CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA...

32
1 CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABEL PLANO DE TRABALHO 2015

Transcript of CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA...

Page 1: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

1

CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABEL

PLANO DE TRABALHO

2015

Page 2: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

2

PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I - Rede particular conveniada

II - Nome da entidade: Fundação Julita

Endereço: Rua Nova do Tuparoquera, 249 - CEP 05820-200 Jardim São Luís - São

Paulo.

III - Nome da unidade: CEI Maria Izabel

Endereço: Rua Nova do Tuparoquera, 249 - CEP 05820-200.

Jardim São Luís - São Paulo

Telefone: (11) 5853-2050 Ramal 110

(11) 58532051

IV - Breve Histórico: A Fundação Julita é uma organização não Governamental, fundada

em 1952, pelo Sr. Antonio Manoel Alves de Lima, cujo principal objetivo visa à integração

do menor e sua família na sociedade. De acordo com o estatuto, a entidade tem como

missão atender crianças, jovens e famílias em situação de vulnerabilidade social, por meio

de ações socioeducativas que promovam o exercício da cidadania. Instalada em uma antiga

fazenda de café, com uma área de 47mil m², possui 2 mil m² de mata nativa e 16 mil m² de

área utilizada, dividida em espaços de lazer, educação, cultura e saúde. A Fundação Julita

atende cerca de 1100 pessoas, diariamente, em seus programas.

V- O número de crianças a serem atendidas será 333 crianças na faixa etária de 0 a 3 anos,

sendo 126 crianças de berçários.

Page 3: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

3

Ficando da seguinte maneira os agrupamentos:

VI – Valor mensal Custo mensal previsto para o ano 2015 R$155.820,00 – Quadro de Recursos Humanos

Anexo

SALA

Medidas Salas ÁREA

TURMA QTDE. ALUNOS 1 6.10X5.00 30.50 MI G 10 2 7.20X6.20 44,64 BII D E F 27 3 7.20X6.20 44,64 BII G H I 27 4 7,20X6,00 43,20 BII J K L 24 5 7,20X6.10 43,92 MI A B 24 6 7,20X600 43,20 MI C D 24 7 7,20X600 43,20 MI E F 24 8 6,20X6,00 37,20 MII E 25 9 6,10X6,00 36,60 MII A 25

10 6,90X4,56 31,46 MII B 25 11 7,00X4,56 31,92 MII C 25 12 6,94X4,53 31,44 MII D 25 13 7,10X4,40 31,24 BII A B C 27 14 7,20X4,80 34,56 BI A B C 21

Page 4: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

4

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIDADE EDUCACIONAL

Competências e atribuições dos cargos/funções CARGO / FUNÇÃO COMPETÊNCIAS/ ATRIBUIÇÕES Diretor A função do Diretor do CEI é entendida

como a gestão do funcionamento geral do CEI, de acordo com as diretrizes da Fundação Julita e da Política Educacional do Município de São Paulo, respeitando a legislação em vigor.

Coordenador Pedagógico A função do Coordenador Pedagógico é entendida como o agente integrador e articulador das ações pedagógicas e didáticas desenvolvidas no CEI Maria Izabel, de acordo com as diretrizes da Fundação Julita e da Política Educacional do Município de São Paulo, respeitando a legislação em vigor.

Professor de Desenvolvimento Infantil / Auxiliar de Desenvolvimento Infantil

O Professor de Desenvolvimento Infantil/ Auxiliar de Desenvolvimento Infantil deve ser entendido como agente do processo planejado de intervenções diretas e contínuas entre a experiência vivificada do educando e o saber sistematizado, tendo em vista a apropriação, construção e recriação de conhecimentos pelos educandos e o compromisso assumido com o conjunto do CEI Maria Izabel, através da participação em ações coletivamente planejadas e avaliadas, de acordo com as diretrizes da Fundação Julita e da Política Educacional do Município de São Paulo, respeitando a legislação em vigor.

Auxiliar Administrativo Atendimento ao público, Inscrição das crianças, matrícula das crianças, acompanhamento da freqüência das crianças, organização dos módulos, manutenção do sistema on-line da Prefeitura.

Auxiliar de Limpeza Executar atividades de limpeza geral dos espaços, materiais, mobiliários e vestuários, propiciando condições sanitárias básicas que possam contribuir para a saúde das crianças

Page 5: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

5

e funcionários do CEI. Cozinheira Promover condições sanitárias básicas no

preparo de alimentação necessária ao desenvolvimento sadio das crianças

Auxiliar de Berçário

Auxiliar de Berçário deve ser entendido como agente de intervenções diretas e continuas do trabalho pedagógico, ajudar o em questões do dia-a-dia, auxiliar na elaboração e ministração de atividades, atuar com cuidados e estímulo de bebês e crianças.

Auxiliar de Cozinha Auxiliar no provimento de condições sanitárias básicas e no preparo de alimentação necessária ao desenvolvimento sadio das crianças

Professor de Desenvolvimento Infantil / Auxiliar de Desenvolvimento Infantil – Volante

O Professor de Desenvolvimento Infantil/ Auxiliar de Desenvolvimento Infantil – Volante - deve ser entendido como agente do processo planejado de intervenções diretas e contínuas entre a experiência vivificada do educando e o saber sistematizado, tendo em vista a apropriação, construção e recriação de conhecimentos pelos educandos e o compromisso assumido com o conjunto do CEI Maria Izabel, através da participação em ações coletivamente planejadas e avaliadas, de acordo com as diretrizes da Fundação Julita e da Política Educacional do Município de São Paulo, respeitando a legislação em vigor.

Vigia / Auxiliar de Manutenção Realiza manutenção preventiva e recepciona os pais, comunidade e visitantes.

VIII. Calendário Anual de Atividades

Mês Processo

Janeiro FériasColetiva/ControledePragas/limpezadacaixadeágua.Fevereiro Reuniãoderecepçãodepais/adaptaçãodasCrianças/FestadeCarnaval

Paradapedagógica.Março ParadaPedagógica/RevisãodosPlanosdetrabalhoAbril Paradapedagógica/FamílianaEscolaMaio ReuniãodePais/Paradapedagógica/AvaliaçãoInstitucionalJunho Paradapedagógica/festaJunina/Passeioexterno/controledepragas/limpeza

dacaixadeágua/DiscussãoeElaboraçãodoPlanodeAção

Page 6: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

6

Julho Paradapedagógica/Analisedosregistros/Recesso/AvaliaçãoeReelaboaçãodosPlanosdeTrabalho

Agosto ReuniãodePais/Paradapedagógica/Setembro Paradapedagógica/Passeioexterno/FestadaPrimaveraOutubro SemanadasCrianças/Paradapedagógica/FamílianaEscola.Novembro ReuniãodePais/paradapedagógica/MostraCultural/PasseioExterno.Dezembro AvaliçãodoAno/ParadaPedagógica/IntegraçãoFamiliar

IX. PROJETO PEDAGÓGICO a) Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil A Escola de Educação Infantil deverá elaborar e executar seu projeto pedagógico considerando os fins e objetivos da Educação Infantil, que consta na LDB (LEI DE DIRETRIZES E BASES nº 9394/96), Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil, Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil e Diretrizes Operacionais para a Educação Infantil. Art. 29 da LDB: A Educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. b) Objetivos Gerais da Educação Infantil (do Referencial Curricular de Educação Infantil) A prática da educação infantil deve se organizar de modo que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades: Desenvolver uma imagem positiva de si atuando de forma cada vez mais

independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações. Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus

limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidados com a própria saúde e bem estar.

Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação.

Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais. Respeitando e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração.

Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade. Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades. Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, oral e escrita), ajustando as

diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender a ser compreendido, expressar suas ideias sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados.

Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a ela e valorizando a diversidade.

