CENTRO DE ESTATÍSTICA APLICADA - CEA - USP RELATÓRIO DE ...
Transcript of CENTRO DE ESTATÍSTICA APLICADA - CEA - USP RELATÓRIO DE ...
RAE-CEA-17P08
CENTRO DE ESTATÍSTICA APLICADA - CEA - USP
RELATÓRIO DE ANÁLISE ESTATÍSTICA
“Inventário de Depressão Infantil no Brasil: associações entre sintoma depressivo
infantil, violência e influência ambiental”
Adriana Pereira Guedes
Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo
Lúcia Pereira Barroso
Piao Dongmei
São Pualo, julho de 2017
CENTRO DE ESTATÍSTICA APLICADA – CEA – USP
Título : Relatório de Análise Estatística sobre o Projeto: “Inventário de Depressão
Infantil no Brasil: associações entre sintoma depressivo infantil, violência e influência
ambiental”.
PESQUISADORA: Adriana Pereira Guedes
ORIENTADORA: Profa. Dra. Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo
INSTITUIÇÃO: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
FINALIDADE DO PROJETO: Doutorado
2
RESPONSÁVEIS PELA ANÁLISE: Adriana Pereira Guedes
Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo
Lúcia Pereira Barroso
Piao Dongmei
REFERÊNCIA DESTE TRABALHO:
Barroso, L.P.; Dongmei, P.: Relatório de análise estatística sobre o projeto:
“Inventário de Depressão Infantil: associações entre sintoma depressivo infantil,
violência e influência ambiental”. São Paulo, IME-USP, 2017. (RAE – CEA -17P08)
FICHA TÉCNICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUSSAB, W. O. e MORETTIN, P.A. (2013). Estatística Básica. 8aed. São Paulo : Ed.
Saraiva.
CURATOLO, E. (2001). Estudo da Sintomatologia depressiva em escolares de sete a
doze anos de idade. Arquivos de Neuropsiquiatria. São Paulo, v.59, p. 215.
GOUVEIA, V. V., BARBOSA, G.A., ALMEIDA, H.J.F., GAIÃO, A.A. (1995). Inventário de
Depressão Infantil – CDI: estudo de adaptação com escolares de João Pessoa. Jornal
Brasileiro de Psiquiatria, 44, 345-349.
KOVACS, M. (1983). The Children’s Depression Inventory: A self-rated depression
scale for school – aged youngsters. University of Pittsburg.
KUTNER, M. H., NACHTSHEIM, C. J., Applied Linear Regression Models, 4th ed.,
Boston: McGraw-Hill, 2004.
REYNOLDS, W. M., JOHNSTON, H.F. (1994). The nature and study of depression in
children and adolescents. In: REYNOLDS, W.M., (Org.). Handbook of depression in
3
children and adolescents. New York: Plenum, p. 3-18.
PROGRAMAS COMPUTACIONAIS UTILIZADOS
Microsoft Excel for Windows versão 2016
Microsoft Word for Windows versão 2016
R para Windows verção 3.4.0
TÉCNICAS ESTATÍSTICAS UTILIZADAS
Análise Descritiva Multidimensional (03:020)
Testes de Hipóteses Paramétricas (05:010)
ÁREAS DE APLICAÇÃO
Psicometria (14:090)
4
Sumário
Resumo ............................................................................................................ 5
1. Introdução ................................................................................................ ....6
1.1. Contexto e justificativa ............................................ ........................... 6
1.2. Objetivos ......................................................................................... ....7
2. Descrição do estudo .....................................................................................7
3. Descrição das variáveis................................................................................8
3.1. Variáveis qualitativas ..................................................................... ..... 8
3.2. Variáveis quantitativas.........................................................................9
4. Análise descritiva......................................................................... .................9
4.1. Variáveis qualitativas ............................................ .............................. 10
4.2. Variáveis quantitativas.......................................................................11
4.3. Associação entre os fatores do CDI e as outras variáveis ...............12
5. Aálise Inferencial.........................................................................................13
5.1. Definição do modelo inicial.................................................................13
5.2. Modelo de regressão para os fatores do CDI................................................14
5.3. Modelo de regressão para o CDI Total.....................................................15
6. Conclusões........................................................................................ ..........16
Apêndice A - Tabelas............................................................ ...........................18
Apêndice B - Gráficos ....................................................................................32
Apêndice C – Modelos Ajustados....................................................................64
5
Resumo
O objetivo deste projeto é compreender como a violência influencia na depressão
em crianças e adolescentes. Foi realizado um estudo em que crianças responderam o
Inventário de Frases no Diagnóstico de Violência Doméstica (IFVD) e Inventário de
Depressão Infantil (CDI) e suas mães a um questionário sobre Dados Pessoais. O CDI é
composto por fatores e outro objetivo é verificar em qual desses fatores a violência é
mais influente.
A análise descritiva, baseada em tabelas, medidas-resumo, gráficos de barras,
dot-plots, box-plots e diagramas de dispersão, sugere que existe uma associação
positiva leve entre o escore total de IFVD e os três fatores do CDI para os grupos
Controle e Experimental, ou seja, quando aumenta a violência doméstica o sintoma
depressivo infantil tende a aumentar.
Na análise inferencial, primeiro as variáveis não correlacionadas foram
selecionadas através dos coeficientes de Cramer e de Pearson, respectivamente, para
variáveis qualitativas e quantitativas. No segundo passo, modelos de regressão foram
ajustados, obtendo-se estimativas dos parâmetros das variáveis significantes com nível
de significância igual a 10%.
Concluiu-se que crianças vitimizadas, com maior número total de irmãos, que
tinham morado ou que continuam morando em abrigos apresentam maior escore dos
sintomas depressivos. Para a maior idade da mãe, escolaridade do pai e profissão da
mãe, a tendência é diminuir os valores dos sintomas depressivos.
6
1. Introdução
1.1. Contexto e justificativa
O estudo do Inventário de Depressão Infantil no Brasil está inserido na área de
Psicometria e trabalha com a depressão através da identificação de sintomas em
crianças e adolescentes. A depressão é um problema de “expressão internalizante” e
apresentada por sintomas internos, que são difíceis de serem observados por outras
pessoas, principalmente pela própria criança ou adolescente (REYNOLDS e
JOHNSTON, 1994). Além disso, a diversidade nas formas de manifestação da
depressão e a sua associação com outras psicopatologias dificultam a elaboração de
critérios de diagnósticos fidedignos (CURATOLO, 2001).
