CFM Informa dez 2012 - completo

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Fortalecendo o ciclo de confiança com seus clientes. CFM informa Edição nº 74 | Dezembro 2012 MATÉRIA ESPECIAL Em maio de 2011, a Agropecuária CFM registrou um marco histórico na pecuária do Mercosul ao realizar a exportação inédita de 40 touros de sua reserva para criadores do Cha- co Paraguaio. Agora em dezembro a CFM realizou nova exportação, desta vez com o fornecimento de mais 150 touros para a região de Cuero Fresco, estado de Concepcion. Luis Adriano Teixeira, coordenador de pecuária da CFM, informa que este novo processo comercial entre Brasil e Paraguai vem sendo traba- lhado desde outubro, com a escolha direta dos touros por parte da Lagu- nita (importador). Essa tarefa ficou a cargo de Christopher e Alberto Asato, respectivamente, gerente e diretor comercial da Lagunita. “Em princípio, a intenção era repetir a compra de 50 touros, mas devido à qualidade dos touros, o grupo de cria- CFM: nova exportação de touros Nelore com CEIP para o Paraguai dores paraguaios decidiu ampliar as aquisições e confirmou a importação de 150 animais Nelore, demonstrando mais uma vez, além das fronteiras do Brasil, o sucesso e a confiança na mar- ca e na qualidade da CFM”, diz Teixeira. Ele observa que esse novo contrato de exportação consolida a CFM como uma das principais fornecedoras de touros CEIP para a pecuária do Paraguai e abre de forma definitiva o canal de co- mercialização de genética Nelore com CEIP para o país vizinho. “Esta nova e grande exportação deixa claro que a CFM tem total condição de atender a demanda dos pecuaristas do Paraguai em volume, qualidade e know- -how de exportação”, finaliza Teixeira. Nós preferimos: 0800 127111 copyright2010©agrocfm www.agrocfm.com.br twitter@agrocfm Venda direta de touros com CEIP AGENDA A Agro-Pecuária CFM abre as porteiras nesta estação de monta disponibilizan- do a venda direta para os pecuaristas que não tiveram a oportunidade de adquirir ou renovar seu plantel Nelo- re com CEIP ao longo do ano, através dos leilões e eventos espalhados pelo Brasil. O produtor que tiver interesse em conhecer e adquirir a genética CFM nos animais de alta qualidade, testados e aprovados a pasto, poderá visitar as instalações da empresa situada em São José do Rio Preto (SP). O Programa de Seleção Genética CFM existe desde 1980 e foi o pioneiro a ter o reconhecimento do MAPA para a emis- são do CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção). Desde então, investe pesado no controle e melhora- mento genético dos animais e a conso- lida como a maior produtora de gado Nelore com CEIP do Brasil. A Agro-Pecuária CFM é especializa- da em produzir animais para a pecuá- ria extensiva, em suas fazendas estão animais selecionados que apresentam excelentes características econômicas, como: ganho de peso, rendimento de carcaça, musculosidade e precocidade sexual. As vendas diretas nas fazendas da CFM continuam. Aos interessados em efetuar a sua reposição, entre em contato ligando para 0800 127 111 ou mande e-mail para: faleconosco@agro- cfm.com.br, ou ainda acesse o site www. agrocfm.com.br. PALAVRA DO CLIENTE No dia 10 de dezembro foi concluída a importação dos 150 touros da CFM para a Fazenda Aguerito, da Estância Lagunita S.A., em Horqueta, região de Cuero Fresco, departamento de Con- cepcion, no Paraguai. “A operação contou com total assis- tência e apoio técnico tanto da equipe da CFM como da Lagunita que não mediram esforços para que todos os detalhes dos trâmites fossem asse- gurados do começo ao fim”, destacou Alberto Asato, diretor da Lagunita. Esta nova importação consolidada, comprova o estreitamento da confian- ça comercial que existe entre a CFM e a Lagunita e por extensão, aos pecu- aristas paraguaios. “Por isso, preva- leceu à decisão de termos adquirido 150 animais para utilizarmos em nos- so programa de melhoramento genéti- co”, diz Asato. Para ele, apesar de dispensar apre- sentação, a genética dos touros da CFM reúne atributos de comprovada eficiência produtiva, graças ao traba- lho de pressão de seleção na qual são submetidos os animais a cada safra, em termos de precocidade e rusticida- de dos animais, ganho de peso, padro- nização de carcaça e fertilidade. “São Exportação estreita confiança comercial entre CFM e Lagunita animais precoces e com certificação, prontos para a produção a pasto o que justifica todo o investimento aplicado, devido ao retorno assegurado que estes animais trarão nas próximas estações de monta e incrementando assim, todo o sistema de pecuária de corte da Lagunita”, completou. Luis Adriano (esq), Chirstopher e Alberto Asato inspecional lotes de touros da CFM ASSUNTO TÉCNICO De novembro a março é o período conhecido como