Page 7: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

7

c) CONCEPÇÃO CONCEPÇÃO DE CRIANÇA E DESENVOLVIMENTO INFANTIL A criança é um ser em desenvolvimento, um cidadão em construção, é inteligente e ativa. A criança exercita sua curiosidade perguntando, observando, agindo sobre objetos, sobre o meio, com outras pessoas, descobrindo, desenvolvendo-se, construindo o saber. A criança 0 a 3 anos possui necessidades, características e potencialidades que precisam ser identificadas, reconhecidas e incorporadas no projeto pedagógico. É preciso considerar a criança enquanto indivíduo, membro de um grupo que interage, se relaciona, brinca, coopera, participa etc. A concepção de desenvolvimento infantil e de aprendizagem considera a importância dos aspectos biológico e social, mas entende que eles não podem ser separados: ambos interferem e contribuem para o processo de desenvolvimento da criança. Esta concepção de desenvolvimento entende a aquisição de conhecimentos como uma construção permanente, que se estabelece através da interação da criança com os objetos, com outras crianças, com os adultos e com o ambiente. A criança aprende fazendo, experimentando, acertando e errando. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL Concebemos o Centro de Educação Infantil como uma instituição educacional onde a criança tem direito à brincadeira individual e coletiva, afeto, ambiente seguro e desafiante, higiene, alimentação saudável, espaço para o desenvolvimento das suas capacidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais, à convivência com crianças de diferentes idades, à expressão de sentimentos e ao desenvolvimento de sua identidade cultural e social. Na Fundação Julita, especificamente no CEI MARIA IZABEL, por ocasião da inserção das crianças e famílias, é bastante valorizado o trabalho com a construção da identidade, buscando conhecer a história de cada família, respeitar as diferenças de sexo, raça, religião, bem como a identidade de cada grupo de crianças e funcionários. Quem são os educadores e funcionários? Quais suas origens e formação? Quais os passatempos prediletos? Quem são os pais? De onde vieram? Trabalham com o quê? Moram em que região da cidade? O que gostam de fazer? Qual é a comida predileta? Onde preferem passear? Essas informações ajudam a refletir sobre a educação infantil: Quais são as necessidades de cada faixa etária? O que vamos fazer com cada grupo de crianças? Quais brinquedos, objetos e livros devemos utilizar? Onde iremos passear? O que devemos e podemos promover? Nosso CEI é um espaço rico em aprendizagens, considerando os processos de ensinar e aprender como construção de conhecimentos necessários para que os educandos, gradativamente, possam ter consciência de seu papel como sujeito histórico, autor da sua história e capaz de transformar a sociedade. Acreditamos em um contexto educativo de integração e socialização, envolvendo escola, famílias e comunidade do entorno, sempre aberta ao diálogo.

Page 8: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

8

É de fundamental importância oferecer um espaço físico agradável, prazeroso, que possibilite a criança desenvolver todos os seus aspectos, seja, afetivo, cognitivo, social e físico. CONCEPÇÃO DE EDUCADOR O Educador define-se como um mediador, pesquisador, articulador dos processos de aprendizagem, constantemente trocando experiências e em permanente formação (formação continuada). É o sujeito que prioriza a observação da criança e o conhecimento da sua realidade, adaptando a ela a sua prática pedagógica. Respeita e valoriza a bagagem de conhecimento trazida pela criança, seu ritmo de desenvolvimento, suas potencialidades, suas dificuldades provisórias, suas habilidades, desafiando-a para a construção da autonomia e do conhecimento, estimulando o pensar, o raciocinar, o criar/recriar e a enfrentar seus limites. O processo da auto avaliação é fundamento para um trabalho dinâmico, rico, coerente e eficaz. O educador reflexivo, portanto, assume uma postura mais dialógica, considerando o pensar, o agir e o sentir das crianças, de modo a garantir sua liberdade de expressão, compreendendo os limites necessários ao seu desenvolvimento. “Os primeiros anos de vida são fundamentais para acreditar ou não no mundo. As crianças que se sentem queridas desenvolvem uma percepção positiva de vida, confiam em si mesmas e nos demais, são otimistas e a ideia de que realizarão seus sonhos sempre as acompanham.” Eric Erikson CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE Carregada de uma dimensão histórica, de produções humanas, das relações estabelecidas entre o homem e o ambiente e também entre o homem e ele mesmo, num processo dialético, de movimento constante. Pode-se definir, então, que sociedade é a forma como o homem tem se organizado num determinado tempo e espaço. Esse tempo e espaço são constituídos por um conjunto de fenômenos naturais e sociais indissociáveis, envolvendo todos os aspectos da vida humana, inclusive as relações estruturais sustentadas pela força do trabalho humano. Em suma, ao repensar a sociedade sempre em movimento é preciso repensar as práticas pedagógicas de maneira que esta favoreça o desenvolvimento da cidadania e de um indivíduo ativo, crítico e reflexivo, necessário ao mundo contemporâneo. d) CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO E DA CLIENTELA A região onde fica localizada o CEI possui alguns estabelecimentos comerciais (farmácias, padarias, locadoras, entre outros), escolas públicas e particulares para Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio. Há ainda três unidades da UBS (Posto de Saúde), sendo que a unidade São Luís é a mais próxima. As imediações da escola são servidas por linhas de ônibus. Na região há uma disparidade social muito grande, os usuários atendidos são predominantemente de alta vulnerabilidade social. Em pesquisas realizadas, foram

Page 9: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

9

levantados vários dados a respeito da clientela escolar atendida que serão parâmetros para o trabalho a ser desenvolvido nesse Projeto Pedagógico. e) REGIME DE FUNCIONAMENTO Calendário Escolar

Mês Processo

Janeiro FériasColetiva/ControledePragas/limpezadacaixadeágua.Fevereiro Reuniãoderecepçãodepais/adaptaçãodasCrianças/Paradapedagógica.Março ParadaPedagógica.Abril Paradapedagógica/ReuniãodePais.Maio Paradapedagógica/IntegraçãoFamiliar/Passeioexterno.Junho Paradapedagógica/festaJunina/controledepragas/limpezadacaixadeáguaJulho Avaliaçãodosemestre/Paradapedagógica/Recesso.Agosto ReuniãodePais/Paradapedagógica/PasseioexternoSetembro Paradapedagógica/Outubro SemanadasCrianças/Paradapedagógica/Integraçãofamiliar.Novembro ReuniãodePais/paradapedagógica/MostraCultural/PasseioExterno.Dezembro AvaliçãodoAno/ParadaPedagógica/FamílianaEscola HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO O CEI Maria Izabel atende crianças entre 0 a 3 anos, distribuídas nos seguintes grupos:

1. Berçário I 0 ano 2. Berçário II 1 anos 3. Mini Grupo I 2 anos 4. Mini Grupo II 3 anos

*Período de atendimento diário: 10 horas (das 7h30 ás 17h30) *Meses de funcionamento: De fevereiro à dezembro *Período de férias coletivas: Janeiro (30 dias) *Suspensões de atividade: Uma vez por mês, para realizarmos a Formação Pedagógica e Avaliação do Plano de Trabalho. *Horários de atendimento ao público: De segunda a sexta-feira, das 9h - 11h e das 13h - 15h30 (preferencialmente). *Horários de trabalho/almoço de pessoal

Page 10: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

10

f) ESPAÇO FÍSICO, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS. O espaço físico do CEI foi pensado de maneira a atender as necessidades reais da creche, levando também em consideração fatores como conforto, praticidade e segurança. O CEI conta com as instalações descritas no quadro abaixo:

AMBIENTE ATIVIDADES PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIO

SALAS DE AULA (14 salas)

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS

ARMÁRIOS E Colchonetes MESA /CADEIRA PROFESSOR MESA /CADEIRAS ALUNOS

REFEITÓRIO REFEIÇÕES PARA AS CRIANÇAS

MESAS DE FORMICA E CADEIRAS DE FORMICA

ALMOXARIFADO PEDAGÓGICO

ARMAZENAR MATERIAIS PEDAGÓGICOS E DE PAPELARIA

ESTANTES E PRATELEIRAS

ÁREA VERDE RECREAÇÃO

FAZENDINHA, TRILHA ECOLÓGICA, BOSQUE, GRAMADO, POMAR

BANHEIRO FEMININO INFANTIL

HIGIENE E ASSEIO DAS CRIANÇAS QUE POSSUEM AUTONOMIA DE LOCOMOÇÃO

VASOS SANITÁRIOS, LIXEIRAS TROCADOR E CUBA

BANHEIRO MASCULINO INFANTIL

HIGIENE E ASSEIO DAS CRIANÇAS QUE POSSUEM AUTONOMIA DE LOCOMOÇÃO

VASOS SANITÁRIOS LIXEIRAS, TROCADOR E CUBA

VESTIARIO FUNCIONÁRIOS

HIGIENE E ASSEIO PARA OS ADULTOS

VASOS SANITARIOS, LIXEIRAS, ARMÁRIOS E BANHEIRO, ESPELHO

COZINHA E DESPENSA PREPARO E DISTRIBUIÇÃO DAS REFEIÇÕES

ARMÁRIOS, FOGÃO, REFRIGERADOR / FREEZER, , UTENSILIOS DIVERSOS E ELETRODOMÉSTICOS DIVERSOS

LACTÁRIO

PREPARO E DISTRIBUIÇÃO EXCLUISO DAS REFEIÇÕES DOS BERÇARIOS

ARMÁRIO, FOGÃO, GELADEIRA, UTENSILIOS DIVERSOS

CENTRO DE SAÚDE/ENFERMARIA

CONTROLE DA MEDICAÇÃO ATENDIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS

BALANÇA, ARMÁRIOS, CADEIRA MACA E MESA

Page 11: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

11

PLAYGROUND RECREAÇÃO ORIENTADA OU LIVRE

ESCORREGADOR, GIRA - GIRA CASINHA, BALANÇO, BALDES/PÁS DIVERSOS BRINQUEDOS DE AREIA

FAZENDINHA/POMAR

ATIVIDADES PEDAGOGICAS E RECREAÇAÕ ORIENTADA PELA EQUIPE AMBIENTAL.

