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Centro de Competências de Ciências Sociais

Departamento de Educação Física e Desporto

Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Ano letivo 2013/2014

RELATÓRIO DO ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA REALIZADO

NA ESCOLA SECUNDÁRIA JAIME MONIZ

Relatório de Estágio de Mestrado

Liliana Aveiro Félix

Setembro 2014

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Centro de Competências de Ciências Sociais

Departamento de Educação Física e Desporto

Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Ano letivo 2013/2014

RELATÓRIO DO ESTÁGIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA REALIZADO

NA ESCOLA SECUNDÁRIA JAIME MONIZ

Relatório de Estágio de Mestrado

Liliana Aveiro Félix

Orientador: Professor Doutor Hélder Arsénio Lopes

Coorientadora: Mestre Ana Luísa Correia

Setembro 2014

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Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida.

Sigmund Freud

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AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Hélder Lopes, orientador deste relatório, pela transmissão de

conhecimentos e competências que me proporcionou ao longo da minha formação

universitária.

À Mestre Ana Luísa Correia pela atenção, cooperação, espírito crítico e reflexivo com

que me acompanhou na orientação científica do estágio pedagógico.

À Professora Doutora Maria Luísa Carvalho, coorientadora do estágio, pelo seu

contributo para o enriquecimento da minha formação e pelo seu profissionalismo que

foram determinantes na consolidação dos meus conhecimentos.

À Escola Secundária Jaime Moniz e ao grupo disciplinar de Educação Física pela

amabilidade com que me acolheram bem como pela disponibilidade demonstrada ao

longo de todo o ano letivo.

Aos meus alunos das turmas 12.º - 42 e 12.º - 44 sem os quais a concretização do meu

estágio não teria sido possível.

Ao meu colega Élvio Abreu por todo o apoio e companheirismo manifestados ao longo

do estágio.

Aos meus Pais, por todo o apoio que me deram durante os anos da minha formação

académica e por, generosamente, me haverem proporcionado essa oportunidade.

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RESUMO

O presente relatório é elaborado no âmbito do estágio pedagógico, integrado no plano

de estudos do 2.º ano do Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário da Universidade da Madeira, realizado no ano letivo 2013-2014 na Escola

Secundária Jaime Moniz, e pretende abordar de forma crítica e reflexiva os seus aspetos

mais importantes.

Neste trabalho, procuramos analisar as estratégias de planeamento utilizadas, as opções

metodológicas assumidas, os comportamentos adotados pela docente, os

comportamentos solicitados aos alunos e ainda as transformações alcançadas, quer pelo

professor quer pelos alunos.

Pretendemos dar a conhecer os métodos e as metodologias utilizadas, salientando os

pontos fortes e os pontos fracos da prática letiva bem como das atividades realizadas ao

longo do ano.

Apresentamos reflexões relativamente às quatro áreas de intervenção pedagógica

definidas nas linhas programáticas: a prática letiva, as atividades de integração no meio,

as de natureza científico-pedagógica e as atividades de intervenção na comunidade

escolar.

Apesar de o estágio pedagógico não se restringir à prática letiva, esta é a parte mais

relevante do processo de aprendizagem, essencialmente pelo seu carácter prático e real

em que o professor estagiário está em constante adaptação e ajustamento face aos

desafios e aos problemas colocados no seu processo.

Palavras-chave: estágio pedagógico, ensino-aprendizagem, alunos, reflexão crítica,

escola.

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ABSTRACT

The current report is elaborated within scope of the pedagogical period of traineeship in

progress in the second year study plan of a Master´s in Physical Education, basic and

secondary education, in the University of Madeira. It was carried out in the school year

2013-2014 in Escola Secundária Jaime Moniz and intends to reveal, in a critical and

reflexive way, the most important events.

During this process we tried to analyze the strategies used for planning, the

methodological options taken, the teacher´s approach, the behaviour expected from the

students and the undergone transformations in the teacher and the students.

We intend to show the methods and methodologies used during this process, pointing

out the strong and weak points in the practical period of learning and the activities

carried out through the year.

We present reflections linked to the four defined areas of the pedagogical interventions

in the programmatical lines; the practical period of learning, the activities of integration

in the environment, the activities of scientific-pedagogical nature and the activities of

intervention in the school community.

Although the pedagogical period of training does not restrict itself to the practical

period of learning, this is probably the most significant part of the learning process,

essentially due to its actual, practical characteristics where the trainee is in constant

adaptation and in adjustment to the challenges and problems confronting him/her

throughout his/her practice.

Key words: Pedagogical Traineeship, Teaching-learning Process, Students, Critical

reflection, School

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RÉSUMÉ

Ce rapport est rédigé au sein du stage pédagogique de l’année 2 du Master de

l’Université de Madère en Enseignement de l’Éducation Physique au Collège et Lycée,

qui s’est déroulé pendant l’année scolaire 2013-14 à Escola Secundária Jaime Moniz, et

veut approcher de façon critique et réflexive ses aspects les plus importants.

Dans ce rapport, nous essayons d’analyser les stratégies de planification utilisées, les

options méthodologiques choisies, les attitudes de la part de l’enseignante, les attitudes

demandées aux élèves, et aussi les transformations atteintes, soit par l’enseignante, soit

par ses élèves.

Nous souhaitons faire connaître les méthodes et les méthodologies utilisées, en

soulignant les aspects positifs et les points faibles de l’enseignement et des activités qui

se sont déroulées le long de l’année scolaire.

Nous exposons nos réflexions en ce qui concerne les quatre domaines de l’intervention

pédagogique définis dans les orientations du programme: les cours, les activités

d’intégration dans le milieu, celles de nature scientifique et pédagogique et les activités

d’intervention au sein de la communauté scolaire.

Bien que le stage pédagogique ne se borne pas à l’enseignement, celui-ci est la partie la

plus importante du processus d’apprentissage, surtout par son caractère pratique et réel,

où le stagiaire est en permanente adaptation et ajustement devant les défis et les

problèmes qui se posent à son parcours.

Mots-clés: stage pédagogique, enseignement/apprentissage, élèves, réflexion critique,

école.

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RESUMEN

El presente "relatorio" es elaborado en el ámbito pedagógico del plano de estudios del

2º curso, del Máster en enseñanza de educación física en los ciclos de enseñanza básicas

y secundaria de l’ Universidad de Madeira, realizado en el año lectivo 2013-2014, en la

escuela secundaria de Jaime Moniz, y pretende abordarse de forma crítica y reflexiva

los aspectos más importantes.

En este trabajo, buscamos analizar las estrategias de planeamiento utilizadas, las

opciones metodológicas asumidas, los comportamientos adoptados por el docente, los

comportamientos solicitados a los alumnos y aún las transformaciones alcanzadas, por

el professor y los alumnos.

Pretendemos dar a conocer los métodos y las metodologías utilizadas, destacando los

puntos fuertes y los puntos débiles de la práctica lectiva, las actividades de integración

del medio, las de científico pedagógico y las actividades de intervención en la

comunidad escolar.

A pesar de las prácticas pedagógicas no se restringiren sólo a la práctica lectiva, esta es

la parte más relevante en el proceso de aprendizaje, esencialmente por el carácter

práctico y real en que el profesor de prácticas está en constante adaptación y debe

ajustarse a los desafíos y los problemas colocados en el proceso.

Palabras clave: prácticas pedagógicas, enseñanza aprendizaje, alumnos, reflexión

crítica, escuela

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ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... 4

RESUMO ......................................................................................................................... 5

ABSTRACT ..................................................................................................................... 6

RÉSUMÉ .......................................................................................................................... 7

RESUMEN ....................................................................................................................... 8

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 12

1. ENQUADRAMENTO DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO ............................................ 14

1.1. Caracterização da Escola ..................................................................................... 19

1.2. Caracterização das turmas ................................................................................... 20

2. PRÁTICA LETIVA .................................................................................................... 23

2.1. Gestão do processo ensino-aprendizagem ........................................................... 24

2.1.1. Planeamento anual ........................................................................................ 27

2.1.2. Planeamentos das unidades didáticas ........................................................... 33

2.1.3. Planos de aula ............................................................................................... 37

2.1.4. Realização / intervenção pedagógica ............................................................ 39

2.1.5. Controlo e avaliação ..................................................................................... 44

2.2. Assistência às aulas ............................................................................................. 48

3. ATIVIDADES DE NATUREZA CIENTÍFICO-PEDAGÓGICA ............................. 54

3.1. Ação científico-pedagógica individual ................................................................ 54

3.2. Ação científico-pedagógica coletiva .................................................................... 61

4. ATIVIDADE DE INTERVENÇÃO NA COMUNIDADE ESCOLAR .................... 72

5. ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO NO MEIO ......................................................... 78

5.1. Atividades no âmbito da direção de turma .......................................................... 78

5.2. Caracterização da turma ...................................................................................... 80

5.3. Estudo de caso ..................................................................................................... 83

5.4. Atividade de extensão curricular ......................................................................... 89

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CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 95

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 100

ANEXOS .................................................................................................................. 107

ANEXO A – Calendarização das atividades ............................................................ 108

ANEXO B – Mapa de instalações ............................................................................ 109

ANEXO C – Planeamento anual das matérias e dos conteúdos (12.º-42)................ 110

ANEXO D – Ficha individual do Aluno .................................................................. 120

ANEXO E – Questionário complementar da direção de turma................................ 121

ANEXO F – Unidade didática de ARE (12.º- 44) .................................................... 124

ANEXO G – Estrutura do plano de aula .................................................................. 148

ANEXO H – Documento de apoio das capacidades condicionais ........................... 149

ANEXO I – Ficha de observação do comportamento do professor ......................... 166

ANEXO J – Cartaz da Ação de Intervenção na Comunidade Escolar ..................... 167

ANEXO K – Poster da Ação Científico-Pedagógica Individual .............................. 168

ANEXO L – Cartaz da Ação Científico-Pedagógica Coletiva ................................. 169

ANEXO M – Plano de treino do estudo de caso ...................................................... 170

ANEXO N – Avaliação das capacidades condicionais ............................................ 172

Quadro 1 - Constituição das instalações atribuídas e respetivas matérias ...................... 32

Quadro 2 – Critérios de avaliação .................................................................................. 47

Quadro 3 - Calendarização de ARE ............................................................................. 129

Quadro 4 - Enquadramento da UD de ARE ................................................................. 130

Quadro 5 - Estruturação dos conteúdos de ARE .......................................................... 136

Quadro 6 - Critérios de avaliação de Dança ................................................................. 144

Quadro 7 - Avaliações de Danças sociais ..................................................................... 145

Quadro 8 - Avaliações de Danças tradicionais ............................................................. 146

Quadro 9 -Princípios do treino da resistência: ............................................................. 151

Quadro 10 - Valores de referência para a zona saudável de aptidão física .................. 172

Quadro 11- Distribuição dos valores para os testes fitnessgram .................................. 172

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ABREVIATURAS

ACPC – Ação Científico-Pedagógica Coletiva

ACPI – Ação Científico-Pedagógica Individual

AD – Avaliação Diagnóstica

AEC – Atividade de Extensão Curricular

AF – Avaliação Formativa

AFD – Atividades Físicas Desportivas

AICE – Atividade de Integração na Comunidade Escolar

ARE – Atividades Rítmicas e Expressivas

AS – Avaliação Sumativa

DT – Direção de Turma

ESJM – Escola Secundária Jaime Moniz

JDC – Jogos Desportivos Coletivos

NA – Nível Avançado

NE – Nível Elementar

NI – Nível Introdutório

PNEF – Programa Nacional de Educação Física

SRE – Secretaria Regional da Educação e dos Recursos Humanos

UD – Unidades Didáticas

UMa – Universidade da Madeira

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INTRODUÇÃO

A elaboração deste relatório sobre o estágio pedagógico realizado na Escola

Secundária Jaime Moniz corresponde à conclusão do Mestrado em Ensino de Educação

Física no Ensino Básico e Secundário. O estágio pedagógico teve a duração de um ano

letivo, 2013/2014, havendo sido precedido de um ano de preparação.

O núcleo de estágio da Escola Jaime Moniz em 2013/2014 foi constituído por

dois professores estagiários e pelos respetivos orientadores, a professora orientadora da

Universidade da Madeira e a professora cooperante da Escola.

O conteúdo deste relatório pretende abordar os momentos experienciados

durante o ano letivo, dando a conhecer as estratégias adotadas ao longo do processo

com os ajustes que achámos pertinentes para a adequação aos alunos, ao contexto, aos

objetivos e aos recursos disponíveis.

Durante o estágio pedagógico, foi dada ao professor em formação a

oportunidade de poder aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos durante o primeiro

ciclo de estudos e o primeiro ano do mestrado.

“A formação dos professores é uma estratégia que se orienta para aquisição e

desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e atitudes necessárias ao exercício

profissional, os quais não se podem desligar do contexto sociopolítico nem tão pouco

das contingências da escola e do currículo dos alunos, concebidos como o contexto

onde o trabalho do professor ocorre e como espaço de intervenção da docência.”

(Garcia, 1999, cit. por Martins, 2011, p. 19.)

Roldão (2004), por sua vez, interpreta o “ato de ensinar como algo que vai mais

longe do que tem sido historicamente associado ao passar de um saber restrito a poucos,

que foi, desde as origens das sociedades, o processo de fazer com que outro aprenda e

aproprie saber”. (Cf. p. 100.)

Ensinar, segundo Roldão (2004), consiste em “encontrar as formas (ainda que

porventura de reforço e treino, umas orientadas por valores conservadores, outras

dirigidas para a intervenção social) de ensinar bem, ou seja, de fazer com que o outro

aprenda, aproprie alguma coisa que se considera importante ser aprendido" (cf. p. 100),

não se tratando portanto de uma apresentação simplista e discursiva de tópicos. (Cf. p.

100.)

A formação inicial no estágio pedagógico caracteriza-se como sendo um

processo de ensino-aprendizagem em contexto real, em que o professor estagiário

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usufrui de uma formação contextualizada e adequada às dificuldades sentidas e aos

problemas que surgem no seu decurso, recorrendo à adoção dos métodos e das técnicas

mais ajustados ao desempenho da sua função docente da forma mais correta.

A reflexão crítica é um ponto fulcral na formação do professor. É estabelecida

entre a professora orientadora, a professora coorientadora e os estagiários e permite

interpretar e analisar as ações destes últimos no sentido de os ajudar relativamente à

ação subsequente.

A reflexão sobre os acontecimentos deve ser vista não como um fim mas como

um meio em que o professor estagiário visualiza e constrói novas formas

contextualizadas de agir e de aprimorar a aprendizagem dos seus alunos.

O presente relatório encontra-se organizado de acordo com a lógica das linhas

programáticas de atividades cedidas divulgadas pelo Departamento de Educação Física

no início do ano letivo.

Assim sendo e no sentido de contextualizar o estágio realizado, no primeiro

capítulo procedemos à caracterização da escola onde foi realizada a prática letiva. No

segundo capítulo, apresentamos as questões de gestão e a organização da prática letiva,

a justificação dos conteúdos selecionados e abordados e a sua avaliação.

Posteriormente, apresentámos as atividades de intervenção na comunidade

escolar, as questões logísticas inerentes ao bom funcionamento das mesmas, os pontos

fortes e os pontos suscetíveis de serem melhorados.

No seguimento das atividades realizadas, surge a fundamentação dos processos

inerentes às atividades de intervenção na comunidade escolar, a qual solicita ao

professor uma interação direta com outros agentes da comunidade escolar, tais como

alunos, funcionários, pais e outros professores.

O capítulo destinado às atividades de integração no meio divide-se em quatro

campos: a caracterização da turma, o estudo de caso, a direção de turma e a ação de

extensão curricular.

Segue-se a apresentação dos conteúdos e das questões organizativas e de

planeamento das atividades de carácter científico-pedagógico. A ação individual

centrou-se nos professores de Educação Física da escola, e a ação coletiva no público

em geral.

Nos últimos capítulos, são tecidas algumas considerações respeitantes ao

processo da nossa formação pedagógica e apresentadas recomendações e reflexões

julgadas pertinentes.

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1. ENQUADRAMENTO DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO

O estágio pedagógico teve lugar na Escola Secundária Jaime Moniz, no ano

letivo 2013/2014, durante o qual nos foi dada a oportunidade de lecionar em duas

turmas do 12.º ano sob orientação e supervisão. A prática letiva contou

sistematicamente com um planeamento atempado, com a realização de atividades

dirigidas aos intervenientes do processo educativo, nomeadamente encarregados de

educação, funcionários, professores, pais e alunos, sempre acompanhada de aturada

reflexão (ANEXO A).

De acordo com Decreto-Lei n.º 43/2007, p. 1321, “o desafio da qualificação dos

portugueses exige um corpo docente de qualidade, cada vez mais qualificado, e com

garantias de estabilidade, estando a qualidade do ensino e dos resultados de

aprendizagem estreitamente articulada com a qualidade da qualificação dos educadores

e professores”.

Neste sentido, o mesmo decreto “define as condições necessárias à obtenção de

habilitação profissional para a docência num determinado domínio e determina, ao

mesmo tempo, que a posse deste título constitui condição indispensável para o

desempenho docente, nos ensinos público, particular e cooperativo e nas áreas

curriculares ou disciplinas abrangidas por esse domínio”.

O estágio pedagógico insere-se nas reformulações realizadas ao nível dos ciclos

de estudos do ensino superior, as quais, de acordo com o Processo de Bolonha, exigem

para a lecionação do 3.º ciclo e do ensino secundário o grau académico de mestre, sendo

este nível o de mestrado, como consagra o Decreto-Lei nº43/2007, p. 1321, que se

refere ao "esforço de elevação do nível de qualificação do corpo docente com vista a

reforçar a qualidade da sua preparação e a valorização do respetivo estatuto sócio-

-profissional”.

O sistema de atribuição de habilitação para a docência valoriza o conhecimento

no domínio de ensino, assumindo que o desempenho da profissão docente exige o

domínio do conteúdo científico, humanístico, tecnológico ou artístico das disciplinas da

área curricular de docência (Decreto-Lei nº43/2007, p. 1321). Valoriza ainda a área de

“iniciação à prática profissional […] supervisionada, que constitui o momento

privilegiado, e insubstituível, de aprendizagem da mobilização dos conhecimentos,

capacidades, competências e atitudes, adquiridas noutras áreas, na produção, em

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contexto real, de práticas profissionais adequadas a situações concretas na sala de aula,

na escola e na articulação desta com a comunidade”.

Segundo Martins (2011), “o estágio pedagógico e as práticas pedagógicas, que

correspondem à componente de formação profissional, surgem em licenciaturas

responsáveis pela formação profissionalizante de professores, constituídas, na sua

estrutura essencial, por um modelo de formação com diversas componentes básicas:

uma componente de formação geral, uma componente de formação científico-cultural

na área disciplinar, uma componente de formação pedagógica e didática e, finalmente,

uma componente de prática pedagógica orientada que decorre nas escolas” (cf. p. 30).

O estágio pedagógico, (Fernandes 2003), “começa quando o candidato a

professor é colocado numa escola e passa a assumir a responsabilidade pelas turmas do

3.º Ciclo e/ou do Ensino Secundário” (p. 24). O autor faz ainda referência ao

procedimento que ocorre durante o ano letivo, em que a “sua atuação é orientada e

supervisionada por (pelo menos) dois docentes, um na escola e outro na universidade,

os quais, conjuntamente com o total de formandos que integram aquele grupo,

constituem o seu núcleo de estágio” (p. 24). A este núcleo, compete a organização de

atividades de natureza científico-pedagógica, a dinamização de atividades de

intervenção na escola e no meio circundante.

Os núcleos de estágio são definidos pela(s) universidade(s) através da celebração

de um protocolo diretamente com as escolas cooperantes. No âmbito da legislação em

vigor, a Secretaria Regional da Educação e dos Recursos Humanos (SRE) tem o papel

de facilitador do processo (cf. ESJM, 2014, p. 35).

Os professores estagiários, também denominados professores em formação, são

acompanhados durante todo o processo pelos professores orientadores. As turmas

lecionadas pelos professores estagiários pertenciam à professora orientadora da escola,

com a qual se estabeleceu grande proximidade, uma vez que a docente acompanhava

todas as práticas letivas dos seus estagiários. Graças a esta proximidade, criou-se uma

relação de abertura e confiança que muito contribuiu para promover um diálogo crítico

e construtivo aula após aula.

A explicação da carga horária letiva do professor estagiário não é referida na

legislação, ficando a cargo dos professores orientadores a atribuição do número de

turmas, sendo a escolha das mesmas feita por acordo entre os professores estagiários em

função dos respetivos horários. Assim sendo, durante o ano letivo há núcleos de estágio

com mais turmas e mais carga horária do que outros. No nosso caso particular, fomos os

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únicos beneficiários da experiência de lecionar duas turmas em simultâneo durante

aproximadamente meio ano letivo. Acreditamos que esta experiência tenha sido uma

mais-valia na nossa formação enquanto futuros professores, uma vez que nos aproxima

daquilo que é vivenciado em contexto real nas escolas, visto que, normalmente, um

professor nunca é responsável apenas por lecionar uma turma.

A nomeação do orientador cooperante (orientador de estágio na escola) é feita

pela Universidade da Madeira (UMa), ou outra universidade, colhida a anuência do

Conselho Executivo e do docente da escola cooperante com a qual a universidade está

protocolada (ESJM, 2014, p. 35).

No decorrer do estágio pedagógico, surgem situações que coagem os estagiários

a procurar a melhor estratégia e a utilizar os métodos e procedimentos mais adequados

em tempos restritos, sendo isto aquilo que caracteriza o contacto real entre o professor e

os alunos.

Segundo Carreiro da Costa (1996), cit. por Martins (2011), “o professor de

Educação Física, tal como os outros professores, no seu processo de socialização,

agrega distintos tipos de experiências em diferentes contextos, nomeadamente: a

experiência anterior à formação inicial, relacionada com a educação física, a atividade

desportiva realizada, a cultura organizacional implementada nas escolas para a prática

desportiva, passando pelos agentes de socialização que marcam significativamente o

percurso social dos indivíduos”. A autora sublinha “ que a formação inicial se situa num

ponto central, entre as experiências de pré-formação inicial e o desempenho da

profissão docente”. (Cf. p. 27.)

Os desafios que surgem ao longo deste processo são determinados pelas

características do professor que, por sua vez, estão relacionadas com aquilo que foram

as suas vivências, o seu percurso escolar, o seu acompanhamento enquanto aluno.

Assim, a sua formação, tal como foi referido anteriormente, transparece no seu

desempenho enquanto docente.

Segundo Oliveira e Gomes (2004), ao professor, são exigidas novas

competências, […] a responsabilidade pelo exercício de uma nova cidadania que

concilia a valorização da diversidade cultural e a aceitação das diferenças. Conhecer e

aceitar as diferenças, conviver e aprender a lidar, pedagogicamente, com elas é um dos

itens que as novas exigências educacionais propõem aos professores”. (Cf. p. 58.)

Araújo (2012) complementa o que foi anteriormente referido, mencionando que

“o professor atual tem de assumir tarefas educativas básicas para compensar as

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carências do meio familiar e do meio social, onde os alunos estão inseridos. Além de

dominar os conteúdos que leciona, deverá ainda promover e ser um facilitador da

aprendizagem, ser um pedagogo eficaz, atento a todos os alunos, coletiva e

individualmente, ser um organizador do trabalho da turma e diferenciar os métodos em

função da diversidade e heterogeneidade dos seus alunos, procurando atender também à

estabilidade e ao equilíbrio emocional e afectivo” (cf. p. 48).

O professor, como agente educativo, face às novas exigências da escola deve ser

capaz de gerir o processo de ensino-aprendizagem dos alunos identificando as suas

diferenças, escolhendo as estratégias mais indicadas que permitam responder às

necessidades dos seus alunos. Atualmente, exige-se mais dos professores, uma vez que

a escola perdeu a sua identidade meramente instrutiva e passou a ser um lugar onde se

promovem e trabalham as características individuais dos alunos.

Loureiro (1986), cit. por Cunha (2010), refere que "o “bom” professor deve ser

capaz de desenvolver e de promover nos alunos a [...] aptidão para ser tudo o que se

pode ser". Logo, o valor atribuído aos docentes não deve ser tanto ao seu saber (embora

também), mas sobretudo às relações interpessoais que estabelece e que são fonte de

desenvolvimento, pelo que a tentativa de unificar os vários saberes disciplinados

facilmente se torna totalizante e fechada, criando obstáculos institucionais à inovação de

ideais e de práticas” (cf. p. 42).

