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Ascensão do Ascensão do romance romance Profa. Maria Eneida Matos Profa. Maria Eneida Matos da Rosa da Rosa

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Ascensão do romanceAscensão do romance

Profa. Maria Eneida Matos da Profa. Maria Eneida Matos da RosaRosa

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Teoria da literatura versus teoria da Teoria da literatura versus teoria da leituraleitura

Trajetória da escrita: Mesopotâmia, Egito, Trajetória da escrita: Mesopotâmia, Egito, Fenícia (Judéia), Grécia.Fenícia (Judéia), Grécia.

Serve para registrar: Propriedades, fins Serve para registrar: Propriedades, fins contáveis;contáveis;

Textos Sagrados – Velho Testamento;Textos Sagrados – Velho Testamento; Legislação;Legislação; Poesia oral – epopéia (Mito, Gilgamesh)Poesia oral – epopéia (Mito, Gilgamesh)

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Profissional : Profissional :

1.1. Rapsodo/ menestréisRapsodo/ menestréis

2.2. Escriba/copista – homem livre e Escriba/copista – homem livre e remunerado;remunerado;

3.3. ProfessorProfessor

4.4. Sofistas – reprodutores de conhecimento Sofistas – reprodutores de conhecimento anti-Platãoanti-Platão

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Século IV – ESCOLA: Século IV – ESCOLA: Retórica e gramática;Retórica e gramática;

Século III – Século III – BIBLIOTECA BIBLIOTECA (Alexandria) - objeto: (Alexandria) - objeto: livro em rolo, papiro, livro em rolo, papiro, pergaminho;pergaminho;

A sacralização do A sacralização do autor já vem desse autor já vem desse períodoperíodo

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Idade MédiaIdade Média

Retorno à dramaturgia;Retorno à dramaturgia; La Fontaine, Percival;La Fontaine, Percival; História dos cavaleiros História dos cavaleiros

andantes;andantes; Lendas celtas;Lendas celtas; Nasce a crônica históricaNasce a crônica histórica

Cultura religiosa – Cultura religiosa – classe política – Carlos classe política – Carlos Magno (Inglaterra);Magno (Inglaterra);

Cultura popular – circula Cultura popular – circula para as elites, nas para as elites, nas cidades, no campo.cidades, no campo.

Poesia lírica – elitesPoesia lírica – elites Farsa – nas cidadesFarsa – nas cidades No campo - cantosNo campo - cantos

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Idade MédiaIdade Média

Oralidade tende a desaparecer;Oralidade tende a desaparecer; 1450 – invenção da prensa (Gutenberg);1450 – invenção da prensa (Gutenberg); Aparecimento da vida urbana;Aparecimento da vida urbana; Aparecimento do ensino laico;Aparecimento do ensino laico; Reis não estão mais subordinados ao jugo Reis não estão mais subordinados ao jugo

da Igreja;da Igreja; A PALAVRA ESCRITA É A PALAVRA DA A PALAVRA ESCRITA É A PALAVRA DA

MODERNIDADEMODERNIDADE

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Idade MédiaIdade Média

Passagem do latim para o latim vulgar;Passagem do latim para o latim vulgar; Unificação da ortografia (normalização e Unificação da ortografia (normalização e

normatização de tipos gráficos que vem normatização de tipos gráficos que vem da Itália);da Itália);

Surgimento do livro (no formato similar ao Surgimento do livro (no formato similar ao de hoje) e surgimento do leitor;de hoje) e surgimento do leitor;

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Figura mais importante – impressor Figura mais importante – impressor (industrial, capitalismo nascente)(industrial, capitalismo nascente)

Figura menos importante - autorFigura menos importante - autor

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Cenas de leituraCenas de leitura

Antiguidade – Antiguidade – tragédia grega tragédia grega

Idade Média – Idade Média – Tirant Tirant le Blanc – le Blanc – Joanot Joanot Martorell;Martorell;

Modernidade – Modernidade – D. D. Quixote – Quixote – Miguel de Miguel de Cervantes;Cervantes;

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Cenas de leitura - RomantismoCenas de leitura - Romantismo

Século XIX – pedagogia da valorização Século XIX – pedagogia da valorização pensamento;pensamento;

