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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS
BACHARELADO EM ODONTOLOGIA - UNINOVAFAPI
ALLYNNE JULYANNA PEREIRA DE OLIVEIRA LOURIVAL DENIS LIMA CAMPELO
PRESERVAÇÃO ALVEOLAR PÓS EXODONTIA PARA OTIMIZAÇÃO DA REABILITAÇÃO EM IMPLANTE- REVISÃO DE LITERATURA
TERESINA 2018
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ALLYNNE JULYANNA PEREIRA DE OLIVEIRA LOURIVAL DENIS LIMA CAMPELO
PRESERVAÇÃO ALVEOLAR PÓS EXODONTIA PARA OTIMIZAÇÃO DA REABILITAÇÃO EM IMPLANTE- REVISÃO DE LITERATURA
Trabalho de Conclusão de Curso- TCC, apresentado ao Centro Universitário UNINOVAFAPI, como requisito para obtenção de título de Bacharel em Odontologia.
Orientadora: Prof. Dr Eduardo Souza de Lobão Veras
TERESINA 2018
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FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na publicação Antonio Luis Fonseca Silva– CRB/1035
O48p Oliveira, Allynne Julyanna Pereira de.
Preservação alveolar pós exodontia para otimização da reabilitação em implante: revisão de literatura / Allynne Julyanna Pereira de Oliveira; Lourival Denis Lima Campelo. – Teresina: Uninovafapi, 2018.
Orientador (a): Prof. Dr. Eduardo Souza de Lobão Veras; Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2018.
41. p.; il. 23cm.
Monografia (Graduação em Odontologia) – Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, 2018.
1. Enxerto ósseo. 2. Biomaterial. 3. Preservação alveolar. I.Título. II. Campelo, Lourival Denis Lima. III. Veras, Eduardo Souza de Lobão.
CDD 617.69
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DEDICATÓRIA
Dedicamos acima de tudo à Deus, por sempre nos guiar ao caminho certo. Por ter nos
dado força e determinação nessa longa jornada para alcançarmos nossos objetivos.
A ti Senhor, toda honra e glória.
À minha família, principalmente aos nossos pais, por todo apoio, amor e dedicação.
Por sempre nos apoiarem durante toda a graduação, dando consolo nos momentos
difíceis, força necessária para seguir em frente e nunca desistir dos nossos objetivos,
fazendo dos nossos sonhos uma realidade.
Ao nosso filho, melhor e maior presente que ganhamos de Deus.
Aos meus irmãos e sobrinhos por todo amor, carinho, companheirismo, apoio e
incentivos constantes.
Aos meus sogros por toda amor, incentivo e dedicação, muito obrigado.
Aos nossos avôs e avós por todo amor e incentivo. Aos tios pro todo apoio e torcida.
Aos amigos, professores que sempre nos ensinaram e nos ajudaram nessa jornada.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por nossa saúde, por realizar nossos sonhos e por nos colocar no
tempo certo e com as pessoas certas para nosso crescimento profissional e
principalmente como pessoa.
Aos nossos pais, nossos heróis, exemplo de trabalho, perseverança e humildade; a
nossas Mães, exemplo de infinito amor e entrega por seus filhos. Obrigada por nos
apoiar em cada passo, velar por nossos sonhos e direcionar nossos caminhos.
Obrigada por estar com a gente principalmente nos momentos difíceis, por todos os
conselhos e por querer sempre o melhor. A eles devemos o que somos. Seremos
eternamente gratos pela educação, amor, carinho e incentivo para nossa crescente
evolução pessoal e profissional. Fica exposto aqui, todo o nosso amor por vocês.
Agradecemos a DEUS pelo lindo presente que recebemos nessa jornada que é o
nosso lindo e amado Filho.
Agradeço a minha sogra e sogro por todo carinho, compreensão, amor, dedicação e
incentivo.
Agradeço aos meus irmãos, que sempre estiveram ao meu lado, apoiando e
incentivando. Meu agradecimento aos avós paterno e materno, pela existência de
meus pais, pois sem eles este trabalho e muitos dos meus sonhos não se realizariam.
Agradecemos nosso orientador Dr. Eduardo Lobão por toda paciência, ensinamentos
e orientações.
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RESUMO
Introdução: Preservação do rebordo alveolar tem se mostrado um procedimento eficiente em relação à perda óssea horizontal e vertical pós-extração. Objetivo: Avaliar através da revisão de literatura a eficiência das medidas de preservação alveolar pós exodontia; Estudar os principais biomateriais utilizados para a preservação alveolar pós exodontia; Verificar a importancia da preservação do volume osseo tridimenssional pós exodontia para a reabilitação estética e funcional com implante. Justificativa: Os implantes ósseos integráveis têm sido utilizados como método alternativo para reposição de dentes perdidos, uma vez que apresentam um bom desempenho em longo prazo. A preservação alveolar, portanto, é de importância fundamental para visibilizar a instalação de implante osseointegrado com posicionamento tridimensional adequando.Metodologia: estudo exploratório, realizado através de levantamento bibliográfico dos últimos 5 anos, onde foram feitas pesquisas em monografias, artigos, periódicos, teses, revistas científicas existentes nas bases nacionais e internacionais, LILACS(Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde), PUBMED, SCIELLO, MEDILINE e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Resultado e discussão: Diferentes biomaterias são usados em enxertos ósseos como osso autógeno, alógeno, xenógeno e abordagens terapêuticas distintas, vem demonstrado resultados diferentes em relação à manutenção da arquitetura tridimensional do processo alveolar. A revisão evidenciou que existem várias técnicas de preservação alveolar usadas para minimizar a reabsorção óssea alveolar tanto em altura quanto em espessura após a exodontia, seja ela unitária ou múltipla. A maioria dos os artigos selecionados mostraram que não há 100% de preservação, ou seja, 100% da altura e espessura do alvéolo pós extração não é preservada. No entanto notou-se uma preservação de pelo menos 85% do alvéolo, sendo essas áreas preservadas mais propícias a receber implantes osseointegráveis. Conclusão: Esta revisão confirmou a eficiência da preservação alveolar em relação a diminuição da reabsorção óssea alveolar pós extração com biomateriais, independentemente dos tipos utilizados. Os principais biomaterias usados para realização dos enxertos em alvéolo foram osso bovino mineralizado, matriz cerâmico bifásico, osso bovino desproteinizado, matriz desmineralizado de osso bovino e osso bovino composto. A literatura afirma que a técnica de preservação do rebordo alveolar limita, mas não previne completamente, a reabsorção fisiológica do alvéolo pós extração dentária. Essa redução é mais significativa nas medidas horizontais, ou vestíbulo lingual, do osso alveolar, proporcionando melhores condições de instalação do implante osseointegrado na posição tridimensional mais favorável para um resultado estético e funcional satisfatório.