Para Roldão (2004), a “eficácia da formação inicial, ou seja, do estágio

pedagógico, passa por assumir uma rutura de paradigma nas nossas lógicas de trabalho

nas universidades e nas instituições de formação: trata-se de perspetivar a formação,

sustentada pelos saberes teóricos e teorizadores que a instituição produz e oferece, como

desenvolvendo-se mediada pela imersão no contexto de trabalho, e transformando, por

essa via, gradualmente, esses mesmos contextos de trabalho, portadores de uma cultura

própria muito resistente, com as suas lógicas, rotinas e valores instalados, que, em

poucos anos ou mesmo meses, submergem o professor principiante, condicionado,

acima de tudo, pela necessidade de aceitação e socialização” (cf. p. 105),

Centrando-se especificamente na natureza ecológica e multicontextual dos

estágios pedagógicos, Alarcão e Sá Chaves (1994), citados por Fernandes (2003),

referem que, “para compreender a verdadeira complexidade do aprender a ensinar, é

necessário atender aos diversos contextos e às múltiplas interações que se estabelecem

entre e dentro destes” (cf. p. 47). Assim sendo, a autora referencia que é necessário “ter

em conta as relações que se estabelecem no seio do microssistema escola (na sala de

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aula, na sala de professores, no conselho executivo...) e as variáveis e interferências de

outros sistemas (família, colegas, círculo de amigos, universidade, Ministério da

Educação...), para além das próprias interações que se estabelecem entre os diferentes

contextos em que o candidato participa direta ou indirectamente ” (cf. p. 48).

A realidade complexa, e em contínua mudança, da Educação Física, segundo

Martins (2011), “exige a formação de professores que disponham não só de um

reportório de técnicas de ensino, mas sobretudo de conhecimentos, de valores e

objetivos educativos, assim como de competências capazes de determinar o tempo de

aplicação dessas técnicas, isto é, a Educação Física necessita de professores educados

como profissionais reflexivos” (cf. p. 30).

A reflexão é o processo através do qual o professor estagiário desenvolve a

competência para analisar a sua ação, com intuito de criar alternativas eficazes e

eficientes para solucionar os problemas que surgem. Este procedimento, nesta fase

inicial, conta com a colaboração do professor orientador que identifica e alerta o

professor estagiário para as situações críticas emergentes; daí a importância para a

capacidade de aceitação, por parte do estagiário, das críticas construtivas.

O trabalho de reflexão desenvolvido em parceria com o professor orientador,

além de ser um meio importante para a reflexão e identificação de diferentes estratégias,

é também uma maneira de desenvolver o espírito de trabalho de grupo, que dota o

futuro professor de competências para o saber trabalhar em grupos de trabalho,

aprendendo a ouvir diferentes opiniões, e a ser capaz de defender e transmitir as suas

ideias.

Por sua vez, Rocha (1999) alerta para a “importância de desencadear processos

de recuperação e complemento que assegurem o funcionamento de uma escola de

qualidade” (cf. p. 285). De acordo com o autor, estamos a perder a identidade da

Educação Física como área disciplinar e como domínio do conhecimento, ou seja, não

estamos a conseguir responder aos desafios socioprofissionais e culturais como se

impõe e temos obrigação de acompanhar.

Face a esta problemática apresentada anteriormente, cabe a nós, futuros

professores de Educação Física, ajustar os conteúdos às necessidades dos alunos e às

exigências da escola através da criatividade e da plasticidade, libertando-nos dos

modelos rígidos e teóricos aprendidos que nos restringem a capacidade de solucionar

questões díspares.

19

1.1 . Caracterização da Escola

Para procedermos à caracterização da escola, recorremos ao regulamento interno

e ao projeto educativo que podem ser consultados no site desta e procurámos ainda

obter informações relativamente às suas instalações, à sua missão e vocação para

melhor compreendermos toda a sua estruturação e organização.

O estágio pedagógico não seria possível sem a colaboração dos estabelecimentos

de ensino da região com a UMa, de forma a garantir aos professores estagiários a

iniciação à prática profissional. As escolas onde são colocados os estagiários são

denominadas escolas cooperantes, e em cada uma o núcleo de estágio realiza a sua

prática letiva devidamente supervisionada, supervisão que abrange também todas as

ações pedagógicas e atividades expressas nas linhas programáticas.

Os estágios pedagógicos realizados no âmbito do mestrado em ensino para o 3.º

ciclo e ensino secundário, por decreto lei, definem a possibilidade de os professores em

formação realizarem o estágio pedagógico em escolas de níveis de escolaridade

diferentes, o que pressupõe que possam existir professores a lecionar em turmas do 3.º

ciclo e outros no ensino secundário.

De acordo com o artigo 3.º do regulamento interno da Escola Secundária Jaime

Moniz, a “ escola é uma instituição com uma vivência própria que lhe confere uma

matriz específica, uma cultura organizacional e uma identidade próprias, e tem como

lema “Tradição e Inovação” (ESJM, 2014, p. 8).

O lema “Tradição e Modernidade”, de acordo com as informações expressas no

site da escola, significa que o passado não é renunciado, uma vez que constitui um dos

pilares da sua identidade, contudo é salvaguardada a abertura à mudança, numa atitude

dinâmica, de inconformismo, de inovação, apostando nas novas tecnologias, numa nova

conceção de escola, virada para a vida, para a cidadania, para a democracia, para a

competência, para a exigência, para a qualidade e para a excelência (ESJMb, 2014).

A Escola Jaime Moniz tem como missão “garantir uma formação integral,

assegurando a todos os alunos uma plena integração e um sucesso pessoal e profissional

numa perspetiva de educação para a cidadania”. Esta escola define-se como

vocacionada para o acesso ao ensino superior, com maior percentagem de alunos a

ingressar nas áreas da Saúde (Medicina) e nas áreas do Direito e da Economia. No

entanto, aposta também, nos cursos tecnológicos (ESJMb, 2014).

20

As aulas de Educação Física diferem das restantes disciplinas, pelo seu carácter

prático, desenrolando-se em instalações específicas que implicam a existência de

regulamento próprio que pode ser consultado no artigo 12.º do regulamento interno da

escola, e que determina o funcionamento das disciplinas de educação física.

Relativamente às instalações, esta possui dois edifícios apetrechados com salas

de aula, auditórios, laboratórios, salas de professores, sala de funcionários, salas de

apoio e atendimento a encarregados de educação e alunos, cantina, bares de alunos,

reprografia, biblioteca e papelaria. Comuns aos dois edifícios, existem diversas

instalações desportivas: pavilhão gimnodesportivo, campo de futebol com relva

sintética, polidesportivo, piscina coberta, ginásio, sala de musculação da piscina e sala

de esgrima (ESJMb, 2014).

Para a prática das aulas de Educação Física, a escola possui seis espaços no total:

um pavilhão desportivo que permite a partilha por duas turmas em simultâneo, uma

piscina coberta com seis pistas que são distribuídas de forma equitativa por duas turmas,

um campo de futebol com piso de relva sintética que possibilita manter 4 (quatro)

turmas em simultâneo, uma sala de musculação anexa à piscina que inclui alguns

aparelhos de musculação, um polidesportivo e um ginásio com aparelhos e materiais de

ginástica (ESJM 2014, p. 16).

1.2 . Caracterização das turmas

Os professores estagiários lecionaram em turmas do 12.º ano, mais precisamente

em duas turmas da responsabilidade da professora cooperante (uma por cada um), a qual

deliberou a distribuição aleatória das mesmas pelos estagiários, e ainda numa outra

turma cujo acompanhamento foi partilhado tendo um professor em formação lecionado

o primeiro semestre e o outro o segundo. A turma de lecionação partilhada entre os

professores estagiários foi aquela em que intervieram na direção de turma.

Os alunos das turmas acompanhadas pelo núcleo de estágio pertenciam ao

agrupamento de línguas e humanidades (12.º-41, 12.º-42 e 12.º-44). As duas primeiras

ficaram à responsabilidade dos professores estagiários Élvio Abreu e Liliana Félix,

respetivamente; a turma 12.º-44 foi por todos partilhada no que respeita a funções de

lecionação e de direção de turma.

21

No início do ano letivo, o núcleo de estágio, criou a ficha individual do aluno

(ANEXO D) e o questionário complementar da direção de turma (ANEXO E) com o

intuito de reunir informação pertinente sobre os alunos das turmas de lecionação.

Relativamente à turma partilhada, o 12.º-44, as funções de planeamento, de

direção de turma e de lecionação foram distribuídas ao longo do ano letivo pelos dois

professores estagiários. Os critérios de distribuição das turmas ficaram a cargo dos

professores estagiários, ou seja, foi por eles deliberado que a professora estagiária

Liliana Félix iria lecionar as turmas 12.º-42 e 12.º-44 desde o início do ano letivo até o

dia 14 de fevereiro, passando depois a ficar responsável apenas pela lecionação do 12.º-

42, e que o professor estagiário Élvio Abreu começaria o ano letivo a lecionar ao 12.º-

41, passando posteriormente a ser responsável pela lecionação do 12.º-41 e 12.º-44.

A turma 12.º-42 integrava 21 alunos, sendo 16 raparigas e apenas 5 rapazes.

Assim, podemos constatar que a turma não era equilibrada relativamente ao número de

rapazes e raparigas. Em contrapartida, a turma partilhada, 12.º-44, sendo também

constituída por 21 alunos, 10 raparigas e 11 rapazes, era bem mais harmoniosa.

Relativamente às idades dos alunos, podemos ver que na turma 12.º-42 elas se

encontravam no intervalo dos 16 aos 19 anos, ao passo que na turma 12.º-44 as idades

variavam entre os 16 e os 22 anos.

Em ambas as turmas, pudemos verificar que nem todos os alunos se conheciam,

uma vez que, em anos anteriores, não pertenciam à mesma turma. No caso particular do

12.º-42, apurámos a existência de duas alunas que frequentavam esta escola pela

primeira vez, informação pertinente por nos ter alertado para a importância de integrar

as alunas na turma e apresentá-las aos colegas para que estes tivessem a preocupação de

as envolver nas relações da turma.

Quanto à turma 12.º-44, apesar de os alunos não pertencerem em anos anteriores

à mesma turma, rapidamente criaram laços de amizade e um espírito de união, o que

dispersou comportamentos de tensão e de afrontamento entre colegas. Esta turma,

devido ao seu bom relacionamento, manifestou algumas ocorrências de comportamentos

de desvio que foram mencionadas pelos professores das outras disciplinas, pelo que foi

necessário, enquanto diretores de turma, recorrer a algumas medidas para que o

comportamento do grupo fosse melhorado.

No que diz respeito às matérias de ensino, as duas turmas demonstraram bons

níveis de empenhamento motor, tendo sido possível verificar que as turmas se situavam

22

no nível avançado (NA) à exceção de alguns menos proficientes que se encontravam em

transição do nível elementar (NE) para o avançado.

As matérias de ensino lecionadas, no caso do 12.º-42, foram o basquetebol e o

voleibol e, no 12.º-44, o futebol e o voleibol. Relativamente às atividades rítmicas e

expressivas, uma vez que os alunos não tinham vivências nesta área, optou-se por

introduzir conteúdos do nível introdutório (NI); contudo os alunos demonstraram muito

interesse e dedicação durante as aulas, pelo que foi possível nelas introduzir conteúdos

de NE. O facto de os alunos demonstrarem um bom relacionamento entre os colegas foi

um elemento facilitador do processo de cooperação e interligação dos pares, o que,

muitas vezes, é determinante nas danças com pares.

No que diz respeito à matéria de atletismo, nos desportos individuais, os alunos

apresentaram algumas lacunas em ambas as turmas de lecionação ao nível do reportório

técnico das disciplinas abordadas como nos saltos, corridas e lançamentos, o que

despertou o professor para a necessidade de abordar alguns conteúdos de nível

introdutório, progredindo de forma gradual para os conteúdos de nível elementar e

avançado.

Relativamente à natação, esta foi abordada apenas numa das turmas devido à

inoperacionalidade da piscina durante o primeiro período e parte do segundo. A turma

12.º-42 teve a possibilidade de abordar os conteúdos relativos à natação, contudo esta

abordagem realizou-se num curto período de apenas 6 aulas com conteúdos do nível

elementar e avançado.

As turmas revelaram ao longo do ano um bom empenhamento motor e

demonstraram também interesse na aprendizagem e aplicação dos conteúdos. Verificou-

-se que os alunos optavam preferencialmente pela organização dos grupos de trabalho,

pelo que foi possível, em determinadas situações, deixar a seu cargo a formação das

equipas ou dos grupos.

Os alunos demonstraram responsabilidade e autonomia relativamente às

situações solicitadas pelo professor, quer no respeito pelas regras de funcionamento das

aulas apresentadas no início do ano letivo, quer nas funções de recolha, confirmação e

entrega do material. Salvo algumas exceções, os alunos demonstraram elevados índices

de participação e de responsabilidade compatíveis com a sua condição de alunos do

último ano do ensino secundário.

23

2. PRÁTICA LETIVA

No decorrer do estágio, a prática letiva revelou ter sido o parâmetro do estágio

no qual se verificou maior empenho e entrega durante todo o ano. Para uma tal dinâmica

muito contribuíram ajustes oportunos, alterações estratégicas e variações metodológicas,

todos eles fruto do processo de experimentação e reflexão suscitado ao longo do estágio.

Durante a prática letiva, surgiram oportunidades para o professor estagiário

testar os conhecimentos teóricos anteriormente adquiridos no contexto real da sala de

aula ou, melhor no nosso caso, nas diversas instalações desportivas.

Segundo Cunha (2008), citado por Araújo (2012), “é necessário repensar a

escola, não só como sendo um lugar de transmissão de saberes, mas sobretudo um local

de reflexão, de partilha de experiências e valores” (p. 18). Os nossos alunos de hoje

devem ser vistos e interpretados como futuros membros da nossa sociedade, daí a

importância do nosso papel, o de enquanto professores sermos mais do que meros

reprodutores de conhecimentos e técnicas. Efetivamente, para além disso importa,

sobretudo, sermos também auxiliares do processo educativo orientando os nossos

alunos para as adversidades e instabilidades da sociedade.

Considerando estas transformações, os professores devem “articular as funções

tradicionais da escola com as necessidades da democratização e de progresso da

comunidade, envolvendo-se na retificação das assimetrias sociais, aliando o saber ao

saber-fazer, tentando formar cidadãos atentos, empenhados e participativos na própria

sociedade” (cf. Araújo, 2012, p. 19).

O professor deve ser capaz de apelar aos alunos para a produção do seu próprio

conhecimento, conduzindo-os ao desenvolvimento da sua personalidade em harmonia

com a sociedade e com as suas exigências. O professor é um agente passível de

favorecer mudanças na educação dos jovens, por isso, compete-lhe ser capaz de

promover a aprendizagem e de neles incutir valores e atitudes.

Ainda, de acordo com Araújo (2012), “o professor pode exercer um papel de

grande visibilidade educativa e social, em especial perante as famílias, que deverá

traduzir-se pela educação na tolerância e no respeito pelas diferenças, de forma a tornar

as comunidades mais solidárias e acolhedoras” (p. 31). A autora refere também que “o

grande problema com que se deparam hoje todos os educadores é o de responder aos

desafios da atualidade, pois educar não é uma ação atemporal”.

24

A mesma autora sublinha que, “numa sociedade onde estão diminuídos os

valores sociais e familiares, aumenta a carga educacional imposta à escola, tendo o

professor funções multifacetadas. O professor deixa de apenas dar aulas e passa a ser

também um agente de transformação, capaz de promover mudanças e permitir novos

caminhos e desafios aos seus alunos ” (Araújo 2012, p. 25).

Para Roldão (2000), citado por Araújo (2012), “ensinar não é apenas, nem

sobretudo, passar um saber, mas sim o modo de fazer aprender alguma coisa a alguém”

(p. 25).

Anacleto (2008), por sua vez, explica que “os pensamentos e as tomadas de

decisões dos professores não constituem um todo relativamente homogéneo”. O autor

refere que estes processos “diferenciam-se claramente pelos níveis de ensino, pela sua

origem profissional (isto é, pelo tipo de formação inicial, formação científica e

formação pedagógica), pela sua inserção social e pelas suas opções ideológicas e

educativas” (cf. p. 54).

2.1 . Gestão do processo ensino-aprendizagem

De acordo com Roldão (1999), a escola já não é a única responsável pela

“guarda e passagem” do essencial dos saberes constituídos, como consequência da

acessibilidade ao conhecimento. Contudo, em contrapartida, a autora defende a

existência de dimensões nucleares no papel da escola que não são desempenhadas por

nenhuma outra instituição (cf. p. 13).

Cunha (2010), por sua vez, refere que na “teia de relação de “bom”

professor/formação (inicial/contínua), podemos dizer que, hoje em dia, no contexto das

nossas sociedades, caracterizadas por constantes e permanentes mutações (mais

quantitativas do que qualitativas), todo o professor tem necessidade de atualizar

métodos, técnicas e conteúdos, bem como de efetuar uma permanente autoavaliação,

pois a simples prática do ensino não garante o seu melhoramento. O ensino está

condenado ao retrocesso caso não seja acompanhado de um processo profissional, bem

como se não houver uma evolução no que respeita à própria forma de como se ensina”.

O mesmo autor sustenta que “a competência não é necessariamente proporcional aos

anos de prática, e que o melhoramento do ensino não se processa de forma automática”.

Sobre a conceção e gestão do processo de ensino-aprendizagem, Januário

(1996), citado por Anacleto (2008), sublinha “que docentes mais preocupados com o

25

impacto das suas ações revelam maior especificidade na fase prévia e melhores

indicadores de comportamento na fase interativa, utilizam o estilo diferenciado e

preocupam-se com a individualização evitando a normatização do ensino”. O mesmo

autor refere que esses professores utilizam tarefas diferenciadas e possuem melhor

qualidade de feedback, que os alunos usufruem de maior empenho cognitivo e

académico e que o tempo em organização é minimizado em detrimento do tempo em

prática, resultando em melhores indicadores da prestação docente” (p. 62).

Segundo Barrère (2005), citado por Valério (2013), a capacidade de organização

e gestão do processo ensino-aprendizagem é uma “dimensão que transcende toda a

burocracia de planeamento e avaliação, exigindo sempre uma articulação coerente entre

as suas três áreas subjacentes: planeamento, condução de ensino e avaliação” (p. 12).

A mesma autora define o planeamento como a etapa de avaliação inicial, que

surge no início do ano letivo, na qual é efetuada a avaliação diagnóstica e prognóstica

dos alunos, permitindo identificar o nível inicial da turma, comparando-o com o que se

encontra estabelecido no Programa Nacional de Educação Física (PNEF). Esta

“avaliação no início do ano deve ser encarada como uma base de informação, para

planear e gerir as atividades e aprendizagens ao longo do ano letivo” (cf. Valério, 2013,

p. 13).

O objetivo principal da organização do ano letivo surge como necessidade de

rentabilizar o processo de ensino-aprendizagem. Para tal construímos uma base teórica,

as unidades didáticas, onde são definidos os objetivos de acordo com os níveis do

programa. Esta conceção serviu-nos de guia que facilita o controlo e a gestão do

processo, o que implicou a necessidade de realizar alguns ajustes ao longo do ano.

Para o planeamento das Unidades Didáticas (UD), tivemos em consideração os

objetivos e as metas que pretendíamos alcançar. Contudo, apesar de tentarmos manter

uma coerência comum, alguns planeamentos foram condicionados pelo sistema de

rotatividade das instalações, uma vez que certas matérias necessitavam de espaços com

características particulares. Por isso, tentámos criar situações em que fosse possível

abordar mais do que uma matéria por instalação no sentido de rentabilizar o processo de

aprendizagem e também para não condicionarmos os espaços às matérias de lecionação.

Esta solução veio dar resposta a alguns constrangimentos com os quais nos deparámos

no início do ano letivo e permitiu ainda a implementação de aulas politemáticas.

O sistema de rotatividade das instalações aliado à polivalência das mesmas

implicou que a lecionação das matérias fosse contínua e constante ao longo do ano

26

letivo, com algumas exceções. Este fator levou a que os alunos estivessem em constante

aprendizagem, facilitando o processo de aquisição dos conhecimentos implícitos na

revisão dos conteúdos. Também foi possível realizar a avaliação diagnóstica inicial em

todas as matérias escolhidas pelos alunos, o que facilitou a distribuição dos conteúdos a

abordar. Partindo da análise da avaliação na fase inicial, foi possível apurar o nível

diferenciado dos alunos, o que permitiu posteriormente a escolha dos grupos de trabalho

nas aulas seguintes. Para a constituição destes grupos, tivemos em consideração, não só

os níveis de proficiência dos alunos, mas também as afinidades e o clima criado entre

eles no sentido de tentar gerar maior motivação e posteriormente mais empenho por

parte dos grupos já formados. O mapa de instalações referente ao ano letivo 2013/2014

pode ser consultado no ANEXO B.

Porém, após a escolha dos grupos de trabalho, foi necessário proceder ao seu

ajustamento durante o ano letivo, uma vez que a sua definição esteve diretamente

relacionada com a finalidade das situações solicitadas, com as matérias de ensino e com

o número de alunos implicados.

Para a conceção do planeamento anual da turma, tornou-se necessário reunir os

resultados obtidos na avaliação diagnóstica e interligá-los com os objetivos definidos

pelo PNEF. Com a evolução observada ao longo das aulas, foi possível reajustar o

planeamento uma vez que este, como já foi referido anteriormente, nunca é

absolutamente definitivo.

No decorrer do ano letivo, pudemos verificar que algumas das decisões

assumidas na fase inicial não se revelavam as mais corretas nem as mais rentáveis no

processo de ensino-aprendizagem. Nessas ocasiões, o professor, como agente ativo e

reflexivo de intervenção pedagógica, foi chamado a intervir com as suas capacidades de

modificar e adequar as situações criadas aos objetivos pretendidos.

O planeamento anual contou com a organização das atividades previstas para as

turmas de lecionação, de acordo com o cronograma do estágio pedagógico e também

com a conceção de uma unidade didática concebida para o trabalho de condição física e

a sua respetiva avaliação, na qual se utilizou o teste de aptidão física fitnessgram

(ANEXO O).

No que diz respeito à avaliação, esta foi divida em três momentos: a avaliação

diagnóstica inicial que serviu para apurar o nível dos alunos relativamente às matérias

de lecionação, a avaliação formativa realizada ao longo do ano letivo que serviu para

fornecer informação de forma contínua relativamente ao nível de desempenho dos

27

alunos e, por fim, a avaliação sumativa através da qual classificámos em valor numérico

a prestação dos alunos.

No fim de cada período letivo, os alunos tiveram a oportunidade de refletir e

expressar a sua autoavaliação. Este procedimento, além de estimular nos alunos a sua

capacidade de ponderação relativamente à sua prestação e ao seu desenvolvimento ao

longo do tempo decorrido, permitiu-lhes refletir sobre os aspetos a melhorar no período

seguinte.

2.1.1. Planeamento anual

De acordo com Sanches & Jacinto (2004), citado por Anacleto (2008), “o ato de

planificação da ação docente, refere-se à planificação como parte inicial da ação

pedagógica, onde o professor identifica as necessidades de conhecimento dos alunos,

das turmas e das finalidades educativas" (p. 51).

O planeamento anual obedece a vários fatores, nomeadamente as orientações do

PNEF, as do grupo de Educação Física, os objetivos a atingir estipulados de acordo com

as necessidades e potencialidades dos alunos, a disponibilidade e caraterísticas das

instalações e o número de aulas previstas para o ano letivo.

Bento (2003) “define o plano anual como uma perspetiva global que procura

situar e concretizar o programa de ensino no local e nas pessoas envolvidas. Os

objetivos indicados para cada ano, no programa ou nas normas programáticas, são

objeto de uma formulação avaliável e concreta para professores e alunos" (p.59).

Numa primeira fase, o planeamento anual deve ser um esboço da organização

geral do ano letivo e “deve considerar o calendário escolar (as interrupções letivas), as

características das instalações disponíveis (de acordo com o planeamento das rotações),

as condições climatéricas ao longo do ano, procurando aproveitar de uma forma eficaz

os diversos recursos da escola” (cf. Jacinto, Carvalho Comédias e Mira, 2001, p. 31).

O planeamento surge da necessidade de perspetivar o processo de ensino como

um todo e não como um mero somatório de diferentes aulas. Este planeamento anual,

por ser concebido para todo o ano, terá necessariamente que ser alterado e ajustado para

poder responder às dificuldades dos alunos e a qualquer imprevisto que surja ao longo

do ano.

Numa fase inicial, realizámos a avaliação diagnóstica das turmas, no sentido de

compreender o seu nível nas matérias escolhidas para podermos estipular as metas a

28

alcançar no decorrer do ano letivo considerando os objetivos expressos no programa

nacional.

“A avaliação inicial é um processo decisivo pois, para além de permitir a cada

professor orientar e organizar o seu trabalho na turma, possibilita aos professores

assumirem compromissos coletivos, aferindo decisões anteriormente tomadas quanto às

orientações curriculares, adequando o nível de objetivos e/ou procedendo a correções ou

alterações na composição curricular à escala anual e/ou plurianual, caso considerem

necessário.” (Jacinto et al., 2001, p. 25).

O planeamento concebido permite prever algumas situações que possam surgir

no decorrer das aulas, contudo o professor não se pode restringir àquilo que é

expectável, mas sim garantir uma plasticidade e adaptabilidade de ajuste às situações e

às necessidades dos seus alunos.

Sanches e Jacinto (2004), citados por Anacleto (2008), afirmam que “os

professores experientes planificam pela necessidade de estruturar a progressão da

aprendizagem dos alunos. E os professores iniciantes utilizam a planificação como

método de orientação, que proporciona confiança e segurança durante a ação de ensino.

Uma outra característica apontada pelos autores é que a planificação dos professores

iniciantes é sistemática, formal e detalhada, contrastando com a planificação mental da

aula realizada por professores experientes” (p. 60).

