 7 28 2
Gosta de esportes radicais 28 2 27 3
Gosta de esportes aquaticos 26 4 25 5
Conhece 0 esporte surf 26 4 24 6
Pratica 0 esporte surf 5 25 6 24
Gostaria de aprender 0 surf 29 1 27 3
Acha 0 esporte bonito 30 0 28 2
Valoriza os habitos saudaveis 30 0 28 2
Ve 0 surf como saudavel e29 1 28 2
com beneficios a saude
Aulas de surf motivam a ----
29 1 28 2maior frequencia escolar
Media 25,5 4,5 24,9 5,1
33
Grafico 1 - Sa be nadar?
Masculino
No grafico 1, sexo masculino 76,8% sabem nadar e 23,2% nao sabem
nadar; do sexo feminino 93,2% sabem nadar e 6,8% nao sabem. De forma
geral, observa-se que 85,0% dos indivfduos sabem nadar e 15,0% nao
sabem.
Gratico 2 - Voce gosta de esportes radicais?
I--,~
Masculino Feminino
No grafico 2, sexo masculino 93,2% dos entrevistados gostam de
esportes radicais e 6,8% nao gostam; do sexo feminino 90,0% gostam de
esportes radicais e 10,0% nao gostam. De forma geral, observa-se que 91,6%
dos indivfduos gostam de esportes radicais e 8,4% nao gostam.
Gratico 3 - Voce gosta de esportes aquaticos?
34
90,0%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0% +---'__ '--_..k'__ ,-----'-_--'__ L--<'
Masculino Feminino
No grafico 3, sexo masculino 86,6% dos entrevistados gostam de
esportes aquaticos e 6,7% nao gostam; do sexo feminino 41,6% gostam de
esportes aquaticos e 8,4% nao gostam. De forma geral, observa-se que
84,9% dos individuos gostam de esportes aquaticos e 15,1% nao gostam.
Grilfico 4 - Voce valoriza os hilbitos saudiiveis?
90,0%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0% +---'--'--_-""---,_-1-_--'- __ ""----1"
~~
Masculino Feminino
No grMico 4, sexo masculino 86,6% dos entrevistados conhecem 0
esporte surf e 13,4% nao conhecem; do sexo feminino 80,0% conhecem 0
esporte surf e 20,0% nao conhecem. De forma geral, observa-se que 83,3%
dos individuos conhecem 0 esporte surf e 16,7% nao gostam.
Grilfico 5 - Voce pratica 0 esporte surf?
35
90,0%80,0%70,0%60,0%50,0%40,0%30,0%20,0%10,0%0,0% +---1__ L-_ ..JL_,..--L_--' __ -"<---('
Masculino Feminino
No gratico 5, sexo masculino 83,2% dos entrevistados nao praticam 0
esporte surf e 16,8% praticam 0 esporte surf; do sexo feminino 80,0% nao
praticam 0 esporte surf e 20,0% praticam 0 esporte surf. De forma geral,
observa-se que 81,6% dos indivfduos nao praticam 0 esporte surf e 18,4%
praticam 0 esporte surf.
Gratico 6 - Gostaria de aprender 0 surf na escola?
I---I~
Masculino Feminino
No grafico 6, sexo masculino 96,6% dos entrevistados gostariam de
aprender 0 surf na escola e 3,4% nao gostariam; do sexo feminino 90,0%
gostariam de aprender 0 surf na escola e 10,0% nao gostariam. De forma
geral, observa-se que 93,3% dos indivfduos gostariam de aprender 0 surf na
escola e 6,7% nao gostariam de aprender 0 surf na escola.
Gratico 7 - Gostaria de aprender 0 surf na escola?
36
100,0%
80,0%
Masculino
6,8%
Feminino
No gratico 7, todos os indivfduos do sexo masculino acham 0 surf um
esporte bonito; do sexo feminino 6% acham 0 surf um esporte bonito e 3,4%
nao acham 0 surf um esporte bonito. De forma geral, observa-se que 96,6%
dos indivfduos acham 0 surf um esporte bonito e 3,4% nao acham 0 surf um
esporte bonito.
Gratico 8 - Voce valoriza os habitos saudaveis?
Masculino Feminino
No grafico 8, todos os indivfduos do sexo masculino valorizam os
habitos saudaveis; do sexo feminino 93,2% valorizam os habitos saudaveis e
6,8% nao valorizam os habitos saudaveis. De forma geral, observa-se que
96,6% dos indivfduos valorizam os habitos saudaveis e 6,8% nao valorizam
os habitos saudaveis.