Palavras-chave: Enxerto Ósseo • Biomaterial• Preservação alveolar
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ABSTRACT
Introduction: The preservation of the alveolar ridge has been presented as an efficient procedure in relation to the horizontal and vertical bone loss after extraction. Objective: To evaluate through literature review the efficiency of alveolar preservation measurement after the extraction; To study the main biomaterials used for alveolar preservation after extraction; To verify the importance of the preservation of the three-dimensional bone volume after the extraction for the esthetic and functional rehabilitation with the implant. Justificación: Los implantes óseos integrales se han utilizado como método alternativo para la reposición de dientes perdidos, ya que presentan un buen rendimiento a largo plazo. La preservación alveolar, por lo tanto, es de importancia fundamental para visibilizar la instalación de implante osseointegrado con posicionamiento tridimensional adecuando.Methodology: an exploratory study, realized through a bibliographical survey in the last 5 years as researches on monographs, articles, periodicals, theses, scientific journals on national and international bases, LILACS(Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde), PUBMED, SCIELLO, MEDILINE e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Results and discussion: Different biomaterials are used in the bone grafts such as autogenous, allogenic, xenogene bone and the different therapeutic approaches have been demonstrated different results in relation to the maintenance of the three-dimensional architecture of the alveolar process. The review emphasized that there are several alveolar preservation techniques used to minimize the alveolar bone resorption, both in height and also in thickness after extraction, whether unitary or multiple. Most of the articles selected presented that there is not 100% of the preservation, it means that, 100% of the height and thickness of the alveolus after the extraction is not preserved. However, was observed a preservation of at least 85% of the alveolus, and these preserved areas are more propitious to receive osseointegratable implants. Conclusion: This review confirmed the efficiency of alveolar preservation in relation to the decrease of the alveolar bone resorption after the extraction with biomaterials, regardless of the types used. The main biomaterials used to make the grafts in the alveolus were mineralized bovine bone, biphasic ceramic matrix, deproteinized bovine bone, dematerialized matrix of bovine bone and compound bovine bone. The literature states that the preservation technique of the alveolar ridge limits, but does not completely prevent the physiological resorption of the alveolus after dental extraction. This reduction is more significant in the horizontal measurements, or in the lingual vestibule, of the alveolar bone, providing better conditions of the placement of the osseointegrated implant in the three-dimensional position that is more favorable for a satisfactory aesthetic and functional result. Key words: Bone graft • Biomaterial • Alveolar preservation
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SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO 09
2- JUSTIFICATIVA 10
3- OBJETIVOS 11
3.1-Objetivo geral 11
3.2-Objetivo especifico 11
4-REFERENCIAL TEÓRICO 12
4.1-Tipos de Biomateriais 12
4.1.1 Enxerto autógeno 13
4.1.2 Enxerto não autógeno 15
4.2 Preservação alveolar 16
5. METODOLOGIA 18
6. RESULTADOS 19
7. DISCUSSÃO 22
8. ANEXAÇÃO DE ARTIGO PARA PUBLICAÇÃO 24
9- CONCLUSÃO 36
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 37
11. ANEXO A 41
12. ANEXO B 42
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1. INTRODUÇÃO
A reabsorção e remodelação da crista alveolar após a remoção do dente é um
fenômeno de cura natural, que é fisiologicamente indesejável e possivelmente
inevitável e pode impactar negativamente na colocação do implante. A perda do
volume ósseo alveolar pode ocorrer antes da extração dentária devido à doença
periodontal, patologia periapical e traumatismo nos dentes e osso (BUSER, 2004).
Preservação do rebordo alveolar tem se mostrado um procedimento eficiente em
relação à perda óssea horizontal e vertical pós-extração. Várias técnicas podem ser
utilizadas para manutenção do alvéolo, como uso de enxertos autógenos, xenógenos
e alógenos no preenchimento do alvéolo e regeneração óssea (WENG et al., 2011).
Quando um dente não pode ser restaurado ou mantido em condições de
funcionalidade e estética sua extração é indicada. A perda de um ou múltiplos dentes
têm um impacto direto na qualidade de vida do paciente podendo interferir na
mastigação, fala e até mesmo na sua vida social (CHAN et al., 2013).
A ausência do dente no alvéolo desencadeia uma cascata de eventos
biológicos que resultam em uma alteração anatômica significante demostrando que a
perda no volume do osso alveolar após a extração é um processo natural e irreversível
que envolve a redução tanto na medida vertical quanto horizontal do osso alveolar
(VAN DER WEIJDEN, 2009).
Durante o processo natural de cicatrização do alvéolo dentário ocorre a
reabsorção e contração do osso alveolar muitas vezes impossibilitando a instalação
de implantes em um segundo momento sem a necessidade de enxerto ósseo. As
técnicas de preservação de rebordo alveolar pós exodontia podem diminuir ou retardar
esse processo natural de reabsorção proporcionando melhores condições para a
instalação de implantes. Existem vários materiais que podemos utilizar para o
preenchimento do alvéolo com a finalidade de preservar suas dimensões ósseas
iniciais, tais como osso autógeno, xenógeno e alógeno e matérias aloplásticos. Todos
apresentam resultados previsíveis e satisfatórios na manutenção do volume do osso
alveolar (MENEZES, 2016).
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2.JUSTIFICATIVA
Os implantes ósseos integráveis têm sido utilizados como método alternativo
para reposição de dentes perdidos, uma vez que apresentam um bom desempenho
em longo prazo. A preservação alveolar, portanto, é de importância fundamental para
visibilizar a instalação de implante osseointegrado com posicionamento tridimensional
adequando.
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3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Avaliar através da revisão de literatura, a eficiência das medidas de preservação
alveolar pós exodontia.
3.2 Objetivos Especificos
Estudar os principais biomateriais utilizados para a preservação alveolar pós
exodontia.
Verificar a importância da preservação do volume osseo tridimenssional pós
exodontia para a reabilitação estética e funcional com implante.
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4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1-Tipos de Biomateriais
Biomaterial é qualquer substância ou combinação de substâncias, naturais ou
não, que não sejam drogas ou fármacos, que interagem com sistemas biológicos, que
tratam, aumentam ou substituem quaisquer tecidos, órgãos ou funções do corpo
(FERREIRA, 2006).
Os biomateriais no campo da Odontologia podem ser utilizados, como
enxertos ósseos em cirurgias regenerativas ou corretivas, restaurando o tecido ósseo
perdido devido à doença endodôntica ou periodontal, atuando também no enxerto
alveolar de dentes extraídos, evitando a redução do volume alveolar ou no
levantamento do assoalho do seio maxilar, entre outros usos.
Biomateriais são compostos que ao entrar em contato com o sistema biológico
humano permitem tratar, aumentar ou substituir qualquer tecido, órgão e restituir uma
determinada função do organismo. Um substituto ósseo ideal deve possuir as
seguintes características: compatibilidade biológica, evitar colonização por patógenos
locais ou infecção cruzada, ser osteogênico, ou seja, facilitar o crescimento de células
ósseas, possuir composição física e química semelhantes às do osso natural, fornecer
um arcabouço para neoformação óssea, ser reabsorvível e osteotrópico (favorecer a
formação óssea pelas suas características químicas ou estruturais), servir como fonte
de cálcio e fósforo, ser microporoso e de fácil manipulação ( CARIA et al, 2007).
Para se utilizar um biomaterial com segurança, o mesmo deve apresentar
algumas características básicas, tais como: biocompatibilidade, não induzindo
respostas biológicas adversas, como reações alérgicas e inflamatórias não toleráveis
pelo organismo, alta osteocondutividade, estimulando o crescimento de células
ósseas e bioatividade, que é a capacidade do material em se unir com tecido biológico
(BRANDÃO, 2005).
