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TAFFARELLO, Tadeu Moraes. Choro Vão da Água Triste, para flauta alto solista e grupo de câmara. Revista Vórtex, Curitiba, v.4, n.3, 2016, p.1-3 1 Choro Vão da Água Triste 1 Para flauta alto solista e grupo de câmara Tadeu Moraes Taffarello Universidade Estadual de Campinas | Brasil Tadeu Moraes Taffarello é compositor e pesquisador musical. Como compositor, centra sua produção na música vocal/instrumental, com cerca de 30 peças escritas. Foi tocado por OSUEL, Ensemble Móbile, Fábio Pesgrave, Sandes & Qian Duo, GNU e Fabrício Ribeiro, dentre outros. Foi premiado no Prêmio Funarte de Composição Clássica 2012 com a peça O Despertar de Lázaro. Atualmente trabalha na composição de duas óperas. Como pesquisador, atua desde dez.-2015 junto à Coordenadoria de Documentação de Música Contemporânea (Unicamp/CIDDIC/CDMC). Tem como áreas de interesse principais a análise musical e a composição. Atuou como docente na UEL (2005-2006 e 2012-2015), Unesp (2010), Santa Marcelina (2010) e UFU (2003-2005). É graduado em composição musical (2001), mestre (2004) e doutor (2010) pela Unicamp. Website: www.tadeutaffarello.com Email: [email protected] 1 Submetido em: 04/10/2016. Aprovado em: 01/12/2016.

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TAFFARELLO, Tadeu Moraes. Choro Vão da Água Triste, para flauta alto solista e grupo de câmara. Revista Vórtex, Curitiba, v.4, n.3, 2016, p.1-3

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Choro Vão da Água Triste1

Para flauta alto solista e grupo de câmara

Tadeu Moraes Taffarello

Universidade Estadual de Campinas | Brasil

Tadeu Moraes Taffarello é compositor e pesquisador musical. Como compositor,

centra sua produção na música vocal/instrumental, com cerca de 30 peças

escritas. Foi tocado por OSUEL, Ensemble Móbile, Fábio Pesgrave, Sandes

& Qian Duo, GNU e Fabrício Ribeiro, dentre outros. Foi premiado no

Prêmio Funarte de Composição Clássica 2012 com a peça O Despertar de

Lázaro. Atualmente trabalha na composição de duas óperas. Como

pesquisador, atua desde dez.-2015 junto à Coordenadoria de Documentação de

Música Contemporânea (Unicamp/CIDDIC/CDMC). Tem como áreas de

interesse principais a análise musical e a composição. Atuou como docente na

UEL (2005-2006 e 2012-2015), Unesp (2010), Santa Marcelina (2010) e

UFU (2003-2005). É graduado em composição musical (2001), mestre (2004) e doutor (2010) pela Unicamp.

Website: www.tadeutaffarello.com

Email: [email protected]

1 Submetido em: 04/10/2016. Aprovado em: 01/12/2016.

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horo Vão da Água Triste é uma peça para flauta alto solista, violino, violoncelo, violão e piano

escrita por encomenda do Ensemble Móbile, grupo de Curitiba-PR dedicado à performance

de música contemporânea, com repertório na área vocal, instrumental e eletroacústica, criado

pelo Núcleo Música Nova. A peça foi estreada durante o III Simpósio Internacional de Música Nova –

SiMN 2016 também em Curitiba-PR, no mês de setembro/2016.

A seleção da flauta como solista ocorreu devido ao contato durante o primeiro SiMN, de 2012,

com Fabrício Ribeiro, atual flautista do Móbile e quem, na oportunidade, realizou a leitura de minha

peça Percussivo para flauta baixo solo. Não apenas a técnica apurada como também a disponibilidade e

profissionalismo de Fabrício fizeram com que, ao receber a encomenda para uma nova peça, a flauta

fosse pensada como elemento importante e trabalhada como solista. Busquei, então, sonoridades de

flauta que me interessassem. Tinha recém descoberto a obra para flauta de Salvatore Sciarrino e as

sonoridades trabalhadas por ele me atraíram. Dentre as peças pesquisadas, a que mais me chamou a

atenção foi All’aure in una lontanaza, na qual sons eólicos e harmônicos são trabalhados. Quis, de alguma

maneira, trazer essa sonoridade para Choro Vão, o que se pode perceber sobretudo no início.

