CHARAUDEAU 03.pdf

4
Entrevista Calidoscópio Vol. 10, n. 3, p. 328-331, set/dez 2012 © 2012 by Unisinos - doi: 10.4013/cld.2012.103.09 O entrevistado, neste número da Calidoscópio, é Patrick Charaudeau, criador da teoria Semiolinguística. Ele é atualmente Professor Emérito da Universidade de Paris-Nord (Paris 13), diretor-fundador do Centro de Análise de Discurso (CAD), pesquisador do Centre National de la Recherche Scienti que a (CNRS) e membro do Collège Iconique do Institut Nationel de l´Audiovisuel (INA). Um dos temas de interesse do grupo de pesquisas coordenado pelo Prof. Charaudeau é a midiatização da ciência, assunto de investigação também do grupo Popularização da Ciência na Mídia: Perspectivas Linguístico-Discursivas, coordenado pela Profª Maria Eduarda Giering, no Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada (PPGLA) da Unisinos. Em novembro de 2012, Charaudeau esteve na Unisinos, onde ministrou o seminário Controvérsias Cientícas e Midiatização da Ciência e proferiu a pa- lestra intitulada Da Linguística da Frase à Linguística do Discurso, no PPGLA, ocasião em que a Profª Maria Eduarda o entrevistou. A bibliograa completa assim como alguns arquivos com artigos integrais do Prof. Charaudeau podem ser encontrados em seu site pessoal: http://www.patrick-charaudeau.com/. Maria Eduarda Giering (MEG): Sobre o ques- tionamento que ocupa os linguistas estudiosos do discur- so de popularização da ciência, se existe ou não de um continuum entre o discurso de divulgação cientíca em geral e o discurso de midiatização cientíca em particular, embora o senhor reconheça que a resposta não é simples, sua posição sobre a questão – na obra La médiatisation de la science (Charaudeau, 2008a) - é a de que ocorre ruptura e não continuidade entre, de um lado, o discurso cientíco e, de outro, os discursos de divulgação e de midiatização da ciência. Poderia esclarecer melhor no que consiste esta ruptura? Patrick Charaudeau (PC): É importante fazer uma diferenciação entre o discurso de divulgação e o discurso de midiatização. É uma questão de contrato. O discurso de divulgação tem como nalidade revelar o resultado de uma lei cientíca, do funcionamento de um fenômeno particular, e dos processos experimentais pelos quais a pesquisa passou para estabelecer um saber técnico: um fenômeno estudado pela física, pela biologia, pela química, pela astrofísica, etc. A instância público a que se dirige o discurso “não sabe”. Não sabe em diferentes graduações de “saber” e “não saber”, razão pela qual há diferentes suportes de divulgação (revistas, manuais de instruções), segundo o grau de conhecimento do público. Por isso, a instância produtora do discurso de divulgação tem a perspectiva de construir um dis- curso explicativo o mais claro possível, com graus de explicitação variáveis segundo o tipo de público ao qual se dirige. Com isso, o divulgador passa a ocupar uma posição parecida com a de um tradutor: deve ser o mais el possível aos dados do saber cientíco e ao texto que os expõe, e deve reformular da forma mais clara possível os termos, levando em conta o destinatário que imagina. Nessa perspectiva pedagógica e nesse contrato pode-se dizer que há certa continuidade entre o texto cientíco e o texto de divulgação. No caso da midiatização da ciência, o contrato é diferente: é o contrato midiático que se impõe ao Maria Eduarda Giering [email protected] Patrick Charaudeau [email protected] Entrevista com Patrick Charaudeau 1 Interview with Patrick Charaudeau 1 Tradução das respostas (escritas em Espanhol): Natália Labella, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Unisinos e Professora do Instituto Federal Rio Grande do Sul (IFRS), Câmpus Porto Alegre.

