Chao de Fabrica Layout

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  FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MACAÉ – FUNEMAC FACULDADE PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS CHÃO-DE-FÁBRICA -  LAYOUT  Grupo: C.E.O. James Edward Ponte Martun g (2° – A DM) Leonardo Soares Gomes (3° – E.P.) Paola de Pinho Palhais (2° – E.P.) MACAÉ, RJ DEZEMBRO - 2010

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE MACAÉ – FUNEMAC

FACULDADE PROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS

CHÃO-DE-FÁBRICA -  LAYOUT  

Grupo: C.E.O.

James Edward Ponte Martung (2° – ADM)

Leonardo Soares Gomes (3° – E.P.)

Paola de Pinho Palhais (2° – E.P.)

MACAÉ, RJ

DEZEMBRO - 2010

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CHÃO-DE-FÁBRICA -  LAYOUT  

Grupo: C.E.O.

James Edward Ponte Martung (2° – ADM)

Leonardo Soares Gomes (3° – E.P.)

Paola de Pinho Palhais (2° – E.P.)

PROJETO SEMESTRAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DA FACULDADEPROFESSOR MIGUEL ÂNGELO DA SILVA SANTOS (FeMASS) COMO PARTE DA

SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO POR PROJETOS (SAP).

Banca Examinadora:

_______________________________________________

Mauro Takao. (Orientador)

_______________________________________________

Juliane Claramunt

MACAÉ, RJ - BRASIL

DEZEMBRO - 2010

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RESUMO

A pesquisa concentra-se na conceituação existente do termo layout  descrita por

diversos autores, seus modelos principais (layout posicional, layout por processo, layout em

linha e layout celular), com respectivas vantagens, desvantagens e aplicações de cada tipo no

Chão-de-Fábrica, listando novas tendências. Após a apresentação serão descritas algumas

características que devem ser analisadas em um layout  após este ser implantado em uma

planta de produção, características tais como segurança, fluxo, flexibilidade e mão-de-obra.

PALAVRAS-CHAVE: Layout , Arranjo Físico, Organização, Planejamento.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Layout posicional.......................................................................................................12

Figura 2. Linha de montagem de avião.....................................................................................13

Figura 3. Layout por processo...................................................................................................14

Figura 4. Demonstração do fluxo complexo no layout em processo.......................................15

Figura 5. Layout em linha.........................................................................................................15

Figura 6. Linha de montagem em indústria automobilística....................................................16

Figura 7. Layout celular............................................................................................................17

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Conceitos de layout...................................................................................................10

Tabela 2. Vantagens e desvantagens quanto ao tipo de layout.................................................20

Tabela 3. Variedade e volume quanto ao tipo de layout ...........................................................22

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SUMÁRIO

1.  INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 7 1.1. OBJETIVOS .......................................................................................................................8 1.1.1.  Objetivo geral............................................................................................................. 8 1.1.2.  Objetivo específico..................................................................................................... 8 1.2. JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................9 1.3. METODOLOGIA........................................................................................................... 9 2.   LAYOUT – CARACTERÍSTICAS, APLICAÇÕES E COMPARAÇÕES ..................... 10 2.1. significado da palavra layout ......................................................................................... 10 2.2. conceito de layout ......................................................................................................... 10 2.3. PROCEDIMENTO DE ELABORAÇÃO DO LAYOUT ................................................ 11 2.4. TIPOS DE LAYOUT ..................................................................................................... 12 2.4.1.   Layout por posição fixa ............................................................................................12 2.4.2.   Layout por processo.................................................................................................. 13 2.4.3.   Layout em linha ........................................................................................................ 15 2.4.4.   Layout celular........................................................................................................... 17 2.4.5.   Layout misto e as novas formas de organização........................................................ 18 2.5. ELABORAÇÃO DE PROJETO DETALHADO........................................................... 19 2.5.1.  Resultados da implementação de projeto elaborado .................................................. 19 2.6. ANÁLISES COMPARATIVAS....................................................................................20 2.6.1.  Quanto ao tipo de layout ...........................................................................................20 2.6.2.  Quanto à variedade e o volume do produto ............................................................... 21 3.  CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 23 3.1. CONCLUSÕES............................................................................................................ 23 3.2. PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS............................................................... 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 25 APÊNDICE A – Chão-de-Fábrica e suas Transformações históricas .................................... 26 

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1.  INTRODUÇÃO

Com a Revolução Industrial iniciada na Inglaterra no Século XVIII e expandindo-seno Século XIX por todo o mundo, iniciou-se uma evolução tecnológica trazendo oportunidade

de emprego aos antigos artesãos e a pessoas que não possuíam habilidades artesanais, também

se verifica uma evolução na forma e controle da produção, que na era artesã, segundo Martins

(2006), era descrita como Produção Organizada.

A primeira grande transformação na forma de produção foi a substituição da força

humana ou animal pela máquina a vapor logo após sua invenção em 1764 feita por James

Watt. Neste momento observa-se uma tendência a padronização de produtos, surgindo

  juntamente com os seus respectivos projetos que passou a ser definido previamente àprodução.

Os primeiros estudos científicos e comprovados do funcionamento de uma fábrica

foram elaborados por Frederick Taylor, o qual observou o funcionamento e desenvolvimento

das fábricas, suas formas de produzir e de controlar a produção, tendo como base uma visão

da organização de forma administrativa. Após os estudos de Taylor, ocorreu o

desenvolvimento da linha de montagem por Henry Ford em 1910, desenvolvendo conceitos

novos sobre o modo de se produzir, aplicando suas ideias de organização em uma linha de

montagem, diretamente no Chão-de-Fábrica (ver Apêndice A).A partir dos estudos de Taylor e Ford verifica-se que a forma como se organiza uma

fábrica, tanto na esfera administrativa quanto na produção é determinante para conseguir o

máximo de produtividade e alcançar o sucesso. Essa organização é definida como Layout ou

arranjo físico.

