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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ – CESUT
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
JOSÉ CARLOS DA SILVA NETO
GESTÃO DE PESSOAS E O USO DAS REDES SOCIAIS DIGITAIS
Jataí - GO
2016
JOSÉ CARLOS DA SILVA NETO
GESTÃO DE PESSOAS E O USO DAS REDES SOCIAIS DIGITAIS
Jataí - GO 2016
Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do curso de Administração, no Centro de Ensino Superior de Jataí. Orientadora: Ma. Vanessa Souza Lobato.
Dedico este trabalho à pessoa mais importante, por saber
reconhecer todas as minhas superações, todas as minhas batalhas
diárias, e o mais importante que é se fazer sempre presente com
apoio incondicional nas tomadas de decisões e com total
motivação para a continuação de todos os meus projetos. Dedico este trabalho a mim, José Carlos da Silva Neto.
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer a todas as pessoas que me apoiaram, motivaram e que mostraram
caminhos que puderam me trazer onde estou.
Primeiramente, gostaria de agradecer à minha mãe, Sirlei Gomes, pelo apoio e força
que sempre me passa, com seus gestos engraçados de carinho demonstrados por
xingamentos sinceros e abraços apertados. E também à minha avó, Julieta Gomes (in
memorian), que sempre mostrou-me a capacidade de ser alguém bom. Mostrou-me através
de exemplos que tudo que eu almejo está a meu alcance, que basta eu realmente querer e
isto se tornará motivação para agir.
Agradecer a meus amigos mais próximos, que acompanharam toda a minha
trajetória acadêmica, desde o vestibular até a escolha do tema desta monografia, sendo
eles: Diego Rodrigues, meu irmão de coração; Luciano Fernandes, meu fiel companheiro e
parceiro; meu grande amigo, conselheiro e primo de consideração, Paulo Mainardi; Marillia
Lima Costa e seu marido Kelvin Lima; Morgana Barbosa; meus colegas e companheiros de
sala, Joseph Thiago e Vladimero Neto; e por último, Paula Assis, uma grande amiga de
anos e que ajudou na correção deste trabalho.
A todos os meus colegas de sala, que se fizeram presentes nestes quase 4 anos de
curso e que, de alguma forma, com suas particularidades, ajudaram-me crescer.
Também, à minha amiga e coach, Mara Amorim, que desde o dia que nos
conhecemos, mostrou-me as vantagens de ser um administrador, inspirando-me a ser
melhor a cada dia, insistindo constantemente em dizer “Você é o melhor!”, mesmo eu não
concordando.
À Vanessa Lobato, por ser minha professora, coordenadora, orientadora, parceira
profissional e, além de tudo, amiga. Agradecer todos os puxões de orelha que me fizeram
acordar para a realidade, agradecer os conselhos, dicas, e as excelentes aulas aplicadas
durante o curso, e também as aulas indiretas que tive no dia-a-dia, só por estar perto desta
grande e maravilhosa pessoa.
Ao Centro de Ensino Superior de Jataí (CESUT), por proporcionar-me a
oportunidade de cursar a faculdade de Administração.
E, sem, mais delongas, a todos os que direta e indiretamente, fizeram parte da minha
formação, o meu sincero obrigado.
O maior risco é não correr nenhum risco. Em um mundo que muda rapidamente, a única estratégia que certamente falhará é não arriscar.
Mark Zuckerberg
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6
2. CAPÍTULO I ................................................................................................................. 8
2.1 APRESENTAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA PESQUISA REALIZADA .................. 8 2.2 PROBLEMA DA PESQUISA........................................................................................ 9 2.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 9 2.4 OBJETIVOS ............................................................................................................... 10 2.4.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 10 2.4.2 Objetivos Específicos .............................................................................................. 10 2.5 HIPÓTESES ............................................................................................................... 10 2.6 QUESTÕES E DISCUSSÕES ................................................................................... 10 2.7 METODOLOGIA ......................................................................................................... 11 2.7.1 Método de Abordagem ............................................................................................ 11 2.7.2 Técnicas de Pesquisa .............................................................................................. 11
3. CAPÍTULO II .............................................................................................................. 12
4. CAPÍTULO III ............................................................................................................. 17
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 21
6. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 22
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1. INTRODUÇÃO
Com a popularização do uso da internet, consequentemente houve um grande
avanço nas redes sociais, onde as pessoas conseguem instantaneamente interagir, trocar
informações, etc. De acordo com pesquisas, pessoas que têm acesso à internet gastam
20% do seu tempo em redes sociais, como o Facebook, Instagram, LinkedIn.