O final de 2015 e início de 2016 foi um período difícil para mim, pois um acidente

automobilístico me deixou em recuperação por alguns meses. O poema de Cecília Meireles Tumulto, por

seu caráter melancólico, tocou-me profundamente e me inspirou na criação do título de minha peça. O

tema da água aparece nele com uma delicadeza e beleza expressivas. Comecei então a buscar outras

referências musicais à água e encontrei várias! Na própria obra de Sciarrino, a peça para piano solo

Perduto in una città d’acque foi também inspiradora! Pensei: o que será que aconteceria se juntasse o

All’aure com o Perduto em uma só música? Foi o que experimentei a partir da entrada do piano em

minha peça. Na transformação que fiz, ambas as peças foram “deformadas” em relação a seus originais

pelas notas de uma melodia escolhida de um trecho de Jeau d’eaux, de Ravel. Tentei, de uma certa

maneira, criar algo que me remetesse sonoramente à produção de Sciarrino e que conduzisse a escuta

do ouvinte à citação mais literal de Ravel que ocorre por volta do meio da peça. E já que a referência

era a água, voltei ainda mais no tempo histórico musical e trouxe uma melodia que julgo bela de uma

das danças da primeira suíte do Water Music¸ de Handel. Esta foi trabalhada com base na sonoridade em

harmônicos advindas do Sciarrino. Busquei imaginar como soaria caso Handel tivesse se utilizados dos

harmônico da flautas.

Em relação à interpretação, reforço a importância de uma intensa relação entre compositor e

intérprete para a criação de peças com uma dialética instrumental mais apropriada. Vários dos efeitos

sonoros que imaginei sobretudo na flauta foram melhor detalhados e potencializados com alterações

feitas em parceria com o Fabrício antes da estreia da obra. Nesse sentido, a troca de ideias e o trabalho

em conjunto colaboraram para melhorar a partitura de modo a torná-la mais executável. Gostaria de

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destacar também a colaboração com o violonista Eric Moreira, também do Móbile, quem muito

auxiliou na melhoria da parte do violão, sobretudo na citação do Handel.

Dados da gravação

- Choro Vão da Água Triste e poema Tumulto, de Cecília Meireles

- Gravado ao vivo por Ensemble Móbile no auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba-PR, durante o III Simpósio

Internacional de Música Nova – SiMN 2016.

- Data da gravação: 16/09/2016.

Músicos

Flauta: Fabrício Ribeiro

Violino: Dhiego Lima

Violoncelo: Shante Antunes Cabral

Piano: Alexsander Ribeiro de Lara

Regência e leitura do poema de Cecília Meireles: Márcio Steuernagel

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CHORO VÃO DA ÁGUA TRISTEpara flauta alto e grupo de câmara

Tadeu Taffarello - 2016

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CHORO VÃO DA ÁGUA TRISTEpara flauta alto solista e grupo de câmara

Composta em 2016 por Tadeu Taffarello

Peça dedicada ao Ensemble Móbile

Estreada no dia 16/09/2016 durante o III Simpósio Internacional de Música Nova - SiMN 2016 em Curitiba-PR.Instrumentistas da estreia: Fabrício Ribeiro (flauta), Dhiego Lima (violino), Shante Antunes Cabral (violoncelo),

Eric Moreira (violão) e Alexsander Ribeiro de Lara (piano). Regencia: Márcio Steuernagel.

Instrumentação:FLAUTA ALTO (EM SOL) SOLISTA

VIOLINOVIOLONCELO

VIOLÃOPIANO

TEMPO APROXIMADO DE PERFORMANCE : 10 MINUTOS

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TUMULTO

Tempestade... O desgrenhamentodas ramagens... O choro vão

da água triste, do longo vento, vem morrer-me no coração.

A água triste cai como um sonho,sonho velho que se esqueceu...(Quando virás, ó meu tristonhoPoeta, ó doce troveiro meu!...)

E minha alma, sem luz nem tenda,passa errante, na noite má,

à procura de quem me entendae de quem me consolará...

Cecília Meireles

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INSTRUÇÕES DE PERFORMANCE - FLAUTA

GOLPE DE AR - COBRINDO COM OS LÁBIOS TODA A EMBOCADURA E TENDO-A ENTRE OS DENTES, O MAIS INTERNAMENTE O POSSÍVEL, EMITIR UM VIOLENTO GLISSANDO, COMO QUANDO SE AQUECE O INSTRUMENTO. RESULTA UMA SÉTIMA ABAIXO DO ESCRITO.