O layout pode ser implementado em qualquer tipo de lugar onde exista a necessidade

de divisão, organização do espaço e fluidez de pessoas ou materiais, ele pode ser observado

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em plantações agrícolas, criação de animais, casa de espetáculo, shoppings, escritórios, enfim,

em qualquer lugar que necessite de uma organização.

Com as atenções voltadas para a Indústria, pode-se determinar que o layout da planta

de produção deva ser tratado com antecedência a sua instalação, pois é nesta fase que a

maioria das empresas destinam os seus recursos para equipamentos e instalações físicas,

segundo Tortorella e Fogliatto (2008) é na definição do layout que se estabelece uma

organização fundamental na produção e os padrões de fluxo de materiais, buscando resultados

a longo prazo, pois os custos para se re-projetar a planta são muito altos, tendo impacto

diretamente na produção, pois com a parada parcial ou total da produção para a re-

organização, tem-se uma re-adaptação ao novo fluxo de material e de pessoas entre outros.

Assim um layout  inicial correto é fundamental para a efetividade e eficiência operacional de

uma empresa.

1.1. OBJETIVOS

1.1.1.  Objetivo geral

Apresentação histórica do Chão-de-Fábrica, desde o surgimento das primeiras

organizações de trabalhadores para fins de produção de manufatura até os dias atuais,

mostrando quais foram as mudanças ocorridas fisicamente nos métodos de produção.

Aprofundar-se a cada projeto em áreas de atuação de um engenheiro de produção,

tais quais layouts, estudos de tempos e movimentos, PCP, entre outros, mostrando os avanços

e as mudanças que podem ser feitas e aplicadas nas indústrias da cidade de Macaé.

1.1.2.  Objetivo específico

Demonstrar a necessidade de se adequar um Layout à produção visando os impactos

que este tem diretamente na produção.

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Realizar a diferenciação dos layout s de forma a se entender as vantagens e

desvantagens de cada um.

1.2. JUSTIFICATIVA

A escolha do tema foi baseada na relação que os membros do grupo de pesquisa têm

como graduandos, com o modelo de produção aplicado às empresas nos dias atuais. O estudo

do tema permite o aprofundar de conhecimentos nos layout s de fábricas e seus impactos na

produção, proporcionando uma visão do Chão-de-Fábrica e um entendimento dos métodos

empregados em cada fase de construção do mesmo, tendo como finalidade uma melhorformação acadêmica e preparação profissional.

1.3. METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste projeto será a pesquisa bibliográfica com busca de

métodos já descritos em textos científicos, periódicos, livros e em material disponibilizado naInternet e, a partir deste ponto, distinguir as linhas de pensamentos e organizá-las

adequadamente.

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2.   LAYOUT – CARACTERÍSTICAS, APLICAÇÕES E COMPARAÇÕES

2.1. SIGNIFICADO DA PALAVRA LAYOUT  

Para Peinado e Graeml (2007, pg. 199) “A palavra de origem inglesa para arranjo

físico é layout .” e existe ainda uma grafia desta palavra em português, leiaute, porém esta não

é muito difundida no meio empresarial. Como o termo original é amplamente difundido, ele

será utilizado também nesta obra a fim de manter uma linguagem mais fidedigna da realidade,

porém quando necessário será utilizado o termo arranjo físico.

2.2. CONCEITO DE LAYOUT  

O termo layout é definido por vários autores de forma análoga e complementares

entre si, a tabela a seguir foi organizada por Peinado e Graeml (2007) e apresentam algumas

dessas definições:

Tabela 1 – Conceitos de Layout  Conceitos e Definições

Slack et. al. (2002) definem arranjo físico de uma operação produtiva como a preocupação com alocalização física dos recursos de transformação. De forma simples, definir o arranjo físico édecidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção.Stevenson (2001) considera que o arranjo físico é a configuração de departamentos, de centros detrabalho e de instalações e equipamentos, com ênfase especial na movimentação otimizada, atravésdo sistema, dos elementos aos quais se aplica o trabalho.Moreira (1998) lembra que planejar o arranjo físico significa tomar decisões sobre a forma decomo serão dispostos os centros de trabalho que ai devem permanecer.

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Gaither e Frazier (2001) dizem que definir o arranjo físico significa planejar a localização de todasas máquinas, utilidades, estações de trabalho, áreas de atendimento ao cliente, áreas dearmazenamento de materiais, corredores, banheiros, refeitórios, bebedouros, divisórias internas,escritórios e salas de computador, e ainda os padrões de fluxo de materiais e de pessoas quecirculam o prédio.Ritzman & Krajewski (2004) consideram, como os outros autores, que o planejamento do arranjofísico envolve decisões sobre as disposições dos centros de atividade econômica em uma unidade edefinem centro de atividade econômica como qualquer coisa que utiliza espaço: uma pessoa, umgrupo de pessoas, o balcão de um caixa, uma máquina, uma banca de trabalho e assim por diante.Gurgel (2003), em seu glossário de engenharia de produção, define arranjo físico como sendo aarte e a ciência de se converter os elementos complexos e inter-relacionados da organização damanufatura e facilidades físicas em uma estrutura capaz de atingir os objetivos da empresa pelaotimização entre a geração de custos e a geração de lucros.

FONTE: Peinado e Graeml, 2007, pg199.

A partir de todas as definições acima, pode-se obter uma definição de layout  

especificamente para o Chão-de-Fábrica, como sendo a melhor utilização do espaço

disponível de uma área produtiva resultando na transformação da matéria-prima em produtofinalizado de forma mais efetiva, através da menor distância percorrida na planta de produção,

no menor tempo possível, com a maior qualidade do produto, e principalmente mantendo o

bem-estar e segurança dos trabalhadores.

