CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS 30o Encontro Espírita sobre A ... · 2009 – Aprendendo, com...

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS 24 de maio de 2020 Tema: “Eurípedes Barsanulfo e os Lírios do Campo” O Encontro será realizado somente de forma virtual, através do site www.celd.org.br Eurípedes Barsanulfo o 30 Encontro Espírita sobre A vida e a Obra de

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CENTRO ESPÍRITA LÉON DENIS

24 de maio de 2020

Tema:

“Eurípedes Barsanulfo e os Lírios do Campo”

O Encontro será realizado somente de formavirtual, através do site www.celd.org.br

EurípedesBarsanulfo

o30 Encontro Espírita sobre

A vida e a Obra de

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30o Encontro Espírita sobre A Vida e a Obra de Eurípedes Barsanulfo

Tema: “Eurípedes Barsanulfo e os Lírios do Campo”

“(...) A flor não rejeita os benefícios da luz solar. Pelo contrário, ela os busca, inclinando-

se humildemente na direção dos raios vivificantes. Também vós deveis inclinar-vos diante do Poder e da Misericórdia do Pai nas horas de

aflição e nos momentos de júbilo.

A flor, quando beneficiada pelos raios do Sol, deixa exalar o perfume bom da sua

organização. (...)

(...) Sede como a flor que alegra e torna agradável o ambiente. Espalhando os benefícios das vibrações salutares, estareis desprendendo o perfume de

vossas almas e contribuindo para a alegria e bem-estar daqueles que vos são caros e mesmo dos que vos são estranhos.

É necessário pôr em prática todas as lições que os Evangelhos nos proporcionam (...)“

Eurípedes Barsanulfo Mensagem recebida por Corina Novelino, em 12/4/1955:

O Espírito e o Compromisso – 2a parte. Psicografia de Alzira /Bessa França Amui.

1ª Edição.

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Temas estudados até a presente data: 1991 – Eurípedes Barsanulfo, o homem de bem. 1992 – Eurípedes Barsanulfo, o trabalhador na cura (do corpo e do espírito) e na educação. 1993 – As experiências vivenciadas por Eurípedes Barsanulfo enquanto médium curador, ao

longo de sua vida. 1994 – Eurípedes Barsanulfo, trabalhador espírita. Um homem de bem. 1995 – As pressões como elemento criador de Eurípedes Barsanulfo. 1996 – Eurípedes Barsanulfo e o amor cristão. 1997 – Eurípedes Barsanulfo e a consciência íntima do ser. 1998 – Eurípedes Barsanulfo, o homem total: aspecto do homem do mundo e do homem do

Cristo. 1999 – Eurípedes Barsanulfo e os prováveis motivos que o levaram a reencarnar. 2000 – Eurípedes Barsanulfo, o homem diante dos fenômenos psíquicos. 2001 – Eurípedes Barsanulfo, o homem no mundo espiritual. 2002 – Eurípedes Barsanulfo e a personalidade dos espíritos que o acompanharam na sua

reencarnação. 2003 – Eurípedes Barsanulfo e o mundo espiritual. 2004 – Eurípedes Barsanulfo e o livre-arbítrio. 2005 – Eurípedes Barsanulfo e a reencarnação. 2006 – Eurípedes Barsanulfo e a alegria de reencarnar. 2007 – Eurípedes Barsanulfo, a reencarnação e as influências. 2008 – Eurípedes Barsanulfo, a reencarnação e a convivência com os diferentes. 2009 – Aprendendo, com Eurípedes, a conviver com os diferentes. 2010 – Aprendendo, com Eurípedes Barsanulfo, a amar ao próximo... 2011 – Eurípedes, um grande líder. 2012 – Eurípedes Barsanulfo, o divulgador da Doutrina Espírita. 2013 – Eurípedes Barsanulfo: O Comportamento do espírita perante as obras cristãs sociais e

espíritas e o compromisso com as Leis Divinas. 2014 – A Pedagogia de Eurípedes Barsanulfo. 2015 – Eurípedes Barsanulfo, o homem e o médium curador. 2016 – A ação da espiritualidade em torno da vida humana. 2017 – Eurípedes e o Encontro com o Cristo 2018 – Eurípedes Barsanulfo: um homem além do seu tempo. 2019 – O Olhar Compassivo de Eurípedes Barsanulfo Diante das Aflições. 2020 – Eurípedes Barsanulfo e os Lírios do Campo.

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Objetivo Geral:

– Refletir sobre a confiança de Eurípedes Barsanulfo na Providência Divina.

Tema 1 – Deus, o sublime arquiteto

Conscientizar-se da Providência Divina. Reconhecer-se como espíritos imortais. Sensibilizar-se com a Natureza.

Tema 2 – Construção e manutenção da fé

Refletir sobre a lei do trabalho e a lei do progresso. Compreender as potências da alma como a Providência Divina em nós. Identificar a importância e a necessidade do desenvolvimento da fé. Reconhecer mecanismos para construção e manutenção da Fé.

Tema 3 – Eurípedes Barsanulfo e os lírios do campo

Analisar Eurípedes Barsanulfo como exemplo de confiança na Providência Divina. Reconhecer Eurípedes Barsanulfo como instrumento da Providência, a nos estimular na

busca dos valores do espírito. Refletir sobre o projeto de Jesus que nos ensina a amar ao próximo com os recursos

que temos.

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Tema 1 – Deus, o sublime arquiteto

Qual a sua maior preocupação?

O que tem de bom na sua vida?

O Sermão da Montanha “Vendo a multidão, Jesus subiu a um monte sentou-se e os discípulos o rodearam. Pôs-se então a

lhes pregar dizendo:” (...) (Mateus, V:1 e 2.)

Observai os Pássaros do Céu 6. “Não acumuleis para vós tesouros na Terra, onde a ferrugem e as traças os consomem, e onde

os ladrões os desenterram e roubam. Fazei vossos tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem a traça os consomem, e nem os ladrões os desenterram e roubam. Porque onde está o vosso tesouro, aí está também o vosso coração.

Eis por que vos digo: não vos inquieteis para saber onde achareis do que comer para o sustento da vossa vida, nem onde achareis vestimentas para cobrir o vosso corpo; a vida não é mais que o alimento, e o corpo mais que a vestimenta?

Observai os pássaros do céu: eles não semeiam, não ceifam, não fazem provisões nos celeiros, e, contudo, vosso Pai celeste os alimenta. Porventura não sois muito mais do que eles? E quem é aquele dentre vós que pode, por mais que se afadigue, aumentar de um côvado a sua altura?

Por que vos inquietais também com a vestimenta? Observai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam, entretanto eu vos declaro que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira uma erva do campo, que hoje existe e que amanhã será lançada ao forno, quanto mais cuidado terá em vos vestir, homens de pouca fé!

Não vos inquieteis, portanto, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? Assim fazem os pagãos, que procuram todas as coisas. Vosso Pai

sabe que tendes necessidade delas. Procurai, pois, primeiramente o reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas

por acréscimo. Eis por que não deveis vos inquietar pelo amanhã, visto que o amanhã se ocupará do bem-estar de si mesmo. A cada dia basta o seu mal.” (Mateus, VI: 19 a 21 e 25 a 34.)

Qual a advertência de Jesus?

“A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos à ociosidade.”

Emmanuel. (Aulas da Vida, Lição Olhai os Lírios. Psicografia de Francisco C. Xavier. Espíritos Diversos. Ideal.)

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Continuação da reflexão... “Olhai os lírios do campo...”, Jesus quer nos dizer: De acordo com que Jesus disse você confia na Providência Divina?

