CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ... - Fatec São Sebastião de Queiroz... · seus ensinamentos, hoje...
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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
Faculdade de Tecnologia de São Sebastião
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial
MAURO DE QUEIROZ OLIVEIRA
EMPRESA MODELO: A Influência da implementação e certificação da norma ISO 14001 do Sistema de Gestão Ambiental a partir da ISO 9001, dentro de um
ambiente de Gestão da Qualidade Total.
São Sebastião
2014
MAURO DE QUEIROZ OLIVEIRA
EMPRESA MODELO: A Influência da implementação e certificação da norma ISO 14001 do Sistema de Gestão Ambiental a partir da ISO 9001, dentro de um
ambiente de Gestão da Qualidade Total.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como exigência parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Empresarial. Orientador: Prof. Me. Daniel Roberto Jung
São Sebastião
2014
MAURO DE QUEIROZ OLIVEIRA
EMPRESA MODELO: A Influência da implementação e certificação da norma ISO 14001 do Sistema de Gestão Ambiental a partir da ISO 9001, dentro de um ambiente de Gestão da Qualidade Total.
Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial. São Sebastião, (data da defesa)
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
PROFESSOR ME. DANIEL ROBERTO JUNG
_________________________________________________________
PROFESSOR ORLANDO CELESTINO
_________________________________________________________
PROFESSOR ESP. GILBERTO MOURÃO
MÉDIA FINAL: ___________________
Dedico este trabalho diretamente aos meus pais, que de todas as formas, me influenciaram e me
motivaram a alcançar todos os meus objetivos e vencer todas as barreiras em minha vida. A minha
amada mãe, Adilia Fariaz de Queiroz, e ao meu pai tão guerreiro, Francisco de Assis Oliveira. Sem
seus ensinamentos, hoje eu não concluiria mais esta etapa de minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela sua força maior e por sua fonte de luz e sabedoria em todos
os meus caminhos.
Minha eterna gratidão Aos meus pais, Francisco de Assis Oliveira e Adilia Farias de
Queiroz que entenderam a necessidade de dedicação a graduação, deram-me todo
suporte para realizar este sonho e sempre incentivou a busca de conhecimento.
Em especial, dedico este trabalho a minha queridíssima avó, Augusta Fariaz de
Queiroz, que sempre me apoiou e me mostrou grandes caminhos espirituais para o
sucesso em minha vida.
Agradeço a minha filha, Nicole Sophia Queiroz, por ser a página mais linda que o
destino escreveu na minha vida.
Um agradecimento especial também aos meus irmãos, Alan Queiroz de Oliveira e
Victória Queiroz de Oliveira, pelo apoio e troca de conhecimentos.
Agradeço ao poucos, porém, grandes e verdadeiros amigos que tive em toda minha
vida, que sempre me incentivaram a evoluir e ir além, me dando forças para manter-
me vivo nas competições do dia-a-dia.
Meu eterno, grande, e melhor amigo, Douglas Batista da Silva, por ter crescido ao
meu lado acompanhado meus passos, e estar comigo nas melhores e piores
situações de minha vida.
Meu agradecimento a minha namorada, Fernanda Gonçalves Mendes, por me
proporcionar a alegria e seu amor ao meu lado, companheirismo e paciência.
Um grande reconhecimento ao meu amigo e colaborador de nossa empresa,
Deiwyson Moura dos Santos, por sua competência em atuar de forma entusiástica
em todos nossos momentos juntos, na vida social e empresarial.
Um agradecimento muito especial ao meu orientador Daniel Roberto Jung, pelos
seus grandes e magníficos ensinamentos e por sua forma inteligente e desafiadora
na orientação deste trabalho. Fico muito agradecido por sua paciência, dedicação e
criticas ao nosso trabalho.
Um grande reconhecimento à professora Maria Inês por sua dedicada e confiante
forma de mostrar os grandes desafios de uma carreira profissional e também, por
ser uma segunda mãe para mim, por toda sua compreensão, paciência e alegria em
me posicionar para abraçar as melhores oportunidades da vida.
Aos profissionais de gestão ambiental que contribuirão com conhecimentos, ideias,
troca de informação e dedicação.
Agradeço também, a todos aqueles que participaram e me influenciaram de forma
indireta para a realização deste trabalho, professores e amigos, com ensinamentos,
criticas, sugestões e principalmente, dedicação e paciência.
“Se você quer transformar o mundo, experimente
primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e
realizar inovações no seu próprio interior”.
- Dalai - Lama
RESUMO
A preservação do meio ambiente é um tema atual. Os vários setores sociais tais como: governo, clientes, sociedade, acionistas, fornecedores e comunidade, estão exigindo cada vez mais das Organizações um desempenho ambientalmente correto. Neste contexto, há uma necessidade de gestão para alinhar a responsabilidade ambiental, o cumprimento das legislações, a melhoria da imagem, a competitividade de mercado, conquista de novos clientes, dentre outros motivos. Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental após um Sistema de Gestão da Qualidade em uma empresa de terraplanagem. Sistematiza todas as questões referentes às influencias e motivações que levam as empresas a implantar um SGA e obter resultados globais e benefícios satisfatórios, sempre alinhando o desempenho empresarial com as questões ambientais. O trabalho aborda também, as principais mudanças organizacionais qualitativas ocorridas na empresa estudada, à melhoria da qualidade de vida dos colaboradores e de todos os que guardam interesse direto e indireto pela organização. O principal objetivo deste trabalho é descrever as influências decorrentes da implantação de um SGA após um SGQ na Ideal Terraplanagem dentro de um cenário atual e competitivo. O trabalho objetiva estimular a reflexão de outras empresas e organizações sobre as vantagens globais da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental. A certificação de um Sistema de Gestão Ambiental é uma das melhores formas para conseguir obter melhorias no desempenho empresarial, sendo que, a abordagem de um novo cenário mundial: empresa – meio ambiente permite com que as organizações vislumbrem a melhoria contínua de seus processos empresariais e do desempenho ambiental. Foi realizada uma entrevista estruturada e aplicado um questionário com o líder responsável pelo departamento de SGI da organização. Os resultados da pesquisa evidenciaram grandes mudanças decorrentes da implantação do SGA em todas as perspectivas investigadas, notadamente no que se refere aos grandes benefícios oriundos da mudança de comportamento macro da empresa Ideal Terraplanagem. O trabalho é finalizado com a nova percepção da empresa sobre a visão sócio- ambiental em que a mesma assume um grande papel coletivo a partir da implantação de um SGA e busca cada vez mais, melhorar seu sistema de gestão. Palavras-chave: Desempenho empresarial. Sustentabilidade. Influências da ISO 14001. Melhoria Contínua.
ABSTRACT
The preservation of the environment is a very current theme. The various social sectors such as government, customers, society, shareholders, suppliers and the community, are demanding ever more organizations an environmentally friendly performance. In this context, there is a need management to align environmental responsibility, compliance with laws, improved image, competitive market, winning new customers, among other reasons. This paper presents a case study on the implementation of an EMS after a QMS in a company of earthwork. Systematizes all matters relating to the influences and motivations that lead companies to implement an EMS and achieve satisfactory overall results and benefits, always aligning business performance with environmental issues. The work also addresses the major organizational changes in the company studied, improving the quality of life of employees and of all who keep direct and indirect interest in the organization. The main objective of this paper is to describe the influences arising from the deployment of an EMS after a QMS in Ideal Earthwork within a current and competitive landscape. The paper aims to stimulate reflection of other companies and organizations for the overall benefit of implementing an Environmental Management System. The certification of an Environmental Management System is one of the best ways to achieve business performance improvements, with the approach of a new world scenario: business - environment allows organizations to visualize the continuous improvement of its business processes and environmental performance. A structured interview was conducted and a questionnaire with the leader responsible for SGI department of the organization. The survey results showed major changes resulting from the implementation of the EMS to all perspectives investigated, notably with regard to the great benefits derived from the behavior change company Ideal macro Earthwork. The work ends with a new perception of the company on the social and environmental vision that it takes a great collective role after the implementation of an EMS and search increasingly improve its management system. Keywords: Business performance . Sustainability. Influences of ISO 14001. Continuous Improvement
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR: Normas Brasileiras Regulamentadoras
ONU: Organização das Nações Unidas
SGA: Sistema de Gestão Ambiental
SGI: Sistema de Gestão integrado
SGQ: Sistema de Gestão da Qualidade
GQT: Gestão da Qualidade Total
GM: General Motors
BIRD: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
BID: Banco Internacional de Desenvolvimento
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente
TQC: Total Quality Management
ISO: International Standartization for Organization
PDCA: Plan, Do, Check, Act
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Principais Motivações para a implantação de um SGA .......................... 25
Figura 2 – Vantagens da implantação de um SGA ................................................ 32
Figura 3 – Desvantagens da implantação de um SGA............................................ 34
Figura 4 – Melhoría Continua ................................................................................. 38
Figura 5 – O ciclo PDCA ........................................................................................ 39
Figura 6 – Macroprocessos Organizacionais e Meio Ambiente .............................. 40
Figura 7 – Processo Individual de Entradas e Saídas ............................................. 41
Figura 8 – O Ciclo do Sistema de Gestão Ambiental ............................................. 86
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Motivações das empresas para a adoção da norma ISO 14001 .......... 22
Tabela 2 – Requisitos dos Sistemas de Gestão Ambiental e da Qualidade .......... 36
Tabela 3 – APENDICE A – Roteiro de Entrevista Estruturada .............................. 70
Tabela 4 – APENDICE B – Roteiro de Questionário .............................................. 72
Tabela 5 – APENDICE C – Roteiro de Questionário com respostas ..................... 78
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 09
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 16
2.1 O Sistema de Gestão Ambiental ....................................................................... 16
2.2. Requisitos dos Sistemas deGestão Ambiental e da Qualidade ........................ 35
2.3. O Ciclo PDCA ................................................................................................... 37
2.4. Principais semelhanças entre as Normas ISO 14001 e 9001 .......................... 42
2.5. Principais diferenças entre as Normas ISO 14001 e 9001 ............................... 44
2.6. Sistema de Gestão da Qualidade ..................................................................... 45
3 METODOLOGIA ................................................................................................ 51
3 .1 Estratégias da Pesquisa ................................................................................... 53
3 .2 Descrição da Empresa ..................................................................................... 55
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 57
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 62
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 65
APÊNDICE A – Roteiro de Entrevista Estruturada ............................................ 70
APÊNDICE B – Roteiro de Questionário ........................................................... 72
APÊNDICE C – Roteiro de Questionário com respostas ................................... 78
ANEXO A – O Ciclo de Sistema de Gestão Ambiental – ISO 14001 ................. 87
9
1 INTRODUÇÃO
Diante das crises e dos graves problemas ecológicos que permeiam toda
sociedade e do crescimento desenfreado das empresas e de sua relação predatória
com o meio ambiente, a natureza passou também a se comportar de uma nova
forma (ALMEIDA, 2002). O autor ainda menciona que escassez de recursos
naturais, alterações climáticas, e muitos outros problemas que vem sondando as
pessoas fizeram com que a sociedade ou a humanidade se preocupassem com o
meio ambiente, com a necessidade de conserva-lo e respeita-lo, isso tomou formato
com a responsabilidade de cada setor da sociedade (ALMEIDA, 2002).
Segundo Gravina (2008) apud Godart (1996), o homem, após a década de 70
começou a tomar consciência de que os problemas ambientais eram moldados nas
modalidades de produção das grandes empresas ou no desenvolvimento e
crescimento de grandes produtos e serviços e que assim, a natureza ou os recursos
naturais andavam lado a lado com a economia setorial e conforta-los seria uma
questão muito reflexiva segundo o padrão de desenvolvimento adotado.
A questão do posicionamento de dois fatores, econômicos e ambientais, fez
com que a humanidade repensasse em uma nova forma de desenvolvimento
econômico-sócio-ambiental, o que resultou em uma nova abordagem de
desenvolvimento sob uma nova ótica, que concilia o crescimento econômico com a
preservação ambiental, assim, surge o conceito de desenvolvimento sustentável
(GRAVINA, 2008, apud SEIFFERT, 2007).
Em 1983, a ONU cria a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, como um organismo independente. Em 1987, a comissão sobre a
presidência de Gro Harlem Brundtland, primeira ministra da Noruega, materializa um
dos mais importantes documentos dos tempos de hoje – O relatório Nosso Futuro
Comum, responsável pelas primeiras conceituações oficiais, formais e
sistematizadas sobre o desenvolvimento sustentável, que em seu segundo capitulo,
o relatório define o mesmo como sendo:
10
“aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades” (Nosso futuro comum - [Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1987]).
Neste novo cenário, Andrade, Tachizawa e Carvalho (2004), propõe que o
ponto principal do relato acima é, sobretudo, a ideia de interação e integração entre
pessoas e meio ambiente, assim, uma nova maneira de enxergar o mundo. Para
Almeida (2002, p.74), “no mundo sustentável, uma atividade – a economia, por
exemplo – não pode ser pensada ou praticada em separado, porque tudo está inter-
relacionado”.
Diante do cenário descrito, as exigências por parte dos clientes, governos,
matrizes e toda a humanidade fizeram com as empresas traçassem uma nova visão,
trabalhassem em um novo panorama de crescimento sustentável (GRAVINA, 2008).
Almeida (2002) discorre que os vários setores sociais foram então,
influenciados de diferentes modos, os clientes passaram a exigir produtos que
agridam menos o meio ambiente, os governos passaram a assumir um novo papel e
uma nova postura mais restritiva quanto à legislação ambiental e assim, seguir à
risca com o cumprimento de todas as normas pelas empresas, os consumidores
passaram a considerar ainda mais a variável “qualidade ambiental” na decisão de
compra, e a sociedade em geral está atenta à responsabilidade social e ambiental
das empresas. Todos estes fatores acabaram por influenciar os setores produtivos
das empresas, que passaram a adotar uma nova postura por se virem ameaçados
pela sociedade e pela concorrência, sendo assim, foram forçados a adicionar a
questão ambiental no ambiente de suas empresas, para tal fim, as Organizações
têm investido cada vez mais nos chamados Sistemas de Gestão Ambiental
(GRAVINA, 2008).
11
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
A sociedade está cada vez mais exigente com relação à redefinição do papel
das empresas e o desenvolvimento de um novo modelo de gestão focado na
responsabilidade sócio – ambiental. A abordagem de um novo cenário mundial:
empresa – meio ambiente permite com que as organizações visualizem a melhoria
contínua de seus processos empresariais e do desempenho ambiental
(TACHIZAWA, 2002).
Viterbo (1998) afirma que a certificação de um Sistema de Gestão Ambiental
é um grande passo para garantir o desenvolvimento de grandes relações com o
ambiente externo e interno, promover a competitividade de uma empresa por meio
de ferramentas e estratégias que aumentam a produtividade da mesma, e assim,
garantir a satisfação dos “stakeholders”.
1.2 PROBLEMA
Por que as empresas optam em implantar um SGA após a implantação de um
SGQ?
Para Pinto e Carvalho (2006) com as novas tendências e transformações no
cenário atual, pensar em Qualidade e em Gestão Ambiental é pensar em vantagem
competitiva para as Organizações. Para obter competitividade, toda e qualquer
Organização deve ter bem esclarecido em seu escopo, conjuntos de ações e
programas estratégicos de Gestão Ambiental como ferramentas essenciais após a
certificação ISO 14001. Ainda referenciando o mesmo autor, há muitas objeções
para a Implantação e certificação da ISO 14001 após a certificação de um Sistema
de Qualidade dentro das normas ISO 9001 dentro de uma Organização.
Os custos para adoção da norma ISO 14001 são similares àqueles para
adoção da norma ISO 9001 de Gestão da Qualidade, como reportado por Seiffert
(2007). Os altos custos relacionados à implementação da norma ISO 14001 podem,
de fato, tornar-se obstáculos para a entrada de muitas empresas neste novo cenário.
12
Entretanto, esses altos custos podem deixar de serem obstáculos na medida em que
a empresa comece com um Sistema de Gestão Ambiental básico,
consequentemente transformando-o em um Sistema mais sofisticado (POMBO;
MAGRINI, 2008).
