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CEPLAM CENTRO DE ESTUDOS e PESQUISAS LITERÁRIAS
ACADÊMICOS MAÇÔNICOS (Só não é membro quem não quer)
www.maconariaparatodos.com.br [email protected]
www.ceplam.com.br [email protected] www.maconariaparatodos.com.br [email protected]
Por que sou Franco-Maçom ? Porque sou livre e de bons costumes, porque me
subjuga o amor, porque me absorve a beleza, porque me emociona a liberdade, porque vou atrás da justiça e aspiro a felicidade da Humanidade. E a satisfação de tão elevados ideais só se encontra no seio da Franco Maçonaria.
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OS ENSINAMENTOS MAÇÔNICOS
Os ensinamentos maçônicos devem ser amplamente difundidos
entre todos os Maçons e sua metodologia deve ser explicada
previamente aos que pretendem ingressar na Ordem Maçônica.
Os Mestres deverão estar preparados para a missão devendo
expô-la quando da visita de avaliação prévia do pretendente.
Esta informação possibilitará ao pretendente saber
antecipadamente o que a Ordem poderá lhe oferecer,
possibilitando-lhe analisar se realmente a metodologia e o
direcionamento dos ensinamentos maçônicos são os que buscam
para a sua evolução pessoal.
O pretendente ao ingresso na Ordem deve estar convicto de que
vai participar de uma sociedade voltada ao aprimoramento
individual e que os demais participantes têm a mesma
preocupação, o que não os inibe, ao contrário, prepara-os às
atividades coletivas.
O desconhecimento desse fundamental objetivo dos
ensinamentos maçônicos poderá levar o pretendente, após o seu
ingresso, ao defrontar-se com posturas pessoais discordantes das
suas ou desiludir-se com o que pensou ser a Ordem, desligar-se
intempestivamente.
Os ensinamentos maçônicos devem ser transmitidos com a
constância e repetições necessárias para o seu perfeito
entendimento.
Características dos ensinamentos maçônicos:
1. – Exclusivamente individual;
2. – Repetitivo e paulatino; mostra o caminho, mas não exige a
caminhada.
3. – O maçom é um voluntário;
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Os ensinamentos maçônicos devem ser constantes, paulatinos e
repetitivos para que sejam sempre oferecidos aos recém-
admitidos. Os maçons de antigamente não eram letrados e os
procedimentos litúrgicos eram memorizados. As funções dos
administradores e dos auxiliares eram sempre repetidas no início
de cada reunião para conhecimento de todos e para a sua
preservação. Com o advento dos rituais escritos, este
procedimento passou a fazer parte integrante das reuniões, o que
perdura até os dias de hoje.
Os ensinamentos maçônicos também estão fundamentados nas
práticas cristãs, mas não tem a mesma metodologia de ensino
adotado pelas associações cristãs de evangelização.
Os ensinamentos maçônicos são voltados ao indivíduo,
oferecendo a cada um a oportunidade de evolução pessoal. As
associações religiosas evangelizadoras procuram maximizar as
suas atividades, priorizando a divulgação dos seus ensinamentos
através das pregações em massa. São metodologias de
características diferentes e, se não entendidas cada uma no seu
contexto, podem tornar-se conflitantes no íntimo de cada
estudioso, mesmo ambas tendo o mesmo objetivo: a felicidade
do homem.
Evangelização é a pregação do Cristão (a mensagem cristã) e,
por extensão, qualquer forma de pregação e proselitismo, com
fins de adquirir adeptos, produzir conversão ou mudanças de
hábitos, crenças e valores. No cristianismo, a evangelização é o
sistema, baseado em princípios e métodos apresentados no Novo
Testamento, pelo qual se comunica o Evangelho (Boa Nova)
Cristo a (todo) pecador sob a liderança e poder Espírito Santo.
Afirma o apóstolo Paulo: “Como crerão em Jesus se ninguém
lhes anuncia?” (Rom. 10,14). Está em Atos dos Apóstolos,
capítulo 14 14:21: “Depois de pregar a Boa Nova ali, e de fazer
muitos discípulos, eles voltaram a…”
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O processo de evangelização cristã sempre teve como foco “o
outro”. Os costumes, a moral e os valores sociais da sociedade
ocidental atual são decorrentes dessa forma de pregação. No
ocidente, quase a totalidade dos jovens tiveram a sua formação
com base na metodologia evangélica das pregações nas escolas
paroquiais levando-os a analisar todos os acontecimentos dentro
dessa metodologia, onde se avalia o que pode ser corrigido na
atitude dos outros antes de avaliar o que pode ser corrigido em
si.