ANIMAIS VACIANDOS E AVALIADOS POR VETERIANRIA: PAVÃO, VACA, CAVALO, OVELHA, PATO, GALINHA D’ANGOLA E GALINHA, COELHO; ARVORES FRUTIFERAS E VEGETAÇÃO MATA ATLÂNTICA

RECEPÇÃO/SALA DE AUXILIAR ADMINISTRATIVO

ATENDIMENTO AO PÚBLICO INSCRIÇÕES, MATRÍCULAS, ATIVIDADES DE SECRETARIA

MESAS, CADEIRAS, ARMÁRIOS TELEFONE E COMPUTADOR, VENTILADOR

SALA DE DIREÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL (ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E FUNCIONAIS)

MESA, CADEIRAS, TELEFONE ARMARIO E COMPUTADOR, VENTILADOR

SALA DE COORDENAÇÃO

COORDENAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS

ARMÁRIO, MESA, CADEIRA TELEFONE E COMPUTADOR, VENTILADOR

g) Plano de Adequação de Infraestrutura O CEI Maria Izabel atende aos padrões básicos da Lei Municipal 11.228/92 constituindo: Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras e edificações, dentro dos limites dos imóveis; revoga a Lei no 8.266, de 20 de junho de 1975, com as alterações adotadas por leis posteriores, e dá outras providências.

I – Unidade Sócio-Pedagógica 5 Berçários 12 Salas de atividade 2 Solários 1 Refeitório 1 Parque externo 1 Área externa para recreação 1 Fazendinha

Page 12: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

12

II – Unidade de Assistência 9 Sanitários 5 Fraldários 1 Cozinha 1 Lactário III – Unidade de Serviço 1 Área de Serviço 2 Sanitários para Adultos 1 Deposito de Lixo IV – Unidade Técnica 1 Recepção/Administração 1 Sala de Direção 1 Sala de Coordenação Pedagógica 1 Almoxarifado 1 Despensa 1 Depósito de Materiais de limpeza 1 Sala dos educadores

Page 13: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

13

ETAPAS / FASES DE EXECUÇÃO

ETAPAS

FASES/ATIVIDADES

ÉPOCA

14 Salas de Aula Banheiros/Fraldários Parque de Arei Dispensa de alimentos Refeitório Área externa/ entrada do CEI Aquisição Lactário Lavanderia

Pintura, manutenção de vidros e portas, reparos em estação elétrica Readequação de pias, Torneira e trocador; Adequação e melhoria Prateleiras e pisos Adequação e melhoria Reparo em alambrados e grades Adquirir 7 Aparelhos de som e 3 câmeras fotográficas, para uso pedagógicos em atividades internas e externas. Tais como ampliar possibilidades em sala de aula com músicas e registros das atividades; Manutenção de utensílios Manutenção e adequação do espaço

Toda manutenção será feita em Julho/Dezembro Reparos e manutenções no decorre do ano; Julho/Dezembro Julho/Dezembro Julho/Dezembro Dezembro Julho Julho

EXECUÇÃO

ATENDIMENTO PROVIMENTO DE SUPRIMENTOS MANUTENÇÃO DO PRÉDIO E BENS ROTINAS PEDAGÓGICAS ROTINAS ADMINISTRATIVAS OUTRAS

Diário Semanalmente materiais perecíveis e mensalmente materiais não-perecíveis Diariamente Sempre que necessário Todos os dias letivos Todos os dias letivos

AVALIAÇÃO

DIAGNÓSTICO COM A COMUNIDADE AJUSTE DO PROJETO PEDAGÓGICO APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS PARA A COMUNIDADE

Nas reuniões de pais Na reunião dos educadores e reuniões de avaliação Festas, eventos, reuniões de pais, mostra cultural.

Page 14: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

14

h) ORGANIZAÇÃO DE GRUPOS E RELAÇÃO EDUCADOR/CRIANÇA Nossa concepção de educação considera a organização do tempo e do espaço proposto para as crianças como um dos eixos de trabalho: a valorização da interação no processo de aprendizagem. A interação das crianças de uma mesma idade e de faixas etárias diferentes constitui-se em parcerias extremamente ricas ao desenvolvimento infantil, uma vez que propicia a troca de experiências, de pontos de vista e de valores. Assim, dependendo da maneira como se concebe e se organiza os diferentes ambientes da instituição essas interações podem ocorrer com maior ou menor qualidade; com maior ou menor integração. Desta forma os ambientes internos e externos do CEI MARIA IZABEL são organizados possibilitando interações entre as crianças, promovendo autonomia com segurança. Também os objetos, jogos e brinquedos são pensados para os quatro segmentos (BI, BII, Mini GrupoI e Mini GrupoII): distribuídos nas salas, pátios e jardins, ao alcance dos pequenos. A estruturação dos ambientes externos, com mesas e bancos debaixo das árvores, parque com brinquedos a fauna e a flora, animais da nossa fazendinha facilitam o desenvolvimento afetivo, social e cognitivo das crianças. O processo educativo na Educação Infantil também irá buscar a interação entre diversas áreas de conhecimento e aspectos da vida social, como conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores, acontecendo em um contexto em que cuidados e educação se realizem de maneira prazerosa, harmônica, lúdica, onde as brincadeiras espontâneas, os jogos, as danças, canto, o uso de materiais, o contato com os elementos da natureza, as múltiplas formas de comunicação, expressão, criação e movimento e as experiências dirigidas que exigem o conhecimento dos limites e alcance das ações das crianças e dos adultos sejam contemplados. Explorando em grupo as rotinas de maneira à: Incentivar a convivência entre as crianças de todos os grupos do CEI; Favorecer o desempenho dos diversos papéis das crianças no grupo (ajudante,

propositor de brincadeiras, ouvinte...) ; Permitir a iniciativa pessoal e grupal; Criar condições para que as crianças mais velhas convivam com as mais novas,

através de brincadeiras e de cuidados dos menores pelos maiores, incluindo os demais programas da Fundação Julita (6 a 18 anos, terceira idade);

Permitir que as crianças explorem e descubram o espaço do CEI e da Fundação de maneira adequada, segura, com limites, orientados e acompanhados pelos adultos/educadores, para que elas se descubram livres, mas não abandonadas, com objetivo claro, planejado para as crianças e não de forma descontextualizada ou improvisada.

Explorar possibilidades através da suas próprias curiosidades e dos fenômenos do próprio ambiente.

DEMONSTRATIVO DE ORGANIZAÇÃO

SALA AGRUPAMENTO IDADE Nº CRIANÇAS

PROFESSOR RESPONSÁVEL

1 Berçário I A 0 ANOS 7 Glaúcia Cristina da Costa 1 Berçário I B 0 ANOS 7 Eliana Rufino dos Santos 1 Berçário I C 0 ANOS 6 Kalidiane Silva Arruda

Page 15: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

15

2 Berçário II - A 1 ANOS 9 Francimary Souza Martins 2 Berçário II - B 1 ANOS 9 Tatiana Laurentino Cordeiro 2 Berçário II - C 1 ANOS 9 Gilvana Gomes Pereira 3 Berçário II – D 1 ANO 9 Maura Souza Castro 3 Berçário II – E 1 ANO 9 Michele Matos Fonseca 3 Berçário II – F 1 ANO 8 Monica Aparecida de Souza 4 Berçário II – G 1 ANO 9 Carolina Regina dos Santos 4 Berçário II – H 1 ANO 9 Katia Batz Conversani 4 Berçário II- I 1 ANO 9 Rosangela da Silva Costa 5 Berçário II – J 1 ANO 9 Rejane Guedes Praxedes 5 Berçário II – K 1 ANO 9 Gabriela de Oliveira Silva 5 Berçário II – L 1 ANO 9 Priscila de Andrade Ferreira 6 Mini Grupo I – A 2 ANO 12 Claudete Rodrigues Carvalho 6 Mini Grupo I – B 2 ANO 12 Elisangela Ap A. Pereira 7 Mini Grupo I – C 2 ANO 12 Amanda da Silva Santos 7 Mini Grupo I – D 2 ANO 12 Luciana Dutra Lopes 8 Mini Grupo I– E 2 ANO 12 Karina Guilhermina da Silva 8 Mini Grupo I – F 2 ANO 12 Raquel Andrade Pereira 9 Mini Grupo I – G 3 ANO 12 Viviane Cristina Rosa Silva 10 Mini Grupo II – A 3 ANO 25 Eunice Araújo da Fonseca 11 Mini Grupo II – B 3 ANO 25 Regiane Cavalcanti Soares 12 Mini Grupo II – C 3 ANO 25 Ângela Chaves dos Santos 13 Mini Grupo II – D 3 ANO 25 Juliana Arcanjo Ferreira 14 Mini Grupo II – E 3 ANO 25 Cristiane Alexandre Nogueira

VOLANTES Rosangela Aparecida de Souza Daniela Souza Silva Leila Bacelar Alves Ana Barbosa Neta Maria Gesilda de Oliveira Araújo Ladjane Maria dos Santos Ivonete de Souza e Silva Roseli Bastos Gomes Cordeiro Flavia (auxiliar Berçário A contratar Graciele (auxiliar Berçário)

Observação: 7 Educadoras Volantes

OBS: Na observação da lei, são 70 crianças para uma volante diante do nosso quadro de 333 que nos da direito a cinco educadoras, e para garantir a segurança das nossas crianças mantemos um quadro de nove volantes e duas auxiliares de Berçários apoiando o desenvolvimento pedagógico e a segurança das crianças atendidas nesta unidade escolar possibilitando assim cobertura das salas na entrada saída e horários de almoço. Assim como a necessidade de mais um componente no quadro de auxiliar de limpeza, para que possamos garantir a higiene do espaço internos das salas de aula e espaços externos ao CEI, uma vez que a Unidade é organizada com 14 salas de aula e diversos espaços de recreação para os alunos.