A depressão pode ser disparada por problemas psicossociais, como a perda de
uma pessoa querida, e atinge tanto adultos quanto crianças e adolescentes.
Consequentemente, pode ser relevante encontrar uma relação entre a situação
doméstica e os sintomas depressivos infantis, como também a influência da violência
sofrida nesses sintomas.
Um dos instrumentos de avaliação psicológica mais usados para avaliação da
depressão infantil é o Inventário de Depressão Infantil (CDI - Children’s Depression
Inventory), um instrumento considerado em nível nacional e internacional, que foi
adaptado e normatizado por Gouveia et al. (1995) no Brasil. Originalmente, surgiu nos
Estados Unidos e foi elaborado por Kovacs (1983). O questionário é composto por 27
frases, com uma escala “0”, “1” e “2”, em que “0” significa “ausência dos sintomas”, “1”
significa “presença dos sintomas” e “2” significa “gravidade dos sintomas”. Serve para
mensurar sintomas depressivos em crianças e adolescentes. Gouveia el at. (1995)
definiram o ponto de corte mais razoável considerado como 17 pontos, de forma que a
criança com pontuação maior ou igual a esse valor deverá merecer atenção, pois indica
provável quadro depressivo.
7
O Inventário de Frases no Diagnóstico de Violência Doméstica contra Crianças e
Adolescentes (IFVD) auxilia na identificação e confirmação do fenômeno da violência
doméstica e é bastante útil para discriminar as crianças e adolescentes vitimizados dos
não vitimizados. Esse instrumento também foi utilizado para identificar sintoma
depressivo infantil, pois a maioria dos psicólogos acredita que crianças e adolescentes
vitimizados tendem a manifestar mais sintomas depressivos do que os não vitimizados,
além de que pode captar violência sofrida direta ou indiretamente – “como a criança
viu”. O questionário é composto por 57 itens de fácil compreensão, em que as crianças
devem responder “SIM” ou “NÃO” (se o que está descrito na frase acontece em sua
vida).
Em vez de apenas classificar as crianças com sintomas ou não, seria interessante
estudar como o ambiente pode influenciar no sintoma depressivo em um contexto amplo
e atual. Para isso foi utilizado um questionário sobre dados pessoais, respondido pelas
mães das crianças avaliadas.
1.2. Objetivos
Os objetivos deste estudo são:
● compreender como a violência influencia a depressão;
● verificar em qual dos fatores do CDI, a violência é mais influente.
2. Descrição do estudo
Foram aplicados três questionários: Dados Pessoais, IFVD e CDI, em que a criança
responde os questionários IFVD e CDI, e cuja mãe preenche o formulário de Dados
Pessoais. Os questionários foram respondidos por 466 crianças e respectivas mães,
sendo 347 do grupo experimental (que comprovadamente sofreram violência) e 119 do
grupo controle (que a princípio não sofreram violência). As crianças do grupo controle
frequentavam regularmente a escola, particular ou pública, as do grupo experimental já
8
viveram ou ainda vivem em abrigos municipais.
3. Descrição das variáveis
As variáveis observadas no estudo foram:
3.1. Variáveis qualitativas
1) Estado – Nome da unidade federativa (CE, RJ ou SP);
2) Cidade – Nome da cidade (Aparecida, Aquiraz, Caraguatatuba, Cariré, Caucaia,
Diadema, Fortaleza, Guaratinguetá, Guarulhos, Jandira, Limoeiro do Norte,
Lorena, Mauá, Quixadá, Russas, Santo André, São Bernardo do Campo, São
Caetano do Sul, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo,
Sorocaba, Taubaté ou Volta Redonda);
3) Sexo (Feminino ou Masculino);
4) Escolaridade da criança (G1 - Grupo 1 (Analfabeta e Jardim II), G2 - Grupo 2 (
APAE e Sala Especial), F1 - Fundamental 1 (1o até 5º ano fundamental), F2 -
Fundamental 2 (6º até 9º ano fundamental) ou EM - Ensino Médio (1º até 3º ano
do ensino médio));
5) Escola (Pública ou Particular);
6) Escolaridade do pai (A - Analfabeto, EF - Ensino Fundamental, EM - Ensino
Médio (ensino médio e ensino técnico), ES - Ensino Superior ou PG -
Pós-Graduação);
7) Profissão do pai (DA - Desempregado e Aposentado, PG - Primeiro Grau, TC -
Técnico, SU - Superior, PR - Presidiário, MR - Morador de rua ou FA - Falecido);
8) Escolaridade da mãe (A - Analfabeta, EF - Ensino Fundamental, EM - Ensino
Médio (ensino médio e supletivo), ES - Ensino Superior ou PG -
Pós-Graduação);
9) Profissão da mãe (DA - Desempregada e Aposentada, PG - Primeiro Grau, TC
– Técnico, SU – Superior, PR – Presidiário, MR - Moradora de rua ou FA -
9
Falecida);
10) Tipo de residência (Alugada, Própria ou Abrigo) – Abrigo somente para o
grupo experimental;
11) Tipo de violência (Física, Sexual ou Física e Sexual) – somente para o grupo
experimental;
12) Grupo (Controle ou Experimental).
3.2. Variáveis quantitativas
1) Idade da criança (em anos);
2) Número total de irmãos;
3) Número de irmãos;
4) Número de irmãs;
5) Idade do pai (em anos);
6) Idade da mãe (em anos);
7) IFVD – Soma das respostas SIM nas 57 perguntas do IFVD;
8) Os 27 itens do CDI foram classificados em três fatores escolhidos pela
pesquisadora. São eles:
Fator 1 - Afetivo-somático: aborda sentimentos de tristeza, bem como ter
vontade de chorar, preocupações pessimistas, ideias de suicídio etc. É a soma
das questões 1, 6, 7, 10, 13, 16, 19 e 25;
Fator 2 - Relação com o outro: engloba dificuldades de relacionar-se com os
outros, falta de prazer nas atividades etc. É a soma das questões 2, 3, 8, 9, 11,
19, 23 e 24;
Fator 3 – Desempenho: envolve problemas de rendimento escolar, tomada de
decisão, culpa pelos acontecimentos ruins, dificuldade para dormir etc. É a soma
das questões 4, 5, 12, 17, 20, 21, 22, 26 e 27.