Apropriadamente, Paladini (2012), coloca que, muitos empresários pensam
negativamente na possibilidade de implantação e certificação deste de um SGA pois
já tem um SGQ implantado, para os mesmos, tratar de assuntos relevantes ao meio
ambiente é coisa insignificante para a empresa, não traz lucros e ainda, gera
despesas. Empresários ainda afirmam que a certificação de um Sistema de Gestão
Ambiental gera muitos desacordos internos como: gastos com consultoria -
implantação e certificação, demanda de tempo e esforço, não tem pessoal
preparado na empresa e por isso gera outros gastos com treinamento e
especialização e, além disso, mudar um Sistema antigo já significa gerar conflitos de
interesses interno, pois expõe problemas da empresa e obriga a mesma a gerar
mudanças radicais. Paladini (2012) ainda manifesta que empresários afirmam que a
certificação exige compromisso e cumprimento das normas e regulamentações
ambientais, e que uma vez já implantado um Sistema de Gestão da Qualidade, não
há necessidade de estabelecer outros objetivos e documentar um novo Sistema.
1.2.1 Hipóteses
Pires do Rio e Granha (2014) afirmam que o conjunto de normas ISO 14000
do SGA constitui um desdobramento da série ISO 9000 do SGQ, sendo que a
Qualidade chama a ISO 14001, devido ao atendimento da legislação ambiental.
Assim, a aceitação por parte das empresas em adotarem um sistema de gestão da
qualidade acaba por desencadear um processo para implantar um conjunto de
princípios e sistematizar os procedimentos de gestão requeridos para uma gestão
ambiental. Ter o melhor atendimento ao cliente, já não é mais diferencial competitivo
e sim, necessidade de toda Organização. O Sistema de Gestão Ambiental é o
principal aliado das empresas que buscam competitividade e sobrevivência no
mercado, pois este sistema implantado nas empresas garante e promove
segurança, bem – estar e qualidade de vida de todos os seres humanos.
13
Segundo Barbieri (2004) apud Correia (2006), a Organização que já possui
um Sistema de Gestão da Qualidade terá mais facilidade para implantar o SGA,
sendo que o sistema de gestão ambiental é a parte de um sistema da gestão de
uma organização utilizada para desenvolver e implementar a política ambiental e,
resumidamente, para gerenciar os aspectos e impactos ambientais.
Nesse caso, a certificação de um Sistema de Gestão Ambiental é uma das
melhores formas para conseguir obter melhorias no desempenho empresarial em
uma Organização e promover o crescimento da economia brasileira (BARBIERI,
2011).
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
O propósito deste presente trabalho é descrever as influencias (mudanças
presenciadas) que fizeram com que a empresa Ideal Terraplanagem implantasse um
SGA dentro das normas ISO NBR 14001:2004 após sua certificação ISO 9001:2008.
1.3.2 Objetivos específicos
O presente trabalho tem como objetivos específicos:
Descrever a questão ambiental dentro de um contexto empresarial;
Levantar os fatores que motivaram a empresa a implantar um SGA
Demonstrar a visão sistêmica dos Sistemas de Gestão Ambiental e da
Qualidade
14
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O procedimento metodológico que norteia está pesquisa é de caráter
hipotético – dedutivo. Este método procura confirmar e comprovar a hipótese do
trabalho que é testada por evidencias, fatos ou fenômenos (GIL, 1999). O mesmo
foi utilizado na delimitação da pesquisa exploratória ou de campo realizada na
empresa estudada. Foi elaborado um modelo de questionário e de entrevista
estruturada para deste modo, fazer a coleta de informações acerca do tema
proposto e também, evidenciar as respostas para a comprovação das hipóteses e
do problema em cima do estudo de caso particular.
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O presente trabalho está dividido em 5 capítulos. A introdução como item
primeiro do mesmo, trata do tema, da justificativa, do problema, das hipóteses e dos
objetivos do trabalho, sempre abordando as questões empresariais dentro de um
novo cenário: o sócio- ambiental. Em seguida, na parte 2, o referencial teórico
apresenta as diversas influencias e os motivos que encorajam as empresas para
atuarem na proteção ambiental, que são: sentido da responsabilidade ecológica e
atendimento aos requisitos legais direcionados a melhoria da imagem empresarial,
da proteção do pessoal, da pressão do mercado, e da qualidade de vida das
pessoas junto ao lucro da empresa e também, apresenta o comportamento de cada
um dos setores sociais que guardam interesse pelas organizações; descreve os
SGA’s e os SGQ’s, assim, o ciclo PDCA como método de melhoria contínua para as
organizações. Consequentemente, a parte 3 apresenta a metodologia e as formas
de pesquisa utilizada no desenvolvimento do trabalho, abordando as pesquisas
bibliográficas referentes ao embasamento teórico do projeto e as pesquisas
exploratórias ou de campo referentes á parte prática do trabalho. Na parte 4, são
discutidos os resultados apresentados pela pesquisa exploratória junto ao diretor de
SGI da empresa estudada, pela qual são apresentados resultados satisfatórios e
ganhos substanciais com a implantação da ISO 14001 após a certificação da ISO
9001. Por fim, a parte 5 apresenta as considerações finais do trabalho, os principais
ganhos e motivos pela qual as empresas optam por implantar um SGA após um
SGQ.
15
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
Barbieri (2004) afirma que os conceitos de gestão do meio ambiente ou
administração do meio ambiente ou até mesmo gestão ambiental como sinônimos
de gerenciar a empresa e seus impactos ambientais, são entendidos como diretrizes
e atividades administrativas e operacionais que conduzem uma Organização a
exercer fortes funções administrativas como planejamento, direção, controle e
alocação de recursos e outros fatores com o objetivo de obter grandes resultados
satisfatórios alinhando a questão empresarial com a questão ambiental, e assim
atender as exigências normativas para criar efeitos positivos sobre o meio ambiente.
Paladini (2012) reforça ainda, que o conceito de gestão ambiental está
diretamente relacionado às atividades e esforços coletivo das empresas em obter
resultados satisfatórios na produção e comercialização de seus produtos e serviços
utilizando práticas e estratégias que reduzem os impactos ambientais gerados no
desenho final do produto. Portanto, o foco de um sistema de gestão ambiental está
na organização e não no meio ambiente.
Um sistema de gestão ambiental nada mais é do que a forma como a
empresa administra seu sistema de atividades e suas relações com o meio ambiente
que as envolvem diante das perspectivas das partes interessadas, ou seja, é a parte
da gestão pela qualidade total que integra os processos operacionais com as
práticas administrativas (NBR ISO 14001:2004).
Para Viterbo (1998) e Paladini (2012), o Sistema de Gestão Ambiental deve
ser enquadrado no sistema de negócios da empresa, sendo assim, não deve ser
encarada isoladamente, pois a mesma convive no mesmo ambiente da gestão pela
qualidade total (GQT), implantado por grande parte das empresas que já deram um
passo além da certificação ISO 9000. As Organizações que já implantaram um
sistema de gestão da qualidade terão maior facilidade para certificar um SGA.
Barbieri (2004).
16
A NBR ISO 14001:2004 vai ao encontro da afirmação de Viterbo (1998),
quando salienta que um Sistema de Gestão Ambiental é parte de um sistema de
gestão empresarial de uma organização utilizado para desenvolver e implementar
sua política ambiental e para gerenciar seus aspectos e impactos ambientais.
O sistema de gestão é um conjunto de variáveis ou elementos interligados
utilizados para alcançar um objetivo comum, este inclui, planejamento e atividades
de controle, responsabilidades, práticas administrativas, procedimentos e processo
de negócio (VITERBO, 1998).
Segundo Barbieri (2004), as variáveis de sucessos para um sistema de
gestão eficaz inclui a criação de uma política ambiental, o estabelecimento de
objetivos, a implantação de um programa para alcançar os resultados desejados, a
monitoração e a medição de sua eficácia, a correção de problemas, a análise e a
revisão do sistema para melhor aperfeiçoamento e melhor desempenho ambiental
geral.
“Um sistema de gestão eficaz pode ajudar uma empresa a gerenciar, medir e melhorar os aspectos ambientais de suas operações. Pode levar a uma conformidade mais eficiente com os requisitos ambientais obrigatórios e voluntários. Pode ajudar as empresas a efetivarem uma mudança cultural, à medida que práticas gerenciais ambientais forem sendo incorporadas nas operações gerais do negócio” (TIMBOR; FELDMAN, 1996, p. 21).
Barbieri (2004) aborda que um Sistema de Gestão Ambiental é um conjunto
de atividades administrativas e operacionais que exige a formulação de estratégias
que alinhem o desenvolvimento sustentável com os processos empresariais de uma
Organização, assim, os requisitos iniciais são: a formulação de diretrizes, definição
de objetivos, coordenação de atividades e avaliação de resultados, envolvimento de
diferentes segmentos da empresa para tratar das questões ambientais de modo
integrado com as demais atividades corporativas. Um dos maiores benefícios do
SGA é a possibilidade de melhorar o desempenho de uma Organização com a
obtenção de melhores resultados através de melhores práticas no consumo de
recursos naturais (VITERBO, 1998).
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2.1.2 A ISO 14001
A ISO 14001 é um conjunto de normas técnicas internacionais da família ISO
14000 de caráter agregado e voluntário, que serve de base e auxilio ás
Organizações para que elas possam equilibrar seus interesses econômicos –
financeiros com o desenvolvimento sustentável resultante de suas atividades
produtivas, assim, gerando menos impactos ao meio ambiente e consequentemente,
garantir à qualidade de vida de seus colaboradores e todos aqueles que estão a sua
volta, assim afirma Viterbo (1998) apud NBR ISO 14001 (2004).
Gravina (2008) manifesta que a função principal da ISO 14001 é especificar
requisitos para que um sistema de gestão ambiental capacite uma Organização a
criar e implementar uma politica ambiental em seu escopo, sendo esta, a primeira
fase de implantação de um SGA. As normas ISO 14001 estabelecem que devam ser
cumpridos os requisitos legais e as informações sobre os aspectos ambientais
significativos das atividades das empresas. Qualquer empresa ou Organização que
pretende atuar de forma correta perante as legislações governamentais pode
implantar um SGA, Organizações de pequeno, médio e grande porte, privadas ou
publicas, adequando- se ao seu espaço geográfico, cultural e social. A ISO tem
como principal objetivo, alinhar e equilibrar a proteção ambiental e a prevenção de
poluição com as necessidades socioeconômicas (GRAVINA, 2008).
Pombo e Magrini (2008) abordam que a ISO 14001 fornece para as
Organizações que buscam implantar um SGA, ferramentas e metodologias de
gerenciamento para o controle de seus aspectos ambientais e para a melhoria de
seu desempenho ambiental. Ambas podem oferecer diversos resultados econômicos
– financeiros para as empresas.
De acordo com Magrini (2001), as ferramentas de gerenciamento ambiental
podem oferecer inúmeros resultados positivos e benefícios econômicos para as
empresas, tais como: redução no consumo de água, energia elétrica e matéria prima
no processo de produção de bens e serviços; melhoria da eficiência dos processos;
redução da geração de rejeitos e de custos de disposição utilizando processos de
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reciclagem para tratamento dos resíduos sólidos e técnicas mais eficientes para o
tratamento de efluentes líquidos.
Gravina (2008) salienta que a Norma ISO 14001 disponibiliza documentos
relacionados aos requisitos do Sistema de Gestão Ambiental para uma Organização,
tendo sempre como base, um modelo de melhoramentos contínuos adaptados pela
metodologia do Ciclo PDCA (plan – do – check – act ), é focado em cinco etapas
para implantação, tais como: politica ambiental, planejamento, implementação e
operação; verificação e tomada de ação corretiva e análise crítica do sistema de
gestão. O objetivo básico desta aplicação é que, implantando melhorias ao longo
dos processos de fabricação, a empresa desenvolveria melhores práticas de gestão
ambiental, e como consequência disto, melhoraria seu desempenho (SEIFFERT,
2007).
2.1.3 A Certificação ISO 14001 Kraemer (2004) afirma que a certificação pode ser considerada um grande avanço
para as empresas que buscam se destacar no mercado competitivo, pois, permite
que as mesmas, liderem seus custos, gerenciem de forma eficiente seus
desperdícios e ainda, conquiste um numero maior de clientes uma vez que os
gastos com os investimentos direcionados a esta área contribuem para a geração de
lucros. Além de todos os valores agregados decorrentes da boa aceitação do SGA
da empresa junto aos consumidores e vizinhos, muitas oportunidades econômicas
de recursos foram e são geradas com a implantação dos sistemas de Gestão
Ambiental, principalmente, a redução constante de desperdícios e perdas no
processo de produção (KRAEMER, 2004).
2.1.4 Principais origens da poluição industrial
De acordo com a revista Meio Ambiente Industrial (2005) as principais
origens da poluição industrial são decorrentes de tecnologias envelhecidas e
fortemente poluentes, sem os devidos tratamentos adequados dos efluentes e com
rara valorização dos resíduos; a falta de sistemas de tratamento adequado de
19
líquidos e também, de circuitos de eliminação adequado dos resíduos agravam
ainda mais o problema da poluição industrial; a localização de empresas em
proximidade de áreas urbana causa diretamente a poluição do ar, incômodos e
aumento de riscos gerados por suas atividades produtivas e impactantes, que
consequentemente, contamina solos, águas de consumo, perturba e prejudica a
fauna e a flora e destrói zonas ecológicas.
2.1.5 A responsabilidade ambiental perante o cliente
Moura (2008) considera que toda e qualquer empresa que deseja manter-se
viva no mercado tem que atender as necessidades de seus clientes e satisfazer
seus desejos, mantendo sempre ativo seus três pilares da sustentabilidade, que
asseguram toda a existência da empresa e atende seu planejamento estratégico, o
resultado econômico da empresa, depende da forma como ela atua no meio
ambiente empresarial, como atende seus clientes, como torna seus produtos de
qualidade e mantém sua administração saudável e eficiente em todos os processos,
atendendo a todos os “stakeholders” e buscando sempre melhorar seu desempenho
produtivo; a qualidade ambiental, toda e qualquer empresa só irá sobreviver se a
mesma não agredir a sociedade por meio dos seus resíduos gerados nos processos
produtivos, para tanto, reduzir o consumo de matéria prima, energia elétrica e todos
os outros recursos naturais; por outro lado, a responsabilidade social, deve- se
atender a postura da empresa, sua ética, compromisso, o cumprimento de todas as
leis e direitos trabalhistas e a transparência quanto ás informações prestadas.
Moura (2008) ainda conceitua que:
“A responsabilidade ambiental é demonstrada por meio de práticas produtivas ‘mais limpas’, do extrativismo sustentável dos recursos naturais, incluindo- se o consumo de água. Verifica-se que a proteção ambiental passou a ser uma necessidade das pessoas e clientes da empresa e que, para sobreviver, as organizações estão se estruturando para atender melhor a este aspecto, criando áreas especificas para atuar interna e externamente em melhorias de desempenho ambiental” (MOURA, p.59, 2008).
20
2.1.6 A responsabilidade ambiental de uma empresa
O meio ambiente e empresa eram considerados duas variáveis distintas.
Sendo que o meio ambiente, segundo Almeida (2002, p. 96) é “o conjunto de
organismos vivos e não vivos que interagem na Terra, que podem afetar
ecossistemas e a vida dos seres humanos e empresa sendo uma unidade
econômica social integrada por pessoas, recursos e processos”. Para as empresas,
o meio ambiente consiste simplesmente como forma de um suporte físico para a sua
produção e desenvolvimento de produtos e serviços, fornecendo recursos
necessários para que as Organizações consigam desenvolver suas atividades
econômicas (PALADINI, 2012).
Com o passar dos anos, as grandes empresas produtoras de bens e serviços
diversos, foram obrigadas a adotar uma nova postura comportamental perante o
meio ambiente devido às agressões geradas ao mesmo por grande parte de todos
os envolvidos direta e indiretamente na Organização (DONAIRE, 1999).