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Significado de Providência

Disposição que se toma para promover um bem ou evitar um mal; prevenção Ação pela qual Deus dirige o curso dos acontecimentos de maneira que as criaturas

realizem o seu fim. Deus

https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/provid%C3%AAncia

No âmbito teológico, a chamada “Divina Providência” consiste na ideia da suprema sabedoria de Deus, que seria capaz de governar a vida e os destinos de todas as pessoas e coisas no Universo. Os cristãos, por exemplo, costumam associar os acontecimentos de suas vidas como sendo “obras da Divina Providência”.

Providência = Previdência Providência provém do latim providentia, que quer dizer “antecipação de meios para a obtenção

de um fim” Léon Denis usa também o termo “presciência divina”

https://www.significados.com.br/providencia/

“(...) Deus veste as flores com mais pompa do que Salomão, o mais rico monarca que o mundo já viu, conseguiu fazê-lo. Deus alimenta as aves que, descuidadas e alegres, fendem os ares sem jamais se preocuparem com o dia de amanhã. Tudo está disposto, na maravilhosa obra da criação, de maneira a assegurar o bem inigualável de viver, e de viver com alegria, porfiando na conquista de um destino glorioso, reservado a todos os seres.(...)”

Vinicius (Em Torno do Mestre, “Os Lírios e as Aves”. pág. 107, 9.ed, FEB.)

“(...) Ora, quer Jesus dizer que devemos ter a autoconfiança; e devemos buscar a certeza de que estamos debaixo de uma proteção infinita, mas acima dessa proteção infinita estamos também convivendo com a realidade do Mestre Jesus, o que nos permitirá conviver com o próximo, superar problemas, alcançar objetivos, chegar ao encontro do mais nobre...”

Antonio de Aquino (Inspirações do Amor Único de Deus, vol. 3, psicofonia de Altivo Carissimi Pamphiro, lição 17. CELD.)

Conceito Doutrinário de Providência: “A providência é a solicitude de Deus para com todas as suas criaturas. Deus está em toda

parte, tudo vê e a tudo preside, mesmo às mais pequenas coisas. É nisso que consiste a ação providencial.”

(Allan Kardec, Gênese, cap. II, Deus; item 20.)

“A Providência é, ainda, principalmente, o amor divino derramando-se em abundância sobre suas criaturas. Que solicitude, que previdência nesse amor! Não foi para a alma somente, para modelar a sua vida e servir de cenário aos seus progressos, que ela suspendeu os mundos no espaço, inflamou os sóis, preparou os continentes e formou os mares? Só para a alma toda essa grande obra foi executada...”

(Léon Denis, Depois da Morte, cap. XL.)

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Refletindo sobre Deus A visão de Eurípedes Barsanulfo sobre Deus fica clara num trecho extraído do poema Deus que

escreveu em 18 de janeiro de 1914:

“A inteligência de Deus se revela nas suas obras, como a de um pintor no seu quadro; mas as

obras de Deus não são o próprio Deus, tanto quanto o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.”

(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, perg. 16, nota. CELD.) “(...) Cada vez que nos reportemos a Deus, pensemos, inicialmente, na grandiosidade da própria

Natureza. Depois, comecemos a pensar na grandiosidade das estrelas, na grandiosidade das constelações, no Universo. Veremos que essa força tão poderosa, tanto quanto generosa, criadora de tantas belezas, realmente, não pode ser definida pelo homem. Se assim o é, como, dizem alguns, poderemos ter fé em um Criador, se não o concebemos? Realmente, para alguns homens, conceber Deus é extremamente difícil...”

Antonio de Aquino (Inspiração do Amor Único de Deus, vol. 3, psicofonia de Altivo Carissimi Pamphiro, lição 9. CELD.)

Por que essa nossa dificuldade de crer em Deus, como Antonio de Aquino nos fala?

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Terceira Ordem — Espíritos Imperfeitos

101. Caracteres gerais. — Predominância da matéria sobre o Espírito. Propensão para o mal.

Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhes são consequentes. Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem. Nem todos são, essencialmente, maus; em alguns há mais leviandade, inconsequência e malícia

do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, simplesmente por não fazerem o bem, denotam sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos, quando encontram oportunidade de praticá-lo.”

(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, perg. 101. CELD).

“A Providência é o espírito superior, é o anjo velando sobre o infortúnio, é o consolador

invisível, cujas inspirações reaquecem o coração gelado pelo desespero, cujos fluídos vivificantes sustentam o viajor prostrado pela fadiga; é o farol aceso no meio da noite, para a salvação dos que erram sobre o mar tempestuoso da vida.”

(Léon Denis, Depois da Morte, cap.XL.)

“Deus é, então, a suprema e soberana inteligência; é único, eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições, e não pode ser diferente disso.”

(Allan Kardec, Gênese, cap. II – Deus; item 19.)

O Universo é obra inteligentíssima, obra que transcende a mais genial inteligência humana. E, como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que a do Universo é sempre superior a toda inteligência. É a inteligência das inteligências, a causa das causas, a lei das leis, o princípio dos princípios, a razão das razões, a consciência das consciências: é Deus! Deus!... nome mil vezes santo, que Isaac Newton jamais pronunciava sem descobrir-se!... É Deus! Deus!, Que vos revelais pela Natureza, vossa filha e nossa mãe...

Eurípedes Barsanulfo

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Quantas vezes você julgou um mal aquilo que mais tarde foi um verdadeiro bem?

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___________________________________________________________________________ “Quase sempre julgamos um mal aquilo que para nós é o verdadeiro bem. Se a ordem

natural das coisas tivesse de amoldar-se aos nossos desejos, que horríveis alterações daí não resultariam?

O primeiro uso que o homem fizesse da liberdade absoluta seria para afastar de si as causas de sofrimento e para se assegurar, desde logo, uma vida de felicidade.

Ora, se há males que a inteligência humana tem o dever de conjurar, de destruir — por exemplo, os que são provenientes da condição terrestre — outros há, inerentes à nossa natureza moral, que somente dor e compressão podem vencer; tais são os vícios.

Nestes casos, torna-se a dor uma escola, ou, antes, um remédio indispensável: as provas sofridas não são mais que distribuição equitativa da justiça infalível.”

(Léon Denis, Depois da Morte, cap. XL.)

Como a providência atua sobre nós? ___________________________________________

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“... Em sua infantilidade, muitas vezes o homem pensa que tudo quanto conquistou e os bens

espirituais que teve são frutos de sua exclusiva competência. Esquece- se de que Deus, com Sua providência, o tem ajudado e protegido, por querer vê-lo bem, elevado, enriquecido de experiências capazes de torná-lo apto diante do progresso das coisas...

Quando atingir as faixas da compreensão e da humildade, verá que suas conquistas se devem tão somente à bondade divina, que proporcionou, em todos os instantea possíveis, o estímulo, as energias elevadas que o sustentaram, favorecendo-lhe a compreensão das forças que o cercam. Deus assim o quis. Deus assim o permitiu.

O homem, então, reconhecerá que foi encaminhado, sustentado, mantido de pé unicamente pela Providência Divina e que é essa força maior que o impulsiona para frente. Compreenderá, enfim, cedo ou tarde, que apesar de exercer o livre-arbítrio, é a Providência Divina que o faz caminhar em busca do próprio progresso.”

Luís Psicografia em 31/3/2004, no CELD, RJ.

(Em torno de Léon Denis, 2a Parte, pela mediunidade de Altivo Carissimi Pamphiro. CELD.)

“A ação de Deus se revela no Universo, tanto no mundo físico quanto no mundo moral; não há um único ser que não seja objeto de sua solicitude.

Nós a vimos manifestar-se nessa lei majestosa do progresso que preside à evolução dos seres e das coisas e os leva para um estado sempre mais perfeito. Esta ação mostra-se igualmente na história dos povos.”