Assim formados desde a infância, não raro passam a avaliar mais
como os outros estão agindo do que a suas próprias ações. Na
análise de suas convicções e interesses, surgem julgamentos e
conselhos para corrigir as atitudes dos outros, conselhos que
nem sempre são seguidos por quem aconselha. Na máxima cristã
“Ama o próximo como a ti mesmo” não está implícito que o
“próximo” tenha que ser “como ti” para ser amado.
A fraternidade, o principal ensinamento do Mestre Jesus,
resumida na máxima: “Amai-vos uns aos outros”, nem sempre é
priorizada nas atitudes. Por formação filosófica, a sociedade
ocidental é mais preocupada em oferecer aos outros a
oportunidade de corrigir-se do que em corrigir a si própria.
A evangelização e os ensinamentos maçônicos não são
conflitantes. A metodologia dos ensinamentos maçônicos é
voltada ao aperfeiçoamento do indivíduo, trazendo à tona as suas
qualidades latentes e aumentando a sua autoestima, tornando-o
consciente da sua capacidade de amar o “próximo” como o
“próximo é” e de, pela evangelização, levar-lhe a crença cristã.
O conteúdo dos ensinamentos maçônicos permite-nos afirmar
que a Maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento
exclusivamente individual. Este é o principal fundamento dos
ensinamentos maçônicos.
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No Grau de Aprendiz, que é o primeiro contato da Ordem com
o recém-admitido, é apresentada toda a essência dos
ensinamentos maçônicos.
Todos os autores maçônicos referem-se ao simbolismo da
“pedra bruta” que deve ser desbastada e preparada para sua
utilização na construção de uma sociedade mais justa, mais
igualitária e mais fraterna. É comum ouvir do Maçom a
expressão: “Estou trabalhando a minha “pedra bruta”, quando se
refere aos seus estudos e práticas maçônicas. Dito dessa forma
poderá dar margem ao entendimento de tratar-se de dois
personagens distintos; o Aprendiz e a “pedra bruta”. Este
entendimento é divergente do ensinamento maçônico, pois o
Aprendiz é a “pedra bruta”.
O Aprendiz é o objeto a ser desbastado.
A direção que se deve dar ao cinzel é a si.
Em nenhum momento, nos rituais maçônicos, há indicação que
o cinzel deva ser voltado aos outros. Em si as pancadas no cinzel
são dadas de acordo a sua sensibilidade; se nos outros, o agente
não colocará no maço o mesmo peso que coloca quando desbasta
a si mesmo, certamente seria mais pesado. Não é atitude
maçônica direcionar o cinzel para corrigir imperfeições alheias.
Para a Maçonaria são escolhidos os “bons” nas mais diversas
atividades humanas oferecendo-lhes a oportunidade de
tornarem-se “melhores”Há diferença entre o aprendiz de
pedreiro (maçom) operativo (que trabalhava nas atividades de
construção) e o Aprendiz Maçom. Este não tem necessariamente
atividade nas construções.
A representação do aprendiz de pedreiro operativo é um jovem
trabalhando para desbastar uma pedra bruta. Já, as esculturas e
os desenhos clássicos representando um aprendiz das escolas de
mistérios sempre mostram a figura de um homem esculpindo a
si mesmo.
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O Aprendiz Maçom, para esculpir a escultura do homem que
deseja ser, terá que utilizar a matéria prima que recebeu por
desígnio da Providência, potencializar os recursos disponíveis
na Natureza e trabalhar com a Vontade representada pelo “maço
e o cinzel” utilizados para aparar as arestas que escondem no
interior de seu ser o homem perfeito ali contido.
Na Maçonaria, esta confusão entre o aprendiz operativo e o
aprendiz admitido por processo de Iniciação pode ser observada
em trechos das cerimônias de recepção do candidato. Em alguns
rituais maçônicos, o Iniciando à Ordem, ao ser levado para
executar a sua primeira lição no desbaste da “pedra bruta”, é
orientado para dirigir o corte do cinzel à pedra disforme que faz
parte da decoração do templo, em vez de direcioná-lo a si.
