Cérebro desliga em resposta a oração de cura _ New Scientist
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_______________________________________________________________________Por Carlos Coléct
Cérebro "desliga" em resposta a oração de cura _ New Scientist 27/04/2010 - 16h07
Quando as pessoas se deixam seduzir pela oração de uma figura carismática, áreas do cérebro
responsáveis pelo ceticismo e vigilância tornam-se menos ativas. Essa é a conclusão de um estudo que
analisou a reposta das pessoas a orações proclamadas por alguém que supostamente possui poderes de cura
divina.
Para identificar os processos cerebrais subjacentes à influência de pessoas carismáticos, o estudioso
Uffe Schjodt, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, e seus colegas procuraram cristãos pentecostais,
que acreditam que algumas pessoas têm poderes divinos de cura, sabedoria e profecia.
Utilizando ressonância magnética funcional, o pesquisador e seus colegas realizaram uma varredura
nos cérebros de 20 pentecostais e 20 não crentes, enquanto tocavam orações gravadas. Os voluntários
foram informados de que seis das orações foram lidas por um não cristão, seis por um cristão comum e seis
por um curandeiro. Na realidade, todas foram lidas por cristão comuns.
A atividade cerebral monitorada pelos pesquisadores mudou apenas nos voluntários devotos, em
resposta às orações. Partes do córtex pré-frontal e do córtex cingulado anterior, que desempenham papeis
fundamentais de vigilância e ceticismo ao julgar a verdade e a importância do que as pessoas dizem, foram
desativadas enquanto as orações ouvidas eram dos supostos curandeiros. As atividades diminuíram em
menor medida quando no alto-falante falava, supostamente, um cristão normal.
O pesquisador disse que isso explica porque alguns indivíduos podem exercer mais influência sobre
os outros, e conclui que a habilidade para isso depende fortemente de noções preconcebidas de sua
autoridade e confiabilidade.
Não está claro se os resultados se estendem a líderes religiosos, mas Schodt especula que regiões do
cérebro podem ser desativadas de forma semelhante em resposta a médicos, pais e políticos.
Nisto, eu, Carlos Coléct, compreendo que muitas curas, nada mais nada menos podem ser fruto de
uma estado psicológico sugestionado, e não porque alguém supostamente possui alguma autoridade para
curar. Assim como em uma pesquisa, onde foram oferecidos comprimidos para algumas pessoas que
sofriam de certa enfermidade.Porém esses comprimidos eram feitos de farinha, ou seja, não tinham
nenhum valor médico, porém os "pacientes" foram sugestionados psicologicamente a acreditarem que os
remédios trariam a cura.E o resultado é que o remédio feito de farinha teve resultado satisfatório no
organismo da maioria das pessoas.
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Eu não estou desacreditando no "milagre" ou na ação de Deus, o Eterno, muito pelo contrário, vejo
seu agir no funcionamento do Corpo dado ao Homem, mas esta pesquisa mostra que uma cura ocorrida não
é sinônimo de que alguém tenha poder para tal, mas simplesmente que o estado psicológico da pessoa
produziu a cura.
_ Carlos Coléct
www.centroteshuva.blogspot.com