Enquanto os “professores experientes valorizam o conhecimento pedagógico,

dando o primeiro lugar às características dos alunos e o segundo aos processos de

gestão da aula e aos objetivos, os professores iniciantes e/ou estagiários baseiam as suas

decisões de planeamento numa dimensão mais reduzida de preocupações, assumindo

uma planificação mais formal e, provavelmente, mais distante da realidade” (Anacleto,

2008, p. 60).

Durante a fase de planificação, o professor deve considerar as decisões mais

evidentes, mas também ter em conta aquelas que de forma menos recorrente possam

despoletar determinados ajustes. Essas considerações são apuradas durante o processo

reflexivo, no qual também são evidenciadas as lacunas a colmatar específicas de cada

aula ou até mesmo de cada matéria, uma vez que o professor dificilmente domina todas

as matérias a lecionar com o mesmo desembaraço.

A Escola Jaime Moniz é orientada para o ensino secundário, pelo que

antecipadamente já sabíamos que iríamos recorrer ao PNEF do ensino secundário para

podermos planificar as nossas aulas.

29

O planeamento anual foi estruturado no início do ano e foi organizado ao longo

do mesmo em função dos três períodos letivos. Para a sua conceção, foi necessário

apurar o número de aulas previstas, contabilizando aquelas que, por motivos de férias,

feriados ou por coincidirem com outras atividades, não seriam lecionadas.

Além do número de aulas, foi também importante recorrer ao mapa de

instalações, para que, de forma coerente e lógica, fossem distribuídas as matérias pelos

espaços destinados. Foi-nos também facultado, no início do ano letivo, o inventário do

material disponível para as aulas.

O planeamento foi concebido como um guia orientador passível de ser alterado e

ajustado consoante o desenvolvimento dos alunos ou inclusive consoante as alterações

que acontecem durante o ano letivo, como por exemplo as trocas ou cedências de

instalações bem como o esgotamento ou renovação dos materiais, sendo no entanto

sempre relevante preservar os objetivos estipulados.

O funcionamento das aulas de Educação Física na Escola Jaime Moniz são

determinadas por um esquema de rotação das turmas pelos espaços de aula (roulement).

Contudo este sistema não condiciona as matérias a lecionar, uma vez que os espaços

atribuídos têm características polivalentes, à exceção da piscina e do ginásio que podem

ser utilizados para várias matérias de modo a não restringir o planeamento. Desta forma

e considerando a polivalência das instalações desportivas, foi possível desenvolver

diferentes atividades enriquecendo as aulas e tornando-as mais motivadoras.

Face às condições oferecidas pelas instalações da escola, não será correto

concluir que a distribuição das matérias de ensino seja realizada apenas em função das

instalações disponíveis. Tal como é referenciado no PNEF, os espaços de aula de

Educação Física devem ser polivalentes de modo a rentabilizar ao máximo possível as

atividades de aprendizagem de qualquer matéria.

No referente à escolha das matérias de ensino, as orientações do PNEF

prescrevem que as matérias expressas como nucleares são de carácter obrigatório e as

matérias alternativas de carácter optativo, ou seja, são adotadas localmente, de acordo

com as características próprias ou condições especiais existentes em cada escola.

As diretrizes do PNEF (Jacinto et al., 2001), constituem “um guia para a ação do

professor que, sendo motivado pelo desenvolvimento dos seus alunos, encontra os

indicadores para orientar a sua prática em coordenação com os professores de Educação

Física da Escola […] e também com os colegas das outras disciplinas” (p. 8).

30

Os mesmos autores, em conformidade com as especificações do PNEF, referem

que no 11.° e no 12.° anos admite-se um regime de opções no seio da escola, de modo

que cada aluno possa aperfeiçoar-se nas seguintes matérias (conforme os objetivos

gerais): duas de jogos desportivos coletivos (JDC), uma da ginástica ou uma do

atletismo, dança e duas das restantes. Em virtude da existência de piscina na escola, e

sendo esta instalação de utilização obrigatória, foi estipulado pelo grupo disciplinar que

a abordagem da natação é de carácter vinculativo. Assim sendo, os alunos dentro das

matérias alternativas escolhem apenas uma matéria e não duas como estipula o

programa.

Cumprindo com as especificidades do programa nacional, criámos uma ficha

individual do aluno (ANEXO D) que nos permitiu apurar as matérias de eleição e que nos

forneceu informação útil para a caracterização da turma. A ficha foi concebida com o

intuito de apurar as seis matérias que iríamos lecionar.

As escolhas dos nossos alunos relativamente aos JDC recaíram no voleibol e

futebol (12.º-44) e no voleibol e basquetebol (12.º-42). Dentro da taxonomia dos

desportos individuais, os alunos tinham a hipótese de eleger entre a ginástica e o

atletismo. Na turma 12.º-44, a matéria elegida foi o atletismo, ao passo que no 12.º-42

os alunos optaram por abordar os conteúdos de ginástica; contudo, uma vez que as

passagens da turma pelo ginásio onde se reúnem as condições essenciais para a sua

prática foram reduzidas devido às atividades que lá aconteceram (o ginásio é também

utilizado para outras atividades da escola) não foi possível construir uma unidade

didática consistente e viável para a aquisição e consolidação dos conhecimentos

relativos à ginástica. Por isso, optámos por abordar os conteúdos de atletismo, sendo

esta a outra matéria passível de ser escolhida dentro das matérias do grupo taxonómico

dos desportos individuais.

Nesta situação, considerámos que a abordagem dos conteúdos de ginástica, pelas

suas características, pudesse pôr em risco a segurança e a integridade física dos alunos,

pelo que não ponderámos a utilização de outros espaços sem condições para garanti-la.

Como foi já referido, a lecionação dos conteúdos de natação na Escola é de

caracter obrigatório, ocorrendo a passagem dos alunos pela piscina em dois momentos

do ano letivo. A passagem das turmas pela piscina realiza-se durante 1 dia da semana

em duas rotações distribuídas pelo ano letivo, contudo, devido à inoperacionalidade da

mesma, não foi possível utilizar a referida instalação. A turma 12.º-44, uma vez que

usufruía desta instalação na primeira rotação e na terceira rotação (2.ºperíodo), durante

31

as quais a piscina não se encontrava em funcionamento, não pôde abordar os conteúdos

de natação. No respeitante à turma 12.º-42, dado que lhe tinha sido destinada a

utilização da piscina nas segunda e quarta rotações, só foi possível dar início à

abordagem dos conteúdos de natação na quarta rotação. No caso particular da natação,

as suas características específicas não permitem obviamente que esta matéria seja

abordada noutra instalação desportiva. Tivemos por isso que ajustar o seu planeamento

e consultar o mapa de instalações no sentido de apurar as instalações disponíveis para

dar continuidade ao processo de ensino, optando por abordar as restantes matérias

escolhidas pelos nossos alunos.

Perante o leque de matérias alternativas, os alunos, quer da turma 42 quer da

turma 44, optaram por consolidar os seus conhecimentos relativamente ao basebol. Esta

matéria possui muita expressão nesta escola, pelo que já tinha sido experienciada por

alguns alunos, o que neles despertou interesse em querer desenvolver e melhorar os

conteúdos antes abordados. Na situação da turma 12.º-42, já que o número de alunos

que escolheram basebol foi relativamente próximo daqueles que escolheram badmínton,

optou-se por abordar as duas matérias.

Além destas matérias, o PNEF prevê a dança como matéria de lecionação

obrigatória.

Apuradas as matérias de lecionação, estas foram distribuídas ao longo ao ano

letivo e deu-se início à avaliação diagnóstica com o intuito de apurar o nível dos alunos.

A distribuição final das matérias consoante as instalações pode ser consultada no quadro

1.

Durante as primeiras aulas, os objetivos estipulados pretendiam verificar o nível

apresentado pelos alunos.

Após terem sido recolhidos e analisados os indicadores relativamente ao nível

dos alunos, foi possível organizar o planeamento anual de cada turma, considerando os

objetivos consagrados no programa e as instalações previstas para a lecionação das

matérias, bem como a sua respetiva rotatividade

32

Quadro 1 - Constituição das instalações atribuídas e respetivas matérias

A avaliação realizada durante as primeiras aulas do ano letivo foi

complementada com a avaliação formativa realizada ao longo do ano que forneceu ao

professor indicadores sobre o empenho dos alunos e os aspetos a manter e a melhorar.

Este procedimento possibilitou não só verificar o empenho dos alunos mas

também analisar o planeamento concebido, o que nos forneceu dados sobre as

Turma – 12.º-42

Rotações Início Fim Terça Modalidades Sexta Modalidades

1ª 19 set. 4 Nov. Campo Basebol/ Badmínton Galinheiro Basquetebol

2ª 5 nov. 18 Dez. Pavilhão Voleibol/ Badmínton Piscina Dança

3ª 7 jan. 14 Fev. Pavilhão Voleibol Campo Basebol/

Badmínton/

Ténis de campo

4ª 17 fev. 14 abril Campo Basebol/

Basquetebol

Piscina Natação

5ª 22 abril 6 junho Campo Ténis/ Basebol/

Atletismo

Ginásio/

Campo

Dança/ Atletismo/

Basebol

Turma – 12.º-44

Rotações Início Fim Terça Modalidades Sexta Modalidades

1ª 19 set. 4 nov. Piscina Dança Pavilhão Voleibol

2ª 5 nov. 18 dez. Ginásio Dança Campo Atletismo/

Voleibol

3ª 7 jan. 14 fev. Pavilhão Voleibol Pavilhão Voleibol

4ª 17 fev. 14 abril Campo Futebol Campo Atletismo/ Basebol

5ª 22 abril 6 junho Campo Basebol/ Futebol Pavilhão Voleibol

33

intervenções a realizar e nos levou a adotar novas estratégias de ensino mais ajustadas

às necessidades reais dos discentes.

Na verdade, a determinação das necessidades dos alunos bem como as suas

potencialidades são o ponto de partida para o professor poder delinear os objetivos que

pretende atingir durante o decorrer do ano letivo, planear as matérias a lecionar e as

diferentes etapas de desenvolvimento.

Além da avaliação formativa, os conhecimentos dos alunos foram aferidos

através da realização de um teste escrito, com base nas matérias desenvolvidas ao longo

do ano letivo com base na avaliação da condição física dos alunos.

A avaliação formativa assume, como pode ver-se, um papel muito importante no

processo de ensino-aprendizagem. Esta deve ser contínua, qualitativa e tem por função

fazer o diagnóstico sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista à definição e

ao ajustamento de processos e estratégias (ESJMa, 2014).

Os parâmetros de avaliação da disciplina de Educação Física encontram-se

expostos no regulamento interno da escola e foram aprovados pelo conselho

pedagógico.

Para ver o planeamento anual da distribuição das matérias de ensino das turmas

12.º -42 e 12.º-44, consulte o ANEXO C.

2.1.2. Planeamentos das unidades didáticas

A unidade didática (UD) é a forma de planificar e organizar o processo de

ensino-aprendizagem, a qual pode ser concebida para uma ou várias matérias e inclui os

conteúdos que se pretende abordar e os objetivos a alcançar pelos alunos. As UD são

um instrumento que permite organizar o processo de ensino-aprendizagem num período

de tempo pré-determinado e incluem os objetivos do PNEF, os recursos materiais e

humanos, as instalações disponíveis e as estratégias adotadas.

Segundo Bento (2003), citado por Marques (2012), “os objetivos da UD são

alcançados progressivamente, requerendo assim uma planificação bem delineada,

servindo de base para a preparação das diferentes aulas” (p. 22). Assim sendo,

defendemos que a definição dos objetivos é uma etapa essencial, uma vez que clarifica

aquilo que pretendemos que os nossos alunos aprendam.

Para a conceção das unidades didáticas, nomeadamente a extensão e sequência

de conteúdos, foi necessário considerar o nível em que a turma se encontrava, apesar de

34

só ter sido possível apurar o nível de proficiência dos alunos ao darmos início à prática

letiva.

Foram realizados alguns ajustes aos objetivos após terem sido considerados os

conteúdos expressos no PNEF face à avaliação inicial, no sentido de construir as UD(s),

visto que alguns conteúdos não se aplicavam à turma. Desta forma, certos conteúdos das

diversas modalidades lecionadas não foram abordados nesse ano porque o nível dos

alunos não o consentia.

A realização destes documentos deve privilegiar não só a componente de ensino-

-aprendizagem como um instrumento que permite, quer ao professor quer aos alunos, a

compreensão dos objetivos a alcançar, mas também o fator do melhoramento dos

índices de saúde, para os quais foram concebidos diversos exercícios visando melhorar

a condição física através do trabalho das capacidades condicionais.

A conceção destas unidades didáticas foi de extrema importância, uma vez que,

durante o processo de ensino-aprendizagem, nos auxiliaram no procedimento de

consulta e revisão das regras e dos conteúdos de algumas modalidades com as quais

nunca tínhamos tido contacto.

A conceção das UD(s) permitem ao professor gerir um conjunto de informações

anteriores à aplicação das mesmas, o que é fundamental para a condução do processo de

ensino-aprendizagem.

Desta forma, dada a importância do planeamento anteriormente referenciado,

optámos por elaborar um documento orientador das UD(s), o qual contém a

caracterização da(s) matéria(s), identificação da turma, calendarização, avaliação

diagnóstica, o planeamento anual, calendário e cronograma das atividades, a

estruturação dos objetivos e conteúdos, identificação dos recursos, estratégias, critérios

de avaliação, referências bibliográficas, planos de aulas e balanço final.

A conceção das unidades didáticas não é estritamente delineada, cabendo a cada

professor a responsabilidade de organizar a sua estrutura consoante as suas necessidades

e o seu critério. Nós optámos por examinar e pesquisar os planeamentos realizados

durante o 1.º ano do mestrado em algumas cadeiras de didática e consultámos ainda as

unidades didáticas construídas pelos colegas que realizaram estágio em anos anteriores.

Além da apreciação do nível inicial dos alunos bem como das suas necessidades

e potencialidades, é determinante considerar as orientações do PNEF (Jacinto et al.,

2001), as orientações do departamento de educação física da escola, as características

das instalações e o número de aulas previstas para o ano letivo.

35

Numa primeira fase, procedemos à organização das aulas ao longo do ano letivo,

considerando as interrupções letivas, a rotação das instalações, os recursos materiais

disponíveis na escola e a escolha das matérias com intuito de rentabilizarmos o processo

de ensino-aprendizagem.

Após termos procedido à distribuição das matérias ao longo do ano considerando

as potencialidades das instalações, realizou-se o planeamento anual (ANEXO C); contudo

é importante referir que este planeamento deve ser flexível e operacional, permitindo

que haja adaptabilidade e ajuste aos conteúdos, à progressão e ao desenvolvimento dos

alunos.

A UD, enquanto elemento de planificação do processo de ensino-aprendizagem,

não reside unicamente no desenvolvimento de meios para a sua operacionalização, mas

também na descoberta progressiva de determinados contextos reguláveis deste processo

(Bento, 2003).

Após termos estruturado inicialmente as unidades didáticas, não considerámos

encerrado este trabalho. Com efeito, ele prolongou-se dado ter sido necessário

recorrermos à sua alteração e ajuste ao longo do ano letivo procurando sempre potenciar

o ensino-aprendizagem dos nossos alunos.

Inicialmente, construímos as unidades didáticas com base nas afinidades das

matérias, ou seja, com bases nos comportamentos solicitados, de acordo com as

características do seu grupo taxonómico. Contudo, uma vez que a lecionação das

matérias estava condicionada pela utilização das instalações, optámos por desagrupá-

-las. A estruturação das UD considerou os objetivos que pretendíamos atingir em cada

matéria, considerando o nível inicial dos alunos bem como os recursos de que

dispúnhamos.

Ao longo do ano letivo, optámos por abordar as matérias em aulas politemáticas,

no sentido de rentabilizar e tornar mais eficaz o processo de ensino-aprendizagem,

potenciando a abordagem das matérias em diferentes contextos, adequando-as aos

espaços desportivos da escola. Contudo algumas matérias, pelas suas características e

pelas suas necessidades específicas, não permitiram que houvesse adaptação dos

recursos.

No que respeita à abordagem dos conteúdos de natação, realizou-se uma UD

monotemática. Optámos pela lecionação exclusiva dos conteúdos de natação, uma vez

que os alunos dispunham de poucas aulas para a lecionação da mesma e também

36

porque, no ano anterior, os alunos tinham sido impedidos de realizar as aulas de natação

devido à inoperacionalidade da mesma

À medida que fomos ultrapassando a fase de adaptação, prosseguindo e

refletindo sobre os processos de ensino, começámos a construir as unidades didáticas

com uma lógica de progressão e com uma coerência entre uma aula e outra.

Apesar de concordarmos que a lecionação das matérias não deve ser

desarticulada consoante as matérias de ensino e que os objetivos devem ser um meio de

articulação entre as mesmas, durante o ano letivo estivemos condicionados

relativamente à falta de algum material. Na situação específica do badmínton, devido à

escassez de volantes e de raquetes, não foi possível dar continuidade à abordagem da

matéria ao longo do ano.

Outra situação tida em atenção foi a utilização de bolas de voleibol e de futebol

no polidesportivo ("galinheiro"). Este pavimento, de alcatrão, facilmente danificava as

bolas, pelo que restringimos a sua utilização às bolas de basquetebol. Em contrapartida,

o campo de relvado sintético (campo de futebol), dadas as suas excelentes condições,

permitiu abordar os conteúdos de futebol, voleibol, basquetebol, basebol, ténis de

campo e atletismo, o que permitiu uma enorme rentabilidade dos espaços e facilitou a

organização de aulas politemáticas ao longo de todo o ano letivo.

No início do ano, tentámos organizar o calendário anual distribuindo as matérias

escolhidas pelos nossos alunos e considerando os espaços distribuídos de acordo com o

mapa de instalações.

Relativamente à operacionalização das unidades didáticas, foram adotadas nas

aulas algumas estratégias comuns e outras específicas de cada matéria. No decorrer do

ano, fomos questionados e levados a refletir sobre a gestão das variáveis implícitas no

processo de ensino-aprendizagem, tais como o tempo de empenhamento motor, a

responsabilidade do transporte de material, a organização dos grupos de trabalho, os

tempos de explicação e de exposição, etc.

A organização das aulas politemáticas permitiu aos alunos gerir e conciliar os

seus pontos fortes e as suas fraquezas; desta forma conseguimos equilibrar e favorecer

todos os alunos ao longo das aulas. A abordagem das aulas politemáticas permitiu ainda

aumentar a sua variabilidade e imprevisibilidade tornando-as motivadoras, do que

resultou um maior empenho por parte dos alunos.

37

2.1.3. Planos de aula

A elaboração dos planos de aula realizado ao longo do ano é o culminar do

processo de planeamento; é no plano da aula que são esclarecidos os meios para atingir

os objetivos previstos nas unidades didáticas.

Para a elaboração dos planos de aula, tivemos em consideração os conteúdos do

programa, o plano anual, o planeamento da unidade didática, a consulta bibliográfica e

os materiais existentes na escola bem como as instalações. (Para visualizar a estrutura

de um plano de aula consulte o ANEXO G.)

No sentido de melhorar e aperfeiçoar as estratégias utilizadas durante as aulas,

foi também essencial a análise das aulas anteriores, as reflexões realizadas em conjunto

com a orientadora e os métodos de ensino aplicados.

O plano de aula é dotado de uma especificação e precisão necessárias para a sua

aplicabilidade; daí surgirem indicações pormenorizadas relativamente aos seus

objetivos. Podemos então fazer referência ao plano de aula como sendo uma

planificação de curto-prazo que corresponde às ações do dia-a-dia que, por sua vez,

compõem o planeamento anual.

De acordo com Bento (2003), a aula de Educação Física deve ser constituída por

três partes: a parte introdutória, a parte principal ou fundamental e a parte final. Na

primeira parte, estimula-se a disponibilidade dos alunos para a aprendizagem e

exercitação e faz-se a sua preparação psicológica para assumirem as tarefas da aula e

adaptarem funcionalmente o seu organismo às cargas sequentes (cf. p. 152). Segundo o

autor, a parte principal ou fundamental deve conter a concretização dos objetivos

propostos e a transmissão de conteúdos, sendo esta a parte em que o professor testa a

sua capacidade de planeamento e execução. Na parte final da aula, o objetivo principal,

segundo o mesmo autor, é o retorno à calma ou à intensificação da carga; é também

nesta parte que o professor faz uma breve avaliação do desempenho dos seus alunos,

mostrando-lhes duma forma geral o que fazem bem e os aspetos que precisam de ser

trabalhados ainda mais para poderem atingir os objetivos propostos.

Apesar de considerarmos a organização da aula em três partes, não podemos

interpretá-las como segmentos desarticulados uns dos outros. De facto, ao longo das

aulas, procurou-se interligar os itens da ativação cardiovascular com a introdução dos

conteúdos, estabelecendo a sua ligação com os conteúdos abordados em aulas

anteriores.

38

Para a parte final das aulas, optámos por criar situações de retorno à calma

através da realização de alongamentos direcionados aos grupos musculares maiores e

aos mais utilizados durante cada aula. Assim, os alunos eram relembrados para o

desempenho das funções de confirmação e entrega do material utilizado. Por fim, eram

referidos os conteúdos abordados anteriormente e, em certas aulas, optou-se por

apresentar alguns pontos a abordar nas aulas seguintes.

Para a planificação das aulas procurou-se apresentar uma lógica na abordagem

dos conteúdos, e foram consideradas as questões organizativas relacionadas com as

orientações espaciais dos espaços, o número de alunos, os tempos de transição e os

materiais, entre outras questões, no sentido de se criar um clima favorável e mais

rentável na aprendizagem dos alunos.

Contudo, as situações planeadas nem sempre aconteceram como tinham sido

previstas, e as aulas nem sempre se desenvolviam da forma mais rentável e organizada.

Por isso, procurámos sempre realizar uma reflexão crítica após as aulas, em conjunto

com a professora orientadora, no sentido de conseguirmos resolver de forma eficaz as

situações imprevistas.

Procedia-se então à introdução de novos conteúdos bem como à revisão dos

conteúdos já programados, recorrendo a vários métodos de ensino como o

questionamento, as demonstrações realizadas quer pelos alunos mais proficientes, quer

pelo próprio professor que recorria também à descrição verbal. Utilizaram-se diferentes

tipos de feedback como método de ensino recorrente no sentido de apelar ao

pensamento crítico e reflexivo dos alunos.

Durante as aulas, tentámos garantir que estas decorressem sob o controlo do

professor, garantindo a segurança dos alunos, aspetos que foram debatidos e

questionados aula após aula.

Procurámos interagir com todos os alunos dedicando mais atenção àqueles que

demonstravam maiores dificuldades, ajudando-os no cumprimento das tarefas e,

consequentemente, na realização dos objetivos.

Na organização dos exercícios, tentámos privilegiar os grupos de pares para

aumentar a atividade motora, o empenho e a motivação dos alunos. Tornou-se bem

evidente a importância de introduzir e manter, aula após aula, a componente competitiva

nos exercícios de forma a dinamizar a aprendizagem e abordar os conteúdos aprendidos

em situação de jogo reduzido e jogo condicionado.

39

Tentou-se criar uma lógica operacional dos objetivos cuja evolução dependeu do

grau de aprendizagem dos alunos. Por isso, os exercícios foram organizados do menos

para o mais complexo.

Ao longo das aulas, tentámos manter a coerência e adequação dos exercícios

propostos com os objetivos estabelecidos, contudo, em algumas, verificou-se a

necessidade de ajustar a organização da aula relativamente à utilização dos espaços, aos

recursos materiais necessários e também ao número de alunos, o que em diversas

situações condicionou a quantidade de situações ou a organização dos grupos de

trabalho.

A capacidade de analisar de forma rápida e eficaz as questões organizativas da

aula foi discutida em conjunto com a professora cooperante através da reflexão crítica

realizada no fim das aulas. Estes feedbacks foram muito pertinentes, uma vez que nos

permitiam modificar situações transformando-as noutras mais rentáveis e eficazes.

Como já foi anteriormente referido, o tempo de transição entre a parte inicial e a

parte principal da aula era utilizado como tempo de exposição, explicação dos

conteúdos, durante o qual eram definidos os grupos de trabalho, delimitados os espaços

e em que também se procedia à montagem dos exercícios. Nesse momento de transição,

procurámos abordar os conteúdos utilizando uma linguagem simples e concisa

adequada ao nível de entendimento dos nossos alunos, com o intuito de rentabilizar os

tempos de aula promovendo mais tempo de empenhamento motor e reduzindo o tempo

de explicação e exposição dos conteúdos.

2.1.4. Realização / intervenção pedagógica

As estratégias montadas foram criadas e ajustadas de acordo com as questões

que a nosso ver são responsáveis por favorecer as condições de prática e do processo de

ensino-aprendizagem dos nossos alunos, garantido em especial as suas condições de

segurança.

Para isso, desenvolvemos um conjunto de questões organizativas que foram

definidas e reformuladas ao longo do ano consoante a análise e reflexão realizadas no

fim das aulas. Assim sendo, optou-se por desenvolver um conjunto de regras e rotinas

de lecionação das aulas que garantissem o seu bom funcionamento.

