Cga módulo 1
-
Upload
teresa-leal-martins -
Category
Documents
-
view
249 -
download
0
description
Transcript of Cga módulo 1
� Neste módulo procura-‐se realizar uma abordagem geral no âmbito geral a interação histórica entre as três áreas nomeadas. (fotogra?ia, cinema e design).
� Quando e de que forma, in?luenciaram social e culturalmente a comunicação humana;
� Como evoluíram ao nível técnico e tecnológico, abrindo caminhos para novas dimensões da comunicação;
� Atualmente e cada vez mais, o mundo do cinema, fotogra?ia e design se interligam, num sentido de otimização dos canais. Apenas uma visão do passado e do presente permite a continuidade de novos códigos e plataformas de comunicação que não deixem esmorecer a evolução da comunicação no mundo moderno.
A ARTE RUPESTRE O Início do Registo Gráfico
� Arte Rupestre é o nome que se dá ao 2po de arte mais an2ga da história, baseado principalmente nas pinturas, desenhos ou representações ar@sAcas gravadas nas paredes e tetos das cavernas.
Esse 2po de arte teve seu início no período PaleolíAco Superior, e as formas que o homem usava como material ar@s2co eram ossos de animais, cerâmicas e pedras, além de fabricarem as 2nturas através das folhas das árvores e do sangue de animais.
A ARTE RUPESTRE O Início do Registo Gráfico
O Homem talvez tenha começado a ter consciência da possibilidade de comunicar graficamente quando, pela primeira vez, se deu conta da sua sombra ou da sombra dos outros seres e objetos projetadas pelo sol sobre o chão, ou antes, por ser mais suges2va, na parede de uma caverna à luz tremulante de uma fogueira. Assim, dentro das suas cavernas e iluminado pelas fogueiras, o Homem recriou o fenómeno que observou em relação ao sol e à sombra. A sua projeção na parede da caverna podia ser sublinhada e observado o seu registo mais tarde, ficando permanentemente gravada a sua presença naquele local.
A ARTE RUPESTRE -‐ O Início do Registo Gráfico
O Homem foi também capaz de, em dado momento, pegar numa cana ou num ramo e traçar formas aleatórias que nada 2nham a ver com um retrato seu dos animais e objetos que o circundavam. São formas autónomas ou abstratas. Vamos encontrá-‐las em objetos de cerâmica, osso, pela, etc., aplicados supostamente como adorno decora2vo. Há 15 000 anos o Homem dispunha já de uma panóplia de elementos de expressão gráfica que até hoje são uAlizados, ponto, linha, mancha, cor, claro-‐escuro, degrade, etc.
Do homem pré-‐histórico podemos então concluir que foram formuladas, nesta época, as primeiras tentaAvas de comunicação gráfica, começando na sua forma mais simples (silhuetas de pessoas e animais), percorrendo um percurso até uma desenvoltura impressionante para a época (representação abtracta), deixando-‐nos, até hoje, registos da sua passagem e expressão.
SOMBRAS CHINESAS -‐ A LENDA
Segundo a lenda chinesa, no ano de 121, o imperador Wu
Ti, da dinas2a Hann, profundamente afetado com a morte
de sua bailarina favorita, ordenou ao mago da corte que a
trouxesse de volta do “Reino das Sombras”, caso
contrário, seria morto. O mago desesperado com a sorte
que lhe esperava, usou a sua imaginação e através de uma
pele de peixe macia e transparente, confecionou a
silhueta de uma bailarina. Quando tudo estava pronto, o
mago ordenou que no jardim do palácio, fosse armada
uma cor2na branca contra a luz do sol para que nela
pudessem transparecer os raios de luz. Houve uma
apresentação para o imperador e toda a sua corte. Esta
apresentação foi acompanhada pelo som de uma flauta
que “fez surgir a sombra de uma bailarina dançando com
leveza e graciosidade”. Neste momento, teria surgido o
TEATRO DE SOMBRAS.