2.1.7 Motivos e razões que levam uma empresa e implantar um SGA
Seiffert (2009, p. 45) destaca algumas motivações das empresas para a
implantação de um SGA dentro das normas ISO 14001, na qual pode ser realizada
de forma voluntária pelas Organizações. O autor aponta ainda, as justificativas ou
consequências das motivações advindas das empresas que buscam manter seu
bom relacionamento com todos os que guardam interesse pela mesma. As
motivações surgem de diferentes concepções ou modo de enxergar as relações
empresariais com o meio ambiente, tais como:
21
Tabela 1 – Motivações das empresas para a adoção da norma ISO 14001.
MOTIVAÇÃO JUSTIFICATIVA
Melhora da reputação e da imagem da
Organização
O reforço da imagem permite às
empresas obter concessões para sua
participação de mercado, bem como
maior capacidade de fixação de preços;
Exigência de clientes A capacidade de usar estratégias de
alianças de longo prazo com
corporações multinacionais, as quais
estão determinando a adoção da ISO
14001;
Relacionamento com partes
interessadas
A adoção da ISO 14001 pode reforçar a
imagem das empresas e auxilia-las em
sua negociação com organismos de
fiscalização ambiental, clientes com
sensibilidade ambiental, empregado e
ONG’s;
Inovação de processos A ISO 14001, juntamente com um
programa de prevenção a poluição, ode
ajudar a baixar custos e aumentar a
eficiência de seu processo produtivo;
Fonte: adaptado de (SEIFFERT, 2009, p.45)
Observa-se que, de forma direta ou indireta, a adoção da norma ISO 14001
frequentemente reflete na imagem da empresa, uma vez que pode ajudar no
relacionamento da entidade com seus clientes, funcionários, stakeholders e o
próprio Governo. Paladini (2012) enfatiza que as exigências governamentais para
cumprimento das legislações ambientais pelas empresas, funcionam como uma
forma de influenciar as mesmas a seguir as leis ambientais e o cumprimento de sua
politica ambiental, que permeia no alcance dos objetivos e metas estabelecidas e a
redução dos impactos gerados ao meio ambiente decorrentes de suas atividades
produtivas e também, para a conquista de outros benefícios (como os já citados
acima).
22
Barbieri (2007) afirma que a busca da participação dos colaboradores e
conscientização dos mesmos sobre o desempenho ambiental, assim como, a
eficiência operacional e a redução de custo são grandes fatores motivacionais para
as empresas implantarem um SGA. Barbieri (2007) ainda salienta que o uso de
ferramentas estratégicas de geração de valor entre a empresa e suas reações com o
publico externo e interno influencia de forma significante a mudança de decisão das
empresas com relação aos seus aprimoramentos ambientais.
A implantação do SGA se destina – se primeiramente, a cumprir
regulamentos ou requisitos externos (conforme demonstra o gráfico abaixo), sendo
assim, as práticas adotadas por essas empresas não promovem uma contínua
melhoria nos produtos ou processos, o que indica que o tipo de motivação movido
exclusivamente para atender legislações, por exemplo, podem impactar nos
benefícios gerais de se adotar um SGA (BARBIERI, 2007).
2.1.8 Benefícios de um SGA
Os benefícios da adoção de um Sistema de Gestão Ambiental dentro das
normas ISO 14001 muitas vezes podem se confundir com a motivação ou influencia
dos empresários em implantar o mesmo, isso, por ser uma expectativa de
realização. Diante disso, Paladini (2012) afirma que os “benefícios são os resultados
finais gerados a partir de uma mudança benéfica”. Para o autor em questão, tais
benefícios como: melhoria na forma de gerenciamento de riscos ambientais,
melhoria dos processos produtivos, melhoria do posicionamento de mercado,
melhoria da resposta às pressões do público e grupos ambientalistas, a proteção da
empresa, de sua gestão e acionistas em caso de uma ação judicial e melhores
oportunidades para financiamento de projetos são os grandes resultados
satisfatórios ou benéficos que resultam de grandes mudanças estruturais e
organizacionais influenciando diretamente a melhoria continua de uma organização.
Paladini (2012) mais uma vez contribui nesta discussão enfatizando que os
benefícios da adoção de um SGA influenciam na economia de recursos naturais e
financeiros e também, na melhoria da relação com os reguladores. Adicionalmente,
23
Moura (2008) afirma que além de motivar a empresa a melhorar o desempenho
ambiental, também pode adicionar valor agregado para qualquer tipo de projeto
desenvolvido pela empresa na busca de sua expansão de mercado.
Barbieri (2007) manifesta que os benefícios da adoção da norma resulta em
uma gama de melhoria substancial para as empresas, o autor ainda enfatiza que as
empresas podem ter uma redução dos custos no que diz respeito à diminuição dos
resíduos, menor uso de matéria prima, insumos e energia, além dos benefícios da
reciclagem.
Muitas empresas já passaram a adotar e assumir compromissos com o novo
modelo de desenvolvimento econômico - sustentável, uma vez que incorporam a
variável ambiental em sua gestão empresarial, e que as leis governamentais que
regem essas normas são o principal motivo pela qual as empresa adotam essa nova
postura mais centralizadora (BARBIERI, 2007).
Assim, a gestão de qualidade da empresa passa por obrigatoriedades do
governo para que sejam implantados novos sistemas organizacionais e produtivos
que valorizem os bens naturais e fontes de matéria prima (ALMEIDA, 2002).
Os gráficos 1, 2 e 3 referenciados abaixo apresentam os resultados de um
levantamento realizado junto às empresas de terraplanagem e mineração entre
agosto de 1995 e julho de 1996, e que teve por objetivo identificar os fatores
motivacionais e desmotivacionais da implantação e certificação de um SGA e
também, a identificação da caracterização do desempenho ambiental das empresas
face ao SGA (PIRES DO RIO E GRANHA, 2014). A metodologia consistiu no envio
de questionários para os responsáveis pelo setor de meio ambiente em cada
empresa, buscando evidenciar suas respectivas posições sobre o Sistema de
Gestão Ambiental. Foram enviados 106 questionários, obtendo-se uma taxa de
retorno próxima a 45% (PIRES DO RIO E GRANHA, 2014).
Antes da discussão dos resultados obtidos, apresentam-se, na primeira parte
do trabalho aqui realizado, os fatores motivacionais e os principais benefícios da
implantação de um SGA e, na quarta parte, os resultados e discussões adjacentes
24
ao tema. No contexto das recentes imposições sobre a competitividade e
desempenho ambiental, Pires do rio e Granha (2014), procuraram compreender o
comportamento e as principais influências da certificação ISO 14001 das empresas
face aos interesses confrontantes no estabelecimento de um compromisso baseado
no sistema de normas.
Gráfico 1 - Principais motivos das certificações ISO 14001 pelas empresas
Fonte: adaptado de Pires do Rio e Granha (2014)
De fato, as exigências governamentais ou atendimento a legislação vigente
abocanha a maior frequência do gráfico, uma vez que todos que estão envolvidos
com a empresa já exigem produtos e serviços com o selo de qualidade ambiental e
mais importante que isso, todos já se preocupam com a sustentabilidade que deve
ser o fator primordial de alcance global para empresas nos próximos anos. Alinhado
a isto, é possível identificar a forte pressão dos clientes sob as empresas, onde os
mesmos já sofrem impactos ambientais decorrentes das atividades produtivas das
empresas como mostra no quadro acima.
Ar puro, água limpa e energia limpa são as maiores fontes de sobrevivência
das pessoas, por isso, as empresas devem controlar suas atividades, seus aspectos
e impactos ambientais para promover saudade, bem estar e qualidade de vida as
pessoas (BARBIERI, 2004). Cada dia que se passa, novas leis são criadas e estão
sendo mais burocráticas e empresas que tentarem fugir das regras estarão cada vez
mais fadadas ao fracasso (MOURA, 2008).
25
A Conquista de novos mercados ou aumento da competitividade das
empresas por meio de uma melhor gestão de sua produção é o fator relevante para
que a mesma possa manter – se viva no mercado e conquistar novos terrenos.
2.1.9 A competitividade como um fator decisivo para empresa
Moreira (2001) enfatiza que atualmente competitividade é um fator de extrema
necessidade para as organizações. Torna- se então um fator decisivo no processo
concorrencial, sendo que, todas as estratégias empresariais devem estar bem
articuladas e definidas de acordo com as constantes mudanças do ambiente
externo.
Questões como o desenvolvimento econômico, social e ambiental passam a
tomar conta das novas exigências do mercado, onde manter- se competitivo significa
oferecer o melhor produto socialmente correto em termos de desenvolvimento
ambiental ao cliente e também, manter um grau de relacionamento estreito com os
stakeholders (MOREIRA, 2001 apud PEREIRA, 2010).
Donaire (1999, p. 78), salienta que “a gestão ambiental passa a ser um fator
estratégico que compõe o conjunto de estratégias neste novo milênio”. Sendo assim,
as empresas que usufruírem de ferramentas e metodologias para lidar com este
novo fator, terão destaque no mercado.
Hosken (2013) afirma que a globalização foi o principal fator pela qual as
Organizações pudessem mudar suas filosofias e estratégias empresariais para
melhorar os padrões de qualidade ambiental. Isso deve resultar numa crescente
conscientização de todos os envolvidos e os que guardam interesses pela empresa
em adotar uma nova tendência ou uma nova forma de agir diante da educação
ambiental como fator primordial para o sucesso empresarial. Essa tendência é
reafirmada por Andrade, Tachizawa e Carvalho (2004, p. 125) como sendo:
“Um dos maiores desafios que o mundo enfrentará no próximo milênio é fazer com que as forças de mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, com a ajuda de padrões baseado no desempenho e uso
26
criterioso de instrumentos econômicos, num contexto harmonioso de regulamentação. O novo contexto econômico se caracteriza por uma rígida postura dos clientes voltada à expectativa de interagir com a organização, que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado e que atuem de forma ecologicamente responsável”.
As empresas com visão de futuro e atentas às tendências, para não perderem
terreno, sabem que é imperativo integrar- se a nova realidade, ou seja, deverão
incorporar em seus processos a variável ambiental no aspecto de seus cenários e
na tomada de decisão, mantendo com isso uma postura de organização responsável
que respeita o meio ambiente (KRAEMER, 2002).
Barbieri (2007) contempla que as empresas que levam em consideração as
questões ambientais como estratégias para a tomada de decisões, seja minimizando
problemas que podem comprometer a competitividade da empresa, seja capturando
oportunidades mercadológicas ou neutralizando ameaças externas, tem mais
chance de sobrevivência no mercado, pois as mesmas atuam de forma direta no
combate de desperdícios e redução de custos empresariais por meio da reutilização
de água, redução do consumo de matéria prima e minimização dos resíduos sólidos
gerados pelos processos produtivos na cadeia de produção da empresa.
“muitos investidores já consideram as questões ambientais em suas decisões, pois sabem que os passivos ambientais estão entre os principais fatores que podem corroer a rentabilidade e a substância patrimonial das empresas”. (BARBIERI, 2007, p.125)
Neste sentido, Barbiere (2007) corrobora que os indicadores de atratividade
financeiros, tais como a rentabilidade e a produtividade, sofrem grande influencia
pelas questões ambientais, assim, para que uma Organização possa promover seu
crescimento e sua competitividade e manter-se viva no mercado, é necessário que
os requisitos ambientais sejam fatores primordiais para o sucesso empresarial.
27
2.1.10 Motivos substanciais para a certificação de um SGA
De acordo com Pereira (2010), Moura (2008), Paladini (2012) et al, há
inúmeros motivos pelas quais as empresas devem implantar um SGA em sua gestão
empresarial, tais como o citados abaixo.
2.1.11 Atender as normas regulamentadoras
De acordo com Pereira (2010) há razões para melhorar cada vez mais os
aspectos dos produtos e serviços para garantir a satisfação dos clientes, que
depende excepcionalmente da aceitação dos mesmos; a melhoria da imagem da
empresa que significa atender a todos os requisitos e cumprimento de leis e
regulamentações para que sua imagem seja pró – ativa em relação a todos os que
mantêm interesses direto e indireto pela empresa; a conquista de mercado - para
que a empresa almeje seu progresso ela deve produzir bens e serviços inovadores
para ampliar suas perspectivas e ter uma aceitação maior no mercado, obtendo
reconhecimento de suas marcas e melhor imagem junto ao consumidor e as partes
interessadas.
Moura (2008, p.61) define que “a preocupação com a sustentabilidade do
negócio é um indicador indireto de melhor qualidade da gestão empresarial e de que
a alta administração tem um senso estratégico mais qualificado que o dos
concorrentes”.
Há inúmeros objetivos pelas quais um Organização certifica seu SGA dentro
das normas ISO 14001, sendo eles, para evitar as auditorias ambientais públicas
previstas em leis estaduais, harmonizar a gestão ambiental dentro do sistema de
gestão das empresas e promover o desenvolvimento sustentável. Os resultados
oriundos do alcance destes objetivos prosperam na quebra de possíveis barreiras
técnicas às exportações, no fornecimento da vantagem mercadológica em relação à
concorrência a ser explorada pelo marketing, na melhoria dos processos produtivos
e na racionalização do consumo de matérias primas e energias (PEREIRA, 2010).
28
2.1.12 Redução de custos e de riscos
Paladini (2012) manifesta que a redução de custos por meio da redução de
matéria prima utilizada no processo produtivo, assim como; a eliminação de
desperdícios obtida com a análise cuidadosa dos processos e também o uso
racional de energia elétrica e água - resultando na economia do tempo de trabalho,
horas gastas na produção e economia de recursos naturais e toda a melhoria do
desempenho da empresa, se da pelo crescimento ou aumento da produtividade da
empresa.
“O processo de implantação de melhorias ambientais implica na criação de gestão do conhecimento no assunto, melhoria da cultura organizacional, incluindo introdução da cultura de segurança e desenvolvimento do capital intelectual, estimulando a retenção de talentos”. (MOURA, p. 63, 2008)
A Redução de riscos permite que a empresa não arque com possíveis
consequências ilegais, como por exemplo, multas cada vez mais pesadas pelo
descumprimento das leis e normas governamentais. Por outro lado, ainda há grande
probabilidade de ocorrer acidentes e riscos de trabalho gerados pelos processos e
produtos da empresa (MOURA, 2008).
Portanto, a mesma adota um novo comportamento, uma postura pró ativa
investindo em ações preventivas contra os problemas ambientais e esta sempre
gerenciando seus riscos de forma a criar novos valores para a empresa. A maior
permanência do produto no mercado no que diz respeito diretamente á aceitação
dos produtos pelo consumidor, sem que haja a necessidade da empresa tira-lo do
mercado, onde o mesmo pode acarretar enormes custos não recuperáveis depende
substancialmente destes fatores legais.
Moura (2008) aborda que a maior facilidade na obtenção de certificação
influencia a empresa a manter sua postura pró- ativa, ou seja, manter sua
administração preocupada com a variável ambiental e um sistema gerencial
estruturado para manter seu desempenho e obter uma certificação que assegura
que ela cumpra uma norma ambiental, sendo esta a ISO 14001, que por fim traz
varias vantagens para a empresa, principalmente aquelas voltadas á exportação. O
senso de responsabilidade ética por fim, se resume em todos os itens anteriores,
29
onde a empresa deve manter sua postura ética - ambiental e para manter-se
competitiva, promovendo a melhoria continua de seu desempenho sustentável e
valorizando cada vez mais essa atitude de fazer parte de uma nova filosofia da
mundial (BARBIERI, 2004).
2.1.13 Exigências dos Organismos Internacionais de financiamento
Segundo Correia (2006) apud Fogliatti, Filippo e Goudard (2004), a questão
ambiental vem tomando conta e crescendo cada vez mais nos países em
desenvolvimentos como o Brasil e nos países desenvolvidos. Tal fato é comprovado
pelo interesse e participação do publico nas questões relacionadas á preservação
ambiental e também na forte decisão baseada na avaliação de projetos
empresariais, assim, a variável ambiental assume importância fundamental no papel
empresarial. Consequentemente, o interesse da questão ambiental está sendo
demonstrado pelos Organismos Internacionais, como o Banco Internacional para
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), que passa a exigir estudos de impacto
ambiental para financiamento de qualquer projeto e obras com potencial nível de
poluição, a Organização das nações unidas (ONU), e bancos de desenvolvimento
como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que vem exigindo
relatórios e documentos cada vez mais detalhados do Sistema de Gestão Ambiental
das empresas (CORREIA, 2006).