das águas, a esta- ção do verão onde chuvas frequentes ocorrem por todo o País favorecendo a rebrota das pastagens e alavancan- do o início da estação reprodutiva ou estação de monta da fazenda. E tão importante quanto o retorno de pastos com alta qualidade e produção para suprir a estratégia de engorda dos ani- mais, estão diversos outros cuidados fundamentais e estratégicos no mane- jo dos animais em reprodução. Tamires Miranda Neto, veterinário da Agro-Pecuária CFM, afirma que, entre alguns cuidados importantes para que se alcance os resultados al- mejados na estação de monta, está a atenção ao estado corporal e sa- nitário das matrizes, para evidenciar todas as condições favoráveis de cio Cuidados específicos para matrizes e touros na estação de monta Período da estação de monta exige uma combinação de cuidados elementares aos animais para o êxito dos resultados tanto para a monta natural a campo, como nas técnicas de reprodução por inseminação artificial (IA) ou por tem- po fixo (IATF). Outro ponto importante é quando houver vacas com cria ao pé. O ve- terinário alerta que é preciso acom- panhar se há ocorrência de algum bezerro com diarreia para, em caso positivo, medicar imediatamente o animal para que o mesmo não preci- se ser apartado da mãe e isso venha a prejudicar de alguma forma o ren- dimento da fêmea e desenvolvimento do pequeno animal. Já no manejo dos touros é importan- te observar eventuais contusões ou machucados que possam aparecer em algum reprodutor em função da disputa corriqueira que existe entre os machos de reprodução pela prefe- rência das fêmeas. “Pelo menos duas vezes por semana é recomendável que se faça essa checagem entre to- dos os animais do lote de monta na- tural, para assegurar a segurança e o bem estar deles”, orienta Neto. É relevante também neste processo de análise do comportamento dos lotes, conferir se existe algum touro muito dominante que não deixa os demais do grupo realizarem as mon- tas ou então, o inverso, constatar um reprodutor muito submisso que não está trabalhando adequadamente na cobertura das fêmeas. “Em situações extremas de comporta- mento como as citadas, a alternativa é remanejar os animais para um lote di- ferente, tomando o cuidado de não al- terar a relação touro/vaca equivalente em cada lote”, completa o veterinário. Estes são alguns exemplos de proce- dimentos que ao serem realizados de forma correta e segura evitarão per- das econômicas importantes ao siste- ma de estação de monta da fazenda. “É com essa estratégia que a CFM tra- balha há anos, prezando sempre em dispor de sua equipe técnica de campo para acompanhar continuamente to- das as rotinas de manejo do rebanho, para que em cada estação de monta, não se perca nenhuma oportunidade de emprenhar uma vaca. São rotinas de operação pecuária que favorecem o resultado final dos nascimentos de bezerros e os índices de prenhezes da propriedade para que a cada ano, sejam os melhores e os mais positivos possíveis”, conclui Neto. MERCADO A Agro-Pecuária CFM comprovou sua força no cenário comercial da pecuária de corte em seu último leilão do ano, realizado em 12 de novembro, quando arrecadou mais de R$1,6 milhão com a venda de 400 touros Nelore CEIP - média individual de R$ 4.049,00. O resultado é reflexo, entre outros fa- tores, da estreia do CFM BullTrade, novo sistema de pagamento em equi- valente arroba, que obteve sucesso com os clientes. Com a iniciativa, a CFM propôs ao pecuarista arrematar os touros e pagar de acordo com a ar- roba futura do boi gordo. Essa modali- dade de negócio mais uma vez incor- pora inovação à pecuária, mostrando que a empresa esta atenta ao merca- do e às necessidades dos clientes. O produtor que adquiriu touros no últi- mo leilão da CFM pôde optar pelo pa- gamento em parcela única de acordo com a arroba do boi gordo de maio ou outubro de 2013. Outro diferencial do novo sistema é a proteção contra pos- sível alta da arroba no ato do paga- mento do mês escolhido. Nesse caso, o comprador que solicitou o seguro de Sistema de venda CFM BullTrade: o mercado aprovou Lotes foram vendidos com pagamento indexado ao preço da arroba no Mercado Futuro valor máximo, correspondente a 5% do valor na batida do martelo, fixou o valor do animal conforme o valor da arroba no dia do evento, sem deixar de lado o sistema convencional de pa- gamento de 14 parcelas (2+2+10). De acordo com Luis Adriano Teixei- ra, coordenador de pecuária da CFM, “cerca de 75% das vendas do leilão foram efetuadas segundo as regras do novo sistema, comprovando que foi o grande diferencial para o resulta- do do evento”. A Agro-Pecuária CFM transformou o valor da compra do produtor em ar- robas do boi gordo, de acordo com a cotação da arroba no mercado futuro da BM&F Bovespa. Esta