Segundo MARTELETO (2001), as redes sociais representam um ambiente de
comunicação e troca, que ocorre em diversos níveis, na qual a informação percorre toda a
rede. Mais claramente, redes sociais são grupos de pessoas que desenvolvem e mantêm
uma comunicação informal, normalmente acerca de interesses mútuos. A internet, como
meio de aproximação, faz com que a rede social digital consiga ter um maior alcance e uma
vasta rede de conteúdos disponíveis para os conectados.
Diante deste contexto, nos perguntamos, “até que ponto isto é saudável?”, pois
inserimos muitos reflexos das nossas vidas particulares no mundo digital, mostrando o
nosso verdadeiro “eu” impresso no interior, e muitas vezes fazendo com que outras pessoas
tenham conclusões preliminares, antes mesmo de conhecer-nos pessoalmente através de
postagens espontâneas.
Uma pesquisa classificou cinco tipos de redes sociais conforme usabilidade e
natureza de compartilhamento de conteúdos: Sites de relacionamento (Facebook, Linkedin
e Instagram); Blogues (Blogger e Wordpress) e Microbloggins (Twitter); Sites de
relacionamentos de mídias (YouTube e Flickr); Wikis (Wikipédia e Dokuwiki) e App’s de
mensagens instantâneas (Whatsapp, Snapchat e Messenger).
As redes citadas podem ser usadas para o uso pessoal ou profissional, dependendo
do foco abordado. No mundo atual, com a evolução tecnológica, não é prudente ficar
estático, quanto ao uso das redes sociais.
Quando a empresa/organização considera o uso destes meios, deve-se atentar que
os indivíduos estão cada dia mais conectados, surgindo assim, oportunidades de uma
otimização na área de comunicação e marketing comercial, principalmente na área de
gestão de pessoas.
As transformações estruturais que ocorrem no mundo e na sociedade provocam
profundas alterações na forma de relacionamento das organizações. Para sobreviverem e
tornarem-se competitivas no mundo globalizado, elas necessitam criar mecanismos que
auxiliem no processo de transformação e que permitam, em um contexto de redes de
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informações, maior integração com os diversos agentes envolvidos neste meio
(CARDOSO, 2006, p. 1128).
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2. CAPÍTULO I
2.1 APRESENTAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DA PESQUISA REALIZADA
Visando uma melhora no resultado das seleções, aumentando a velocidade de ação
e diminuindo os custos gerais, muitas empresas já estão optando pelo uso das redes
sociais, buscando informações muitas vezes ocultas nas entrevistas, que podem explicitar
características sociais, pessoais e psicológicas dos seus possíveis candidatos. Nos
Estados Unidos já se tornou uma tendência forte, onde um em cada cinco entrevistadores
entram no perfil do candidato ao contratar. Neste sentido, o Recrutamento e a Seleção de
Pessoal têm por objetivo prover pessoas capazes e motivadas que busquem cumprir a
missão da empresa e a estratégia proposta por ela (SCHERMERHORN et al., 1999) .
A rede social digital não deve ser o único meio para se tomar decisões na
contratação de um novo colaborador, sendo apenas um complemento de informações para
a contratação. Esta pode ser manuseada por qualquer pessoa, mas recomenda-se que o
profissional de RH faça a avaliação dos detalhes disponíveis na página do candidato e
assim tenha uma maior precisão de acerto na contratação. Uma pesquisa da empresa
ROBERT HALF, mostra que para 44% dos recrutadores, aspectos negativos inseridos nas
redes sociais seriam motivos suficientes para a desclassificação de um candidato no
processo de seleção. Um estudo da Jobvite aponta que um a cada três empregadores
eliminam diretamente, o candidato com base nas suas publicações em redes sociais.