40

Aos alunos foi atribuída a responsabilidade de recolha e entrega do material de

acordo com a sua ordem da lista. Este processo já se encontrava assimilado e incutido

nos alunos nos anos anteriores, pelo que facilmente cumpriram as suas funções.

No início do ano, tivemos a preocupação de alertar os alunos para a importância

da sua pontualidade, a fim de garantir que as aulas tivessem início à hora prevista sem

que houvesse dispêndios de tempo útil. O registo das presenças foi realizado sempre no

início das aulas, pelo que os alunos foram alertados que, caso não comparecessem à

hora prevista, ser-lhes-ia assinalada falta.

Reconhecemos, no entanto, que se verificou algum desleixo inicial por parte dos

alunos no cumprimento das regras, mas o seu comportamento melhorou após termos

sublinhado a importância da pontualidade destacando os seus benefícios.

A exceção mais visível verificou-se na turma em que não desempenhámos

funções de direção de turma, devendo-se o facto à facilidade com que os alunos

conseguiam justificar as faltas. Esta situação condicionou o planeamento das aulas com

prejuízo para o ritmo normal da aprendizagem, uma vez que a falta de alunos implicava

por vezes a necessidade de reajustar o número de exercícios planeados bem como o

número de alunos em cada situação.

No decorrer das aulas, tentámos rentabilizá-las aumentando o tempo de

empenhamento motor e reduzindo os tempos de transição, de explicação e abordagem

dos conteúdos.

A nossa preocupação em conceder bastante tempo de exercitação deveu-se

também à necessidade de estarmos em constante avaliação e correção dos alunos,

procurando minimizar os erros de cada um deles.

Para facilitar o processo de compreensão e análise do movimento, utilizámos a

demonstração como instrumento recorrente durante as aulas. Inicialmente, procurou-se

realizar a demonstração aos alunos, contudo, após a análise e reflexão das aulas,

concluímos que alguns alunos mais proficientes poderiam ser utilizados nessa função.

Esta opção foi uma mais-valia, uma vez que nos permitiu descrever as fases dos

movimentos ou a explicação dos exercícios em simultâneo com a demonstração. A

estratégia foi mais utilizada nas matérias em que o domínio técnico dos alunos era

menos evidente como no caso da natação, do atletismo, da dança. Utilizámos ainda a

demonstração como método de explicação nos jogos desportivos coletivos em que os

discentes evidenciavam características do nível avançado, recorrendo a vários alunos.

41

A criação de grupos de trabalho foi uma constante preocupação ao longo do ano

letivo, contudo esta preocupação foi mais notória numa das turmas em que os alunos

por vezes mostravam algumas resistências em trabalhar com determinados colegas. Na

turma em questão, era evidente a manutenção de grupos que já vinham formados de

anos anteriores; em relação a elementos novos provenientes de outras escolas, foi

necessário recorrer a estratégias de integração para que todos os alunos realizassem os

exercícios de modo a criar-se um clima positivo entre eles.

Perante as situações em que o clima de aula não permitia uma relação positiva

entre os alunos, verificou-se a manifestação de momentos de desordem em que a

realização das atividades propostas ou era suspensa ou processava-se com muitas

pausas, o que requereu uma maior concentração da atenção do professor relativamente

aos alunos indisciplinados.

No referente à criação dos grupos de trabalho, tivemos a preocupação em formar

os grupos em que os alunos estivessem à vontade no sentido de garantir o clima positivo

entre eles e a sua motivação para a realização dos exercícios.

Em algumas situações, foi necessário reformular os grupos, uma vez que os

alunos pelas suas afinidades com os colegas revelaram não ter a capacidade de se

concentrar nas tarefas pretendidas. Nas situações em que os alunos formavam equipas,

deixámos ao seu critério a formação das mesmas, contudo, quando era notória a

formação de equipas com alunos mais proficientes e outra com alunos menos

proficientes, procedemos à troca de elementos homogeneizando o nível das equipas

tornando assim mais competitivas as situações de jogo, porventura mais motivadoras.

De acordo com a legislação (Decreto-Lei n.º 26/2006, de 4 de julho), o professor

é responsável pela regulação dos comportamentos na sala de aula, competindo-lhe a

aplicação das medidas de prevenção e remediação que propiciem a realização do

processo de ensino-aprendizagem num bom ambiente educativo, bem como a formação

cívica dos alunos, podendo no exercício desta competência aplicar as medidas

disciplinares de advertência ao aluno e de ordem de saída da sala de aula. Neste

capítulo, contudo, não se justificou a utilização destas medidas no decorrer do ano

letivo.

Os objetivos estipulados eram apresentados no início da parte principal da aula,

de forma clara e concisa, garantindo que todos os alunos conseguissem compreender o

que se pretendia e mantendo o seu interesse e motivação. Procurávamos assim evitar

42

que o excesso de informação comprometesse o desempenho dos alunos fazendo baixar

demasiado a sua ativação cardíaca.

A disposição dos alunos no espaço de aula foi adaptada às matérias e ajustada às

instalações disponíveis. Durante a explicação e introdução de conteúdos com ou sem

demonstração, procurámos dispor os alunos em semicírculo garantido a visualização de

todos eles.

Nas aulas de desportos coletivos, utilizámos o apito como instrumento de alerta

para juntar os alunos e dar a informação pretendida e também para a mudança de

exercício, rotação das equipas ou mesmo para assinalar o fim da aula. A utilização deste

instrumento foi uma mais-valia, uma vez que estas matérias eram lecionadas em

espaços amplos o que dificultava a audição.

Na abordagem dos conteúdos de natação, optámos por desenvolver estratégias

que promovessem a fluidez dos exercícios e que mantivessem os alunos em máximo

empenhamento motor reduzindo os tempos de espera. Para isso, distribuímos os alunos

pelas pistas consoante o seu nível de proficiência numerando os alunos em cada pista do

mais rápido para o menos rápido de forma a não criar congestionamentos durante os

exercícios. Foi também importante adotarmos uma postura demonstrativa fora de água

para ilustrar e retificar alguns erros cometidos pelos alunos. Também utilizámos a

demonstração dos alunos mais proficientes.

No que diz respeito às aulas de atividades rítmicas e expressivas, lecionadas

dentro da piscina, quando esta se encontrava sem água, e no ginásio da escola, optámos

por solicitar diferentes organizações consoante o objetivo pretendido. Nas aulas em que

introduzíamos conteúdos locomotores que não exigissem deslocamentos, escolhemos a

organização em xadrez, ao passo que nos conteúdos com deslocamento optámos pela

utilização das vagas ou colunas. Recorremos à utilização de grupos nos exercícios de

interação e ligação entre colegas e à formação de pares na abordagem das danças sociais

e tradicionais.

As organizações das aulas de atletismo foram mais exigentes, visto os alunos

demonstrarem ter poucas vivências e não estarem a par das rotinas de montagem dos

exercícios. Para resolver esta situação, foi necessário procedermos à montagem dos

mesmos pelo que tivemos de despender mais tempo para essa montagem e para

demonstração. A abordagem desta matéria foi também condicionada pelo pouco

material disponível na escola, pelo que houve necessidade de proceder à montagem de

diferentes exercícios garantindo maior empenhamento motor dos alunos. Contudo, esta

43

estratégia dificultou a tarefa de avaliação e controlo de todos os alunos nas respetivas

tarefas.

A montagem e a configuração dos exercícios nos jogos desportivos coletivos,

durante as primeiras aulas, não foram tão eficazes quanto deveriam, pelo que optámos

por recorrer a estratégias mais adequadas e ajustadas. Assim, nas aulas de voleibol,

optámos pela utilização do giz para delimitar os campos, mas este procedimento não se

mostrou muito eficaz porque, quando transitávamos para outras situações, tínhamos que

alterar as dimensões do campo e isso exigia muito tempo, além de que as linhas

anteriormente marcadas confundiam os jogadores.

Optámos pela utilização de pinos pequenos ou por meias bolas para delimitar os

campos, já que a sua colocação era rápida e realizada pelos alunos que após uma série

de aulas demonstravam autonomia para a montagem dos campos e dos exercícios.

Relativamente às informações de retorno, feedbacks, verificaram-se algumas

carências quer na quantidade quer na pertinência dos mesmos. Esta lacuna teve que ser

trabalhada ao longo do ano letivo; para isso, decidimos criar um conjunto de feedbacks

ajustados ao contexto de aula e aos objetivos que pretendíamos trabalhar em cada uma.

Além dos feedbacks prescritivos, verificou-se também a necessidade de recorrer a

feedbacks visuais, principalmente nas matérias em que os alunos dificilmente

conseguiam ouvir o professor como no caso da natação.

Em determinadas aulas, utilizou-se o feedback interrogativo para estimular os

alunos e potenciar o seu sentido crítico e reflexivo em relação a si próprios e aos

colegas, porque, em determinadas circunstâncias, considerámos que os alunos

conseguem mais facilmente ter uma perceção do erro através da visualização dos

colegas. Este facto deve-se à capacidade do aluno em conseguir visualizar de forma

geral o movimento do colega, visto que não consegue ter a mesma perceção de si

mesmo quando ele próprio realiza o exercício.

Procurou-se também utilizar o feedback positivo como estratégia para obter

elevados níveis de empenhamento nas atividades. A utilização de feedbacks corretivos

substituiu a utilização de feedbacks negativos no sentido de diminuir os

constrangimentos dos alunos recorrendo a mais feedbacks positivos, conseguindo-se

assim desenvolver momentos de reestruturação das práticas.

Além da coerência e pertinência dos feedbacks, constatámos a existência de

outros fatores que contribuem para o êxito da sua aplicação, tais como a correta

colocação do professor no espaço de aula e o timing de utilização do feedback

44

pedagógico. Assim, o professor deve colocar-se de forma a garantir uma visão

panorâmica sobre toda a turma, assegurando o seu controlo e deslocando-se ao longo do

espaço de modo a poder observar todos os alunos. Por sua vez, o feedback dirigido ao

aluno requer, para ser mais eficaz, que o professor o utilize no momento imediatamente

a seguir à ação do aluno, de forma a procurar garantir que este o reconheça e assimile.

2.1.5. Controlo e avaliação

Neste capítulo, segue-se a análise do processo de avaliação desenvolvido ao

longo do ano letivo, bem como de todas as competências desenvolvidas no âmbito da

avaliação em conformidade com os critérios apresentados pelo regulamento interno da

escola e aprovados pelo conselho disciplinar. Por norma, o conceito avaliação está

associado à perceção individual de cada aluno perante aos parâmetros da sociedade e do

ensino.

A informação relativa à avaliação dos alunos é passível de ser consultada no site

da escola liceu Jaime Moniz na secção referente aos documentos. As informações sobre

a avaliação dos alunos estão definidas de acordo com a legislação em vigor.

“No processo de ensino-aprendizagem deverá existir consistência entre as

aprendizagens e o processo de avaliação. Tendo em conta as competências expressas

nos programas, deverão ser desenvolvidas estratégias próprias de modo a avaliar-se o

que é devidamente trabalhado, não podendo ser avaliadas competências que o professor

não tenha desenvolvido nos alunos” (ESJMa, 2014, p. 5).

De acordo com a mesma fonte (ESJMa, 2014, p. 5), “os dados da avaliação

formativa não devem ser utilizados como base para a classificação (avaliação sumativa),

mas para fazer evoluir o aluno nas suas aprendizagens”.

O núcleo de estágio optou por adotar estratégias que visassem a formação

individual de cada aluno, garantindo um apoio centrado e adaptado às suas dificuldades

e considerando a sua evolução e o seu desenvolvimento.

O artigo 12.º do Decreto-Lei nº 74/2004, p.1935, refere que “a avaliação

formativa é contínua e sistemática e tem função diagnóstica, permitindo ao professor, ao

aluno, ao encarregado de educação e a outras pessoas ou entidades legalmente

autorizadas [a] obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista

à definição e ao ajustamento de processos e estratégias”.

45

Como foi anteriormente referido, a avaliação deve ser contínua no tempo, daí

não poder ser entendida como referente a um momento pontual mas sim a todo um

determinado período de tempo.

A avaliação formativa assume um papel importante, pois permite ao professor

acompanhar todo o processo de ensino-aprendizagem, e também fornecer aos seus

alunos referências acerca dos seus progressos e dos seus pontos fracos. Desta forma, é

possível orientar a atividade dos alunos, e também a do professor, no sentido de

promover o ajuste das estratégias de ensino em conjunto com a aprendizagem. Esta

forma de avaliação torna o processo mais justo e criterioso, uma vez que os dados são

recolhidos em todos os momentos do processo de ensino/aprendizagem.

“As competências expressas nos programas assentam nos três domínios do

saber. Consequentemente, deverão ser avaliados o saber (conhecimento), o saber-fazer

(as capacidades) e o saber-ser (as atitudes). A avaliação das competências pressupõe a

definição de indicadores/comportamentos observáveis” (ESJMa, 2014, p. 6).

De entre as competências relativas às atitudes, o respeito e a responsabilidade,

apresentadas no programa devem ser desenvolvidas e valorizadas, com base nos

parâmetros expressos no documento aprovado em conselho pedagógico (ESJMa 2014).

De acordo com o artigo 13 do Decreto-Lei nº 74/2004, p. 1935, “a avaliação

sumativa consiste na formulação de um juízo globalizante, tem como objetivos a

classificação e a certificação e inclui: a avaliação sumativa interna […] e a avaliação

sumativa externa […] ” O professor, através desta avaliação, consegue obter resultados

quantitativos que traduzem a classificação do aluno.

O documento relativo à avaliação dos alunos aprovado pelo conselho

pedagógico define que esta avaliação em cada período, ou seja, a avaliação sumativa

interna, é global e deve ter em conta a progressão do aluno, traduzindo a classificação

no final de cada um dos três períodos letivos o percurso do aluno desde o início do ano

letivo até esse momento.

Relativamente às situações especiais, expresso no artigo 29.º (ESJMa, 2014, p.

21), “se, por motivo da exclusiva responsabilidade da escola ou por falta de assiduidade

motivada por doença prolongada, ou por impedimento legal devidamente comprovado,

não existirem, em qualquer disciplina ou área disciplinar, elementos de avaliação

sumativa interna respeitantes ao 3.º período letivo, a classificação anual da frequência é

a obtida no 2.º período”. Esta situação ocorreu no fim do ano letivo, mais propriamente

no 3.º período, em virtude de um agravamento do problema de saúde de uma aluna do

46

12.º-42 que necessitou de intervenção cirúrgica cuja recuperação se prolongou para

além do fim do ano letivo.

Ainda no decurso do mesmo ano, surgiu outra situação especial, a de uma aluna

do 12.º-42 que, por motivos de saúde expostos no respetivo atestado médico, se

encontrava numa situação de impossibilidade de realizar exercício físico de maior

impacto que colocasse em risco a sua própria integridade física. Posto isto, a aluna,

questionada relativamente à perceção do seu estado de saúde, respondeu que lhe seria

possível realizar maioritariamente as aulas de educação física. Contudo, o seu estado de

saúde veio a dificultar o seu desempenho nas aulas no segundo período, pelo que a

aluna ficou encarregada de auxiliar os alunos no transporte do material e nas questões

organizativas das aulas em função das solicitações da professora.

Esta situação é justificada pelo, artigo 15.º do Decreto-Legislativo Regional n.º

51/2012, p. 5107), relativo ao estatuto do aluno, o qual prevê a dispensa da atividade

física. O artigo refere que “o aluno pode ser dispensado temporariamente das atividades

de educação física ou desporto escolar incluídas no seu currículo, por razões de saúde

devidamente comprovadas”. O ponto 2 do mesmo artigo salvaguarda que, quando se

trate de situação que previsivelmente se prolongue por um ou mais períodos letivos,

obtida informação do departamento onde se inclua a disciplina de educação física,

compete ao órgão de gestão e administração escolar conceder a dispensa total ou parcial

da disciplina, nos termos definidos pela lei. Por fim, é especificado que, nos casos de

dispensa de atividades, compete ao professor da disciplina ou, nas situações previstas no

número anterior, ao órgão de gestão e administração escolar decidir acerca da

obrigatoriedade da presença do aluno na aula.

No que concerne à classificação final da disciplina, o Despacho Normativo n.º

338/93 e o Despacho Normativo n.º 45/96 determinam que, na reunião realizada no

final do 3.º período, compete ainda ao conselho de turma proceder a uma apreciação

global do trabalho desenvolvido pelo aluno e do seu aproveitamento ao longo do ano. O

artigo 15 prescreve que a avaliação sumativa interna integrada no processo de ensino-

-aprendizagem é formalizada em reuniões de conselho de turma, no final do 1.º, 2.º e 3.º

períodos letivos, tendo a do último a finalidade da apreciação global do trabalho

desenvolvido pelo aluno e do seu aproveitamento ao longo do ano.

Para a determinação da avaliação de Educação Física, consideram-se três

grandes áreas relativas às áreas específicas (as atividades físicas, a aptidão física e os

conhecimentos) e uma área não específica onde são ponderadas as atitudes.

47

A avaliação tem como referência a organização dos objetivos em cada uma das

áreas e as "Normas de referência para o sucesso" definidas no Programa Nacional de

Educação Física (Jacinto et al., 2001).

Quadro 2 – Critérios de avaliação

A ponderação destinada às áreas específicas engloba as atividades físicas, a

aptidão física e os conhecimentos que corresponde a 17 valores, ou seja 85% da

avaliação do aluno.

Relativamente às áreas das atividades físicas, mais precisamente às matérias de

ensino, a sua ponderação equivale a 65% (13 valores). No respeitante a cada matéria das

atividades físicas, o aluno pode situar-se num dos seguintes níveis: a) não atinge nível

introdutório; b) nível introdutório; c) nível elementar; d) nível avançado.

Para quantificar a avaliação da área da aptidão física que representa 10%, ou seja

2 valores, são utilizadas as normas de referência sobre a aplicação do Fitnessgram em

que os alunos são avaliados em diversos testes de aptidão (corrida 1 milha, abdominais,

extensão dos braços, extensão do tronco, senta e alcança, flexibilidade de ombros).

Áreas de

avaliação

Áreas Específicas Área não

específica

Atividades

Físicas Aptidão Física Conhecimentos Atitudes

Ponderação 65%

(13 valores)

10%

(2 valores)

10%

(2 valores)

15%

(3 valores)

Conteúdos Matérias

Capacidades

condicionais

(referência à ZSAF

do Fitnessgram)

Desporto c/ componente de

cultura

Processos de

desenvolvimento e

manutenção da condição

física

Regulamentos de cada

modalidade

Técnicas de execução

Regras segurança

Autonomia

Responsabilidade

Participação

Instrumentos Registo de

Observações Fitnessgram Teste escrito e/ou trabalho

Registo de

Observações

Periodicidade

Todas as aulas

Momentos

formais

Início do ano letivo

Final de cada

período

Por período Todas as aulas

48

Os resultados são obtidos através dos valores de referência da zona saudável e

em função da sua progressão de acordo com os critérios definidos pelo grupo de

Educação Física. Apesar de o Fitnessgram não ter sido desenvolvido para ser utilizado

com a finalidade de avaliação, o PNEF prevê a sua utilização para avaliar os níveis de

aptidão física dos alunos, tendo para isso o grupo elaborado uma tabela de quantificação

dos resultados obtidos (ANEXO N).

No que concerne à área dos conhecimentos, a sua quantificação é de 10% (2

valores). Nesta área são avaliados os conhecimentos dos alunos relativamente a:

Aprendizagem dos processos de desenvolvimento e manutenção da condição

física;

Aprendizagem dos conhecimentos relativos à interpretação e participação nas

estruturas e fenómenos sociais extraescolares, no seio dos quais se realizam as

atividades físicas;

Regulamentos de cada modalidade;

Técnicas de execução;

Regras de segurança.

No que se refere aos conhecimentos dos alunos, o instrumento de avaliação

adotado foi o teste escrito, apesar de existir a opção alternativa da realização de um

trabalho. Optámos pela realização do teste escrito, próximo do fim de cada período, cuja

nota contabilizava 10% para a classificação final.

A avaliação das atitudes corresponde à área não específica e é determinada pela

avaliação da autonomia, da responsabilidade e da participação, sendo o seu valor

quantitativo compreendido entre o zero e os três valores, ou seja, corresponde a 15% da

classificação do aluno.

2.2. Assistência às aulas

Segundo Mendes, Clemente, Rocha & Damásio (2012), “a génese da observação

acompanha o ser humano desde os primórdios da espécie. O Homem sempre se

socorreu da observação como instrumento de garantia da sua subsistência e evolução”

(p. 58).

Hernández e Molina (2002), citados por Prudente, Garganta e Anguera (2004)

referem que o âmbito desportivo refere-se a uma “situação social em mudança

49

permanente, pelo que os procedimentos estáticos de análise não são suficientes, antes

requerem uma perspetiva dinâmica das condutas, o que coloca a metodologia

observacional como ferramenta mais adequada” (p. 51).

Para que o nosso processo observacional seja exequível foi importante a

construção do instrumento de recolha de dados, a fim de que o instrumento seja

adequado ao contexto e às finalidades específicas que se pretende analisar.

De acordo com Mendes et al., (2012), o fenómeno da observação “é

influenciado por distintos fatores, dos quais se destacam a experiência do observador, a

realidade observada, a atenção seletiva, o acoplamento com o objetivo e o ambiente em

que se observa” (p. 58).

A observação das aulas de Educação Física bem como a análise crítica e a

discussão dos resultados obtidos constituem-se como fatores decisivos na promoção da

reflexão sobre a prática letiva e, consequentemente, na procura da melhoria da ação

educativa.

Os processos de análise dos padrões comportamentais do professor observado

resultaram numa reflexão crítica sobre a sua atuação centrada na resolução de eventuais

dificuldades, sendo este processo estimulado ao longo do estágio através da troca de

ideias que nos permitiu estruturar e repensar a aplicação de determinadas metodologias

e estratégias.

Neste sentido, a análise do comportamento do professor estagiário e do professor

experiente insere-se nas linhas do estágio, sendo este um processo observacional através

do qual se pretende recolher e analisar os dados recolhidos num sentido crítico e

reflexivo.

“As funções essenciais da observação estão relacionadas com a identificação de

prestações/rendimentos menos eficazes que permitam ao professor fornecer informação

de retorno ao aluno sobre a performance ou sobre o resultado como, por exemplo, o

feedback pedagógico que contribui para o aperfeiçoamento da sua prestação e, como tal,

produz efeitos benéficos no processo de aprendizagem” (Mendes et al., 2012, p. 60).

De acordo com Oliveira et al., (2013), citando Fink & Siedentop (1989), “o

stresse provocado no professor estagiário pela sua falta de experiência, a falta de

maleabilidade e de sistematicidade de regras e rotinas explicam a propensão para adotar

comportamentos extremos e inconsequentes, ora para contemporizar com

comportamentos inaceitáveis dos alunos, ora para impor castigos desajustados sobre

comportamentos de indisciplina triviais” (p. 28).

50

Cloes et al., (1998), citado por Oliveira et al., (2003, p. 28), explicam que

“professores inexperientes, por falta de confiança, por menor capacidade de prevenção e

controlo do comportamento dos alunos, acabam por recorrer frequentemente a

estratégias punitivas”.

A assistência às aulas foi um procedimento realizado por parte dos professores

estagiários às aulas dos professores mais experientes, e vice-versa, na escola onde se

realizou o estágio pedagógico, o que resultou num processo da partilha de experiências

observadas entre as duas partes e todos entre si, as quais conduziram a processos de

reflexão conjuntos e individuais e contribuíram para o nosso desenvolvimento pessoal e

profissional.

Essas observações envolveram, além dos estagiários, quatro professores com

experiência profissional que lecionam Educação Física aos alunos do 12.º ano da Escola

Jaime Moniz.

Para a assistência às aula de Educação Física, foi necessário solicitar aos

professores observados a sua autorização. Os professores de Educação Física aceitaram

voluntariamente participar na sua análise.

O nosso estudo envolveu 4 turmas mistas do12.º ano de diferentes cursos.

A recolha de informação relativa ao comportamento do professor foi realizada

com base no sistema observacional realizado pelos colegas estagiários dos anos letivos

anteriores e nalguns documentos de observação consultados aquando da revisão da

bibliografia.

O instrumento concebido contempla oito categorias relativas aos

comportamentos dos professores e, ao criá-lo, pretendeu-se que fosse prático, fiável e

que as suas categorias fossem devidamente discriminadas.

Segundo Sarmento, Rosado, Rodrigues, Veiga e Ferreira (1990), o sistema de

observação do comportamento do professor consiste num instrumento de observação da

aula de Educação Física, com objetivo de estudar o seu comportamento, traçando um

perfil das suas características mais frequentes. Os mesmos autores referem que a

observação visa um registo com “grande grau de objetividade, cuja validade está

assegurada por aplicações sucessivas em diversos trabalhos de investigação”.

Na fase anterior à seleção do instrumento, procurámos identificar aquilo que

pretendíamos efetivamente identificar; esta seleção teve por base os critérios que

considerámos pertinentes e a análise dos conteúdos dos registos existentes realizados

por colegas de anos anteriores.

51

O sistema de análise por nós utilizado é composto por 8 categorias, que

representam os comportamentos mais comuns dos professores, citados por Sarmento et

al., (1990) e por Freitas, Vieira e Gonçalves (2012, p. 48).

