China

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China: o império adormecido se transforma na potência econômica do século XXI

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O imperio adormecido se transforma em potencia economica do seculo XX

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China: o império adormecido se transforma na potência econômica do século XXI

Por que a China sempre foi temida pelo Ocidente?História milenar

Cultura de iniciativa e inovação

Civilização e poder

Grande população

Conquista e posse de rotas de comércio e de recursos naturais

A civilização chinesa à frente do mundo ocidental

O que os chineses inventaram antes do Ocidente?

Pólvora

Tipografia

Bússola

Papel

Seda

Século XIII: Marco Polo e Kublai KhanAs viagens de Marco Polo

A rota da seda

A China do Século XIV, sob a Dinastia Ming, tivera sua idade de ouro: a mais poderosa frota de navios do mundo, grande prosperidade econômica e extraordinário desenvolvimento da arte e da cultura.

Por que a China chegou ao Século XX como um país pobre, com grandes taxas de analfabetismo e dominado por potências estrangeiras?

A Dinastia Qing (1644-1912)Séculos de isolamento e de bloqueio à modernização econômica

Século XV: forma e extensão da Grande Muralha

Construída ao longo de séculos, com extensão de mais de seis mil quilômetros.

RESISTÊNCIA E AVERSÃO A OUTRAS FORMAS DE CULTURA

Século XVI: o Império Celeste como centro do mundo e a inacessibilidade do Império do Centro

O mandarinato

Triunfalismo cultural associado à mesquinhez e tirania política

A ausência do espírito de intercâmbio, permuta e comparação internacional, bem como as restrições à pesquisa, ensino, desafio e competição

Século XIX: o ocaso do ImpérioA Primeira Guerra do Ópio (1839-1842)Os Tratados Desiguais e Hong Kong

A Segunda Guerra do Ópio (1856)

Após a Guerra Sino-Japonesa de 1895, a China foi divida em áreas de domínio de potências estrangeiras

Século XIX: o ocaso do Império

Inglaterra, Alemanha, Rússia, França e Japão

A Revolução dos Boxers (1899-1900): a explosão de 900 anos de isolamento político e autorreferência cultural

A Revolução Xinhai e a República (1911-1912)

Século XIX: o ocaso do Império

O Último Imperador

Aisin Gioro Puyi (1908-1967), proclamado Imperador aos 2 anos de idade, quando ainda era um menino, foi deposto e confinado ao Palácio Imperial da Cidade Proibida.

O Palácio Imperial e a Cidade Proibida

1912:Fim da Dinastia Qing

A China chega ao século XX empobrecida e enfraquecida, sob o domínio de potências estrangeiras e com quase 300 anos de isolamento científico, cultural, econômico e político

A China no século XIXA China no século XIX

A China do Século XX

I CICLO REVOLUCIONÁRIORevolta de 1851Revolução dos Boxers

II CICLO REVOLUCIONÁRIORevolução de XinhaiQueda do ImpérioAdvento da República

III CICLO REVOLUCIONÁRIORevolução Nacionalista de Chiang-Khai-shek

IV CICLO REVOLUCIONÁRIOA Grande Marcha de Mao Tsé TungA Revolução ComunistaO Grande Salto AdianteA Revolução Cultural

V CICLO REVOLUCIONÁRIODeng Xiao Ping e o fim do socialismo econômicoHintao e a Nova China do Século XXI

A Era dos Ciclos Revolucionários

Sun Yat-sen e a República (1912)

O Kuomintang, o Partido Nacionalista

Em 1908, o médico Sun Yat-sen funda o Partido Nacionalista (o Kuomintang) em oposição ao Império e à hegemonia estrangeira. Após a Revolução Democrática de 1911, é escolhido Presidente provisório a partir de 1º de janeiro de 1912.

Fundação do Partido Comunista Chinês em 1921

Sun Yat-sen morre em 1925

Em 1927 ocorre a Revolução Nacionalista e ascensão de Chiang-Kai-shek

A OCUPAÇÃO JAPONESA DE 1931

Em 18 de setembro de 1931, militares japoneses explodiram parte de uma ferrovia japonesa na Manchúria (hoje Shenyang) colocando a culpa nos chineses. A sabotagem, conhecida como Incidente da Manchúria, era o motivo que o Japão queria para invadir a China, o que acabou acontecendo em grande escala em 1937.