2.3. PROCEDIMENTO DE ELABORAÇÃO DO LAYOUT  

Com a evolução do mercado industrial, estudos relacionados ao Chão-de-Fábrica,

que podemos analisar no Apêndice A, e a grande demanda de mercadoria, ficou visível a

necessidade da elaboração e planejamento não somente de processos comuns à rotina de uma

empresa, assim como a forma com que suas máquinas e funcionários se dispõem no cenário

empresarial.

Segundo Martins e Leugeni (2002), existe previamente a determinação do layout a

ser utilizado, uma seqüência lógica que deve ser seguida para desenvolvimento do mesmo.

Assim a localização da unidade deve ser definida, sucedida da determinação da sua

capacidade de produção para depois pensar no layout .

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2.4. TIPOS DE LAYOUT  

Slack (2009), afirma que todo layout existentes derivam basicamente de quatro tipos

de comuns, podendo haver combinações que variam de acordo com a necessidade de cada

empresa:

•   Layout por posição fixa

•   Layout por processo

•   Layout em linha

•   Layout Celular

2.4.1.   Layout por posição fixa

O layout  por posição fixa, conhecido também por layout  posicional, é utilizado

sempre para produtos de grandes dimensões, localizados em apenas uma posição e não

podendo ocorrer à movimentação do mesmo. Todo o processo é realizado ao seu redor, assim

como a disposição de máquinas, pessoas e materiais, que estão exemplificados na figura 1.

Figura 1 – Layout posicionalFONTE: Adaptado de Groover (1987, pg. 29)

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Martins e Laugeni (2006) sugerem que este tipo de layout  deve ser utilizado para

construção de aviões de grande porte, navios, edifícios, foguetes, construções de estradas,

entre outros. Este layout possui alto valor agregado e baixa produção em termo de quantidade.

A figura 2 mostra uma fábrica de aviões e todos os equipamentos e pessoas ao seu redor para.

Figura 2 – Linha de montagem de aviõesFONTE: http://www.underflash.com/construindo-um-aviao-florida-one, 2010

Pode-se resumir o layout por posição em suas principais vantagens e desvantagens.

Afirma Peinado e Graelm (2007), que temos como vantagem a paralisação do produto o qual

se torna de fácil acesso para suas devidas alterações, a possibilidade de terceirização de

grande parte do projeto e a implementação de softwares e técnicas de controle da produção.

Temos grandes desvantagens relacionadas à necessidade de supervisão Geral, alto

custo de movimentação do produto, necessidade de galpões e áreas de tamanhos

proporcionais a serem construídos, complexa supervisão geral relacionada à mão-de-obra, e

conseqüentemente, devido a todos os empecilhos devido ao tamanho do produto, um baixo

volume de produção e padronização.

2.4.2.   Layout por processo

O layout  por processo, conhecido também por layout  funcional, de acordo com

Matins e Leugeni (2006), é quando se agregam processos e equipamentos de mesmas

operações em uma única área em comum, conforme demonstrado na figura 3.

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Figura 3 – Layout por processoFONTE: Adaptado de http://www.eps.ufsc.br/teses96/friedrich/figuras/fig1_1.gif 

Moacyr Filho (2007) afirma que o layout por processo é utilizado quando a produção

é intermitente, com produção de grande variação de peças e em lotes. Também é possívelanalisar um layout  por processo, fora de uma fábrica, facilmente em bancos, hospitais, e

supermercados, no qual o cliente é direcionado ao setor escolhido de acordo com sua

necessidade.

Neste tipo de layout  temos como vantagem, a supervisão especializada por

processos, que se torna mais eficaz ao ponto que está focada em apenas um setor. A grande

disponibilidade de máquinas idênticas utilizadas com a mesma finalidade auxilia na redução

da vulnerabilidade de paradas, quebras, e interrompimento da produção por falhas. Pelo fato

da produção ser em lotes, temos o aumento da produção estando todas as máquinas

funcionando continuamente.

De acordo com Peinado e Graelm (2007) o layout por processo tem a vantagem de

dar grande flexibilidade a produção, podendo o fluxo ser modificado facilmente de acordo

com a demanda. Outro ponto importante é o baixo custo de implementação deste tipo de

layout quanto à necessidade de cada máquina, podendo-se economizar ao agrupar máquinas

que precisam de necessidades semelhantes, assim como controle de gases, temperatura,

ambiente, entre outros.

A desvantagem observada na utilização do layout  por processo está relacionada a

distancia percorrida pela peça ao longo de todos os processos, entre cada estação de trabalho,

gerando assim um fluxo complexo, demonstrado na figura 4. Segundo Moacyr Filho (2007),

os estoques e as distâncias entre os processos de trabalho, acabam gerando lead time, que

seria o longo tempo que a produção leva até ser finalizada.

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Figura 4 – Demonstração do fluxo complexo no Layout em processoFONTE: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/lopes/cap2.html, 1998

2.4.3.   Layout em linha

Neste tipo de layout , conhecido também por layout por produto, o maquinário e as

estações de trabalho são dispostos na seqüência do processo de montagem, sem caminhos

alternativos para o fluxo produtivo. O produto percorre a linha de montagem, onde cada tarefa

da operação é realizada, conforme demonstrado na figura 5.

Figura 5 – Layout linhaFONTE: Adaptado de Groover (1987, pg. 29)

De acordo com Peinado e Graelm (2007), este tipo de layout permite maior rapidez

ao fluxo de produção de produtos cujo processo de fabricação ou de montagem seja

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padronizado, sendo indicado para indústrias cuja variedade de produtos não seja muito

elevada e cujos processos sejam padronizados, tais como a indústria alimentícia, a de

frigoríficos e a automobilística exemplificada na figura 6.

Figura 6 – Linha de montagem em indústria automobilísticaFONTE: http://www2.uol.com.br/interpressmotor/reportagem/item19442.shl 

A padronização de processos permite a redução do custo variável da produção,

barateando o produto, ao mesmo tempo em que proporciona a possibilidade de produção em

massa o que é justamente uma das vantagens deste tipo de layout . Outras vantagens são a

produção em larga escala, o consumo constante de material e o uso de equipamentos jáconhecidos, permitindo um maior controle da produtividade.