“O que demonstra, de uma forma brilhante, a intervenção de Deus na História, é a aparição nos tempos desejados, nas horas solenes, desses grandes missionários, que vêm estender a mão aos homens e recolocá-los no caminho perdido, ensinando a lei moral, a fraternidade, o amor de seus semelhantes, dando-lhes o grande exemplo do sacrifício de si mesmo pela causa de todos. Haverá algo mais imponente do que esse papel dos enviados divinos?” (idem)

“Deus é uma realidade atuante. Deus é nosso Pai, nosso guia, nosso consolador, nosso melhor amigo...”

“Aprendei a orar do mais profundo de vossa alma, e não mais da ponta dos lábios; aprendei a entrar em comunhão com vosso Pai; a receber esses ensinamentos misteriosos, reservados não aos sábios e aos poderosos, mas às almas puras, aos corações sinceros. Quando quiserdes encontrar um refúgio contra as tristezas e as decepções da Terra, lembrai-vos de que só há um meio: elevar vosso pensamento para essas regiões puras de luz divina, onde as influências grosseiras do nosso mundo não penetram.” (idem)

(Léon Denis. O Grande Enigma, Primeira Parte – cap. VIII, “Deus e o Universo”.)

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“(...) Envolvidos em situações do mundo, quase sempre nos esquecemos de que devemos a Deus, principalmente, tudo o que possuímos, e declaramos peremptoriamente que o que temos foi graças ao nosso esforço.

Para o espírita, porém, as coisas se passam de modo diferente, uma vez que entendemos que aquilo que possuímos foi por concessão de Deus e que o único bem realmente nosso, a paz de espírito, é conquista individual, ninguém o pode dar...”

Balthazar (Pela Graça Infinita de Deus, vol. 3, psicofonia de Altivo Carissimi Pamphiro, lição 21, CELD.)

“A Providência é, ainda, principalmente, o amor divino derramando-se em abundância sobre suas

criaturas. Que solicitude, que previdência nesse amor! Não foi para a alma somente, para modelar a sua vida e servir de cenário aos seus progressos, que ela suspendeu os mundos no espaço, inflamou os sóis, preparou os continentes e formou os mares? Só para a alma toda essa grande obra foi executada...”

(Léon Denis, Depois da Morte, cap XL.)

Corina Novelino conta no livro Eurípedes O Homem e a Missão, editora IDE, 8ª edição, página 76, que Eurípedes Barsanulfo compreende, após a leitura do livro Depois da Morte de Léon Denis: “... que a humanidade sempre recebeu o amparo divino. Em todas as épocas, no curso das civilizações, a Palavra Orientadora jamais deixou órfã a criatura terrena. Desde os Vedas, na índia; Pitágoras, diante do espaço e dos mundos e a expansão da vida universal; os Druidas, na Gália, promovendo o sublime trabalho da espiritualização das criaturas; Sócrates e Platão popularizando os princípios de Pitágoras; o Cristianismo marcado por revelações sublimes…”

Como bom seguidor de Jesus, Eurípedes, ensinava seus alunos a perceberem os ensinamentos que a natureza passava.

“– O Borá, meus caríssimos educandos, é fonte inesgotável de vida e aprendizagem. Suas águas bem representam as leis que regem nosso progresso. Se, no ontem, obstamos o fluxo divino em nós, natural é que, como um dique mal represado, venhamos a colher a força destrutiva das águas cumuladas no hoje. Por isso que precisamos compreender a reencarnação como processo educativo, visto que não há duas iguais. (...)

Enquanto nos falava da sublime oportunidade que era reencarnar, percebi que, através da educação pela natureza, eu era estimulado a descobrir Deus em toda a Sua criação, passando a compreender minha própria natureza, finalidade e destinação também divina. É bem verdade que a Natureza me estimulava o Espírito a observar, sentir, comparar e analisar para depois refletir e concluir. Por várias vezes havia nos alertado o magno professor que, nesse processo,o Espírito perceberia que os princípios divinos presentes em sua intimidade, também compõem todo o laboratório da natureza. (...)

Caminhamos, observando a fauna e a flora local. Percebemos a presença marcante de árvores retorcidas, de galhos tortuosos e, em sua grande maioria, de pequeno porte. Suas cascas eram grossas e duras. Chamou-nos a atenção, como eram variadas as sementes, algumas rígidas, outras alongadas e outras ainda leves e aladas. Da mesma forma seus frutos. Diversos nos sabores, também nas cores, nos tamanhos. (...)

“(...) Deus criou o rouxinol e criou Newton, criou as aves e criou os homens. Estes, como aquelas, são feituras de suas mãos. Portanto, é natural que sua solicitude se estenda sobre todos os seres, da monera humílima ao gênio mais refulgente. Todos, indistintamente, são objeto do amor divino. Animais, homens, anjos e deuses são criaturas de um só e único gerador da vida universal...”

Vinicius (Em Torno do Mestre, “Os Lírios e as Aves”, pág. 107. 9.ed. FEB.)

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252. Os Espíritos são sensíveis às belezas da Natureza?

“As belezas naturais dos mundos são tão diferentes, que estamos longe de conhecê-las. Sim, são-lhes sensíveis, conforme sua aptidão para apreciá-las e compreendê-las; para os Espíritos elevados, há belezas de conjunto, diante das quais se apagam, por assim dizer, as belezas de detalhe.”

(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, perg. 252.)

“Quantas vezes deve ter Eurípedes, olhado para os lírios nos campos e ter meditado que ele, o lírio, brotou de simples semente obscura e cresceu pela própria força de vida que trazia dentro de si e impulsionado por Deus que sustenta a natureza, para ver que ele amparado pelas ideias e ideais espíritas poderia crescer e fazer outros crescerem à maneira dos lírios nos campos”

Victor (Mensagem psicografada pelo médium Mário Coelho em 21/2/2020, no CELD. RJ.)

– Vê, senhor Zenon, temos aqui vários tipos de sementes, cada um com sua característica e necessidade. Elas guardam em potência latente a forma da futura árvore que haverão de se tornar. Carregam toda a informação indispensável para cumprir com suas destinações no ecossistema divino, aguardando o tempo e o espaço adequado para germinarem atendendo aos propósitos da criação. São estas sementes que multiplicam a vida, nestes campos, garantindo abundância e a fecundidade permanente. Assim também, por analogia, as sementes do ser são os sentimentos que ele carrega, visto que os sentimentos são partículas energéticas que se agregam ao pensamento elaborado, como forças atrativas ou repulsivas e creiam, gereciam a vida do Espírito. (...)

(Eurípedes Barsanulfo, Cem anos de Saudades, organizado por Alzira Bessa França Amui, 1. ed, cap. Notas de aula de um aluno saudoso. Editora Esperança e Caridade.

“... a Natureza e a alma são irmãs, com esta diferença de que uma evolui invariavelmente,

segundo um plano estabelecido e que a outra traça, ela própria, numa página em branco, as grandes linhas de seu destino. Elas são irmãs, pois todas duas provêm de uma mesma causa eterna e mil laços as unem. É o que explica o império da Natureza sobre nós. Ela age sobre as almas sensíveis, como um magnetizador sobre o indivíduo, provocando o desligamento do espírito da sua crisálida de carne. Então, na plenitude de suas faculdades psíquicas, a alma percebe um mundo superior e divino que escapa à maioria das inteligências.”

(O Grande Enigma, Léon Denis, cap. XIV, 2a. Parte. CELD.) Léon Denis, continua nesse capítulo: “Aquele que se recolhe no silêncio e na solidão, diante dos espetáculos do mar ou das

montanhas, sente nascer, elevar, crescer em si mesmo imagens, pensamentos, harmonias que o arrebatam, encantam, consolam das misérias e abrem-lhe as perspectivas da vida superior. Compreende, então, que o pensamento de Deus nos envolve e nos penetra quando, longe das torpezas sociais, sabemos abrir-lhe nossas almas e nossos corações.”