Instruções (I) – são as intervenções do professor, claras e objetivas, relativas à

matéria de ensino ou à forma de realização do exercício (critérios de êxito);

Feedback (FB) – é toda a reação verbal ou não verbal do professor à prestação

motora dos alunos com diferentes possibilidades de objetivo e com um momento de

observação da indução desse feedback;

Organização (ORG) – intervenções do professor que regulam as condições

materiais da turma, tais como: deslocamentos dos alunos, transições, indicações

relativas à colocação de materiais, formação de grupos, etc.;

Afetividade aprovativa (AP) – o professor elogia, encoraja, recompensa, incita

ao esforço ou apresenta um aluno como exemplo a seguir, criando um clima positivo na

aula;

Afetividade desaprovativa (AN) – o professor critica, acusa, ironiza, ameaça,

castiga, etc;

Intervenções verbais dos alunos (IVA) – período durante o qual o professor ouve

os alunos. O aluno fala por sua iniciativa ou responde a uma questão apresentada pelo

professor;

Observações (OBS) – períodos durante os quais não ocorre intervenção verbal

do professor ou do aluno. O professor revela interesse no decorrer da aula, observando-a;

Outros comportamentos (O) – outros comportamentos não especificados.

As regras de registo implicam um período temporal onde decorrem as ações a

observar. No caso das aulas de Educação Física, estas têm a duração de 90 minutos,

sendo cada aula considerada a sessão de observação. Contudo, está estabelecido pelo

regulamento interno da escola que os alunos têm 5 minutos de tolerância após o toque

de entrada, 10 minutos no caso do primeiro tempo e 10 minutos de tolerância antes do

toque de saída no caso das aulas práticas de Educação Física. Este tempo de tolerância

deve-se à necessidade de os alunos tomarem banho e sair das instalações até ao toque da

aula seguinte. Assim sendo, restam 75 minutos, 70 no caso da aula do primeiro turno,

sendo esta a duração de cada sessão observada. O método de registo centra-se no

número de registo de ocorrências que surgem nos intervalos temporais estabelecidos.

No nosso sistema, os professores estagiários utilizaram 5 sessões de observações

a cada professor experiente. Cada sessão de observação (1 aula) é composta por 5

52

períodos de observação de 5 minutos. Optámos por dividir cada período em 3 intervalos

de 5 minutos.

Quanto ao registo, optámos por marcar todas as ocorrências com um traço dentro

da categoria verificada respetiva a cada período temporal, facilitando assim o processo

de apontamento e obtendo maior número de informações.

Quanto à grelha de registo, verificou-se a necessidade de realizar algumas

alterações no sentido de torná-la mais adequada ao processo de observação (ver ficha de

registo no (ANEXO I).

Através da assistência às aulas dos professores estagiários e dos professores

experientes, verificou-se que os comportamentos mais registados foram a instrução, o

feedback, a organização e a observação. No geral, podemos constatar que o mesmo

acontece com os professores estagiários, o que significa que todos os professores

observados dão maior ênfase às categorias referidas.

Concluímos ainda, de forma mais detalhada, que os professores estagiários, quer

na instrução quer na organização, revelam valores mais elevados de ocorrência. Face a

esta análise, podemos explicar a ocorrência destes acontecimentos como resultante da

experiência dos outros professores, a qual lhes permite manter a classe organizada

durante períodos mais longos, reduzir os tempos de transição entre os exercícios bem

como os momentos de instrução.

Relativamente ao feedback, os professores experientes registam grande

incidência durante as aulas. Os professores estagiários, fruto das reflexões críticas

realizadas após as aulas em conjunto com a professora orientadora, procuraram utilizar

o feedback de forma frequente como meio de auxiliar os seus alunos. Aqui, sentimos

que seria interessante observar o conteúdo do feedback e compará-lo entre os

professores experientes e os professores estagiários para verificarmos quais os tipos de

feedback que são mais utilizados em ambos os casos.

A utilização da ficha de observação contribuiu para registar e analisar de forma

quantitativa os comportamentos dos professores. Este tipo de análise, contudo, não nos

permitiu determinar que tipo de intervenção é mais frequente num e noutro professor.

Consideramos, portanto, que seria relevante estender a nossa análise à observação dos

professores estagiários ao longo de todo o ano letivo de forma significativa durante

todos os períodos letivos, procurando apurar se o perfil do professor se manteve igual

ou se se alterou ao longo da sua prática letiva.

53

Durante este processo metodológico observacional, verificaram-se algumas

limitações respeitantes à sua aplicação. Relativamente à observação das aulas dos

professores estagiários, considerámos que estas deveriam ter sido realizadas no início do

ano letivo, uma vez que este processo poderia ter representado uma mais-valia na nossa

formação como professores, reconhecendo no entanto que, apesar disso, ele muito

contribuiu para a compreensão de fatores inerentes ao processo de lecionação.

54

3. ATIVIDADES DE NATUREZA CIENTÍFICO-PEDAGÓGICA

3.1. Ação científico-pedagógica individual

A ação científico-pedagógica individual denominou-se “ O softball e o basebol e

a sua operacionalização nas aulas de educação física”. A apresentação deste trabalho

pelo grupo disciplinar de Educação Física foi o resultado de uma exaustiva pesquisa e

recolha bibliográfica que posteriormente foi apresentada num poster (ANEXO K),

durante o seminário de Desporto e Ciência promovido pela UMa.

O nosso trabalho foi estruturado em duas partes; a primeira aborda a

apresentação e o enquadramento teórico do softball e do basebol, e a segunda parte

apresenta sugestões práticas de progressões de exercícios referentes às matérias.

A escolha do tema surgiu pelo interesse revelado pelos profissionais de

Educação Física, da ESJM.

Pelas condições que reúne, a ESJM beneficia a sua abordagem, uma vez que

dispõe dos materiais necessários para a sua prática, num campo com dimensões e

características favoráveis à sua lecionação.

O softball e o basebol são modalidades coletivas que contribuem para o

desenvolvimento psicomotor do aluno, porém são matérias ainda pouco vulgarizadas

nas escolas. Contudo é notória a expressão que têm vindo a ganhar na ESJM, daí a

importância em operacionalizá-las na Escola para proporcionar aos professores de

Educação Física ferramentas para estimular anda mais a sua lecionação.

Segundo Dimas e Siqueira (s.d.), verifica-se cada vez mais à procura de novas

modalidades na escola, numa tentativa de fugir às modalidades ditas “tradicionais”.

Através da escola, os alunos devem ser incentivados a experimentar diferentes

modalidades uma vez que só assim, através da sua experimentação, estes podem ganhar

gosto pela sua prática despertando-os assim para a importância da prática de atividade

física além das aulas de Educação Física.

Como acontece com as diferentes matérias lecionadas nas aulas de Educação

Física, também o softball e o basebol são meios de transformação dos alunos visto

poderem contribuir para que eles atinjam as finalidades e os objetivos (gerais e

específicos) do Programa Nacional de Educação Física (PNEF).

De acordo com taxonomia de Almada, Fernando, Lopes, Vicente e Vitoria

(2008), o softball e o basebol enquadram-se nos desportos coletivos onde a divisão de

55

trabalho por diferentes elementos do grupo é privilegiada, o que implica portanto o

desempenho de funções específicas e o domínio da dinâmica das suas coordenações

(dinâmica de grupos).

À semelhança do que refere Almada et al., (2008), Bayer (1994), refere que o

basebol enquadra-se no grupo taxonómico dos Jogos Desportivos Coletivos (JDC), por

apresenta características comuns a este grupo como a existência de um objeto (bola ou

disco), que pode ser jogado com os segmentos corporais ou por intermédio de um

instrumento, um terreno de jogo estandardizado, um alvo para atacar e defender, colegas

de equipa com quem cooperar e progredir com o objeto de jogo, uma oposição

(adversário) para vencer e um regulamento que é necessário cumprir.

Independentemente das matérias escolhidas para serem lecionadas no decorrer

do ano letivo, os processos de ensino-aprendizagem devem ter em consideração as

características dos alunos e as suas dimensões cognitivas, afetivas, éticas, relacionais e

sociais. Os alunos devem aprender não só os parâmetros técnicos mas também

interpretar as regras e estratégias, ter sentido crítico, saber avaliar as situações do seu

ponto de vista ético, colaborar com os colegas e saber aceitar a vitória e a derrota.

Partilhamos a ideia de que a Educação Física na escola não deve ter como

objetivo conseguir que os alunos aprendam gestos estereotipados através da sua

repetição levando-os à sua própria automatização e reprodução, mas sim conduzi-los

num processo de aquisição de conhecimentos relativos ao seu corpo e ao movimento,

concedendo-lhes autonomia ao nível da utilização da sua capacidade motora e

habilitando-os a refletir sobre suas capacidades corporais, exercendo-as de forma

autónoma dentro do contexto social e cultural adequado.

Desta forma, o softball e o basebol como matérias integradas no PNEF devem

ser um meio de desenvolvimento da autonomia dos alunos no sentido de estes serem os

responsáveis pela regulamentação do seu esforço, delineando os seus objetivos,

reconhecendo as suas competências e limitações.

Para Simas e Siqueira (s.d.), o basebol apresenta-se como uma proposta de

atividade física desportiva na escola, como uma alternativa credível para os professores

que queiram investir em matérias diferentes e que se constituam como atrativas e

aliciantes para os alunos. O basebol não acarreta grandes custos, nem grandes espaços,

considerando por exemplo a vertente do softbol que permite grande adaptabilidade à

escola, pois necessita apenas dos espaços das modalidades tradicionais, de um taco, uma

bola e, obviamente, dos alunos.

56

O objetivo do nosso trabalho consistia em dar resposta às preferências referidas

pelos professores, e pretendeu contribuir para a sua formação numa área em que se

verifica grande interesse por parte dos alunos. Estas modalidades estão integradas nas

matérias alternativas do PNEF e, como tal, devem ser abordadas com o mesmo grau de

exigência e importância que se verifica nas restantes modalidades.

O basebol é um desporto coletivo em que as equipas são constituídas por nove

elementos. O objetivo do jogo é obter o maior número de pontos durante as partidas

(Batista, Rêgo e Azevedo 2008).

Outras caraterísticas importantes são a oposição (da equipa adversária), a

cooperação entre colegas, a interação (entre os elementos da mesma equipa e interação

com os adversários), dentro de uma realidade/contexto em constante mudança, com a

qual interagem e que determina a fonte de incertezas que caraterizam os JDC, a

reversibilidade (onde as equipas atacam ou defendem alternadamente) e a emulação

(situar-se comparativamente ao outro, ou seja, comparação e diálogo, leitura do jogo),

de acordo com Bayer (1994).

As suas características mais marcantes expressam-se pela existência de um

lançador e de um batedor, que iniciam o jogo, e pela corrida para a conquista de bases

por parte dos atacantes.

Para ganhar pontos no basebol, a equipa tem que conseguir dar o maior número

possível de voltas ao quadrado de jogo, em cada partida, antes que três dos seus

elementos sejam eliminados pela equipa adversária.

O softball e o basebol encontram-se no PNEF inseridos nas matérias

alternativas. Os seus objetivos encontram-se definidos no programa para o nível

introdutório, elementar e avançado, de acordo com as regras do softball, ao passo que os

conteúdos do basebol estão definidos apenas para o nível avançado. Os conteúdos

estipulados pelo PNEF encontram-se no capítulo designado como proposta de

abordagem prática ao basebol, inseridos no subcapítulo dos conteúdos programáticos.

Estas matérias integram-se nos jogos desportivos coletivos, e o objetivo específico é

cooperar com os companheiros, realizando com oportunidade e correção as ações

técnico-táticas elementares em todas as funções, conforme a oposição em cada fase do

jogo, aplicando as regras, não só como jogador mas também como árbitro (Jacinto et

al., 2001, cf. p. 14).

O tema da ação científico-pedagógica individual foi escolhido através de um

questionamento informal no sentido de averiguar as preferências manifestadas pelos

57

professores. Uma tal escolha contribuiu também para a necessidade de aprofundarmos o

nosso conhecimento enquanto docentes, procurando dar resposta ao desenvolvimento

desta matéria que tem vindo a potenciar o nível de conhecimentos e competências dos

alunos.

Esta ação científica de carácter individual foi apresentada em conjunto com o

colega de estágio Élvio Abreu, uma vez que os temas abordados surgem na

continuidade e complementaridade uma da outra.

A proposta da ação foi enquadrada na perspetiva de abordar uma série de

progressões pedagógicas que abrangem os três níveis do PNEF (introdutório, elementar

e avançado), no sentido de auxiliar, como ferramenta de orientação, a atuação do

professor de Educação Física na lecionação do softball e do basebol no âmbito escolar.

Face aos objetivos proposto pelo PNEF, cabe ao professor a responsabilidade de

escolher e aplicar as soluções pedagógicas e metodologicamente mais adequadas,

investindo as competências profissionais desenvolvidas na sua formação nesta

especialidade, para que os efeitos da atividade do aluno correspondam aos objetivos dos

programas, utilizando os meios que lhe são atribuídos para esse fim (Jacinto et al.,

2001, cf. p. 8).

O softball e o basebol, tal como as outras matérias, requerem uma série de

comportamentos próprios dos desportos coletivos que exigem do professor uma

intervenção congruente com uma educação de valores, tais como o respeito mútuo a

disciplina e o fair-play.

Frequentemente, alguns professores de Educação Física alegam a falta de

recursos materiais e de espaços físicos adequados nas suas escolas, realçando que estas

limitações interferem diretamente no planeamento e organização das aulas. Esse tema

foi refletido e analisado durante a nossa formação, quer ao nível da licenciatura quer ao

nível do mestrado, tornando evidente a necessidade da construção de materiais didáticos

alternativos passíveis de serem aproveitados nas aulas de Educação Física, tal como a

utilização criativa dos espaços de que as escolas dispõem, os quais nem sempre

oferecem as condições mais adequadas para as práticas escolares.

A ESJM apresenta vários espaços adequados e quantidade suficiente de

materiais, comparativamente com outras escolas da região. Além dos espaços físicos, a

Escola possui material apropriado à lecionação destas duas modalidades. Nela, o

softball dispõe de luvas, bolas e de tacos; o basebol, de luvas, tacos de alumínio, bolas,

máscaras e capacetes

58

Além do material específico das matérias de softball e basebol, pretendemos

com o nosso trabalho elucidar os professores para a utilização, adaptação e confeção de

alguns materiais alternativos que podem auxiliar no processo de aprendizagem, e sem

custos.

Para a operacionalização dos exercícios propostos, utilizaram-se alguns

materiais alternativos como a raquete de ténis em substituição do tradicional taco de

basebol, uma vez que, dadas as dimensões da cabeça da raquete, o ponto de contacto

desta com a bola é superior à do taco. Utilizaram-se ainda materiais como o arco e uma

caixa de cartão para facilitar a identificação da zona de strike pelo lançador.

Apesar das características favoráveis à prática destas matérias no campo de

futebol da ESJM, foi necessário colmatar a ausência das linhas entre as bases; para isso,

foram utilizadas as fitas de trânsito que facilmente são colocadas e não impedem a

função dos corredores de bases. Outra utilizada estratégia foi a o recurso a bolas de

maior dimensão no sentido de facilitar o trabalho dos defesas na sua receção de forma

eficaz.

A Escola possui tapetes em forma de quadrado que substituem as bases

tradicionais. Trata-se de uma alternativa rentável quer ao nível do seu transporte, quer

ao nível da facilidade com que os alunos identificam a localização das bases no espaço

de aula. Contudo, optámos como alternativa pela utilização dos sacos de areia que

facilmente podem ser adotados nas escolas.

À semelhança dos procedimentos que ocorrem nas restantes matérias, é

fundamental incutir nos alunos o sentido de responsabilidade na conservação o material,

reforçando as implicações ao nível da segurança no caso da utilização do bastão. Em

cada aula, os alunos foram responsabilizados pelo transporte do material para o

respetivo espaço e deste para o seu local próprio no fim da aula.

Consideramos que o ensino eficaz depende da seleção e aplicação de métodos

adequados que garantam ao professor corresponder aos princípios didáticos e às

características específicas do basebol. O jogo de basebol transita de exercícios

pedagógicos, de exercícios específicos e reduzidos para exercícios básicos gerais. O

método de ensino global, especialmente o jogo, permite integrar as habilidades motoras

de modo a cada aluno poder alcançar os objetivos implícitos no jogo de basebol.

A abordagem proposta é baseada na prática de basebol através de situações de

jogos simplificados, que proporciona maior motivação, além de simultaneamente

59

abordar as regras fundamentais relacionadas com as competências necessárias para o

desenvolvimento do jogo.

De acordo com Garganta (1998), “o jogo deve estar presente em todas as fases

de ensino/aprendizagem, pelo fato de ser, simultaneamente, o maior fator de motivação

e o melhor indicador da evolução e das limitações que os praticantes vão revelando” (p.

26). Contudo, face às observações realizadas ao longo das aulas de basebol, verificámos

alguma dificuldade referente ao nível do lançamento e do batimento

Face a esta situação, consideramos fulcral uma intervenção direcionada para o

desenvolvimento e aquisição de competências, focada na situação anteriormente

referida (lançamento/batimento), uma vez que esta é o ponto de partida para o

desenrolar do jogo.

Sugerimos como metodologia de trabalho uma estrutura ao nível do

planeamento das aulas constituídas por uma parte inicial, por uma fundamental e pela

sua parte final. À parte inicial, corresponde a ativação cardiovascular e o trabalho das

capacidades condicionais de força, flexibilidade e velocidade. Na parte fundamental,

são abordadas as questões relativas às regras implícitas no exercício/jogo bem como os

aspetos organizativos dos mesmos. Nesta, é também importante chamar a atenção dos

alunos para pontos a ter em conta nas aulas seguintes no sentido de melhorarem a sua

prestação, contribuindo desta forma para a compreensão e aprendizagem dos conteúdos

abordados. Na parte final, os alunos devem realizar alguns exercícios que permitam

alongar os grandes músculos mais utilizados durante a aula e desta forma regressar à

calma.

Segundo Garganta (1998), nos JDC, as técnicas não se restringem a movimentos

específicos; compreendem também ações motoras e formas de expressão do

comportamento destinadas a solucionar os problemas que as situações de jogo colocam

ao praticante. A técnica, de acordo com o mesmo autor, implica uma motricidade

especializada e específica de uma modalidade desportiva que permite resolver de uma

forma eficiente as tarefas do jogo (cf. p 22).

Desta forma, o autor acima referido esclarece que a aprendizagem dos

procedimentos técnicos de cada um dos JDC constitui apenas uma parte dos

pressupostos necessários para que, em situação de jogo, os praticantes sejam capazes de

resolver os problemas que o contexto específico, o jogo, lhes coloca.

60

Durante as aulas, o professor é o elemento responsável por desenvolver

situações que fomentem a motivação dos alunos para a tarefa e utiliza o feedback e a

correção dos aspetos técnico-táticos como ferramenta de ensino-aprendizagem

O clima da aula é também um fator de motivação uma vez que possibilita,

estimula e mobiliza os alunos para a nova tarefa através da relação de

cooperação/oposição.

O feedback é um procedimento essencial a que o professor deve recorrer sempre

que necessário durante a aula no momento mais oportuno e com a frequência correta,

em ordem a orientar o aluno no processo ensino-aprendizagem.

Em termos gerais, refletindo sobre os acontecimentos da nossa ação científico-

pedagógica individual ao longo do seu processo, podemos concluir que o balanço foi

positivo.

Durante a ação e no fim dela, alguns professores manifestaram dúvidas e

expuseram questões que oportunamente foram clarificadas, quer em termos de regras

quer referentes à operacionalização de alguns exercícios.

Relativamente à apresentação, de acordo com a nossa perceção e em

concordância com o público, conseguimos conduzir bem o tema, manifestando à-

vontade perante a plateia, com boa colocação de voz e boa postura, o que influenciou o

interesse demonstrado pelos docentes.

Alguns deles, na fase final da primeira parte onde foram apresentadas e

clarificadas algumas regras, manifestaram-se ligeiramente enfadados, desligando um

pouco da apresentação, devido ao carácter descritivo da mesma. Contudo, na

apresentação do vídeo, recuperámos o seu interesse e atenção. Consideramos que a

apresentação poderia ter sido muito mais rica, se esse vídeo tivesse sido editado e se

tivéssemos proporcionado, após cada regra, a respetiva visualização.

Na segunda parte, ou seja, na parte mais operacional do trabalho destinada à

apresentação dos exercícios propostos, os docentes presentes na apresentação

demonstraram um maior interesse, uma vez que poderiam ser adaptados às suas aulas,

de forma a poderem lecionar o jogo de basebol com um maior leque de opções para

trabalharem as suas várias componentes, não recorrendo unicamente ao jogo em si.

Com os exercícios propostos pretendia-se exemplificar, uma panóplia de

exercícios onde o professor pudesse trabalhar as dificuldades e os erros mais frequentes

dos seus alunos, recorrendo a situações mais específicas, tanto de lançamento,

61

batimento, corrida de bases, entre outras, como de situações de jogo reduzido e de jogo

condicionado, permitindo assim descomplexificar a aprendizagem do basebol.

Refletindo sobre o processo da ação individual, a conceção do poster, chegou-se

à conclusão de que este deveria surgido de início realçando o seu conteúdo. Com efeito,

sem isso, tornou-se mais complicado porque poderíamos ter derramado no poster

reflexões da apresentação e assim termos sido capazes de sintetizar muito melhor a

informação contida no poster com mais objetividade. Todavia, cremos que a ação

cumpriu os seus objetivos. Com efeito, tendo em conta os constrangimentos verificados,

ambas as apresentações e ambos os documentos foram bem conseguidos, elucidando os

ouvintes acerca da operacionalização da matéria de basebol na escola.

A avaliação de uma ação científico-pedagógica não pode estar limitada apenas a

uma autoanálise reflexiva de todo o processo de trabalho, deverá ser auxiliada por uma

recolha de informação junto dos participantes, de forma a contribuir para uma avaliação

mais fidedigna e real. Assim, se poderão identificar com mais consistência os pontos

mais positivos e os menos positivos da ação com vista a futuros reajustamentos no

âmbito de outras acções.

Tendo em conta esse enquadramento, tentámos medir o grau de satisfação dos

participantes na ação através da utilização de um questionário anónimo, o que permitiu

obter, de uma forma simples e rápida, as opiniões dos participantes recorrendo a um

questionário que lhes foi entregue numa reunião de grupo disciplinar e recolhido no fim

da mesma.

3.2. Ação científico-pedagógica coletiva

A ação científico-pedagógica coletiva organizada no âmbito do estágio teve

como principal objetivo desenvolver o tema “Programas de Educação Física, da teoria à

prática”. Para este propósito, cada núcleo foi responsável por abordar um tema

específico, ficando o módulo 3 à responsabilidade do núcleo de estágio da Escola Jaime

Moniz onde foram refletidos alguns tópicos relacionados com as “Matérias

Alternativas: Potencialidades e Equívocos – Basebol e Canoagem”.

Esta atividade desenrolou-se respeitando as orientações programáticas do

mestrado em ensino de educação física e desporto nos ensinos básicos e secundários, as

quais prevêem que os mestrandos de todos os núcleos de estágio desenvolvam um ação

científico-pedagógica de caráter coletivo.

62

No sentido de refletirmos melhor sobre a organização das matérias, do Programa

Nacional de Educação Física (PNEF), no nosso caso o basebol e a canoagem, procurou-

se apurar como se dispõem ao longo dos ciclos escolares.

A referida ação foi de caráter público e contou com alguma sua expressão ao

nível das escolas da região sob a forma de conferência ou preleção.

Os temas delineados foram expostos oralmente dentro do tempo estabelecido, e

os núcleos de estágio contaram maioritariamente com preletores convidados com o

intuito de enriquecer os seus temas do ponto de vista da experiência pessoal que cada

preletor transmitisse na sua comunicação.

Cada matéria expressa no PNEF representa uma mais-valia no processo de

ensino-aprendizagem dos alunos, uma vez que a sua diversificação permite a cada um

diversificar as suas competências.

Contudo, Jacinto et al,. (2001) consideram que a “seleção dos objetivos

específicos e a aplicação dos processos formativos, de aprendizagem e treino, são objeto

de deliberação pedagógica ao nível da realidade educativa concreta, cujas limitações e

possibilidades particulares só podem ser apreciadas pelo professor”. (p. 7)

Desta forma, as matérias devem ser vistas como um meio para atingir os

objetivos propostos e não como um fim. As crianças e os jovens experienciam, desde a

sua infância, um conjunto de situações como por exemplo os jogos desportivos

coletivos que lhes permitem ganhar competências e habilidades físicas

independentemente de saber ou não jogar o jogo.

As aulas de Educação Física devem recorrer a estímulos diversificados, quer ao

nível do ambiente quer ao nível da diversificação dos movimentos, em detrimento da

especialização precoce que não é prioritária na vida da criança ou do jovem.

Neste sentido, alertamos para a importância dos professores de Educação Física

recorrerem a um leque diversificado de matérias que permitam aos alunos desenvolver o

seu reportório motor sem que sejam condicionados pelas caraterísticas individuais de

cada matéria.