2.1.14 A influência da Estratégia Ambiental para conquista de mercados
Barbieri (2011) salienta que atualmente, a tendência mercadológica deixa
claro que a preservação ambiental e ecológica deve continuar expandindo de forma
permanente e definitiva. Essa expansão mostra que todos os resultados gerados do
desempenho econômico e ambiental passam a depender cada vez mais de decisões
empresariais.
Tachizawa (2002) enfatiza que os lucros de uma empresa e sua Gestão
Ambiental não se conflitam e que o movimento ambientalista cresce cada vez mais
30
no mundo, sendo que os principais fatores sociais como os Clientes e a comunidade
valorizam a proteção ambiental. Atualmente, a receita ou o faturamento/ demanda
das Organizações dependem diretamente das pressões do comportamento do
consumidor por seus novos hábitos e preferências na demanda por produtos e
serviços de Organizações ecologicamente corretas.
Segundo Donaire (1999), as estratégias de negócios definidas pelas
organizações para obter vantagem competitiva, tomadas como base o fator
primordial da Gestão Ambiental, tem o propósito de concentrar esforços para a
melhoria contínua dos processos produtivos e do desempenho ambiental, e também,
na redução dos custos, melhorando continuamente o ciclo de produção, reduzindo a
quantidade de recursos naturais envolvidos nos processos produtivos e
consequentemente, a geração de menos resíduos sólidos para o meio ambiente.
Muitas empresas, tais como, O Boticário, Natura e Petrobrás têm
demonstrado esses novos métodos estratégicos de ganhar dinheiro e proteger o
meio ambiente por terem suas referencias no âmbito nacional e internacional em
relação á responsabilidade sócio – ambiental, e ainda, conseguirem identificar
grandes resultados econômicos e o fortalecimento de mercados quando se engajam
na causa ambiental (DONAIRE, 1999; LEVEK, 2004).
Apropriadamente, Moura (2008), coloca que, as Organizações que não
incorporarem em seus processos a Gestão Ambiental perderão mercado e
consequentemente ficarão para traz em relação aos seus concorrentes que
eventualmente já possuem um modelo implantado de gestão ambiental, e a punição
pra as empresas que não são competitivas no mercado atual pode ser até a morte.
Por outro lado, as empresas que conseguem identificar as tendências
mercadológicas e que possuem a visão estratégica adequada para a capacitação e
criação de competitividade estão asseguradas com ótimas condições para competir
e permanecer no mercado por mais tempo.
31
2.1.15 Vantagens de um SGA
Pires do Rio e Granha (2014) abordam que há inúmeras as vantagens
geradas pela implantação e certificação de um SGA, como já citado anteriormente,
tais vantagens proporcionam as empresas, o alcance de seus objetivos estratégicos
e organizacionais, resultando em melhoria de seus processos e relação com seus
stakeholders. O sistema de Gestão Ambiental leva a tomada de decisão baseada
numa visão sistêmica e também na otimização dos processos e informações mais
precisas. Em consequência disso, tem – se economia de custos e tempo, redução
de esforços, melhoria contínua dos resultados e também procedimentos uniformes
que transmitem maior segurança na execução dos processos e confiança no
alcance de resultados (ROGGERO, 2010).
Gráfico 2 - Vantagens de implantar um SGA
Fonte: adaptado de Pires do Rio e Granha (2014)
Uma pesquisa realizada com 25 empresas do ramo de terraplanagem e
construção civil aponta que, no geral, as empresas identificam vantagens e
desvantagens (conforme demonstra os gráficos 2 e 3) na adoção de um sistema de
gestão ambiental. Os mesmos gráficos indicam a frequência dos itens assinalados
respectivamente como vantagens e desvantagens. As expectativas quanto às
vantagens da ISO 14001 devem ser relativizadas quando confrontadas às
desvantagens apontadas pelas empresas. A maioria dos entrevistados acredita que
as vantagens da ISO 14001 encontram-se, principalmente, na maior racionalização
32
no uso dos recursos naturais e na melhoria da imagem da empresa.
Além da melhoria contínua dos processos, conforme cita Roggero (2010), a
implantação de um SGA por parte da empresa, permite com que a mesma consiga
racionalizar seus custos no uso de insumos (matéria prima), consumo de água e
energia; e ainda, consegue melhorar sua imagem empresarial, consequentemente,
atrair novos clientes e novas oportunidades de negócio, conforme demonstra o
gráfico acima. Roggero (2010) defende que o processo de melhoria continua é um
“ciclo onde nunca tem fim”, ou seja, um resultado vai puxando o outro, a redução de
riscos das atividades como item A do gráfico, por exemplo, permite a redução de
penalidades e multas para a empresa, consequentemente, minimiza os acidentes
operacionais entre colaboradores e estruturas da Organização.
2.1.16 Desvantagens de um SGA
Desde os últimos anos, é possível identificar e observar um crescente número
de empresas que vem buscando a certificação ISO 14001, incorporando suas
estratégias empresariais junto a melhoria de seu desempenho ambiental, porém,
muitas empresas ainda resistem á mudanças organizacionais e desafiam qualquer
politica de mudança interna (ROGGERO, 2010).
Segundo Pires do Rio e Granha (2014, p. 2)
“em alguns casos, o meio ambiente constitui, ainda, um conjunto de restrições e imposições legais que representa um aumento dos custos de produção, contrário, portanto, à racionalidade econômica da empresa. Em outros, no entanto, o meio ambiente tornou-se um imperativo de competitividade. Por trás destas posições existe, na realidade, uma discussão em torno da capacidade dos diversos setores da atividade produtiva em internalizar as externalidades ambientais.”
33
Gráfico 3 - Desvantagens de um SGA
Fonte: adaptado de PIRES DO RIO e GRANHA (2014).
Em oposição às vantagens, segundo Reis (1996), as desvantagens
apontadas pelas empresas se concentraram em torno dos seguintes fatores:
aumento dos investimentos em tecnologias de processo, aumento dos custos,
aumento das despesas com contratação, treinamento de pessoal e aumento da
burocracia na empresa. Essas indicações sugerem que as empresas ainda não
estão totalmente esclarecidas quanto às vantagens comerciais geradas pelos
investimentos ambientais. O gráfico 3 demonstra que, para muitos empresários, a
questão ambiental ainda é um receio de formalização. Conforme cita Pires do Rio e
Granha (2014), as questões ambientais são constituídas por restrições as empresas
para suas práticas de atividades exploratórias e pelas externalidades ocasionadas
nas relações com o meio ambiente. Um exemplo de externalidade negativa é a
própria poluição atmosférica gerada por veículos automotores, sendo que os custos
da poluição do ar, não são compensados por nenhum produtor ou consumidor deste
tipo de veículo (PIRES DO RIO; GRANHA, 2014)
2.1.17 A visão sistêmica dos Sistemas de Gestão
Os sistemas de Gestão Ambiental e Gestão da Qualidade leva a tomada de
decisão baseada numa visão sistêmica e também na otimização dos processos e
informações mais precisas. Em consequência disso, tem – se economia de custos e
34
tempo, redução de esforços, melhoria contínua dos resultados e também
procedimentos uniformes que transmitem maior segurança na execução dos
processos e confiança no alcance de resultados (ROGGERO, 2010).
Paladini (2012) salienta que a implantação e certificação de um Sistema de
Gestão Integrado proposto pelas normas ISO 14001 de Gestão Ambiental e a ISO
9001 da Gestão da Qualidade possuem outras vantagens que as empresas podem
tomar conhecimento para obter vantagem competitiva, e de uma forma geral, todos
os envolvidos direta ou indiretamente podem se beneficiar dos programas de
Gestão.
Carvalho apud Cerqueira (2010, p. 112) contempla que:
“Solidez, responsabilidade civil, menos processamento, reparo e retrabalho,
menor desperdício dos recursos, menor consumo de energia, evita poluição,
evita danos a saúde de todos, baixa taxa de reclamações, redução de
perdas de produção, boa reputação vista por todos que guardam relações
com a empresa entre outros [...]”.
2.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL E DA QUALIDADE
As Normas ISO NBR 14001:2004 e ISO NBR 9001:2008 especificam que:
“A Organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e continuamente melhorar um Sistema de Gestão Ambiental e da Qualidade em conformidade com os requisitos desta Norma e determinar como ela irá atender a esses requisitos”.
Correia (2006, p. 25) apud Barbieri (2007) afirma que a norma ISO 14001
aplica-se a qualquer Organização que deseje implementar, manter e aprimorar um
SGA, assegurar-se de sua conformidade com a política ambiental definida,
demonstrar tal conformidade a terceiros, buscar certificação ou registro do seu SGA
por uma Organização externa, realizar uma auto - avaliação e emitir autodeclaração
de conformidade com essa norma.
35
Tabela 2 - Requisitos dos Sistemas de Gestão Ambiental e da Qualidade
REQUISITOS DAS NORMAS ISO 14001 E ISO 9001
ISO 9001 – GESTÃO QUALIDADE ISO 14001 – GESTÃO AMBIENTAL
Determinar, Documentar, Implementar, Manter, Avaliar para Melhorar
Determinar, Documentar, Implementar, Manter,
Avaliar para Melhorar
Melhoramento da eficácia e eficiência dos processos internos
Reduzir os impactos ambientais por meio de metas
e melhoria contínua de desempenho ambiental
ENFOQUE GERAL
POLITICA DA QUALIDADE POLITICA AMBIENTAL
Enfoque de gestão por processos Enfoque no Escopo ambiental
Foco no cliente – atender suas necessidades de um produto melhor
Foco nas partes interessadas – atender necessidades ambientais
Controle dos processos Controle a poluição
Foco nos processo de produção Foco na analise de aspectos e impactos ambientais
Objetivos da qualidade – melhor produto – qualidade percebida pelo cliente
Objetivos, metas e programas de redução de resíduos nos processos produtivos
Foco do desempenho do produto Foco no desempenho ambiental
Definir etapas e métodos eficazes para operações- aumento de produtividade
Analisar e identificar os aspectos e impactos ambientais de suas atividades ao meio ambiente
Garantir a disponibilidade de informações precisas e recursos planejados pela
empresa
Comprometimento de todos com a melhoria contínua e prevenção á poluição
REQUISITOS DA DOCUMENTAÇÂO
Declaração da política da qualidade, dos objetivos, o manual da qualidade, os
métodos de produção documentados e registrados
Política, objetivos e metas ambientais, descrição do escopo
Documentos necessários das ferramentas utilizadas nos processos produtivos e
organizacionais
Declarações das intenções e princípios gerais em relação ao seu desempenho ambiental
O manual da qualidade deve incluir documentos do escopo do sistema de
gestão, todos os procedimentos e métodos que serão utilizados na empresa e sua descrição dos recursos utilizados nos
processo produtivos
Registros e documentos gerais exigidos pela norma – Manual do SGA, Procedimentos do SGA –
Instruções de trabalho – Registros
Toda a documentação e os registros da Aprovar, analisar e atualizar documentos de acordo
36
qualidade devem ser controlados de acordo com os requisitos especificados na Norma,
para que seja possível sua aprovação, analise e assegurar de que os documentos
sejam identificados e controlados, permanecendo legível e intencional
com as normas, com a finalidade de assegurar as versões aplicáveis
PLANEJAMENTO
Analisar os requisitos relacionados ao produto- características, benefícios
Identificar os aspectos e impactos ambientais dos resíduos gerados pelos processos produtivos da
empresa na busca por novos produtos
Focar no cliente- melhor atendimento, qualidade dos produtos, melhor
custo/benefício
Determinar o grau de impacto dos processo ao meio ambiente e assegurar que os mesmos
estejam descritos e documentados dentro das normas ISO 14001 da empresa
Planejamento do sistema de gestão da qualidade – melhoria continua do produto e
serviço, maior aceitação do mesmo no mercado
Estabelecimento, implementação e melhoria continua para alcance dos objetivos e metas
ambientais, deve considerar suas opções tecnológicas, requisitos financeiros, operacionais,
comerciais e visão das partes interessadas
IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO
Realização do produto em conformidade com as normas ISO 9001 - padronização
Realização do produto com base em sua política ambiental, dentro das normas ISO 14001
VERIFICAÇÃO
Medição, análise e melhoria dos processos iniciais dos produtos e serviços
Medição, análise e melhoria dos processos finais
dos produtos e serviços.
Fonte: adaptado por (ABNT. NBR ISO 9001:2008; ABNT. NBR ISO 14001:2004).
2.3. O CICLO PDCA
Periard (2011) afirma que o ciclo PDCA é uma abordagem sistêmica utilizada
por muitas empresas que estabelecem seus processos e métodos de trabalho para
definir, planejar e melhorar continuamente sua gestão. O mesmo foi criado por
Walter A. Shewhart e amplamente divulgada por Willian E. Deming, e seu foco
principal é tornar os processos da gestão de uma empresa mais ágeis, claros e
objetivos, podendo o mesmo ser utilizado em qualquer tipo de empresa, prestadora
de serviços ou produtora de bens, privada ou pública, com o intuito de melhorar a
37
cada dia seus processos e métodos e atingir resultados satisfatórios para a gestão
do negócio (ZUMBACH, MORETTI, 2014).
Paladini (2012) contempla que o clico de Deming ou ciclo PDCA é uma
ferramenta estratégica utilizada pelas empresas para analise e melhoria de seus
produtos e serviços; de seus processos produtivos e de toda a sua gestão
empresarial.
Zumbach e Moretti (2011) defende que o ciclo de Shawart, também conhecido
como ciclo de Deming ou como Ciclo PDCA é uma metodologia utilizada pelas
Normas ISO 14001 de Gestão Ambiental e ISO 9001 de Gestão da Qualidade, bem
como outras normas dos sistemas de gestão. O autor ainda afirma que esta é uma
abordagem crítica que objetiva a ordenação dos processos e dos requisitos
gerenciais da Norma, estimulando a melhoria contínua dos sistemas de gestão e do
desempenho ambiental da empresa.
Gráfico 4 - Melhoria contínua
Fonte: Zumbach e Moretti (2011)
A figura acima representa o desempenho operacional e ambiental de uma
determinada empresa ou Organização que utiliza a metodologia PDCA em seus
processos de gestão para mensurar, controlar e melhorar suas atividades
empresariais e consequentemente, melhorar seu desempenho ambiental. A mesma
está evidenciada pelos ciclos PDCA "rodados" sucessivamente pelo Sistema de
38
Gestão. Espera-se que a cada ciclo executado, obtenham-se os resultados
planejados em seu início, sempre mais ambiciosos em relação aos ciclos percorridos
anteriormente, para que assim, possa garantir a melhoria dos indicadores de
desempenho ambiental e a permanente melhoria gerencial e operacional da
empresa.
Rodrigues e Estivalete (2008, p.11) o ciclo PDCA é definido como “um método
gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à
sobrevivência de uma organização”. Os autores introduzem essa ideia de que o ciclo
PDCA é considerado um modelo de gestão de negócio, que é representado por uma
ferramenta que prevê o sequenciamento das atividades de uma Organização por
meio do estabelecimento de metas e objetivos a serem alcançados em prol da
melhoria dos processos organizacionais de uma empresa. A figura abaixo
demonstra o modelo de gestão de um ciclo PDCA.
Figura 5 - Ciclo PDCA
Fonte: Zumbach e Moretti (2011)
A ideia de melhoria contínua, está diretamente relacionada a capacidade de
resolução de problemas por meio de estratégias já utilizadas na maioria das
empresas que buscam aumentar sua produtividade por meio da utilização dos
recursos destinados a elas (DONAIRE, 1999).
Já para Souza (2006), a melhoria contínua é um processo de otimização e
execução das atividades que possibilita a redução de custos e o aumento da
39
produtividade por meio da correta utilização dos recursos empresariais. Para o autor:
“a aplicação do ciclo PDCA a todas as fases do projeto leva ao aperfeiçoamento e
ajustamento do caminho que o empreendimento deve seguir” (SOUZA, 2006, p.26).