Reação à leituramania (escapismo);Reação à leituramania (escapismo); Ex.: Ex.: Madame Bovary – Madame Bovary – Gustave FlaubertGustave Flaubert Idéia de que a mulher se deixa levar pela Idéia de que a mulher se deixa levar pela

literatura;literatura; Auge da literatura de massa no século XIX Auge da literatura de massa no século XIX

via folhetim;via folhetim;

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Cenas de leitura - RomantismoCenas de leitura - Romantismo

À medida que a literatura se expande cria-À medida que a literatura se expande cria-se a dualidade proveniente de uma se a dualidade proveniente de uma relação de mercado;relação de mercado;

Luta para preservar o espaço do criador e Luta para preservar o espaço do criador e a preocupação com os direitos do autora preocupação com os direitos do autor

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A forma romanceA forma romance

Segundo Ian Watt (1990), “o gênero Segundo Ian Watt (1990), “o gênero surgiu na era moderna, cuja orientação surgiu na era moderna, cuja orientação intelectual geral se afastou decisivamente intelectual geral se afastou decisivamente de sua herança clássica e medieval de sua herança clássica e medieval rejeitando – ou pelo menos tentando rejeitando – ou pelo menos tentando rejeitar – os universais.rejeitar – os universais.

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““O romance é a forma literária que reflete O romance é a forma literária que reflete mais plenamente essa reorientação mais plenamente essa reorientação individualista e inovadora”.individualista e inovadora”.

Os enredos da epopéia clássica e Os enredos da epopéia clássica e renascentista baseavam-se na História ou renascentista baseavam-se na História ou na fábula.na fábula.

O critério fundamental do romance era a O critério fundamental do romance era a fidelidade à experiência individual. fidelidade à experiência individual.

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Defoe e Richardson são os primeiros Defoe e Richardson são os primeiros grandes escritores ingleses que não grandes escritores ingleses que não extraíram seus enredos da mitologia, da extraíram seus enredos da mitologia, da História, da lenda ou de outras fontes História, da lenda ou de outras fontes literárias do passado;literárias do passado;

Diferem de Chaucer, Spenser, Diferem de Chaucer, Spenser, Shakespeare e Milton;Shakespeare e Milton;

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Particularidade da forma romanceParticularidade da forma romance

““Para começar os agentes no enredo e o Para começar os agentes no enredo e o local de suas ações deviam ser situados local de suas ações deviam ser situados numa nova perspectiva literária: o enredo numa nova perspectiva literária: o enredo envolveria pessoas específicas em envolveria pessoas específicas em circunstâncias específicas, e não, como circunstâncias específicas, e não, como fora usual no passado, tipos humanos fora usual no passado, tipos humanos genéricos atuando num cenário genéricos atuando num cenário basicamente determinado pela convenção basicamente determinado pela convenção literária adequada” (WATT, 1990, p. 17)literária adequada” (WATT, 1990, p. 17)

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Particularidade da forma romanceParticularidade da forma romance

Técnica narrativa:Técnica narrativa:

1.1. Caracterização dos personagens – um Caracterização dos personagens – um indivíduo particular, nomeado da mesma indivíduo particular, nomeado da mesma forma que os indivíduos particulares são forma que os indivíduos particulares são nomeados na vida real;nomeados na vida real;

2.2. Apresentação do ambienteApresentação do ambiente

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Técnica narrativaTécnica narrativa

1.1. Identidade pessoal como uma identidade de Identidade pessoal como uma identidade de consciência ao longo do tempo – o indivíduo consciência ao longo do tempo – o indivíduo estava em contato com sua identidade estava em contato com sua identidade contínua através da lembrança e de seus contínua através da lembrança e de seus pensamentos e atos passados;pensamentos e atos passados;

2.2. As personagens do romance só podem ser As personagens do romance só podem ser individualizadas se estão situadas num individualizadas se estão situadas num contexto com tempo e local particularizados;contexto com tempo e local particularizados;

3.3. O tempo é a força que molda a história O tempo é a força que molda a história individual e coletiva do homem (WATT, 1990, individual e coletiva do homem (WATT, 1990, p. 22);p. 22);

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