Entre as desvantagens, há a baixa variedade de produtos produzidos, assim como a

pouca flexibilidade da produção. Como as máquinas e equipamentos são padronizados, é

difícil alterar a linha para se produzir algo diferente. Além disso, se uma parte da linha para,

toda a linha é obrigada a parar a produção até que o problema seja resolvido. As estações de

trabalho devem ser bem supervisionadas para que o ritmo da produção não caia. Outra grande

desvantagem é o elevado custo do maquinário utilizado na linha, elevando o custo fixo da

produção.

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2.4.4.   Layout celular

Este tipo de layout , de acordo com Dalmas (2004), se baseia na divisão do sistema

produtivo em células, que são subsistemas auto-suficientes e auto-gerenciáveis, onde se

concentra todo o maquinário e todas as ferramentas necessárias para a produção de

determinado produto ou família de produtos. Desta forma, todo o processo é realizado em um

mesmo local, sem a necessidade de grande movimentação de materiais, reduzindo assim o

tempo morto do processo produtivo, conforme exemplo da figura 7.

Figura 7 – Layout celular

FONTE: Adaptado de http://www.eps.ufsc.br/teses96/friedrich/figuras/fig1_1.gif 

O layout  celular pode ser considerado como um layout  híbrido, uma vez que

apresenta características do layout  em linha e do layout  por processo. As máquinas são

dispostas na seqüência do processo produtivo, e somente um processo pode ser realizado por

vez. O tempo de ciclo determina a taxa de produção da célula.

Um exemplo da utilização do layout celular é a maternidade de um hospital. É uma

área própria do hospital, completamente equipada para a realização de partos e cuidados

posteriores às mães e aos recém-nascidos. Não há necessidade de se realizar parte desse

processo em outra área do hospital. Outro exemplo é uma feira, cada estande realiza por

completo a comercialização dos produtos, podendo ser considerado uma célula da feira.

O layout celular apresenta vantagens, tais como a menor distância entre as operações,

reduzindo o tempo morto do processo e diminuindo o transporte e manuseio de materiais, e o

menor tempo de setup, permitindo produzir lotes menores e diminuir o estoque. Outra

vantagem do layout celular é a maior padronização de máquinas e processos, o que permite o

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emprego de trabalhadores multifuncionais que conhecem melhor e participam ativamente do

processo de produção.

As principais desvantagens que o layout celular apresenta são a complexidade para a

elaboração de um layout deste tipo, além de tornar oneroso o rearranjo, e a especificidade da

célula, uma vez que ela é projetada para a produção de um produto específico ou de uma

família de produtos. Isso dificulta muito a introdução de novos componentes ou a produção de

outros produtos na célula.

2.4.5.   Layout misto e as novas formas de organização

A Combinação dos quatro tipos básicos de layout  é perfeitamente aceitável e

habitual. Dentro de uma unidade tão complexa de geração de serviços e produtos,

denominadas fábricas, certamente nem sempre um tipo de layout se adéqua atendendo às suas

necessidades, que é exemplificado a seguir por Slack (2009).

...”um hospital normalmente seria arranjado conforme os princípios

do arranjo físico por processo – com cada departamento representando um

tipo particular de processo (departamento de radiologia, salas de cirurgia,

laboratório de processamento de sangue, entre outros). Ainda assim dentro

de cada departamento diferentes tipos de arranjos físicos são utilizados. O

departamento de radiologia provavelmente é arranjado por processo, salas de

cirurgia, segundo um arranjo físico posicional, e o laboratório de

processamento de sangue, conforme um arranjo físico por produto”... Slack

(2009, pg210) 

Com a necessidade de maior flexibilidade da produção, rearranjo do layout , e

reconfiguração de equipamentos, estão sendo estudados e desenvolvidos novos tipos de layout  

a fim de proporcionar maior interação entre máquinas, podemos citar tais como: layout ágil,

holônico, modular, fractal, etc. Em um primeiro instante este projeto não se aprofunda nas

novas tendências.

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2.5. ELABORAÇÃO DE PROJETO DETALHADO

De acordo com Slack (2009), uma vez definido o layout  a ser utilizado, deve-se

utilizar diversas técnicas e estudos matemáticos aprofundados que se enquadram em cada tipo

de layout escolhido.

O projeto detalhado a ser definido nada mais é do que a elaboração do

mapeamento de todo o processo e maquinário a ser utilizada. Uma regra geral que se aplica

em todo tipo de layout é:

•  A definição do espaço físico,

•  Maquinário: definindo suas quantidades, mão-de-obra necessária, e localização

física•  Estações de trabalho: sua localização, tamanho disponível para cada, e suas

tarefas.

O projeto detalhado pode ser constituído desde as técnicas mais simples, a técnicas

cada vez mais elaboradas, variando de acordo com a necessidade de cada empresa e sua

disponibilidade de espaço, mão-de-obra, e capacidade produtiva.

2.5.1.  Resultados da implementação de projeto elaborado

Ao analisar os resultados produtivos em termos de lucro da produção, deve-se

previamente analisar todo o processo e layout  envolvido, e notar se o projeto instituído à

empresa atende as necessidades gerais, relevantes a todo e qualquer tipo de layout .

Afirma Slack (2009), que há características gerais as quais todo layout  deve obter

excelência para ter boa performance e eficiência na produção, dentre elas:

  Segurança – Todas as instalações da empresa devem conter passagens, de fácil

acesso, com suas devidas marcações e sem impedimentos. A sinalização quanto às

saídas de emergência, e similares devem estar nítidas de forma clara e visível, sem

impedimentos. Processos que demandam de mão-de-obra especializada, e manuseio

perigoso deve estar accessível apenas a pessoas autorizadas.