As questões 14, 15 e 18 do CDI não compõem nenhum dos fatores de interesse.
4. Análise descritiva
10
Nesta seção, são feitas as análises descritivas dos dados amostrais. Foram
calculadas medidas-resumo como média, mediana e desvio padrão como também
gráficos de barras, box-plots, dot-plots e diagramas de dispersão. Os testes
qui-quadrado de associação entre variáveis qualitativas e t-Student para comparação de
médias de variáveis quantitativas foram aplicados (BUSSAB e MORETTIN, 2013). No
Apêndice A encontram-se as tabelas e no Apêndice B os gráficos.
A amostra continha 119 crianças no grupo Controle e 347 no grupo Experimental.
Para a análise de cada variável foram consideradas as crianças que responderam as
questões envolvidas na análise. No grupo Controle, 24 crianças deixaram de responder
ao questionário de IFVD.
4.1. Variáveis qualitativas
A Tabela A.15 mostra os resultados dos testes qui-quadrado de associação entre as
variáveis qualitativas. Pode-se concluir, ao nível de significância de 5%, que o Sexo é
a única variável qualitativa que não está associada com o Grupo, ou seja, a distribuição
de Sexo é a mesma para os grupos Controle e Experimental. A distribuição das outras
variáveis (Estado, Cidade, Escolaridade da criança, Escola, Escolaridade do pai e da
mãe, Profissão do pai e da mãe e Tipo de residência) é diferente para os dois grupos. A
seguir encontram-se comentários por variáveis:
1) Estado: a Tabela A.1 e o Gráfico B.1 indicam que a maioria da amostra foi coletada
no Estado de São Paulo, que as distribuições nos dois grupos, considerando São
Paulo e Ceará, são parecidas, mas que no Rio de Janeiro só há crianças do grupo
Experimental (8).
2) Cidade: a Tabela A.2 e o Gráfico B.2 mostram que, comparando as distribuições
dentro dos grupos, as cidades de Fortaleza, Santo André, São José do Rio Preto e
Taubaté têm mais crianças do grupo Controle enquanto que Caraguatatuba,
Diadema e Mauá maior proporção do grupo Experimental. Das cidades com 10
crianças ou mais na amostra, em Aparecida, Caraguatatuba, Diadema, Lorena, São
José dos Campos e Sorocaba, todas são do grupo Experimental. Todas as crianças
11
do Rio de Janeiro são de Volta Redonda.
3) Sexo: pela Tabela A.3 e o Gráfico B.3, nota-se que as porcentagens de crianças do
sexo feminino e masculino são aproximadamente iguais para os dois grupos (46% e
54%).
4) Escolaridade da criança: a Tabela A.4 e o Gráfico B.4 apresentam que as crianças
estão mais concentradas no Fundamental 1, para os grupos Controle e
Experimental.
5) Escola: a Tabela A.5 e o Gráfico B.5 indicam que as distribuições por tipo de escola
são ligeiramente diferentes para os grupos Controle e Experimental, mas há mais
crianças avaliadas na escola pública para os dois grupos.
6) Escolaridade do pai e da mãe: as Tabelas A.6 e A.8 e os Gráficos B.6 e B.8
mostram as distribuições das crianças segundo a escolaridade do pai e da mãe,
respectivamente. Pode-se notar que, tanto para os pais quanto para as mães, no
grupo Experimental há maior proporção com ensino fundamental e médio enquanto
que no grupo Controle, se destaca também a faixa de pais e mães com escolaridade
superior.
7) Profissão do pai e da mãe: as Tabelas A.7 e A.9 e os Gráficos B.7 e B.9 exibem as
distribuições segundo as profissões agrupadas. Pode-se verificar que a maioria dos
pais e das mães tem profissões associadas com o ensino fundamental. Nas
profissões que exigem ensino superior destaca-se maior proporção de crianças do
grupo Controle.
8) Tipo de residência: pela Tabela A.10 e no Gráfico B.10 tem-se que a maioria das
crianças mora em casa alugada, sendo que no grupo Controle essas crianças
representam 81%. Somente crianças do grupo Experimental moram em abrigos e
essas representam 31% das crianças desse grupo.
9) Tipo de violência: na Tabela A.11 e no Gráfico B.11 tem-se que 79% das crianças
do grupo Experimental sofreram violência física, 34% violência sexual, sendo que
13% sofreram ambas.
4.2. Variáveis quantitativas
A Tabela A.16 mostra os resultados dos testes t-Student de igualdade de médias
12
para as variáveis quantitativas. Pode-se concluir, ao nível de significância de 5%, que
as médias das idades dos pais são iguais nos dois grupos, aproximadamente 39 anos.
A Idade da criança, o Número total de irmãos, o Número de irmãos, o Número de irmãs,
o escore total de IFVD, os escores dos Fatores 1, 2 e 3 do CDI e o escore total do CDI,
todos têm média maior no grupo Experimental se comparado com o grupo Controle. A
média da Idade da mãe é um pouco menor no grupo Experimental.
As Tabelas A.12, A.13 e A.14 e os Gráficos B.12, B.13 e B.14 exibem as
distribuições segundo a faixa etária das crianças, dos pais e das mães destas e
mostram que a maioria das crianças têm entre 7 e 13 anos, os pais entre 30 e 50 anos e
as mães entre 25 e 50 anos.
4.3. Associação entre os fatores do CDI e as outras variáveis
Para avaliar a associação entre os três fatores do CDI e as variáveis qualitativas
foram construídos box-plots e dot-plots. Para as variáveis quantitativas foram
construídos gráficos de dispersão e calculados os coeficientes de correlação (BUSSAB
e MORETTIN, 2013).
Os Gráficos B.16, B.18, B.20, B.21, B.22 e B.23 mostram os dot-plots dos valores
dos três fatores do CDI por Grupo e Cidade, Escolaridade da criança, Escolaridade do
pai, Profissão do pai, Escolaridade da mãe e Profissão da mãe, respectivamente. Esses
gráficos mostram que não parece haver diferença nesses escores, exceto para crianças
cujos pais têm pós-graduação e que apresentam escores ligeiramente menores.
Os Gráficos B.15, B.17 e B.19 exibem os box-plots para Estado, Sexo e Escola em
que a criança estuda. Nota-se que os escores dos três fatores parecem maiores no
grupo Experimental nos estados do Ceará e São Paulo, para os dois sexos e para a
escola pública e particular.