Mas pensando pelo lado do candidato, as redes sociais podem ser maléficas para o
seu curriculum, pois podem demonstrar a falta de interesse com o verdadeiro compromisso
da empresa, e da mesma forma, podem ser benéficas demonstrando o contrário. Ribeiro
(2006) já define as redes informais de comunicação como sistemas que se autoconstroem,
conectam ou acoplam-se estruturalmente, através de pontos comuns com outros sistemas
internos e externos, realizando operações de comunicação no sistema social maior. Ou
seja, esta comunicação que há entre a empregadora e as redes sociais, já é um sistema
natural de cotidiano, tendo as análises dos perfis dos empregados não só na contratação,
mas também no convívio do colaborador enquanto está na empresa, verificando-se a
postura ética do mesmo, apenas pela análise de dados de suas redes sociais pessoais.
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2.2 PROBLEMA DA PESQUISA
Hoje está cada vez mais fácil a acessibilidade para novas informações, em sites
como Google e Facebook que possuem 18 e 12 anos de criação, respectivamente. Com o
avanço de novas tecnologias, aliadas aos meios de comunicação instantâneos, observa-se
a escassez de pesquisas que visam à utilização correta dos benefícios da internet.
Devido ao anseio de se ter resultado rápido em nossas obrigações do cotidiano usa-
se as redes sociais como entendemos, justamente pela falta de tempo e conhecimento
técnico na área, sendo este, na maioria das vezes um entrave para alcançar os objetivos
propostos em determinado seguimento no mercado de trabalho.
2.3 JUSTIFICATIVA
Estudos indicam que os percentuais de empresas que usam as redes sociais
crescem gradativamente, provando a necessidade da utilização destas para se permanecer
e aumentar o destaque no mercado. Aliado a esse crescimento, as empresas buscam
sempre as melhores posturas profissionais e pessoais em seus empregados, provocando
assim, um progressivo melhoramento na sociedade em geral.
De uma forma simplificada, o candidato estará sempre sendo avaliado, e a empresa
sempre estará antenada com as novas atualizações. E a melhor forma para se usar isto a
favor do candidato, é o próprio manter uma postura formal e profissional dentro e fora da
empresa, não dizendo que este deva ser uma pessoa “careta”, e sim uma pessoa natural,
sincera e condizente com o que o seu ramo de atuação necessita.
FABIANO KAWANO diz o seguinte, “a não participação em redes de relacionamento
profissional impede o profissional de ser visto em uma ferramenta utilizada por milhões de
pessoas no mundo. Consequentemente, ele pode perder oportunidades interessantes por
falta de exposição.”, às vezes, perde a oportunidade na própria empresa onde trabalha,
pois seus líderes não têm uma visão ampla de sua personalidade nas horas vagas, ou seja,
seu verdadeiro perfil, dados estes que são mostrados naturalmente pelas redes sociais
através de simples posts com frases, músicas ou até mesmo vídeos cômicos, e não pelo
contato profissional diário, que, dependendo da empresa, é um contato mais formal limitado
a emoções. E neste contexto você só consegue enxergar o lado profissional, o que ele
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produz, e não o que ele conseguiria produzir ou onde ele conseguiria chegar dependendo
do seu perfil pessoal e de seu desenvolvimento.
2.4 OBJETIVOS
2.4.1 Objetivo Geral
Determinar as vantagens e desvantagens do uso da rede social na área de gestão
de pessoas, como ferramenta de complementação curricular.
2.4.2 Objetivos Específicos
• Analisar vantagens e desvantagens da prática em pesquisa online;
• Verificar se há algum custo para a empresa;
• Pesquisar com possíveis candidatos a opinião sobre a postura da empresa ao
usar estes meios;
• Pesquisar a opinião das empresas em relação ao assunto (Verificar se as
organizações usam redes sociais na gestão de pessoas).
2.5 HIPÓTESES
As empresas usariam destes meios de comunicação se conseguissem enxergar
soluções nas ferramentas disponíveis através de grandes pesquisadores.