Este procedimento poderá induzi-lo, desde o seu primeiro
aprendizado, a intuir que seu trabalho é desbastar o que vê a sua
frente (o outro) e não o que está em si. Tendo a pedra bruta do
templo como uma representação simbólica de seu estado
naquele momento, o Iniciando deveria direcionar o cinzel sobre
si e então trabalhar com o maço. A pedra bruta que se encontra
na decoração do templo, bem como a pedra polida e prancheta,
são as joias fixas que devem estar presentes para o
funcionamento da Loja.
Um Maçom é um Obreiro da Arte Real que está concluindo a
Obra projetada pelo Grande Arquiteto do Universo, que é Deus.
Essa obra é “ele”. Trata-se de uma transformação individual,
resultado do seu esforço e da sua vontade pessoal. Esta obra só
estará concluída quando ele transformar-se de “pedra bruta” em
“pedra polida” e como tal for reconhecido pelos “outros” (os
Irmãos, a sociedade, etc....). Não é ele que se avalia como pronto.
São os outros que como tal o avaliam. As ferramentas simbólicas
maçônicas são instrumentos de uso específico para o
desenvolvimento pessoal. Dependendo de como cada Obreiro
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preparou-se e de acordo com o seu ajuste às necessidades dos
projetos da comunidade, será reconhecido pelos outros como
adequado àquele projeto. São os outros que avaliarão se a
“pedra” poderá ser utilizada ou não nas obras a serem realizadas.
A “pedra” só estará pronta quando não houver necessidade do
mínimo ajuste nas pedras vizinhas para o seu perfeito ajuste.
Se houver necessidade de interferir no polimento e
características das outras contíguas para o seu ajuste, ela não está
pronta. Permanecerá ao lado até que o trabalho de escultura seja
refeito de modo que se ajuste às outras pedras, sem que estas
precisem de reparos. Se o desbaste está incompleto, é apenas
uma pedra no meio do caminho dos que precisarão fazer
manobras para evitar que as suas asperezas e seus desajustes
possam ameaçar o resultado da obra desejada.
A “pedra” ainda bruta certamente ficara em um canto qualquer
da sociedade, causando-lhe instabilidade e desarmonia.
O maçom não propõe que os outros mudem para que ele seja
feliz, procura mudar o possível em si para que todos sejam
felizes. Esta é a essência do ensinamento maçônico.
Está subentendido nos ensinamentos maçônicos a máxima: “O
que eu devo mudar em mim para que ele (o próximo) seja feliz”,
independente de se o outro é bom ou mau; réu ou julgador. Ser
viciado ou virtuoso é uma escolha pessoal de cada um, que ao
Maçom não compete julgar ou tomar atitudes para obrigá-lo a
proceder de acordo com os valores, sempre pessoais, que crê
serem os corretos. Pela lei da “causa e efeito” cada um é
responsável por suas ações e pensamentos.
Maçonicamente cada um é responsável pessoal e único pela sua
evolução. Os ensinamentos maçônicos oferecerão a
oportunidade de correção. Quando concluída será reconhecida
como tal pelos outros. Nesta ideia está embutido o conceito de
amor universal. O amor fraterno dará aos seus Irmãos maçons a
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tolerância para aceitarem as tentativas de uma “pedra” ainda
bruta para ajustar-se à obra, orientando-a se assim ela desejar,
para o seu perfeito desbaste e ajuste. Se as imperfeições
permanecerem, a “pedra” não será utilizada, mas sempre lhe será
fraternalmente oferecida nova oportunidade de reajuste.
A não ser quando em cumprimento de atividade e funções
especificamente instituídas na legislação da Ordem ou da
comunidade que pertence, o Maçom não julga e não critica
posturas pessoais de outrem. Se solicitado, fará ponderações
sobre o solicitante, jamais sobre terceiros.
Não é uma atitude maçônica interferir na postura pessoal dos
outros, achando que estes devem ou não fazer isto ou aquilo. A
cada um cabe reconhecer os que estão em condições de
compartilhar projetos comuns e convidá-los.
O Maçom deve formar-se para depois colocar-se ao serviço da
comunidade. Aprender e praticar.
O desconhecimento dos ensinamentos maçônicos dificulta o
relacionamento dos maçons entre si e dos maçons com a Ordem.
Quanto menor é o preparo individual, maior será a dificuldade
na participação das atividades da Ordem e mesmo fora dela.