Transcript of CHARAUDEAU 03.pdf

  • Entrevista

    CalidoscpioVol. 10, n. 3, p. 328-331, set/dez 2012 2012 by Unisinos - doi: 10.4013/cld.2012.103.09

    O entrevistado, neste nmero da Calidoscpio, Patrick Charaudeau, criador da teoria Semiolingustica. Ele atualmente Professor Emrito da Universidade de Paris-Nord (Paris 13), diretor-fundador do Centro de Anlise de Discurso (CAD), pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifi que a (CNRS) e membro do Collge Iconique do Institut Nationel de lAudiovisuel (INA). Um dos temas de interesse do grupo de pesquisas coordenado pelo Prof. Charaudeau a midiatizao da cincia, assunto de investigao tambm do grupo Popularizao da Cincia na Mdia: Perspectivas Lingustico-Discursivas, coordenado pela Prof Maria Eduarda Giering, no Programa de Ps-Graduao em Lingustica Aplicada (PPGLA) da Unisinos. Em novembro de 2012, Charaudeau esteve na Unisinos, onde ministrou o seminrio Controvrsias Cientfi cas e Midiatizao da Cincia e proferiu a pa-lestra intitulada Da Lingustica da Frase Lingustica do Discurso, no PPGLA, ocasio em que a Prof Maria Eduarda o entrevistou. A bibliografi a completa assim como alguns arquivos com artigos integrais do Prof. Charaudeau podem ser encontrados em seu site pessoal: http://www.patrick-charaudeau.com/.

    Maria Eduarda Giering (MEG): Sobre o ques-tionamento que ocupa os linguistas estudiosos do discur-so de popularizao da cincia, se existe ou no de um continuum entre o discurso de divulgao cientfi ca em geral e o discurso de midiatizao cientfi ca em particular, embora o senhor reconhea que a resposta no simples, sua posio sobre a questo na obra La mdiatisation de la science (Charaudeau, 2008a) - a de que ocorre

    ruptura e no continuidade entre, de um lado, o discurso cientfi co e, de outro, os discursos de divulgao e de midiatizao da cincia. Poderia esclarecer melhor no que consiste esta ruptura?

    Patrick Charaudeau (PC): importante fazer uma diferenciao entre o discurso de divulgao e o discurso de midiatizao. uma questo de contrato. O discurso de divulgao tem como fi nalidade revelar o resultado de uma lei cientfi ca, do funcionamento de um fenmeno particular, e dos processos experimentais pelos quais a pesquisa passou para estabelecer um saber tcnico: um fenmeno estudado pela fsica, pela biologia, pela qumica, pela astrofsica, etc. A instncia pblico a que se dirige o discurso no sabe. No sabe em diferentes graduaes de saber e no saber, razo pela qual h diferentes suportes de divulgao (revistas, manuais de instrues), segundo o grau de conhecimento do pblico. Por isso, a instncia produtora do discurso de divulgao tem a perspectiva de construir um dis-curso explicativo o mais claro possvel, com graus de explicitao variveis segundo o tipo de pblico ao qual se dirige. Com isso, o divulgador passa a ocupar uma posio parecida com a de um tradutor: deve ser o mais fi el possvel aos dados do saber cientfi co e ao texto que os expe, e deve reformular da forma mais clara possvel os termos, levando em conta o destinatrio que imagina. Nessa perspectiva pedaggica e nesse contrato pode-se dizer que h certa continuidade entre o texto cientfi co e o texto de divulgao.

    No caso da midiatizao da cincia, o contrato diferente: o contrato miditico que se impe ao

    Maria Eduarda [email protected]

    Patrick [email protected]

    Entrevista com Patrick Charaudeau1Interview with Patrick Charaudeau

    1 Traduo das respostas (escritas em Espanhol): Natlia Labella, doutoranda do Programa de Ps-Graduao em Lingustica Aplicada da Unisinos e Professora do Instituto Federal Rio Grande do Sul (IFRS), Cmpus Porto Alegre.