“Nas horas de hesitação, volta-te para a Natureza: é a grande inspiradora, o templo augusto onde,

sob seus véus misteriosos, o Deus escondido fala ao coração do sábio, ao espírito do pensador. Observa o firmamento profundo: os astros que o povoam são as etapas de tua longa peregrinação, as estações do grande caminho onde teu destino te conduz.”

(Léon Denis, O Grande Enigma, cap. XIV, 2a. Parte. CELD.) 167. Qual é o objetivo da reencarnação? “Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade; sem isto, onde estaria a justiça?”

Se sabemos da Providência, sobre a reencarnação... O que está faltando?

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Tema 2 – Construção e manutenção da fé “Os lírios para se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam...”

Que reflexões podemos tirar ao observarmos o bulbo de um lírio? Bulbo do lírio: tem toda a carga genética para germinar Somos Espíritos: Temos toda “genética” espiritual para desenvolver

“... a Natureza nos mostra em tudo a beleza da vida, o preço do esforço paciente e corajoso, e a

imagem de nossos destinos sem-fim. Ela nos diz que tudo está no seu lugar no Universo; mas, também, que tudo evolui, se transforma, almas e coisas...”

Léon Denis (O Grande Enigma, cap. XI.)

Mas ficam ociosos?

“... esforçam-se com paciência, desde a germinação, no próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.”

Emmanuel. (Aulas da Vida. Psicografia de Francisco C. Xavier. Espíritos Diversos. Idea.)

677. Por que provê a Natureza, por si mesma, a todas as necessidades dos animais? “Tudo em a Natureza trabalha. Como tu, trabalham os animais, mas o trabalho deles, de acordo

com a inteligência de que dispõem, se limita a cuidarem da própria conservação. Daí vem que do trabalho não lhes resulta progresso, ao passo que o do homem visa duplo fim: a conservação do corpo e o desenvolvimento da faculdade de pensar, o que também é uma necessidade e o eleva acima de si mesmo. Quando digo que o trabalho dos animais está limitado ao cuidado com a própria conservação, refiro--me ao objetivo a que eles se propõem, trabalhando; porém, provendo às suas necessidades materiais, eles se constituem, inconscientemente, em agentes que auxiliam os desígnios do Criador e, seu trabalho também concorre para o objetivo final da Natureza, embora, muito frequentemente, não lhe descubrais o resultado imediato.” (O Livro dos Espíritos, cap. III, perg. 677.)

Qual a única preocupação dos lírios? Os lírios tem alguma preocupação?

“Quantas vezes deve ter Eurípedes, olhado para os lírios nos campos e ter meditado que ele, o lírio, brotou de simples semente obscura e cresceu pela própria força de vida que trazia dentro de si e impulsionado por Deus que sustenta a natureza, para ver que ele amparado pelas ideias e ideais espíritas poderia crescer e fazer outros crescerem à maneira dos lírios nos campos”

Victor (Mensagem psicografada pelo médium Mário Coelho em 21/2/2020, no CELD, RJ.)

“Quantas vezes deve ter Eurípedes Barsanulfo meditado nesta passagem do Evangelho para continuar na sua tarefa de Espírita e de promovedor da Caridade?.”

Victor (Mensagem psicografada pelo médium Mário Coelho em 21/2/2020, no CELD, RJ.)

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30o Encontro Espírita sobre A Vida e a Obra de Eurípedes Barsanulfo Tema: "Eurípedes Barsanulfo e os Lírios do Campo”.

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E nós, os Espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios? ______________________________________________________ O quê? ____________________________________________________________________ __________________________________________________________________________

Refletindo sobre a nossa caminhada, concluiremos que Deus jamais falhou no instante preciso.

Muitas vezes fechando “portas” as quais eram os nossos “sonhos” e abrindo outras tantas “portas” que hoje agradecemos.

Então, a primeira pergunta feita no inicio do estudo sobre as nossas preocupações, o que nos

falta? – Fé é uma palavra que significa “confiança”, “crença”, “credibilidade”. A fé é um sentimento

de total crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa.

De acordo com a etimologia, a palavra fé tem origem no Grego “pistia” que indica a noção de acreditar e no Latim “fides”, que remete para uma atitude de fidelidade.

(Dicionário online de português) – “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”. (Hebreus, 11:1.)

– Temos fé? – Podemos comprar a fé? – Como podemos identificar se temos fé? – Como construir? – Como manter a fé?

“Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitam-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.

Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação. (...)

E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.

Emmanuel. (Aulas da Vida. Psicografia de Francisco C. Xavier. Espíritos Diversos. IDE.)

Evidentemente, nós, os Espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem.

Emmanuel. (Aulas da Vida. Psicografia de Francisco C. Xavier. Espíritos Diversos. IDEAL.)

Aos Companheiros de Ideal Alguns companheiros estacionaram em caminho, atraídos pelo engano do mundo ou

esmagados pelo desalento; não foram poucos os que desanimaram, receosos da luta. Por isso mesmo, as dificuldades se fizeram mais duras, a jornada mais difícil.

Eurípedes Barsanulfo (Eurípedes Comunica, psicografias de Francisco C. Xavier, Pedro de Oliveira Mundim, Manoel Soares e

Corina Novelino.)

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“A fé representa um conjunto de conquistas espirituais adquiridas pela criatura através dos séculos.

Eis porque há graduação variada nas manifestações da fé. Alguns têm-na em grau mais avançado; outros apenas iniciam a subida dos primeiros degraus da escada infinita da fé.

Nuns e noutros os processos de consolação e esperanças são frutos promissores do estado de confiança em que se encontram os depositários da certeza absoluta ou relativa em um Poder Superior.

Irmãos amados: muni-vos dessa confiança edificadora e sereis conduzidos às belas regiões da esperança concreta e do estímulo renovador...”

Eurípedes Barsanulfo (Mensagem recebida por Corina Novelino – Em 9 de maio de 1955.

Eurípedes – O Espírito e o Compromisso, Segunda parte.)

“Disseram, então, os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé...” (Lucas, 17: 5 a 10.)

Emmanuel vai nos ajudar a responder essas perguntas

FÉ “Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições doutras

coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica infrutífera.” – Jesus. (Marcos, 4:19.)

A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente. Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura. Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento. Indispensável cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa. Estacadas, adubos, vigilância,

todos os fatores de preservação devem ser postos em movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.

A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço. A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos

privilegiados pelo favor divino. Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis consequências. A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona

como orientador, engenheiro e operário de si mesmo. Não se faz possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com

enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra.

A lição do Evangelho é semente viva. O coração humano é receptivo, tanto quanto a terra. É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa. Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as

discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do autoexame. Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito

alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.. Emmanuel

(Vinha de Luz, psicografia de Chico Xavier, lição 40.)

Eurípedes Barsanulfo nos ajuda a refletir sobre a fé:

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Vamos refletir com o Evangelho Segundo o Espiritismo:

A fé, para ser proveitosa, deve ser ativa; não deve adormecer. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, ela deve velar atentamente pelo desenvolvimento das filhas que gerou. A esperança e a caridade são uma consequência da fé; essas três virtudes são uma trindade inseparável.

“... Não é a fé que nos dá a esperança de vermos realizadas as promessas do Senhor? Porquanto, se não tivermos fé, que esperaremos? Não é a fé que dá o amor? Pois, se não tiverdes fé, que reconhecimento tereis, e, por consequência, que amor?...”

“... A fé, divina inspiração de Deus, desperta todos os nobres instintos que conduzem o homem ao bem: é a base da regeneração. É preciso, pois, que essa base seja forte e durável, porque se a menor dúvida vier abalá-la, o que acontecerá com o edifício que construíste sobre ela? Construí, portanto, esse edifício sobre fundações inabaláveis. Que a vossa fé seja mais forte que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, porque a fé que não desafia o ridículo dos homens, não é a fé verdadeira.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 11.)