Cada Maçom tem a sua individualidade respeitada: sua cultura,
seus pontos de vista políticos, suas convicções religiosas e suas
características psíquicas. Todo maçom é um homem livre, ciente
da capacidade de realizações, um cidadão bem sucedido e
respeitado por suas atividades profissionais e sociais que o
levam a ser convidado a ingressar na Ordem.
O maçom é um voluntário.
Não é obrigado a fazer qualquer coisa que seja. Ingressou na
Ordem por livre vontade e com isso assumiu uma
responsabilidade financeira como em qualquer organização,
sendo livre para sair a qualquer momento; até que caracterize
abandono, frequenta a Loja com a assiduidade que deseja; estuda
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se quiser; atinge os graus mais elevados se assim o desejar;
ocupa cargos que aceitou por que quis: é eleito por que se
candidatou; pode mudar de Loja se assim julgar conveniente;
nem as contribuições para benemerência são obrigatórias se não
aprovadas em assembleias de que participa.
Centralizados no aperfeiçoamento individual, os ensinamentos
maçônicos preparam o estudante para o convívio entre diferentes
num conjunto harmônico; prepara para a tolerância com os
contrários; para o respeito pelas convicções individuais e para a
convivência entre atitudes divergentes. Desbastado de suas
imperfeições, o Maçom está pronto para servir à sua
comunidade, oferecendo-se quando solicitado ou apresentando
sugestões para as mudanças que julgar necessárias para o bem
estar e a harmonia da Ordem e ou da comunidade.
Como sugestões são opiniões pessoais devem ser tratadas como
tal. Se traduzirem as aspirações dos envolvidos, a concretização
terá o consenso espontâneo da maioria dos indivíduos e aquele
que a propôs certamente será convocado para liderar a sua
implantação.
Não é fácil o comando onde os comandados são voluntários e
não há recompensa financeira pelo trabalho realizado. O sucesso
da empreitada está associado à capacidade de conseguir motivar
a maioria para acompanhá-lo. Para a administração de uma
sociedade constituída por voluntários há necessidade de
lideranças que aglutinem as ansiedades e administrem as
diversidades individuais, dirigindo suas energias ao trabalho
comum.
A principal característica do líder de voluntários é fazer o que o
grupo quer.
Nas sociedades constituídas por voluntários, são os operosos que
a fazem atingir os seus objetivos. São raros os casos das
organizações que conseguem uma participação efetiva da
maioria de seus membros. Geralmente os resultados obtidos são
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decorrentes de atividades isoladas de membros dedicados. São
sempre os mesmos que participam de quase todas as atividades.
A comunidade está habituada a conviver e a reconhecer a
dedicação daqueles que sempre participam.
É próprio da tradição maçônica o reconhecimento pelos Irmãos.
Este é o salário do Obreiro da Arte Real: o reconhecimento. Não
há outro salário na Maçonaria. Para o Maçom é gratificante a
satisfação da missão cumprida e de ser reconhecido por isso.
Cada um dos Membros reconhece o novo integrante que ingressa
na ordem. A Ordem reconhece o trabalho do Maçom que por
isso, quando chega a Mestre, recebe um diploma e uma medalha.
Não foi sem méritos. O novo Mestre pode não ter tido uma
brilhante história, mas atingiu o que desejava. Todos os Maçons
sabem quais os que se dedicam e frequentemente os elogiam. É
o reconhecimento dos membros de suas Lojas ou de outras a que
serviu. Esta é a recompensa que o Obreiro leva de retorno ao seu
lar, com uma alegria nem sempre entendida e participada pelos
seus familiares.
Quando o trabalho do Maçom extrapola os limites da sua Loja é
reconhecido pelos Grandes Orientes com a concessão de
diploma ou medalha, como se, na entrega, em nome de todos
seus membros aquele Grande Oriente afirmasse: “Como um
Maçom operoso os Maçons deste Grande Oriente o
reconhecem”.
É próprio do ser humano desejar ser reconhecido pelos seus
feitos. O clube social reconhece seu membro pelos muitos anos
de apoio e trabalho com a entrega do diploma de Sócio Emérito;
o Poder Municipal, em nome de todos os munícipes que o
reconhecem como um cidadão participante e premia-o com a
entrega do Diploma de Cidadania. Em cada diploma, medalha
ou troféu maçônicos recebidos está presente a máxima
maçônica: “o reconhecimento de meus Irmãos”.