  • 329Entrevista com Patrick Charaudeau

    Vol. 10 N. 03 set/dez 2012

    cientfi co e no o contrrio. O contrato miditico quando se trata de informao tem duas lgicas como fi nalidade: uma lgica de credibilidade e uma lgica de captao. E, muitas vezes, a segunda que se sobressai primeira, a qual consiste em dramatizar a informao. Por outro lado, o pblico muito mais heterogneo do que no discurso de divulgao. Aqui, se h diferenas na forma de explicitar a informao, isso se deve ao tipo de pblico que o rgo miditico imagina atender. Isso faz com que o discurso que se implementa nesse caso consista mais em fazer um relato sobre a faanha do descobrimento, as difi culdades que os pesquisa-dores encontraram, os resultados extraordinrios e as possveis aplicaes que revolucionariam a vida. Nessa perspectiva de construo dramatizante, pode-se dizer que h uma ruptura entre o texto cientfi co e sua relao miditica.

    MEG: Ao fazer um balano sobre a midiatizao da cincia, o senhor comenta que se passou da viso tra-dicional dos anos 70, quando a academia acreditava que apenas os especialistas eram detentores do saber, para um momento atual, em que o saber cientfi co fi nalmente posto em questo pelos leigos. O senhor adverte, porm, sobre o perigo de se cair num populismo generalizado. Poderia falar um pouco sobre isso?

    PC: Trata-se de uma suposio, de uma hiptese. O que se observa atualmente a predominncia dos meios de informao em seu af de captar a maioria da audincia, desenvolvendo-se mais o aspecto dramtico da informao ao invs do aspecto srio, com base na presuno de que, ao se mostrar demasiadamente srio, perderia audincia. este o risco do populismo: apresen-tar-se a cincia apenas como uma aventura, levando os leitores ou os telespectadores a acreditarem na iluso de saber, quando, ao fi nal das contas, no se explica nada. Contudo, com a proliferao dos canais de televiso, necessrio investigar um pouco mais para ver quais so as diferentes maneiras de fazer esse tipo de programa. O certo que, na Frana, os canais de divulgao cien-tfi ca desapareceram e foram substitudos por debates sobre os grandes temas da sociedade que acabam dando lugar controvrsia.

    MEG: Tem-se observado sua preocupao em destacar a noo de sujeito do discurso, que, alis, sempre ocupou uma posio central em seus trabalhos. Por que importante, atualmente, retomar a noo de sujeito do discurso?

    PC: Eu fao parte de uma gerao que foi se formando durante o desenvolvimento da lingustica, da semitica e da antropologia estrutural, da apario da te-oria gerativa, da sociolingustica, da pragmtica, enquanto paralelamente se implementava uma nova fi losofi a e uma nova sociologia. Desse modo, os estudantes da minha

    gerao frequentaram as aulas de Pottier, Greimas, Ducrot, Barthes, Foucault, Lvi-Strauss, etc.

    Portanto, passei por vrias teorias e metodologias: gramaticais, lexicais, textuais, comunicativas, e tive v-rios momentos de anlises, desde as mais empricas at as mais tericas.

    H bastante tempo privilegio estudos que es-tabelecem relaes entre os fatos discursivos (verbais ou icnicos) e os fenmenos da comunicao social, razo pela qual meu trabalho muito interdisciplinar. Tento estabelecer relaes entre os fatos lingusticos e as caractersticas das situaes de comunicao social, em consonncia com as condies sociodiscursivas da produo da linguagem, passando por teorias do sujeito falante e dos gneros discursivos.

    Da a importncia da noo de sujeito que eu co-loco no corao de toda atividade de linguagem. Desde o estruturalismo, passando tambm pelo cognitivismo, pela pragmtica de Searle e Austin, e pela anlise do discurso da primeira fase fundada na busca da ideologia escondi-da nos textos, o sujeito no existia. Tudo era visto como se fosse a sociedade quem falasse e sobredeterminasse totalmente o sujeito. uma postura que faz do sujeito um escravo da ideologia. Para mim, o sujeito , ao mes-mo tempo, determinado por uma srie de condies de produo, umas de ordem situacional, outras de ordem cognitiva, livre para jogar com estratgias discursivas visando individualizar-se: no h sujeito que no busque o fazer-se existir.