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  Fluxo Claro – Ao longo de todo Chão-de-Fábrica e diversos departamentos da

empresa, deve-se deixar claro o fluxo de clientes, materiais e mão-de-obra, fazendo

com que a sinalização seja visível evitando acidentes e entradas restritas. 

  Flexibilidade – Todo layout  implementado, apesar da dificuldade de

remanejamento, deve sofrer modificações em longo prazo, de acordo com que

ocorrem mudanças nas operações e na empresa como um todo. O layout  deve ser

projetado, de forma a ser capaz de se adaptar a novas fontes de produção, ou níveis

mais altos de capacidade produtiva. 

  Mão-de-obra – A mão-de-obra deve ser alocada ao sistema produtivo de

trabalho de forma que não interfira em sua saúde e conforto. As operações que

produzem altos níveis de barulho, ou posições desagradáveis aos funcionários devem

ser descartadas. Fornecendo à mão-de-obra ambientem limpos, iluminados,ventilados e que atendam aos princípios de ergonomia.

2.6. ANÁLISES COMPARATIVAS

2.6.1.  Quanto ao tipo de layout

Peinado e Graeml (2007) e Tompikins apud Piazzarollo at. Al (2008) enumeram

vantagens e desvantagens dos principais tipos de layout . Abaixo se encontra tais

características distribuídas em forma de tabela.

Tabela 2 – Vantagens e desvantagens quanto ao tipo de layout .Tipo de Layout 

Vantagens Desvantagens

Linha

- Possibilidade de produção em massa

com grande produtividade;- Carga de máquina e consumo dematerial constante ao longo da linha deprodução;- Controle de produtividade mais fácil;- Simplicidade, lógica e um fluxo diretocomo resultado;- O tempo total de produção por unidadeé baixa;- A movimentação de material éreduzida;

- Alto investimento em máquinas;

- Costuma gerar tédio nos operadores;- Falta de flexibilidade da linha;- Parada de máquinas resulta numa interrupçãoda linha por completo;- Mudanças no design do produto tornam olayout obsoleto;- Estações de trabalho mais lentas, limitam otrabalho da linha de produção por inteiro;- Necessidade de uma supervisão geral;- Resulta geralmente em altos investimentosem equipamento.

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- Não exige muita habilidade dostrabalhadores.

Processo

- Grande flexibilidade para atender amudanças de mercado;- Bom nível de motivação nosfuncionários;- Atende a produtos diversificados e emquantidades variáveis ao mesmo tempo;- Menor investimento para instalação doparque industrial;- Maior margem do produto.- Aumento da utilização de máquinas;- Equipamentos com funções geraispodem ser utilizados;- Alta flexibilidade na alocação depessoal e equipamento;- Operários multifuncionais;

- O produto apresenta um fluxo longo dentroda fábrica;- Diluição menor de custo fixo em função demenor expectativa de produção;- Exige mão-de-obra qualificada;- Maior necessidade de preparo e setup demáquinas;- Aumento da necessidade de movimentaçãode materiais;- O controle da produção torna-se maiscomplicado;- Linha de produção longa.

Célula

- Aumento da flexibilidade quanto ao

tamanho de lotes por produto;- Diminuição dos estoques;- Maior satisfação no trabalho;- O agrupamento dos produtos resultanuma alta utilização das máquinas;- Melhoria no fluxo de produção ediminuição das distancias percorridas;- O ambiente de trabalho dos grupos e aampliação das funções dostrabalhadores têm resultados positivossobre a produção.

- Específico para uma família de produtos;- Dificuldade de elaborar o arranjo;- Exige uma supervisão geral;- Necessidade de treinamento e habilidade dosgrupos de trabalho;- O controle da produção depende da boainteratividade entre as células.

Posicional

- Não há movimentação do produto;- Dependendo do tipo de fábrica,

permite a utilização de softwares decontrole de produção;- Permite a terceirização de todo ou departe do processo em tempo fixado;- Promove um estimulo pessoal, poisuma pessoa pode realizar todo otrabalho;- Alta flexibilidade, pode suportarmudanças no design do produto, no mixde produtos e no volume de produção.

- Complexidade na supervisão e controle deuma forma geral: mão-de-obra, material, etc.- Produção em pequena escala e com baixograu de padronização;- Aumento da movimentação de pessoal eequipamento;- exige grande habilidade e qualidade depessoas;- Exige uma supervisão geral.

2.6.2.  Quanto à variedade e o volume do produto

Slack (2009) defende que o fluxo das operações, seja ela industrial ou não, sempre

dependerá da relação entre volume e variedade. Pode-se resumir em uma tabela comparativa a

relação direta entre volume e variedade, de acordo com cada tipo de layout .

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Tabela 3 – Variedade e volume quanto ao tipo de layout .

 Layout Volume Variedade Observações

Posicional Baixo AltaProdutos de alto valor agregado ex: Construção deembarcações

Processo Baixo AltaProdução intermitente Com disponibilidade de

alteração de fluxo de faço acesso.Célula Baixo Alta

Grande variedade destinada a um grupo específico declientes ex. Banca de Cds.

Linha Alto BaixaInformações e clientes regularizadas e altapadronização ex: Montadora de veículos.

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3.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

3.1. CONCLUSÕES

O presente trabalho apresentou a conceituação e a contextualização da importância

do layout de uma fábrica, apresentando suas variações e aplicações no Chão-de-Fábrica.

Observou-se que todas as variações descritas de layout buscam sempre o melhor em

cada quesito que afeta o Chão-de-Fábrica. Os layout s visam uma melhor aparência e conforto,

fazendo com que o espaço seja mais eficiente e proporcione um maior bem-estar possível nas

pessoas, juntando os conceitos de economia de operações e fluxo de materiais e de pessoas.

Outro ponto observado é que quando um layout  é bem planejado, permite umaexpansão das instalações com pouco impacto na produção, ou seja, ele evita longas paradas na

produção para tais ajustes e diminuem o tempo para a re-adaptação as novas configurações do

layout .