37
Gratico 9 - Voce ve 0 sUI'f como esporte saudavel e com varios
beneffcios a saude?
~~
Masculino Feminino
No grafico 9, 0 sexo masculino com 96,6% dos entrevistados veem 0
surf como esporte saudavel 8 com varios beneficios a saude e 3,4% nao
veem; do sexo feminino 93,2% veem 0 surf como esporte saudavel e com
varios beneficios a saude e 3.4% nao veem. De forma geral, observa-se que
94,9% dos individuos veem 0 surf como esporte saudavel e com varios
beneficios a saude e 5,1% nao veem 0 surf como esporte saudavel e com
varios beneficios a saude.
Gratico 10 - Voce acredita que as aulas de surf na escola motivariam a
ter maior freqiiencia escolar?
~~
Masculino Feminino
No gratico 10, do sexo masculino com 48,3% dos entrevistados
acreditam que as aulas de surf na escola motivariam a ter maior frequencia
escolar e 1,7% nao acreditam; do sexo feminino 46,6% acreditam que as
38
aulas de surf na escola motivariam a ter maior frequencia escolar e 3,4% nao
acreditam. De forma geral, observa-se que 94,9% dos individuos acreditam
que as aulas de surf na escola motivariam a ter maior frequencia escolar e
5,1% nao acreditam que as aulas de suri na escola motivariam a ter maior
frequencia escolar.
5 CONCLUSOES E SUGESTOES
Com 0 objetivo de verificar 0 nivel de interesse de alunos do ensino
fundamental com relac;ao a pratica do surf, conclui-se que os alunos mesmo
conhecendo 0 esporte surf, a maioria nao 0 pratica, mas tem muito interesse
em aprender.
Com 0 objetivo de verificar 0 nivel de interesse de alunos do ensino
fundamental com relac;ao ao surf como conteudo da Educac;ao Fisica na
escola, conclui-se que estes alunos possuem em sua maioria interesse em
ver 0 surf como conteudo escolar nas aulas de Educac;ao Fisica, ainda
afirmando que 0 surf e um esporte bonito; que valoriza os habitos saudaveis;
trazendo beneflcios a saude e aumentando a frequencia escolar.
Sugere-se que para estudos futuros 0 numero de escolas para coleta de
dados seja mais amplo, podem-se assim, evidenciar resultados mais
fidedignos, podendo-se obter maior controle da variavel de condic;ao social.
39
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ARIAS, M. Surf Genese. Revista Alma Surf. Sao Paulo, ana 2, 8a, 9a,1Qae 11a ed, fevereiro / margo, abril/maio, junho / julho e agosto / setembro de2002.
BORGES M. e RUY, B. B. Revista Surf Guia Brasil: Regiao Sui, Resgate,v1,2000.
FARIAS, S. F. Crianyas no Surf: Uma questao de saude. Florianopolis:UFSC, CDS, DEF, 1993.
Surf: Conteudos para a pratica. Florianopolis: Copyflor,2000.
GUTEMBERG, A. A historia do Surf no Brasil 50 an os de aventura. SaoPaulo: Azul, 1989.
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCA<;Ao INFANTIL.Brasilia: Ministerio da Educagao, 1998.
VASQUES, R.T. Fatores Determinantes na Performance do Surf.Dissertagao de Pos Graduagao- Faculdade Federal de Florianopolis, 2002.
THOMAS, J. & NELSON, J. Metodos de Pesquisa em Atividade Fisica.Porto Alegre: Artmed, 2002.
41
APENDICE 1 - QUESTIONARIO UTILIZADO PARA COLETA DE DADOS
Questionario para levantar 0 nivel de interesse do surf na escola
1- Idade: _
2- Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
3- Sabe nadar?( ) Sim () Nao
4- Voce valoriza os habitos saudaveis?( ) Sim () Nao
5- Voce gosta de esportes radicais?( ) Sim () Nao
6- Voce gosta de esportes aquaticos?( ) Sim () Nao
7- Voce conhece 0 esporte surf?( ) Sim () Nao
8- Voce pratica 0 esporte surf?( ) Sim () Nao
9- Gostaria de aprender 0 surf na escola?( ) Sim () Nao
10- Voce acha 0 esporte bonito?( ) Sim () Nao
11- Voce ve 0 surf como esporte saudavel e com varios beneficios asaude?( ) Sim () Nao
12- Voce acredita que aulas de surf na escola 0 motivariam a ter maiorfrequencia escolar?( ) Sim () Nao