CERAMISTAS DE CHÃ DA PIA - por Carlos A Azevedo -Jornal A Uniao 02nov05 Joao Pessoa, Paraiba
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JOÁO PESSOA, ClUARTMElRA, 2 DE NOVEMBRO DE 2006 """'~;I
Muitos historladores a/lr
mam que l"raro os IOdi<lSbm
xaxa os amIgos habitames de
Areia. Hlpótcse nao maIS aceita arualmcntc. TaJvez, no fu
uro pwxlmo, a arqucologla
11IStÓrlCapassa fornecer dadus
connetos sobre a ocup3~o do
Brejo pelos povos pré-hlSróri.
coso Quanro a CIJa da Pia nao
há documemos que provem a
Orlgem do endave étnico (in
dígenas? Negros fugidos dos
anugos engenhos,como os da Serra de
Caiana dos CriouIos,
cm Alagoa Grande.
Sabe-se que cm todoNordeste houve vári·
as comunidades ne-
gras (quJlombos) nas
quais hav,a urna for
te presen~a de grupos indíge
nas. Tanro é que, no Quilombo de Palmares (século XVIII)
na serra da Barriga, cm Ala
goas, os arque6logos Pedro Paulo Funari e Seon AlIen encon
uaram vcstigios de cerámica
de procedencia indígena. Se
gundo Fun.ri, a produ~ao de
l..crSmica indica que havj;l in
dias em Palmares, pois a cenimICa estav. ligad. as .rribui
sñcs das mulheres. A prcsen~a
,Iesse m.reri.l no quilombo
¡.><.Iequerer ,lizer que os ex
escravus tmham esposas indí.
genas" lsso proV3, com certe
za" que negras l' indios (oov.·vrr:un paclficarncntc nos c.)uilombas.
uitos historiadores
afirmam que foram os
Indios bruxaxa os antigos
habitantes de Areia
MORADORES DE COMUNIDADE RURAL
FABRICAM UTENS[L10S DE BARRO QUE
SÁO VFNDIDOS NO BREJO PARAIBANO
muniCIpIO de Areia- PB, pw
"ima 30 município de Reml
gio. 'Situa-se numa área de
([ansj~ao entre o BreJo e o
AgresteAté hoje nao se sabe a his
tória da ocup~ao humana des
S3 área, encravada nas anrí.l;as
t ••rras de Bruxax~. De Ehas
Herckmann, auror de "D«([I
~át'Geral da Cap"ani. da Pa
raiba", a José Aménco de Al ..rncllla muno se cscreveu so
bre e, Sendo de Bruxtlxá, mas
nan há, aré agora, um. hipó
{ese que comprove ,15 crnias
que holhlraram o territOriO de
Arel.l, ou mclhor, o BrcJo praih.no
Carlos A. AzevedoLSrEClAI rARA A l'",Ao
P"UCO$'l<tbcm 'Iue as ranelas de barro, os potcs, as
prras, as rig,clJ-s,as mo
ringas, os mealheiros e a.o; "lol~
~as de brinqucdo" vendidas nas
(e,ras de AretJ. Alagoa Grande.
8pcfan9', Arara e RemíglO saode Cha da Pia.
Chi é urna típica comunidade de Folk (comunidade ru
ral tradicional), localizada no
Ceramistas de
"Paraiba, terra amada"
AUNlÁO JOAO PESSOA. OUAWM8RA, 2 DE NOVEMBRO DE 2005
Tecnologia neolítica em pleno século XXIlO1as, OMll ~
Em Cha da Pia, a divisáo do
uabalho é bcm visívd nonual
mente os homens trazern u trdrro
ba=ros e as mulheres fazem
a (crar1l1ca Mas mW[QS hc.meos,
hojC' cambcm sao ceramJ5cJS (1(1
mios. Cun[cccionam poces e 01
urensdlos.
O QUediferc é a posrura fl5,ca
Luranr. o rrabalho, as mulreres
!rabalham semadas au JCocoradas
~cura ríplcameme indígena) eos homens """ se semam. Corv
dos quase sempre, aprimoram
suas pt(;a5 de barro. Esses der.
lhes sao ricos, gesros e poseuras.
Eles fazcm a djferen~a, dererml
nam o g¿-nero. E Imprc:ssionam o
olhar do anrropólogo, au de qua!
quer aurro observador Siio cenas
VIVasque cnriqueccm a annopo
logIa vISual.A rl'Cfl(,log'" dos cer.unisras e
¡)~,[ante pnmiciva, quase Igual
'luda usad.. na Revolu~ao NeoIiClca(enere J e 2 mIl anos am
do preseme, quando houve"" 1l:-lentO ou difusao Ja Ce-".aml
, da e;cdag= e .k. polim. "e;!rJ.. Nessa b.se os gr",,:->c
hun¡l{Jos neoh(,c~ se f' .>mar
co:nrár·os. IS(O e, dClxar un·-kser ~c res, coleeor<'5 ou peo;cdores l.
Ch~ma • aee'1l,io de quo m
observa esses ccmmisrélS-o •.mpo
ICSCS, a JusClKla de come e
fornos s:o bastante 101Iplcnrc.
tUItOS ar-esJ.OS nao tem sequer
fomos, vendcrr 6 ccnmlOl '';..rua
quem [cm ~oO uso de solo e a CDnlec~aode
[e"1Sílios cerimICos Qt'SSa •...omu
",dade fel estudadO pc r Angeln
(,lUseppe o"v<'5 A1ves, e." l nIversuladc Rural <le Pcrnambuco
Os resultad"" de su:! pesqUIS' fo-
'F resenr.:dos olU Progr<-'Tlad,
Pé'-grJ<"""ao em Ecolog'a e Recursos NaeuralS da Univers.dade
r.•.>deraJ de $;.o Culos SP.
frara-se de urr¡a ees<de douto
radc sobre as arJVida..!esdos cera
mlSt3S de (.ha. Em "Do Barro de
Lu~ll oÍ Lo.¡. de Barro: Caracten
zat;iio ErnopedologlC' de um Ar
:::sanaro Campones no Agrl'See
p.••.••bano· (20M), Angelo GillSC
ppe resgaea o saber fazer de Ola.Revda, ass,m, ao mundo oca
demic" a CXJSrenaa de um grupo
de ceramlSta5 que, ainda hoj<, usa
urna recnologi" neolítica. A '¡DI
~. de barro ~ dos tamponeses deA••", 'iOCl'CVlveÉ urna •cipscda'
,o eC"TIpo.Os cen. - ,~t.,.de (!>la Pía hr'" (leC -"',,"""" P<10 Pro
ama do (,o,;:mo do Es.adt A
hir ••ba (m S\.;:s M
BENEFICIO
Ceramlstas Iazemo cadastro no
Programa AParalba em Suas
Milos, do Govemodo Estldo, ¡lara a
d¡wlga~ao deeus t'abalhos
pelo Brasil