é mais uma alternativa para o pecuarista agregar ao seu plantel animais de alta qualida- de em parceria com a maior produto- ra de gado Nelore com CEIP do Brasil. ENTREVISTA - Luis Adriano Uso da genética provada para o melhoramento de bovinos e produção de carne to e, para melhor aproveitar estes ganhos, o quanto mais distantes geneticamente forem as raças uti- lizadas, maiores serão os ganhos da heterose. Por isso a maioria dos pecuaristas que cria Nelore e quer fazer cruzamento busca as raças europeias, sendo a Angus a princi- pal delas na atualidade. Contudo, o pecuarista que busca utilizar o cru- zamento como ferramenta na sua propriedade deve levar em conta também a complementaridade en- tre raças, que é a combinação das raças no bezerro produzido, unindo características desejáveis das raças parentais, como a rusticidade do Ne- lore e precocidade sexual das raças britânicas. Mas não podemos de ma- neira alguma descuidar do melhora- mento quantitativo, ou seja, as fa- mosas DEPs – Diferença Esperada na Progênie - e utilizar animais que realmente tenham melhor genética para aumentar a produtividade das gerações seguintes. O ponto impor- tante da heterose, é que ela não é transmitida entre gerações, ou seja, se o criador utiliza a mesma raça nas filhas produzidas (F1) o grau de heterose não se mantém. Para so- lucionar este problema se difundiu o uso das raças compostas, como o Montana, que por ter composição ra- cial flexível consegue reter o máximo possível da heterose nas gerações futuras. Como o Montana mantém um porcentual de, pelo menos, cin- quenta por cento de grau de sangue de raças zebuínas ou adaptadas ao trópico, os touros são capazes de re- alizar a cobertura a campo, o que as raças europeias em sua maioria não são capazes. Por isso o uso dessas raças européias deve ser feito ape- nas através da inseminação, o que já não ocorre nas raças compostas onde o touro pode fazer o cruzamen- to a campo, produzindo um bezerro muito semelhante e com o manejo de raça pura. [SCOT] Quais são os critérios de seleção fenotípica a serem conside- rados na escolha de animais para o melhoramento genético? [Luis Adriano] – Antes de falar sobre critérios de seleção fenotípica é preci- so falar sobre a importância do volume de gado a ser selecionado. Para um programa de melhoramento genético, quanto maior o rebanho, melhor, pois quanto maior a base, maior pode ser a sua pressão de seleção, gerando progressos genéticos mais rápidos. Por exemplo, no caso da CFM, temos aproximadamente 17 mil fêmeas no Programa de Seleção do Nelore CFM, o que nos dá uma tranqüilidade muito grande na hora de selecionar os ani- mais. Na escolha dos animais que se- rão selecionados como touros dentro do Programa, o critério de seleção é mais apertado, levando em conta pri- meiro os critérios genéticos e depois os critérios fenotípicos: não adianta nada o animal não ter defeito fenotí- pico algum, mas ser geneticamente inferior. Uma das formas mais fáceis de garantir esta qualidade genética superior é utilizar somente animais se- lecionados por programas de seleção que tenham o CEIP – Certificado Es- pecial de Identificação e Produção – emitido com outorga do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os programas participantes do CEIP, são acompanhados e audi- tados pelo MAPA e somente os 20 a 30% melhores animais de cada safra é que podem receber o CEIP e serem comercializados como reprodutores ou matrizes superiores. Traduzindo em números, significa que de cada 100 machos nascidos somente os 30 melhores poderão vir a se tornar tou- ros, é que o chamamos de pressão de seleção. No caso da CFM funciona assim: nascem cerca de 7mil a 7,2 mil machos por ano e somente os dois mil melhores é que chegam a ser selecio- nados como touros por critérios gené- ticos. Mas a seleção não termina aí. Feita a lista dos animais de melhor Ín- dice CFM – Índice de seleção do Ne- lore CFM – é que retornamos ao cur- ral e os técnicos da empresa avaliam os animais individualmente, somente então os animais com problemas fe- notípicos como aprumo, despigmen- tação, conformação desbalanceada e temperamento agressivo são des- cartados. Ou seja, a seleção é pelo critério genético e as características fenotípicas são desclassificatórias. Desta forma, garantimos que os ani- mais que são colocados no mercado estão no topo da avaliação genética e fenotípica, gerando animais de melhor eficiência de produção e sem nenhum defeito funcional. [SCOT] Atualmente, há alguma nova característica de bovinos sen- do buscada por geneticistas? [Luis Adriano] – Existem várias ca- racterísticas no melhoramento de bo- vinos de corte que estão em proces- so de seleção e desenvolvimento de novas ferramentas de seleção. Vários trabalhos de