Um biomaterial deve ser escolhido a partir da análise de uma série de
requisitos que devem ser encontrados. Sendo assim, a biocompatibilidade (efeito do
ambiente orgânico no material e efeito do material no organismo), a
biodegradabilidade (fenômeno em que o material é degradado ou solubilizado em
fluidos tissulares, desaparecendo do sítio de implantação), e também a velocidade de
degradação do material são características essenciais para a escolha de um
biomaterial (TABATA, 2009).
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A utilização de materiais de enxerto é a forma mais comum de terapia
reconstrutiva. O material pode ser retirado do próprio paciente (enxerto autógeno intra
ou extra-bucal); obtido em bancos de ossos (material alógeno); derivar de material
não-ósseo (materiais aloplásticos) ou ainda ter origem bovina (material xenógeno). A
prevenção de respostas biológicas negativas como falta de instabilidade durante a
cicatrização e o desestimulo da osseointegração estão relacionadas com
características mecânicas. Aspectos mecânicos como geometria, integridade e
rugosidade das superfícies usinadas são pontos chave para o sucesso da
neoformação óssea (MORA, 2000).
4.1.1 Enxerto Autógeno
Quando um tecido é transferido de uma área e/ou posição original para outra,
em um mesmo indivíduo, estaremos diante de transplantes ou enxertos autógenos
(TOMLIN et al, 2014).
A regeneração de um novo tecido formado a partir de um pré-existente é uma
conduta que exige conhecimentos e atitudes multidisciplinares. Os enxertos ósseos
são realizados para a reconstrução dos rebordos atróficos, porém, um de seus pontos
críticos é a seleção dos biomateriais a serem utilizados nesse tipo de procedimento
(SANTOS, 2007).
Não existe o material para enxertia dito ideal, mas o osso autógeno é
consagrado na literatura mundial como o que consegue reunir características mais
próximas do ideal. Os enxertos ósseos autógenos são os mais previsíveis para o
crescimento ósseo, sendo considerado o padrão ouro. Possui como principal
vantagem seu potencial de integração ao sítio receptor com mecanismos de formação
óssea de osteogênese, osteoindução e osteocondução (PELTONIEMI, 2009).
A osteoindução se caracteriza pela capacidade de indução à transformação
das células mesenquimais em osteoblastos ou condroblastos, o que leva ao aumento
do crescimento ósseo ou ainda à formação de osso A osteocondução ocorre quando
o material permite aposição óssea sobre um osso pré-existente, requerendo a
presença de osso e células mesenquimais diferenciadas (INTINI et al., 2008).
O osso autógeno é superior do ponto de vista da osteogênese e tem algumas
vantagens adicionais de não transmitir doenças infecto-contagiosas, possibilidade de
transplante células vivas, ausência de rejeição. A manutenção da viabilidade celular
14
depende de diversos fatores, tais como mínimo trauma cirúrgico na remoção do
enxerto, armazenamento em meio que mantenha a viabilidade celular até sua
implantação e adequado leito receptor (SCARANO et al., 2006)
As desvantagens do enxerto autógeno incluem limitada disponibilidade óssea,
necessidade de abordar uma área doadora, maior morbidade cirúrgica, tendência à
reabsorção parcial, desconforto pós-operatório, possibilidade de defeito aparente e
risco de parestesia pós-operatória (DE MACEDO, 2011).
E material possui limitações de uso, como quantidade insuficiente, quando a
fonte doadora é escassa, como nas crianças e em pacientes já submetidos a cirurgias
anteriores que exauriram áreas potencialmente doadoras de osso. Blocos ósseos
alogênicos são comumente usados para aumento ósseo em implantodontia. Os
blocos ósseos alogênicos têm a vantagem de conter fatores de crescimento e o
suporte humano original. Uma grande desvantagem é o risco de diminuição
substancial do volume do enxerto devido à reabsorção (KRASNY, 2018).
Os enxertos autógenos são transplantados de um lugar para outro em um
mesmo indivíduo. Esse tipo de enxerto pode ser de osso cortical, trabeculado ou
medular, colhidos de regiões doadoras intra ou extra-orais. É o único entre os tipos de
enxertos ósseos a fornecer células ósseas vivas imunocompatíveis. É considerado o
padrão-ouro em termos de potencial osteogênico, mas apresenta desvantagens como
disponibilidade limitada e morbidade no sítio doador do enxerto (SCARANO et al.,
2006).
As áreas doadoras intra-orais mais utilizadas são ramo da mandíbula e
sínfise, essas regiões fornecem quantidade limitadas de osso e estão indicadas para
o tratamento de defeitos localizados. Em defeitos ósseos maiores, frequentemente se
utilizam áreas doadoras extra-orais, tais como crista ilíaca (fornece enxerto ósseo
medular e córtico-medular em grande quantidade, o suficiente para grandes
reconstruções maxilares em espessura, altura e elevação bilateral do assoalho do seio
maxilar) costela, calota craniana (fornece grande quantidade de osso cortical e
pequena quantidade de osso medular) e tíbia. Essas áreas são escolhidas durante o
planejamento pela facilidade de acesso, boa quantidade de material e a possibilidade
de realização do procedimento em âmbito ambulatorial (TOMLIN et al, 2014).
Os enxertos ósseos e substitutos de enxertos ósseos podem derivar de osso
vital ou desvitalizado. Há ainda a possibilidade dos substitutos procederem de
materiais não ósseos com composição orgânica ou inorgânica (SCHIOCHETT, 2002).
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Os autores acreditam que por possuir células osteocompetentes e todos os
fatores de crescimento inerentes ao reparo ósseo, este tecido deveria ser o de eleição
nos enxertos de aposição comuns as reconstruções maxilares e mandibulares
(BRANDÃO, 2005).
A aquisição de enxerto ósseo autógeno agrega riscos ao paciente, incluindo
incisão cirúrgica adicional, aumento da morbidade pós-operatória, debilitação do local
doador e quantidade disponível insatisfatória de enxerto autógeno, como nas crianças
e adultos submetidos a procedimentos operatórios anteriores. Os enxertos autógenos
podem ser removidos de sítios intra ou extra-bucais nas formas particuladas ou em
blocos (SASSIOTO, 2004).
4.1.2 Enxerto não autógeno
Enxertos xenógenos são aqueles provenientes de indivíduos de diferentes
espécies. O osso bovino é bastante utilizado e tem apresentado resultados
satisfatórios na correção de defeitos alveolares. O enxerto ósseo bovino mineralizado,
constituído por tecido ósseo desproteinizado, é o material mais amplamente utilizado
para a preservação das dimensões da crista alveolar após extração dentária,
preenchimento de defeitos ósseos em dentes naturais e também em cirurgias de
elevação do seio maxilar (CHEN, 2009).
A aplicação da regeneração óssea guiada usando substitutos ósseos
juntamente com membranas de colágeno mostrou efeitos claros de preservação do
osso da crista alveolar tanto em altura do rebordo como na largura do mesmo
(SANTOS, 2013).
