Chik v

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Ministério da Saúde: Secretaria de Atenção à Saúde – SAS Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz Secretaria de Estado de Saúde do RS Secretarias Municipais de Saúde do RS Porto Alegre, 01/10/2014

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Ministério da Saúde:

Secretaria de Atenção à Saúde – SAS

Secretaria de Vigilância em Saúde –

SVS

Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz

Secretaria de Estado de Saúde do RS

Secretarias Municipais de Saúde do RS

Porto Alegre, 01/10/2014

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Chikungunya:

Dúvidas mais frequentes

Rivaldo Venâncio da Cunha

UFMS e FIOCRUZ - MS

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Vamos conversar sobre:

A crônica da epidemia anunciada;

Aspectos gerais da doença;

Dinâmica de transmissão e espectro clínico;

Manejo clínico dos casos.

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Fontes de consultas:

Chikungunya Virus – An Emerging Threat to the Americas - CDC – Centros para controle e prevenção de doenças (USA);

Guía de manejo clínico para la infección por el virus chikungunya (CHIKV) - Ministerio de Salud Pública - Santo Domingo, República Dominicana, 2014;

Preparação e Resposta à Introdução do Vírus Chikungunya no Brasil, Ministério da Saúde do Brasil.

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Chikungunya:

A crônica de uma

epidemia anunciada

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Origem do vírus e da doença

O nome chikungunya deriva de uma palavra em Makonde, dialeto de um grupo étnico que vive no sudeste da Tanzania e no norte de Moçambique;

Significa aproximadamente “aquele que se curva”, descrevendo a aparência encurvada de pacientes que sofrem de artralgia intensa.

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Vírus chikungunya

Vírus RNA de fita simples;

Gênero Alfavirus

Família Togaviridae

Isolado pela 1ª. vez durante epidemia ocorrida na Tanzania em 1952-1953.

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Susceptibilidade / imunidade

Por se tratar de doença nova no Brasil, não há imunidade naturalmente adquirida;

A susceptibilidade é total, logo, todas as faixas etárias são passíveis de infecção;

Não há vacina, logo......

A imunidade de longa duração somente será obtida por meio da infecção natural.

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Mosquitos vetores

Predominantemente Aedes aegypti e Aedes albopictus;

Também transmissores de dengue;

Amplamente distribuídos por todas as Américas;

Fazem o repasto principalte durante o dia.

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Reservatórios do vírus

Durante epidemias, os seres humanos são os principais reservatórios do vírus;

Interepidemias, diversos vertebrados podem atuar como reservatórios:

Primatas não-humanos;

Roedores;

Pássaros e

Pequenos mamíferos

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Transmissão no ciclo urbano

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Dinâmica de transmissão

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Outras formas de transmissão

Raramente documentadas:

Transmissão intrauterina resultando em aborto;

Transmissão intraparto de mãe virêmica para bebê;

Seringa / agulha percutânea;

Exposição em laboratório

Possibilidade Teórica:

– Transfusão sanguinea

– Transplantes de órgãos ou tecidos

Não há evidência do vírus em leite materno

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Aspectos gerais da doença

É uma doença viral transmitida por mosquitos, caracterizada por febre de início agudo e poliartralgia grave;

Frequentemente ocorre em grandes epidemias com altas taxas de ataque;

As epidemias ocorriam em países da África, Ásia, Europa e dos Oceanos Índico e Pacífico;

No final de 2013 foram registrados os primeiros casos autóctones nas Américas (em países do Caribe).

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Chikungunya nas Américas

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Espectro da infecção

Formas

ATÍPICAS

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Infecção pelo vírus Chikungunya

A maioria das pessoas infectadas (72% a 97%) desenvolvem sintomas clínicos;

O período de incubação normalmente é de 3 a 7 dias (variando de 1 a 12 dias);

Os sintomas clínicos primários são febre e poliartralgia.