2.6 QUESTÕES E DISCUSSÕES
Diante do tema proposto, as principais questões a serem discutidas e dissertadas
são:
• Quando a empresa deve usar as redes sociais digitais, como forma de
complemento de informações para a contratação de um novo colaborador?
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• Como devem ser usadas estas redes sociais?
• Atualmente, quais são as melhores formas de analisar um perfil de usuário?
• É ético o uso desta prática?
• Qual a frequência de uso? Quais as opiniões sobre?
2.7 METODOLOGIA
2.7.1 Método de Abordagem
Os métodos abordados foram: hipotético-dedutivo, hermenêutico.
A pesquisa foi realizada a partir de fontes literárias e artigos digitais, considerando a
importância dos métodos citados no texto para as empresas, visando sempre uma
constante melhoria e evolução nos mercados empresariais.
2.7.2 Técnicas de Pesquisa
A técnica de pesquisa foi através de análises bibliográficas, sendo estas, obras
literárias e artigos disponibilizados em sites relacionados ao tema, INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA NA ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS, e também através de descrições
de profissionais da área.
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3. CAPÍTULO II
Conforme Marteleto (2001) considera, as redes sociais digitais são meios de
comunicação revolucionários que visam à interação mútua de pessoas com o mesmo
interesse, em busca da melhoria de comunicações com o intuito de terem uma resposta
imediata para seus questionamentos. Com a aplicação deste conhecimento à área de
Gestão de Pessoas, observa-se o surgimento de uma grande evolução tecnológica, que
visa à informatização dos meios de seleção e recrutamento.
Alguns fatos determinam requisitos necessários para ser um profissional de Gestão
de Pessoas, como por exemplo, empreendedor, inovador e até mesmo criativo. Com estas
novas implementações tecnológicas, deve-se estar antenado às mudanças constantes dos
parâmetros de avaliações por meios de interações sociais digitais.
Os profissionais precisarão ser cada vez mais criativos. Será preciso valorizar as
formas de organização que proporcionem condições para a criatividade e a inovação. As organizações deverão premiar as ideias bem-sucedidas e criar um clima em que não exista medo de inovar. As organizações que derem prioridade às punições pelos erros resultantes de inovações que não corresponderam ao esperado terão dificuldade em inovar e em vencer os competidores. É preciso aprender a aceitar o risco. As pessoas que, no longo prazo, tenderão a ser mais valorizadas são as que tiverem aptidões para empreender. Uma sociedade em mudança precisa de empreendedores. Para inovar, não basta ter uma ideia, é preciso transformá-la num projeto viável e implementá-lo. (LACOMBE, Francisco José Masset – Recursos Humanos: princípios e tendências – 2ª ed. p. 433 – São Paulo: Saraiva, 2011)
Consequentemente, com uma equipe de excelência há de se reduzir custos em
diversas áreas, fato este, que se aplica em qualquer tipo de empresa, seja ela pequena,
média ou grande. Um dos pontos a serem destacados é a utilização das redes sociais por
estes colaboradores, pois segundo Cardoso (2006) os meios de interação devem ser
alimentados de matérias úteis para o serviço determinado, e com este alto relacionamento
digital direto com o cliente final, pode se ter uma alta valorização da empresa pelo quesito
atendimento final e pós-vendas com eficiência.
Dados estes, que podem ser observados e computados em um SIRH (sistema de
informações de recursos humanos), não necessariamente digital, podendo ser manual,
contudo com seus objetivos intrínsecos ao objetivo da empresa, em busca do crescimento
mútuo e constante.