O enxerto ósseo alógeno é obtido e transplantado entre seres de mesma
espécie, mas geneticamente diferentes, ou seja, retirado de um ser humano para ser
empregado em outro. Enxerto ósseo alógeno tem sido usado na terapia periodontal
nas últimas três décadas. Ele é geralmente usado em uma destas duas formas:
enxerto alógeno de osso liofilizado (FDBA) e enxerto alógeno de osso liofilizado
desmineralizado (DFDBA). Ambos têm sido usados com sucesso para regenerar o
aparato de inserção durante o tratamento periodontal, quando comparado ao
tratamento sem a utilização de enxerto. A grande vantagem para o paciente que utiliza
esse substituto de enxerto ósseo é a eliminação de uma cirurgia adicional intra ou
extra-bucal (ALVES, 2001).
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O enxerto xenógeno é obtido de outra espécie e, vem apresentando
resultados promissores, mostra-se como uma alternativa à intervenção em um
segundo sítio cirúrgico (no caso do enxerto autógeno) ou aos riscos de contaminação
e custos com exames laboratoriais no caso do enxerto alógeno. Mais recentemente
confirmou-se que uma matriz de mineral ósseo xenógeno purificado estimula a neo-
formação de osso nos seres humanos. As partículas de osso autógeno e as de osso
xenógeno atuam como um andaime para a formação óssea. A maioria das partículas
enxertadas incorporam-se no novo osso (CORREIA, 2002).
Cerâmicos
A cerâmica possui alta biocompatibilidade, com os menores índices de
retenção de placa, o que ajuda a preservar a saúde periodontal. Porém, há uma
preocupação em relação ao seu potencial de desgaste dos dentes ou restaurações
antagonistas, forças associadas ao bruxismo, bem como sua susceptibilidade a
fraturas, se comparada com o metal (BLATZ, 2009).
As biocerâmicas são os biomateriais com maior biocompatibilidade devido à
sua composição química, apresentando-se como monolitos de alta resistência à
degradação em condições adversas (como a alumina e a zircônia ), ou como grânulos
não-absorvíveis ou absorvíveis, como a hidroxiapatita e o fosfato tricálcico, atuando
como suporte para o crescimento ósseo ou sendo solubilizados e substituídos por
tecido ósseo neoformado (COELHO, 2005).
A cerâmica vítrica bioativa (BGC) recentemente adquiriu grande atenção
como os biomateriais mais promissores, por isso, tem sido amplamente aplicado como
material de preenchimento para a regeneração do tecido ósseo. Porque apresenta
respostas biológicas específicas após o implante, além disso, mais potencial na
formação de forte interface com ambos os tecidos duros e moles por dissolução de
íons de cálcio e fosfato(KUMAR, 2017) .
4.2. Preservação Alveolar
A preservação do rebordo alveolar tem se mostrado um procedimento
eficiente em relação à perda óssea horizontal e vertical pós-extração. Várias técnicas
podem ser utilizadas para manutenção do alvéolo, como uso de enxertos autógenos,
xenógenos e alógenos no preenchimento do alvéolo e regeneração óssea guiada
com utilização de membranas ( CALASANS et al., 2008).
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Grandes estudos demonstraram clinicamente que a técnica de preservação
do rebordo alveolar ajuda a diminuir a reabsorção do osso alveolar ajudando na
colocação de implantes. Não é incomum encontrar níveis de reabsorção em áreas
enxertadas similares as encontradas em alvéolos sem nenhum tratamento. As taxas
de insucesso e os motivos que levam a isso ainda não foram elucidados e aconselham
orientar o paciente em relação a possibilidade de insucesso (VIGNOLETTI et al.,
2012).
Sempre que possível deve-se evitar o descolamento de retalhos tanto na
vestibular quanto na lingual ou palatina em áreas onde a estética é um fator crítico
(PAGNI et al., 2012).
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5- METODOLOGIA
Tipo de Estudo
O trabalho aqui desenvolvido do tipo revisão de literatura, foi realizado através
de pesquisas bibliográficas, com o objetivo de verificar a eficiência das medicas de
preservação alveolar pós exodontia.
Aspectos éticos
Com base na norma brasileira regulamentadora 6023, este estudo foi
realizado respeitando tais normas impostas pela ABNT, no que se refere às
referências bibliográficas, em citações diretas e indiretas de vários autores.
Coleta de dados
Este estudo científico consta de levantamento bibliográfico, onde foram feitas
pesquisas em monografias, artigos, periódicos, teses, revistas científicas existentes
nas bases nacionais e internacionais, LILACS(Literatura Latino-Americana em
Ciências de Saúde), PUBMED, SCIELLO, MEDILINE e BVS (Biblioteca Virtual em
Saúde), analisando minuciosamente todos os temas relacionados. Para o
levantamento dos artigos, foram utilizados as palavras-chave: Enxerto Ósseo •
Biomaterial• Preservação alveolar.
Análise de Dados
Foi realizado uma análise dos trabalhos encontrados, primeiramente através
de uma leitura exploratória dos resumos, para analisar se o trabalho tem importância
em relação ao tema. O segundo passo, foi selecionar alguns trabalhos que tinham
mais importância com o tem, utilizando como critérios de inclusão artigos publicados
em periódicos nacionais e internacionais, artigos que abordaram a temática estudada,
preservação alveolar, estudos relativos aos últimos 5 anos.
E como critério de exclusão, trabalhos que não tinham algo relacionado ao
assunto, artigos publicados há mais de 5 anos, artigos publicados em outros idomas,
estudos de coort e revisão sistematica.
O último passo é feito com objetivo de selecionar e organizar as fontes a
serem extraídas, de forma que o assunto estudado possibilitasse a explicação e
explanação do assunto estudado.
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6. RESULTADOS
A partir da metodologia que foi empregada, foram analisados 45 estudos,
sendo artigos científicos, monografias e teses. A revisão evidenciou que existem
várias técnicas de preservação alveolar usadas para minimizar a reabsorção óssea
alveolar tanto em altura quanto em espessura após a exodontia, seja ela unitária ou
múltipla.
A maioria dos artigos selecionados mostraram que não há 100% de
preservação, ou seja, 100% da altura e espessura do alvéolo pós extração não é
preservada. No entanto notou-se uma preservação de pelo menos 85% do alvéolo,
sendo essas áreas preservadas mais propícias a receber implantes osseointegráveis
(SAD, 2013).
Biomaterial
Vantagens e benefícios Autor
Enxerto Ósseo
Bovino
Mineralizado em
blocos
Estrutura porosa e firme facilita a
deposição de células osteogênicas e
formação de osso novo por
osteocondução;
Por sua natureza trabeculada intacta
e sem resíduos, permite rápida
vascularização
FERRAZ, 2013.
ARAÚJO, 2016.
Enxerto Ósseo
Bovino
Mineralizado
Estrutura porosa e firme facilita a deposição de células osteogênicas e formação de osso novo por osteocondução; - Por sua natureza trabeculada intacta e sem resíduos, permite rápida vascularização;
REBOLÇAS,
2015.
FERRAZ et
al, 2016.