    MEG: Quando estudamos os componentes do dispositivo da comunicao, presente na sua Grammaire e, entre outros textos, no captulo Os modos de organi-zao do discurso da obra Linguagem e Discurso (Cha-raudeau, 2008b), encontramos, antecedendo os Modos de Organizao Descritivo, Narrativo e Argumentativo, o Modo de Organizao Discursivo Enunciativo. O senhor destaca e justifi ca o posicionamento do Enunciativo ante os demais Modos, afi rmando que ele tem uma vocao essencial, que a de dar conta da posio do locutor com relao ao interlocutor, a si mesmo e aos outros o que resulta na construo de um aparelho enunciativo; por outro lado, e em nome dessa mesma vocao, esse Modo intervm na encenao de cada um dos trs ou-tros Modos de organizao. E por isso que se pode dizer que este Modo comanda os demais (Charaudeau, 2008b, p. 74). Mas seria o Enunciativo realmente um Modo, classifi cado na mesma ordem dos outros Modos de Organizao, se todo ato de linguagem se compe de um propsito referencial que est encaixado num ponto de vista enunciativo do sujeito falante (Charaudeau, 2008b, p. 82).

    PC: Eu gostaria de voltar dimenso enunciati-va porque, do meu ponto de vista, ela que estabelece a ligao entre a lingustica da lngua e a lingustica

  • 330 Maria Eduarda Giering, Patrick Charaudeau

    Calidoscpio

    2 Ver Charaudeau (2008c).

    do discurso. Sabemos que h duas concepes de enunciao, conforme a consideremos do ponto de vista da lngua ou do discurso, ambos intimamente ligados.Do ponto de vista da lngua, a enunciao foi defi nida pelos textos, considerados como fundadores, de Emile Benveniste. Esse autor coloca a presena dos sujeitos eu e tu como determinante do prprio ato de linguagem, na medida em que falar envolve sempre um locutor eu dirigindo-se a um interlocutor tu (individual ou coletivo, presente ou ausente), o qual pode, por sua vez, tomar posse da palavra. Estabelece-se assim, entre eles, uma relao de reciprocidade no simtrica: no h eu sem tu, no h tu sem eu. A partir desse princ-pio de funcionamento da linguagem que determina a presena do homen na lngua Benveniste descreve o que ele chama de aparelho formal da enunciao, ou seja, o conjunto de formas e sistemas lingusticos que exprimem de um modo ou de outro os diferentes posicionamentos do sujeito falante em relao a seu interlocutor e o que ele diz. Assim encontramos no centro desse aparelho formal os pronomes pessoais de 1 e 2 pessoas (posicionamento dos locutores), os tem-pos verbais e os advrbios de tempo (posicionamento no tempo), os diticos (posicionamento em relao ao espao), os verbos, os advrbios de modalidade e o discurso reportado (posicionamento em relao ao enunciado), e, enfi m, os adjetivos afetivos (posiciona-mento em relao subjetividade do locutor).

    Do ponto de vista do discurso, a enunciao en-globa a totalidade do ato de linguagem. A enunciao agora um processo pelo qual um sujeito falante coloca em cena seu dizer, em funo de diversos parmetros: a situao de comunicao em que ele se encontra, a imagem que ele faz de seu interlocutor para calcular os efeitos que ele quer produzir sobre o outro, o universo do saber que ele julga compartilhar com seu interlocutor e aquele que ele quer lhe transmitir. Dito de outro modo, o sujeito falante procede enunciao de seu ato de linguagem, como j dissemos, em funo das instrues discursivas que os componentes da situao de comu-nicao lhe do, recorrendo ao aparelho de enunciao que o sistema lingustico lhe fornece, e este, aos fi ns de legitimao, de credibilidade e de captao, que so as trs perspectivas que caracterizam o ato de linguagem como ato de comunicao2.