Com relação ao processo, um layout  adequado permite um maior controle da

produção no que se refere à quantidade e qualidade, reduzindo o tempo para produção e

facilitando as inspeções intermediárias e finais quando estas são aplicáveis. Além da

qualidade do produto, um layout  adequado a produção deve proporcionar um conforto e

segurança ao funcionário no ambiente de trabalho, facilitando também a supervisão daprodução pela chefia.

Com todas as observações realizadas, a conceituação de layout  que se obteve em

relação ao Chão-de-Fábrica é o que melhor representa as qualidades desejáveis em um

processo de escolha de um layout  para uma fábrica. Desta forma, a escolha do layout  deve

sempre buscar a melhor utilização do espaço disponível de uma área produtiva

resultando na transformação da matéria-prima em produto finalizado de forma mais

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efetiva, através da menor distância percorrida na planta, no menor tempo possível, com

a maior qualidade do produto, e principalmente mantendo o bem-estar e segurança dos

trabalhadores. 

3.2. PROPOSTAS DE TRABALHOS FUTUROS

Planeja-se elaborar pesquisas que cerquem o tema Chão-de-Fábrica, assim como

técnicas, gerenciamento e processamento realizados. Entre tais temos: MRP, PCP,

Gerenciamento de Equipes, entre outros.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BATALHA, Mario Otávio. Introdução à Engenharia de Produção. Rio de Janeiro:Editora Elsevier, 2008.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. 7 ed.,Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

DALMAS, Volnei. Avaliação de um layout celular implementado: um estudo decaso um uma indústria de autopeças. Tese de Mestrado, UFRS, Porto Alegre, RS, Brasil,2004.

GROOVER, M. R.. Automation production systems, and computer-integredmanufacturing. 1° ed., Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil LTDA, 1987.

MARTINS, Petrônio G; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da Produção.2° ed., São Paulo: Editora Saraiva, 2006.

PEINADO, Jurandir, GRAEML, Alexandre. Administração da Produção:Operações industriais e de serviços. 1° ed., Curitiba: UnicenP, 2007.

PIAZZAROLLO, Murilo. at. al. Estudo de um layout  por processo na indústriamoveleira: um estudo de caso. In: IV Simpósio Acadêmico de Engenharia de Produção,PP. 1-10, Viçosa, outubro de 2008. Disponível em: <http://www.saepro.ufv.br/Image/artigos/ Artigo17.pdf>, Acessado em: 02-set-10

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração daProdução. 2 ed., São Paulo: Editora Atlas S.A., 2009.

TORTORRELLA, Guilherme L.; FOGLIAATTO, Flávio S. PlanejamentoSistemático de layout com apoio de análise de decisão multicritério. Produção, v.18, n.3,p.609-624, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prod/v18n3/a15v18n3.pdf>,Acessado em: 14-set-10.

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APÊNDICE A – CHÃO-DE-FÁBRICA E SUAS TRANSFORMAÇÕES

HISTÓRICAS

Em oportunidade anterior, foi realizado um estudo sobre o surgimento do termo

Chão-de-Fábrica. Porém para se chegar até este ponto de surgimento, foi realizada a

conceituação de modo de produção e suas fases históricas, assim como a descrição das

mesmas, apresentando suas principais características.

O conceito de modo de produção foi determinado como sendo a maneira pela qual

uma sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de

produção é formado por forças produtivas da sociedade e pelas relações de produção

existentes nela.Determinou-se cinco modos de produção principais durante toda a história, são eles:

Modo de Produção Primitivo, Modo de Produção Asiático, Modo de Produção Escravo,

Modo de Produção Escravista, Modo de Produção Feudal e o mais contemporâneo Modo de

Produção Capitalista.

O Modo de Produção Primitivo foi caracterizado pela inexistência da propriedade

privada dos meios de produção, não existindo exploração do trabalho. Todos os resultados

obtidos pelas atividades produtivas (caça, pesca, cultivo de terras, etc.) eram distribuídos por

todos, caracterizando a ideia de propriedade coletiva, pertencente ao Reino da Natureza.O Modo de Produção Asiático surgiu com o aparecimento do Estado e da divisão de

classes sociais. Três classes eram claramente observáveis: aristocratas, camponeses e

escravos. Neste modo de produção, o sistema produtivo era realizado pelos camponeses e

gerido pelo Estado. A ideia de propriedade privada ainda era pouco difundida e o controle

exercido pelo Estado sobre os camponeses era justificado pela religião.

O Modo de Produção Escravista ocorreu a partir do desenvolvimento da propriedade

privada. Neste período os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os

escravos (mão-de-obra) eram propriedades do senhor, assim todo o resultado dastransformações ocorridas na produção era de propriedade do senhor, servindo para mantê-lo e

enriquecê-lo. Neste momento observa-se uma minoria (senhores) sendo proprietário da

maioria (escravos).

O Modo de Produção Feudal tem como principal característica a relação entre

Senhores e servos. Os Senhores eram detentores das terras e dos meios de produção, enquanto

os servos eram proprietários apenas da mão-de-obra, assim a relação entre eles era a seguinte:

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os servos ocupavam pequenas partes das terras do Senhor Feudal, cultivavam-na e produziam

para a própria subsistência, em contra partida estavam sujeitos as obrigações para com o

Senhor Feudal, como o trabalho forçado nas terras do Senhor, a entrega de parte do excedente

de produção e o pagamento de taxas e impostos por dinheiro obtido no comércio do excedente

de sua produção.

A passagem do Modo de Produção Feudal para o Capitalismo ocorreu devido ao

avanço na Revolução Industrial. As transformações ocorridas no relacionamento entre

propriedade privada dos meios de produção, mão-de-obra e evolução tecnológica marcaram o

inicio do novo sistema de produção.

