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CENTRO INTERNACIONAL DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS 1, Avenue Léon Journault 92318 SÈVRES Cedex Telefone: 33 (0) 1 45 07 60 00 Fax: 33 (0) 1 45 07 60 01 Site Internet: http://www.ciep.fr Departamento de engenharia educacional
La main à la pâte – Mão na massa
Impacto do método por experimentação nas disciplinas não científicas
Visita de estudo
para 15 professores, capacitadores e coordenadores pedagógicos de nível municipal e estadual (São Carlos, São Paulo e Rio de Janeiro)
2 – 9 novembro 2003
Coordenadores: Laura Lemétayer / Nuria Aligante (CIEP) David Jasmin (LAMAP)
Contexto
Este estágio é organizado por solicitação do Serviço de cooperação e ação cultural da Embaixada da França em São Paulo (Brasil), no contexto da cooperação com a cidade de São Paulo. Ele se dirige a profissionais da educação com experiência prática no método A mão na massa e se insere na continuidade do protocolo do acordo entre a Academia Brasileira de Ciências e a Academia de Ciências do Instituto da França, que trabalham pela renovação do ensino de ciências na escola primária.
Ele completa um primeiro estágio de “Introdução ao método por experimentação” que ocorreu no final de 2002.
PROBLEMÁTICA O dispositivo A mão na massa, introduzido em julho de 2001 em escolas das cidades de São Paulo, São Carlos e Rio de Janeiro pela Academia Brasileira de Ciências, obteve um rápido desenvolvimento, reunindo inúmeros atores (professores, responsáveis administrativos e políticos, pais de alunos, etc). Tanto no Brasil quanto na França, esses atores puderam constatar que a introdução de um método por experimentação tem efeitos que ultrapassam em muito o quadro estrito da aquisição de saberes científicos.
Com efeito, a atividade científica, por partir de fenômenos naturais e de observações comuns a todas as crianças, ajuda a cruzar as barreiras de línguas e tradições diferentes.
A mão na massa, que se inspira no método científico, incita as crianças a construir e a emitir hipóteses, a trocar experiências oralmente em torno das observações, a discutir a organização das experiências e a confrontar as explicações daí decorrentes. Dessa maneira, pudemos constatar que numerosos alunos, que apresentam dificuldades lingüísticas em certas disciplinas, se expressam mais à vontade durante as atividades científicas, onde a manipulação faz com que eles se envolvam em um trabalho comum e coloca-os diante de fenômenos universais.
Da mesma forma, algumas crianças ditas “difíceis”, aprendendo a argumentar, a confrontar-se, a escutar os outros e a trabalhar com um objetivo comum e uma organização coletiva, no contexto das atividades científicas, puderam desenvolver comportamentos socialmente mais adaptados.
A aplicação desse ensino experimental necessita de uma reflexão sobre três eixos:
As competências dos professores (saberes e habilidades); Os recursos (criação, exploração); O contexto no qual se insere a experimentação (no nível da classe, da escola, do
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envolvimento dos parceiros sociais e profissionais, da política educacional do município).
A capacitação proposta deve permitir esclarecer cada um dos pontos mencionados. Além disso, a programação dos próximos dias foi concebida em função das seguintes problemáticas:
Que formação específica podemos propor aos professores do primário para garantir esse
ensino? Quais conteúdos e quais suportes pedagógicos desenvolver e como associar a eles a
comunidade científica? Qual organização e quais equipamentos precisam ser implementados nas aulas em relação
aos princípios básicos da pedagogia A mão na massa? Que impacto pode ter o método preconizado pela A mão na massa sobre os outros campos
do conhecimento? Como desenvolver a interdisciplinaridade? Como avaliar essa experimentação (do ponto de vista das competências dos alunos e do
dispositivo) e que modalidades considerar para uma generalização? Que formações inicial e contínua dos professores devem ser previstas para acompanhar
essa generalização?
MODALIDADES Os professores, coordenadores pedagógicos e capacitadores brasileiros participarão de palestras / debates / observações / manipulações nas três áreas definidas acima: preparação e acompanhamento dos professores, criação e utilização dos recursos, estruturas de acolhimento.
Visitas a escolas maternais e primárias francesas inseridas na A mão na massa oferecerão a oportunidade de estudar a organização das atividades de sala de aula e os dispositivos de acompanhamento que as sustentam. O estágio será caracterizado pela troca de experiências com os diferentes atores do ensino de ciências: professores, cientistas, capacitadores, inspetores da Educação Nacional, agentes das redes de educação prioritária.