Diz-se vulgarmente que a fé não se prescreve, donde resulta alegar muita gente que não lhe cabe a culpa de não ter fé. Sem dúvida, a fé não se prescreve, nem, o que ainda é mais certo, se impõe. Não; ela se adquire e ninguém há que esteja impedido de possuí-la, mesmo entre os mais refratários. Falamos das verdades espirituais básicas e não de tal ou qual crença particular. Não é à fé que compete procurá-los; a eles é que cumpre ir-lhe ao encontro e, se a buscarem sinceramente, não deixarão de achá-la.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 7.)

“Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 6.)

FÉ RACIOCINADA: “Se apoia nos fatos e na lógica, não deixa nenhuma obscuridade: crê-se, porque se tem a certeza, e só se está certo quando se compreendeu. Eis porque ela não se dobra: porque só é inabalável a fé que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 7.) Temos como medir a nossa fé orando o Pai Nosso?

Pai Nosso Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome! Que o vosso reino venha! Que a vossa vontade seja feita na Terra como no céu! (…)

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVIII, Item 3.) “Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer eu creio, mas afirmar eu sei, com

todos os valores da razão tocados pela luz do sentimento” Emmanuel

(O Consolador – Questão 354.)

“Os bons obreiros, os servos úteis, sabem que é preciso cultivar a fé. Daí o apóstolo Thiago ter afirmado com convicção: “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” (Thiago, 2: 18.)

“Em todos os lugares, vemos o obreiro sem fé, espalhando inquietação e desânimo. […] E transita

de situação em situação, entre a lamúria e a indisciplina, com largo tempo para sentir-se perseguido e desconsiderado. Em toda parte, é o trabalhador que não termina o serviço por que se responsabilizou ou o aluno que estuda continuadamente, sem jamais aprender a lição.”

Emmanuel (Fonte Viva, cap. 26, “Obreiro sem fé”.)

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Tema 3: – Eurípedes Barsanulfo e os lírios do campo Conhecemos algum caso da vida de Eurípedes Barsanulfo, com relação a lírios?

As Flores de Aida Aida Ferreira era uma pequena espevitada, cheia de graça morena. Em 1914 frequentava o curso

elementar do Colégio Allan Kardec, mas adorava o Diretor para quem trazia flores, todos os dias. Aida residia numa casa modesta, num beco sem nome, ainda hoje existente,..., onde ela e sua

mãe cultivavam lírios brancos, especialmente para Eurípedes. ... Quando Eurípedes desencarnou, os lírios floresciam e Aida levou-lhe uma coroa dessas flores,

banhada nas lágrimas de sua saudade. (Eurípedes – O Homem e a Missão, pág. 139.)

Vamos agora relacionar todos os assuntos estudados com a vida de Eurípedes Barsanulfo. Procurai, pois, primeiramente o reino de Deus e sua justiça...Eis por que não deveis vos inquietar

pelo amanhã. (Mateus, 6: 33 e 34.)

“Abandone, sem pesar e sem mágoa o seu cargo na congregação. Afaste-se de vez da igreja. Quando você ouvir o espoucar dos fogos, o repicar dos sinos ou o som das músicas sacras não

se sinta magoado, nem saudoso. Meu filho, as portas de Sacramento vão fechar-se para você. Os amigos afastar-se-ão. A própria

família revoltar-se-á. Mas não se importe. Proclame sempre a Verdade. Porque, a partir desta hora, as responsabilidades de seu Espírito se ampliaram ilimitadamente.

Você atravessará a rua da amargura, com os amigos a ridicularizarem uma atitude que não podem compreender.”

O primeiro ato de coragem, no retorno à cidade fora cortar os laços, que o prendiam à Irmandade São Vicente de Paulo.

(Eurípedes – O Homem e a Missão, cap. 10, pág. 85.)

Eurípedes fora intimado a comparecer no Paço Municipal, a fim de prestar declarações no inquérito policial ora aberto para avaliação das denúncias, como incurso no crime por exercício ilegal da Medicina.

“Que a justiça dos homens castigasse nele o que a justiça Divina – indefectível e eterna –

aprovara plenamente.” (Eurípedes, O Homem e a Missão, cap. 17, pág. 186.)

“– Logo não podemos mais trabalhar... os remédios estão acabando ...” Eurípedes sempre tinha uma palavra de bom ânimo... “Todos passavam a esperar, confiantes... Naquelas próximas horas a farmácia recebia valores

suficientes para cobrir o reduzido estoque...” (Eurípedes, O Homem e a Missão, cap. 13, pág. 159.)

Quantas vezes, deve ter Eurípedes meditado nesta passagem evangélica e percebido que muitas vezes estava o lírio sozinho no meio do campo, rodeado até mesmo de capim ou ervas daninhas, mas não deixava de espalhar perfume e assim costumava ele, Eurípedes a espalhar o perfume da caridade, mesmo que não fosse entendido, mesmo que o rodeavam não tivessem a mesma visão que ele, ele ali estava sempre firme e lembrando que a Providência Divina que torna belo o lírio que tem vida muito efêmera haveria de sustenta-lo também, no trabalho de exemplificação do seu aprendizado espírita???

Victor (Mensagem psicografada pelo médium Mário Coelho, em 21/2/2020, no CELD, RJ.)

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“... noite alta – Eurípedes fora chamado a atender a uma parturiente... Enquanto preparava o indispensável para aquela conjuntura delicada, Bezerra lhe diz: “– Na esquina da Câmara Municipal, esperam-no dois indivíduos para eliminá-lo. Nada, porém, lhe

acontecerá. Você terá o amparo do Alto.” Eurípedes apanhou o chapéu e saiu, coração envolvido nos fios de ouro da prece.”

(Eurípedes – O Homem e a Missão, cap. 17, pág. 189.)

“A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos a ociosidade.” Emmanuel

(Aulas da Vida, psicografia de Francisco C. Xavier. IDEAL.)

“O jovem estava abatido, mas não desanimado. O testemunho reclamara-lhe determinação e

pujança na fé nova. Por isso, continuava firme nas tarefas espíritas.” (Eurípedes – O Homem e a Missão, cap.12, pág. 109.)

Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitam-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.

Emmanuel (Aulas da Vida, psicografia de Francisco C. Xavier. IDEAL.)

“– Vê”..., temos aqui vários tipos de sementes, cada uma com sua característica e necessidade...

Carregam toda a informação indispensável para cumprir com suas destinações no ecossistema divino,... Assim também, por analogia, as sementes do ser são os sentimentos que ele carrega.

“– Múltiplos sentimentos são trabalhados durante o tempo de evolução do espírito...” (Eurípedes Barsanulfo, Cem Anos de Saudades, pág. 73.)

Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança,... Não indagam quanto à

condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço. Emmanuel

(Aulas da Vida, psicografia de Francisco C. Xavier. IDEAL.)

Graças à repercussão que essa obra de amor e de luz gerou, o Apóstolo da Caridade foi vítima de ataques do Clero, que por um de seus famosos oradores sacros, pretendeu fazer calar para sempre o Espírita de Sacramento.

“– Vencedor do debate, encaminhou-se em direção ao seu interlocutor para abraçá-lo, num gesto de humildade e de fraternidade...”

(Eurípedes Barsanulfo, Cem anos de Saudade, pág. 58.)

“– Adquire os medicamentos às suas expensas e os distribui gratuitamente a todos sem

distinção...” (Eurípedes Barsanulfo, Cem anos de Saudade, pág. 64.)

“– Eurípedes Barsanulfo sempre fora muito tolerante com os crentes de qualquer religião.

Ajudava-os, inclusive...” (Eurípedes Barsanulfo, O Apóstolo da Caridade:, cap. 4, pág. 54 (rodapé).)