seleção para melhorar a qualidade de carne dos animais vêm sendo realizados, buscando animais melhores para maciez, marmoreio, área de olho de lombo, cobertura de gordura, etc. Outra linha de pesquisa vem trabalhando com as novas ferra- mentas na área dos marcadores mo- leculares, já que estas características são de difícil mensuração. Comple- mentarmente, alguns grupos traba- lham com as características de efici- ência alimentar, na busca de animais que tenham melhor conversão. O fato é que todas estas características são de difícil mensuração, implicando em altos investimentos. [SCOT] Sabemos que o Brasil é considerado um polo da genética mundial para bovinos. Contudo, em estudo realizado comparando-se as receitas de importação e de expor- tação para o período de 2005 a 2011 para sêmen, animais de reprodução e embriões, o volume gasto com a importação foi aproximadamente 2,5 vezes maior que o obtido com a exportação. O que podemos con- cluir quanto a isso? Comente. [Luis Adriano] – Os pecuaristas que optam pelo uso do cruzamento não têm a mesma disponibilidade de gené- tica nacional para escolha dos touros de uso na inseminação que os criado- res de Nelore, por exemplo. As cen- trais lançam uma série de touros de raças puras européias para atender a demanda do mercado e grande parte desse sêmen é importado. Um outro ponto a ser mencionado é que toda exportação precisa seguir regras sani- tárias que são acordadas entre os pa- íses envolvidos e o Brasil tem poucos acordos já firmados e aprovados com os países importadores, o que limita o país a atender esta demanda inter- nacional. Este cenário está mudando, tanto para a exportação de sêmen como de reprodutores (animal vivo), visto que este ano a CFM fez uma exportação de 40 touros para o Pa- raguai (primeiro semestre de 2012) e já estamos na finalização de um novo processo de exportação bem maior para o país vizinho, comprovando que o Brasil é considerado uma ótima op- ção de genética de qualidade para as condições tropicais. (Reprodução de entrevista concedida ao Informativo Boi & Companhia da Scot Consultoria) [SCOT] Quais são as caracterís- ticas de maior importância econô- mica no melhoramento de bovinos de corte? [Luis Adriano] – Sem dúvida, uma das características mais importantes é o peso final, ou peso ao sobreano, como o chamam, os diversos grupos de melhoramento. Ele está relaciona- do diretamente com o peso de abate dos animais e, ainda hoje, a indús- tria remunera o pecuarista pelo peso (arrobas no abate), tanto de machos como de fêmeas. Dentro do Peso ao Sobreano, o fator mais importante é o ganho de peso pós-desmama, pois este é feito a pasto e longe da prote- ção materna, representando, portan- to, uma melhor relação custo/bene- fício ao pecuarista. Contudo, para o processo produtivo como um todo, as características relacionadas à repro- dução, e que tem menor herdabilida- de, são as que apresentam melhor retorno ao criador na sua fazenda. Como exemplo, com a diminuição da idade de puberdade das novilhas, o pecuarista pode reduzir a categoria de fêmea em recria e, com isso, aumen- tar a eficiência de produção por área na sua fazenda, tendo uma fêmea já em produção onde antes teria um ani- mal ainda em recria, sem produzir re- torno para a propriedade. [SCOT] Até que ponto é possível melhorar a qualidade da carne de zebuínos? É possível aumentar o marmoreio via melhoramento? [Luis Adriano] – Podemos melhorar em muito a qualidade da carne dos zebuínos, mas é claro que tudo de- pende de qual o padrão de qualidade que se esteja buscar. Os diversos pro- gramas de melhoramento de Nelore, como o da própria CFM, por exemplo, já melhoraram a qualidade da carne, simplesmente por diminuir a idade de abate dos animais atingindo a cober- tura de gordura que a indústria solici- ta, ou seja, produzindo um boi gordo de 20@ com mais de 3mm de gordura e 24 meses de idade. Carcaças assim já apresentam uma qualidade muito superior à média nacional, atendendo diversos nichos de mercado de quali- dade. Mas, se o padrão a ser buscado for de carnes de elevado marmoreio, realmente o Nelore ainda está à par- te deste nicho. Nossos estudos inter- nos, com acompanhamento de abate de mais 700 animais, indicam alguns animais com traços de marmoreio e, se esses animais existem, é possível selecionar para aumentar a presença desta característica, melhorando, as- sim, o marmoreio da carne (a gordura entremeada). [SCOT] As vendas de sêmen de Angus tiveram os maiores cres- cimentos nos últimos dois anos. No caso do cruzamento industrial, quais os cuidados necessários com o rebanho para que se consiga obter ganhos através da heterose? [Luis Adriano] – A heterose é ape- nas um dos ganhos do cruzamen- Luis Adriano, Cordenador de Pecuária da CFM