Pelo Gráfico B.24, com os box-plots do Tipo de residência, percebe-se que os
escores dos três fatores do CDI são maiores para o grupo Experimental, tanto para
crianças que moram em casa alugada como para as que moram em casa própria. Para
13
as que moram em abrigos, esses valores são ainda maiores.
O Gráfico B.25 mostra os box-plots para o Tipo de violência. Os gráficos não
indicam diferenças nos valores dos escores dos três fatores para o tipo de violência
sofrida.
Os Gráficos B.26 a B.32 são os diagramas de dispersão entre os valores dos três
fatores do CDI versus Idade da criança, do pai e da mãe, Número total de irmãos,
Número de irmãos, Número de irmãs e escore total do IFVD, por grupo. Todos esses
gráficos indicam baixa correlação, sendo que os maiores valores absolutos observados
foram entre o Fator 1 e a Idade da criança no grupo Controle (-0,21); entre o Fator 1 e a
Idade do pai no grupo Controle (-0,15); entre os Fatores 1 e 2 e a Idade da mãe no
grupo Controle (-0,24); entre o Fator 2 e o Número total de irmãos no grupo Controle
(0,20); entre o Fator 2 e o Número de irmãos no grupo Experimental (0,14); entre o Fator
2 e o Número de irmãs no grupo Experimental (0,14) e entre os três fatores e o escore
do IFVD no grupo Controle (0,33 para o Fator 1; 0,32 para o Fator 2 e 0,29 para o Fator
3) e no grupo Experimental (0,45 para o Fator 1; 0,37 para o Fator 2 e 0,35 para o Fator
3).
5. Análise Inferencial
Nesta parte, foram ajustados modelos de regressão linear múltipla (KUTNER et al.,
2004) para avaliar quais variáveis poderiam explicar os três fatores do CDI. Modelos de
regressão Poisson e Beta para os valores dos fatores transformados também foram
ajustados, mas não apresentaram melhoras significativas no ajuste e então os modelos
mais simples foram mantidos. Para verificar possível multicolinearidade entre as
variáveis explicativas, foram calculados os Coeficientes de Cramer e de Pearson para
as variáveis qualitativas e quantitativas, respectivamente.
5.1. Definição do modelo inicial
As Tabelas A.17 e A.18 mostram coeficientes altos ou razoavelmente altos entre as
14
variáveis Estado e Cidade (1,000), Cidade e Escola (0,413), Idade da mãe e Idade do
pai (0,606), Número total de irmãos e Número de irmãos (0,821), Número total de
irmãos e Número de irmãs (0,832) e Número de irmãos e Número de irmãs (0,444). Isso
pode levar à presença de multicolinearidade que, além de causar inflação na
variabilidade do modelo, pode levar a interpretações erradas dos parâmetros estimados.
Para diminuir a dimensão do ajuste e eliminar os problemas provocados pela
multicolinearidade, foram selecionadas as variáveis explicativas, dentre as
correlacionadas, que apresentavam maior número de respostas. Por exemplo, entre
Estado e Cidade que têm tamanhos de amostra iguais a 465 e 461, respectivamente, a
variável Estado foi a escolhida. Além disso, Cidade tem associação razoavelmente alta
com Escola (0,413), Tipo de residência (0,357) e Grupo (0,320). Entre as variáveis
Número total de irmãos, Número de irmãos e Número de irmãs, foi selecionada a
primeira. O modelo inicial foi ajustado com todas as variáveis restantes.
Dois modelos iniciais para o ajuste foram considerados. São eles:
Modelo1: com as variáveis Estado, Sexo, Idade da criança, Escolaridade da criança,
Escola, Escolaridade do pai, Idade da mãe, Profissão da mãe, Número total de irmãos,
Tipo de residência, IFVD e Tipo de violência;
Modelo 2: com todas as variáveis do Modelo 1, com exclusão do Tipo de violência e
inclusão do Grupo, porque não é possível considerar essas duas variáveis
simultaneamente uma vez que há somente crianças vitimizadas no grupo Experimental.
5.2. Modelo de regressão para os fatores do CDI
Os Modelos 1 e 2 iniciais foram ajustados pelo aplicativo estatístico R para os três
fatores do CDI, num total de 6 modelos. Foi usado o método de seleção Backward, que
incorpora inicialmente todas as variáveis e depois, por etapa, elimina uma a uma, de
acordo com o maior valor-p não significante, com o nível de significância de 10%. Os
Modelos 1 e 2 ajustados terminaram iguais para os Fatores 1 e 3 e diferentes para o
Fator 2, um deles incluindo Idade da criança e o outro o Grupo.
15
As Tabelas A.19 até A.22 mostram as estimativas dos parâmetros dos modelos
finais e os Gráficos B.33 a B.36 as análises de resíduos correspondentes, que contêm o
gráfico de resíduos versus a ordem das observações, dos resíduos padronizados
versus os valores ajustados, o gráfico Normal Q-Q Plot e o histograma dos resíduos.
Esses gráficos não mostram graves fugas das suposições feitas para o ajuste.
A título ilustrativo é feita a seguir a interpretação do modelo final do Fator 1. Esse
modelo inclui as variáveis Escolaridade de pai (categoria Analfabeto como referência),
Idade da mãe, Número total de irmãos e IFVD.
Escolaridade do pai: para duas crianças que tenham mães de mesma idade, com o
mesmo número total de irmãos e mesmo valor de IFVD, espera-se que o valor do Fator
1 da que tem pai com escolaridade de ensino médio seja 2,12 pontos abaixo do valor
médio do Fator 1 da criança que tem pai analfabeto;
Idade da mãe: para crianças cujos pais tenham o mesmo nível de escolaridade, o
mesmo número total de irmãos e o mesmo valor de IFVD, para aquela cuja Idade da
mãe seja um ano maior, espera-se a diminuição de 0,09 pontos no valor do Fator 1;
Número total de irmãos: para crianças cujos pais tenham o mesmo nível de
escolaridade, as mães tenham a mesma idade e elas tenham o mesmo valor de IFVD,
para aquela que tem um irmão mais (considerando meninos e meninas), espera-se o
aumento de 0,13 pontos no valor do Fator 1;
IFVD: para crianças cujos pais tenham o mesmo nível de escolaridade, as mães tenham
a mesma idade e elas tenham o mesmo número total de irmãos, para aquela que tem
um ponto a mais no valor do IFVD, espera-se o aumento de 0,14 pontos no valor do
Fator 1.