2.3.1 Abordagem de processo
Os Sistemas de Gestão Ambiental e da Qualidade de uma Organização estão
baseados além do ciclo PDCA, em uma abordagem sistêmica por processos, que
garante a interação entre os conjuntos operacionais e as atividades,
desmembrando- os em operações unitárias que interagem e cooperam entre si para
formar um todo, evidenciando os principais aspectos de entrada e saída.
Portanto, toda e qualquer organização opera como um sistema. Essa visão
sistêmica da gestão empresarial se dá por meio de um mapeamento de processos,
onde se destaca a influencia da interação com o ambiente externo e interno, sendo
possível focar cada etapa, ou cada processo de uma organização (ZUMBACH;
MORETTI, 2011).
Figura 6 - Macroprocessos Organizacionais e Meio Ambiente
Fonte: Plácido (2006)
A figura acima demonstra um macroprocesso organizacional, interagindo
todas as atividades que utilizam de recursos para suas entradas, que são
processados ou transformados criando valor agregado e percebido pelos clientes e
saindo em forma de produtos e serviços. A figura acima também define a limitação
40
de processos de uma organização, com destaque para suas múltiplas entradas e
saídas (setas). As setas azuis evidenciam as interações internas do macroprocesso.
As setas vermelhas evidenciam as interações com o meio ambiente.
Figura 7 - Processo individual de entradas e saídas
Fonte: Plácido (2006)
A figura acima representa um processo individual de entrada e saída de
recursos e produtos, cuja setas em vermelho, podem demonstrar os aspectos
ambientais que podem interferir na qualidade ambiental, sendo os mesmos,
potenciais geradores de impactos ambientais.
A metodologia PDCA está atrelada ou diretamente ligada aos requisitos de
um SGA dentro da Norma ISO 14001:2004 que especifica que:
“A Organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e
continuamente melhorar um sistema de gestão ambiental em conformidade
com os requisitos desta Norma e determinar como ela irá atender a esses
requisitos. A organização deve definir e documentar o escopo de seu
sistema de gestão ambiental.”
No primeiro requisito fica evidente que os conceitos do ciclo PDCA estão
atrelados aos requisitos do SGA em “estabelecer, documentar, implementar, manter
e continuamente melhorar” um SGA nada mais são do que o conjunto de fases de
planejamento, execução, verificação e ação para a melhoria contínua.
41
2.4 PRINCIPAIS SEMELHANÇAS ENTRE AS NORMAS ISO 14001 E 9001
Segundo as normas vigentes da ABNT – NBR 6023 (2000), os Sistemas de
Gestão Ambiental e Gestão da Qualidade se enquadram em um ciclo de produção,
um ciclo de desenvolvimento de um produto ou serviço que tem o foco na melhoria
contínua. Este ciclo se chama Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act) criado por Deming,
cujo seu princípio objetivo é tornar mais claro e ágil os processos envolvidos na
execução de um sistema de gestão.
Moura (2008) salienta que ambos os sistemas devem implantar uma tarefa de
gerenciamento da cadeia produtiva, analisando sempre seus processos produtivos,
tanto a ISO 9001 para seus métodos e processos de fabricação (linha de montagem
dos produtos em conformidade com as normas vigentes possuindo o menor ou
nenhum problema e também, sendo adequado ao uso para satisfazer as
necessidades dos clientes), quanto a ISO 14001 que deve determinar sua política
ambiental e avaliar seu desempenho ambiental, tomando como base a analise de
seus aspectos (energia elétrica, água, luz, matéria prima – recursos limitados) que
interagem diretamente na produção, e também seus impactos ambientais ocorridos
pelos resíduos gerados no processo produtivo da empresa. Portanto, toda a
Organização que optar por implantar um Sistema de Gestão da Qualidade ou
Ambiental, deve determinar, documentar, implementar, manter, avaliar e melhorar
continuamente seu sistema de gestão para que assim, posa aumentar sua
produtividade e melhorar seu desempenho, consecutivamente, atingir suas metas
estabelecidas.
De acordo com as normas ABNT NBR ISO 14001 (2004) e ABNT NBR ISO
9001 (2008), os objetivos e metas de médio e longo prazo traçados pela alta
administração devem ser mensurados e quantificados no processo produtivo, (tanto
em seu inicio, quanto em seu fim, onde os resíduos são gerados) por meio de
indicadores de desempenho, onde os mesmos devem ser averiguados em
decorrência dos processos de produção para assegurar de que o que foi planejado
está sendo executado.
42
A empresa acima de tudo deve assegurar o envolvimento de todas as
pessoas e todas as partes envolvidas diretamente no escopo do projeto de
certificação de um ISO 14001, as mesmas devem estar comprometidas em atender
a todos os requisitos das normas de Gestão da Qualidade e Ambiental, para tanto a
empresa deve manter clara a comunicação entre todos para que as pessoas
possam então ter o conhecimento do que se passa na empresa, aonde a empresa
quer chegar, o que ela almeja, quais suas metas, o que deve e o que não deve ser
feito (ABNT NBR ISO 9001:2008; ABNT NBR ISO 14001:2004).
Toda a documentação deve estar bem definida, de acordo com seus
processos de qualidade e seu escopo ambiental. Deve ser declarada a política de
qualidade da empresa e sua política ambiental, seus objetivos de médio e longo
prazo e seus métodos de produção, onde devem ser registrado passo – a – passo
seus processos, documentos que descrevem como serão realizado os
procedimentos de trabalho. Os documentos e os registros devem ser controlados e
legíveis de acordo com os requisitos especificados nas normas para serem
aprovados pelas auditorias de SGA e SGQ (ABNT NBR ISO 9001:2008; ABNT NBR
ISO 14001:2004).
Barbieri (2007, p. 129) afirma que:
“As soluções para os problemas ambientais são vistas como meios para
aumentar a produtividade da empresa, sendo isso necessário rever os
produtos e processos gravados no controle da qualidade da empresa para
reduzir a poluição na fonte, reutilizar e reciclar o máximo de resíduos”.
Portanto, a abordagem referenciada acima, conceitua que é possível reduzir
ao máximo a poluição e os resíduos sólidos gerados nos processos produtivos das
empresas por meio de novas práticas produtivas, e também, o consumo de recursos
naturais para a mesma quantidade de bens e serviços produzida, sempre
trabalhando com indicadores de desempenho para atingir as metas.
43
2.5. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS ISO 14001 E ISO 9001
Apesar de os processos de certificação do SGA e SGQ estarem cada vez
mais similares, ainda são encontrados características diferentes, que no caso está
diretamente ligado ao foco em que cada Sistema de Gestão concentra seus
esforços. Moura (2008, p. 67) aborda que:
“as normas ISO 9000 e ISO 1400 provocaram uma verdadeira revolução na
forma de atuação dos sistemas da qualidade, em todo o mundo,
padronizando formas de trabalho mais eficazes, além de permitirem a
mobilidade de profissionais entre áreas industriais e de serviços
completamente diferentes, colaborando significativamente para a obtenção
de melhorias no desempenho das áreas de qualidade e ambiental das
organizações”.
Para Roggero (2010), os sistemas de Gestão da Qualidade mantém seu foco
principal nos processos, procurando sempre atender a necessidade de seus clientes
por meio da realização do melhor produto, que tenha a melhor qualidade, sendo está
caracterizada como um produto que seja adequado ao uso, que não apresente
defeitos e que esteja em conformidade com as normas, em suma, toma como base
o cumprimento dos objetivos e metas traçados para a melhoria dos produtos e
serviços por meio de seu posicionamento estratégico de mercado. Seu foco
principal está na definição do produto, dos métodos para realizar o melhor produto
com preço justo ao cliente.
“os sistemas de gestão atuais estão voltados para a importância dos processos organizacionais, sendo assim, o sistema de gestão da qualidade, é o que mais se destaca até então, com o foco voltado para processos, a partir da versão da norma ISO 9000:2000 e principalmente com a versão ISO 9001:2008, reduzindo assim as dificuldades para a integração com o SGA - sistema de gestão ambiental ISO 14001 e o ISO - sistema de segurança e saúde ocupacional ISO 18001”. (ROGGERO, 2010, p. 3)
Moura (2010) afirma que o SGA (Sistema de Gestão Ambiental) está
diretamente ligado ao escopo de uma empresa, ou seja, seu campo de atuação,
abrangência, com foco ainda mais amplo nas partes interessadas, onde procura
identificar como objetivo principal os aspectos e impactos ambientais causados
pelos resíduos gerados nos processos produtivos das empresas. Por meio de uma
política ambiental, são determinados os objetivos e metas a serem cumpridas em
44
teor da certificação pelas Normas ISO 14000.
O desempenho ambiental é o ponto critico do SGA, pois é o mesmo que
determina as condições para que uma empresa se certifique e se comprometa a
atuar em prol do desenvolvimento sustentável, garantindo a qualidade de vida de
todos e a melhoria contínua dos processos de gestão ambiental (MOURA, 2008).
Portanto, a grande vantagem de um SGI está na formação de cadeias cada
vez mais produtivas pela influencia do envolvimento das pessoas no processo de
melhoria continua tanto nos processos produtivos que são atividades inter-
relacionadas quanto na regulamentação do desempenho ambiental da empresa
(ROGGERO, 2010).
2.6 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Moura (2008) afirma que os aspectos de “qualidade” e atendimento ao cliente
são considerados básicos, essenciais, portanto hoje nem contam mais como um
diferencial, sendo necessário buscar novas características para o produto ou serviço
prestado onde o consumidor valoriza muito na hora da compra, como por exemplo,
alguns produtos desenvolvidos com tecnologia sustentável: automóveis híbridos,
lâmpadas com consumo de eletricidade muito inferior ao de seus concorrentes,
alimentos orgânicos e outros.
John F. Welch Jr. (Ex – presidente da GM, 2010) apud Moura (2008, p.89)
afirma que “qualidade é a nossa maior certeza de fidelidade de clientes, nossa mais
forte defesa contra a concorrência estrangeira e o único caminho para o crescimento
e o lucro sustentado”.
Portanto, as empresas para se manterem competitivas no mercado devem
primeiramente atender as reais necessidades de seus clientes, isso, por meio de
produtos e serviços de qualidade, em conformidade com os padrões das normas e
leis governamentais, atuando de forma direta na satisfação também de todos os
45
envolvidos com a empresa, tanto clientes, quanto colaboradores e sociedade
conforme mostra os pilares de sustentabilidade e o desempenho ambiental.
2.6.1 Gestão da Qualidade Total
De acordo com Filho (2010) com a abertura de novos mercados e o aumento
da população de forma constante em todo o mundo, as empresas precisam cada
vez mais estar preparadas para atender as necessidades de seus clientes, de uma
forma mais abrangente, superar as necessidades dos mesmos para ganhar território
para estarem cada vez mais competitivas em seu mercado potencial. Esta nova
forma de pensamento alavanca a competitividade nas Organizações, tanto por meio
da redução de custos, quanto pelo aumento na produtividade por meio da qualidade
de seus produtos e serviços percebidos por seus clientes, que atualmente, estão
cada vez mais exigentes. Pinto (1993, p. 133) aponta que:
“a qualidade total é uma meta que está se buscando para que se possa
chegar ao desenvolvimento sócio político técnico econômico das nações
visando não apenas a aumentar a competitividade de bens e serviços, mas,
fundamentalmente, à melhoria da qualidade de vida da população e ao
crescimento do ser humano como um todo”.
Pinto (1993) ainda cita que uma ferramenta excelente para o gerenciamento
dos processos produtivos da empresa, mantendo como foco sua visão sistêmica é a
GQT (Gestão da Qualidade Total), conceituada já há 50 anos no Japão, no início,
chamado de TQC (Total Quality Management), com o passar dos anos essa filosofia
de “Controle” passou a ser chamada de Gestão, sendo agora, a Gestão da
Qualidade Total (PINTO, 1993). As empresas de todo o mundo que adotaram essa
nova prática para o gerenciamento de seus negócios, está de tal forma, cada vez
mais participativa no mercado, para tanto, conquistando novos clientes por meio da
qualidade de seus produtos e serviços. Contudo as Organizações que adotam esta
ferramenta para o gerenciamento de seus processos tem mais facilidade para
obtenção da certificação ISO 9000, que ocorre quando toda a documentação do
GQT da empresa está correta (FILHO, 2010).
46
“Organizações que adotam a GQT, normalmente, superam as crises constantes no mundo dos negócios, pois a criatividade e o comprometimento da força de trabalho alavancam ideias para contornar os problemas”. (OLIVEIRA, 2004, p. 52)
2.6.2 A qualidade além dos muros da organização
A qualidade não deve estar somente comprometida com seus clientes e
processos. Quando se fala em qualidade total, se fala em respeito mútuo com todos
os envolvidos com a empresa, ou seja, todos aqueles que guardam interesses pela
Organização, de forma direta ou indireta. Neste caso, o autor quer dizer que a
qualidade atravessa os “muros” da organização, ou seja, toda e qualquer empresa
que está comprometida com a qualidade de seus produtos e serviços, qualidade de
vida de seus colaboradores, a qualidade de vida no ambiente de trabalho, e também
a qualidade percebida por seus clientes, jamais podem descuidar- se da qualidade
sentida pela sociedade em que atua no seu ramo de atividade (OLIVEIRA, 2004).
2.6.3 O sistema de gestão da qualidade baseado na norma da série ISO 9000
Segundo Oliveira (2004), toda e qualquer empresa na produção de seus
produtos e serviços, necessita de um sistema de padronização. A perspectiva
tratada com base nisto, centraliza o fato de que obrigatoriamente uma empresa com
essas características deve implantar em seus processos de gestão o sistema da
qualidade, com o objetivo de padronizar os produtos e serviços prestados e assim,
atender aos requisitos exigidos pelos clientes e envolver todos seus colaboradores
no mesmo foco, que é a melhoria contínua dos processos (ciclo de vida e
rotatividade dos produtos) e produtos.
Oliveira (2004, p.15) defende que sistema é:
“um conjunto de partes que interagem e se interdependem, formando um
todo único com objetivos e propósitos em comum, efetuando
47
significativamente determinada função. É composto por outros sistemas
menores, denominados subsistemas, que estão sequencialmente
dependentes uns dos outros, como se fossem elos de uma corrente. O
desempenho de cada uma dessas partes define o sucesso de todos eles”.
2.6.4 A norma ISO no cenário de um Sistema de Gestão da Qualidade
A ISO, como sendo uma referencia normativa em quase todo o mundo, criada
em 1947, em Genebra, Suíça, tem o propósito de assegurar as conformidades dos
produtos e serviços desenvolvidos pelas Organizações, e também, auxiliar as
mesmas na garantia do sistema de gestão (ABNT NBR 6023).
Atualmente, as empresas de todo o mundo, somente criam parcerias e
importam de outras organizações que tenham o certificado nesta norma, pois sabem
que a probabilidade de serem bem atendidas é bem maior que de Organizações que
não tenham um reconhecimento algum em normas e são asseguradas de que os
produtos e serviços atende suas especificações e conformidades com as normas de
seu país (OLIVEIRA, 2004).
Segundo Moura (2008), existe farta literatura sobre os assuntos e
associações entre o Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ baseado na norma
ISO 9000 e à Gestão da Qualidade Total, porém, o que difere os dois sistemas é a
parte documental, ou seja, a GQT não exige documentos e a norma somente
reconhece o que estiver documentado, assim, as empresas que utilizarem a GQT
em sua gestão como um modelo gerencial não têm dificuldades na implantação de
um Sistema de Gestão da Qualidade, tampouco, o que se necessita para adequação
à norma é apenas a complementação de documentos, pois o GQT é bem mais
amplo que a norma ISO 9001, porém, é menos exigente em documentação que a
mesma.
48
2.6.5 A noção da Gestão da Qualidade Total
Fonseca e Miyake (2006) define de forma simplificada, que a Gestão da
Qualidade Total ou GQT, é antes de tudo um novo conceito adquirido pelas
Organizações que adotaram uma nova filosofia e um novo modelo de gestão - a
característica de um produto ou serviço deve atender “totalmente” as necessidades,
preferências, gostos ou conveniências de um consumidor, com isso, a Gestão da
Qualidade é uma decorrência natural da qualidade.