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O SIRH não precisa ser complexo. Ele pode ser informal como o livro de ponto e a folha de pagamento de uma pequena butique ou restaurante, ou extensivo e formal como os centros de processamento de dados das grandes indústrias, bancos e órgãos governamentais. O SIRH pode auxiliar o planejamento fornecendo informações sobre a oferta de pessoal e previsões de demanda; ajuda o processo de recrutamento e seleção com informações sobre igualdade no emprego, demissões e qualificações dos candidatos e dá apoio ao desenvolvimento com informações sobre igualdade no emprego, demissões e qualificações dos candidatos; apoia o desenvolvimento de informações sobre os custos dos programas de treinamento e o desempenho dos treinados. (Milkovich, George T. – Administração de Recursos humanos; tradução Reynaldo C. Marcondes. – 1ª ed. p. 505 – 11. Reimpre. – São Paulo: Atlas, 2013)
Com o SIRH implantado, pode-se ter um melhor acompanhamento dos funcionários
específicos buscando uma constante melhora. Lembrando-se que este sistema juntamente
com as redes sociais particulares de cada colaborador, podem fazer levantamentos de
informações importantes, como a índole do mesmo fora do ambiente empresarial, o
posicionamento social para com a comunidade, e assim, podendo levantar a ficha completa
do colaborador sabendo exatamente a sua melhor forma de indagação de trabalho e a
melhor alocação para o mesmo.
Grandes empresas sofrem com o deslocamento e perda de funcionários insatisfeitos
com o seu trabalho, justamente por não ter este acompanhamento, por não saber quem é
a pessoa por trás do profissional, e se realmente aquela área de atuação é a área em que
ele mais se identifica.
Não existe nada melhor do que você viver feliz executando um trabalho que goste,
que se sinta realizado. Em qualquer profissão é absolutamente necessário que haja uma felicidade interior para que esse trabalho seja perfeito e seu organismo trabalhe também em harmonia. “O trabalho deve ser realizado com espírito de veneração” – diz Napoleon Hill. O contrário é um desastre. A insatisfação no trabalho gera mal humor, elevação da pressão arterial, gastrites, insônia, dentre outras, porque vai permanentemente fazer com que o indivíduo viva em conflito consigo mesmo, inseguro, angustiado, não reconhecido muitas vezes, fazendo o que não gosta. Muita gente vive assim infelizmente. Observa-se o caso dos controladores de voo: responsabilidade imensa com vidas humanas em suas mãos, trabalhando com uma remuneração insignificante durante horas, ficando exaustos. Vejam também os jovens médicos residentes de todo o Brasil entrarem em greve, porque estão insatisfeitos com a falta de condições na execução de suas tarefas de grande responsabilidade na arte de curar o ser humano. Enfim, insatisfação no trabalho deles. (Dr. Hênio, Milton – A insatisfação no Trabalho – Gazeta Web – 2011)
E tudo isso, conforme colocado, deve-se à área de Gestão de Pessoas, que está
encarregada das contratações, sempre de acordo com o perfil dos participantes nos
processos de seleções com o perfil da vaga oferecida. Com o enfoque nas redes sociais
como meio de visualização e alcance dos profissionais, sempre buscam a inovação
constante, e também com métodos de análises periódicas de desempenho e satisfação.
Estas redes sociais on-line, como o Facebook, Instagram e Linked-In dão uma visão muito
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ampla do profissional, mostrando como é o “ser” do profissional, dado que influência em
muito no seu desenvolvimento pessoal e intrapessoal.
O chamado recrutamento 2.0 vem sendo muito utilizado pelos gestores de
recursos humanos para identificar perfis e informações que vão além do currículo tradicional. Por isso, para quem está em busca de novas oportunidades no mercado de trabalho, os canais digitais são excelentes ferramentas e servem como um cartão de visitas. Construir uma grande rede de relacionamentos e revelar características profissionais e pessoais pode garantir uma recolocação qualificada. Quem parece bem-sucedido no marketing pessoal acaba ganhando pontos com a equipe de gestão de pessoas nas organizações. (Matta, Villela, A utilização das mídias sociais na gestão de pessoas – sbcoaching.com.br - 2013)
Fábia Barros afirma que, a não participação de redes sociais, certamente dará a este
candidato certa desvantagem em relação aos outros concorrentes. “Não ser encontrado na
internet, um dos meios mais utilizados hoje pelas empresas, é uma maneira de o
profissional não ter a sua vida vasculhada, por outro lado, ele não terá nenhuma
notoriedade na principal plataforma de networking da atualidade.”
As redes sociais digitais vêm ganhando mais espaço a cada dia, mostrando meios e
caminhos mais simples e diretos, de uma forma muito fácil e barata. Logicamente, tem seus
pontos falhos, sendo a não credibilidade total nas informações ou até mesmo ocupar muito
tempo durante o expediente para conseguir simples informações, mas, atualmente os
pontos positivos vêm ganhando mais pontuação em comparação aos negativos.