A interpretação dos outros modelos é análoga.
5.3. Modelo de regressão para o CDI Total.
A mesma estratégia de análise foi usada para ajustar modelos para o escore total
de CDI.
16
Os modelos finais estimados estão apresentados nas Tabelas A.23 e A.24 e os
gráficos de resíduos estão nos Gráficos B.37 e B.38. As variáveis explicativas
significantes para o Modelo1 foram Estado, Escolaridade da criança, Escolaridade do
pai, Idade da mãe, Número total de irmãos e IFVD. O Modelo 2, alternativo, incluiu a
Escolaridade da criança, a Idade da mãe, o Tipo de residência, o IFVD e o Grupo.
6. Conclusões
A análise descritiva sugere que existe uma associação positiva leve entre o escore
total de IFVD e os três fatores do CDI para os grupos Controle e Experimental, ou seja,
quando aumenta a violência doméstica o sintoma depressivo infantil tende a aumentar.
A violência está mais influente no Fator 2 para as variáveis Estado, Sexo, Escola,
Tipo de residência e Tipo de violência e no Fator 3 para Cidade, Escolaridade da
criança e dos pais e Profissão dos pais.
Através da análise inferencial, pode-se concluir que:
a) A média do escore do Fator 2 das crianças do Estado do Rio de Janeiro é
significantemente menor que a de crianças do Estado do Ceará quando mantendo
constantes a Idade da criança, a Idade da mãe, o Tipo de residência e o IFVD
(valor-p = 0,081) ou o Grupo (valor-p = 0,045);
b) O IFVD é significante para os três fatores e para o CDI total, com valor-p menor que
0,0001;
c) A média do Fator 2 das crianças do grupo Experimental é significantemente maior
que a de crianças do grupo Controle (valor-p = 0,043);
d) A Escolaridade do pai é significante para os Fatores 1 e 3 e para o total do CDI.
Quando maior for a Escolaridade do pai, menores serão os valores do sintoma
depressivo infantil;
e) Crianças com mãe mais velhas apresentam a média dos escores dos Fatores 1, 2 e
3 menores. O mesmo ocorre com o CDI;
17
f) Aumentando uma unidade no Número total de irmãos, as médias dos Fatores 1, 2 e
do CDI crescem 0,13; 0,26 e 0,53, respectivamente, mantendo-se as outras
variáveis do modelo constantes;
g) A média do CDI das crianças vitimizadas é significantemente maior que a de
crianças supostamente não vitimizadas (valor-p = 0,012).
h) Crianças que moram ou tinham morado no abrigo têm a média do CDI 5,31 mais alta
do que crianças moram em casa alugada (valor-p = 0,0003), mantendo-se as outras
variáveis do modelo constantes.
18
APÊNDICE A
Tabelas
19
Tabela A.1. Distribuição de frequências de Estado por Grupo.
Grupo
Estado Controle Experimental Total
Ceará 23 40 63
Rio de Janeiro 0 8 8
São Paulo 95 299 394
Total 118 347 465*
*Dados faltantes - 1
Tabela A.2. Distribuição de frequências de Cidade por Grupo.
Grupo
Cidade Controle Experimental Total
Aparecida 0 10 10
Aquiraz 0 1 1
Caraguatatuba 0 50 50
Cariré 5 6 11
Caucaia 1 2 3
Diadema 0 46 46
Fortaleza 17 25 42
Guaratinguetá 4 26 30
Guarulhos 1 0 1
Jandira 0 2 2
Limoeiro do Norte 0 4 4
Lorena 0 13 13
Mauá 7 36 43
Quixadá 0 1 1
Russas 0 1 1
Santo André 16 3 19
São Bernardo do Campo 3 1 4
São Caetano do Sul 2 0 2
São José do Rio Preto 20 20 40
São José dos Campos 0 22 22
São Paulo 6 11 17
Sorocaba 0 16 16
Taubaté 32 43 75
Volta Redonda 0 8 8
20
Total 114 347 461*
*Dados faltante - 5
Tabela A.3. Distribuição de frequências de Sexo por Grupo.
Grupo
Sexo Controle Experimental Total
Feminino 64 159 223
Masculino 55 188 243
Total 119 347 466
Tabela A.4. Distribuição de frequências de Escolaridade da criança por Grupo.
Grupo
Escolaridade Controle Experimental Total
Grupo 1 0 8 8
Grupo 2 0 2 2
1o Fundamental 90 208 342
2o Fundamental 18 90 64
Ensino Médio 8 18 26
Total 116 326 442*
*Dados faltantes - 24
Tabela A.5. Distribuição de frequências de Escola por Grupo.
Grupo
Escola Controle Experimental Total
Particular 35 59 94
Pública 84 237 321
Total 119 296 415*
*Dados faltantes - 51
21
Tabela A.6. Distribuição de frequências de Escolaridade do pai por Grupo.
Grupo
Escolaridade do pai Controle Experimental Total
Analfabeto 0 6 6
Ensino Fundamental 31 72 103
Ensino Médio 27 63 90
Ensino Superior 21 8 29
Pós-Graduado 3 0 3
Total 82 149 231*
*Dados faltantes - 235
Tabela A.7. Distribuição de frequências de Profissão do pai por Grupo.
Grupo
Profissão do pai Controle Experimental Total
Desempregado e aposentado 0 10 10
1º Grau 67 118 185
Técnico 10 18 28
Superior 22 9 31
Presidiário 0 4 4
Morador de rua 0 1 1
Falecido 0 11 11
Total 99 171 270*
*Dados faltantes - 196
Tabela A.8. Distribuição de frequências de Escolaridade da mãe por Grupo.
Grupo
Escolaridade da mãe Controle Experimental Total
Analfabeta 1 2 3
Ensino Fundamental 33 102 135
Ensino Médio 24 91 115
Ensino Superior 29 6 35
Pós-Graduação 1 1 2
Total 88 202 290*
*Dados faltantes - 176
22
Tabela A.9. Distribuição de frequências de Profissão da mãe por Grupo.