O fluxo de mão-de-obra que saia dos campos feudais em direção aos grandes centros

fez com que as oficinas de artesãos se ampliassem, obrigando a realização da otimização dos

meios de produção, fazendo com que muitos trabalhadores ficassem lado a ladoconjuntamente, no mesmo processo de produção. Neste momento observou-se a primeira

ideia de Chão-de-Fábrica.

A partir destes aglomerados de trabalhadores, surgiram as primeiras relações de

trabalho assalariado. Os trabalhadores passaram a ser remunerados pelas funções que

exerciam e por conseqüência a serem exigidos a produzir o que era determinado, a mão-de-

obra estava subjugada a força do Capital. A relação de superioridade e de subordinação

substitui a escravidão, a servidão e a vassalagem de outrora. É esta transformação que

caracteriza o surgimento do Capitalismo.O Modo de Produção Capitalista pode ser descrito pela relação entre Capital (dono

dos meios de produção, matéria-prima e produto finalizado) e mão-de-obra (conhecimento de

como fazer, de como utilizar habilidades na transformação dos insumos).

A tabela a seguir apresenta os modos de produção relacionados anteriormente

 juntamente com suas características principais.

Comparativo entre Modos de ProduçãoModo deProdução

QuemProduz

Quem seApropria

Quem Decide Classes Sociais

Primitivo Todos Todos da Tribo Todos Não Existem

AsiáticoCamponeses e

EscravosAristocráticos

(Estado)Aristocráticos

(Estado)Aristocráticos,

Camponeses e EscravosEscravismo (4000a.C. a 400 d.C.)

EscravosSenhores de

EscravosSenhores Senhores X Escravos

Feudalismo(400 a 1700)

ServosSenhores Feudais(Nobreza/Clero)

Senhores Feudais Senhor Feudal X Servo

Capitalismo(a partir de 1700)

TrabalhadoresAssalariados

Burguesia (Donosdos meios de

Produção)Burguesia

Burguesia XAssalariados

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Comparação entre os Modos de Produção Americano e Japonês. Dentro do Modo de Produção

Capitalista, observaram-se três divisões: o Modo de Produção Inglês, o Modo de Produção

Americano e o Modo de Produção Japonês. Cada divisão apresenta características marcantes

descritas a seguir.

O Modo de Produção Inglês se desenvolveu em conjunto com a Revolução

Industrial. Com as transformações ocorridas nas fábricas, com o advento de novo ferramental,

as máquinas, e novas fontes de energia, o objetivo de acumular capital (tanto da burguesia

quanto dos operários) ficara cada vez mais fácil. Entretanto, mesmo com todo este avanço a

burguesia ainda não tinha o controle total da produção devido aos operários ainda terem certo

controle sobre a produção, pois as máquinas dependiam deles para serem operadas. Este fato

precisava ser eliminado para poder completar a totalidade da subjugação do trabalho peloCapital, ou seja, uma revolução técno-científica seria o próximo passo.

O Modo de Produção Americano consolidou a revolução técno-científica,

fortalecendo as raízes do capitalismo. O modelo americano tem dois pilares principais, a

administração científica segundo Taylor (Taylorismo) e a produção em massa segundo Ford

(Fordismo).

O Taylorismo realizou uma abordagem científica da produção, analisando a fundo as

tarefas dos operários, decompondo os movimentos e processos de trabalho a fim de

racionalizá-los e aperfeiçoá-los. Para Taylor, a organização e a administração devem serabordadas cientificamente, com planejamento, padronização de máquinas e ferramentas,

métodos e rotinas para execução de tarefas e prêmios para incentivar a produtividade. A

substituição dos métodos rudimentares e empíricos por métodos científicos recebeu o nome

de Organização Racional do Trabalho (ORT).

No Fordismo, é apresentado o conceito de produção em massa, que é a capacidade de

produzir o maior numero possível de unidades de um produto, com o máximo de qualidade

possível e a preços acessíveis. Ford utilizava em sua fábrica muitos dos princípios da

administração científica de Taylor, porém, enquanto Taylor focava na área de administração,Ford agia diretamente no Chão-de-Fábrica, desenvolvendo a linha de montagem contribuindo

para a produção em massa.

O Modo de Produção Americano apoiado no Taylorismo e no Fordismo apresentou

um novo modelo de trabalhador: o operário especialista. Trabalhadores completamente

focados na realização de sua tarefa e muitas vezes sem o conhecimento do processo como um

todo, permitindo maior eficiência na execução das tarefas.

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A terceira divisão do capitalismo é o Modo de Produção Japonês ou Modelo de

Produção Enxuto. Este modelo surgiu da necessidade do Japão, logo após a Segunda Grande

Guerra, reconstruir-se de forma condizente com suas capacidades físicas, já que não dispunha

de muito território e nem de capacidade econômica, pois estava arruinado pela guerra. Com

estas características, o Japão não podia ter o luxo de acumular Capital em forma de estoque,

não tinha muito dinheiro para produzir nem tão pouco espaço para guardá-lo, assim, com

esses dois principais limitantes o modelo Taylor/Ford não poderia ser utilizado.

Com a nova realidade, os japoneses focaram na necessidade de produzir somente

aquilo que era realmente necessário, evitando o que não lhe agregava valor, os desperdícios, e

fazendo de sua produção a menor possível e o máximo rentável. Este novo processo produtivo

passou a ser chamado de   Just in Time, fundamentado na melhoria contínua a qual é obtida

através da redução de estoques, e ocorre de acordo com a demanda.Com relação ao operário do modelo japonês, não bastava mais ter um operário

limitado e conhecedor do seu serviço, ele passou a ser a um colaborador e tem a noção de

cada etapa do processo e de sua importância para o produto final. Esta nova visão de

colaborador exige que este seja comprometido com a organização tanto no Chão-de-Fábrica,

na hora de produzir, quanto na sua conduta ao evoluir dentro da organização se tornando um

líder, na hora de gerir.