A Jobvite, uma das maiores empresas de recrutamento dos Estados Unidos, ouviu
mais de 800 empresas ao norte de seu país, e segundo este estudo, 89% destas empresas
afirmam que usaram as redes sociais este ano para fazer recrutamento, 64% dizem que
usam 2 ou mais redes para selecionar candidatos e 65% afirmam que tiveram sucesso na
contratação por meio das redes e ainda 56% disse que acessou o perfil de candidatos em
potencial apenas no ambiente on-line, como mostra na figura 1.
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Figura 1: Gráfico ilustrativo referente à pesquisa da Jobvite.
Com relação às plataformas usadas, as que as empresas mais buscam talentos são:
Linked-In, Facebook e Twitter, e a Jobvite ainda confirma que quase todos os recrutadores
tinham perfis nestas redes sociais e ainda dá a dica de que os profissionais devem criar
vínculos nas redes sociais, para potenciais empregos.
Com esse vínculo criado, é mais fácil de criar um relacionamento aberto entre o líder
e o colaborador, podendo assim, conseguir uma maior cooperação do empregado para com
a empresa, e mais uma vez, visando o melhor resultado possível com um investimento
financeiro muito baixo.
“É importante um diálogo aberto, levando em contas as opiniões transmitidas e as
compartilhadas. Profissionais com boa relação com seus chefes geram resultados
positivos, propiciam desenvolvimento, reconhecimento, diretrizes claras e expectativas
alinhadas”, afirma Fátima Sanchez, gerente de desenvolvimento de pessoas da Personal
Service, empresa especializada em Facilities Management e Soluções em Gestão de
Recursos Humanos.
Os devidos levantamentos nos fazem crer que o recrutamento por meio de redes
sociais digitais é muito positivo, pois nos fornece uma maior amplitude na busca de
profissionais dedicados às áreas específicas, e possibilita criar novos vínculos de amizade
entre líder e colaborador, pois com a busca específica, há de se encontrar profissionais
com a mesma linha de raciocínio do líder, que busca e luta pelos mesmos ideais. Sendo
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uma grande vantagem neste aspecto as redes sociais digitais, pois nesta contratação, a
maior luta da área de Gestão de Pessoas não é somente contratar uma pessoa, e sim,
contratar um ideal parecido com o que você necessita em sua empresa, que arregace as
mangas e lute ao lado do líder para alcançar as metas.
Com este relacionamento interpessoal entre líder e colaborador, há também a
criação do encorajamento da participação nas tomadas de decisões dentro da empresa,
ajudando não só no crescimento da empresa, mas no crescimento pessoal. Processo que
cria uma mudança comportamental na empresa, que faz repensar todos os modelos de
gestão e visualizar todos os novos métodos de avaliações e descrições de cargos e
funções.
Inevitavelmente, as transformações e expectativas impostas pela Internet e as tecnologias de redes sociais vão obrigar as empresas a repensarem seus modelos formais de organização, não importando quão resistentes sejam estas às mudanças. Mas nada é insolúvel e imutável. As mudanças virão, embora de forma gradual, em resposta às crescentes pressões das novas tecnologias, dos novos hábitos sociais e pessoais e da chegada ao comando das empresas de executivos que vêm de gerações digitais. Portanto, é inquestionável, que embora não saibamos como serão as estruturas que definirão os modelos de autoridade e governança das organizações do futuro, sabemos que os modelos atuais não mais respondem adequadamente. (Taurion, Cezar – A Gestão de Pessoas nas empresas não pode ignorar as redes sociais – dezembro/2010 – cio.com.br)
Conforme colocado por CEZAR TAURION, as novas mudanças estarão
acontecendo gradativamente com as novas gerações. Mudanças benéficas que levarão o
estilo de gestão de empresas a outro patamar, incluindo todos os meios empresariais nesta
mudança, mas dando início na área de Gestão de Pessoas, podendo haver a opção de
escolha entre novas cabeças, dentro da geração digital, e/ou, profissionais estagnados a
modelos de gestões arcaicos.