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Fortalecendo o ciclo de confiança com seus clientes.

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Edição nº 74 | Dezembro 2012

MATÉRIA ESPECIAL

Em maio de 2011, a Agropecuária CFM registrou um marco histórico na pecuária do Mercosul ao realizar a exportação inédita de 40 touros de sua reserva para criadores do Cha-co Paraguaio. Agora em dezembro a CFM realizou nova exportação, desta vez com o fornecimento de mais 150 touros para a região de Cuero Fresco, estado de Concepcion.Luis Adriano Teixeira, coordenador de pecuária da CFM, informa que este novo processo comercial entre Brasil e Paraguai vem sendo traba-lhado desde outubro, com a escolha direta dos touros por parte da Lagu-nita (importador). Essa tarefa ficou a cargo de Christopher e Alberto Asato, respectivamente, gerente e diretor comercial da Lagunita.“Em princípio, a intenção era repetir a compra de 50 touros, mas devido à qualidade dos touros, o grupo de cria-

CFM: nova exportação de touros Nelore com CEIP para o Paraguaidores paraguaios decidiu ampliar as aquisições e confirmou a importação de 150 animais Nelore, demonstrando mais uma vez, além das fronteiras do Brasil, o sucesso e a confiança na mar-ca e na qualidade da CFM”, diz Teixeira.Ele observa que esse novo contrato de exportação consolida a CFM como uma das principais fornecedoras de touros

CEIP para a pecuária do Paraguai e abre de forma definitiva o canal de co-mercialização de genética Nelore com CEIP para o país vizinho.“Esta nova e grande exportação deixa claro que a CFM tem total condição de atender a demanda dos pecuaristas do Paraguai em volume, qualidade e know--how de exportação”, finaliza Teixeira.

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Venda direta de touros com CEIPAGENDA

A Agro-Pecuária CFM abre as porteiras nesta estação de monta disponibilizan-do a venda direta para os pecuaristas que não tiveram a oportunidade de adquirir ou renovar seu plantel Nelo-re com CEIP ao longo do ano, através dos leilões e eventos espalhados pelo Brasil. O produtor que tiver interesse em conhecer e adquirir a genética CFM nos animais de alta qualidade, testados e aprovados a pasto, poderá visitar as instalações da empresa situada em São

José do Rio Preto (SP).O Programa de Seleção Genética CFM existe desde 1980 e foi o pioneiro a ter o reconhecimento do MAPA para a emis-são do CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção). Desde então, investe pesado no controle e melhora-mento genético dos animais e a conso-lida como a maior produtora de gado Nelore com CEIP do Brasil.A Agro-Pecuária CFM é especializa-da em produzir animais para a pecuá-

ria extensiva, em suas fazendas estão animais selecionados que apresentam excelentes características econômicas, como: ganho de peso, rendimento de carcaça, musculosidade e precocidade sexual. As vendas diretas nas fazendas da CFM continuam. Aos interessados em efetuar a sua reposição, entre em contato ligando para 0800 127 111 ou mande e-mail para: [email protected], ou ainda acesse o site www.agrocfm.com.br.

PALAVRA DO CLIENTE

No dia 10 de dezembro foi concluída a importação dos 150 touros da CFM para a Fazenda Aguerito, da Estância Lagunita S.A., em Horqueta, região de Cuero Fresco, departamento de Con-cepcion, no Paraguai.“A operação contou com total assis-tência e apoio técnico tanto da equipe da CFM como da Lagunita que não mediram esforços para que todos os detalhes dos trâmites fossem asse-gurados do começo ao fim”, destacou Alberto Asato, diretor da Lagunita.Esta nova importação consolidada, comprova o estreitamento da confian-ça comercial que existe entre a CFM e a Lagunita e por extensão, aos pecu-aristas paraguaios. “Por isso, preva-leceu à decisão de termos adquirido 150 animais para utilizarmos em nos-so programa de melhoramento genéti-co”, diz Asato.Para ele, apesar de dispensar apre-

sentação, a genética dos touros da CFM reúne atributos de comprovada eficiência produtiva, graças ao traba-lho de pressão de seleção na qual são submetidos os animais a cada safra, em termos de precocidade e rusticida-de dos animais, ganho de peso, padro-nização de carcaça e fertilidade. “São

Exportação estreita confiança comercial entre CFM e Lagunita

animais precoces e com certificação, prontos para a produção a pasto o que justifica todo o investimento aplicado, devido ao retorno assegurado que estes animais trarão nas próximas estações de monta e incrementando assim, todo o sistema de pecuária de corte da Lagunita”, completou.