“Dois a três anos duraram aquelas polêmicas memoráveis, entre Eurípedes e o Donatista... De um lado, o espírito com sua lógica ateísta. De outro, Eurípedes, sob o escudo de serena humildade.

As polêmicas se desenvolviam num clima de mútuo respeito.” (Eurípedes, O Homem e a Missão, cap. 11, pág. 101.)

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“– Deus é a autoridade máxima, e eu o respeito por ser um filho de Deus. Fiquei sem palavras para a resposta; achei no silêncio a melhor alternativa...”

(Eurípedes Barsanulfo, O Servidor de Jesus, cap. 14, pág. 69.)

“– Não sei porque fiz isso...Três vezes atentei contra sua vida e é o senhor que vem agora me socorrer...”

Eurípedes Barsanulfo começou a orar e Carlos Viote desencarnou em seus braços. (Eurípedes Barsanulfo – O Apóstolo da Caridade, cap. 6, pág. 93.)

E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina... ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.”

Emmanuel (Aulas da Vida, psicografia de Francisco C. Xavier. IDEAL.)

“Buscando a compreensão das Eternas Leis de Justiça, tereis resposta adequada para todos os

problemas da vida. Necessário se torna a intensificação dos vossos esforços, no sentido das conquistas imortais.

Essas aquisições do espírito, que se expressam pelos impositivos do Amor e do trabalho.” Eurípedes. 20/5/1955.

(Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág. 132.)

“Contemplemos a obra maravilhosa do Amor Divino a fim de que dela retiremos as lições orientadoras de nossos passos.

Bons e maus recebem os incentivos permanentes de Jesus. E os receberam sempre através dos tempos e das civilizações.”

Eurípedes. 30/5/1955. (Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág.; 134.)

“Sede como a flor que alegra e torna agradável o ambiente. Espalhando os benefícios das vibrações salutares, estareis desprendendo o perfume de vossas

almas e contribuindo para a alegria e bem estar daqueles que vos são caros e mesmo dos que vos são estranhos.”

Eurípedes. 12/4/1955. (Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág.120.)

Mensagens de Eurípedes Barsanulfo

“Toda criatura traz em si os princípios ativos ou em latência do sentimento de gratidão por esse Poder Imensurável que é Deus.

O indivíduo percorre, através de sua escalada para o Alto, as mais diversas estações do entendimento da presença de Deus.

Quanto mais avança no caminho ascensional do espírito melhor vai penetrando as maravilhas que o Criador oferece à compreensão humana.

Porque o Cristo é a personificação do Amor. É o Caminho único e Eterno pelo qual se vai até Deus.

Cultivemos a serenidade, buscando o entendimento constante da Justiça do Pai.” Eurípedes. 14/5/1955.

(Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág. 129 e 130.)

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“As grandes dificuldades do caminho redentor são os melhores avisos para os Espíritos em romagem pelo mundo.

Imaginemos a vida cheia de permanente suavidade, a deslizar como em um lago plácido... Seria a estagnação perigosa do comodismo a rondar os ideais mais honestos de salvação...”

Eurípedes. 15/4/1955. (Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág. 122.)

“A Fé representa um conjunto de conquistas espirituais adquiridas pela criatura através dos séculos.

Eis porque há graduações variadas nas manifestações da Fé. Alguns têm-na em grau mais avançado; outros apenas iniciam a subida dos primeiros degraus da escada infinita da Fé.”

Eurípedes. 9/4/1955. (Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág. 127.)

“Estaremos ao vosso lado no auxílio permanente, a fim de que possamos cumprir os sagrados deveres assumidos perante o Pai...”

Eurípedes. 19/05/1955. (Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág. 131.)

“Lembrai-vos, porém, desta verdade: as vossas responsabilidades ampliam-se à medida que o

vosso entendimento se aclara para as coisas divinas, não olvidemos que o Cristo confia na ação dos que já atingiram o nível comum da compreensão dos Evangelhos.”

Eurípedes. 9/6/1955. (Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág. 138.)

“Estamos ao vosso lado para os trabalhos benditos da Seara Divina. E como sempre temos o

coração sintonizado com os ideais mais puros do vosso. Lancemo-nos, pois, à obra, cujos alicerces já estão concretizados, sem temores e sem receios. Jesus é o supervisor da Obra Divina no mundo. Ele está conosco, portanto o Seu olhar magnânimo e doce esparge as luzes da esperança e do incentivo. Busquemos essa luz eterna para condutora de nossos passos. Não haverá obstáculos que não se vençam com as armas da Fé e do Amor.”

Eurípedes. 10/6/1955. (Eurípedes, o Espírito e o Compromisso, 2a parte, pág.;139.)

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ANEXOS

Olhai os Lírios

“… Considerai como crescem ao lírios do campo…” – Jesus (Mateus, 6:28) “Olhai os lírios do campo …” – exortou-nos Jesus. A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos à ociosidade. O lírios para

se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam, no entanto, esforçam-se com paciência, desde a germinação, na próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.

Não fiam nem tecem para mostrarem na formosura que os caracteriza, todavia, não desdenham fazer o que podem, a fim de cooperar no enriquecimento do esforço humano. Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitem-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.

Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação.

Admitem calor e frio, vento e chuva, deles aproveitando aquilo que lhes possam doar de útil, sem se queixarem dos supostos excessos em que se exprimam.

Não indagam quanto à condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço, seja acrescentando beleza e perfume à Terra ou ornamentando festas e colaborando no interesse das criaturas em valor de mercado.

E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no

pântano. Evidentemente, nós, os espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos

aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem.

Emmanuel (Aulas da Vida, psicografia de Francisco C. Xavier. IDEAL.)

Livre-arbítrio e Providência Divina

“Deus, Providência: espírito, livre arbítrio. Através de muito tempo, discute-se sobre o amor de Deus, capaz de ajudar ao homem na sua

caminhada infinita em busca do progresso, como se esse amor fosse uma força alheia ao propósito maior divino de fazer com que o espírito progrida sempre e alcance a perfeição tão logo lhe seja possível.

O espírito, em sua caminhada para o infinito, toma decisões; acerta, erra, aprende, complica-se pelos erros cometidos, mas, pelo exercício do livre-arbítrio, cedo ou tarde, ele alcança o patamar da evolução e, prosseguindo na sua trajetória infinita, alcança o progresso.

Em sua infantilidade, muitas vezes o homem pensa que tudo quanto conquistou e os bens espirituais que teve são frutos de sua exclusiva competência. Esquece-se de que Deus, com Sua providência, o tem ajudado e protegido, por querer vê-lo bem, elevado, enriquecido de experiências capazes de torna-lo apto diante do progresso das coisas.

Quando atingir as faixas da compreensão e da humildade, verá que suas conquistas se devem tão somente à bondade divina, que providenciou, em todos os instantes possíveis, o estímulo, as energias elevadas que sustentaram, favorecendo-lhe a compreensão das forças que o cercam. Deus assim o quis. Deus assim o permitiu.

O homem, então, reconhecerá que foi encaminhado, sustentado, mantido de pé unicamente pela Providência divina e que é essa força maior que o impulsiona para frente. Compreenderá, enfim, cedo ou tarde, que apesar de exercer o livre-arbítrio, é a Providência Divina que o faz caminhar em busca do próprio progresso.”

Luís (Em Torno de Léon Denis, psicofonia de Altivo C. Pamphiro, em 31/3/2004,

“Livre-Arbítrio e Providência Divina”, no CELD, RJ.)

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Busquemos a Deus Pela graça Infinita de Deus, Paz! Baltazar, pela graça de Deus! Irmãos e Amigos... Ouvindo a voz do nosso interior, ouvimos nós mesmo, E aproveitando a

reflexão perguntamos a esse mesmo íntimo, qual tem sido o índice de participação nos trabalhos que a Casa nos oferece.