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4. CAPÍTULO III
Para que o uso das ferramentas digitais seja satisfatório, o principal ponto é o uso
constante das redes sociais digitais. É importante que isso aconteça de forma espontânea
e direta, não só pelo perfil profissional, mas também pelo perfil pessoal, pois as novas
gerações Y e Z não tendem a vivenciar o trabalho apenas no horário comercial, e sim viver
a ideologia da empresa, fato este, que leva à importância da interação desde a contratação
até à vivência diária dentro da empresa.
Um entrevistado afirma a importância da rede social dentro do ambiente de trabalho,
diz facilitar o acesso a alguns tipos de informações e o consequente aumento de
interatividade entre os colegas de trabalho.
A atualização em tempo real diminuiu a distância que muitas vezes se constituía barreiras para os relacionamentos, amizades que se mantêm com o auxílio das redes sociais. Hoje temos a possibilidade de sermos muito bem informados, pois somos bombardeados com notícias, podemos escolher as fontes das nossas informações. (Ana Cavalcante – Como as redes sociais podem interferir na vida das pessoas? – 10/10/2011 – www.anacavalcante.net)
Alguns estudiosos perguntam se este uso constante é ético ou não. Em hipótese
posso dizer que é benéfico e consequentemente ético, não só para a empresa, como para
o colaborador, desde que não ultrapasse os limites do respeito comum e o respeito para
com os valores da empresa que representam, sejam eles do gestor, do colaborador ou da
empresa. A interatividade online é uma forma simples de trazer a proximidade aos
indivíduos de diferentes cargos ou funções. Ela encurta a distância entre as salas e entre
as pessoas. Por exemplo, um supervisor pode convidar um colaborador da classe operária
para assistir a um jogo de futebol, por ver em sua rede social pessoal que ambos torcem
pelo mesmo time, podendo, assim, aumentar a network e fidelizar os colaboradores a partir
da amizade que possa ser criada.
Participando de um processo seletivo para uma possível vaga de emprego realizada
por uma empresa goiana, analisei por meio de observações o método utilizado e pude
verificar a constância de perguntas pessoais como: “Qual sua religião e se é praticante”,
“Se tem o costume de ingerir bebidas alcoólicas, se sim: com qual frequência”, e perguntei
ao entrevistador qual a importância daquelas respostas, sabendo que ele fez a mesma
pergunta para todos os candidatos e ele me respondeu que seria para ver qual a
credibilidade das informações. As respostas em si poderiam não influenciar diretamente à
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vaga, mas ele iria analisar todos os perfis das redes sociais dos candidatos e verificar se
as respostas eram verídicas, com isso pode se ter um melhor resultado na análise e um
maior acerto na contratação.
Um fato isolado que deve ser levado em consideração é o uso das redes sociais em
horário de expediente, isto pode atrapalhar no rendimento e não trazer bons frutos para a
empresa, e ao mesmo tempo pode surgir oportunidades para verificar falhas no seu
processo gerencial. Já na área de Gestão de Pessoas, é interessante ter uma pessoa
responsável para esta análise, uma pessoa que consiga verificar nas entrelinhas o
verdadeiro sentido das postagens de seus colegas de trabalho, que consiga ver quais os
anseios dos mesmos e podendo até conseguir fazer agrados com baixo custo e um bom
nível de assertividade, como cartões de felicitações, chocolates, etc.
Com o colaborador já determinado, este deve acompanhar todas as rotinas nas
redes sociais dos colegas e passar para o gestor de pessoas os relatórios. Com isto
observa-se que o uso das redes sociais não deve ser apenas no momento da contratação,
e sim no dia-a-dia da empresa, que também pode ser útil no momento de um possível
desligamento de funcionário. O caso da Mayara Petruso, destaque no site Correio 24 Horas
de 06 fev. 2013, que perdeu o emprego e foi condenada pela Justiça Federal de São Paulo
por postar frases discriminatórias no Twitter para nordestinos em 2010 é um grande
exemplo do impacto das redes sociais nas tomadas de decisões, principalmente na questão
de postura ética dos colaboradores.