SOMBRAS CHINESAS Conhecidas como um percursor do cinema moderno, as sombras chinesas são peças teatrais dramá2cas compostas por figuras feitas de papel ou couro es2cado para permi2r a passagem da luz. Por detrás de um pano branco, colocavam-‐se lanternas e, entre a luz e o pano, representava-‐se com marionetas manipuladas por pessoas, auxiliadas por um narrador e uma orquestra.
É um princípio de projeção, não de imagens, mas de sombras. A projeção propriamente dita, surgirá apenas com a invenção da lanterna mágica.
SOMBRAS CHINESAS
O uso de uma ou mais fontes de luz, combinado com as sombras que os objetos projetam numa tela é o princípio da manipulação da luz como meio de criação.
É an2ga a preocupação do homem com o registo do movimento. Se o desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspetos dinâmicos da vida humana, e da natureza, produzindo narra2vas através de figuras (paleolí2co), o jogo de sombras do teatro de marionetas oriental é considerado um dos mais remotos precursores do cinema.
http://www.youtube.com/watch?v=dmqNXlY4j74
CÂMARA ESCURA
� O PRINCÍPIO DA Câmara Escura surge por Leonardo Da Vinci no séc. XV.
� O evento foi desenvolvido pelo bsico napolitano Giambadsta Della Porta no sé. XVI.
Esse 2po de arte teve seu início no período PaleolíAco Superior, e as formas que o homem usava como material ar@s2co eram ossos de animais, cerâmicas e pedras, além de fabricarem as 2nturas através das folhas das árvores e do sangue de animais.
EDWIN STANTON PORTER � Cineasta norte americano � Em 1902, desenvolve os princípios da
narra2va e da montagem com o filme: “A Vida do Bombeiro Americano” e, um ano mais tarde, com “O Grande Roubo do Comboio” (8 min.)
� Inovações: Montagem de planos realizados em diferentes momentos e lugares para compor uma narra2va;
“O Grande Roubo do Comboio” Primeiro grande clássico do cinema americano; Inaugura o género western;
EDWIN STANTON PORTER “O Grande Roubo do Comboio” � Primeiro grande clássico do cinema
americano; � Inaugura o género western;
Influenciados por “Viagem à Lua” e “O Grande Assalto a Comboio” os filmes da época passam a ter alguns minutos a mais de duração (de 5 min. máximo, a 10 e 15 min.). Surgiram os nickelodeons, pequenos locais onde as obras cinematográficas eram exibidas e o preço do bilhete era de apenas 1 nickel.
DAVID.W. GRIFFITH (1875-‐1948), nascido nos Estados Unidos, é considerado o criador da linguagem cinematográfica . No cinema, é o primeiro a u2lizar drama2camente o close-‐up (plano de detalhe), a montagem paralela, o suspense e os movimentos de câmara. Em 1915, realiza a primeira longa-‐metragem americana com o “Nascimento de uma nação”, 2da como a base da criação da indústria cinematográfica de Hollywood. Griffith foi considerado o pai da gramáAca cinematográfica, estabelecendo um conjunto de códigos que se tornou a coluna dorsal da linguagem cinematográfica.
� Após a primeira guerra mundial, a Alemanha vivia um período de incerteza polí2ca e fraqueza financeira conhecido como a “ Divina Decadência”. O movimento expressionista alemão manifestou-‐se nas artes como tradução de um senAmento de dúvida e pessimismo em relação ao futuro.
� O quadro “O grito” de Edward Munch sinte2za esse sen2mento na pintura.
� Precursor do movimento expressionista, Vicent Van Gogh, retratou o medo interior nas suas obras.
O grito” A fonte de inspiração de “O grito” foi 2rada da própria vida pessoal de Edvard Munch, um homem educado por um pai controlador, que assis2u a morte da mãe e de uma irmã.
� O expressionismo tem raízes na pintura, surgindo por volta de 1910. Esta corrente influenciava as reações emocionais do ar2sta opondo-‐se à visão tradicional segundo a qual o ar2sta se devia esforçar para reproduzir fielmente apenas a aparência natural do objeto do seu trabalho.
� As vibrantes e alucinogéneas pinturas expressam um desligamento com o real, a prioridade do "eu" e a sua visão pessoal do mundo.