A análise de proximidade da empresa com o cliente é sinônimo de uma nova
abordagem do cliente por meio do atendimento as suas necessidades e desejos. A
empresa que busca ganhar novos mercados, além de tudo, deve conhecer muito
bem seus possíveis cliente e superar suas necessidades, para que então, possa
transformar o cliente em consumidor potencial (PALADINI, 2012).
Paladini (2012, p.18) ainda afirma que: “Gestão da Qualidade Total é a
extensão do planejamento dos negócios da empresa que inclui o planejamento da
qualidade”.
Para tratar dos assuntos de qualidade total, é necessário tratar dos processos
de melhoria contínua. Melhoria pode ser entendida como: “aumento do grau de
ajuste do produto à demanda, em termos de atendimento a necessidades,
expectativas, preferências, conveniências de quem já é consumidor, de quem
poderia ser nosso consumidor ou o de quem influencia” (PALADINI, 2012, p.16).
Moura (2008) manifesta que a melhoria continua está diretamente ligada ao
desenvolvimento de processos de melhoria que caracterizam toda a gestão de uma
Organização e também, a ação da Gestão da Qualidade, que envolvem dois
elementos: otimização de processos e a generalização da noção de perda.
49
2.6.6 Elementos da melhoria contínua de um SGQ
Fonseca e Miyake (2006) explicam que a otimização de processos como
forma de melhoria contínua das empresas, significa de forma simples, os esforços
centralizados da empresa em minimizar seus custos, reduzir defeitos, reduzir falhas
ao máximo, racionalizar todos os seus processos e atividades produtivas.
Paladini (2012) contempla que a generalização da noção de perda é um fator
mais complexo, embora o conceito seja simples, toda ação, procedimento, operação
ou atividade que não acrescente valor ao produto acabado é uma perda. O autor
ainda coloque que:
“Gestão da Qualidade Total é o processo destinado a investir,
continuamente, em mecanismos de melhoria, ou seja, de aumento da
adequação de produtos e serviços ao fim a que se destinam”
(PALADINI, 2012, p. 17)
Portanto, o conceito de adequação ao uso refere-se ao aumento da melhoria
de um produto da empresa que vá de encontro às necessidades de seus clientes, ou
seja, todos seus processos devem estar diretamente ligados ao cliente. Por outro
lado, o processo de melhoria contínua é um conjunto de atividades cujo intuito
principal é assegurar a adequação ao uso de um produto ao cliente, considerada
também, como sinônimo de Gestão da Qualidade Total (PALADINI, 2012).
50
3 METODOLOGIA
O trabalho foi desenvolvido e embasado por meio de uma metodologia ou
modalidade de pesquisa cientifica em forma de pesquisas bibliográficas e de um
estudo de caso particular por meio de uma pesquisa exploratória ou pesquisa de
campo.
As pesquisas bibliográficas foram desenvolvidas acerca do tema para
conhecer os trabalhos realizados e opiniões reinantes sobre o assunto (MARCONI;
LAKATOS, 2010). Assim, foi possível levantar e compreender as necessidades e
influencias substanciais que motivaram as empresas a implantar um Sistema de
Gestão Ambiental dentro das Normas ISO 14001 e também, identificar o porquê as
empresas optam por implantar um SGA após um SGQ que tange pela norma ISO
9001. Marconi e Lakatos (2010) ainda manifestam que a pesquisa bibliográfica é a
forma de auxiliar na explicação de um problema partindo de referencias teóricas
publicadas em artigos acadêmicos, teses e dissertações, jornais, livros, monografias
e outras, seja qual for a área estudada, exige que seja realizada uma pesquisa
bibliográfica previamente articulada ao assunto a ser estudado. Para Rampazzo
(2005), a pesquisa bibliográfica oferece meios para buscar resolver não somente
problemas já conhecidos, como também, explorar novas áreas onde os problemas
não foram identificados claramente.
ANDRADE (2009, p. 111) manifesta que:
“pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos e da constituição em forma de um trabalho cientifico original”.
Com relação ao estudo de caso trabalhado após as pesquisas bibliográficas,
Andrade (2009, p. 124) salienta que o mesmo “consiste em analisar e estudar um
determinado grupo, ou indivíduos, objetivando a obtenção de generalizações”.
Vergara (2009) complementa que o estudo de caso é um destinado a uma ou
poucas unidades, entendidas essas, como pessoa, família, produto, empresa, órgão
51
publico comunidade ou mesmo pais. Neste presente trabalho, foi realizado o estudo
de caso particular de uma empresa de Terraplanagem, a Ideal.
Marconi e Lakatos (2012) contribuem afirmando que o estudo de caso é um
método de se obter informações e/ou conhecimentos a cerca de um determinado
assunto ou de um problema a ser estudado para o qual se procura uma resposta por
meio da observação de fatos e fenômenos como acontece na coleta de informações.
Além disso, a pesquisa de campo ainda auxilia o pesquisador a obter respostas de
uma realidade delimitada, ou seja, daquilo em que está estudando (FARIA, CUNHA
E FELIPE, 2012).
A pesquisa exploratória (ou pesquisa de campo) é uma forma de alcançar os
objetivos propostos na pesquisa cientifica (VERGARA 2009). É o primeiro passo de
todo o trabalho cientifico que tem por finalidade, a investigação direta do tema
estudado, proporcionando maiores informações sobre determinado assunto e
facilitando na delimitação do tema de trabalho, portanto, a pesquisa exploratória
constitui de um estudo preparatório para outra pesquisa (ANDRADE, 2009).
Para Faria, Cunha e Felipe (2007, p.31) apud Gil (2002), a pesquisa
exploratória têm como objetivo principal o “aprimoramento de ideias, a familiarização
com o problema proposto, ou seja, a tomada de conhecimento do tema a ser
estudado”.
Para alcançar a metodologia da pesquisa bibliográfica e da pesquisa de
campo, foram utilizadas técnicas para a coleta de informação acerca do tema
proposto no trabalho, tais como o questionário e a entrevista direta. O questionário
foi elaborado pelo autor coma totalidade de 26 questões, (pelas quais foram
entregues diretamente ao diretor da empresa e respondidas pelo mesmo sem a
presença do pesquisador) que condizem exatamente com os objetivos do trabalho e
vai direto ao encontro do tema. Teve como objetivo principal, levantar e identificar as
principais motivações que levaram a empresa a adotar um SGA em seu Sistema de
Gestão de negócios após a certificação de um SGQ.
52
Marconi e Lakatos (2012) discorrem que questionário é uma série organizada
de perguntas, que tem por finalidade a obtenção de respostas para a pesquisa a ser
realizada, isso, por meio de uma coleta de dados junto ao participante, onde o
mesmo deve respondê-las sem a presença do pesquisador. Na elaboração de um
questionário, é fundamental levar em conta, que o pesquisador não estará em
contato direto com o pesquisado, ou seja, o pesquisador não poderá contar com
informações ou explicações adicionais do pesquisado, sendo isto, uma das
principais desvantagens do questionário, e por este motivo, as questões devem ser
muito claras e objetivas (ANDRADE, 2009).
A entrevista é um conjunto de recolhimento de informações eficazes para
elaboração de uma pesquisa e tem como objetivos, averiguar fenômenos e fatos
diretamente com o entrevistador, assim, permite que seja descoberto opiniões,
sentimentos e condutas de uma pessoa (ANDRADE 2009). No presente trabalho, foi
realizada uma entrevista direta, padronizada e estruturada junto ao diretor de SGI da
empresa estudada, como caracteriza Marconi e Lakatos (2010), constituídas de um
formulário de 20 questões abertas (com a presença direta do pesquisador no campo
de trabalho da empresa estudada, pela qual as respostas foram transcritas e parte
das mesmas foram gravadas para serem inseridas nos resultados e discussões do
trabalho, na parte 4) sobre os principais motivos, influencias, motivações e
benefícios que fez com que a empresa implementasse um SGA. Andrade (2009, p.
134), fomenta que a entrevista “consiste em fazer uma série de perguntas a um
informante segundo um roteiro preestabelecido. Esse roteiro pode ser um formulário
que será aplicado da mesma forma a todos os informantes, para que se obtenham
respostas ás mesmas perguntas”. Marconi e Lakatos (2012) considera que a
entrevista é o encontro de duas pessoas, de um lado, o entrevistador, de outro, o
entrevistado, a fim de que o entrevistador obtenha respostas para um determinado
assunto particular de seu estudo a ser realizado mediante, isso, mediante a um
diálogo com o entrevistado de natureza profissional.
53
3.1 ESTRATÉGIA DA PESQUISA
Com base nas informações extraídas por meio da técnica do questionário e
da entrevista direta junto ao diretor Aurélio, a o trabalho foi compilado para melhor
ser entendido. Foram levantadas informações a respeito da certificação ISO 9001
que tange pela qualidade da empresa e também, informações sobre a ISO 14001
que transcorre sobre a fundamentação da certificação ISO 14001. O propósito do
projeto além de analisar as grandes influencia motivacionais que levou a empresa a
implantar um SGA após a certificação de um SGQ dentro das normas ISO 14001 e
ISO 9001, é discutir o porquê desta implantação consecutiva. A pesquisa de campo
realizada por meio de um questionário (com 26 questões abertas e fechadas) no dia
20 de junho de 2013, que permitiu coletar informações que afirmam a necessidade
percebida pela empresa em implantar um SGA após sua certificação do SGQ, tais
como: exigências governamentais, satisfação de clientes, conquista de novo
mercados, melhoria da imagem empresarial, reduzir de custos, melhoria de seu
desempenho, redução de possíveis riscos, e ainda, para manter seus serviços por
mais tempo no mercado.
Ainda na pesquisa de campo, porém com o método da entrevista direta,
realizada no dia 15 de novembro de 2013 (com o total de 20 perguntas), foi possível
perceber e entender que a estratégia de Aurélio de iniciar pela 9001 se deu pela
necessidade de garantir a qualidade dos serviços e dos produtos ( através de
procedimentos, laudos, monitoramentos, controles e outras ferramentas de gestão).
Mas a qualidade chama a 14001 devido a garantia e atendimento a legislação
ambiental e exigências fiscais e aumento da competividade conforme é afirmado no
projeto.
54
3.2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A empresa foi fundada na década de 90 pelo empresário Robson Sant’Anna,
no bairro da Enseada, localizado localizada no Litoral Norte de São Paulo na cidade
de São Sebastião. No entanto, a história da empresa começou bem antes, quando
Robson era apenas um jovem com muitos sonhos e uma grande vontade de
trabalhar e fazer a diferença no ramo da construção.
A princípio a Ideal Terraplanagem era uma micro empresa limitada, com
poucas máquinas, mas com o apoio de uma equipe motivada a vencer obstáculos e
dotado de muita coragem, foi sendo traçada a trajetória da empresa com
competência e dinamismo, graças aos esforços coletivos. Hoje a empresa já é
considerada de grande porte é conta com aproximadamente 350 colaboradores, 130
tantas maquinas e veículos pesados de pequeno e grande porte, possui seu Sistema
de Gestão Integrado (SGI) com as certificações ISO 9001 que tange pela
Qualidade, a ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental e a OAHAS 18001 – Saúde
e Segurança do trabalho, sendo assim, a principal filosofia da empresa hoje é
prestar serviços de engenharia preservando o meio ambiente, a saúde e a qualidade
de vida dos seus colaboradores e da comunidade. A Ideal ainda pensa nas gerações
futuras e procura manter um compromisso com o que está por vir, isso define sua
postura proativa como grande papel perante o compromisso com o meio ambiente e
ainda a melhoria de seu desempenho relacionado ao seu desenvolvimento
sustentável.
A empresa Ideal Terraplenagem atua em diversas áreas do setor da
construção civil, principalmente terraplenagem. A empresa está adaptada às novas
tendências do mercado mundial, com experiência para estabelecer parcerias,
identificar oportunidades e realizar contratos das mais diversas modalidades. Atua
na prestação dos diversos serviços da construção civil, tais como: usina de asfalto,
pedreira, serviços de obra de arte, terraplanagem ou aterros, locação de
equipamento, limpeza industrial e engenharia civil. A empresa conta atualmente
com uma frota compatível em capacidade e quantidade para atender seus clientes
55
em obras de grande porte que envolva serviços de terraplenagem (escavação,
transporte, aterro, concreto, forma, armação e montagem de tubulação), obras de
arte, pavimentação e construção civil. Sua frota é composta por mais de 130
unidades móveis, desde caminhões de toda grandeza até veículos leves para
transporte e locomoção de pessoal. Quanto aos equipamentos pesados são mais de
60 unidades entre tratores, escavadeiras, rolos compressores, motoniveladoras e
outros.
56
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante do cenário descrito no referencial teórico do projeto aqui desenvolvido,
percebe-se que o advento da certificação em conformidade com a norma ISO 14001
no Brasil é o grande pilar de competitividade para as empresas (que tem por objetivo
principal a geração de lucros) e também para o meio ambiente em si, uma vez que o
desenvolvimento sustentável vem a ser a grande estratégia para que o “mundo de
hoje” não interfira no “mundo de amanha”. Assim, o fator econômico- ambiental deve
ser dirigido para o desenvolvimento de grandes tecnologias que devem ser
orientadas o alcance das metas de equilíbrio das empresas com a natureza e de
incremento da capacidade de inovação do país vigente.
Perante a estas informações, foi aplicado um questionário na empresa Ideal
Terraplanagem (localizada no bairro da Enseada, São Sebastião – SP) como forma
de estudo de caso e obtenção de respostas qualitativas para análise e discussão
prática alinhada a teoria abordada no projeto. Foi possível identificar que a
Organização incorpora a variável ambiental em seu Sistema de Gestão – nas
atividades gerenciais e operacionais, mantendo com isso uma postura responsável a
respeito da questão ambiental. Além de resultados econômicos, como: redução do
consumo de água, energia e outros insumos; diminuição de efluentes ou emissões
atmosféricas em sua frota; redução de multas e penalidades por poluição; aumento
da participação de mercados e outros; ainda apresentam os benefícios estratégicos,
como: melhoria da imagem institucional, alto comprometimento com o meio
ambiente e com todos os envolvidos na empresa, melhoria nas relações de trabalho
e melhor adequação aos padrões ambientais.
Cabe ressaltar que, fatores como estes, foram as grandes influências que
levaram a empresa mensurada acima a adotar uma postura pró - ativa perante o
meio ambiente, e consequentemente, implantar e certificar seu Sistema de Gestão
Ambiental. Hoje, a empresa como grande referência nacional no quesito “ambição
sustentável”, busca melhorar cada vez mais eficiência em seus processos, alcançar
novos objetivos estratégicos (novas metas com novos programas de ação e
responsabilidade, maximizar sua eficiência operacional). Por meio de avaliações
57
constantes com ferramentas práticas da qualidade que são incorporadas na
empresa, como o Ciclo PDCA que é uma metodologia que a empresa optou para
avaliar constantemente seus resultados e para desafiar-se ainda mais para o
alcance de todos seus objetivos determinados em sua política ambiental, a empresa
consegue manter grandes relações com seus parceiros de negócio e ainda, abraçar
as melhores oportunidades de mercado, que permite seu crescimento econômico e
sua expansão territorial.
Para Aurélio, diretor de SGI da empresa e consultor técnico de outros
assuntos relacionados ao Meio Ambiente na área responsável por controles de não
conformidades e conformidades, toda sua equipe de trabalho, o ciclo ou a
metodologia PDCA são gerenciados não somente no departamento de SGI da
empresa, mas também, em todos os outros setores da empresa, de forma a que as
metas e a satisfação de todos os envolvidos direta e indiretamente com a empresa
sejam atingidas. Assim, o diretor ainda afirma que todos os envolvidos na empresa
devem assegurar que o que foi planejado está sendo executado conforme exigem às
metas e os objetivos de longo prazo. Os mesmos devem ainda, analisar se está
ocorrendo falhas, erros de comunicação, interrupções nos processos ou até mesmo
mudanças radicais que podem ocorrer no meio de projeto, consequentemente os
envolvidos devem avaliar todo a documentação e revisar se for necessário.
Aurélio foi o agente principal e responsável por implantar o Sistema de
Gestão Ambiental na Organização em 2009. Segundo ele “a certificação ISO 14001
em conformidade com os requisitos legais e vigentes contribuiu para a mudança de
posicionamento da empresa e de todos os que guardam relação com a mesma em
fator econômico – ambiental, e vem contribuindo com o crescimento sustentável da
empresa de forma a aumentar sua competitividade no mercado sem impactar de
forma agressiva ao meio ambiente”.