Page 16: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

16

ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DE TRABALHO JUNTO ÀS CRIANÇAS

O COTIDIANO No cotidiano ocorrem cenas que levam a educadora a definir estrategicamente oportunidades de cuidar e educar a criança de forma simbólica e criativa, indo ao encontro da realidade de cada um, promovendo bem estar e bom desenvolvimento das atividades do dia a dia. É fundamental que exista um roteiro a ser seguido, pois a rotina situa a criança no tempo e espaço, dando-lhe segurança. A rotina básica deve prever o aconchego na hora da entrada, a roda de conversa/de novidade ou mesmo para situar a criança no planejamento diário, momentos para a realização das atividades e roda final para avaliar o que foi feito. A alimentação é realizada no refeitório e supervisionada pela coordenadora pedagógica. Cabe às educadoras acompanhar e incentivar as crianças para que experimentem novos alimentos. As crianças nunca são forçadas a comer, mas temos que garantir uma alimentação mínima e balanceada, por isso os pratos são oferecidos às crianças já prontos, adequados de acordo com as regras nutricionais necessárias a essa faixa de idade. O Cei Maria Izabel tenta garantir para todas as crianças grãos, carnes, frutas e verduras em sua No período em que as crianças permanecem na creche é prevista uma rotina de escovação de dentes, evitando assim que todas ocupem a pia/banheiro ao mesmo tempo. Este momento é acompanhado pela educadora que orienta o procedimento de escovação. Passeios e atividades ao ar livre (tendo planejamento e não improvisação), utilização do parque, jogos e brincadeiras também fazem parte do nosso cotidiano, auxiliando o desenvolvimento da autonomia, favorecendo momentos nos quais a criança se diverte, aprende e interage de forma espontânea, vencendo obstáculos e desenvolvendo o corpo integralmente. Além das atividades pedagógicas que garantem o currículo do CEI Maria Izabel. Vale lembrar que os projetos do CEI MARIA IZABEL dão ênfase a organização do ambiente, a multiplicidade das linguagens, como também aos processos de interação. E para que isso ocorra é preciso que alguns critérios e princípios sejam garantidos. Detalhamento da rotina das crianças: Rotina -Café da manhã; -hidratação (suco); -Almoço; -Lanche; -Janta; Atividades Permanentes -Roda de conversa/acordos do dia / rotina; - Chamada dinâmica; - Roda de Musica; -Explorar o espaço externo; (todos os dias ) -Roda de historia; -Massagem/Shantala

Page 17: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

17

Atividades dos Projetos -Atividades relacionadas ao projeto desenvolvido em sala e ou área externa, que abordem o conhecimento de mundo. -Primeiro semestre: projetos por sala -Segundo semestre: projeto integrador Uma vez por semana ou havendo necessidade pedagógica -Parque de areia; -Visita a fazendinha; -Vídeo (ligado à proposta pedagógica da sala); -Intervenção do Centro de Esporte -Intervenção do Centro de Cultura -Intervenção do Centro Ambiental -Intervenção do Centro de Saúde Uma vez por mês Festa de aniversariantes, por sala ou com socialização de todos os grupos. *Passeios irão acontecer ao longo do ano, podendo ou não estar ligados ao projeto pedagógico.

Critérios de Qualidade

Adequação da quantidade de criança por grupo para cada faixa etária, quantidade adulto/criança de acordo com o previsto pela legislação vigente; e pensando na segurança e desenvolvimento da criança;

Ambiente arejado e funcional com brinquedos e objetos para que as crianças manipulem e variadas oportunidades de interação entre o adulto e a criança e das crianças entre si (inclusive com os outros grupos dos demais programas da Fundação Julita);

Alimentação balanceada, nutritiva e variada; acompanhamento de saúde contínuo previsto nas ações do Centro de Saúde da Fundação Julita;

Envolvimento afetivo do adulto Educador com a criança e com seu trabalho com essa faixa de idade, seu interesse em realizar atividades e disponibilidade para brincar;

Programação adequada às necessidades e ao nível de desenvolvimento das crianças, considerando sempre as linguagens previstas no planejamento estratégico do CEI MARIA IZABEL.

BRINCAR Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, à memória e a imaginação. Amadurecem algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.

Page 18: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

18

O brinquedo permite a criança desenvolver sua capacidade de representação, o que enriquece e reorganiza seus processos cognitivos. Brincando a criança pensa e transforma a “realidade social em realidade individual”. As educadoras devem favorecer no cotidiano do CEI diversos tipos de brincadeiras envolvendo tanto as espontâneas, quanto às dirigidas, compreendendo a importância da brincadeira e do brinquedo para a vida e para o desenvolvimento infantil. É através do brincar que a criança se comunica, utilizando esse instrumento lúdico para relacionar-se com outras crianças e/ou adultos, estabelecendo assim suas relações sociais.

i) PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO COM A FAMÍLIA E COM A COMUNIDADE

O trabalho da Educação Infantil não substitui a ação da família. Abrange uma ação complementar a esta. Acreditava-se por muitos anos que a estrutura familiar básica (pai, mãe e filhos) garantia à criança toda a proteção, afeto, cuidado e os comportamentos sociais de que necessitavam. Atualmente o universo familiar amplia-se e o grupo social passa a se formar por parentes (avós, tios, sobrinhos, etc.) e também, por padrinhos, madrinhas, vizinhos e etc. Com essa diversidade de aspectos que se fundem nas estruturas familiares surge a necessidade de desenvolver um trabalho pautado no respeito mútuo, no diálogo entre as famílias e o CEI, favorecendo uma maior interação e a valorização de práticas e culturas da comunidade familiar. A programação a ser desenvolvida será através de um planejamento que apresente um conjunto de atividades e conteúdos dirigidos à faixa etária e que contemple atividades significativas visando à obtenção dos objetivos propostos pelo programa.

Trabalho com a família e comunidade através de reunião com os pais, desenvolvimento de temas para a reflexão e prática no que se refere à uma educação integrada.

A participação da criança, do educador, demais funcionários e comunidade

são sempre valorizados com o objetivo de conscientização social e a conservação do meio.

Articulação local: palestras e vivência grupal, dando continuidade ao

trabalho interno de higiene e saúde com profissionais da área; acesso e ampliação cultural.

Participação da comunidade em eventos e festas promovidas pelo CEI, com

intuito de gerar uma reflexão sobre os temas em questão.

REUNIÕES DE PAIS E ACOL

As reuniões de Pais acontecem quatro vezes durante o ano. Na primeira reunião é feita a apresentação dos profissionais e a proposta para o ano letivo, assuntos gerais, as normas de funcionamento do CEI e do Centro de Saúde da Fundação

Page 19: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

19

Julita, o levantamento da participação da família em algumas atividades e eventos a serem desenvolvidos no CEI e na Fundação como um todo. Nos outros encontros acontece o esclarecimento de dúvidas pedagógicas e/ou de funcionamento, informações gerais sobre o calendário de eventos, havendo um diálogo entre pais, coordenador pedagógico, diretor, educadoras a fim de refletir sobre o desenvolvimento das nossas crianças.