Almas existem com a finalidade de doar-se. E tempo se faz, se amplia por forca da vontade dessas pessoas. O desenvolvimento de recursos multiplica-se de acordo com a misericórdia e a aprovação de Deus. As tarefas são acrescentadas em função das necessidades da Casa; direi mais em função das necessidades dos seus componentes. As necessidades se apresentam segundo o crescimento dos indivíduos e suas participações nos serviços segundo a sua vontade de crescer interiormente.

Mas, dentre todos os fatores que avulta o crescimento da Instituição está a dinâmica própria do mundo invisível que encontrando nos homens desejo de servir, se multiplica em novas frentes de apoio aos mesmos homens.

Dir-se-ia se a Casa Espírita é o resultado dos homens que a compõem, o seu crescimento é o produto do amparo que os Espíritos promovem beneficiando assim a todos, indistintamente.

Dessa sucessão de fatos surge a possibilidade de transformação do homem, ao mesmo tempo que surge a possibilidade dos Espíritos de Deus se estabelecerem na Terra ainda que com esforço.

Valorizemos assim, o nosso serviço, a nossa vinda ao trabalho, valorizemos assim, o nosso estado interior de servir, valorizemos a nossa melhoria interior para que sejamos socorridos pelos Bons Espíritos.

As lutas que todos passarão; as lutas que todos enfrentarão, as lutas inevitáveis dos chamados assédios espirituais não podem nem devem amedrontar a não ser os fracos, os tímidos, a todos aqueles que não sabem o valor da oração.

As perturbações que caírem sobre todos nós, de modo algum podem impedir o progresso do homem.

Que Deus nos ajude nesse propósito, que Deus nos proteja a todos para as inevitáveis formas de sofrimento que se apresentarão, em nossas vidas como compromissos a serem quitados de um passado apático e nebuloso.

Que todos se lembrem de que existe para cada ano uma tarefa a ser cuidada de modo principal, e neste ano de 1991 essa tarefa será a de buscarmos de modo crescente a Deus, através de Jesus e através do Evangelho Segundo o Espiritismo.

Multipliquemos, pois, os nossos estudos c nos momentos de dor, de angustia e de sofrimento vejamos onde o nosso sentimento esta, para ver se abraçamos a Causa Doutrinaria com Jesus, através do seu Evangelho, provando assim o nosso amor o nosso bem-querer pelo Espiritismo, a nossa bússola, o Consolador Prometido pelo Mestre há 2000 anos atrás.

Baltazar (Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, no CELD, na noite de 28/12/1990.)

Olhai os Lírios do Campo “Em verdade vos digo: aqueles que carregam seus fardos e que assistem aos seus irmãos são meus bem-

amados”. (Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, CELD, cap. Vl, item 6, O Espírito de Verdade. Paris, 1861.)

Que o amor único de Deus inspire todas as almas para o bem! Também nós, no mundo dos espíritos, nos organizamos para agradecer a Deus pelo ano de

trabalho. Nesse agradecimento, ao fazermos nossas reflexões, encontramos em nós mesmos algumas dificuldades pessoais, que compartilhamos com vocês, com o objetivo de mostrar a cada um que as almas, todas elas, devem buscar, no progresso pessoal e na integração com Deus, a força para prosseguir sempre, sem esmorecer, ao encontro do conhecimento, da verdade e da luz.

Em que, nas nossas reflexões, sentimos erros e deficiências? Perguntamos a nós mesmos, muitas vezes, imitando Paulo de Tarso: “Por que o bem que eu quero eu não faço e o mal que eu não quero, esse eu faço”’?

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Por que ê que, em alguns momentos, nós mesmos não fizemos todo o bem possível, e aquilo que chamamos de mal, que às vezes é a indiferença, outras vezes é a inquietação, outras vezes é a ausência da caridade, isso nós fizemos?

Conversando uns com os outros, concluímos que também nos faltam decisão e coragem. Decisão, no sentido de fazermos força para ultrapassar o que ainda existe de errado em nós, e coragem para fazermos a mudança tão necessária ao nosso espírito.

Talvez alguns estranhem e nos perguntem: “Mas vocês também têm essas dificuldades?” Sim, meus irmãos. Alguns de nós ainda somos difíceis, complexos, carregamos dificuldades no coração; outros já ultrapassam: inúmeras fases de lutas e estamos tranquilos, pacificados, orientados.

Na dedução das dificuldades por que passamos, encontramos, talvez, uma resposta para vencer essas dificuldades. Além, é claro, do esforço pessoal, intransferível, necessário mesmo ao processo de progresso, procuramos compartilhar uns com os outros as chamadas experiências pessoais. O que isso significa exatamente? Significa que o nosso coração se abriu com tranquilidade para outros corações em quem reconhecemos valores superiores aos nossos, para deles ouvirmos conselhos, orientações, corrigendas, modificações que nos levem à modificação do próprio ato de viver.

Encontramos também junto a nós aqueles seres superiores que vêm até nós dizer-nos, com caridade, das nossas dificuldades, dos nossos problemas. E por que eles nos falam dos nossos problemas e dificuldades? Porque sabem que nós não temeremos ouvir a verdade. Ah! Talvez seja esta a diferença entre nós e alguns de vós, encarnados: o não temer ouvir a verdade.

O homem que deseja acertar procura sempre, carinhosamente, ouvir alguém. Mesmo quando a palavra que ouvimos não nos pareça a mais acertada, nós devemos ouvi-la, e mais, muito mais do que ouvir, devemos ponderar. Ponderar significa pensar, analisar, meditar, concluir, e às vezes a conclusão que temos acerca daquilo que nos falaram é tão importante que passamos a colocar aquela conclusão como meta a alcançar.

Nesse momento em que nos propomos a alcançar urna meta diferenciada daquilo que habitualmente fazemos, nós nos propomos também a ouvir Jesus: “Vinde os que estais cansados e aflitos. Tomai sobre vós o meu jugo; suave é o meu fardo”. É o conselho, o convite, o apoio do Mestre.

Outras vezes, ouvimos Jesus de uma forma mais sintética, quando ele nos diz, por exemplo: “Olhai os lírios do campo: não tecem, não semeiam, entretanto nem mesmo Salomão vestiu-se com roupas tão belas”. Ora, quer Jesus dizer que devemos ter a autoconfiança; e devemos buscar a certeza de que estamos debaixo de uma proteção infinita, mas acima dessa proteção infinita estamos também convivendo com a realidade do Mestre Jesus, o que nos permitirá conviver com o próximo, superar problemas, alcançar objetivos, chegar ao encontro do mais nobre.

Nossas meditações, nossos encontros com Jesus, nos levam a superar problemas, dificuldades, lutas, mas também nos levam a sentir a grandeza da vida terrena. Quer estejamos encarnados, quer estejamos próximos à matéria, mesmo como espíritos, estamos num grande processo de evolução do qual não podemos fugir, tampouco podemos deixá-lo de lado.

Há pessoas que fogem de seus problemas, há pessoas que deixam de lado os seus problemas, adiando a solução dos mesmos; mas sempre temos alguém que nos adverte, e este alguém é a mensagem cristã, outra vez: “Olhai, olhai os lírios do campo”. Ou seja: olhai o bem que temos em abundância junto a nós, para ser cultivado pelo nosso coração.

Para aqueles que cometeram falhas, para aqueles que padeceram sofrimentos, para aqueles que passaram por provas físicas, morais: Olhai os lírios do campo! Verificai a beleza do mundo que existe e dizei a vós mesmos: Hei de superar as dores pessoais, as reclamações, os queixumes! Hei de deixar de me sentir inferiorizado! Hei de parar de sentir que trabalho demais; que alguém está deixando de trabalhar e eu faço o trabalho de alguém! Hei de apenas dizer: Cultivarei o meu campo de lírios e que cada um cultive o seu!