Autores como Gravina (2009), Paladini (2012) e Moura (2012), afirmam em
suas publicações, que este compromisso com o desenvolvimento ambiental, que as
empresas adotam como forma de cumprir a legislação governamental e gerar novos
resultados econômicos e estratégicos, são fatores que asseguram o
comprometimento com seu SGA.
58
Paladini (2008) aborda de forma clara todas as exigências transcorridas por
parte dos clientes, governos e toda a humanidade que fazem com que as empresas
tracem um novo paradigma e uma nova visão e um novo panorama que movem
seus esforços para um crescimento sustentável.
No presente trabalho, é apresentada uma passagem do relatório da Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que afirma que o crescimento
sustentável é a forma de atender as necessidades de hoje, sem comprometer as
necessidades das futuras gerações, possibilitando um ambiente de qualidade para
todos.
Na entrevista direta com o diretor da empresa, foi percebido que apesar da
empresa certificar as 3 normas (ISO 9001, ISO 14001 e OSHAS 18001) no mesmo
processo de certificação em 2007, a escolha pela ISO 9001 foi uma estratégia que
se deu pela necessidade de garantir a qualidade dos serviços e dos produtos
(através de procedimentos, laudos, monitoramentos, controles e outras ferramentas
de gestão), assim, garantir que todos os processos de produção, no caso da
empresa, transportes de materiais diversos e pesados, terraplanagem e construção
civil estejam padronizados para garantir a qualidade aos clientes, em conformidade
com todos os documentos, laudos e garantia de serviço prestado da empresa ao
cliente. Aurélio ainda afirma que a Qualidade chama a 14001 devido a legislação
ambiental e a garantia do atendimento das mesmas. Aurélio fomenta que ter o
melhor atendimento ao cliente, já não é mais diferencial competitivo e sim,
necessidade de toda Organização. A partir deste principio, Aurélio manifesta-se
afirmando que o Sistema de Gestão Ambiental é o principal aliado das empresas
que buscam competitividade e sobrevivência no mercado, pois este Sistema
garante e promove segurança, bem – estar e qualidade de vida de todos os seres
humanos e deve estar incorporado no Sistema macro empresarial da Organização.
Ao encontro das palavras de Aurélio, Viterbo (1998) apud Correia (2006),
enfatiza que não se deve encarar a gestão ambiental isoladamente, mas sim, incluí-
la no ambiente de gestão dos negócios, pois ela convive no mesmo ambiente de
gestão pela qualidade total (GQT), adotado pela maioria das organizações que já
deram um passo além da certificação ISO 9000.
59
Segundo Barbieri (2004) apud Correia (2006), a Organização que já possui
um sistema de gestão da Qualidade terá mais facilidade para implantar o SGA,
sendo que o sistema de gestão ambiental é a parte de um sistema da gestão de
uma organização utilizada para desenvolver e implementar a política ambiental e
para gerenciar os aspectos e impactos ambientais, e um sistema de gestão é um
conjunto de variáveis interligadas utilizados para estabelecer a política, os objetivos
e para atingi-los de forma a garantir sucesso para a empresa.
Na entrevista direta, Aurélio citou que a implantação do SGA na Ideal
Terraplanagem de São Sebastião trouxe maiores ganhos substancial para a
empresa. Conforme analisado, a Organização exposta conseguiu almejar seus
novos objetivos estratégicos, melhorar sua relação com o meio ambiente, fortalecer
seus laços de relacionamento com todos os envolvidos e ainda, gerar maiores
resultados econômicos. O diretor de SGI da Ideal ainda salienta que:
“... eu como diretor responsável por uma área crítica de sucesso, importante dentro do processo sob a ótica ambiental, passo a exercer uma função importante. Tenho itens de controle que eu gerencio e desdobro para a minha equipe,para garantir os resultados que precisamos em termos ambientais, como nos outros itens de produtividade, segurança, custo”.
Aurélio, diretor de SGI da empresa Ideal Tarraplanagem ainda afirma que os
ganhos gerados com a implantação e certificação de um SGA em conformidade com
as normas ISO 14.001 foram além do esperado por ele e pela empresa.
“Conseguimos ampliar a carteira de clientes, melhorar a qualificação e
capacitação de nossos colaboradores, melhorar a qualidade no atendimento
dos prazos de nossas obras, além disso, captar novos recursos e
tecnologias que proporcionaram a empresa a oferecer excelência nos
serviços prestados, valorizando todos os colaboradores e visando a
integridade física e psicológica dos mesmos. Tudo isso, respeitando nosso
meio ambiente e a utilização recursos, e também, nos preocupando com a
qualidade de vida das gerações futuras.”
Portanto, a empresa que busca a certificação ambiental deverá
obrigatoriamente atender a todas as legislações fiscais e ambientais em
cumprimento com todos os documentos exigidos e emitidos pelos órgãos federais,
60
estaduais e municipais, como forma de atuar dentro da filosofia de gestão pela
qualidade total, sendo necessário demonstrar para o organismo certificador, que
possui um sistema de gestão estruturado e eficaz, capaz de atingir continuamente
melhores resultados. Essa cobrança externa é, por si só, um fator motivador para
que a empresa trabalhe focada nos clientes e no mercado, buscando a satisfação
das partes interessadas, assim, consecutivamente, venha a trabalhar para melhorar
seu relacionamento com o meio ambiente e almejar novos resultados para melhorar
seu desempenho sócio- econômico- ambiental, reduzindo seus impactos ambientais
e atendendo a todas as legislações que vigoram para um futuro melhor (VITERBO,
1998).
61
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A administração ambiental ou gestão ambiental como atividades praticadas
pelas empresas realmente é uma das mais promissoras oportunidades para o
aumento da competitividade deste século. É apenas uma questão de adotar uma
nova postura proativa perante o meio ambiente e também, uma nova estrutura
mental de não prejudicar o mundo.
Após 5 anos de grandes esforços e trabalho intenso em busca das
certificações da família ISO 9001, 14001 e 18001 que juntas, formam os três pilares
de um Sistema de Gestão Integrado, a Ideal Terraplanagem, conforme cita Aurélio (
diretor geral de SGI da empresa) somou inúmeras vantagens competitivas diante de
seus concorrentes. As grandes melhorias e benefícios foram oriundos de seu
Sistema de Gestão Ambiental.
Para começar a demonstração de algumas vantagens e fatores motivacionais
que levaram a empresa a adotar um SGA, podemos mencionar que, além dos
resultados econômicos como – redução do consumo de água, energia e insumos; a
diminuição de efluentes ou emissões atmosféricas geradas pela frota da empresa,
redução de multas e penalidades ocasionadas pela poluição sonora e ambiental;
podemos citar também, os benefícios estratégicos, tais como – o acesso e
participação a novos mercados e aumento da competitividade, melhoria na
performance empresarial da Organização uma vez que a mesma garante um
aumento da produtividade com relação a sua escala de produção, o atendimento a
legislação (o principal aspectos pela qual a maioria das empresas implantam um
SGA, conforme demonstrado nas pesquisas acima), melhoria na imagem e na
relação com seus colaboradores, vizinhos, fiscalização ambiental e outros que
mantem interesses pela empresa e melhores taxas de financiamentos para projetos.
Autores como Gravina (2008), Paladini (2012) e Moura (2010), afirmam em
suas publicações que este compromisso com o desenvolvimento ambiental, que as
empresas adotam como forma de cumprir a legislação governamental e gerar novos
resultados econômicos e estratégicos, são fatores que asseguram o
62
comprometimento com seu SGA.
As exigências transcorridas por parte dos clientes, governos e toda a
humanidade, faz com que as empresas tracem um novo paradigma, uma nova visão
e um novo panorama que movem seus esforços para um crescimento sustentável,
promovendo a conscientização de seus colaboradores e a melhoria contínua no seu
sistema de gestão (PALADINI, 2012).
Portanto, as empresa que querem se manter vivas no mercado, agregar valor
para sua imagem e melhorar cada vez mais seu desempenho empresarial,
necessitam primordialmente, melhorar seu desempenho ambiental, ou seja, adotar
um novo comportamento perante ao atendimento das legislações ambientais e
manter o grande fator sócio – ambiental – econômico sempre ativo, que são dirigidos
para o desenvolvimento da Organização alinhado a natureza e a sustentabilidade.
Como sugestão de estudos futuro de pós – graduação, alinhado ao mesmo
tema, o trabalho poderá além de identificar as principais influencias da certificação
de um SGA – também, identificar os principais ganhos econômicos – financeiros da
empresa, levantando dados quantificáveis e mensuráveis com relação ao
desempenho ambiental da empresa estudada, por meio de gráficos, planilhas e
tabelas. A intenção será de demonstrar os custos diretos e indiretos na redução de
insumos, matéria prima, água, energia e outros aspectos ambientais que a empresa
consegue com um bom gerenciamento de seu SGA. Para ficar ainda mais concreto
e visível, o futuro estudo poderá estar fundamentado nas comparações anuais de
crescimento econômico- ambiental da empresa, ou seja, em uma analise de como
era a empresa antes, durante e após a certificação (levantando dados e informações
numéricas que demonstram os efetivos ganhos empresariais, tais como: a redução
de custos operacionais, aumento do número de clientes, aumento do faturamento,
melhoria dos indicadores de atratividade e outros). Ainda como sugestão oriunda da
empresa estudada, para futuros trabalhos no mestrado ou MBA, poderá ser
realizado um trabalho de pesquisa na empresa, sobre as mudanças na Gestão de
Pessoas, ou seja, o comportamento e satisfação dos colaborados diretamente
envolvidos no escopo do SGA implantado.
63
Ao final deste trabalho, considera-se que foi alcançado o objetivo principal
desta pesquisa, pois foram identificadas as principais influencias da certificação de
um Sistema de Gestão Ambiental dentre de uma empresa de terraplanagem, a Ideal,
conforme descrito nos primeiros capítulos do referencial teórico do projeto. Os
objetivos específicos, tais como o alinhamento das questões ambientais dentro de
um contexto empresarial, o levantamento dos fatores motivacionais e influencias da
certificação ISO 14001 e a demonstração da visão sistêmica dos Sistemas de
Gestão Ambiental e da Qualidade foram descritos e apresentados no referencial
teórico do trabalho. As análises e respostas resultantes da pesquisa de campo por
meio da investigação direta na empresa com o diretor da mesma, norteadas por
esses objetivos e pelo problema levantado no projeto, encontram-se nos resultados
e discussões do trabalho (parte 4) e também no apêndice do mesmo, onde estão o
modelos de questionário e da entrevista direta.
Os sistemas de Gestão Ambiental e Gestão da Qualidade levam a tomada de
decisão baseada numa visão sistêmica e também na otimização dos processos e
informações mais precisas. Em consequência disso, tem – se economia de custos e
tempo, redução de esforços, melhoria contínua dos resultados e também
procedimentos uniformes que transmitem maior segurança na execução dos
processos (ROGGERO, 2010).
As hipóteses, como forma de sustentação deste trabalho foram confirmadas,
pois as empresas optam por implantar um SGA após um SGQ devido às facilidades
na implantação, aos ganhos substancias tais como os próprios benefícios e
vantagem competitiva e também, ao atendimento das legislações.
Neste sentido, este trabalho vai ao encontro de Barbieri (2011), que assegura
que a certificação de um Sistema de Gestão Ambiental é uma das melhores formas
para conseguir obter melhorias no desempenho empresarial dentro de uma
Organização, promover o crescimento da economia brasileira e o desenvolvimento
sustentável, tampouco, uma empresa que já possui um Sistema de Gestão da
Qualidade, tem maiores facilidades em obter um SGA, bastando apenas
implementar uma politica ambiental e avaliar seus aspectos e impactos ambientais.
64
REFERÊNCIAS
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69
APÊNDICES
APÊNDICE A – Roteiro da entrevista estruturada para o diretor do departamento de
SGI e responsável pela implantação do SGA.
Entrevista direta - Questões abordadas:
1. Quais foram as influencias pela qual a empresa decidiu implantar e certificar
um SGA?
2. O que motivou a implantação do SGA?
3. Quais foram as etapas de implantação?
4. Quais foram as dificuldades ou obstáculos encontrados?
5. Quais as áreas envolvidas?
6. Quais as principais mudanças que ocorreram na organização, durante e após
a implantação.
7. Ocorreu alguma mudança de forma inesperada? Foi positiva ou negativa?
8. Houve mudanças que foram pré-requisitos para a implantação?
9. O que não ocorreu que deveria ser feito? Qual seria a consequência?
10. Quais eram as suas expectativas em relação ao SGA? Foram satisfeitas?
11. A implantação do SGA trouxe alguma pressão ou exigência maior para a
empresa com relação a nova postura que a Ideal terraplanagem teria que comportar-
se?
70
12. Qual foi sua impressão geral da implantação?
13. Alguma questão importante poderia ter sido considerada mas não foi?
Perspectivas de mudança:
14. Estratégica: Qual seu maior papel desempenhado dentro da empresa com a
certificação de um SGA?
15. Estrutural: Você percebeu alteração nas normas e orientações relacionadas
ao seu trabalho?
16. Tecnológica: Houve alguma mudança no trabalho, na divisão das tarefas ou
no tipo de tecnologia?
17. Humana: Você considera que a implantação do SGA alterou a maneira de
relacionamento com os liderados?
18. Política: Algumas áreas / pessoas passaram a ter mais influência? Se sim, em
qual aspecto?
19. Cultural: Que tipo de mudança ocorreu no seu modo de perceber o SGA?
a. Houve alguma mudança de valores, crenças ou hábitos na empresa? Houve
resistência, apatia ou indiferença?
20. Para resumir ou concluir a entrevista, você poderia fazer uma comparação
entre o antes e o depois da implantação do Sistema de Gestão Ambiental?
71
APÊNDICE B – Roteiro do questionário de perguntas abertas e fechadas
estruturado para o diretor ou algum membro da equipe do departamento de SGI e
responsável pela implantação do SGA.
As perguntas de 1 á 13 são referenciadas ao Sistema de Gestão pela Qualidade da
Empresa, posteriormente, de 14 á 26, são referenciadas as perguntadas sobre o
processo de implantação e certificação de um Sistema de Gestão Ambiental, ISO
14001.
1. Quando se deu o processo de implantação de um Sistema de Gestão da
Qualidade na Empresa?
2. Por que a empresa optou por implantar um Sistema de Gestão da Qualidade?
3. A Organização já adotava uma postura voltada á Gestão pela Qualidade
Total?
Sim ( ) Não ( )
4. Quais foram os processos tomados pela empresa para se enquadrar em um
Sistema de Gestão da Qualidade dentro das normas ISO 9000? Como por exemplo,
a documentação para os requisitos gerais da norma.
5. A empresa faz revisões constantes em seus processos para melhor atender
aos requisitos da Norma ISO 9000 (pela qualidade) e assegurar que está dentro dos
sistemas de padronização e assim, melhorar seu relacionamento com o cliente,
colaboradores e seu posicionamento estratégico?
72
6. Quais foram as dificuldades encontradas na implementação deste Sistema de
Gestão da Qualidade?
7. Qual foi o objetivo principal da Implantação e certificação de um Sistema de
Gestão da Qualidade pela empresa?
( ) Mostrar seriedade e confiabilidade de padronização aos clientes
( ) Manter laço duradouros com clientes já existentes
( ) conquistar novos clientes por meio de uma nova percepção da imagem da
empresa
( ) Conquistar novos nichos de mercado
( ) Melhorar a Excelência operacional da empresa
( ) Exigência do governo e partes externas que influenciam diretamente no
funcionamento da empresa
( ) Reduzir custos
( ) Ganhar escalas
( ) Sobrevivência
( ) Outros
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________
8. Como a empresa mantém o controle absoluto de seus processos de
qualidade sendo percebidos pelos clientes?
9. A abordagem de uma ferramenta administrativa, de e para a melhoria
contínua, como o Ciclo PDCA( Plan, Do, Check, Act )é gerenciado pela empresa de
forma a garantir a plena satisfação dos colaboradores, assim, garantir a satisfação
de todos os envolvidos na empresa?