Grupo
Profissão da mãe Controle Experimental Total
Desempregada e aposentada 1 8 9
1º grau 63 185 248
Técnico 15 13 28
Superior 25 7 32
Presidiária 0 0 0
Moradora de rua 0 1 1
Falecida 0 10 10
Total 104 224 328*
*Dados faltantes - 138
Tabela A.10. Distribuição de frequências de Residência por Grupo.
Grupo
Residência Controle Experimental Total
Alugada 92 168 260
Própria 21 70 91
Abrigo 0 109 109
Total 113 347 460*
*Dados faltantes - 6
Tabela A.11. Distribuição de frequências de Violência.
Grupo
Violência Controle Experimental Total
Física 0 230 230
Sexual 0 73 73
Física e Sexual 0 44 44
Total 0 347 347
23
Tabela A.12. Distribuição de frequências de Faixa etária da criança por Grupo.
Grupo
Faixa etária da criança Controle Experimental Total
5|-7 13 39 52
7|-9 39 71 110
9|-11 38 76 114
11|-13 14 73 87
13|-15 10 51 61
15|-17 5 37 42
Total 119 347 466
Tabela A.13. Distribuição de frequências de Faixa etária do pai por Grupo.
Grupo
Faixa etária do pai Controle Experimental Total
20|-25 2 0 2
25|-30 5 11 16
30|-35 18 47 65
35|-40 28 32 60
40|-45 20 36 56
45|-50 14 15 29
50|-55 5 14 19
55|-60 1 4 5
60|-65 1 2 3
65|-70 0 0 0
70|-75 0 2 2
75|-80 0 1 1
Total 94 164 258*
*Dados faltantes - 208
Tabela A.14. Distribuição de frequências de Faixa etária da mãe por Grupo.
Grupo
Faixa etária da mãe Controle Experimental Total
20|-25 0 9 9
25|-30 14 36 50
30|-35 32 82 114
24
35|-40 26 47 73
40|-45 19 35 54
45|-50 10 12 22
50|-55 3 7 10
55|-60 1 3 4
60|-65 1 1 2
65|-70 0 0 0
70|-75 0 1 1
Total 106 233 339*
*Dados faltantes - 127
Tabela A.15. Valores-p do teste de associação com Grupo
Teste Qui-Quadrado de Pearson
Variável N GL* Valor-p
Estado 465 2 0,028
Cidade 461 25 < 0,001
Sexo da criança 466 1 0,163
Escolaridade da criança 442 15 0,119
Escola da criança 415 1 0,050
Escolaridade do pai 231 7 < 0,001
Profissão do pai 270 6 < 0,001
Escolaridade da mãe 290 8 < 0,001
Profissão da mãe 328 6 < 0,001
Residência 460 2 < 0,001
*GL = graus de liberdade
25
Tabela A.16. Medidas descritivas e valores-p do teste de t-Student.
Teste de t-student
Grupo
Controle
Experimental
Variável N1 Média Mediana DP N2 Média Mediana DP P-VALOR GL*
Idade da criança 119 9,54 9,00 2,41 347 10,64 10,58 2,89 <0,001 464
Idade do pai 94 39,09 38,50 6,96 164 39,55 37,00 9,24 0,673 256
Idade da mãe 106 37,17 37,00 7,26 233 35,41 34,00 7,61 0,001 105
No.total de irmãos 119 1,80 1,00 1,54 347 2,50 2,00 2,40 <0,001 464
No.de irmãos 119 0,76 0,00 0,98 347 1,21 1,00 1,38 0,001 464
No.de irmãs 119 0,71 0,00 0,88 347 1,24 1,00 1,45 <0,001 464
IFVD 104 24,09 24,50 7,20 319 29,98 30,00 8,04 <0,001 421
Fator 1 119 2,83 2,00 2,44 341 4,81 4,00 3,41 <0,001 458
Fator 2 119 2,96 2,00 2,64 343 5,22 5,00 3,46 <0,001 460
Fator 3 119 2,66 2,00 2,52 341 4,99 4,00 3,57 <0,001 458
CDI 119 8,85 7,00 6,79 334 15,85 15,00 9,78 <0,001 451
*GL = gruas de liberdades
26
Tabela A. 17. Coeficeirente de correlação de Cramer’s V das variáveis qualitativas.
Estado Cidade Sexo Escolari-dade
Escola Escolari-dade do pai
Profissão do pai
Escolari-dade
da mãe
Profissão da mãe
Tipo de residência
Tipo de violência
Grupo
1 - - - - - - - - - - -
1 1 - - - - - - - - - -
0,012 0,098 1 - - - - - - - - -
0,007 0,109 0,000 1 - - - - - - - -
0,104 0,413 0,014 0,013 1 - - - - - - -
0,033 0,176 0,033 0,024 0,083 1 - - - - - -
0,070 0,128 0,019 0,015 0,085 0,146 1 - - - - -
0,044 0,137 0,019 0,047 0,099 0,167 0,211 1 - - - -
0,027 0,121 0,021 0,022 0,070 0,121 0,309 0,255 1 - - -
0,022 0,357 0,002 0,007 0,006 0,034 0,074 0,031 0,071 1 - -
0,002 0,199 0,107 0,006 0,098 0,017 0,028 0,035 0,048 0,043 1 -
0,015 0,320 0,004 0,026 0,009 0,123 0,114 0,183 0,151 0,113 0,000 1
27
Tabela A. 18. Coeficeirente de correlação das variáveis quantitativas.
Idade
Idade do pai
Idade da mãe
Total de irmãos
Número Irmãos
Número Irmãs
CDI IFVD F1 F2 F3
Idade 1 - - - - - - - - - -
Idade do pai 0,205 1 - - - - - - - - -
Idade da mãe 0,175 0,606 1 - - - - - - - -
IrmãosTotal 0,239 0,090 0,123 1 - - - - - - -
Irmãos 0,217 0,047 0,067 0,821 1 - - - - - -
Irmãs 0,207 0,112 0,140 0,832 0,444 1 - - - - -
CDI 0,030 -0,018 -0,157 0,162 0,117 0,161 1 - - - -
IFVD -0,154 -0,133 -0,137 0,137 0,129 0,104 0,475 1 - - -
F1 -0,052 -0,023 -0,155 0,112 0,085 0,092 0,879 0,483 1 - -
F2 0,089 -0,036 -0,153 0,200 0,162 0,181 0,901 0,421 0,755 1 -
F3 0,006 0,019 -0,127 0,144 0,079 0,172 0,881 0,389 0,672 0,699 1
28
Tabela A.19. Estimativa do Modelo para o Fator 1.