� O expressionismo no cinema alemão começa em 1919, com o célebre filme de Robert Wiene:
"O Gabinete do Doutor Caligari".
� Caligari transporta-‐nos para um mundo de puro pesadelo que coincide com a instabilidade polí2ca do momento: muros cheios de grafiis, prédios inclinados, panos de fundo desbotados de onde se destacam figuras geométricas abruptas e personagens alucinadas.
� O horror, o fantásAco e o crime eram os temas dominantes do expressionismo
O expressionismo alemão
STAR SYSTEM Foi o método de criação, promoção e exploração de estrelas de cinema em clássicos do cinema de Hollywood. O sistema de estúdio foi um dos meios de produção e distribuição de filmes dominante em Hollywood desde o inicio dos anos1920 até aos anos 1950. Sonho Americano O Sonho Americano foi inventado pelo histórico James Tuslow Adams, em 1931. Apesar de o significado da frase ter evoluído ao longo da história , para algumas pessoas, o sonho americano é a oportunidade de alcançar uma maior prosperidade material que não foi possível, no an2go país, ou no país de origem.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A alavanca para o progresso A Inglaterra foi o berço da Industrialização. Nos finais do séc. XVIII importantes descobertas possibilitam um desenvolvimento tecnológico sem precedentes: A máquina a vapor (1780 -‐ James Wax), a máquina de fiação e de tecelagem. A sua aplicação na indústria dá início à Revolução Industrial na Europa. Nas fábricas, para aproveitar ao máximo as capacidades do trabalhador, dá-‐se uma divisão de tarefas, u2lizando os sistemas:
� Taylorismo – produção em cadeia � Estandarização – trabalho em série
1780 -‐ Máquina a vapor de James Waq A força do vapor é considerada uma das maiores descobertas do Homem.
DA PRODUÇÃO ARTESANAL À PRODUÇÃO INDUSTRIAL Foi com o fenómeno da Revolução Industrial no séc. XIX que, pela primeira vez, se dis2nguem duas fases de produção: � FASE DO PROJETO
� FASE DO PRODUTO
ARTESANATO
PROJETO | PLANEAMENTO | PRODUÇÃO
INDÚSTRIA
ARTESÃO
PROJETO | PLANEAMENTO | PRODUÇÃO
DESIGNER FÁBRICA
O movimento Arts and Crats (Artes e Oucios) foi um movimento de reforma social e ar@sAca, que teve origem em Inglaterra na segunda metade do século XIX, época em que a produção industrializada se encontrava em grande ascensão.
O movimento surgiu após a realização da “Grande exposição dos trabalhos da Indústria de todas as Nações” que teve lugar a 1-‐5-‐1851 em Londres. Apesar do sucesso, torna públicos os efeitos negaAvos da industrialização na produção de objetos (insensibilidade a materiais, funcionalidade e métodos de trabalho)
Foi fundado pelos Ingleses John Ruskin e William Morris William Morris (1834 – 1896), desenhador, escritor, poeta e de ideais socialistas, põe em prá2ca as teorias do seu mestre e amigo John Ruskin, que havia exaltado a superioridade do artesanato na tradição medieval sobre a produção pela máquina.
ALGUNS PRINCÍPIOS DE WILLIAM MORRIS E DO ARTS AND CRAFTS
� Valorização do artesanato;
� Simplicidade e funcionalidade dos objetos;
� Inspiração em modelos medievais e orientais;
� Aplicação de métodos de construção tradicionais;
� Perfeição e profundo conhecimento dos materiais e das técnicas; � Criação de uma arte para o povo, aplicada a todos os objetos do quo2diano (utópico na altura, mas fundamental para a sua concre2zação no futuro).
Em 1861 Morris abriu uma firma artesanal dedicada à decoração de interiores e à produção de “objectos úteis, com qualidade estéNca, a preços compeNNvos com os da indústria”. Mais tarde criou um atelier onde reuniu a colaboração de ar2stas plás2cos e mestres artesãos para a produção de obras no campo da arquitectura, mobiliário, tapeçaria, papel de parede, vidros, joalharia e até da encadernação e ilustração de livros.