CALENDÁRIO DE FESTIVIDADES E OUTRAS ATIVIDADES

Durante o período letivo podem ocorrer algumas alterações no calendário da Fundação Julita/CEI Maria Izabel, em virtude da análise e avaliação periódica dessa ação Pedagógica. Todas as alterações serão registradas pelo Coordenador Pedagógico. Outras datas (reuniões pedagógicas, reuniões de pais, integração das Famílias etc.) estão assinaladas no Calendário Escolar. j) PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA O acompanhamento do desenvolvimento da criança ocorrerá de maneira sistemática, buscando ampliar, além de registrar, o desenvolvimento de suas capacidades relativas a expressão, à comunidade, à interação social, ao pensamento, à ética e a estética. Nas reuniões com pais e no atendimento individual dos mesmos pela direção ou coordenação da escola, haverá sempre a preocupação de esclarecer a maneira como ocorre o acompanhamento do desenvolvimento da criança e a importância de ver a criança como um indivíduo único, respeitando suas diferenças, evitando assim comparar seu desenvolvimento com o de outras crianças, o que levaria a dificultar o trabalho pedagógico e o rendimento obtido pela criança. Contudo, fundamentar-se com referenciais teóricos que indicam os níveis de desenvolvimento infantil (à luz de Piaget, Vigostky, Wallon, Freinet) é fundamental para avaliar as crianças e propor situações desafiadoras para seus aprendizados. k) PLANEJAMENTO FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA Para a teoria sócio-interacionista o sujeito aprende nas relações, no pensar em soluções, nas suas vivências individuais diante do plano social. O homem é um ser cognoscente e é através do seu pensar, a partir das relações sociais que ele constrói o seu conhecimento. Para Vygotsky, é a partir das relações sociais (cultura) que o sujeito desenvolve suas funções psicológicas superiores para então se apropriar do conhecimento, concebido como algo cultural e historicamente produzido pelos homens. O ser humano aprende nas relações sociais, porém a aquisição, a forma como o aprendizado ocorre, é individual de acordo com a história de vida do sujeito. Por isso é possível afirmar que o conhecimento se dá do plano social para o individual. Ou seja, o sujeito cognoscente pensa a respeito daquilo que já foi historicamente produzido pelo homem para torná-lo seu, de acordo com suas relações socioculturais. Para que ocorra esse processo de aquisição, o sujeito passa por três níveis de desenvolvimento: zona de desenvolvimento real, aquilo que o sujeito já conhece, já

Page 20: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

20

domina; zona de desenvolvimento potencial, o que o indivíduo poderá vir a fazer; e zona de desenvolvimento proximal, a mediação entre o nível real e o potencial. É na zona de desenvolvimento proximal que cabe o papel da educadora enquanto mediadora que através das relações sociais e da história e individualidade do aluno favorecem o desenvolvimento das funções psicológicas a partir da aprendizagem. O ser humano desenvolve-se na medida em que aprende. FILOSOFIA Sendo a Educação Infantil um espaço educativo que deve promover o crescimento e desenvolvimento integral da criança, é fundamental promover a socialização e interação que poderão levar a criança a se desenvolver em todos os seus aspectos. É através do reconhecimento da individualidade de cada criança como um ser em desenvolvimento, que nas atividades cotidianas procura-se oferecer um espaço de integração onde todos possam pensar agir, expor ideias e construir conceitos. Assim a criança poderá crescer como sujeito autônomo, criativo e participativo para que possa assumir. As ações são fundamentadas de maneira a se tornarem firmes e determinadas, ou seja, os objetivos e as ações na proposta pedagógica são claras e precisas para não permitir que todas as influências pessoais dos envolvidos no processo (direção, coordenação e educadoras) interfiram, de modo a confundir ideias e não permitir que os objetivos traçados sejam alcançados na sua integra e que o caminho seja percorrido com tranquilidade OBJETIVOS Proporcionar o atendimento à criança na faixa etária de 0 a 3 anos proporcionando:

Respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas particularidades individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, etc.;

Respeito ao direito das crianças à brincadeira, esta entendida como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil;

Acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, aos afetos, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética;

Socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais.

Atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade;

METODOLOGIA Considerando a Educação infantil como a primeira etapa da Educação Básica, cuja finalidade é o desenvolvimento integral da criança, a proposta de ensino para este nível de escolaridade é baseada no desenvolvimento da criança dentro dos diferentes contextos: social, ambiental, cultural e das interações e práticas sociais. A aquisição de conhecimento não se limita a apenas um foco de ação, ou seja, não está necessariamente centrada na figura do aluno ou no próprio conhecimento, mas no intercâmbio entre o aluno, o conhecimento, o meio físico e social onde está inserido. Nessa perspectiva, o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido tem como referência às linguagens utilizadas pelas crianças nas brincadeiras, a capacidade de levantar hipóteses sobre aquilo que querem descobrir, nas interações que acontecem entre elas e outras pessoas e com o ambiente onde vivem.

Page 21: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

21

Em suma, nossos princípios pedagógicos caracterizam-se por considerar que: Refletir sobre a prática é fundamental para a construção de qualquer

programa/projeto/atividade para a Educação Infantil. Neste sentido o CEI MARIA IZABEL organiza várias modalidades de formação continuada e na ação direta dos educadores;

É sempre importante investigar quais os conteúdos de aprendizagem são mais adequados às possibilidades infantis para tanto se faz necessário estudar mais detalhadamente os teóricos que referendam os aspectos cognitivos e emocionais das crianças, sempre tematizando a prática;

Nosso projeto educacional pedagógico para as crianças do nosso CEI deve promover desafios para que elas possam, gradativamente, pensar por si mesmas, realizar tarefas, solucionar problemas, desenvolvendo assim sua autonomia;

A multiplicidade de experiências é um aspecto fundamental para avaliar os conteúdos de aprendizagens;

O binômio educação/cuidado deve apresentar uma unidade inseparável; Um princípio importante de ser salientado é a integração da educação e do

cuidado. Ao educar, precisamos nos lembrar que também estaremos cuidando. Ao cuidar precisamos ter claro o caráter educativo de nossas ações. A reflexão persistente desse princípio faz-nos buscar soluções para que possamos superar, sempre, o risco da dicotomia entre cuidar e educar.

É importante definir as funções do CEI e da família, bem como garantir minimamente essa parceria.

Nossa proposta está organizada em situações educativas permanentes e/ou temporárias e projetos de estudo. Os projetos podem ser específicos ou integradores, de curta ou longa duração.

Situações Educativas Permanentes: tem como objetivo orientar as faixas etárias segundo a organização do tempo e dos ambientes. Os conteúdos trabalhados geralmente se repetem a cada ano sendo adaptados às necessidades de cada grupo. Alguns marcam a temporalidade social e cultural, outros temas marcam as necessidades de cada faixa etária, como por exemplo: o projeto de adaptação da criança e da família ao CEI, o processo de desfraldamento, as ações que possibilitam à criança servir-se sozinha, a comer com garfo e faca, ir ao banheiro, higienizar-se com autonomia, participar ativamente da organização do ambiente, as rodas de conversa, a contação de histórias, dentre outros.

Situações Educativas Temporárias: são aqueles trabalhados em determinados períodos e que não necessariamente se repetem de um ano para outro, como por exemplo, os relacionados a temas como das festas e eventos desenvolvidos durante a semana junina, do Meio Ambiente, Mostra Cultural, Carnaval, Natal, etc.

Projeto integrador: tem como objetivo integrar turmas de uma mesma faixa de idade e/ou dos diferentes grupos do CEI ou mesmo dos demais Programas da Fundação Julita. Os temas escolhidos a cada período procuram gerar novos debates e pesquisas, como por exemplo: O Circo, Cultura Africana, Animais da Fazendinha, etc. Essa escolha é realizada após avaliações dos educadores em supervisões, ou ainda com base nas observações feitas pelos educadores durante as brincadeiras das crianças, ou quando as mesmas estão jogando, passeando, ouvindo e lendo histórias nos

Page 22: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

22

diferentes ambientes do CEI. Assim, as motivações e os interesses das crianças, pais e educadores são fatores importantes nesse processo de escolha. São temas que podem ser objeto de trabalho em um determinado ano, não se repetir no ano seguinte e reaparecer nos anos subseqüentes.

Assim, priorizamos a organização dos objetivos, conteúdos e ações didáticas por faixa etária; a apresentação de atividades significativas de maneira integrada, desafiadora e a resolução de problemas como forma de aprendizagem. Toda essa ação é desenvolvida em dois eixos que orientam o currículo do CEI MARIA IZABEL: Formação Pessoal e Social e Conhecimento do Mundo.

CONTEÚDOS

O meio ambiente, a brincadeira, a construção da identidade e dos vínculos afetivos e de confiança são aspectos considerados relevantes e devem ser articulados aos princípios pedagógicos, aos critérios de qualidade, educadores e coordenação/direção do CEI, para construir todas as ações educativas.

Por que meio ambiente? É estruturante que desde os primeiros anos de vida a criança experimente relações de respeito consigo mesma, com o outro e o com o meio ambiente, construindo valores humanitários e de respeito à natureza, constituindo-se valores permanentes. O exercício desse respeito deve ser cotidiano, acontecendo em todas as relações da criança.

Por que a brincadeira? A evolução da atividade lúdica está intimamente relacionada com todo o desenvolvimento da criança. O imaginário infantil e os papeis (pai, mãe, motorista, etc.) são justamente o que comunica um novo sentido às ações das crianças menores de 6 anos.

Por que identidade? As manifestações da consciência de si aparecem durante o primeiro ano de vida da criança e se desenvolvem rapidamente à medida que ela cresce e se relaciona com o outro, com objetos e espaços da cultura.