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Matriz Cerâmico
Bifásico
Excelente estrutura osteocondutora,
permitindo a vascularização e a
deposição celular; - Permite a
reconstrução de paredes ósseas,
principalmente vestibulares, com a
manutenção do volume ósseo e da
arquitetura alveolar; - Apresenta
radiopacidade devido à presença de
cálcio, o que facilita sua visualização
e identificação através de imagem.
MENEZES,
2016.
QUEIROZ,
2015.
Osso Bovino
Desproteinizado
Permite a manutenção do volume e arcabouço ósseo; - Devido sua carga inorgânica,
mantém um volume ósseo após
processo de remodelação; - Permite
a reconstrução de paredes ósseas,
principalmente vestibulares
(necessidade estética) com a
manutenção do volume ósseo e da
ar quitetura alveolar.
FIGUEIRA et al,
2015.
RODOLFO et al,
2017.
Matriz
Desmineralizada
de Osso Bovino
Dentro de sua adequada aplicação, permite a instalação de implante em períodos mais curtos; - A natureza física garante a não
fenestração, ou seja, não causa
trauma em tecido mole.
MAZORO, 2014.
BEDOYA, 2016..
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Enxerto Ósseo
Bovino Composto
Reparo ósseo em menor tempo; - Por sua composição mista, oferece melhores resultados na for mação de osso novo; - A presença do aglutinante natural (colágeno) facilita o manusei o, quando aglutinado ao sangue ou soro fisiológico; - A manutenção da estrutura original
do tecido ósseo confere resi stência
e permite osteocondução;
SJOSTROM,
2013.
Diferentes biomaterias são usados em enxertos ósseos como osso autógeno,
alógeno, xenógeno e abordagens terapêuticas distintas, vem demonstrado resultados
diferentes em relação à manutenção da arquitetura tridimensional do processo
alveolar.
Terapias de preservação têm sido propostas com o objetivo de manter as
dimensões dos tecidos do alvéolo que são parcialmente perdidos após a extração do
dente, como parte do processo natural de cicatrização fisiológica (VIGNOLETTI et al.,
2011).
Os principais objetivos no desenvolvimento de biomateriais para aplicações
odontológicas são melhorar a qualidade da osseointegração e reduzir o tempo
necessário para alcançá-la. (ARAUJO, 2016).
Os artigos mostraram que na técnica de preservação do rebordo alveolar a
extração não traumática do elemento dentário é fundamental para a preservação da
tábua óssea vestibular e lingual ou palatina , resultando em uma menor perda óssea.
Não deve haver exsudato na área a ser operada podendo ser necessária intervenções
clínicas anteriores ao procedimento cirúrgico tais como raspagens, profilaxias e até
mesmo uso de antibiótico (OGHLI ET AL, 2010).
22
7. DISCUSSÃO
Após a extração do dente, o rebordo alveolar passará por mudanças
estruturais causando uma remodelação do tecido presente, promovendo alterações
dimensionais tanto no tecido mole quanto no tecido ósseo. Este processo fisiológico
poderá ter um comprometimento estético e funcional das futuras próteses
convencionais ou implantos suportadas, limitando o espaço protético e inviabilizando
a instalação de um implante na posição ideal ou de uma reconstrução protética
(ARAUJO, 2016).
Durante a cicatrização alveolar, a maioria das mudanças ocorre nos primeiros
três meses. redução de 2-4 mm na direção vertical e reabsorção horizontal de 5-7 mm
podem ser esperadas após a exodontia. portanto, a preservação do rebordo alveolar
é importante para evitar o colapso dos tecidos moles, o que poderia causar prejuízo e
insatisfação para a reabilitação protética com implantes ou mesmo com próteses
convencionais (LINDHE, 2014).
A altura, a espessura e quantidade de paredes ósseas presentes no alvéolo
após a exodontia, assim como a altura de cristas interproximais são também de
grande relevância (DARBY, 2009).
Um biomaterial deve apresentar características específicas que mantenham
sua segurança e sucesso clínico na preservação de rebordo alveolar. As principais
são: alta osteocondutividade, topografia adequada, biofuncionalidade, alta hidrofilia,
aplicabilidade clínica, baixa antigenicidade, reabsorção lenta e resultados clínicos
superiores em termos de preservação do rebordo residual em comparação com
alvéolos sem biomaterial (REBOLÇAS, 2015).
Para facilitar a formação óssea nos alvéolos recém-extraídos e por
consequência minimizar a perda de altura e largura óssea vestíbulo-lingual foram
sugeridos alguns métodos de preenchimento alveolar. Logo, os substitutos ósseos
devem ser osteoindutivos e osteocondutores, que estimulem o crescimento ósseo
(MEZZOMO et al., 2011).
O uso de membranas ajuda na preservação com relação aos pacientes que
não receberam membrana para recobrimento do preenchimento/ preservação
alveolar, sendo que ambos procedimentos mostraram êxito na preservação alveolar
com osso bovino (SAD, 2013).
23
O enxerto ósseo autógeno é o material padrão ouro para reconstrução de
processos alveolares atróficos. Quando comparado aos enxertos ósseos alógenos e
xenógenos, suas principais vantagens são a relativa resistência à infecção,
incorporação pelo hospedeiro, não ocorrendo reação de corpo estranho, mantém a
capacidade osteogênica e osteoindutiva, uma vez que se constitui de substância
trabecular com medula óssea viável (RIBEIRO, 2003).
Isso faz com que o processo de revascularização e integração ao sítio
receptor ocorram de forma mais acelerada. Além disso, enxertos alógenos e
xenógenos, muitas vezes, podem ser, celularmente, interpretados como corpo
estranho, fazendo com que ocorra a formação de tecido fibroso ao invés de uma
osteointegração (ORSINI, 2007).
A regeneração do tecido ósseo com uso de biomateriais sintéticos é uma
alternativa aos enxertos ósseos, pois não danificam o leito hospedeiro e não expõe a
risco de contaminações, apresentam ainda a vantagem de serem disponibilizados
comercialmente em quantidade ilimitada, diferente dos enxertos autógenos. O
sucesso na reparação está na dependência de certas condições, tais como, possuir
um amplo suprimento sanguíneo, estabilidade mecânica, presença de um arcabouço
tridimensional e tamanho da lesão (TABATA, 2009).
Muitos autores sugerem o preenchimento do alvéolo com osso bovino
desmineralizado e seu selamento com membranas. Embora alguns desses substitutos
ósseos sejam capazes de preservar as dimensões dos alvéolos pós-extração, a
quantidade e a qualidade do tecido ósseo formado no alvéolo têm sido variáveis e sua
utilização interfere muitas vezes com o processo normal de cicatrização (SERINO et.
al., 2003).
24
8. ARTIGO
PRESERVAÇÃO ALVEOLAR PÓS EXODONTIA PARA OTIMIZAÇÃO DA
REABILITAÇÃO EM IMPLANTE- REVISÃO DE LITERATURA
PRESERVATION OF ALVEOLAR POST EXODONTIA FOR OPTIMIZATION OF IMPLANT REHABILITATION - LITERATURE REVIEW PRESERVACIÓN ALVEOLAR POST EXODONTIA PARA LA OPTIMIZACIÓN DE LA REHABILITACIÓN EN IMPLANTE- REVISIÓN DE LITERATURA
Allynne Julyanna Pereira de Oliveira¹, Lourival Denis Lima Campelo², Eduardo Souza de Lobão Veras³
¹Aluna do curso de odontologia do Centro Universitário Uninovafapi- Teresina-PI. ² Aluno do curso de odontologia do Centro Universitário Uninovafapi-Teresina-PI. ³ Professor Doutor do Centro Universitário Uninovafapi-Teresina-PI.