A GUERRA SINO-JAPONESA DE 1937 E O MASSACRE DE NANQUIM EM 1938

O príncipe Asaka

A Grande Marcha de 1935 e a Revolução Comunista de 1949

Negociações entre maoístas e nacionalistas (Mao x Zang Zyong) em 1945, na presença do Embaixador dos EUA, Patrick Hurley

A Grande Marcha: 6.000 km

Mao na Grande Marcha

Mao e a Revolução Comunista de 1949: do triunfo à tragédia e da tragédia à mudança de rumos.

Em um período de 30 anos, a Revolução Maoísta (1949-1979):

1) Dissolveu e desmontou as elites do país, varrendo todos os vestígios de influência cultural da velha aristocracia e do Ocidente

2) Valorizou a alfabetização e o ensino fundamental, com restrições ao desenvolvimento da ciência e tecnologia e à especialização no ensino superior

3) Encorajou o aumento do número de filhos, no período maoísta a população saltou de 550 para 900 milhões

3) Houve forte condenação ideológica de todas as formas de ganho individual e de especialização e do desenvolvimento da tecnologia, que se constituíam em fatores de desigualdade social

4) Concentrou-se fortemente nos setores de indústria pesada e energia

5) Colocou em segundo plano a indústria de bens intermediários (fertilizantes químicos, petroquímica e aços finos) e bens de consumo

6) Apresentou baixa produtividade no setor de produção de alimentos e na indústria de consumo em geral, por ausência de intercâmbio, apropriação de tecnologia e competitividade

7) Fracassou rotundamente ao empreender a industrialização forçada com o plano econômico denominado O Grande Salto Adiante (1957-1961)

O Grande Salto Adiante (1957-1961), que pretendia uma comunização radical, fracassou rotundamente e levou a China à pior fome de todos os tempos (30 milhões de pessoas passaram fome, segundo o Prêmio Nobel de Economia Michael Spence): como reação, deu-se o recrudescimento do regime e o advento da Revolução Cultural.

A Revolução Cultural: ultrarradicalização sob o comando da Camarilha dos Quatro. Mesmo pretendendo um efeito político, acabou aprofundando a estagnação econômica. O Livro Vermelho de Mao e a Guarda Vermelha foram os instrumentos desse período de intensificação revolucionária da luta de classes.

A morte de Mao Tsé-tung (1976) e a ascensão de Deng Xiao Ping

Este homem mudou os rumos da história mundial com uma frase

Deng Xiao Ping: “É preciso caçar o rato, não importa a cor do gato”.

Prisão e condenação da Camarilha dos Quatro, que era liderada pela mulher de Mao Tsé-tung, pela prática de abusos e atrocidades durante a Revolução Cultural Proletária

As “Quatro Modernizações”:

Indústria

Agricultura

Ciência e Tecnologia

Forças Armadas

Terceira Plenária do 11º Comitê Central do Partido Comunista Chinês (1978) A plenária concluiu que, sendo vitoriosa a luta contra a Camarilha dos Quatro, a ênfase do trabalho do partido deveria mudar para a modernização econômica a partir de 1979.

1978, a grande mudança de rumo: a abertura para a economia de mercado

As reformas Um país, dois sistemas (as zonas econômicas)

Livre iniciativa

Da produção coletiva para a produçãoindividual

Propriedade privada

Direito ao lucro

Competição e liberdade de preço

Liberdade para o ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras

Formação de elites intelectuais no exterior para puxar o desenvolvimento

Liberdade para o investimento estrangeiro

Evolução da renda per capita antes do Programa das Quatro Modernizações.

(Dados colhidos junto ao Fundo Monetário Internacional em 12 de abril de 2012.)

Passou a ser de 5.413 dólares

Era de 400 dólares antes de 1978

A idiossincrasia social, política e ideológica da China: Partido Comunista (partido único) e Capitalismo selvagem.

Regime político totalitário de partido único

(Partido Comunista Chinês)

Sistema econômico

capitalista desprovido de direitos sociais

Quais são as consequências desta mescla:Capitalismo

sem Democracia?