Por que vínculos? Pegar uma criança, segurá-la, alimentá-la, trocá-la, conversar e cantarolar com ela, significa muito mais do que a simples manipulação para o atendimento das suas necessidades físicas. Cada ação dessa natureza está ligada a uma rede de comunicações entre a criança e adulto estabelecendo uma relação interpessoal, respeitando o principio de manter o binômio educar e cuidar como unidade inseparável.

Os critérios para a seleção dos conteúdos devem: Atender aos Referenciais Curriculares Nacionais. Permitir que o educando seja sujeito de seu desenvolvimento Aplicação dos temas transversais ao currículo (Ética, Pluralidade, Saúde,

meio ambiente, etc.) Suprir as necessidades do aluno levantadas pela Avaliação Diagnóstica.

PLANO ANUAL / JUSTIFICATIVA O programa para a Educação Infantil deve ser baseado nas necessidades, experiências e atividades da criança, de acordo com as características de cada faixa etária e do perfil do grupo. Logo ao se planejar conteúdos, é preciso dar atenção a tudo o que promove o desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional da criança.

Page 23: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

23

O educador deverá estar em constante busca (formação continuada). Deverá tornar-se referência para cada educando, respeitando suas limitações e sua individualidade, transmitindo-lhe segurança para o seu desenvolvimento. ÁREA DE CONHECIMENTO MOVIMENTO O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se movimentam desde que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo. Engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas ou em grupo, com objetos ou brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar seu corpo e seu movimento. Ao movimentar-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar resultam das interações sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas presentes nas diferentes culturas em diversas épocas da história. Esses movimentos incorporam-se aos comportamentos dos homens, constituindo-se assim numa cultura corporal. Dessa forma, diferentes manifestações dessa linguagem foram surgindo, como a dança, o jogo, as brincadeiras, as práticas esportivas etc., nas quais se faz uso de diferentes gestos, posturas e expressões corporais com intencionalidade. Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas. Nesse sentido, as instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e social onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais ele lhes possibilitará a ampliação de conhecimentos acerca de si mesmas, dos outros e do meio em que vivem. O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal de cada criança. MÚSICA O ser humano sempre se relacionou com o universo sonoro e, desde o início de sua história percebeu - com encantamento ou temor – sons vindos da natureza produzidos por voz, por seu corpo ou pelos materiais de que dispunha. Percebia também o silêncio, calmaria, expectativa, medo tensão... Som e silêncio comunicavam: traziam informações objetivas (como a aproximação de uma fera, por exemplo), mas provocavam também, sensações e emoções. Permitiam sonhar, fantasias, sentir ou pensar.

Page 24: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

24

No decorrer do processo de construção de sua cultura, o ser humano transformou em linguagem expressiva a relação (inicialmente utilitária e funcional) com o fenômeno sonoro, chegando à música: jogo de organização e relacionamento entre som e silêncio que acontece no tempo e espaço.

A música é expressão e comunicação e se realiza por meio do fazer e da apreciação.

A expressão musical das crianças nessa fase é caracterizada pela ênfase nos aspectos intuitivo e afetivo e pela exploração (sensório-motora) dos materiais sonoros. As crianças integram a música às demais brincadeiras e jogos: cantam enquanto brincam, acompanham com sons os movimentos de seus carrinhos, dançam e dramatizam situações sonoras diversas, conferindo “personalidade” e significados simbólicos aos objetos sonoros ou instrumentos musicais e à sua produção musical. O brincar permeia a relação que se estabelece com os materiais: mais do que sons podem representar personagens, como animais, carros, máquinas, super-heróis etc. A partir dos três anos, aproximadamente, os jogos com movimento são fonte de prazer, alegria e possibilidade efetiva para o desenvolvimento motor e rítmico, sintonizados com a música, uma vez que o modo de expressão característico dessa faixa etária integra gesto, som e movimento. A escuta de diferentes sons (produzidos por brinquedos sonoros ou oriundos do próprio ambiente doméstico) também é fonte de observação e descobertas, provocando respostas. A audição de obras musicais enseja as mais diversas reações: os bebês podem manter-se atentos, tranquilos ou agitados. Do primeiro ao terceiro ano de vida, os bebês ampliam os modos de expressão musical pelas conquistas vocais e corporais. Podem articular e entoar um maior número de sons, inclusive os da língua materna, reproduzindo letras simples, refrãos, onomatopeias etc., explorando gestos sonoros, como bater palmas, pernas, pés, especialmente depois de conquistada a marcha, a capacidade de correr, pular e movimentar-se acompanhando uma música. ARTES VISUAIS As Artes Visuais estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das Artes Visuais para expressar experiências sensíveis. Tal como a música, as Artes Visuais são linguagens e, portanto, uma das formas importantes de expressão e comunicação humanas, o que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente. Embora seja possível identificar espontaneidade e autonomia na exploração e no fazer artístico das crianças, seus trabalhos revelam: o local e a época histórica em que vivem; suas oportunidades de aprendizagem; suas ideias ou representações sobre o trabalho artístico que realiza e sobre a produção de arte à qual têm acesso, assim como seu potencial para refletir sobre ela. Ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de, ocasionalmente, manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, considerados muito mais como movimentos do que como representações. É a conhecida fase dos rabiscos, das garatujas. A repetida exploração e experimentação do movimento ampliam o conhecimento de si próprias, do mundo e das ações gráficas. Muito antes de saber representar graficamente o mundo visual, a criança já o reconhece e identifica nele qualidades e funções. Mais tarde, quando controla o gesto e passa a coordená-lo com o olhar, começa a registrar formas gráficas e plásticas mais elaboradas. O desenvolvimento progressivo do desenho implica

Page 25: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

25

mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Imagens de sol, figuras humanas, animais, vegetação e carros, entre outros, são frequentes nos desenhos das crianças, reportando mais a assimilações dentro da linguagem do desenho do que a objetos naturais Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. A percepção de que os gestos, gradativamente, produzem marcas e representações mais organizadas permite à criança o reconhecimento dos seus registros. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam, sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a criança desenvolve a intenção de elaborar imagens no fazer artístico. Começando com símbolos muito simples, ela passa a articulá-los no espaço bidimensional do papel, na areia, na parede ou em qualquer outra superfície. Passa também a constatar a regularidade nos desenhos presentes no meio ambiente e nos trabalhos aos quais ela tem acesso, incorporando esse conhecimento em suas próprias produções. É assim que, por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então possam então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos. A imitação, largamente utilizada no desenho pelas crianças e por muitos combatida, desenvolve uma função importante no processo de aprendizagem. Imitar decorre antes de uma experiência pessoal, cuja intenção é a apropriação de conteúdos, de formas e de figuras por meio da representação. As atividades em artes plásticas que envolvem os mais diferentes tipos de materiais indicam às crianças as possibilidades de transformação, de reutilização e de construção de novos elementos, formas, texturas etc. A relação que a criança pequena estabelece com os diferentes materiais se dá, no início, por meio da exploração sensorial e da sua utilização em diversas brincadeiras. LINGUAGEM ORAL E LINGUAGEM ESCRITA A aprendizagem da linguagem oral e escrita é um dos elementos importantes para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais. O trabalho com a linguagem se constitui um dos eixos básicos na educação infantil, dada sua importância para a formação do sujeito, para a interação com as outras pessoas, na orientação das ações das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento. Aprender uma língua não é somente aprender as palavras, mas também os seus significados culturais, e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade. A educação infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever.