RESUMO
Objetivo: Avaliar através da revisão de literatura a eficiência das medidas de preservação alveolar pós exodontia; Estudar os principais biomateriais utilizados para a preservação alveolar pós exodontia; Verificar a importancia da preservação do volume osseo tridimenssional pós exodontia para a reabilitação estética e funcional com implante. Metodologia: estudo exploratório, realizado através de levantamento bibliográfico dos últimos 5 anos, onde foram feitas pesquisas em monografias, artigos, periódicos, teses, revistas científicas existentes nas bases nacionais e internacionais, LILACS(Literatura Latino-Americana em Ciências de Saúde), PUBMED, SCIELLO, MEDILINE e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Resultado e discussão: Diferentes biomaterias são usados em enxertos ósseos como osso autógeno, alógeno, xenógeno e abordagens terapêuticas distintas, vem demonstrado resultados diferentes em relação à manutenção da arquitetura tridimensional do processo alveolar. A revisão evidenciou que existem várias técnicas de preservação alveolar usadas para minimizar a reabsorção óssea alveolar tanto em altura quanto em espessura após a exodontia, seja ela unitária ou múltipla. A maioria dos os artigos selecionados mostraram que não há 100% de preservação, ou seja, 100% da altura e espessura do alvéolo pós extração não é preservada. No entanto notou-se uma preservação de pelo menos 85% do alvéolo, sendo essas áreas preservadas mais propícias a receber implantes osseointegráveis. Conclusão: Esta revisão confirmou a eficiência da preservação alveolar em relação a diminuição da reabsorção óssea alveolar pós extração com biomateriais, independentemente dos tipos utilizados. Os principais biomaterias usados para realização dos enxertos em alvéolo foram osso bovino mineralizado, matriz cerâmico bifásico, osso bovino desproteinizado, matriz desmineralizado de osso bovino e osso bovino composto. A literatura afirma que a técnica de preservação do rebordo alveolar limita, mas não previne completamente, a reabsorção fisiológica do alvéolo pós extração dentária. Essa redução é mais significativa nas medidas horizontais, ou vestíbulo lingual, do osso alveolar, proporcionando melhores condições de instalação do implante osseointegrado na
25
posição tridimensional mais favorável para um resultado estético e funcional satisfatório. Descritores: Enxerto Ósseo. Biomaterial. Preservação alveolar
ABSTRACT
Objective: To evaluate the efficiency of alveolar preservation measures after extraction; To study the main biomaterials used for alveolar preservation after exodontia; To verify the importance of the preservation of the three-dimensional osseo volume post-exodontia for esthetic and functional rehabilitation with implant. Methodology: an exploratory study, carried out through a bibliographical survey of the last 5 years, where researches were done in monographs, articles, periodicals, theses, scientific journals in national and international databases, LILACS (Latin American Literature in Health Sciences), PUBMED , SCIELLO, MEDILINE and VHL (Virtual Health Library). Results and discussion: Different biomaterials are used in bone grafts such as autogenous, allogenic bone, xenogene and different therapeutic approaches, different results have been demonstrated in relation to the maintenance of the three-dimensional architecture of the alveolar process. The review evidenced that there are several alveolar preservation techniques used to minimize alveolar bone resorption both in height and in thickness after extraction, whether unitary or multiple. Most of the articles selected showed that there is 100% preservation, ie, 100% of the height and thickness of the post-extraction well is not preserved. However, a preservation of at least 85% of the alveolus was observed, these preserved areas being more propitious to receive osseointegratable implants. Conclusion: This review confirmed the efficiency of alveolar preservation in relation to decreased alveolar bone resorption after extraction with biomaterials, regardless of the types used. The main biomaterials used to make alveolus grafts were mineralized bovine bone, biphasic ceramic matrix, deproteinized bovine bone, demineralized matrix of bovine bone and composite bovine bone. The literature states that the preservation technique of the alveolar ridge limits, but does not completely prevent, the physiological resorption of the alveolus after tooth extraction. This reduction is more significant in the horizontal measurements, or lingual vestibule, of the alveolar bone, providing better conditions of installation of the osseointegrated implant in the three-dimensional position more favorable for a satisfactory aesthetic and functional result. Key words: Bone graft. Biomaterial. Alveolar preservation RESUMEN
Objetivo: Evaluar a través de la revisión de literatura la eficiencia de las medidas de preservación alveolar post exodoncia; Estudiar los principales biomateriales utilizados para la preservación alveolar post exodoncia; Verificar la importancia de la preservación del volumen osseo tridimensional post exodoncia para la rehabilitación estética y funcional con implante. En el presente trabajo se analizaron los resultados obtenidos en el análisis de los resultados obtenidos en el análisis de los resultados obtenidos en el estudio. , SCIELLO, MEDILINE y BVS (Biblioteca Virtual en Salud). En la mayoría de los casos, la mayoría de las personas que sufren de esta
26
enfermedad, se sienten más afectadas. La revisión evidenció que existen varias técnicas de preservación alveolar usadas para minimizar la reabsorción ósea alveolar tanto en altura como en espesor después de la exodoncia, ya sea unitaria o múltiple. La mayoría de los artículos seleccionados mostraron que no hay un 100% de preservación, es decir, el 100% de la altura y el grosor del alvéolo después de la extracción no se conserva. Sin embargo, se notó una preservación de al menos el 85% del alvéolo, siendo estas áreas preservadas más propicias a recibir implantes osseointegráficos. Conclusión: Esta revisión confirmó la eficiencia de la preservación alveolar en relación a la disminución de la reabsorción ósea alveolar después de la extracción con biomateriales, independientemente de los tipos utilizados. Los principales biomateriales utilizados para la realización de los injertos en alvéolo fueron hueso bovino mineralizado, matriz cerámica bifásica, hueso bovino desproteinizado, matriz desmineralizada de hueso bovino y hueso bovino compuesto. La literatura afirma que la técnica de preservación del borde alveolar limita, pero no previene completamente, la reabsorción fisiológica del alvéolo post extracción dental. Esta reducción es más significativa en las medidas horizontales, o vestíbulo lingual, del hueso alveolar, proporcionando mejores condiciones de instalación del implante osseointegrado en la posición tridimensional más favorable para un resultado estético y funcional satisfactorio. Descriptores: Enrojecimiento óseo. Biomaterial. Preservación alveolar 1 INTRODUÇÃO
A reabsorção e remodelação da crista alveolar após a remoção do dente é um
fenômeno de cura natural, que é fisiologicamente indesejável e possivelmente
inevitável e pode impactar negativamente na colocação do implante. A perda do
volume ósseo alveolar pode ocorrer antes da extração dentária devido à doença
periodontal, patologia periapical e traumatismo nos dentes e osso (BUSER, 2004).