PARA FLAUTA

HARMÔNICO - A NOTA ABAIXO INDICA A POSIÇÃO DE DEDILHADO PARA SOAR A NOTA DE CIMA.

TONGUE RAM - GOLPE DE LÍNGUA SEM AR. TAMBÉM SOA UMA SÉTIMA ABAIXO DO ESCRITO. PODE-SE PRODUZIR INALANDO OU EXPIRANDO O AR.

POSIÇÕES DE EMBOCADURA - RESPECTIVAMENTE MAIS ABERTA, NORMAL E MAIS FECHADA. A MUDANÇA DE UMA PARA OUTRA PRODUZ GLISSANDOS

SONS EÓLIOS - APENAS ASSOPRAR NO INTERIOR DA FLAUTA, SEM 'FOCAR' O SOM.

PIZZICATOS EM CRESCENDO E ACELERANDO

PERCUSSÃO DE CHAVES EM TRÊMULO

TRÊMULOS DE HARMÔNICOS EM DUAS GRAFIAS DISTINTAS

GOLPE DE AR - COM A EMBOCADURA NORMAL, EMITIR UM VIOLENTO GLISSANDO.

POSIÇÕES ALTERNATIVAS

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PARA TODOS

INSTRUÇÕES DE PERFORMANCE - CONTINUAÇÃO

CRESCENDO DO NADA E DECRESCENDO AO NADA

PARA CORDAS

HARMÔNICO ARTIFICIAL

MÃO ESQUERDA - COM OS DEDOS DA MÃO ESQUERDA, BATER E SOLTAR RAPIDAMENTE AS NOTAS INDICADAS A FIM DE QUE PRODUZAM SOM.

GLISSANDO MUITO RÁPIDO E DE GRANDE AMPLITUDE - PRODUZIR COM O ARCO 'ASPIRADO', OU SEJA, COM POUCA PRESSÃO (APENAS VIOLONCELO)

PERCUTIR COM A PONTA DOS DEDOS NO CORPO DO INSTRUMENTO, EM TRÊMULO (APENAS VIOLONCELO E VIOLÃO)

PIZZICATO BARTÓK - PUXAR COM FORÇA A CORDA A PONTO DE ELA, NA VOLTA, PERCUTIR NO ESPELHO DO INSTRUMENTO.

sp ord st P.A. POSIÇÃO DE TOQUE DO ARCO NA CORDA - SUL PONTICELLO, ORDINÁRIO, SUL TASTO OU PONTA DE ARCO

O MAIS AGUDO POSSÍVEL E O MAIS GRAVE POSSÍVEL

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Choro vão da água tristeTadeu Taffarello - 2016

©Tadeu Taffarello - 2016

Grade

ao Ensemble Móbile

*Os instrumentos transpositores estão escritos em sons transpostos, não reais.

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10 Choro vão da água triste

Ravel - Jeaux d'eau

Page 14: Choro Vão da Água Tristevortex.unespar.edu.br/taffarello_v4_n3.pdf · 2017. 3. 15. · TAFFARELLO, Tadeu Moraes. Choro Vão da Água Triste, para flauta alto solista e grupo de

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11Choro vão da água triste

Page 15: Choro Vão da Água Tristevortex.unespar.edu.br/taffarello_v4_n3.pdf · 2017. 3. 15. · TAFFARELLO, Tadeu Moraes. Choro Vão da Água Triste, para flauta alto solista e grupo de

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senza cresc.

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(simile - usar as notas abaixo como posição de trêmulos para soar o harmônico da nota acima, buscando tornarbem clara a melodia)

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12 Choro vão da água triste

Haendel - Water MusicSuite n° 1 - Adagio e staccato

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13Choro vão da água triste

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(*abafar as cordas com a mão esquerda de forma a produzir um som não muito determinado.Deve ser feito com todas as cordas ao mesmo tempo.Do mais agudo o possível para o mais grave o possível sem deixar as cordas soltas)

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(fermata longa - até sumirem as ressonâncias do piano)

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14 Choro vão da água triste

Jundiaí, janeiro/abril de 2016Tempo aproximado de performance: 10 min.