Por isso, meus irmãos, com as nossas meditações, nós, os guias desta Casa, tomamos uma decisão séria para nós, que já tínhamos tomado antes, mas que apenas reforçamos essa decisão em nós mesmos: cultivaremos o amor ao próximo em nosso coração; trabalharemos com afinco, sem reclamações; cultivaremos a alegria; falaremos do bem; deixaremos de reclamar e deixaremos de falar mal de alguém! Diremos com alegria que Deus existe; sorriremos ante aqueles que nos atacam;,trabalharemos para que nossa Casa cresça; não permitiremos o assédio do mal; estaremos atentos às nossas palavras, aos nossos pensamentos; falaremos do bem; sorriremos; esticaremos as nossas mãos; compartilharemos aquilo que temos, com o próximo; não esmoreceremos nunca e, a cada dia, estaremos a postos para o trabalho que nos for dado em nome de Deus!

Assim, solicitamos a todos vocês que multipliquem as alegrias íntimas, as alegrias pessoais. Trabalhem! Sorriam! Não reclamem! Não falem mal de ninguém! Entrem no novo ano com aquela

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predisposição para superar o homem velho. Certamente que todos vocês conhecem isso à saciedade. Mas como começar de novo é próprio dos fortes, indicar caminhos é próprio de quem já os trilhou alguma vez.

Humildade, compreensão caracterizam os homens que desejam acertar. Por isso mesmo, os que estamos aqui vamos dizer em voz intima dirigida para o Senhor da Vida, para o Senhor de todos nós: Senhor, superarei a mim mesmo e, no próximo período contado pelo calendário terreno, estarei a postos, sorrindo, trabalhando e, se cansado, sabendo perseverar sem reclamar. Medindo as forças, avaliarei possibilidades, agindo com sinceridade, promovendo o bem, afastando o mal e dizendo para mim mesmo, ao final do próximo ano, que já começa a partir de hoje para todos nós: Senhor, eis que consegui andar um pouco mais! Consegui caminhar um pouco mais! Senhor, abençoa-me, porque pretendo, numa outra ocasião, andar mais ainda, Senhor, prosseguir mais ainda, ter mais amor no coração, mais ênfase na vida e nas palavras, porque será contigo, Senhor, que eu superarei minhas dificuldades!

Conversando com Jesus, deixaremos de olhar para aqueles que erram do nosso lado; olharemos somente para nós. Deixaremos de reclamar daqueles que não trabalham; trabalharemos nós. Deixaremos de falar que as coisas não caminham tão bem quanto deveriam, porque nós faremos com que andem bem. Aprenderemos a sorrir, mesmo quando cansados, e, no fim do dia, meditando sobre a própria vida, diremos assim: obrigado, senhor, muito obrigado, por serdes para nós aquele que nos hospeda no coração!

Assim, meus irmãos, nós dizemos a todos vocês: hospedem Jesus no coração! Trabalhem! Multipliquem o bem! Iluminem as suas almas, e que Deus esteja conosco!

Se nós pudermos dizer a vocês que é importante que cada um converse com os outros, como nós conversamos entre nós, para concluir alguma coisa em termos de corrigir o nosso próprio coração; se nós pudermos dizer a vocês que lutamos por nós mesmos, lhes diremos: lutem também por vocês! Ajudem a seus irmãos! Abençoem-se uns aos outros! Trabalhem a cada dia! E não esqueçam: o bem é o mais importante na vida das criaturas.

Que sejam o bem, a verdade e o amor companheiros de todos vocês para este próximo ano de trabalhos, este ano que há de ser mais trabalhoso, no sentido de menos doloroso para todos os corações presentes!

Que a graça, que a fé, que a coragem, que a certeza da convicção em Deus estejam em todos os corações, hoje e sempre!

Antonio de Aquino (Inspirações do Amor Único de Deus, psicofonia de Altivo C. Pamphiro, em 28/12/2004, no CELD.)

Deus O Universo é obra inteligentíssima, obra que transcende a mais genial inteligência humana. E,

como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que a do Universo é sempre superior a toda inteligência. É a inteligência das inteligências, a causa das causas, a lei das leis, o princípio dos princípios, a razão das razões, a consciência das consciências: é Deus! Deus!... nome mil vezes santo, que Isaac Newton jamais pronunciava sem descobrir-se!... É Deus! Deus!, Que vos revelais pela Natureza, vossa filha e nossa mãe.

Reconheço-vos eu, Senhor, na poesia da Criação, na criança que sorri, no ancião que tropeça, no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que vela, no pai que instrui, no apóstolo que evangeliza!

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, no amor da esposa, no afeto do filho, na estima da irmã, na justiça do justo, na misericórdia do indulgente, na fé do pio, na esperança dos povos, na caridade dos bons, na inteireza dos íntegros!

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, no estro do vate, na eloquência do orador, na inspiração do artista, na santidade do moralista, na sabedoria do filósofo, nos fogos do gênio.

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, na flor dos vergéis, na relva dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados, no perfume das campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das franças, na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento!

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, nos lindos antélios, no íris multicor, nas auroras polares, no argênteo da Lua, no brilho do Sol, na fulgência das estrelas, no fulgor das constelações!

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Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço da Humanidade, na maravilha, no esplendor, no sublime do infinito!

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, com Jesus quando ora: “Pai nosso que estais nos Céus...”, ou com os anjos quando cantam “Glória a Deus nas alturas...” “Aleluia!”

Eurípedes Barsanulfo 18/1/1914.

Próximos Encontros do CELD que serão realizados somente de forma

virtual, através do site www.celd.org.br:

Dia 14/6 — 11o Encontro Espírita das Casas Espíritas

Dia 21/6 — 23o Encontro Espírita da Obra Social Antonio de Aquino

Dia 28/6 — 27o Encontro Espírita sobre Mediunidade

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30 Encontro Espírita sobreo A Vida e a Obra de Eurípedes Barsanulfo

Tema: “Eurípedes Barsanulfo e os Lírios do Campo”

“Olhai os Lírios nos campos.”

Filhos,

Quando Jesus nos diz:

“Olhai os lírios nos campos, eles não tecem e não fiam, mas nem Salomão, em toda a sua

glória, jamais se vestiu como eles… E não valeis vós mais do que os lírios?…”

Quantas vezes deve ter Eurípedes Barsanulfo meditado nesta passagem do Evangelho,

para continuar na sua tarefa de Espírita e de promovedor da Caridade?

Quantas vezes deve ter Eurípedes olhado para os lírios nos campos e meditado que ele,

o lírio, brotou de simples semente obscura, cresceu pela própria força de vida que trazia

dentro de si e impulsionado por Deus que sustenta a Natureza, para ver que ele amparado

pelas ideias e ideais espíritas poderia crescer e fazer outros crescerem, à maneira dos lírios nos

campos…

Quantas vezes deve ter Eurípedes meditado nesta passagem evangélica e percebido

que, muitas vezes, estava o lírio sozinho no meio do campo, rodeado até mesmo de capim ou

ervas daninhas, mas não deixava de espalhar perfume e assim costumava ele, Eurípedes,

espalhar o perfume da caridade, mesmo que não fosse entendido, mesmo que os que o

rodeassem não tivessem a mesma visão que ele, ele ali estava, sempre firme e lembrando que

a Providência Divina, que torna belo o lírio que tem vida muito efêmera, haveria de sustentá-lo

também, no trabalho de exemplificação do seu aprendizado espírita?

Que possamos, igualmente a Eurípedes, meditar no quanto o Pai pode fazer por todos

nós, espíritos imortais.

Que o Senhor da Vida a todos abençoe.

Paz,

Victor

(Mensagem psicográfica recebida pelo médium Mário Coelho, em 21/2/2020, no CELD, RJ.)