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A falta de divulgação dos feitos que justificassem a homenagem
pode gerar uma interpretação duvidosa sobre o seu
merecimento. Não há casos da entrega de diploma e medalhas
aos que nada fazem. A Maçonaria é uma sociedade justa cuja
assembleia é sábia. Os maçons homenageados devem ostentar
com altivez as suas medalhas para que os Aprendizes, os
Companheiros e os novos Mestres o tenham como exemplo,
solicitando-lhe contar a história do conjunto de suas obras, que
somado as de outros Maçons “medalhados”, constituem a
história da Maçonaria.
A Maçonaria é o conjunto das ações de seus membros. É o
somatório do que cada um dos seus membros é bem representá-
los individualmente.
Os Maçons que receberam distinções e homenagens
compreenderam o verdadeiro significado dos ensinamentos
maçônicos e aplicaram-nos e por isso foram reconhecidos como
tal. Há aqueles que criticam os que ostentam nas Lojas as suas
muitas medalhas afirmando ironicamente: “eles andam arcados
com o peso das medalhas”. Mas, vejamos: os condecorados por
seu trabalho voluntário e dedicado têm como alternativa ostentar
ou não as medalhas por merecido recebidas.
O pretendente a maçom é conhecido antes de ser convidado a
participar da Ordem. A sua admissão é o reconhecimento pelos
membros, da sua postura moral, da sua vontade de
aperfeiçoamento pessoal e da sua capacidade econômica e
financeira para sobreviver. Um conhecido jargão afirma: “Para
a Maçonaria são escolhidos os “bons” nas mais diversas
atividades humanas oferecendo-lhes a oportunidade de
tornarem-se “melhores”.
Ao Companheiro Maçom, conhecedor de todas as ferramentas
simbólicas, compete usá-las para construir.
Nos rituais maçônicos não há indicação de que as ferramentas
simbólicas devam ser utilizadas para destruir. Se um projeto não
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atende aspiração pessoal de algum Membro, não quer dizer que
não deva ser executado. Se há quem queira realizá-lo e que
encontra quem queira auxiliá-lo, certamente o projeto atenderá
aspirações de seus executantes. Neste caso, quem não concorda
com o projeto, não deve atrapalhar ou impedir a sua execução,
respeitando a diversidade e a individualidade das opiniões.
Compete à assembleia da Loja a decisão final dos assuntos
conflitantes, geralmente resolvidos com justiça, dentro da maior
harmonia possível.
O Mestre é o conhecedor dos ensinamentos maçônicos e está
apto a ensiná-los. O Mestre é o Companheiro que recebeu um
diploma de professor, sendo-lhe transmitidas as Lendas
Maçônicas que, como parábolas, serão o instrumento didático
adotado para a difusão dos ensinamentos.
A máxima de São Francisco de Assis “é dando que se recebe”
representa a essência da responsabilidade do Mestre. O
ensinamento esotérico contido nesta máxima refere-se à
Dualidade. Tudo o que entra deverá sair para abrir espaço para
novas entradas. A capacidade de aprender é aumentada quando
é ensinado o que se sabe. Só é “retido” o que é “doado”.
O conhecimento fixa-se quando é ensinado. Tudo o que se lê
nem sempre é retido na memória, mas uma vez ensinado, jamais
será esquecido. Patrick Byrne, em seu livro “O Ouro dos
Templários” (Editorial Estampa – Lisboa-2007-pg. 257), cita o
ditado que capta a essência do conceito cabalístico: “Quando
alguém se deixa penetrar pela luz, mas não a liberta, cria-se uma
sombra”.
Recebendo sem distinções os intelectuais, cientistas, religiosos,
livres pensadores, inventores e operários, jovens e idosos, para
um convívio comum, a Maçonaria tornou-se a depositária de
todo conhecimento científico e oculto produzido pelas
civilizações em todos os tempos. Instituição de caráter universal,
seu Quadro é composto por profissionais de todas as áreas da
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atividade humana, que colocam os seus conhecimentos à
disposição da Humanidade. Esse conhecimento pode ser
encontrado nas atividades das Lojas, seja apresentado
individualmente por seus membros ou contido no simbolismo e
alegorias de seus Graus e Ordens. Compete ao maçom desvendá-
los e praticá-los em benefício de sua evolução pessoal e da
Humanidade.
Autor: Ir∴ Edison Barsanti, 33º • M∴I