A seguir encontra-se uma tabela comparativa sintetizando as diferenças encontradas

entre o modelo de produção americano e o modelo japonês.MODO DE PRODUÇÃO AMERICANO MODO DE PRODUÇÃO JAPONÊS

Especialização do operário tornando-o cadavez mais focado apenas em sua própria função.

Movimentos repetitivos.O operário não expressa opinião sobre o

sistema de produção e supostas formas deaprimoramento.

Plurifuncionalidade do operário frente aosistema de produção.

São capacitados e treinados, com aresponsabilidade de parar e alterar o sistema deprodução assim que fossem identificadosproblemas.

Valorização do operário.

Setup ou troca de ferramentas que atrasavaa produção como um todo.

Atraso gera um aumento de lote e acumulode estoque para compensação do tempoperdido.

Manutenção corretiva da máquina quenecessita de especialista e atrasa o processo.

Setup otimizado, com treinamento dooperário reduzindo o tempo de ajuste ou troca.

Flexibilidade para a produção de pequenoslotes.Manutenção preventiva da máquina feita

pelo próprio operário que a opera, sendo treinadoe qualificado para efetuar a manutenção.

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Acúmulo constante de estoques,empurrando para o mercado o que eraproduzido.

Todos os gastos com desperdícios sendoalocados ao preço final do produto.

Demanda maior que a oferta

Redução do estoques como principalfundamentação do sistema Just in time.

Desperdícios eram inaceitáveis, tornando oproduto final com maior qualidade e menorescustos.

Produção executada de acordo com ademanda, e desejo do cliente.

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FICHA DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS SEMESTRAIS

ORIENTADOR________________________ GRUPO___________ Apresentado em ____/____/20__ 

Aluno1:________________________________________________ Curso:________ Período:______ 

Aluno2:________________________________________________ Curso:________ Período:______ 

Aluno3:________________________________________________ Curso:________ Período:______ 

TÍTULO DOPROJETO ________________________________________________________________________ 

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Professor Avaliador

1. Trabalho escrito (7,0)

1.1. O projeto apresenta redação clara, estruturada e adequada aoidioma?

(1,0) 

1.2. O resumo apresenta o tema, os objetivos, a metodologia e asconclusões?  (0,5) 1.3. A introdução define e delimita o tema, além de indicar asquestões que o trabalho pretende responder? 

(0,5) 

1.4. Os objetivos gerais são claros e compatíveis com o objeto deestudo/tema proposto? 

(0,5)

1.5. Os objetivos específicos foram atingidos? São umdetalhamento do geral, relevantes e estão bem justificados? 

(1,0) 

1.6. O desenvolvimento evidencia a relação entre afundamentação teórica, o objeto de pesquisa e a análise elaborada(contribuição autoral)? 

(1,5)

1.7. A conclusão é coerente com os objetivos e está baseada nodesenvolvimento do trabalho? 

(1,0)

1.8. Todas as citações estão devidamente referenciadas? As

figuras e tabelas estão referenciadas no texto? 

(0,5) 

1.9. As referências bibliográficas são pertinentes?  (0,5) 

NOTA 1

2. Apresentação oral (3,0) Aluno1 Aluno2 Aluno3

2.1. A apresentação representa umasíntese do trabalho impresso? 

(0,5) 

2.2. Demonstrou domínio do assuntotratado? (1,0) 

2.3. Seguiu o tempo estabelecido?  (0,5) 

2.4. A apresentação foi estruturada e

apresentada de forma didática? 

(1,0)

NOTA 2

NOTA FINAL (NOTA1+NOTA2)

FAVOR ANEXAR ESTE DOCUMENTO A ATA OFICIAL DE NOTA.

Macaé, _____ de __________________ de 20___.

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FICHA DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS SEMESTRAIS

ORIENTADOR________________________ GRUPO___________ Apresentado em ____/____/20__ 

Aluno1:________________________________________________ Curso:________ Período:______ 

Aluno2:________________________________________________ Curso:________ Período:______ 

Aluno3:________________________________________________ Curso:________ Período:______ 

TÍTULO DOPROJETO ________________________________________________________________________ 

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Professor Avaliador

1. Trabalho escrito (7,0)

1.1. O projeto apresenta redação clara, estruturada e adequada aoidioma?

(1,0) 

1.2. O resumo apresenta o tema, os objetivos, a metodologia e asconclusões?  (0,5) 1.3. A introdução define e delimita o tema, além de indicar asquestões que o trabalho pretende responder? 

(0,5) 

1.4. Os objetivos gerais são claros e compatíveis com o objeto deestudo/tema proposto? 

(0,5)

1.5. Os objetivos específicos foram atingidos? São umdetalhamento do geral, relevantes e estão bem justificados? 

(1,0) 

1.6. O desenvolvimento evidencia a relação entre afundamentação teórica, o objeto de pesquisa e a análise elaborada(contribuição autoral)? 

(1,5)

1.7. A conclusão é coerente com os objetivos e está baseada nodesenvolvimento do trabalho? 

(1,0)

1.8. Todas as citações estão devidamente referenciadas? As

figuras e tabelas estão referenciadas no texto? 

(0,5) 

1.9. As referências bibliográficas são pertinentes?  (0,5) 

NOTA 1

2. Apresentação oral (3,0) Aluno1 Aluno2 Aluno3

2.1. A apresentação representa umasíntese do trabalho impresso? 

(0,5) 

2.2. Demonstrou domínio do assuntotratado? (1,0) 

2.3. Seguiu o tempo estabelecido?  (0,5) 

2.4. A apresentação foi estruturada e

apresentada de forma didática? 

(1,0)

NOTA 2

NOTA FINAL (NOTA1+NOTA2)

FAVOR ANEXAR ESTE DOCUMENTO A ATA OFICIAL DE NOTA.

Macaé, _____ de __________________ de 20___.