Preservação do rebordo alveolar tem se mostrado um procedimento eficiente
em relação à perda óssea horizontal e vertical pós-extração. Várias técnicas podem
ser utilizadas para manutenção do alvéolo, como uso de enxertos autógenos,
xenógenos e alógenos no preenchimento do alvéolo e regeneração óssea (WENG et
al., 2011).
A ausência do dente no alvéolo desencadeia uma cascata de eventos
biológicos que resultam em uma alteração anatômica significante demostrado que a
perda no volume do osso alveolar após a extração é um processo natural e irreversível
que envolve a redução tanto na medida vertical quanto horizontal do osso alveolar
(VAN DER WEIJDEN, 2009).
Durante o processo natural de cicatrização do alvéolo dentário ocorre a
reabsorção e contração do osso alveolar muitas vezes impossibilitando a instalação
27
de implantes em um segundo momento sem a necessidade de enxerto ósseo. As
técnicas de preservação de rebordo alveolar pós exodontia podem diminuir ou retardar
esse processo natural de reabsorção proporcionando melhores condições para a
instalação de implantes. Existem vários materiais que podemos utilizar para o
preenchimento do alvéolo com a finalidade de preservar suas dimensões ósseas
iniciais, tais como osso autógeno, xenógeno e alógeno e matérias aloplásticos. Todos
apresentam resultados previsíveis e satisfatórios na manutenção do volume do osso
alveolar (MENEZES, 2016).
Os implantes ósseo integráveis têm sido utilizados como método alternativo
para reposição de dentes perdidos, uma vez que apresentam um bom desempenho
em longo prazo. A preservação alveolar, portanto, é de importância fundamental para
visibilizar a instalação de implante osseointegrado com posicionamento tridimensional
adequando. O objetivo foi avaliar através da revisão de literatura a eficiência das
medidas de preservação alveolar pós exodontia.
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
O trabalho aqui desenvolvido do tipo revisão de literatura, foi realizado através
de pesquisas bibliográficas, com o objetivo de verificar a eficiência das medicas de
preservação alveolar pós exodontia.
Aspectos éticos
Com base na norma brasileira regulamentadora 6023, este estudo foi
realizado respeitando tais normas impostas pela ABNT, no que se refere às
referências bibliográficas, em citações diretas e indiretas de vários autores.
Coleta de dados
Este estudo científico consta de levantamento bibliográfico, onde foram feitas
pesquisas em monografias, artigos, periódicos, teses, revistas científicas existentes
nas bases nacionais e internacionais, LILACS(Literatura Latino-Americana em
Ciências de Saúde), PUBMED, SCIELLO, MEDILINE e BVS (Biblioteca Virtual em
Saúde), analisando minuciosamente todos os temas relacionados. Para o
levantamento dos artigos, foram utilizadas as palavras-chave: Enxerto Ósseo •
Biomaterial• Preservação alveolar.
Análise de Dados
28
Foi realizada uma análise dos trabalhos encontrados, primeiramente através
de uma leitura exploratória dos resumos, para analisar se o trabalho tem importância
em relação ao tema. O segundo passo, foi selecionar alguns trabalhos que tinham
mais importância com o tema, utilizando como critérios de inclusão artigos publicados
em periódicos nacionais e internacionais, artigos que abordaram a temática estudada,
preservação alveolar, estudos relativos aos últimos 5 anos.
E como critério de exclusão, trabalhos que não tinham algo relacionado ao
assunto, artigos publicados a mais de 5 anos, artigos publicados em outros idomas,
estudos de coort e revisão sistematica.
O último passo é feito com objetivo de selecionar e organizar as fontes a
serem extraídas, de forma que o assunto estudado possibilitasse a explicação e
explanação do assunto estudado.
RESULTADOS
A partir da metodologia empregada, foram analisados 45 estudos, sendo
artigos científicos, monografias e teses. A revisão evidenciou que existem várias
técnicas de preservação alveolar usadas para minimizar a reabsorção óssea alveolar
tanto em altura quanto em espessura após a exodontia, seja ela unitária ou múltipla.
A maioria dos os artigos selecionados mostraram que não há 100% de
preservação, ou seja, 100% da altura e espessura do alvéolo pós extração não é
preservada. No entanto notou-se uma preservação de pelo menos 85% do alvéolo,
sendo essas áreas preservadas mais propícias a receber implantes osseointegráveis
(SAD, 2013).
Biomaterial
Vantagens e benefícios Autor
29
Enxerto Ósseo
Bovino
Mineralizado em
blocos
Estrutura porosa e firme facilita a
deposição de células osteogênicas e
formação de osso novo por
osteocondução;
Por sua natureza trabeculada intacta
e sem resíduos, permite rápida
vascularização
FERRAZ, 2013.
ARAÚJO, 2016.
Enxerto Ósseo
Bovino
Mineralizado
Estrutura porosa e firme facilita a
deposição de células osteogênicas e
formação de osso novo por
osteocondução;
- Por sua natureza trabeculada
intacta e sem resíduos, permite
rápida vascularização;
REBOLÇAS,
2015.
FERRAZ et
al, 2016.
Matriz Cerâmico
Bifásico
Excelente estrutura osteocondutora,
permitindo a vascularização e a
deposição celular; - Permite a
reconstrução de paredes ósseas,
principalmente vestibulares, com a
manutenção do volume ósseo e da
arquitetura alveolar; - Apresenta
radiopacidade devido à presença de
cálcio, o que facilita sua visualização
e identificação através de imagem.
MENEZES,
2016.
QUEIROZ,
2015.
30
Osso Bovino
Desproteinizado
Permite a manutenção do volume e
arcabouço ósseo;
- Devido sua carga inorgânica,
mantém um volume ósseo após
processo de remodelação; - Permite a
reconstrução de paredes ósseas,
principalmente vestibulares
(necessidade estética) com a
manutenção do volume ósseo e da ar
quitetura alveolar.
FIGUEIRA et al,
2015.
RODOLFO et al,
2017.
Matriz
Desmineralizada
de Osso Bovino
Dentro de sua adequada aplicação,
permite a instalação de implante em
períodos mais curtos;
- A natureza física garante a não
fenestração, ou seja, não causa
trauma em tecido mole.
MAZORO, 2014.
BEDOYA, 2016.
Enxerto Ósseo
Bovino Composto
Reparo ósseo em menor tempo;
- Por sua composição mista, oferece
melhores resultados na for mação de
osso novo; - A presença do
aglutinante natural (colágeno) facilita
o manusei o, quando aglutinado ao
sangue ou soro fisiológico;
- A manutenção da estrutura original
do tecido ósseo confere resi stência e
permite osteocondução;
SJOSTROM,
2013.
Diferentes biomaterias são usados em enxertos ósseos como osso autógeno,
alógeno, xenógeno e abordagens terapêuticas distintas, vem demonstrado resultados
31
diferentes em relação à manutenção da arquitetura tridimensional do processo
alveolar.
Terapias de preservação têm sido propostas com o objetivo de manter as
dimensões dos tecidos do alvéolo que são parcialmente perdidos após a extração do
dente, como parte do processo natural de cicatrização fisiológica (VIGNOLETTI et al.,
2011).