Page 26: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

26

A linguagem oral está presente no cotidiano e na prática das instituições de educação infantil à medida que todos que dela participam: crianças e adultos falam, se comunicam entre si, expressando sentimentos e ideias. As diversas instituições concebem a linguagem e as maneiras como as crianças aprendem de modos bastante diferentes. Em algumas práticas se considera o aprendizado da linguagem oral como um processo natural, que ocorre em função da maturação biológica; prescinde-se nesse caso de ações educativas planejadas com a intenção de favorecer essa aprendizagem. Em outras práticas, ao contrário, acredita-se que a intervenção direta do adulto é necessária e determinante para a aprendizagem da criança. Desta concepção resultam orientações para ensinar às crianças pequenas listas de palavras, cuja aprendizagem se dá de forma cumulativa e cuja complexidade cresce gradativamente. Acredita-se também que para haver boas condições para essa aprendizagem é necessário criar situações em que o silêncio e a homogeneidade imperem. Eliminam-se as falas simultâneas, acompanhadas de farta movimentação e de gestos, tão comuns ao jeito próprio das crianças se comunicarem. Nessa perspectiva a linguagem é considerada apenas como um conjunto de palavras para nomeação de objetos, pessoas e ações. Em muitas situações, também, o adulto costuma imitar a maneira de falar das crianças, acreditando que assim se estabelece uma maior aproximação com elas, utilizando o que se supõe seja a mesma “língua”, havendo um uso excessivo de diminutivos e/ou uma tentativa de infantilizar o mundo real para as crianças. O trabalho com a linguagem oral, nas instituições de educação infantil, tem se restringido a algumas atividades, entre elas, as rodas de conversa. Apesar de serem organizadas com a intenção de desenvolver a conversa, se caracterizam, em geral, por um monólogo com o professor, no qual as crianças são chamadas a responder em coro a uma única pergunta dirigida a todos, ou cada um por sua vez, em uma ação totalmente centrada no adulto. Em relação ao aprendizado da linguagem escrita, concepções semelhantes àquelas relativas ao trabalho com a linguagem oral vigoram na educação infantil. A linguagem oral possibilita comunicar ideias, pensamentos e intenções de diversas naturezas, influenciar o outro e estabelecer relações interpessoais. Seu aprendizado acontece dentro de um contexto. As palavras só têm sentido em enunciados e textos que significam e são significados por situações. A linguagem não é apenas vocabulário, lista de palavras ou sentenças. É por meio do diálogo que a comunicação acontece. São os sujeitos em interações singulares que atribuem sentidos únicos às falas. A linguagem não é homogênea: há variedades de falas, diferenças nos graus de formalidade e nas convenções do que se pode e deve falar em determinadas situações comunicativas. Quanto mais as crianças puderem falar em situações diferentes, como contar o que lhes aconteceu em casa, contar histórias, dar um recado, explicar um jogo ou pedir uma informação, mais poderá desenvolver suas capacidades comunicativas de maneira significativa. Nas inúmeras interações com a linguagem oral, as crianças vão tentando descobrir as regularidades que a constitui, usando todos os recursos de que dispõem: histórias que conhecem vocabulário familiar etc. Assim, acabam criando formas verbais, expressões e palavras, na tentativa de apropriar-se das convenções da linguagem. É o caso, por exemplo, da criação de tempos verbais de uma menina de cinco anos que, escondida atrás da porta, diz à professora: “Adivinha se eu ‘tô’ sentada, agachada ou empézada?”, ou então no exemplo de uma criança que, ao emitir determinados sons na brincadeira, é perguntada por outra: “Você está chorando?”, ao que a criança responde: “Não, estou graçando!”. Nas sociedades letradas, as crianças, desde os primeiros meses, estão em permanente contato com a linguagem escrita. É por meio desse contato diversificado em seu ambiente social que as crianças descobrem o aspecto funcional da comunicação escrita,

Page 27: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

27

desenvolvendo interesse e curiosidade por essa linguagem. Diante do ambiente de letramento em que vivem, as crianças podem fazer, a partir de dois ou três anos de idade, uma série de perguntas, como “O que está escrito aqui?”, ou “O que isto quer dizer?”, indicando sua reflexão sobre a função e o significado da escrita, ao perceberem que ela representa algo. Sabe-se que para aprender a escrever a criança terá de lidar com dois processos de aprendizagem paralelos: o da natureza do sistema de escrita da língua – o que a escrita representa e como – e o das características da linguagem que se usa para escrever. A aprendizagem da linguagem escrita está intrinsecamente associada ao contato com textos diversos, para que as crianças possam construir sua capacidade de ler, e às práticas de escrita, para que possam desenvolver a capacidade de escrever autonomamente. A observação e a análise das produções escritas das crianças revelam que elas tomam consciência, gradativamente, das características formais dessa linguagem. Constata-se, que, desde muito pequenas, as crianças podem usar o lápis e o papel para imprimir marcas, imitando a escrita dos mais velhos, assim como se utilizam livros, revistas, jornais, gibis, rótulos etc. para “ler” o que está escrito. Não é raro observar-se crianças muito pequenas, que têm contato com material escrito, folhear um livro e emitir sons e fazer gestos como se estivessem lendo. As crianças elaboram uma série de ideias e hipóteses provisórias antes de compreender o sistema escrito em toda sua complexidade. Sabe-se, também, que as hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar. NATUREZA E SOCIEDADE O ambiente onde se localiza o CEI MARIA IZABEL é muito propicio para o desenvolvimento das crianças dentro deste eixo, pois nosso espaço conta com uma grande área verde com variedades de solo, plantas, árvores, animais, aves...; Já por meio do espaço de inserção é possível garantir a nossas crianças um momento de explorar e criar em diversos sentidos. O trabalho com os conhecimentos derivados das Ciências Humanas e Naturais deve ser voltado para a ampliação das experiências das crianças e para a construção de conhecimentos diversificados sobre o meio social e natural. Nesse sentido, refere-se à pluralidade de fenômenos e acontecimentos — físicos, biológicos, geográficos, históricos e culturais —, ao conhecimento da diversidade de formas de explicar e representar o mundo, ao contato com as explicações científicas e à possibilidade de conhecer e construir novas formas de pensar sobre os eventos que as cercam. É importante que as crianças tenham contato com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo, sejam instigadas por questões significativas para observá-los e explicá-los e tenham acesso a modos variados de compreendê-los e representá-los. Os conhecimentos socialmente difundidos e as culturas dos diversos povos do presente e de outras épocas apresentam diferentes respostas para as perguntas sobre o mundo social e natural. Por exemplo, para os antigos hindus, a Terra tinha a forma plana e era sustentada por diversos animais. Para os ianomâmis, o mundo está dividido em três terras: a “terra de cima”, que é muito velha e cheia de rachaduras por onde escoam as águas dos rios e dos lagos, formando a chuva que cai sobre a “terra do meio”, que é o lugar onde vivem os seres humanos; e a “terra de baixo”, que, mais recente, está sob nossos pés. Para algumas

Page 28: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

28

crianças, na perspectiva da superfície terrestre, a Terra pode parecer um grande disco plano recoberto por um gigantesco guarda-chuva — o céu. Assim, diferentes formas de compreender, explicar e representar elementos do mundo coexiste e faz parte do repertório sociocultural da humanidade. Os mitos e as lendas representam uma das muitas formas de explicar os fenômenos da sociedade e da natureza e permitem reconhecer semelhanças e diferenças entre conhecimentos construídos por diferentes povos e culturas. O trabalho com este eixo, portanto, deve propiciar experiências que possibilitem uma aproximação ao conhecimento das diversas formas de representação e explicação do mundo social e natural para que as crianças possam estabelecer progressivamente a diferenciação que existe entre mitos, lendas, explicações provenientes do “senso comum” e conhecimentos científicos. Na medida em que se desenvolve e sistematiza conhecimentos relativos à cultura, a criança constrói e reconstrói noções que favorecem mudanças no seu modo de compreender o mundo, permitindo que ocorra um processo de confrontação entre suas hipóteses e explicações com os conhecimentos culturalmente difundidos nas interações com os outros, com os objetos e fenômenos e por intermédio da atividade interna e individual. Nesse processo, as crianças vão gradativamente percebendo relações, desenvolvendo capacidades ligadas à identificação de atributos dos objetos e seres, à percepção de processos de transformação, como nas experiências com plantas, animais ou materiais. Valendo-se das diferentes linguagens (oral, desenho, canto etc.), nomeiam e representam o mundo, comunicando ao outro seus sentimentos, desejos e conhecimentos sobre o meio que observam e vivem. Contudo, o professor precisa ter claro que esses domínios e conhecimentos não se consolidam nesta etapa educacional. São construídos, gradativamente, na medida em que as crianças desenvolvem atitudes de curiosidade, de crítica, de refutação e de reformulação de explicações para a pluralidade e diversidade de fenômenos e acontecimentos do mundo social e natural. MATEMÁTICA/ LÓGICA As crianças participam de uma série de situações envolvendo números, relações entre quantidades, noções sobre espaço. Utilizando recursos próprios e pouco convencionais, elas recorrem à contagem e operações para resolver problemas cotidianos, como conferir figurinhas, marcar e controlar os pontos de um jogo, repartir as balas entre os amigos, mostrar com os dedos a idade, manipular o dinheiro e operar com ele etc. Também observam e atuam no espaço ao seu redor e, aos poucos, vão organizando seus deslocamentos, descobrindo caminhos, estabelecendo sistemas de referência, identificando posições e comparando distâncias. Essa vivência inicial favorece a elaboração de conhecimentos matemáticos. Fazer matemática é expor idéias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que faltam para resolver problemas, entre outras coisas. Dessa forma as crianças poderão tomar decisões, agindo como produtoras de conhecimento e não apenas executoras de instruções.