Segundo Marnoco e Sousa (1895), cit. por Brás e Gonçalves (2009), não pode

haver desenvolvimento intelectual e moral sem desenvolvimento físico, salientando que

a preocupação exclusiva pelo desenvolvimento mental é prejudicial à própria

inteligência, pois, na sua perspetiva, não é compreensível que seres com um débil

equilíbrio orgânico possam ser fortes pensadores (cf. p. 111).

63

A educação física, segundo Zago e Galante (s.d.), citando Hurtado (1983),

destina-se a promover o desenvolvimento físico, social, emocional e mental da criança

através da atividade corporal. Assim, torna-se explícita a preocupação com o

desenvolvimento integral da criança como ser convivente e agente da sociedade,

possuidor de vontade e limitações (cf. p. 380).

Silva e Pieri (s.d.) referem que, “para ter um bom aproveitamento da

aprendizagem independente da área do conhecimento a criança em idade escolar precisa

ter um domínio corporal para poder ter um bom aproveitamento, desta forma, o domínio

corporal e as aprendizagens cognitivas passam a caminhar juntas” (cf. p. 413).

“A atividade formativa deve ser tão global quanto possível e tão analítica quanto

necessário”, defendem Abrantes, Galvão, Loureiro, Lemos, Duarte, Figueiredo, Roldão

e Santos (2001, p. 223), considerando atividade “global” a organização da prática do

aluno segundo as características da atividade referente em causa – jogo, concurso,

percurso, sequência, coreografia, etc. Já as atividades “analíticas”, para os autores, são

entendidas como a exercitação, o aperfeiçoamento de elementos parciais e críticos das

diferentes competências técnicas ou técnico-táticas em situações simplificadas ou

fracionadas da atividade implicada.

Abrantes et al., (2001) defendem que, em cada um dos ciclos do ensino básico,

deve-se assegurar que os alunos participem em situações caraterísticas dos jogos

desportivos coletivos, da ginástica, do atletismo, dos Desportos de Raquetas, dos

Desportos de Combate, da Patinagem, da Dança, das Atividades de Exploração da

Natureza e dos Jogos Tradicionais e Populares […] de forma a garantir o ecletismo da

educação física e promover o desenvolvimento multilateral das crianças e jovens (cf. p.

223).

O basebol e a canoagem são matérias de ensino que estão contempladas no

Programa Nacional de Educação Física. Estas matérias têm a particularidade de estarem

presentes e ao dispor dos docentes a partir do 3.º ciclo de ensino até ao ensino

secundário. Se tivermos em conta o 2.º ciclo, este panorama já não acontece, porque a

matéria de basebol não é contemplada nos programas, ao contrário da canoagem que

continua presente (Ministério da Educação, s.d.; Jacinto et al,. 2001).

Existem várias etapas de aquisição de habilidades motoras ao longo da vida e,

consequentemente, a aquisição de padrões fundamentais de movimento torna-se vital

para o desenvolvimento da criança, em particular as atividades motoras na educação

física (Oliveira 2002, cf. p. 37).

64

O desenvolvimento dos padrões fundamentais de movimento como andar,

correr, saltar, arremessar, etc. segue uma sequência de estágios representando níveis

graduais de proficiência, isto é, de controlo motor, sendo esses os padrões que

constituem a primeira forma de ação voluntária no controle de movimentos. (Pellegrini

1983, cit. por Oliveira 2002, p. 37).

Para Le Boulch (1982), citado por Silva (2013, p. 23), a coordenação motora

global consiste em colocar a criança numa tarefa bem definida, em que ela deverá

encontrar uma resposta através de ajustamentos progressivos, permitindo-lhe assim a

descoberta de uma nova práxis. A finalidade é a plasticidade do ajustamento,

alcançando um certo desempenho motor. O mais importante segundo o autor é a procura

efetuada pela criança no plano da descoberta, mais do que a realização do gesto

propriamente dito.

Face ao desenvolvimento dos alunos, os objetivos expressos no PNEF podem ser

vistos como uma orientação para a ação do professor que encontra indicadores no

sentido de orientar a sua prática em coordenação com os professores de educação física

da escola.

Cabe ao professor o papel de motivar os alunos utilizando jogos não formais que

evoluam das situações analíticas para as situações de jogo, utilizando conteúdos e

princípios criativos e originais das matérias.

O basebol é um exemplo de uma matéria dos jogos desportivos coletivos que,

pelas suas características marcantes, permitem aos alunos ganhar competências que

podem ser transferidas para outras matérias.

De acordo com o Currículo Nacional do Ensino Básico, as finalidades

apresentadas visam a melhoria da aptidão física numa perspetiva de alertar para o

aumento da qualidade de vida e da saúde, para a valorização da ética, do espírito

desportivo, da cooperação e solidariedade e ainda para reforçar o gosto regular pela

atividade física (Jacinto et al., 2001, cf. p. 220). Nesta perspetiva, a educação física

apresenta-se como um elemento de ligação sócio cultural em que a valorização dos

aspetos socioculturais essenciais de cada região estimulam o interesse pelas atividades

físicas, bem como a integração social.

Aliada ao campo social, a afetividade resulta da convivência dos alunos com o

professor, contribuindo para a formação de laços entre os sujeitos implícitos no

processo de ensino-aprendizagem.

65

Os programas nacionais, segundo Oliveira (2002), devem desenvolver o

conhecimento ajustado do aprendiz e o sentimento de confiança nas suas capacidades

físicas, afetivas, cognitivas e éticas, na sua inter-relação pessoal bem como na sua

inserção social, assumindo os seus valores e os seus limites e agindo sempre com

responsabilidade (cf. p. 41).

O mesmo autor salienta que, no domínio cognitivo, é expectável a criação de um

ambiente que estimula a capacidade dos alunos em tomar decisões e produzir reflexões

críticas, transformando-os em indivíduos autónomos e reflexivos.

No campo psicomotor, a Educação Física proporciona o autoconhecimento

através de atividades psicomotoras que auxiliam no domínio corporal, facultando uma

maior utilização de expressões corporais para exprimir sentimentos, emoções e

sensações.

Os conteúdos a serem abordados durante as aulas de educação física, ainda

segundo Oliveira (2002), devem ser desenvolvidos de acordo com as características da

escola, com a especificidade de cada região e do grupo disciplinar.

Além dos benefícios imediatos atribuídos à realização de esforços físicos

adequados na infância e na adolescência, segundo Guedes e Guedes (1997), verifica-se

que experiências positivas associadas à prática de atividades físicas vivenciadas nessas

idades caracterizam-se como atributos importantes no desenvolvimento de atitudes,

habilidades e hábitos que podem auxiliar, futuramente, a adoção de um estilo de vida

fisicamente ativo na idade adulta (cf. p. 49).

Nessa perspetiva, Guedes (1999) refere que a função proposta aos professores de

educação física é a de incorporarem nova postura face à estrutura educacional,

procurando adotar nas suas aulas, não só uma visão de exclusiva à prática de atividades

desportivas e recreativas, mas também alcançar metas de educação direcionadas para a

saúde, mediante seleção, organização e desenvolvimento de experiências que possam

propiciar aos educandos, não apenas situações que os tornem crianças e jovens ativos

fisicamente, mas, sobretudo, que os conduzam a optarem por um estilo de vida saudável

ao longo de toda a vida (cf. p. 2).

As matérias de basebol/softebol possuem características das modalidades

coletivas e, para os alunos da ESJM, representam matérias com alguma tradição, porque

têm sido nela lecionadas desde o início da implementação dos atuais programas.

Diferem das restantes modalidades, porque os alunos encontram motivação para estas

que não têm noutras matérias e também porque se trata de uma modalidade onde os

66

alunos demonstram todas as suas emoções, sejam elas de competitividade, de incentivo

ou de alegria.

Por sua vez, a canoagem é uma matéria que possui características das atividades

de exploração da natureza com atributos que se relacionam com a adaptação a um meio

diferente como é o caso do meio aquático.

Esta modalidade tem um grande impacto nos alunos ao nível do clima positivo

da aula, porque, em época favorável em termos de condições climatéricas, é uma

atividade muito apreciada pelos alunos, uma vez que envolve o mar e todas as

componentes nele presente como o prazer e a diversão.

Segundo Carvalhinho, Fernandes e Rodrigues (s.d.), a canoagem caracteriza-se

ao nível do contexto físico como uma atividade que é realizada em meio aquático, com

trajetória bidimensional e desenvolvida no plano horizontal, apresentando ainda

instabilidade e contacto indireto com a água. Em termos de contexto pessoal, representa

uma sensação de prazer para os praticantes, recorrendo a um artefacto mecânico-

-tecnológico, o caiaque; finalmente, em termos de contexto social, tem uma implicação

motora num grupo, apresentando um baixo impacto ao nível do contexto ético e

ambiental.

No nosso entender, tendo em conta as características mais marcantes da

canoagem e o seu contexto no meio escolar, esta matéria encontra-se inserida no modelo

taxonómico de adaptação ao meio.

Almada, Fernando, Lopes, Vicente e Vitória (2008) salientam que, nestas

modalidades é exigida uma compreensão e uma capacidade de leitura das condições

existentes aquando da sua operacionalização, ou seja, uma compreensão e capacidade

de leitura do contexto que, por sua vez, obrigam à montagem de estratégias, tendo em

conta as condições existentes para que seja possível a resolução de um problema

imediato.

A ação decorreu em dois dias, 3 e 10 de maio, e contou com a apresentação de

três conferências. A primeira, intitulada “O PNEF – instrumento facilitador ou inibidor

da rotura no processo pedagógico?”, realizou-se no dia 3, o da abertura, e foi

proporcionada pelo Professor Doutor Hélder Lopes; a segunda conferência, no segundo

dia, foi proferida pelo Professor Doutor Ricardo Alves e abordou o tema “Matérias

alternativas ou atitudes alternativas?”; por fim, antes da sessão de encerramento,

assistimos à conferência “Contributos da Educação Física para a Aptidão ao Longo da

67

Vida” ministrada pelo Professor Doutor Élvio Gouveia. (O cartaz da ação pode ser

consultado no ANEXO – L).

A definição do tema geral definido para a ação científico-pedagógica coletiva do

ano letivo, denominado “Programa Nacional de Educação Física – da teoria à prática”,

não ficou a cargo dos estagiários, contudo pertenceu a cada núcleo a definição dos

subtemas a desenvolver em cada módulo. A qual foi inicialmente discutida em reunião

dos grupos de estágio no sentido de se uniformizarem e organizarem de forma coerente

os tópicos a abordar.

O objetivo geral da ação visava refletir sobre as potencialidades e limitações do

PNEF, pelo que considerámos fundamental dar início à ação generalizando os

conteúdos relativos à caracterização do próprio PNEF. A apresentação do módulo 1

pretendia ainda realizar uma reflexão sobre as possíveis formas de operacionalizar o

PNEF e sensibilizar os participantes para as potencialidades deste instrumento de

trabalho com exemplos práticos de formas de operacionalizar as opções metodológicas.

No seguimento do módulo 1, surgiu o segundo módulo que visava contribuir

para o conhecimento da problemática da heterogeneidade da prestação motora dos

alunos nas aulas de educação física, referindo algumas das propostas apresentadas pelo

PNEF para lidar com estas questões e procurando suprir lacunas com a apresentação de

algumas respostas dadas por profissionais no terreno.

Face aos temas anteriormente abordados, seguiu-se o módulo a cargo do nosso

núcleo de estágio. O módulo 3 pretendia realizar uma breve análise da importância das

matérias alternativas e das matérias nucleares, partindo posteriormente para a análise

das potencialidades da abordagem das matérias alternativas (basebol e canoagem) na

formação dos jovens, refletindo sobre as condições da região para esse efeito e

finalizando com a apresentação de sugestões de operacionalização dessas matérias.

Na sequência do módulo 3 apresentado pelo nosso núcleo de estágio, o módulo 4

pretendia verificar a aplicabilidade das matérias alternativas nas diferentes escolas dos

núcleos de estágio da UMa. O núcleo deste módulo ficou ainda responsável por aferir as

possibilidades da dança e da esgrima, enquanto matérias de ensino no processo de

formação integral do aluno, apresentando possíveis situações práticas de ensino-

aprendizagem.

Por fim, o módulo 5 que em que se caracterizava a ginástica e salientava a sua

importância para o desenvolvimento do aluno. O núcleo relacionou a realidade vivida

na escola com o PNEF e com as metas de aprendizagem, analisou a lecionação da

68

matéria nos ensinos básico e secundário, finalizando a sua apresentação com a

exposição de possíveis metodologias para uma abordagem mais eficiente.

Consideramos que o tema da nossa ação científico-pedagógica coletiva bem

como os subtemas apresentados, foram considerados relevantes, quer pelos estagiários

quer pelos convidados, quer ainda pelos professores da escola.

Esta ação contou com a presença de vários preletores convidados, Mestre

Miguel Vieira, Mestre Viriato Timóteo, Mestre António Cunha, Mestre Catarina

Freitas, Mestre Lisa Gonçalves e Mestre Cláudio Vieira, Mestre Álvaro Noite, Mestre

Ana Luísa Correia, Dr.ª Manuela Vieira, Mestre Iolanda Gomes, Dr. Gonçalo Marques

e Dr. Armando Carreira cuja participação foi fundamental e muito pertinente.

Apesar de concordarmos que a presença dos preletores convidados constituiu

mais-valia para a nossa ação, ressalvamos a importância de ajustar os conteúdos

previamente no sentido de manter a coerência da ação de acordo com os objetivos gerais

e específicos das mesmas. Com efeito, verificou-se que, no decorrer de algumas

apresentações, os conteúdos eram demasiado específicos e teóricos, revelando pouco

interesse relativamente à questão operacional e prática que se pretendia.

Durante o planeamento da ação, os diferentes núcleos de estágio revelaram

alguma dificuldade em coordenar e distribuir as tarefas, o que se traduziu num atraso da

data da ação relativamente ao que aconteceu em anos anteriores. Verificaram-se ainda

algumas falhas no programa e na redação do documento de validação da ação a ser

enviado para a Secretaria Regional da Educação e dos Recursos Humanos (SRC), pelo

que alguns dos seus elementos tiveram que ser modificados.

Uma vez confirmados os temas e subtemas da ação, procedemos à seleção dos

preletores com base na sua experiência e na sua formação de modo a garantir que a

exposição dos conteúdos seria de todo relevante. Esta interligação permitiu-nos ficar a

conhecer o trabalho desenvolvido por alguns especialistas da nossa aérea, o que gerou

um clima de empatia entre preletores e participantes, despertando ainda troca de ideias e

um diálogo construtivo propício à produção de conhecimento. O processo de seleção de

preletores foi realizado em conjunto com os orientadores de estágio, o que nos

possibilitou proceder ao convite de participação dos preletores proporcionando-lhes

tempo suficiente para a preparação das suas preleções.

Após termos enviado o documento de validade para aprovação pela Secretaria

Regional da Educação e dos Recursos Humanos, reunimos com o responsável pela

69

criação do link online para inscrição na referida ação. Este procedimento permitiu-nos

acompanhar diariamente o número de inscrições efetuadas.

Foi também necessário proceder à confirmação da disponibilidade da sala do

senado para os dois dias da ação e garantir a sua reserva de modo a assegurar a

comodidade de todos os participantes.

A organização implícita deste processo permitiu-nos ganhar competências na

promoção de conferências, eventos, palestras, etc. Contudo, foi possível identificar

algumas falhas como consequência da nossa inexperiência em organizar eventos deste

género tais como a inexistência de material (papel e caneta) para registo de

apontamentos e o programa da ação para fins de consulta, apesar de o documento ter

sido disponibilizado em formato digital.

Constatámos que a data-limite de inscrições para a ação, por coincidir com o

regresso dos professores de férias da Páscoa, poderá ter sido um motivo de

esquecimento ou descuido por parte de alguns na efetivação da sua inscrição. Também o

facto de o primeiro dia (3 de maio) ter coincidido com a Festa da Flor, que envolveu

alguns dos especialistas da nossa área na sua organização, terá constituído um fator

limitativo do número de inscritos.

Para podermos avaliar o grau de satisfação dos participantes da ação, criou-se

um questionário que foi entregue a todos eles no ato de registo da sua presença Nesse

questionário, os participantes foram inquiridos relativamente à divulgação da ação, à

organização, duração, pertinência dos temas, aos conteúdos da ação, à dinâmica das

apresentações e, por fim, à avaliação global, nele se solicitando uma opinião sobre cada

um destes itens situável numa escala entre nada, pouco, razoável, muito e “totalmente”.

No primeiro dia da ação, o número de participantes que preencheram os

questionários de satisfação foi de apenas 15, tendo 21 participantes entregue os

questionários respectivos ao segundo dia.

No trabalho desenvolvido pelos núcleos de estágio para a concretização da ação

coletiva recorreu-se à distribuição de tarefas, o que facilitou o seu processo de

organização. Contudo, como já foi referido, verificámos algumas falhas durante todo o

processo que poderiam ter sido colmatadas caso ele se tivesse sido iniciado desde o

começo do ano letivo.

Relativamente ao núcleo de estágio da ESJM, ficámos responsáveis por

conceber os questionários de satisfação, os convites, verificar a disponibilidade da sala

do senado e a requisição da mesma, entre outras tarefas realizadas em conjunto.

70

O nosso módulo tinha como objetivo analisar a importância da abordagem das

matérias alternativas na Escola e sugerir algumas situações de operacionalização de

duas matérias, o basebol e a canoagem. A escolha destas matérias inseriu-se na

sequência lógica das atividades que vínhamos realizando anteriormente, sendo elas a

ação científico-pedagógica individual e a ação de extensão curricular que se

desenvolveram em torno destas matérias e que, por serem modalidades pouco abordadas

na região, concluímos que constituíram uma mais-valia para esta ação.

De acordo com os objetivos estipulados, acordámos em convidar preletores

especialistas nas matérias referidas, no sentido de estes contribuírem para a nossa ação

dando a todos os participantes a oportunidade de conhecerem mais e melhor essas

matérias e fornecendo alguns tópicos fundamentais para a sua operacionalização.

Os professores estagiários ficaram responsáveis por dar início à apresentação do

módulo 3 partindo da caracterização das matérias e contextualizando-as no PNEF. No

decorrer desta apresentação, foram mencionados aspetos importantes que salvaguardam

a importância de abordar as matérias alternativas e foram também destacados os

potenciais existentes na região para a abordagem do basebol (nomeadamente

características dos espaços existentes em escolas) e da canoagem (características dos

acessos ao mar e do clima existentes na região).

No que toca ao basebol, apesar de termos realizado uma pequena introdução à

matéria, considerámos que devíamos ter aprofundando mais alguns conteúdos para que

todos os participantes pudessem, de uma forma geral, ficar a conhecer os princípios

fundamentais do jogo bem como as suas regras mais importantes.

Em relação a esta lacuna, compreendemos que tenha sido de difícil compreensão

a exposição do preletor que apresentou alguns conteúdos de operacionalização do

basebol. Contudo, dada a sua simplicidade, a sua organização e a utilização de vídeos, a

preleção revelou-se bastante útil no processo de interiorização dos exercícios.

Uma vez que a canoagem é uma matéria que exige todo um conjunto de

conhecimentos específicos ao nível do planeamento e da organização, diferentes

daquelas que são exigidas pelas matérias ditas tradicionais, verificou-se a necessidade

de convidar especialistas da área, no sentido de motivarem os participantes presentes

para os processos necessários e para a possibilidade de realizarem estas atividades no

âmbito escolar.

Para esta matéria, foram convidados dois preletores, ficando a cargo de um deles

preletores a realização de uma breve reflexão sobre os recursos humanos e os materiais

71

(manutenção, conservação e renovação) implícitos neste tipo de atividades assim como

sobre questões de como operacionalizar a lecionação da canoagem.

O outro preletor abordou algumas questões relacionadas com a logística

necessária, com os protocolos existentes entre as escolas e com as associações que

tornam possível os alunos experienciarem a canoagem. Porém, por motivos

profissionais e pessoais, não nos foi possível contarmos com a presença deste preletor

no dia da ação, o que limitou a estrutura e o seguimento dos conteúdos previstos.

Na fase final da discussão, poderíamos ter desenvolvido mais o tema e não

deveríamos ter concluído de uma forma tão categórica abrindo assim um maior espaço

para intervenções vindas da plateia, o que teria sido mais dinâmico e enriquecedor.

Ainda assim, o clima gerado na ação, embora houvesse pouca gente, foi bom, agradável,

acabando por haver uma certa empatia e diálogos interessantes.

Para finalizar, pareceu-nos que os feedbacks que recebemos da parte dos

participantes foram positivos e manifestamente reveladores do seu interesse

relativamente às questões do basebol e aos aspetos operacionais da lecionação da

canoagem na escola.

Após a realização da ação e uma reflexão cuidada, chegámos à conclusão de que

existiram vários aspetos que poderiam e deveriam ter sido melhorados, tanto da nossa

parte como da parte dos restantes colegas, como o problema do link das inscrições não

abrir em alguns momentos, o que pode explicar em parte a pouca adesão dos

participantes. A ação acabou por acontecer demasiado tarde e, ainda para mais,

coincidiu com um feriado e com a Festa da Flor, o Desporto Escolar e o Dia da Mãe,

fatores estes que, de certa forma, terão também contribuído para uma reduzida adesão.

Cremos ainda que a pouca divulgação por parte dos professores estagiários poderá, ela

também, ter a sua quota-parte na adesão verificada, aspeto que deve ser tido em conta

nos anos vindouros.

Acabou também por não haver resumos das preleções, o que seria importante

para as pessoas poderem saber do que tratavam de forma antecipada.

Em suma, embora a ação tivesse decorrido de modo positivo, fica um alerta para

os anos a vir, especialmente o da necessidade de uma preparação com maior

antecedência, desde a entrega do documento de validação pela Secretaria Regional, o

que faria com que a ação acontecesse mais cedo no calendário escolar, até à solicitação

dos resumos aos preletores e à abertura das inscrições e respetiva divulgação.

72

4. ATIVIDADE DE INTERVENÇÃO NA COMUNIDADE ESCOLAR

No âmbito do estágio em ensino de educação física, o núcleo de estágio da

ESJM, em colaboração com o projeto “Espaço Anjos – Prevenção Primária da

Toxicodependência no Meio Escolar”, realizou uma atividade no âmbito da ação de

extensão curricular.

A atividade realizou-se no dia 17 de dezembro das 09h30 às 15h00 e inseriu-se

na atividade denominada SAÚDE E LIBERDADE.

Esta ação designada por “Medição dos indicadores de saúde” desenrolou-se no

seio da comunidade escolar e contou com o envolvimento dos alunos da Escola e das

turmas atribuídas aos professores estagiários, dos professores e encarregados de

educação das turmas dos professores estagiários e da restante comunidade escolar

convidada a participar, nomeadamente funcionários e demais professores.

Teve expressão ao nível da comunidade escolar, uma vez que pudemos contar

com a colaboração dos alunos e a intervenção dos funcionários e professores,

encarregados de educação e pais. (O cartaz pode ser consultado no ANEXO – J).

Os indicadores de saúde podem ser definidos como instrumentos para

quantificarmos uma sociedade, ou seja funcionam no seu conjunto como um guia que

permite orientar, avaliar e planear as ações ao nível da saúde, no sentido de se

procurarem as mudanças necessárias.

A avaliação do estado de saúde de um individuo pode ser realizada através de

vários parâmetros. Contudo, para esta atividade, pretendemos focar-nos na avaliação do

índice de massa corporal (IMC), da bioimpedância e da pressão arterial. Face aos

resultados obtidos, focámo-nos no diagnóstico, uma vez que este é o ponto de partida

para a identificação da necessidade do indivíduo na gestão e controlo do seu estado de

saúde.

Através desta atividade, procurou-se alertar a população escolar para a

importância das ações de prevenção cujo objetivo foi identificar sinais ou sintomas de

determinadas doenças.

De acordo com Briz, Freitas e Dias (2007), “os indicadores de saúde são medidas

sumárias que refletem, indiretamente, informação relevante sobre diferentes atributos e

dimensões da saúde e dos fatores que a determinam, incluindo o desempenho do

sistema de saúde. Os mesmos autores definem ainda que um indicador de saúde é um

73

constructo útil para a quantificação, monitorização e avaliação da saúde e seus

determinantes, quer o objeto seja uma população, quer uma pessoa” (cf. pp. 440-441).

A avaliação do estado de saúde dos indivíduos estabeleceu-se, nesta atividade,

através do cálculo do IMC (índice de massa corporal) de cada indivíduo e da sua

classificação tomando como referência os níveis de saúde estabelecidos pela OMS

(Organização Mundial de Saúde). Este método, de acordo com Grossl, Lima e Karasiak

(2010), foi “desenvolvido por Quetelet em 1871, é um dos procedimentos mais usados

para avaliação do excesso de peso e obesidade em estudos epidemiológicos” (cf. p. 36).

O índice de massa corporal encontra-se organizado por níveis de normalidade

para adultos que têm sido adaptados por diferentes autores permitindo identificar

indivíduos em situação de subnutrição, excesso de peso e obesidade.