Luis Adriano (esq), Chirstopher e Alberto Asato inspecional lotes de touros da CFM

ASSUNTO TÉCNICO

De novembro a março é o período conhecido como das águas, a esta-ção do verão onde chuvas frequentes ocorrem por todo o País favorecendo a rebrota das pastagens e alavancan-do o início da estação reprodutiva ou estação de monta da fazenda. E tão importante quanto o retorno de pastos com alta qualidade e produção para suprir a estratégia de engorda dos ani-mais, estão diversos outros cuidados fundamentais e estratégicos no mane-jo dos animais em reprodução.Tamires Miranda Neto, veterinário da Agro-Pecuária CFM, afirma que, entre alguns cuidados importantes para que se alcance os resultados al-mejados na estação de monta, está a atenção ao estado corporal e sa-nitário das matrizes, para evidenciar todas as condições favoráveis de cio

Cuidados específicos para matrizes e touros na estação de monta

Período da estação de monta exige uma combinação de cuidados elementares aos animais para o êxito dos resultados

tanto para a monta natural a campo, como nas técnicas de reprodução por inseminação artificial (IA) ou por tem-po fixo (IATF).Outro ponto importante é quando houver vacas com cria ao pé. O ve-terinário alerta que é preciso acom-panhar se há ocorrência de algum bezerro com diarreia para, em caso positivo, medicar imediatamente o animal para que o mesmo não preci-se ser apartado da mãe e isso venha a prejudicar de alguma forma o ren-dimento da fêmea e desenvolvimento do pequeno animal. Já no manejo dos touros é importan-te observar eventuais contusões ou machucados que possam aparecer em algum reprodutor em função da disputa corriqueira que existe entre os machos de reprodução pela prefe-

rência das fêmeas. “Pelo menos duas vezes por semana é recomendável que se faça essa checagem entre to-dos os animais do lote de monta na-tural, para assegurar a segurança e o bem estar deles”, orienta Neto.É relevante também neste processo de análise do comportamento dos lotes, conferir se existe algum touro muito dominante que não deixa os demais do grupo realizarem as mon-tas ou então, o inverso, constatar um reprodutor muito submisso que não está trabalhando adequadamente na cobertura das fêmeas. “Em situações extremas de comporta-mento como as citadas, a alternativa é remanejar os animais para um lote di-ferente, tomando o cuidado de não al-terar a relação touro/vaca equivalente em cada lote”, completa o veterinário.Estes são alguns exemplos de proce-dimentos que ao serem realizados de forma correta e segura evitarão per-das econômicas importantes ao siste-ma de estação de monta da fazenda.“É com essa estratégia que a CFM tra-balha há anos, prezando sempre em dispor de sua equipe técnica de campo para acompanhar continuamente to-das as rotinas de manejo do rebanho, para que em cada estação de monta, não se perca nenhuma oportunidade de emprenhar uma vaca. São rotinas de operação pecuária que favorecem o resultado final dos nascimentos de bezerros e os índices de prenhezes da propriedade para que a cada ano, sejam os melhores e os mais positivos possíveis”, conclui Neto.

MERCADO

A Agro-Pecuária CFM comprovou sua força no cenário comercial da pecuária de corte em seu último leilão do ano, realizado em 12 de novembro, quando arrecadou mais de R$1,6 milhão com a venda de 400 touros Nelore CEIP - média individual de R$ 4.049,00.O resultado é reflexo, entre outros fa-tores, da estreia do CFM BullTrade, novo sistema de pagamento em equi-valente arroba, que obteve sucesso com os clientes. Com a iniciativa, a CFM propôs ao pecuarista arrematar os touros e pagar de acordo com a ar-roba futura do boi gordo. Essa modali-dade de negócio mais uma vez incor-pora inovação à pecuária, mostrando que a empresa esta atenta ao merca-do e às necessidades dos clientes.O produtor que adquiriu touros no últi-mo leilão da CFM pôde optar pelo pa-gamento em parcela única de acordo com a arroba do boi gordo de maio ou outubro de 2013. Outro diferencial do novo sistema é a proteção contra pos-sível alta da arroba no ato do paga-mento do mês escolhido. Nesse caso, o comprador que solicitou o seguro de

Sistema de venda CFM BullTrade: o mercado aprovou

Lotes foram vendidos com pagamento indexado ao preço da arroba no Mercado Futuro

valor máximo, correspondente a 5% do valor na batida do martelo, fixou o valor do animal conforme o valor da arroba no dia do evento, sem deixar de lado o sistema convencional de pa-gamento de 14 parcelas (2+2+10).De acordo com Luis Adriano Teixei-ra, coordenador de pecuária da CFM, “cerca de 75% das vendas do leilão foram efetuadas segundo as regras do novo sistema, comprovando que

foi o grande diferencial para o resulta-do do evento”.A Agro-Pecuária CFM transformou o valor da compra do produtor em ar-robas do boi gordo, de acordo com a cotação da arroba no mercado futuro da BM&F Bovespa. Esta é mais uma alternativa para o pecuarista agregar ao seu plantel animais de alta qualida-de em parceria com a maior produto-ra de gado Nelore com CEIP do Brasil.