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Domingo 2/11 Chegada no aeroporto Jantar (19h00-20h00) no CIEP
Segunda-feira 3/11 9h30-10h00 Recepção MAP / CIEP: M. Albert Prévos, M. Yves Quéré Apresentação do programa e da organização do estágio (D. Jasmin, N. Aligante)
10h00 : Café de boas vindas
Abordagem comparativa entre os sistemas educacionais francês e brasileiro 10h30-11h45 Discussão em torno dos sistemas educacionais dos dois países: princípios, estrutura(s), objetivos Christine Mousny
11h45-12h30 La main à la pâte: Concepção, objetivos, aplicação, impacto Yves Quéré
14h00-14h15 Recepção prática pelo serviço de recepção do CIEP 14h15-15h00 Experiências em torno de atividades de sala da aula. Organização e progressão pedagógica em uma
seqüência de cursos envolvendo manipulações Formalização dos dados observados em vista da
apropriação para construção de uma seqüência Trabalhos práticos de metodologia para preparação de
uma seqüência de cursos e sua exploração em uma formação
Apresentação do “Guide des formations” (vai ao ar no primeiro trimestre de 2004)
Formação dos grupos para as sessões de quinta e sexta-feira
Alain Chomat
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Terça-feira 4/11
Visita de salas de aula em escolas maternais e primárias no contexto de uma rede de educação prioritária (Nogent/Oise) Equipe da REP de Nogent/Marne (Stéphane Noé / Nicolas Demarthe)
(Chegada: 8h30) Identificação das estruturas, equipamentos e recursos; encontro com as pessoas envolvidas Observação
do método pedagógico do papel do professor da evolução dos alunos na seqüência
Trocas e confrontos de experiências: Gestão da aula e envolvimento das pessoas-
recursos Integração do método experimental no interior
da aula; inserção na política educacional do município
Avaliação dos alunos
Discussão em torno da experiência brasileira
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Quarta-feira 5/11 Pluridisciplinariedade / Ciências e desenvolvimento da linguagem / Alunos em dificuldade
(Início: 8h30) 8h30-9h30 Adaptação do método La main à la pâte e seu impacto nas disciplinas não científicas Ciências e matemática: A construção do conceito de ângulo
na escola elementar: Uma abordagem interdisciplinar matemática-física
Valérie Munier 09h30-11h00 Análise do vídeo “Pesquisador e leitor”: qual é o papel da
linguagem no aprendizado científico? Edith Saltiel
11h15-12h30 O caderno de experiências: o aluno no centro do desenvolvimento de seu aprendizado
Suporte dos aprendizados científicos e lingüísticos para o aluno
Ferramenta de avaliação para o professor Edith Saltiel
14h00-15h30 Os raciocínios familiares dos alunos: exemplo em óptica elementar e/ou eletricidade e/ou gás Como fazer emergir e explorar o raciocínio dos alunos Edith Saltiel
15h45-17h00 A pedagogia da experimentação como estratégia de valorização dos alunos em dificuldade A experimentação: onde todas as hipóteses são
corretas / o estatuto do erro em ciências Identificação das aquisições da aula de ciências que
podem ser valorizadas nas disciplinas não científicas (ilustração com as aulas de reforço)
Nicolas Poussielgue
Passeio: “Les Vedettes du Pont-Neuf”
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Quinta-feira 6/11 (Chegada: 8h30)
Iniciar uma abordagem experimental das ciências e da matemática na escola maternal (Issy-les-Moulineaux) 8h30-9h20 Apresentação do ensino das ciências praticado na escola maternal das Acácias (projeto escolar e projeto anual, pluridisciplinariedade, mutualização dos recursos: crianças, pais, professores, lamap e os outros recursos) 9h30-10h15 Sessão de ciências com a aula de Petite Section 10h15-10h45 Bate-papo e café 10h45-11h45 Aula de Hélène Métivier, professora de Moyenne Section, sessão de ciências na sala de ciências 11h45-12h15 Bate-papo com a professora Claudine Schaub
14h30-17h00 Caso prático: construção de uma seqüência de formação Elaborar um protocolo de formação a partir de uma situação de aula (imaginar situações desencadeadoras e sua exploração no contexto de uma formação para abordar os diferentes aspectos do método) Alain Chomat
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Sexta-feira 7/11
9h00-10h30 Sol-Terra-Lua: exemplos de temas universais que podem ser explorados como espaços de descobertas e de expressões plurais Representações infantis Exploração de experiências e de simulações que evidenciam
algumas particularidades dos três astros mencionados, bem como certos fenômenos ligados à luz e à sombra
Mireille Hibon-Hartmann
10h30-12h30 As aulas multiníveis, uma característica das aulas rurais: diferenciação e atividades coordenadas no interior da aula coerência entre as ciências (física, química, biologia) e a
tecnologia: o método de projeto a formação dos professores em relação com o centro de
recursos e a gestão departamental
Loïc Poullain
14h00-15h30 As especificidades de uma formação no método pedagógico adaptado ao ensino das ciências Reconstituição pelos estagiários da seqüência de curso concebida Os diferentes tipos de formação / os conteúdos / as
estratégias de aplicação / exemplos / transferência e adaptação da MAP ao contexto brasileiro
15h45-16h30 Balanço do estágio Alain Chomat / David Jasmin / Loïc Poullain
Sábado 8/11 Visita à Cidade das Ciências da Villette Atividade cultural Jantar no restaurante “Chez Flo”
Domingo 9/11 Dia livre Partida