Page 29: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

29

Portanto, o trabalho com a Matemática pode contribuir para a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver problemas. Nessa perspectiva, a instituição de educação infantil pode ajudar as crianças a organizarem melhor as suas informações e estratégias, bem como proporcionar condições para a aquisição de novos conhecimentos matemáticos. O trabalho com noções matemáticas na educação infantil atende, por um lado, às necessidades das próprias crianças de construírem conhecimentos que incidam nos mais variados domínios do pensamento; por outro, corresponde a uma necessidade social de instrumentalizá-las melhor para viver, participar e compreender um mundo que exige diferentes conhecimentos e habilidades. Historicamente, a Matemática tem se caracterizado como uma atividade de resolução de problemas de diferentes tipos. A instituição de educação infantil poderá constituir-se em contexto favorável para propiciar a exploração de situações-problema. Na aprendizagem da Matemática o problema adquire um sentido muito preciso. Não se trata de situações que permitam “aplicar” o que já se sabe, mas sim daquelas que possibilitam produzir novos conhecimentos a partir dos conhecimentos que já se tem e em interação com novos desafios. Essas situações-problema devem ser criteriosamente planejadas, a fim de que estejam contextualizadas, remetendo a conhecimentos prévios das crianças, possibilitando a ampliação de repertórios de estratégias no que se refere à resolução de operações, notação numérica, formas de representação e comunicação etc., e mostrando-se como uma necessidade que justifique a busca de novas informações. GRADE DE ATIVIDADES CEI 2015 Linguagem Oral e escrita

Hora da roda Roda de leitura/ Contação de história Cantinho de leitura/ maleta de leitura com famílias

Artes

Berçários: Brincando com as sensações Minigrupos: Ateliê de criatividade

Música

-Brincadeiras cantadas e canções da cultura popular brasileira, africana e indígena; -Brincando com os sons: exploração e criação a partir de instrumentos convencionais e não convencionais, sons da natureza

Natureza e sociedade

Brincando com os elementos da Natureza Culinária Conhecendo minha história

Ludicidade/ Movimento

Brincadeiras populares (brasileiras, africanas, indígenas) Jogo simbólico/ Cantinhos de faz de conta Brincadeiras motoras/ Circuitos, brincadeiras circenses Shantala Relaxamento

Numeramento

Berçários: brincadeiras com quantidades, tamanhos, seleção categorização Minigrupos: Brincar de feira; Brincar de supermercado; Culinária; Brincando com quantidades (boliche, amarelinha, separar brinquedos, organizar elementos por categoria)

Shantala Brincando com o corpo e com as sensações

Page 30: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

30

Culinária:

Oportunizar às crianças vivências prazerosas com foco no desenvolvimento afetivo com o seu corpo e com o toque carinhoso do adulto. Quando desenvolvido com seus familiares ou Educadores permite uma maior aproximação e entrega; Receber esse contato é uma necessidade física do bebê, de suprimento de afeto e contato. É através desse carinho que o vínculo é consolidado, além de ajudar o pequeno a se adaptar a tantos estímulos. Alimentação Saldável: Ferramenta para atrair o aluno e facilitar a introdução de diferentes alimentos na dieta, alimento esses não tão aceito no prato ou alimentos que muitas vezes não estão acessíveis no núcleo familiar; Promovendo receitas praticas e lúdicas onde a criança tenha contato com varias áreas do conhecimento durante o preparo do alimento e a redução de gordura, de sal e de açúcar são também aspectos abordados na culinária.

REUNIÕES PEDAGÓGICAS E FORMAÇÃO CONTINUADA As reuniões pedagógicas acontecem quinzenalmente, entre o Coordenador Pedagógico e as Educadoras de cada grupo, objetivando, planejar, discutir, definir metas, avaliar o processo educativo e acompanhar sistematicamente o desempenho de cada sala. Nessas reuniões também são discutidos e analisados o desempenho individual de cada criança e a busca de novas estratégias de trabalho. Consequentemente, o Coordenador Pedagógico deve sugerir leituras de temas e autores relacionados ao trabalho a ser desenvolvido pela educadora, pois essa ação faz parte da formação continuada dos educadores da Fundação Julita. Mensalmente há o grupo de formação para toda equipe de trabalho do CEI, sempre em um período de 4h. Nas demais horas há um trabalho coletivo focado nos aspectos gerais da organização social. Nesses encontros são trabalhados temas necessários à formação dos educadores dessa faixa de idade, considerando a realidade da nossa comunidade e o perfil cultural do entorno. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A avaliação consiste num processo de observação, investigação e reflexão constante da ação pedagógica, objetivando as intervenções necessárias no espaço da Educação Infantil. O ato de avaliar significa analisar e pensar a prática dentro de uma perspectiva que promova e facilite o processo de apropriação e construção do conhecimento. É imprescindível que o educador reflita permanentemente sobre as ações e pensamentos das crianças, realizando uma análise teórico-reflexiva de suas observações. Dessa maneira, tais reflexões servirão de base para reconstruir o seu planejamento com base nos interesses e necessidades apresentadas por elas. Para que a avaliação se efetive é necessária uma sistematização, através de registros significativos dos fazeres vivido pelas crianças, de maneira tal, que possa se ter conhecimento do caminho percorrido por elas.

Page 31: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

31

É necessária a avaliação periódica da estrutura do Projeto Pedagógico, da organização e funcionamento do CEI, possibilitando mudanças que venham a favorecer um desempenho mais efetivo dentro das finalidades do CEI. Periodicamente será feita a avaliação do Projeto Pedagógico como um todo (no mínimo semestralmente), e as mudanças que se fizerem necessárias serão registrados, de maneira tal que se tenha uma visão do andamento do processo organizacional e pedagógico do CEI e dos próximos passos a serem dados. Tais registros serão incorporados e enfatizados na elaboração do Projeto Pedagógico, já que este é o referencial para a avaliação do desenvolvimento da criança. l) ATICULAÇÃO JUNTO A FAMILIA E COMUNIDADE/ARTICULAÇÃO DA MUDANÇA DO CEI PARA EMEI A participação da família no contexto escolar é de suma importância para que todo trabalho pedagógico e social com as crianças tenha grande resultado. No processo de adaptação pensamos no acolhimento da criança e da família que esta incluindo seu filho ao meio social e coletivo, o que gera na criança grande esforço e nas famílias inseguranças e medos . “...Onde as relações, regras e limites são diferentes daqueles doespaçodomésticoaqueelaestáacostumada.Hádefatoumgrandeesforçoporpartedacriançaquechegaequeestáconhecendooambienteda instituição,masaocontráriodoqueo termosugerenãodependeexclusivamente dela adaptar‐se ou não à nova situação. Depende também da forma como é acolhida”(ORTIZ,RevistaAvisaLá).”O acolhimento da criança ira validar sua adaptação, porém a construção de vínculos com essa família trará resultados maiores e em curto tempo; Ao lidar com os diversos sentimentos dessas famílias o CEI aproximar os pais e responsáveis por essa criança dos educadores, dos funcionários, da direção e coordenação e é claro da rotina de seu filho. Planejamento da Articulação: A adaptação acontece de forma gradativa, onde todos os responsáveis são informados no ano anterior ou no ato da matricula, e para que fique fidelizado existe uma reunião incial antes das crianças iniciarem no universo escolar, a cada dia no CEI os pais e crianças irão se aproximando do novo espaço ou novo educador. O primeiro dia acontece com os pais em sala apresentando seu filho e falando um pouquinho sobre alguns costumes e hábitos, as educadoras iniciam algumas atividades de convivo e interação entre crianças e famílias; O segundo dia os pais novamente ficam próximos ao seus filhos fortalecendo a segurança no espaço e nos novos adultos que estão em sua volta. A partir do terceiro dia as famílias permanecem na escola e recebem da direção e coordenação orientações e formações de temas de interesse e que ajude a compreensão da importância dos mesmos no processo da adaptação de seu filho. A pós o período de adaptação a família recebe autorização e orientação para que possa vir, ligar e estar próximo ao seus filhos casos ainda esteja com sentimentos de angustias. Incluímos uma avalição para próxima reunião onde os pais e educadores avaliam o processo de adaptação e acolhimento, podendo assim considerar outros fatores para o próximo ano. Ao longo do ano desenvolvemos diversas atividades de integração com as famílias das crianças matriculadas e com a comunidade local, preservando os princípios das relações humanas. (Anexo proposta de atividades durante adaptação no ano de 2015)

Page 32: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA IZABELfundacaojulita.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Plano-de-trabalho... · 2 PLANO DE TRABALHO IDENTIFICAÇÃO DO OBJETO A SER EXECUTADO I

32

No segundo semestre de cada ano, após reunião da Direção do CEI com o departamento responsável na Diretoria Regional de Educação, é feito o cadastramento das crianças do CEI que irão para o novo EMEI. É agendada uma data para que os pais ou responsáveis pela criança compareçam até o CEI e façam opção por uma EMEI mais próxima de sua residência. Esses cadastros são enviados a Diretoria Regional de Educação que se encarrega de inscrever a criança para continuidade escolar (EMEI). Nessa mesma data, a Direção e Coordenação do CEI procuram prestar esclarecimentos sobre essa nova etapa na vida da criança, sobre a importância da família como facilitadora da adaptação da criança a uma nova realidade. Também encaminhamos para as EMEI’s as fichas de avaliação das nossas crianças objetivando favorecer um melhor conhecimento do histórico da criança por parte da nova escola.