ENTREVISTA - Luis Adriano

Uso da genética provada para o melhoramento de bovinos e produção de carne

to e, para melhor aproveitar estes ganhos, o quanto mais distantes geneticamente forem as raças uti-lizadas, maiores serão os ganhos da heterose. Por isso a maioria dos pecuaristas que cria Nelore e quer fazer cruzamento busca as raças europeias, sendo a Angus a princi-pal delas na atualidade. Contudo, o pecuarista que busca utilizar o cru-zamento como ferramenta na sua propriedade deve levar em conta também a complementaridade en-tre raças, que é a combinação das raças no bezerro produzido, unindo características desejáveis das raças parentais, como a rusticidade do Ne-lore e precocidade sexual das raças britânicas. Mas não podemos de ma-neira alguma descuidar do melhora-mento quantitativo, ou seja, as fa-mosas DEPs – Diferença Esperada na Progênie - e utilizar animais que realmente tenham melhor genética para aumentar a produtividade das gerações seguintes. O ponto impor-tante da heterose, é que ela não é transmitida entre gerações, ou seja, se o criador utiliza a mesma raça nas filhas produzidas (F1) o grau de heterose não se mantém. Para so-lucionar este problema se difundiu o uso das raças compostas, como o Montana, que por ter composição ra-cial flexível consegue reter o máximo possível da heterose nas gerações futuras. Como o Montana mantém um porcentual de, pelo menos, cin-quenta por cento de grau de sangue de raças zebuínas ou adaptadas ao trópico, os touros são capazes de re-alizar a cobertura a campo, o que as raças europeias em sua maioria não são capazes. Por isso o uso dessas raças européias deve ser feito ape-nas através da inseminação, o que já não ocorre nas raças compostas onde o touro pode fazer o cruzamen-to a campo, produzindo um bezerro muito semelhante e com o manejo de raça pura.

[SCOT] – Quais são os critérios de seleção fenotípica a serem conside-rados na escolha de animais para o melhoramento genético?

[Luis Adriano] – Antes de falar sobre critérios de seleção fenotípica é preci-so falar sobre a importância do volume de gado a ser selecionado. Para um programa de melhoramento genético, quanto maior o rebanho, melhor, pois quanto maior a base, maior pode ser a sua pressão de seleção, gerando progressos genéticos mais rápidos. Por exemplo, no caso da CFM, temos aproximadamente 17 mil fêmeas no Programa de Seleção do Nelore CFM, o que nos dá uma tranqüilidade muito grande na hora de selecionar os ani-mais. Na escolha dos animais que se-rão selecionados como touros dentro do Programa, o critério de seleção é mais apertado, levando em conta pri-meiro os critérios genéticos e depois os critérios fenotípicos: não adianta nada o animal não ter defeito fenotí-pico algum, mas ser geneticamente inferior. Uma das formas mais fáceis de garantir esta qualidade genética superior é utilizar somente animais se-lecionados por programas de seleção que tenham o CEIP – Certificado Es-pecial de Identificação e Produção – emitido com outorga do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os programas participantes do CEIP, são acompanhados e audi-tados pelo MAPA e somente os 20 a 30% melhores animais de cada safra é que podem receber o CEIP e serem comercializados como reprodutores ou matrizes superiores. Traduzindo em números, significa que de cada 100 machos nascidos somente os 30 melhores poderão vir a se tornar tou-

ros, é que o chamamos de pressão de seleção. No caso da CFM funciona assim: nascem cerca de 7mil a 7,2 mil machos por ano e somente os dois mil melhores é que chegam a ser selecio-nados como touros por critérios gené-ticos. Mas a seleção não termina aí. Feita a lista dos animais de melhor Ín-dice CFM – Índice de seleção do Ne-lore CFM – é que retornamos ao cur-ral e os técnicos da empresa avaliam os animais individualmente, somente então os animais com problemas fe-notípicos como aprumo, despigmen-tação, conformação desbalanceada e temperamento agressivo são des-cartados. Ou seja, a seleção é pelo critério genético e as características fenotípicas são desclassificatórias. Desta forma, garantimos que os ani-mais que são colocados no mercado estão no topo da avaliação genética e fenotípica, gerando animais de melhor eficiência de produção e sem nenhum defeito funcional.

[SCOT] – Atualmente, há alguma nova característica de bovinos sen-do buscada por geneticistas?