A manifestação de 1989 na Praça Tiananmen

Vide resposta no vídeo “China Blue”, no seguinte endereço:

http://www.youtube.com/watch?v=Wu5VG-pA8aE

Como é Capitalismo

sem Democracia?

Vide Direitos humanos e sociais / Meio-ambiente / Democracia

O MASTODONTE ECONÔMICO E A NOVA LÓGICA INTERNACIONALO planeta está sendo virado de cabeça pra baixo. O mundo desenvolvido desaba. Países em desenvolvimento explodem em crescimento. Mas há algo curioso. Vejam: durante todo o final do século passado, ao longo dos duros anos 80 e 90, dissemos e repetimos à exaustão que era preciso que o Brasil revolucionasse sua matriz exportadora. Era preciso apropriar tecnologia e agregar qualidade competitiva à indústria brasileira para avançar sobre novos quadrantes do mercado mundial. O Brasil não pode ser apenas um vendedor de commoditties ou produtos primários para o mundo. Esso foi e continua sendo inteiramente uma lógica incontestável. No entanto, há algo de novo acontecendo nos oceanos e nós não percebemos claramente ainda. Há um supertransatlântico econômico movendo poderosamente suas engrenagens e, de certo modo, fazendo com que toda essa lógica ganhe um novo sentido. A China atingiu um PIB de 7,46 trilhões de dólares em 2011. O Japão e a Alemanha, que foram ultrapassados na última década, jamais voltarão a encostar na China. A China assusta com seu crescimento irresistível: 9,11% no ano passado. A grande Alemanha? Não foi além de um crescimento de 3%. O Brasil? Não mais do que 2,8%. O gigante oriental dá um passo e faz tremer as camadas mesozóicas da Terra. Essa megapotência impõe-se duramente aos parceiros: os produtos industrializados brasileiros têm enorme dificuldade de acesso ao mercado chinês. A estratégia comercial da Chna é simples: estreita o gargalo de entrada de nossos produtos industrializados lá e, em contrapartida, compra quantidades colossais de minério de ferro e soja para alimentar sua indústria e sua população de 1 bilhão e 400 milhões de seres - amplia com nossa matéria-prima seus empregos industriais e reduz a fome de sua vastidão demográfica. A garganta voraz da China estabeleceu elevou o patamar de preços dessas commoditties. E - pelo menos temporariamente - o Brasil ganha com isso. O supertransatlântico é, ao mesmo tempo, uma superlocomotiva. Uma superlocomotiva que exerce sua posição dominante e não dá muitas opções aos vagões que se engajam em seu vasto e poderoso comboio. A Fundação de Economia e Estatística do RGS noticiou que foi a soja que sustentou o crescimento das nossas exportações em 2011. Um dos maiores compradores: a China. Há um terremoto geoeconômico no mundo - com certeza. A premissa de que precisamos ampliar nossa pauta industrial de exportações continua sendo rigorosamente irrefutável. Estamos, no entanto, submetendo-nos aos termos de intercâmbio impostos pelo poderoso dragão chinês. E aceitando um papel subalterno no tabuleiro mundial, que contraria a lógica que sustentamos por tantos anos. Para o novo tabuleiro, somos um país de commoddities. Lamentável... Por outro lado, sou obrigado também a reconhecer: se o Brasil não fosse grande produtor de alimentos e minério...não sei, não...talvez estivéssemos descarrilados.

PROPAGANDA OFICIAL DO MAOÍSMO: ACEITAÇÃO DA ÉTICA DO ARMAMENTO INFANTILNa China de 1975, a ética revolucionária fazia aceitável que crianças convivessem com armas de fogo. Reproduzia-se, então, a lógica secular do isolamento político e a manutenção do regime exigia um povo armado.A China de 2012 é a segunda economia do mundo.A China de hoje é o mastodonte econômico que puxa a locomotiva do século XXI.

Posters oficiais do maoísmo:na China de 2012, aberta para o mundo, ensinar crianças e adolescentes a usar armasseria moralmente reprovável.

Questões geopolíticas atuais:

Taiwan Tibet Hong Kong Macau