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Desfechos clínicos Normalmente os sintomas agudos regridem em

7 a 10 dias;

A mortalidade é rara; ocorre principalmente em idosos;

Alguns doentes tem recaídas dos sintomas reumatológicos nos meses seguintes a doença aguda;

Estudos relatam % variáveis de pacientes com dores articulares que persistem por meses ou anos.

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Formas agudas

Febre:

– De início abrupto

– Normalmente ≥ 39º

Poliartralgia (dores articulares):

– Frequentemente graves e debilitantes

– Envolve multiplas articulações

– Normalmente simétricas e bilaterais

– Mais comuns em mãos e pés

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Formas agudas

Poliartralgia (dores articulares):

Podem ocorrer edemas articulares, por vezes associados a tenossinovites;

Com frequência os pacientes podem ficar incapacitados para tarefas cotidianas como cozinhar e dirigir, devido à dor, sensibilidade, inflamação e rigidez;

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Outros sinais e sintomas das formas agudas

Dor de cabeça

Mialgia

Artitrite

Conjuntivite

Náuseas/vômitos

Exantema maculopapular

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Exantema

Surge geralte entre o 2º. e o 5º. dia após o início da febre em +/- 50% dos casos

É tipo maculopapular mais em tronco e extremidades, embora também possa acometer palmas, plantas e face;

Algumas vezes pode se apresentar como um eritema difuso que desaparece à pressão;

Em crianças menores, as lesões vesiculobolhosas são as manifestações cutâneas mais comuns.

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Poliartrites nas formas agudas

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Achados laboratoriais inespecíficos

Não há alterações hematológicas características

Linfopenia

Plaquetopenia discreta

Elevação de creatinina

Elevação de transaminases

VHS e Proteína C Reativa pouco elevadas

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Formas subagudas

Após 7 a 10 dias o quadro agudo regride

Após a fase aguda, em um grupo de pessoas o quadro pode ser exarcerbado

Dura de dois a três meses com:

Poliartrite distal,

Exacerbação das dores articulares e

Tenossinovite hipertrófica subaguda em punhos e tornozelos,

Depressão e cansaço.

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Formas subagudas Poliartrite distal persistente

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Formas subagudas Tenossinovite

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Formas crônicas

Dois a três meses após o início do quadro

Poliartrite distal (nas mesmas articulações acometidas durante as fases aguda e subaguda),

Alguns apresentam ARTROPATIAS graves, deformantes,

Exacerbação das dores articulares e

Depressão e cansaço.

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Formas crônicas

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Manifestações atípicas:

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Fatores de risco para hospitalização ou manifestações atípicas

Neonatos expostos intraparto;

Idosos acima de 65 anos de idade;

Comorbidades (diabetes, HAS ou doença cardiovascular)

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Diagnóstico diferencial

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Diagnóstico laboratorial

Cultura para vírus (NB3);

RT-PCR

Sorologia para detecção de IgM e posterior confirmação por anticorpos neutralizantes;

Sorologia evidenciando aumento de 4x nos títulos de Ac em amostras pareadas (PRNT ou IFA);

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Tempo ideal para cada técnica

Técnica de diagnóstico

Dias após o início dos sintomas

Cultura viral ≤ 3 dias

RT-PCR ≤ 8 dias

Detecção de IgM ≥ 4 dias

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Tratamento da forma aguda

Não tem tratamento específico;

Só sintomáticos para aliviar a febre e as dores:

Acetaminofeno (paracetamol);

Dor Artrítica que não melhora com acetaminofeno, dar:

Ibuprofeno, naproxeno ou outro AINE;

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Tratamento da forma aguda

Aspirina não é recomendada;

Se não aliviar com a conduta acima, avaliar uso de narcóticos ou corticosteróides!

Recomendar repouso absoluto;

Recomendar hidratação!!

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Tratamento das formas subagudas e crônicas

A plena recuperação pode ser lenta em um % de doentes (um ano ou mais !!!);

Artrite periférica debilitante: pode ser necessário o uso de corticosteroides de curta duração;

Fisioterapia para casos que apresentem artralgia e rigidez articular.

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Axé prá todos

nós!

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