73
10. Quais foram os ganhos iniciais substancias que a empresa consagrou com a
certificação de um Sistema de Gestão da qualidade dentro das Normas ISO 9000?
11. A empresa definiu claramente os recursos que foram utilizados para implantar
seus sistemas dentro da norma ISO 9000? Como por exemplo, os recursos
materiais, humanos e financeiros.
12. A empresa conseguiu enxergar um ganho geral em melhoria da eficiência nos
serviços prestados e nos processos de trabalho com um sistema de gestão da
qualidade implantado? De 0 a 5 (de acordo com os objetivos de longo prazo
traçados pela organização), onde 0 (nenhum valor percebido) e 5 (valor totalmente
percebido)
OBS: Valores percebidos pela Organização em geral com base em discussões
0( ) 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )
13. Quais foram as principais mudanças encontradas após a certificação da ISO
9000?
Questões referenciadas ao processo de certificação ISO 14000 de um Sistema
de Gestão Ambiental
14. Com um ganho inicial muito vantajoso e cabível com a implantação de um
Sistema de Gestão da Qualidade dentro da empresa, (que atualmente, se torna
obrigatória uma empresa de grande porte adotar o mesmo) porque a organização
optou por implantar um Sistema de Gestão Ambiental atendendo as Normas ISO
14000?
( ) Melhorar seu desempenho nos processos de produção
( ) Reduzir custos gerados pelos aspectos ambientais
74
( ) Melhorar sua performance perante seus concorrentes em termos de redução de
resíduos gerados pelo transporte de cargas
( ) Exigências de reguladores (órgãos ambientais)
( ) Sustentar a responsabilidade ambiental perante aos clientes
( ) Utilizar práticas produtivas “mais limpas”
( ) Reduzir o consumo de matéria prima, como combustível no processo de
transporte pelas frotas.
( ) Preservar o meio ambiente
( ) Outros
_______________________________________________________________
15. Qual(is) a(s) visão(ões) da empresa, diante de um cenário de um mundo onde
a sustentabilidade e a perspectiva de mudança de postura de comportamento -
ambiental em relação ao meio ambiente está cada dia mais em evidência?
Exemplos:
( ) Reduzir a agressividade e os impactos aomeio ambiente gerados pelos resíduos
sólidos e materiais na produção final de bens e serviços,
( ) Atingir novos indicadores de desempenho,
( ) Aumentar a produtividade,
( ) Atingir mercados internacionais
( ) reduzir custos com os ganhos em escala,
( ) melhorar os processos de produção dos bens e serviços,
( ) reduzir os recursos naturais envolvidos pelos aspectos ambientais na produção
( ) Outros
_______________________________________________________________
16. Com relação as vantagens competitivas, que com certeza a empresa se
diferencia com as mesmas de seus concorrentes, qual(is) o(s) objetivo(s)
principal(is) que a empresa almeja com a implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental?
( ) Satisfazer seus clientes (reter)
( ) Conquistar novo mercados
( ) Melhorar sua imagem
75
( ) Reduzir custos
( ) Melhorar seu desempenho
( ) Reduzir possíveis riscos
( ) Manter seus serviços por mais tempo no mercado
( ) Outros
_______________________________________________________________
17. Como se deu o processo de enquadramento de um Sistema de Gestão
Ambiental dentro das normas ISO 14000?
18. Como foram analisados os aspectos e impactos ambientais gerados pela
empresa com suas frotas?
19. Quais foram os ganhos percebidos pela organização após a certificação da
ISO 14000?
20. Como a empresa se beneficia desse Sistema para aumentar sua vantagem
competitiva diante dos concorrentes?
21. Quais foram as principais mudanças encontradas pela empresa, após a
implantação de um Sistema de Gestão Ambiental dentro das normas ISO 14000?
22. Para a empresa Ideal Terraplanagem, quais foram os requisitos exigidos e a
documentação para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental dentro das
Normas ISO 14000?
23. Para você, como diretor de SGI da empresa estudada,quais as principais
informações(que são indispensáveis) para a implantação e certificação de um SGA?
76
24. Porque a organização optou por implantar e certificar um Sistema de Gestão
Ambiental dentro das normas ISO 14000 após a certificação de um Sistema de
Gestão da Qualidade que abrange as Normas ISO 9000?
25. Com a implantação das normas ISO 9000 e ISO 14000 certificadas por um
órgão de certificação (e ainda, a ISO 18000), a empresa já mantem vantagem
competitiva diante de seus concorrentes e se enquadra como uma Empresa Modelo
com excelência operacional, pois a mesma mantem um Sistema Integrado de
Gestão (SGI). De maneira geral, o quão foi relativo e vantajoso para a empresa,
nesse decorrer dos anos, implantar um SGI com base em conquistas e
competências internas de todos os envolvidos nos processos?
26. Falando em benefícios, podemos destacar a competitividade como sendo
fator vital para a empresas e o maior de todos os benefícios. Como é dado este
processo, resumidamente, para que a empresa possa se tornar realmente
competitiva com a implantação de um SGA?
77
APÊNDICE C: Modelo de Questionário com respostas do entrevistado
As perguntas de 1 á 13 estão referenciadas ao Sistema de Gestão pela Qualidade
da Empresa, de 14 á 26, estão referenciadas as perguntadas obre o processo de
implantação e certificação de um Sistema de Gestão Ambiental, ISO 14000.
1. Quando se deu o processo de implantação de um Sistema de Gestão da
Qualidade na Empresa?
Em Abril de 2009
2. Por que a empresa optou por implantar um Sistema de Gestão da Qualidade?
Optamos em implantar um SGQ para promover a melhoria de nossa
competitividade e atender as necessidades do mercado para conquista de
novos clientes.
3. A Organização já adotava uma postura voltada á Gestão pela Qualidade
Total?
Buscamos sempre manter nosso controle rigoroso de atendimento aos nossos
clientes e também, promover a qualidade de vida de nossos colaboradores.
Sim (x) Não ( )
4. Quais foram os processos tomados pela empresa para se enquadrar em um
Sistema de Gestão da Qualidade dentro das normas ISO 9000? Como por exemplo,
a documentação para os requisitos gerais da norma.
Além de toda documentação exigida por certificadores e auditores, são
requisitados:
Controle de fornecedores homologados (que atendam todos os
requisitos legais para sua atividade ou produto);
78
Auditorias internas;
Procedimentos de Gestão e Executivos;
Formulário de recebimentos de materiais;
Avaliações do cliente;
Formulários de Não conformidades e seus programas e planos de ação;
Dentre outros.
5. A empresa faz revisões constantes em seus processos para melhor atender
aos requisitos da Norma ISO 9000 (pela qualidade) e assegurar que está dentro dos
sistemas de padronização e assim, melhorar seu relacionamento com o cliente,
colaboradores e seu posicionamento estratégico?
Sim. Através de reuniões gerenciais onde é avaliado todo o sistema. Iniciando
pelo processo utilizado, prazos, qualidade dos serviços, reclamações do
cliente, dentre outras. Nesta ocasião já é estabelecido o que fazer, quem fazer
e o prazo de concluir, ou seja, o plano de ação é a ferramenta utilizada para
nossa tomada de decisão nesse caso.
6. Quais foram as dificuldades encontradas na implementação deste Sistema de
Gestão da Qualidade?
Foram encontradas dificuldades na elaboração de controles nas diferentes
áreas da empresa, principalmente para alimentar o sistema.
7. Qual foi o objetivo principal da Implantação e certificação de um Sistema de
Gestão da Qualidade pela empresa?
( x) Mostrar seriedade e confiabilidade de padronização aos clientes
( x ) Manter laço duradouros com clientes já existentes
( x) conquistar novos clientes por meio de uma nova percepção da imagem da
empresa
(x ) Conquistar novos nichos de mercado
(x ) Melhorar a Excelência operacional da empresa
79
(x ) Exigência do governo e partes externas que influenciam diretamente no
funcionamento da empresa
( x) Reduzir custos
(x ) Ganhar escalas
(x ) Sobrevivência
( x) Outros
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________
8. Como a empresa mantém o controle absoluto de seus processos de
qualidade sendo percebidos pelos clientes?
Boletim de avaliação de Desempenho. BAD (cliente avalia nosso sistema por
setores)
9. A abordagem de uma ferramenta administrativa, de e para a melhoria
contínua, como o Ciclo PDCA( Plan, Do, Check, Act )é gerenciado pela empresa de
forma a garantir a plena satisfação dos colaboradores, assim, garantir a satisfação
de todos os envolvidos na empresa?
Sim, temos que nos assegurar de que o que foi planejado, esta sendo
executado conforme o cliente descreveu, se houve falhas perdas. Devemos
ainda, avaliar todo o processo e revisar se necessário for. Nesse caso, o ciclo
PDCA é a ferramenta adotada para a empresa na tomada de decisão e busca
da melhoria contínua.
10. Quais foram os ganhos iniciais substancias que a empresa consagrou com a
certificação de um Sistema de Gestão da qualidade dentro das Normas ISO 9000?
Novos clientes, reconhecimento no mercado e satisfação dos colaboradores
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11. A empresa definiu claramente os recursos que foram utilizados para
implantar seus sistemas dentro da norma ISO 9000? Como por exemplo, os
recursos materiais, humanos e financeiros.
Sim, Foi criado um setor de qualidade, com apoio de uma empresa de
consultoria.
12. A empresa conseguiu enxergar um ganho geral em melhoria da eficiência
nos serviços prestados e nos processos de trabalho com um sistema de gestão da
qualidade implantado? De 0 a 5 (de acordo com os objetivos de longo prazo
traçados pela organização), onde 0 (nenhum valor percebido) e 5 (valor totalmente
percebido)
OBS: Valores percebidos pela Organização em geral com base em discussões
0( ) 1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( x)
13. Quais foram as principais mudanças encontradas após a certificação da ISO
9000?
Fornecedores e prestadores de serviços mais qualificados;
Padronização dos documentos de gestão;
Controle de documentos e equipamentos mais eficaz;
Redução de perdas (equipamentos, insumos, mão de obra)
Questões referenciadas ao processo de certificação ISO 14000 de um Sistema de
Gestão Ambiental
14. Com um ganho inicial muito vantajoso e cabível com a implantação de um
Sistema de Gestão da Qualidade dentro da empresa, (que atualmente, se torna
obrigatória uma empresa de grande porte adotar o mesmo) porque a organização
optou por implantar um Sistema de Gestão Ambiental atendendo as Normas ISO
14000?
(x) Melhorar seu desempenho nos processos de produção
81
x() Reduzir custos gerados pelos aspectos ambientais
(x) Melhorar sua performance perante seus concorrentes em termos de
redução de resíduos gerados pelo transporte de cargas
(x) Exigências do governo
(x) Sustentar a responsabilidade ambiental perante aos clientes
(x) Utilizar práticas produtivas “mais limpas”
(x) Reduzir o consumo de matéria prima, como combustível no processo de
transporte pelas frotas.
(x) Preservar o meio ambiente
(x) Outros
_______________________________________________________________
15. Qual(is) a(s) visão(ões) da empresa, diante de um cenário de um mundo onde
a sustentabilidade e a perspectiva de mudança de postura de comportamento -
ambiental em relação ao meio ambiente está cada dia mais em evidência?
Exemplos:
(x ) Reduzir a agressividade e os impactos ao meio ambiente gerados pelos
resíduos sólidos e materiais na produção final de bens e serviços,
(x ) Atingir novos indicadores de desempenho,
( x) Aumentar a produtividade,
( ) Atingir mercados internacionais
(x ) reduzir custos com os ganhos em escala,
(x ) melhorar os processos de produção dos bens e serviços,
(x ) reduzir os recursos naturais envolvidos pelos aspectos ambientais na
produção
(x ) Outros
_______________________________________________________________
16. Com relação as vantagens competitivas, que com certeza a empresa se
diferencia com as mesmas de seus concorrentes, qual(is) o(s) objetivo(s)
principal(is) que a empresa almeja com a implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental?
(x ) Satisfazer seus clientes (reter)
82
(x ) Conquistar novo mercados
( x) Melhorar sua imagem
(x ) Reduzir custos
( x) Melhorar seu desempenho
(x ) Reduzir possíveis riscos
(x ) Manter seus serviços por mais tempo no mercado
( x) Outros
_______________________________________________________________
17. Como se deu o processo de enquadramento de um Sistema de Gestão
Ambiental dentro das normas ISO 14000?
A partir de uma necessidade vigorosa de mercado e do atendimento as
legislações e órgãos ambientais. Porém, o processo de enquadramento foi
complicado devido ao tipo a atividade de transporte, construção civil e
terraplenagem. A cultura sobre preocupação ambiental era muito pouca,
considerando desde a gerência até aos colaboradores. A utilização de
procedimentos, controles e monitoramentos a principio foi vista como retardo
para a produção e fabricação de papel.
18. Como foram analisados os aspectos e impactos ambientais gerados pela
empresa com suas frotas?
Foi contratado um empresa de consultoria que elaborou uma planilha de
Impactos ambientais
19. Quais foram os ganhos percebidos pela organização após a certificação da
ISO 14000?
Melhoria do processo produtivo, redução de perdas com insumos e
manutenções corretivas, imagem com clientes e sociedade civil.
20. Como a empresa se beneficia desse Sistema para aumentar sua vantagem
competitiva diante dos concorrentes?
83
Oferecendo serviços e produtos com valores e compromissos ambientais.
21. Quais foram as principais mudanças encontradas pela empresa após a
implantação de um Sistema de Gestão Ambiental dentro das normas ISO 14000?
A mudança de comportamento humano entre todos os que guardam
interesse pela empresa;
Aumento da competividade;
Redução de custos e matéria prima;
outros
22. Para a empresa Ideal Terraplanagem, quais foram os requisitos exigidos e a
documentação para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental dentro das
Normas ISO 14000?
Atender todas as Resoluções CONAMA e leis ambientais (federal, estadual,
municipal) aplicáveis a nossas atividades.( Conforme planilha de requisitos
legais aplicáveis)
23. Para você, como diretor de SGI da empresa estudada,quais as principais
informações(que são indispensáveis) para a implantação e certificação de um SGA?
Conhecer o processo, e todos os cenários e atores envolvido na execução das
atividades desenvolvidas, apartir do planejamento a entrega da obra
24. Porque a organização optou por implantar e certificar um Sistema de Gestão
Ambiental dentro das normas ISO 14000 após a certificação de um Sistema de
Gestão da Qualidade que abrange as Normas ISO 9000?
A empresa Certificou-se nas 3 normas ( ISSO 9001, ISSO 14001 e OSHAS
18001) no mesmo processo de certificação pela empresa Certificadora BRTUV.
Porem a estratégia de iniciar pela 9001 se dá pela necessidade de garantir a
qualidade dos serviços e dos produtos ( através de procedimentos, laudos,
84
monitoramentos, controles e outras ferramentas de gestão), mas a qualidade
chama a 14001 devido a legislação ambiental e a garantia do atendimento das
mesmas.
25. Com a implantação das normas ISO 9000 e ISO 14000 certificadas por um
órgão de certificação (e ainda, a ISO 18000), a empresa já mantem vantagem
competitiva diante de seus concorrentes e se enquadra como uma Empresa Modelo
com excelência operacional, pois a mesma mantem um Sistema Integrado de
Gestão (SGI). De maneira geral, o quão foi relativo e vantajoso para a empresa,
nesse decorrer dos anos, implantar um SGI com base em conquistas e
competências internas de todos os envolvidos nos processos?
Ampliação de carteira de clientes, melhoria na qualificação e capacitação dos
colaboradores, melhor qualidade e atendimento dos prazos de nossas obras.
Captação de novos recursos e tecnologias que proporcionaram a empresa a
oferecer excelência nos serviços prestados, valorizando todos os
colaboradores e visando sempre a integridade física e psicológica dos
mesmos. Respeitando o meio ambiente utilizando seus recursos, mas
preocupado com a qualidade de vida das gerações futuras.
85
ANEXOS
FIGURA 4: O ciclo do Sistema de Gestão Ambiental – ISO 14001
FONTE: BARBIERI (2007)