Segundo Heyward e Stolarczyk (2000), citados por Gonçalves e Mourão (2008),

através da composição corporal podemos identificar riscos de saúde associados a níveis

excessivamente altos ou baixos de gordura corporal total, percecionar riscos de saúde

associados à falta ou ao excesso de gordura corporal, monitorizar mudanças na

composição corporal associadas a certas doenças, estimar o peso corporal ideal de

atletas e não atletas, formular recomendações dietéticas e prescrições de exercícios

físicos e monitorizar mudanças na composição corporal associadas ao crescimento,

desenvolvimento, à maturação e à idade (cf. p. 17).

Realizaram-se análises de impedância bioelétrica (bioimpedância) para avaliar a

composição corporal em situações de campo e clínicas. De acordo com Gonçalves e

Mourão (2008), este procedimento consiste na passagem de uma corrente eléctrica de

baixo nível através do corpo do individuo e a impedância […] é medida com um

analisador de Bioimpedância (cf. p. 17). “A resistência ao fluxo da corrente será maior

em indivíduos com grande quantidade de gordura corporal, dado que o tecido adiposo é

mau condutor de corrente elétrica pela sua relativa baixa quantidade de água. Existe

uma forte relação entre as medidas de impedância total do corpo e água corporal total;

por este motivo sugere-se que o método de bioimpedância seja uma ferramenta valiosa

para a análise da composição corporal e avaliação da água corporal total no ambiente

clínico” (Heyward e Stolarczyk, 2000, citado por Gonçalves e Mourão 2008, p. 7).

Na ação foi incluída a análise da hipertensão arterial por ser um dos problemas

de saúde mais comuns e de fácil diagnóstico.

74

A sua relevância deve-se à associação com o aparecimento de outras doenças

crónico-degenerativas como as doenças cardiovasculares e cerebrais que podem

influenciar negativamente a qualidade de vida das pessoas.

A consciencialização constituiu um dos objetivos da realização desta atividade,

pelo que se verificou a importância de dar a conhecer aos indivíduos os valores que

compõem as tabelas de referência para que, facilmente, sejam capazes de gerir o seu

estado de saúde e identificar os momentos em que é necessário uma intervenção.

Desta forma, a escola como detentora de uma responsabilidade educativa para

com a sociedade, tem um papel fundamental na preparação do indivíduo para a

manutenção da saúde, de forma a capacitar e preparar as pessoas em todos os seus

estágios e no saber lidar com alterações no estado da sua saúde.

Para esta atividade, foram determinados os objetivos a seguir apresentados.

Objetivos gerais.

Formação dos alunos das turmas dos professores estagiários relativamente ao

conhecimento teórico dos indicadores de saúde selecionados e à aplicação

prática dos mesmos;

Medição de alguns indicadores de saúde (peso, altura, IMC, avaliação da

bioimpedância e pressão arterial);

Alertar a comunidade para a importância do diagnóstico, intervenção e controlo

regular destes mesmos indicadores;

Promoção e divulgação da atividade visando uma participação expressiva de

todos os intervenientes na comunidade escolar.

Objetivos específicos:

Preparar os alunos das turmas dos professores estagiários através de uma

abordagem teórica e explicativa dos indicadores em si, da sua função, dos

instrumentos utilizados e da análise dos resultados;

Preparar os alunos no que respeita ao manuseamento dos instrumentos, ao

registo e à análise dos resultados, comparando-os com as tabelas de referência;

Medir os elementos da comunidade escolar relativamente aos indicadores de

saúde: pressão arterial (PA), peso/altura, cálculo do índice de massa corporal

(IMC) e percentagem de massa gorda (%MG);

Prevenir para a importância do diagnóstico, da intervenção e do controlo regular

destes mesmos indicadores.

75

Para que o planeamento desta atividade resultasse numa operacionalização

eficaz, tivemos vários aspetos em consideração Selecionamos os indicadores que

pretendíamos avaliar durante a atividade, garantindo uma medição de carácter geral que

fosse prática e exequível.

Procedemos à recolha de informação sobre cada indicador relativamente aos

procedimentos de medição e respetivas tabelas de referência, no sentido de formar os

alunos e prepará-los para a sua intervenção junto da comunidade. Solicitámos a sua

colaboração para a medição dos indicadores de saúde, dando-lhes assim a oportunidade

de aprenderem um pouco mais sobre esta área, da saúde, visto que eles pertenciam à

área das línguas e humanidades e, na sua maioria, não possuíam conhecimentos sobre o

tema. Verificou-se que esta colaboração gerou numa mais-valia no que concerne ao

domínio socio-afetivo e ao espírito de entreajuda.

A operacionalização desta atividade contou com a colaboração da Escola e da

Universidade a Madeira (UMa) no respeitante ao fornecimento dos materiais

necessários.

Durante a formação aos alunos, estes foram alertados para a importância da

medição dos indicadores de saúde, tendo-lhes sido fornecidas diretrizes sobre como

atuar e como informar os participantes na leitura e interpretação das tabelas de

referência para os parâmetros analisados: composição corporal (peso, altura, IMC, %

massa gorda) e pressão arterial (sistólica, diastólica).

A formação contou com uma parte teórica, fornecida pelos professores

estagiários através da apresentação de slides em PowerPoint, sobre uma abordagem ao

conceito de saúde, a importância do diagnóstico, a intervenção e o controlo. Na segunda

parte da formação, de carácter prático, os alunos tiveram a oportunidade de realizar a

avaliação aos colegas com a supervisão dos professores.

Foram selecionados os alunos que mostraram estar mais à vontade com os

procedimentos de avaliação e com a interpretação dos resultados. Apesar de a

colaboração dos alunos ter sido de carácter voluntário, grande parte mostrou-se

disponível para colaborar.

Contámos com a participação de 16 alunos de cada uma das turmas (41, 42 e 44)

durante a atividade.

De forma a garantir maior visibilidade, uma eficaz capacidade de resposta e

maior fluidez da atividade, foram montadas duas estações tendo cada uma contado com

o auxílio do professor que forneceu todo o apoio teórico-prático necessário; foram

76

também colocadas as tabelas de referência em cada uma das estações para o caso de ser

necessário esclarecer algumas dúvidas.

No dia da atividade, foi fornecida aos voluntários uma ficha de registo destinada

a ser preenchida pelos alunos com os resultados obtidos durante a avaliação. O objetivo

da entrega desta ficha às pessoas está relacionado com a importância do controlo e

monitorização frequente dos resultados obtidos.

Foram requisitados previamente os materiais necessários para a formação

teórico-prática no sentido de preparar os alunos para o dia da atividade, o mesmo tendo

sucedido em relação ao videoprojetor de diapositivos em software microsoft powerpoint

e à tela de projeção.

Estes materiais foram requisitados na Escola e também na Universidade da

Madeira, uma vez que os da escola não eram suficientes para dar resposta ao trabalho

que pretendíamos realizar. Às duas instituições foram requisitados dois medidores de

pressão arterial, duas balanças, dois medidores de percentagem de massa gorda, quatro

cadeiras e quatro mesas. Além deste material, foi necessário elaborar as fichas de

registo e proceder à impressão das mesmas na Escola bem como os respetivos cartazes

da atividade que nela foram afixados.

No decorrer da atividade, verificou-se a necessidade de ajustar algumas

particularidades no sentido de melhorar o seu funcionamento e a sua organização. A

montagem das estações, realizada pelos professores e alunos, foi concretizada

atempadamente para garantir o início pontual da ação.

Antes de cada turno entrar em funcionamento, foi necessário ter em conta alguns

aspetos durante as medições e também relembrar alguns pontos relativos ao

comportamento adequado dos alunos que, em cada turno, foram responsáveis por uma

determinada função, o que lhes conferiu mais à- vontade em virtude da sua

familiarização com o equipamento. No fim de cada turno, os alunos responsáveis pela

realização das avaliações foram substituídos por outros colegas com outras funções.

Face ao número de indivíduos que aceitaram participar nas medições, recorreu-

se a um procedimento de rotatividade em que as pessoas iniciavam a sua medição no

peso e na altura, passando para a avaliação da bioimpedância e, por fim, da pressão

arterial, facilitando o processo graças à redução dos tempos de espera.

Os alunos mostraram à-vontade em relacionar-se com as pessoas envolvidas e

aptidão para realizar as medições de forma assertiva, revelando também a capacidade de

atrair os que circulavam no espaço circundante para a realização das medições.

77

O feedback que recebemos por parte dos alunos, professores e funcionários foi

positivo, uma vez alguns deles, face aos resultados obtidos, procuravam esclarecimentos

relacionados com os valores de referência que facilmente eram interpretados e

clarificados pelos próprios alunos.

78

5. ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO NO MEIO

5.1. Atividades no âmbito da direção de turma

No decorrer do ano letivo, foi-nos proporcionada a experiência de podermos

acompanhar e exercer funções no âmbito da direção de turma em conjunto com a

orientadora cooperante. Esta experiência foi extremamente enriquecedora, uma vez que

nos proporcionou a oportunidade de vivenciar situações de relação direta com os

encarregados de educação, com os alunos e com os professores da turma as quais

beneficiaram a nossa formação e decerto as nossas competências enquanto futuros

professores.

As competências do Diretor de Turma são as consignadas no artigo 43.º do

Decreto Legislativo Regional n.º 21/2006/M, p. 4405, que prevê que o diretor de turma,

é competente para a aplicação das medidas disciplinares de advertência comunicada ao

encarregado de educação e da repreensão registada.

A organização das atividades pedagógicas expressa no artigo 84.º do

regulamento interno da ESJM, no que concerne ao diretor de turma refere que o diretor

de turma é o professor que estabelece o elo de ligação e coesão entre os vários

intervenientes no processo educativo dos alunos, nomeadamente os restantes

professores, os encarregados de educação, as estruturas de administração e gestão da

Escola bem como com as entidades exteriores à Escola no âmbito das atividades da

turma.

O diretor de turma é designado pelo Presidente do Conselho Executivo, tendo

em conta a sua competência pedagógica e capacidade de relacionamento entre os

professores.

O artigo 86.º do regulamento interno expressa de forma pormenorizada as

competências do diretor de turma. Uma das suas funções é a responsabilidade pelo

controlo do número de faltas justificadas e injustificadas do aluno e por garantir que os

encarregados de educação sejam informados relativamente a essas faltas.

De acordo com o Decreto-lei, n.º.21/2013, artigo 24.º, p. 3505 referente ao

estatuto do aluno, “as medidas corretivas e disciplinares sancionatórias visam ainda

garantir o normal prosseguimento das atividades da escola, a correção do

comportamento perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao

desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar

79

com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa, do seu sentido de

responsabilidade e da sua aprendizagem”.

As funções desempenhadas pelos professores estagiários do núcleo de estágio da

ESJM, no âmbito da direção de turma, foram corresponsavelmente partilhadas entre a

professora coorientadora e os estagiários desde o início do ano letivo até sensivelmente

meados de fevereiro, ficando desde então a cargo do professor estagiário Élvio Abreu

até ao fim do ano letivo.

A função de direção de turma faz parte das tarefas a desempenhar ao longo do

estágio pedagógico do mestrado em educação física, e consideramos que o nosso

envolvimento enquanto professores em formação profissional constituiu uma mais-valia

para a descoberta e obtenção de novos conhecimentos e competências.

Para dar início a este processo, foi crucial consultar e analisar o regulamento

interno da escola assim como selecionar a informação pertinente a transmitir aos nossos

alunos, tendo sido também parte dessa informação dada aos encarregados de educação

na primeira reunião do ano letivo.

A nossa colaboração nas funções de direção de turma foi sempre realizada em

conjunto com a orientadora cooperante, que nos acompanhou durante todo o processo,

facultando diretrizes importantes relativamente ao trabalho que deveria ser

desenvolvido semanalmente, à caracterização da turma, à preparação das reuniões de

conselho de turma, das reuniões intercalares e das reuniões pontuais de atendimento aos

encarregados de educação, bem como das reuniões de entrega das avaliações, entre

outras tarefas.

Além disso, foi necessário proceder à eleição do delegado de turma no início do

ano letivo, a qual foi realizada no final da aula de Educação Física que contou com a

presença de todos os alunos.

O controlo semanal do número de faltas foi um dos procedimentos realizados

durante todo o estágio, contudo este acompanhamento foi mais evidente durante as

últimas semanas de aulas, quando alguns alunos se encontravam em vias de exclusão

por faltas injustificadas. O controlo do número de faltas foi feito através de plataforma

digital, simplificando o papel do diretor de turma no fornecimento da informação aos

encarregados de educação relativamente ao número de faltas.

O contacto estabelecido entre os professores estagiários e os alunos da turma foi

de proximidade e afetividade, dado estes partilharem situações e vivências com os

80

professores, quer de carácter pessoal quer de questões particulares, que contribuíram

para a o seu conhecimento.

A relação estabelecida entre o diretor de turma e os restantes professores foi-se

definindo durante as reuniões formais do conselho de turma e em encontros informais

no espaço da escola, relativamente a algum acontecimento pontual.

Quanto aos encarregados de educação, estes foram informados sobre o horário

de atendimento no início do ano letivo durante o decorrer da primeira reunião. Esta

informação foi depois transmitida através dos alunos aos encarregados de educação que

não puderam comparecer.

Pudemos verificar que alguns encarregados de educação sentiram a necessidade

de se deslocar à Escola durante o horário de atendimento para se informar relativamente

ao progresso e desenvolvimento dos seus educandos. O atendimento aos encarregados

de educação foi um mecanismo fundamental no conhecimento dos nossos alunos.

No termo desta função, pudemos constatar que o diretor de turma exerce um

papel fundamental no acompanhamento e orientação dos seus alunos ao longo do ano

letivo. Comprovámos que a noção neles inculcada de sentido de responsabilidade e

organização foi uma mais-valia para a sua formação, não só enquanto alunos mas

também enquanto elementos integrantes da sociedade.

Através das regras impostas pela escola, pelo diretor de turma e pelos

professores, os alunos sofrem transformações e ficam alertados para as questões de

responsabilidade que serão uma constante no seu quotidiano. Com efeito, as exigências

neles incutidas preparam-nos para uma nova fase do seu processo de formação e de

conquista dos seus objetivos, seja a sua entrada subsequente na universidade, seja o seu

ingresso no mundo do trabalho.

5.2. Caracterização da turma

A caracterização da turma é um processo indispensável que permite ao diretor de

turma ter conhecimentos relevantes sobre os seus alunos, com os quais irá trabalhar

durante o ano letivo, pelo que se impõe que ele comece pela recolha de dados relativos à

sua turma.

Após termos recolhido e tratado a informação, procedemos à apresentação da

caracterização da turma aos restantes professores na reunião intercalar que, no nosso

caso, decorreu no dia 17 de outubro para a turma 44 do 12.º ano. O principal objetivo da

81

referida apresentação consistiu na obtenção de informações pertinentes e fundamentais

para todos os professores sobre os seus alunos.

A pertinência desta caracterização visa um amplo conhecimento da turma com o

intuito de gerir eficazmente as estratégias a utilizar no decorrer das atividades escolares,

tornando possível assim aproveitar ao máximo as potencialidades de cada aluno e,

consequentemente, aumentar o rendimento e a motivação em todas as disciplinas.

Para efetuar esta caracterização, utilizaram-se três instrumentos de recolha de

informação em forma de questionário, complementados com o levantamento de dados

do histórico dos alunos relativos aos anos anteriores. Os instrumentos utilizados foram a

ficha individual do aluno (instrumento 1 – ANEXO D), o questionário online da

direção de turma (instrumento 2) e um questionário complementar da direção de turma

(instrumento 3 – ANEXO E).

A ficha individual do aluno permite proceder à recolha de informações

pertinentes, para o ano letivo; daí a importância de procedermos à sua efetivação no

primeiro dia de aulas. Esta ficha, incidindo sobre as aulas de Educação Física, permitiu-

nos, de forma geral, conhecer algumas particularidades da turma e, ainda, recolher

informações úteis de carácter individual.

Na ficha individual do aluno, solicitámos-lhes a cada um que selecionasse as

matérias de ensino que pretendia ver aperfeiçoadas no decurso do ano letivo

(2013/2014), tal como propõem o documento de avaliação da disciplina de Educação

Física e o programa nacional (PNEF).

Os alunos foram alertados para a forma como se iriam processar a escolha das

matérias, e de como deveriam proceder à sua escolha, uma vez que os dados

dependeriam das respostas obtidas.

A ficha englobava quatro pontos: identificação do aluno, estado de saúde,

experiência desportiva e escolha das matérias para o ano letivo 2013/2014.

A concretização do questionário (instrumento 2) foi realizada no dia 27 de

setembro de 2013 durante a aula de Educação Física, tendo como objetivo a recolha de

informação mais geral sobre a turma. Este questionário foi realizado via online, pelo

que foi necessário encaminhar os alunos para o gabinete dos professores de Educação

Física.

Os resultados obtidos foram cedidos pela direção executiva aos diretores de

turma da escola, Este questionário foi realizado pela própria escola a fim de o professor,

82

não só como docente da disciplina mas também como educador, poder estar em

condições de dar resposta às limitações dos alunos e promover as suas potencialidades.

Finalmente, o questionário de complementaridade (instrumento 3) às questões

que constam no questionário online da turma solicitado pela direção executiva foi

elaborado pelos professores estagiários e aplicado no início do ano letivo.

Apesar de os questionários não serem anónimos, apenas os professores

estagiários tiveram acesso às respostas e, só após o tratamento dos dados, os seus

resultados foram apresentados aos professores do conselho de turma.

Esta atividade compreendeu três momentos: a resposta aos questionários, o

tratamento dos dados recolhidos e a respetiva apresentação.

A população alvo foi a turma 44 do 12.º ano, do curso de Línguas e

Humanidades do ano letivo de 2013/2014, composta por 11 alunos do sexo masculino e

10 do feminino, perfazendo um total de 21 alunos com uma média de idades de 17 anos,

sendo a do aluno mais novo 16 anos e 22 a do mais velho.

O procedimento de caracterização da turma teve como objetivos gerais a

contextualização da turma em conselho de turma, a reunião de condições de intervenção

pedagógica, a despistagem de possíveis necessidades com vista a ajustá-la à turma ainda

que em casos pontuais.

Os objetivos específicos determinados para a caracterização da turma ajudaram a

conhecer os alunos de forma individual, descrever o agregado familiar (constituição,

situação socioeconómica e profissional), situar as suas motivações relativamente à

escola e à sua aprendizagem, averiguar a existência de hábitos de estudo, compreender o

tipo de relação estabelecida com os pais, verificar se os alunos careciam de ajuda

externa para a aprendizagem, ter conhecimento das suas opções vocacionais, saber das

suas atividades extracurriculares e, por fim, obter informações sobre as condutas de

saúde e bem-estar que pudessem comprometer a sua prática desportiva.

Relativamente aos encarregados de educação, verificou-se que estes não tinham

por hábito deslocar-se à escola, só o fazendo quando convocados pelo diretor de turma

ou para receber as notas. Contudo, os encarregados de educação revelaram interesse na

vida escolar dos filhos.

83

5.3. Estudo de caso

O estudo de caso de um aluno é um procedimento metodológico que pode ser

aplicado caso o professor assim o considere pertinente, daí a sua importância dentro das

linhas programáticas da avaliação do estágio pedagógico, enquanto tarefa indispensável

ao professor estagiário.

Segundo Ponte (2006), um estudo de caso “é uma investigação que se assume

como particularística, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação

específica que se supõe ser única ou especial, pelo menos em certos aspetos, procurando

descobrir o que nela há de mais essencial e característico e, desse modo, contribuir para

a compreensão global de um certo fenómeno de interesse” (cf. p. 2).

Com este estudo, pretendíamos analisar uma aluna com evidente falta de

motivação para a prática desportiva, dado o seu comportamento ao longo das aulas ter

revelado desinteresse face a qualquer matéria lecionada. A aluna em questão pertencia à

turma 44 do 12.º ano e foi escolhida para um programa de atividade física personalizado

e acompanhado que decorreu durante aproximadamente um mês.

Numa primeira abordagem, elaborou-se um documento informativo que foi

enviado ao encarregado de educação com os dados referentes aos procedimentos,

esclarecendo todo o processo necessário à sua ocorrência, garantindo que o mesmo não

iria afetar o percurso académico da aluna. Após autorização do encarregado de

educação, o plano de intervenção planeado foi aplicado.

A aluna realizou uma avaliação física e antropométrica inicial, agendada de

acordo com a sua disponibilidade, com o intuito de determinar e avaliar o seu nível

relativamente aos aspetos que se pretendia trabalhar durante o período de treino.

Para a realização deste estudo, recorreu-se à revisão de literatura para aferir a

importância de uma atividade física ativa e realizou-se uma caracterização das

capacidades físicas implícitas no planeamento.

De acordo com Yin e Roberto (2001), o estudo de caso como estratégia de

pesquisa, compreende um método que abrange tudo com a lógica de planeamento

incorporando abordagens específicas da recolha de dados e da sua análise (cf. p. 33)

Face às observações em questão, optou-se por desenvolver um planeamento para

a aluna no sentido de tentar promover-lhe um estilo de vida saudável no que concerne à

aquisição de bons hábitos uma vez que esta aluna nunca tinha estado diretamente ligada

a qualquer atividade física.

84

Através desde projeto, pretendíamos que a aluna adquirisse hábitos de atividade

física saudáveis, em complementaridade com a melhoria dos aspetos físicos e

antropométricos.

De acordo com Lopes, Maia, Oliveira, Seabra e Garganta (2003), a infância e a

juventude são consideradas idades determinantes no ganho de hábitos duradouros de

atividade física até à idade adulta. Sendo assim, é expectável que as crianças e jovens

fisicamente ativos sejam aqueles que venham a manter esse hábito enquanto adultos.

Desta forma, a promoção da atividade física na infância e juventude baseia-se na

suposição de que os hábitos de atividade física desenvolvidos durante estes períodos se

mantêm até à idade adulta (cf. p. 52).

É portanto crucial compreender que a escola se situa no centro das preocupações

da educação para a saúde por diversas razões, sobretudo pelo facto de que uma boa

parte das crianças e jovens tem acesso à escola e nela participam nas aulas de educação

física, o que torna a escola uma instituição privilegiada de intervenção (Gaya e Marques

1999, p. 85).

Para a operacionalização deste estudo, foi necessário estabelecer os objetivos a

alcançar. Assim, os objetivos definidos para este estudo de caso foram os seguintes:

Melhoria da aptidão física;

Avaliação dos índices de aptidão física e antropométricos;

Alertar a aluna e o encarregado de educação para a importância da

manutenção da atividade física;

Encaminhar a aluna para a continuidade da prática de exercício físico no

futuro fora do âmbito escolar;

Aplicar um plano de treinos semanais para melhorar o nível de aptidão

física em que a aluna se encontra;

Realizar avaliações intermédias e no fim da aplicação do planeamento no

sentido de averiguar a existência de melhorias.

Foi necessário procedermos à recolha de informação dos dados referentes à

aluna utilizando algumas fontes como a ficha individual do aluno onde constavam

informações relativas à sua identificação pessoal e à sua caracterização, a sua ficha

preenchida no início do ano letivo para a disciplina de educação física, a ficha do aluno

online preenchida pelos discentes para fins da direção de turma. Através da análise dos

85

dados, procurámos contextualizar e caracterizar os aspetos socio-afetivos e académicos

da aluna e também adequar as estratégias de intervenção.

Para a elaboração do planeamento físico foi necessário proceder à conceção e

organização dos planos de treino considerando a avaliação física inicial da aluna, o seu

horário escolar e os princípios do treino pesquisados na revisão bibliográfica.

Para a aplicação dos planos de treino, a aluna necessitou de acompanhamento

durante cada sessão e de recorrer a materiais específicos. Para tal, foi necessário

solicitar a colaboração de um ginásio neste projeto. Assim sendo foi realizado um pré-

-projeto com os objetivos propostos e tendo sido este devidamente apresentado ao seu

responsável.

Para dar início a este processo, submeteu-se a aluna a uma avaliação para que

pudéssemos recolher indicadores relativos ao seu nível físico e estabelecer as metas

objetivas que pretendíamos alcançar. Além dos indicadores físicos, realizou-se uma

avaliação prévia à prescrição dos planos de treino onde constam indicações relativas ao

estado de saúde da aluna e antecedentes familiares cujo conhecimento fosse

fundamental.

Relativamente à avaliação inicial, a aluna preencheu o questionário de avaliação

física onde foram colocadas algumas questões relativas à sua saúde, às suas

características antropométricas e, por fim, à sua condição cardiorrespiratória, todas elas

confrontadas com as avaliações anteriormente realizadas desde o início do ano letivo

durante as aulas de Educação Física.

De acordo com a informação recolhida nas medições realizadas, no âmbito do

projeto "Escola Saudável" no início do ano letivo (12.11.2013), a aluna apresentava 57

kg e 165cm de altura, um perímetro de cintura de cerca de 81cm, uma percentagem de

massa gorda (MG) de 17,6% e um índice de massa corporal (IMC) de 20,9

apresentando-se todos os valores dentro da zona saudável. De acordo com a última

avaliação realizada a 13.05.2014, a aluna apresentava menos 1kg, menos 1cm no

perímetro da cintura menor percentagem de MG (17,3) e uma redução do valor do IMC

para 20,8.

Este processo prolongou-se por 10 sessões de acordo com os planos de treino

que podem consultar-se no ANEXO M.