Referência Variável Estimativa Erro Padrão Estatística t Valor-p Erro Padrão Residual
Intercepto 4,74 1,56 3,04 0,0027 2,531
Escolaridade Ensino Fundamental -1,97 1,07 -1,84 0,0673
do pai Ensino Médio -2,12 1,07 -1,97 0,0500 R2 Ajustado
Analfabeto Ensino Superior -2,22 1,15 -1,93 0,0555 0,2428
Pós-Graduação -2,69 2,07 -1,30 0,1966
Idade da mãe -0,09 0,03 -3,29 0,0012 Valor-p (F)
Número total de Irmãos 0,13 0,07 1,76 0,0798 < 0,0001
IFVD 0,14 0,02 6,09 < 0,0001
Tabela A. 20. Estimativa do Modelo 1 para o Fator 2.
Referência Variável Estimativa Erro Padrão Estatística t Valor-p Erro Padrão Residual
Intercepto -0,04 1,29 -0,03 0,9744 2,8530
Estado Rio de Janeiro -1,98 1,13 -1,75 0,0812
Ceará São Paulo -0,48 0,49 -0,98 0,3263 R2 Ajustado
Idade da criança 0,18 0,06 3,03 0,0027 0,2714
Idade da mãe -0,06 0,02 -2,67 0,0079
Número total de irmãos 0,26 0,07 3,55 0,0004 Valor-p (F)
Tipo de residência
Própria 0,48 0,41 1,17 0,2426 < 0,0001
Alugada Abrigo 1,30 0,54 2,42 0,0159
IFVD 0,15 0,02 7,40 < 0,0001
29
Tabela A. 21. Estimativa do Modelo 2 para o Fator 2.
Referência Variável Estimativa Erro Padrão Estatística t Valor-p Erro Padrão Residual
Intercepto 1,69 1,14 1,48 0,1405 2,8770
Estado Rio de Janeiro -2,32 1,15 -2,02 0,0447
Ceará São Paulo -0,72 0,50 -1,45 0,1467 R2 Ajustado
Idade da mãe -0,05 0,02 -2,12 0,0350 0,2592
Número total de
irmãos 0,28 0,07 3,89 0,0001
Tipo de residência
Própria 0,26 0,42 0,63 0,5306 Valor-p (F)
Alugada Abrigo 1,25 0,55 2,28 0,0236 < 0,0001
IFVD 0,13 0,02 6,20 < 0,0001
Grupo_Controle Experimental 0,82 0,40 2,03 0,0428
Tabela A. 22. Estimativa do Modelo para o Fator 3.
Referência Variável Estimativa Erro Padrão Estatística t Valor-p Erro Padrão Residual
Intercepto 1,85 1,86 1,00 0,3207 2,7710
Idade da criança 0,20 0,08 2,63 0,0092
Escolaridade Ensino Fundamental -2,74 1,17 -2,34 0,0203 R2 Ajustado
do pai Ensino Médio -3,10 1,18 -2,63 0,0092 0,2666
Analfabeto Ensino Superior -2,86 1,26 -2,26 0,0248
Pós-Graduação -3,81 2,27 -1,68 0,0957 Valor-p (F)
Idade da mãe -0,06 0,03 -1,95 0,0527 < 0,0001
IFVD 0,18 0,02 7,38 < 0,0001
30
Tabela A.23. Estimativa do Modelo 1 para o CDI.
Referência Variável Estimativa Erro Padrão Estatística t Valor-p Erro Padrão Resídual
intercepto 13,87 4,93 2,81 0,0054 6,8000
Estado Rio de Janeiro -4,87 2,94 -1,66 0,0998
Ceará São Paulo -2,54 1,49 -1,71 0,0892 R2 Ajustado
Escolaridade da criança Grupo 1 5,14 3,99 1,29 0,1984 0,4000
Ensino Médio Grupo 2 11,98 8,35 1,44 0,1531
Fundamental 1 -0,75 2,09 -0,36 0,7203 Valor-p (F)
Fundamental 2 5,40 2,40 2,25 0,0257 <0,0001
Escolaridade do pai Ensino Fundamental -4,15 2,92 -1,42 0,1575
Analfabeto Ensino Médio -4,67 2,96 -1,58 0,1159
Ensino Superior -6,28 3,15 -1,99 0,0478
Pós-Graduacão -5,51 5,63 -0,98 0,3290
Idade da mãe -0,26 0,07 -3,65 0,0003
Número total de irmãos 0,53 0,24 2,23 0,0268
IFVD 0,48 0,06 7,70 <0,0001
31
Tabela A.24. Estimativa do Modelo 2 para o CDI.
Referência Variável Estimativa Erro Padrão Estatística t Valor-p Erro Padrão Resídual
Intercepto 3,06 3,21 0,95 0,3427 7,4430
Escolaridade da criança Grupo 1 1,83 3,78 0,49 0,6278
Ensino Médio Grupo 2 18,44 7,72 2,39 0,0175 R2 Ajustado
Fundamental 1 -1,04 1,77 -0,59 0,5578 0,3173
Fundamental 2 3,42 1,99 1,72 0,0869
Idade da mãe -0,11 0,06 -1,93 0,0547 Valor-p (F)
Tipo de residência Própria 0,66 1,08 0,60 0,5463 <0,0001
Alugada Abrigo 5,31 1,44 3,69 0,0003
IFVD 0,42 0,06 7,41 <0,0001
Grupo_Controle Experimental 2,65 1,05 2,52 0,0124
32
APÊNDICES B Gráficos
33
Gráfico B.1. Gráfico de barras de Estado por Grupo.
Gráfico B.2. Gráfico de barras de Cidade por Grupo.
19
0
81
12
2
86
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Ceará Rio de Janeiro São Paulo
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
0 0 0
4
1 0
15
4
1 0 0 0
6
0 0
14
3 2
18
0
5
0
28
0
3
0
14
2 1
13
7 7
0 1 1
4
10
0 0 1 0 0
6 6
3 5
12
2
0
5
10
15
20
25
30
Ap
arec
ida
Aq
uir
az
Car
agu
atat
ub
a
Car
iré
Cau
caia
Dia
dem
a
Fort
alez
a
Gu
arat
ingu
etá
Gu
aru
lho
s
Jan
dir
a
Lim
oei
ro d
o N
ort
e
Lore
na
Mau
á
Qu
ixad
á
Ru
ssas
San
to A
nd
ré
São
Ber
nar
do
do
…
São
Cae
tan
o d
o S
ul
São
Jo
sé d
o R
io P
reto
São
Jo
sé d
os
Cam
po
s
São
Pau
lo
Soro
cab
a
Tau
bat
é
Vo
lta
Red
on
da
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
34
Gráfico B.3. Gráfico de barras do Sexo por Grupo.