    Duas defi nies de enunciao, porm, se articu-lam, como veremos. A concepo discursiva predomina uma vez que ela que determina o ato de linguagem em situao, mas com a ajuda da concepo lingustica que fornece ao sujeito falante o aparelho de marcas lingusticas com as quais ele contar para se expressar. O linguista do discurso nisso diferente do linguista da

    lngua, porque deve dar uma confi ana apenas relativa s marcas verbais. Ele diz que deve buscar o sentido para alm do emprego das palavras e das construes frasais. Vamos ver, atrs da mscara da manifestao enunciativa ou de seu apagamento, o sentido discursivo escondido.

    Em resumo, diremos que todo ato de linguagem depende de um dispositivo comunicacional que d instrues discursivas ao sujeito falante, em funo do qual ele proceder a uma enunciao. O dispositivo faz parte das condies contratuais de produo do ato de linguagem, mas no constitui sua totalidade. por isso que convm distinguir ato de comunicao (englobador) e ato de enunciao (especificador), e da situao de comunicao e situao de enunciao. A primeira constituda por parmetros que consti-tuem o dispositivo scio-comunicacional que d as instrues ao sujeito falante; a segunda o resultado do modo como o sujeito falante utiliza essas instrues para coloc-las em cena.

    MEG: A comunicao atualmente se faz cada vez mais por meios virtuais, nos quais frequentemente a identidade dos parceiros da comunicao desco-nhecida. Como a Semiolingustica lida com esta nova realidade?

    PC: Ainda no estudei esta questo. Trata-se de uma questo importante, e precisamos sugerir aos alunos de mestrado e doutorado que renam corpora de textos que circulam na internet para analis-los segundo certos critrios de construo de crpus. Efetivamente, entre as particularidades que aparecem primeira vista est a ausncia de identidade dos protagonistas que comunicam. Mas tambm aqui h graus de identidade, porque uma parte da comunicao pelo Facebook ocorre entre amigos. necessrio pesquisar.

    MEG: Como o senhor v os estudos em Lin-gustica Aplicada (LA) hoje? Qual o papel da LA atualmente?

    PC: J afi rmei em mais de uma ocasio que no gosto da denominao Lingustica Aplicada. A lingustica no se aplica; na verdade, recorremos s suas contribuies para ver em que medida ela pode ser til para o objetivo que pretendemos alcanar. Por exemplo, no campo do ensino de lnguas (materna e estrangeira), h objetivos que implicam uma srie de obrigaes concretas que variam segundo o nvel de ensino, a matria, as circunstncias educativas: , uma vez mais, uma questo de contrato de comunicao. Ento, em funo desse contrato e de todas as condies de ensino, pode-se recorrer aos dados e s explicaes

  • 331Entrevista com Patrick Charaudeau

    Vol. 10 N. 03 set/dez 2012

    Maria Eduarda GieringUniversidade do Vale do Rio dos SinosAv. Unisinos, 950, Cristo Rei93022-000, So Leopoldo, RS, Brasil

    Patrick CharaudeauCollge Iconique do Institut Nationel de lAudiovisuel (INA)4 avenue de lEurope94366 Bry-sur-Marne, Paris, France

    que as cincias da linguagem propem, mas com o objetivo de adapt-las realidade pedaggica e no de aplic-las de maneira sistemtica.

    Nesse aspecto, minha Grammaire du sens et de lexpresion (Charaudeau, 1992), adaptada em parte por colegas brasileiros no livro Linguagem e Discurso, no mais do que uma proposta, uma caixa de ferramentas que pode servir para solucionar problemas de ensino e de anlise.

    Referncias

    CHARAUDEAU, P. 2008a. La mdiatisation de la science. Bruxelas: De Boeck, 128 p.

    CHARAUDEAU, P. 2008b. Linguagem e discurso: modos de organi-zao. So Paulo: Contexto, 256 p.

    CHARAUDEAU, P. 1992. Grammaire du sens et de lexpression. Paris, Hachette, 927 p.

    CHARAUDEAU, P. 2008c. Largumentation dans une problmatique de linfl uence. Argumentation et Analyse du Discours. Disponvel em: http://aad.revues.org/171. Acesso em: 07/112012.