Os principais objetivos no desenvolvimento de biomateriais para aplicações
odontológicas são melhorar a qualidade da osseointegração e reduzir o tempo
necessário para alcançá-la. (ARAUJO, 2016).
Os artigos mostraram que na técnica de preservação do rebordo alveolar a
extração não traumática do elemento dentário é fundamental para a preservação da
tábua óssea vestibular e lingual ou palatina , resultando em uma menor perda óssea.
Não deve haver exsudato na área a ser operada podendo ser necessária intervenções
clínicas anteriores ao procedimento cirúrgico tais como raspagens, profilaxias e até
mesmo uso de antibiótico (OGHLI et al., 2010).
DISCUSSÃO
Após a extração do dente, o rebordo alveolar passará por mudanças
estruturais causando uma remodelação do tecido presente, promovendo alterações
dimensionais tanto no tecido mole quanto no tecido ósseo. Este processo fisiológico
poderá ter um comprometimento estético e funcional das futuras próteses
convencionais ou implantossuportadas, limitando o espaço protético e inviabilizando
a instalação de um implante na posição ideal ou de uma reconstrução protética.
Um biomaterial deve apresentar características específicas que mantenham
sua segurança e sucesso clínico na preservação de rebordo alveolar. As principais
são: alta osteocondutividade, topografia adequada, biofuncionalidade, alta hidrofilia,
aplicabilidade clínica, baixa antigenicidade, reabsorção lenta e resultados clínicos
superiores em termos de preservação do rebordo residual em comparação com
alvéolos sem biomaterial (REBOLÇAS, 2015).
Para facilitar a formação óssea nos alvéolos recém-extraídos e por
consequência minimizar a perda de altura e largura óssea vestíbulo-lingual foram
sugeridos alguns métodos de preenchimento alveolar. Os enxertos para
32
preenchimento ósseo logo após a extração dentária proporcionam um suporte
mecânico e evitam o colapso das paredes ósseas vestibulares e linguais, acarretando
em um retardo da reabsorção. Logo, os substitutos ósseos devem ser osteoindutivos
e osteocondutores, que estimulem o crescimento ósseo (MEZZOMO et al., 2011).
O uso de membranas ajuda na preservação com relação aos pacientes que
não receberam membrana para recobrimento do preenchimento/ preservação
alveolar, sendo que ambos procedimentos mostraram êxito na preservação alveolar
com osso bovino (SAD, 2013).
O enxerto ósseo autógeno é o material padrão ouro para reconstrução de
processos alveolares atróficos. Quando comparado aos enxertos ósseos alógenos e
xenógenos, suas principais vantagens são a relativa resistência à infecção,
incorporação pelo hospedeiro, não ocorrendo reação de corpo estranho, mantém a
capacidade osteogênica e osteoindutiva, uma vez que se constitui de substância
trabecular com medula óssea viável ( RIBEIRO, 2003).
Os estudos mostraram que as técnicas de preservação óssea após extração
dentária, seja com enxerto xenógeno ou enxerto autógeno são eficazes minimizando
as alterações na morfologia do rebordo alveolar, mas são incapazes de prevenir
completamente tais alterações (CHAN, 2013).
Isso faz com que o processo de revascularização e integração ao sítio
receptor ocorram de forma mais acelerada. Além disso, enxertos alógenos e
xenógenos, muitas vezes, podem ser, celularmente, interpretados como corpo
estranho, fazendo com que ocorra a formação de tecido fibroso ao invés de uma
osteointegração (ORSINI, 2007).
A regeneração do tecido ósseo com uso de biomateriais sintéticos é uma
alternativa aos enxertos ósseos, pois não danificam o leito hospedeiro e não expõe a
risco de contaminações, apresentam ainda a vantagem de serem disponibilizados
comercialmente em quantidade ilimitada, diferente dos enxertos autógenos. O
sucesso na reparação está na dependência de certas condições, tais como, possuir
um amplo suprimento sanguíneo, estabilidade mecânica, presença de um arcabouço
tridimensional e tamanho da lesão (TABATA, 2009).
O enxerto ósseo autógeno é o material padrão ouro para reconstrução de
processos alveolares atróficos. Quando comparado aos enxertos ósseos alógenos e
xenógenos, suas principais vantagens são a relativa resistência à infecção,
incorporação pelo hospedeiro, não ocorrendo reação de corpo estranho, mantém a
33
capacidade osteogênica e osteoindutiva, uma vez que se constitui de substância
trabecular com medula óssea viável (RIBEIRO, 2003).
Isso faz com que o processo de revascularização e integração ao sítio
receptor ocorram de forma mais acelerada. Além disso, enxertos alógenos e
xenógenos, muitas vezes, podem ser, celularmente, interpretados como corpo
estranho, fazendo com que ocorra a formação de tecido fibroso ao invés de uma
osteointegração (ORSINI, 2007).
CONCLUSÃO
Esta revisão confirmou a eficiência da preservação alveolar em relação a
diminuição da reabsorção óssea alveolar pós extração com biomateriais,
independentemente dos tipos utilizados.
A técnica de extração não traumática é de fundamental importância para a
preservação do rebordo alveolar, resultando em menor perda óssea, e maior
preservação da tábua óssea vestibular e palatina.
Os principais biomaterias usados para realização dos enxertos em alvéolo
foram osso bovino mineralizado em blocos, matriz cerâmico bifásico, osso bovino
desproteinizado, matriz desmineralizado de osso bovino e osso bovino composto.
A literatura afirma que a técnica de preservação do rebordo alveolar limita,
mas não previne completamente, a reabsorção fisiológica do alvéolo pós extração
dentária. Essa redução é mais significativa nas medidas horizontais, ou vestíbulo
lingual, do osso alveolar, proporcionando melhores condições de instalação do
implante osseointegrado na posição tridimensional mais favorável para um resultado
estético e funcional satisfatório.
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34
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36
9.CONCLUSÃO
Esta revisão confirmou a eficiência da preservação alveolar em relação a
diminuição da reabsorção óssea alveolar pós extração com biomateriais,
independentemente dos tipos utilizados.
Os principais biomaterias usados para realização dos enxertos em alvéolo
foram osso bovino mineralizado em blocos, matriz cerâmico bifásico, osso bovino
desproteinizado, matriz desmineralizado de osso bovino e osso bovino composto.
A técnica de extração não traumática é de fundamental importância para a
preservação do rebordo alveolar, resultando em menor perda óssea, e maior
preservação da tábua óssea vestibular e palatina.
A literatura afirma que a técnica de preservação do rebordo alveolar limita,
mas não previne completamente, a reabsorção fisiológica do alvéolo pós extração
dentária. Essa redução é mais significativa nas medidas horizontais, ou vestíbulo
lingual, do osso alveolar, proporcionando melhores condições de instalação do
implante osseointegrado na posição tridimensional mais favorável para um resultado
estético e funcional satisfatório.
37
10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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41
ANEXO A
1 DECLARAÇÃO DE REVISÃO ORTOGRÁFICA
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ANEXO B
1DECLARAÇÃO DE TRADUÇÃO DA LINGUS PORTUGUESA PARA LINGUA
INGLÊSA