Gráfico B.4. Gráfico de barras da Escolaridade da criança por Grupo.
54
46
40
42
44
46
48
50
52
54
56
Feminino Masculino
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
0 0
78
16
7 2 1
64
28
6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Grupo 1 Grupo 2 1o Fundamental 2o Fundamental Ensino Médio
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
35
0
68
10
22
0 0 0
6
69
11
5 2
1
6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
DA PG TC SU PR MR FA
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
Gráfico B.5. Gráfico de barras da Escola por Grupo.
Gráfico B.6. Gráfico de barras da Escolaridade do pai da criança por Grupo.
29
71
20
80
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Particular Pública
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
36
Gráfico B.7. Gráfico de barras da Profissão do pai da criança por Grupo.
Gráfico B.8. Gráfico de barras da Escolaridade da mãe da criança por Grupo.
0
68
10
22
0 0 0
6
69
11
5 2
1
6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
DA PG TC SU PR MR FA
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
1
38
27
33
1 1
50
45
3 0
0
10
20
30
40
50
60
A EF EM ES PG
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
37
Gráfico B.9. Gráfico de barras da Profissão da mãe da criança por Grupo.
Gráfico B.10. Gráfico de barras de Tipo de residência por Grupo.
1
61
14
24
0 0 0 4
83
6 3
0 0 4
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
DA PG TC SU PR MR FA
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
81
19
0
48
20
31
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Alugada Própria Abrigo
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
38
Gráfico B.11. Gráfico de barras de Tipo de violência por Grupo.
Gráfico B.12. Gráfico de barras da faixa etária da criança por Grupo.
66
21
13
0
10
20
30
40
50
60
70
Física Sexual Física e Sexual
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Experimental
11
33 32
12
8
4
11
20 22
21
15
11
0
5
10
15
20
25
30
35
5|-7 7|-9 9|-11 11|-13 13|-15 15|-17
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
39
Gráfico B.13. Gráfico de barras da faixa etária do pai por Grupo.
Gráfico B.14. Gráfico de barras da faixa etária da mãe por Grupo.
2
5
19
30
21
15
5
1 1 0 0 0 0
7
29
20
22
9 9
2 1
0 1 1
0
5
10
15
20
25
30
35
20|-25 25|-30 30|-35 35|-40 40|-45 45|-50 50|-55 55|-60 60|-65 65|-70 70|-75 75|-80
Freq
uên
cia
rela
tiav
a %
Controle Experimental
0
13
30
25
18
9
3 1 1
0 0
4
15
35
20
15
5
3 1
0 0 0
0
5
10
15
20
25
30
35
40
20|-25 25|-30 30|-35 35|-40 40|-45 45|-50 50|-55 55|-60 60|-65 65|-70 70|-75
Freq
uên
cia
rela
tiva
%
Controle Experimental
40
Gráfico B.15. Box-plots dos Fatores do CDI por Estado e Grupo.
41
Gráfico B.16. Dot-plots dos Fatores do CDI por Cidade e Grupo.
42
Gráfico B.17. Box-plots dos Fatores do CDI por Sexo e Grupo.
43
Gráfico B.18. Dot-plots dos Fatores do CDI por Escolaridade da criança e Grupo.
44
Gráfico B.19. Box-plots dos Fatores do CDI por Escola da criança e Grupo.
45
Gráfico B.20. Dot-plots dos Fatores do CDI por Escolaridade do pai e Grupo.
46
Gráfico B.21. Dot-plots dos Fatores do CDI por Profissão do pai e Grupo.
47
Gráfico B.22. Dot-plots dos Fatores do CDI por Escolaridade da mãe e Grupo.
48
Gráfico B.23. Dot-plots dos Fatores do CDI por Profissão da mãe e Grupo.
49
Gráfico B.24. Box-plots dos Fatores do CDI por Tipo de residência e Grupo.
50
Gráfico B.25. Box-plots dos Fatores do CDI por Tipo de violência e Grupo.
51
Gráfico B.26. Gráfico de dispersão dos Fatores do CDI versus Idade da criança por Grupo.
52
Gráfico B.27. Gráfico de dispersão dos Fatores do CDI versus Idade do pai por Grupo.
53
Gráfico B.28. Gráfico de dispersão dos Fatores do CDI versus Idade da mãe por Grupo.
54
Gráfico B.29. Gráfico de dispersão dos Fatores do CDI versus Número total de irmãos por Grupo.
55
Gráfico B.30. Gráfico de dispersão dos Fatores do CDI versus Número de irmãos por Grupo.
56
Gráfico B.31. Gráfico de dispersão dos Fatores do CDI versus Número de irmãs por Grupo.
57
Gráfico B.32. Gráfico de dispersão dos Fatores do CDI versus IFVD por Grupo.
58
Gráfico B.33. Gráficos de Resíduos do Fator 1 de Regressão Linear Generalizado.
59
Gráfico B.34. Gráficos de Resíduos do Fator 2 do modelo 1 de Regressão Linear Generalizado.
60
Gráfico B.35. Gráficos de Resíduos do Fator 2 do modelo 2 de Regressão Linear Generalizado.
61
Gráfico B.36. Gráficos de Resíduos do Fator 3 de Regressão Linear Generalizado.
62
Gráfico B.37. Gráficos de Resíduos do CDI do modelo 1 de Regressão Linear Generalizado.
63
Gráfico B.38. Gráficos de Resíduos do CDI do modelo 2 de Regressão Linear Generalizado.
64
APÊNDICE C Modelos Ajustados
65
Modelo Ajustado C.1. Modelos ajustados finais para os fatores do CDI. Fator 1:
Fator 2: 1) Modelo 1.
2) Modelo 2.
Fator 3:
Modelo Ajustado C.2. Modelos ajustados finais para CDI. 1) Modelo 1.
66
2) Modelo 2.