[Luis Adriano] – Existem várias ca-racterísticas no melhoramento de bo-vinos de corte que estão em proces-so de seleção e desenvolvimento de novas ferramentas de seleção. Vários trabalhos de seleção para melhorar a qualidade de carne dos animais vêm sendo realizados, buscando animais melhores para maciez, marmoreio, área de olho de lombo, cobertura de gordura, etc. Outra linha de pesquisa vem trabalhando com as novas ferra-mentas na área dos marcadores mo-leculares, já que estas características são de difícil mensuração. Comple-mentarmente, alguns grupos traba-lham com as características de efici-ência alimentar, na busca de animais que tenham melhor conversão. O fato é que todas estas características são de difícil mensuração, implicando em altos investimentos.

[SCOT] – Sabemos que o Brasil é considerado um polo da genética mundial para bovinos. Contudo, em estudo realizado comparando-se as receitas de importação e de expor-tação para o período de 2005 a 2011 para sêmen, animais de reprodução e embriões, o volume gasto com a importação foi aproximadamente 2,5 vezes maior que o obtido com a exportação. O que podemos con-cluir quanto a isso? Comente.

[Luis Adriano] – Os pecuaristas que optam pelo uso do cruzamento não têm a mesma disponibilidade de gené-tica nacional para escolha dos touros de uso na inseminação que os criado-res de Nelore, por exemplo. As cen-trais lançam uma série de touros de raças puras européias para atender a demanda do mercado e grande parte desse sêmen é importado. Um outro ponto a ser mencionado é que toda exportação precisa seguir regras sani-tárias que são acordadas entre os pa-íses envolvidos e o Brasil tem poucos acordos já firmados e aprovados com os países importadores, o que limita o país a atender esta demanda inter-nacional. Este cenário está mudando, tanto para a exportação de sêmen como de reprodutores (animal vivo), visto que este ano a CFM fez uma exportação de 40 touros para o Pa-raguai (primeiro semestre de 2012) e já estamos na finalização de um novo processo de exportação bem maior para o país vizinho, comprovando que o Brasil é considerado uma ótima op-ção de genética de qualidade para as condições tropicais. (Reprodução de entrevista concedida ao Informativo Boi & Companhia da Scot Consultoria)

[SCOT] – Quais são as caracterís-ticas de maior importância econô-mica no melhoramento de bovinos de corte?

[Luis Adriano] – Sem dúvida, uma das características mais importantes é o peso final, ou peso ao sobreano, como o chamam, os diversos grupos de melhoramento. Ele está relaciona-do diretamente com o peso de abate dos animais e, ainda hoje, a indús-tria remunera o pecuarista pelo peso (arrobas no abate), tanto de machos como de fêmeas. Dentro do Peso ao Sobreano, o fator mais importante é o ganho de peso pós-desmama, pois este é feito a pasto e longe da prote-ção materna, representando, portan-to, uma melhor relação custo/bene-fício ao pecuarista. Contudo, para o processo produtivo como um todo, as características relacionadas à repro-dução, e que tem menor herdabilida-de, são as que apresentam melhor retorno ao criador na sua fazenda. Como exemplo, com a diminuição da idade de puberdade das novilhas, o pecuarista pode reduzir a categoria de fêmea em recria e, com isso, aumen-tar a eficiência de produção por área na sua fazenda, tendo uma fêmea já em produção onde antes teria um ani-mal ainda em recria, sem produzir re-torno para a propriedade.

[SCOT] – Até que ponto é possível melhorar a qualidade da carne de zebuínos? É possível aumentar o marmoreio via melhoramento?

[Luis Adriano] – Podemos melhorar em muito a qualidade da carne dos zebuínos, mas é claro que tudo de-pende de qual o padrão de qualidade que se esteja buscar. Os diversos pro-gramas de melhoramento de Nelore, como o da própria CFM, por exemplo, já melhoraram a qualidade da carne, simplesmente por diminuir a idade de abate dos animais atingindo a cober-tura de gordura que a indústria solici-ta, ou seja, produzindo um boi gordo de 20@ com mais de 3mm de gordura e 24 meses de idade. Carcaças assim já apresentam uma qualidade muito superior à média nacional, atendendo diversos nichos de mercado de quali-dade. Mas, se o padrão a ser buscado for de carnes de elevado marmoreio, realmente o Nelore ainda está à par-te deste nicho. Nossos estudos inter-nos, com acompanhamento de abate de mais 700 animais, indicam alguns animais com traços de marmoreio e, se esses animais existem, é possível selecionar para aumentar a presença desta característica, melhorando, as-sim, o marmoreio da carne (a gordura entremeada).

[SCOT] – As vendas de sêmen de Angus tiveram os maiores cres-cimentos nos últimos dois anos. No caso do cruzamento industrial, quais os cuidados necessários com o rebanho para que se consiga obter ganhos através da heterose?

[Luis Adriano] – A heterose é ape-nas um dos ganhos do cruzamen-

Luis Adriano, Cordenador de Pecuária da CFM