“A Ética de nossa sociedade e a Ética empresarial são inseparáveis, algumas vezes indistinguíveis. Nossas preocupações diárias com a eficiência, competitividade e lucratividade não podem prescindir de um comportamento ético.” (Carlos Martins, Jefferson et al. – Ética e relações pessoais no ambiente de trabalho – 2009 – batebyte.pr.gov.br)
Outro grande exemplo do que não fazer em redes sociais são as postagens
ilustrativas de desânimo ou críticas aos gestores e até às empresas, como mostra as figuras
2, 3 e 4.
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Figuras 2, 3 e 4: Postagens ilustrativas de desânimo ou críticas aos gestores e às empresas. Fonte: Google web
Mesmo estas imagens sendo uma sátira descontraída do dia-a-dia, pode ocorrer
uma possível falha na comunicação e o gestor aceitar como insatisfação do cargo ou
função, e como as empresas buscam profissionais que possam gerar o melhor resultado
possível estas atitudes em redes sociais podem desfavorecer a postura profissional. Ou
também as postagens pode ser vistas como um termômetro da satisfação de como está
sendo a administração do atual gestor, podendo usar isto a favor em busca de melhorias
na colocação e distribuição de tarefas e funções.
Outros fatos que podem influenciar e até prejudicar o colaborador são: fotos
sensuais; postagens de assuntos sigilosos da empresa; fotos que possam denegrir a
própria imagem como em uma que possa parecer que esteja embriagado; fotos constantes
com um grupo seleto de colegas de trabalho, que possa causar ciúmes em outros colegas;
adicionar todos os novos colegas mesmo sem ter intimidade; discussão de assuntos
polêmicos como política e religião; falar mal de empregos e chefes anteriores; e por último,
cometer erros de português, por mais que a linguagem das redes sociais sejam informais
isso não significa que deve-se esquecer das regras gramaticais ou usar palavrões.
Em uma citação de Giuliana Tranquilini, sócia de uma empresa de recrutamento e
seleção por meios de redes sociais a Be! Better People, diz que o profissional deve saber
expor quem ele verdadeiramente é, mas de forma coerente e ética. “As pessoas falam que
existe a vida nas redes sociais e a vida real. Não, tem de ser uma coisa só. Não crie um
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perfil daquela pessoa que você gostaria de ser. Aproveite as redes sociais para mostrar os
seus valores”.
Para as empresas as regras não são muito diferentes, deve-se manter uma postura
coerente com seu perfil, que tenha postagens voltadas apenas para opiniões profissionais
do seu ramo de atividade e que não invada a área de atuação de outras empresas. Além
disso, não deve fazer postagens de imagens de seus colaboradores sem o consentimento
dos mesmos, sabendo que isso pode gerar constrangimento, não só no ambiente interno
como no externo, como também postagens que tragam envolvimento entre clientes e
funcionários.
Este modelo se aplicado consegue gerar um envolvimento natural, podendo atrair
novos clientes e pessoas que se interessam pelo perfil da empresa.
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5. CONCLUSÃO
As redes sociais digitais apresentam versatilidade, tendo vantagens não só para
admissões e demissões, mas também para o maior engajamento dos colaborares para com
a empresa, através da melhora da comunicação e assertividade de possíveis agrados.
Tendo este engajamento de forma espontânea, há de se entender que a empresa é
bem vista para com a sociedade, impressão que se dá a partir dos próprios internos que
movimentam diariamente o nome empresarial. Ato importante para aumentar a
credibilidade da empresa e do próprio colaborador.
A maioria das empresas de pequeno porte não possui uma área de gestão de
pessoas fixada deixando as funções a cargo do gestor geral, fato relevante que dificulta a
pesquisa.
Este trabalho tem grande relevância para o meu desenvolvimento pessoal e
profissional, levando em consideração a minha alta frequência de uso de redes sociais
digitais como usuário padrão e um potencial empresário, onde pude conhecer melhor a
postura correta que se deve ter no meio, além de ter me permitido desenvolver competentes
análises de perfis digitais a partir de dados simples.
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6. REFERÊNCIAS
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