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7/24/2019 cespe-aulao-inss

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AULO - INSS

Prof. Fernando Pestana(Autor do livro A Gramtica para Concursos Pblicos)


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A incompetncia

Nunca vi o Brasil to esculhambado comohoje. Perdoem a palavra grosseira, mas noh outra para nos descrever. J vi muito caos

no pas, desde o suicdio de Getlio at oporre do Jnio Quadros largando o poder, via morte de Tancredo na hora de tomar

posse, vi o pas entregue ao Sarney, amantedos militares.


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Vi o fracasso do plano Cruzado, vi o

escndalo do governo Collor, como umamaquete suja de nossos erros tradicionais, jvi a inflao a 80% num s ms, vi coisas

que sempre nos deram a sensao fatalistade que a vaca iria docemente para o brejo,de que o Brasil sempre seria um pas do

futuro. Eu j senti aquele vento mrbido doatraso, o miasma que nos acompanha desdea Colnia, mas nunca vi o pas assim. Pareceuma calamidade pblica sem bombeiros,

parece um terremoto ignorado. Por que ser?


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Tudo vai muito alm da tradicional

incompetncia que sempre tivemos. D atsaudades. A incompetncia de agora ramificada, rismica, em teia, destrutiva,

uma constelao de erros bvios que eununca tinha visto.


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No dia a dia, s vemos fracassos, obras

que no terminam, maquiagem de nmeros,roubalheiras infinitas e danosas, vemos oadiamento de tudo por causa das eleies.

Tudo vai explodir em 2015, o ano da verdadefeia de ver. O mal que essa gente faz ao pastalvez demore muitos anos para se reverter.

(Texto adaptado. Ano 2014. Autor: ArnaldoJabor.)


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No que se refere s estruturas lingusticas e

s ideias do texto A incompetncia, julgueos itens seguintes.

1. A incompetncia, ttulo dado pelo autor, sedeve aos sucessivos erros que vmacontecendo na histria poltica do Brasil,

que, somados, chegam a, proporcionalmente,ser to impactantes quanto a incompetnciacontempornea, cujas consequncias

danosas eclodiro em 2015.


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2. A pergunta retrica feita pelo autor parcialmente respondida por ele no decorrer

do texto, mas, por ser retrica, permite que ointerlocutor preveja a opinio do autor,

levando-se em conta o conhecimento demundo do cenrio poltico contemporneo.


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3. O teor preditivo do texto requer do

enunciador, sobretudo, imaginao, semdemasiada fantasia, o que se torna difcil seno houver suficiente conhecimento emprico

que ajude a antecipar o futuro, a fazer umapreviso tanto quanto possvel lcida eplausvel, que no seja apenas mera

conjetura pseudocientfica.


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4. O segmento o miasma que nos

acompanha desde a Colnia apresentasentido denotativo, devido ao contexto.

5. Os vocbulos Getlio,Jnioe Colniaseguem diferentes regras de acentuao.

6. O vocbulo que apresenta a mesma

classificao e cumpre o mesmo papeltextual em vicoisas que sempre nos derama sensao fatalista de que a vaca iriadocemente para o brejo, de que o Brasilsempre seria um pas do futuro.


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7. Em Eu j senti aquele vento mrbido do

atraso, o miasma que nos acompanha desdea Colnia, mas nunca vi o pas assim, oconectivo mas introduz uma orao cujo

valor argumentativo sobrepe o da oraocom que se relaciona.

8. No primeiro pargrafo, os verbos usadosno primeiro perodo e no terceiro perodo tmfuno discursiva diferente dos usados no

segundo perodo.


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9. Nos trs segmentos a seguir: vi o pas

entregue ao Sarney, amante dos militares;Eu j senti aquele vento mrbido do atraso,o miasma que nos acompanha desde a

Colnia; Tudovai explodir em 2015, o anoda verdade feia de ver,os termos aps cadavrgula exercem a mesma funo sinttica.


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10. Em svemos fracassos, obras que no

terminam, maquiagem de nmeros,roubalheiras infinitas e danosas, vemos oadiamento de tudo por causa das eleies,

as vrgulas so justificadas pela mesmaregra.


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11. Com os devidos ajustes em prol de uma

escorreita redao, se o vocbulo mal, emO mal que essa gente faz ao pas talvezdemore muitos anos para se reverter,

estivesse no plural, o verbo reverterdeveriaconcordar com ele no plural.

12. Se o complemento verbal em Perdoemapalavra grosseira fosse substitudo por apessoa grosseira,a crase seria obrigatria.


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13. Sem prejuzo da correo gramatical e do

sentido, o trecho Vi o fracasso do planoCruzado, vi o escndalo do governo Collor,como uma maquete suja de nossos erros

tradicionais poderia ser reescrito assim:Presenciei o fracasso do plano Cruzado,assisti o escndalo do governo Collor, como

uma maquete suja de nossos errostradicionais.


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14. Os termos que e outra tm o mesmo

valor coesivo em umaconstelao de errosbvios que eu nunca tinha vistoe Perdoema palavra grosseira, mas no h outra para

nos descrever.15. Dado que se trata de um caso facultativode colocao pronominal, consoante o

registro formal da lngua portuguesa, osegmento para nos descrever poderia sercorretamente reescrito assim: paradescrever-nos.


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GABARITO

1. E2. C3. C4. E5. E

6. E7. C8. C9. C10. E

11. E12. C13. E14. C15. C

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