No decorrer do plano, a aluna foi submetida a uma avaliação intermédia, no

sentido de se obterem indicadores sobre a sua evolução, quer ao nível antropométrico

86

quer ao nível físico. A interpretação da avaliação realizada permitiu adaptar os planos

previamente estabelecidos.

Tendo em conta que a aluna no seu historial nunca tinha frequentado um ginásio

ou experienciado qualquer tipo de treino, foi imprescindível iniciar pela fase de

adaptação anatómica (AA) onde todos os grupos musculares são trabalhados com o

intuito de se estabelecer uma base geral.

Após a fase de adaptação anatómica, o plano de treino foi repensado e

reestruturado através de um aumento progressivamente adaptado de cargas para que,

desta forma, a aluna aumentasse a sua "grandeza" muscular (cf. Bompa e Cornacchia

2000, p. 21).

De acordo com os autores citados anteriormente, na fase de adaptação

anatómica, o objetivo é ativar os músculos, ligamentos e tendões para que eles se

adaptem melhor às cargas pesadas das fases seguintes, proporcionando um balanço

harmonioso para todas as partes do corpo […] a fim de se restabelecer a simetria,

prevenindo as lesões por meio da adaptação progressiva das cargas pesadas (cf. p. 63).

Relativamente à composição corporal da aluna, foi calculado o IMC, a % de

massa gorda, o perímetro da cintura, o perímetro abdominal e o perímetro coxo-

-femoral. O índice de massa corporal, segundo Mourão e Gonçalves (s.d.), “é um

método de grande importância prática e mostra uma boa correlação com a mortalidade e

morbilidade gerais […] relacionadas com diversas patologias” (cf. p. 16)

Antes de darmos início à aplicação dos planos de treino propriamente ditos, foi

necessário realizar um conjunto de tarefas, tais como o reconhecimento do local de

treino e a avaliação inicial. Quanto ao reconhecimento do espaço de treino, este foi-nos

apresentado pelo diretor comercial do ginásio.

Realizou-se a avaliação inicial e procedeu-se ao preenchimento de um

questionário, adaptado a partir do utilizado no ginásio, com quatro secções: o cabeçalho

(1.ª secção) onde constavam questões relativas ao histórico de saúde, a avaliação

antropométrica (2.ª secção), a avaliação cardiorrespiratória (3.ª secção) adaptando-se

para esta o teste fitnessgram realizado na Escola) e, por fim, a assinatura comprovadora

do consentimento da aluna (4.ª secção).

A avaliação física inicial realizou-se no dia 23 de Abril, após as férias da Páscoa,

e a aluna deu início ao programa de treino na semana seguinte, no dia 29. Foi

sublinhada à aluna a necessidade de realizar os dois treinos semanais e foi-lhe solicitado

87

que os mesmos não coincidissem com os dias das aulas de Educação Física de forma a

evitar problemas de fadiga.

Realizada a avaliação física inicial, foram introduzidas as cargas apuradas para

cada exercício no plano de treino, tal como o número de séries a realizar e os tempos de

transição entre cada exercício.

Tendo em conta o princípio de progressão da carga e o facto de a aluna já não

sentir dificuldades com a carga de treino, procedeu-se ao seu aumento a partir do dia 12

de maio, ou seja, a aluna passou a realizar os mesmos planos de treino mas com

progressão das cargas.

No fim de maio, procedeu-se novamente à avaliação do projeto "Escola

Saudável" bem como às avaliações físicas realizadas no âmbito das aulas de educação

física do fitnessgram. Foram de novo avaliados os mesmos indicadores medidos no

início do estudo, nomeadamente o peso, a percentagem de massa gorda, a força

abdominal, a força de braços e a capacidade cardiorrespiratória.

Considerando os dados obtidos na avaliação final, foi possível verificar a

ocorrência de pequenas melhorias da aluna, nomeadamente na força abdominal, na

força de braços e na capacidade cardiorrespiratória. Relativamente ao número de

repetições da extensão de braços foram obtidas melhorias significativas, visto que a

aluna conseguiu mais três repetições do que na 3.ª avaliação, conseguindo 7 repetições,

o que, de acordo com os valores de referência fitnessgram, a colocava então na zona

saudável de aptidão física (ZSAF). No teste fitnessgram que avalia a força abdominal, a

aluna também obteve melhorias passando de 23 para 41 repetições, enquadrando-a

assim acima da zona saudável.

Em termos de peso e de percentagem de massa gorda, a aluna apresentou uma

ligeira diminuição dos valores obtidos inicialmente, reduzindo o seu peso em 1kg e

diminuindo 1cm ao nível do perímetro abdominal. No que diz respeito à percentagem

de massa gorda e ao IMC, os valores mantiveram-se praticamente iguais, o que é

positivo visto que a aluna já se encontrava dentro dos valores de zona saudável.

Em síntese, podemos verificar que, apesar de o tempo dedicado a este estudo e

de a aplicação do mesmo terem sido reduzidos, houve melhorias comprovadas na

condição física da aluna. Uma vez que um dos aspetos mais importantes do estudo era a

consciencialização para a importância do exercício físico para a saúde e para a

implementação de hábitos regulares de exercício físico na sua vida quotidiana, concluiu-

88

se que o objetivo alcançado foi positivo, dado a aluna ter passado a demonstrar interesse

real em manter-se motivada para a prática de exercício físico.

Contudo, após a realização deste trabalho, realçamos que teria constituído uma

mais-valia haver aumentado o tempo do estudo. Decerto, se ele se tivesse iniciado logo

após as primeiras aulas do ano, os resultados obtidos teriam muito provavelmente sido

bem mais expressivos.

89

5.4. Atividade de extensão curricular

A atividade de extensão curricular denominou-se “A canoagem na escola” e

inseriu-se no âmbito das linhas programáticas do estágio pedagógico do mestrado em

ensino de educação física nos ensinos básico e secundário da Universidade da Madeira.

Teve como principal objetivo divulgar aos alunos uma modalidade desportiva

alternativa e dar-lhes a oportunidade de vivenciar e usufruir da experiência de praticar

modalidades de mar.

A atividade realizou-se no dia 29 de abril do ano letivo 2013/2014 e visava

envolver e motivar os alunos das turmas de lecionação dos professores estagiários de

Educação Física (12.º-41 e 12.º-44).

De acordo com Costa (2005), “a prática de atividades físicas tem tido uma

evolução generalizada em todos os países, mas as atividades de aventura na natureza

têm tido uma expansão mais significativa, quer pelo aparecimento de novas atividades,

quer pelo implemento de outras, que não sendo novas, encontram agora um maior

número de praticantes bem como uma divulgação bem mais acentuada” (cf. p. 1).

Marinho (s.d.), por sua vez, defende que as atividades da natureza, onde se

insere a canoagem, requerem os elementos naturais para o seu desenvolvimento, de

formas distintas e específicas, despertando novas sensibilidades, em diferentes níveis. O

mesmo autor refere que as intensas manifestações corporais vivenciadas permitem que

as experiências na relação corpo/ natureza expressem reconhecimento do meio ambiente

e dos parceiros envolvidos, identificando os seres humanos como parte desse meio.

Segundo Pires (1990), as motivações para a prática de atividades desportivas

realizadas em ambiente de natureza e aventura concentram-se nas sensações, no prazer e

no risco por elas proporcionado.

As atividades desportivas de natureza e aventura segundo Costa (2005, p. 2), são

definidas como “práticas libertas de quaisquer condicionamentos institucionais, de

cronómetros, de espaços codificados e limitados, de horários impostos e de regras

exteriores. Práticas individualizadas, em função das suas aspirações, motivações e

competências, vividas na maior parte das vezes na companhia dos amigos, onde se

privilegia a aventura, a incerteza e o risco, em plena natureza. Estas actividades são

ainda caracterizadas pelo facto de serem praticadas em ambiente natural (montanhas,

rios, mar, ar), com a presença da componente “aventura”, que lhes confere um elevado

grau de imprevisibilidade”.

90

O mesmo autor, citando Pires (1990) refere “todas estas atividades que

apresentam um elevado grau de incerteza e mesmo algum risco, fundamentalmente por

não serem estandardizadas e ocorrerem em espaços abertos, provocam nos praticantes

um maior ou menor grau de ansiedade em relação ao desconhecido, que, por sua vez,

desencadeia uma grande satisfação física e espiritual, bem como uma forte e intensa

emoção, após os desafios vencidos” (cf. 8)

Face à incerteza e ao risco que acarretam, estas atividades “requerem prudência

e bom senso no que se refere aos procedimentos de segurança, uma vez que, muitas

delas, exigem conhecimentos e familiaridade com alguns equipamentos tecnológicos”,

daí a importância de “saber os limites próprios, os dos outros, respeitando as

imprevisibilidades da natureza” para a prática de tais atividades. (Marinho s.d., p. 5),

De acordo com Leite e Hartamann (s.d.), citando Medina e Santos (2000), a

inserção da educação ambiental no currículo é defendida no sentido da renovação

educativa escolar visando uma melhoria na qualidade de ensino, respondendo às

necessidades cognitivas, afetivas e éticas, capazes de contribuir para o desenvolvimento

integral do aluno. Além disso, o meio físico de realização dessas atividades é

extremamente rico, uma vez que são praticadas em ambientes naturais, com diferentes

paisagens, apresentando uma grande diversidade em flora, fauna e relevo. (cf. p. 72)

Alves, Klausener, Nascimento e Bohme (s.d.) defendem que “a canoagem surge

como uma modalidade alternativa, uma vez que a sua prática proporciona estímulos

para melhorar todos os componentes físicos que são considerados pelo American

College of Medicine and Science in Sports essenciais para a saúde, tais como a

capacidade cardiorrespiratória, força e resistência muscular, flexibilidade e a

composição corporal” (cf. p. 82).

A ilha da Madeira apresenta-se como meio privilegiado para o desenvolvimento

de atividades desportivas aquáticas, uma vez que podemos encontrar ao longo da costa

vários acessos ao mar. Consideramos que esta possa ser uma oportunidade única para

fomentar a prática deste tipo de atividades junto dos nosso alunos e, ao mesmo tempo,

para explorar as potencialidades da nossa região.

Esta atividade foi planeada para os alunos das turmas 12.º-41 e 12.º-44,

abrangidas no estágio da prática pedagógica. As turmas são compostas por 16 e 21

alunos respetivamente, dos quais 29 alunos estiveram presentes na atividade e 27

realizaram a atividade, tendo os restantes 8 apresentado, posteriormente, a causa da sua

91

ausência. No entanto, a ausência destes alunos não influenciou de forma negativa o

decorrer da ação.

Para a operacionalização desta atividade, foram definidos os objetivos a

alcançar.

Objetivos gerais:

Incentivar os alunos à prática de atividade física no mar;

Promover uma atividade diferente daquelas com que os alunos já estão

familiarizados, dando a conhecer novos conceitos, novas experiências e novos

conhecimentos.

Objetivos específicos:

Sensibilizar os alunos para os benefícios da modalidade de canoagem na

melhoria da condição física, saúde e bem-estar;

Caraterizar a modalidade de canoagem e apresentar os procedimentos de

segurança relativos à sua operacionalização;

Possibilitar aos alunos o conhecimento e a familiarização com os materiais da

modalidade de canoagem.

Para o bom funcionamento desta atividade, foi necessário proceder à

organização e montagem de estratégias de funcionamento da mesma, considerando o

número de alunos abrangido de cada turma e os respetivos horários.

Procurámos abordar previamente os conteúdos mais importantes para esta

atividade, reunindo no dia 15 de abril com o técnico Amândio Marques, da Associação

de Canoagem, que nos apontou os temas e os aspetos por ele considerados

indispensáveis.

Durante a formação, foram abordados conteúdos relativos aos tipos de

embarcações, os termos utilizados, aos materiais necessários, à correta colocação do

colete e à utilização da pagaia.

Foram também esclarecidas algumas regras básicas e fundamentais de segurança

a ter em conta durante o decorrer da atividade e, em particular, na situação de entrada e

saída da água.

Os professores estagiários, no sentido de otimizar a realização da atividade, uma

breve apresentação aos alunos, abordando alguns dos procedimentos a ter em conta no

decorrer da atividade face às sugestões do referido técnico.

92

Esta apresentação dos conteúdos básicos sobre canoagem foi planeada para o dia

22 de abril para a turma 12.º-41 e para 28 de abril para a turma 12.º-44 com a duração

aproximada de 45 minutos. Ficando os alunos a conhecer o programa da atividade

apresentada como obrigatória, a sua logística e todos os dados referentes às necessárias

deslocações visando para garantir a chegada atempada dos alunos aos locais

determinados, para evitar perdas de tempo.

No planeamento desta atividade, foi necessário ter em conta o número de alunos

de cada turma, para que o material fosse assegurado pela Associação Regional de

Canoagem, de modo a que todos os alunos estivessem envolvidos na atividade. Todo o

material cedido ficou a cargo da Associação que se prontificou a garantir sua a

disponibilidade.

Dado que a deslocação dos alunos até ao local da atividade implicava algum

dispêndio temporal, solicitámos à professora de História da turma 12.º-41 que

dispensasse os alunos nos últimos 45 minutos de aula. Ficou acordado que este tempo

de aula seria reposto a posteriori. Relativamente à turma 12.º-44, de acordo com o

horário, estes alunos tinham 45 minutos livres, sem aula, pelo que lhes foi sugerido que

esse tempo fosse utilizado de forma a rentabilizar ao máximo a atividade.

No decorrer da atividade, contámos também com a colaboração de um professor

e um técnico cedidos pelo Clube Naval do Funchal para acompanhar as turmas durante

a atividade e ainda com um colaborador a pedido dos professores estagiários.

Para a organização e operacionalização desta atividade, foi necessário e

fundamental recorrer a alguns recursos materiais (caiaques, pagaias, coletes de

segurança, toalha de banho, fato de banho, calções de banho, t-shirt; chinelos), recursos

humanos (alunos, professores, técnico do Clube Naval e auxiliar) e infraestruturas

(Marina do Funchal, Clube Naval do Funchal e Associação Regional de Canoagem),

todas localizadas na Avenida do Mar.

Os benefícios implícitos neste tipo de atividades levam-nos, a nós professores, a

refletir sobre a pertinência da abordagem destas matérias em contexto escolar como

oportunidade de transformar os nossos alunos, quer ao nível comportamental quer no

plano das suas atitudes e dos seus valores, aspetos estes que ultrapassaram em muito a

mera perspetiva amplamente aceite de lazer e de entretenimento associados à prática de

certas modalidades.

Consideramos que foram alcançados os objetivos desta atividade enquadrada

numa modalidade outdoor caracterizada pela incerteza do meio. Para este resultado,

93

contribuíram decerto as condições de realização que foram as mais propícias, uma vez

que o vento praticamente nem se fazia notar e o mar apresentava-se praticamente sem

ondas, o céu limpo e a temperatura agradável, tudo de acordo com a consulta prévia das

previsões do estado do tempo bem como da situação da maré, fator importante

sobretudo nos momentos de entrada e saída de água.

O facto de o local da atividade ser consideravelmente próximo foi um fator

positivo que nos permitiu deslocarmo-nos sem grandes perdas de tempo. A atividade

realizou-se junto à Avenida do Mar, nas instalações a cargo da Associação de

Canoagem da Madeira contando também com a colaboração do Clube Naval do Funchal

que nos cedeu as suas instalações para que os alunos pudessem equipar-se, guardar os

seus pertences e tomar banho após a atividade.

O Clube Naval, a pedido da Associação de Canoagem, assegurou a presença de

um técnico no sentido de nos apoiar durante a atividade e ainda a cedência de alguns

materiais como coletes, pagaias e caiaques, uma vez que os materiais disponibilizados

pela Associação não eram suficientes em função do número de alunos de cada turno.

Achámos pertinente convidar uma colega de outro núcleo de estágio para nos

auxiliar durante a atividade de forma a garantir a segurança e vigilância de toda a turma.

Durante a atividade, foi possível a permanência simultânea dos dois grupos na

água durante aproximadamente 1hora e 30 minutos. Consideramos que o tempo de

envolvimento dos alunos na atividade foi satisfatório, o que pudemos confirmar com os

resultados obtidos nos questionários de satisfação. Contudo, julgamos que teria sido

uma mais-valia para os alunos realizar este tipo de atividades, não apenas de modo

pontual, mas regular, a fim de ser possível organizar os conteúdos de forma gradual e

sistemática garantindo que os alunos adquirissem um determinado conjunto de

conhecimentos específicos da matéria.

Os encarregados de educação dos alunos das turmas em questão 14.º-41 e 12.º-

44 foram previamente informados relativamente à realização desta atividade, bem como

sobre os respetivos procedimentos. Achámos que a sua presença durante a atividade

seria importante, pelo que foram convidados a comparecerem. Contudo, obtida a

confirmação prévia da presença de dois encarregados de educação, apenas um pôde

estar presente dia da atividade, pois a grande maioria estaria impedida por razões

profissionais.

No decorrer da atividade, foi notório o interesse demonstrado por parte de alguns

alunos relativamente às caraterísticas da canoagem, considerando que alguns deles

94

procuraram abordar o técnico do Clube Naval no sentido de esclarecer algumas questões

relativamente à modalidade à sua vertente competitiva.

Procurámos recolher os testemunhos dos alunos que participaram na atividade,

sendo-lhes para isso distribuídos inquéritos de satisfação. O inquérito foi constituído por

6 questões de cuja resposta se concluiu que, em 29, 3 alunos gostaram da atividade, 23

salientaram que gostaram muito,1 aluno respondeu não ter gostado e dois alunos não

responderam.

Relativamente à duração da atividade, a maioria dos alunos, 22 achou-a

apropriada, 5 acharam-na pouco extensa e 2 muito extensa.

Pensamos que as respostas dos alunos basearam-se no seu empenhamento motor

e na fadiga evidenciada durante a atividade, podendo querer dizer que o tempo de

empenhamento motor foi adequado ao nível da sua grande maioria.

Quando questionados se gostariam de participar noutra atividade de mar, os

alunos foram consistentes ao responder afirmativamente, referindo que o mergulho seria

uma atividade a ter em conta (15 dos participantes), mas também o surf, a vela, o

windsurf, jet sky, atividades com motas de água e o paddle surf, além da repetição da

experiência vivida na canoagem.

95

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos que o estágio pedagógico constituiu uma mais-valia para a nossa

formação enquanto futura professora de Educação Física, pelo diversificado leque de

tarefas e experiências vivenciadas ao longo do ano letivo.

O facto de termos sido acompanhados durante este processo pela professora

orientadora foi um fator imprescindível, uma vez que a sua colaboração e orientação nos

levou à análise e reflexão crítica dos aspetos relacionados com a prática letiva e com a

conceção das atividades incluídas no âmbito do estágio.

As considerações apuradas expressam os aspetos positivos e negativos que

resultaram no aprimoramento da nossa formação e que contribuíram para a nossa

transformação enquanto futuros professores e também para a formação dos nossos

alunos.

Para nós, na qualidade de professora estagiária, foram outras mais-valias termos

podido lecionar a duas turmas distintas durante aproximadamente seis meses e ainda ter

tido a possibilidade de acompanhar as funções de direção de turma da turma 44 do 12.º

ano. A importância desta experiência reside no facto de esta ser uma aproximação ao

contexto real vivido pelo professor de educação física, uma vez que na escola, em geral,

um professor não leciona apenas numa única turma. Contudo, esta experiência foi

também a mais difícil, porque exigiu que estivéssemos atenta às dificuldades e às

potencialidades de cada turma.

As turmas em questão apresentaram algumas diferenças, quer ao nível da relação

entre colegas, em que numa das turmas os alunos revelaram mais espirito de união e

entreajuda, quer ao nível da sua constituição, já que uma era composta por número igual

de rapazes e raparigas e numa outra predominavam as raparigas, além de nela se

verificarem diferenças significativas na prestação e no empenhamento motor.

Face aos indicadores apurados, constatámos que as turmas teriam de usufruir de

planeamentos diferentes ajustados às suas características.

Estas diferenças exigiram que adotássemos diferentes posturas, no sentido de

garantirmos o êxito do processo de ensino. Numa das turmas, houve mesmo

necessidade de recorrer à adoção de estratégias no sentido de controlar e reduzir os

comportamentos de desvio.

Uma das estratégias trabalhada e desenvolvida ao longo do ano letivo foi a nossa

colocação no espaço em relação aos alunos e ao espaço de aula, aperfeiçoando o

96

controlo visual que inicialmente foi identificado como uma lacuna. Esta dificuldade

surgiu da necessidade sentida em focar um ou outro aspeto mais pormenorizado de um

aluno ou de um grupo restrito de trabalho, negligenciando o resto da turma, o que por

vezes levava à perda do seu controlo.

A proximidade relacional com os alunos foi um aspeto que devia ter sido mais

ponderado no início do ano letivo, uma vez que gerou algum conforto originando um

clima de descontração que por vezes resultava em desatenção aos conteúdos da aula.

Contudo, pudemos verificar que esta relação de proximidade despoletou uma

aproximação dos alunos, o que se revelou positivo, principalmente no âmbito da direção

de turma em que facilmente conseguimos que ficassem à vontade para falar connosco

sobre os seus problemas.

Este factor resultou numa série de prós e contras que, por um lado, exigiram

mais consciencialização da nossa parte, quer ao nível da gestão dos grupos de trabalho,

quer ao nível da coesão das equipas e da comunicação entre os alunos; por outro lado,

facilitaram procedimentos de controlo e organização da turma. Em contrapartida, a

turma que revelava espírito de cooperação e entreajuda estava constantemente distraída

e em pequenos grupos com conversas fora do contexto da aula. Apesar de tudo, os

alunos mostraram ser uma turma com mais empenho motor, maior espirito competitivo,

motivando-se uns aos outros para as tarefas propostas.

Apesar de termos organizado o planeamento anual no início do ano letivo,

acordámos que este deveria ter sido acompanhado pelo planeamento das unidades

didáticas, para que os objetivos propostos fossem trabalhados ao longo das aulas e

reformulados face à avaliação contínua do nível dos alunos. O processo de planeamento

deveria ter sido mais minucioso e ambicioso, uma vez que as turmas em questão

revelavam bom empenhamento motor geral e boa conduta, o que privilegiou as nossas

condições de ensino.

O défice de ambição apresentado na contextualização dos objetivos e nas

estratégias para alcançá-los conferiu uma certa uniformidade, quase monotonia, aos

planos de aula que acreditamos não terem sido os mais adequados à potenciação do

empenhamento dos alunos. Admitimos que poderíamos ter sido de facto mais

ambiciosos no trabalho desenvolvido, contudo o medo de falhar e o receio em não ser

capaz de superar lacunas por vezes limitam as nossas ambições.

A nossa incapacidade em planear de forma assertiva as atividades, bem como a

gestão e distribuição do tempo de cada tarefa, resultou na penalização de algumas

97

atividades para as quais não conseguimos dispor de tanto tempo quanto aquele que seria

fundamental, como foi o caso do estudo de caso, da assistência às aulas e da ação

científico-pedagógica coletiva.

O trabalho de condição física foi aplicado durante todo o ano letivo e, apesar de

ter sido cumprido pelos alunos, consideramos que devíamos ter realizado alguns ajustes

no sentido de tornar este trabalho mais motivador e apelativo. No início do ano letivo,

optámos por realizar este trabalho, utilizando o estilo de ensino comando de forma a

garantir que todos os alunos realizavam as tarefas propostas, contudo, numa fase mais

avançada, deveríamos ter utilizado situações mais dinâmicas de carácter lúdico que

potenciassem o prazer dos alunos na realização dos exercícios.

Respeitando as carências e dificuldades dos alunos, as suas preferências

relativamente às matérias de ensino e os recursos disponíveis, procurámos promover a

polivalência das instalações, evitando restringir as matérias a uma instalação específica,

aproveitando as caraterísticas de cada instalação para a abordagem das diferentes

matérias.

As atividades desenvolvidas durante o estágio foram enriquecedoras e

contribuíram para a experimentação de funções específicas e diversificadas em relação

às da prática letiva. Com efeito, aquelas atividades implicam funções importantes e

fulcrais para a nossa formação enquanto professora, uma vez que o seu papel não passa

apenas pela lecionação. A realização destas tarefas aprimorou-nos para o cumprimento

de funções como a promoção de atividades dentro e fora da sala de aula, a

criação/desenvolvimento de relações com o intuito de proporcionar climas afetivos e de

bom ambiente de trabalho e ainda os aspetos orgânicos e burocráticos relativos ao bom

funcionamento dos processos.

Assim sendo, a professora estagiária considera que as experiências

proporcionadas durante o estágio contribuíram globalmente de forma evidente para a

aquisição de competências inerentes ao processo de ensino-aprendizagem.

As tarefas desempenhadas no âmbito do acompanhamento da direção de turma,

tal como já foi anteriormente referido, deram-nos a conhecer procedimentos e condutas

a desenvolver através de uma comunicação estabelecida entre pais, professores e alunos,

os quais não teriam sido possíveis numa situação sem responsabilidade de direção de

turma. Esta atribuição permitiu-nos conhecer mais e melhor os nossos alunos e o seu

ambiente familiar através da recolha e análise de dados graças aos questionários. A

caraterização da turma foi um elemento de ligação com os restantes professores da

98

turma, pelo que se considera pertinente e fundamental o nosso papel ao darmos

conhecimento aos professores da turma sobre as caraterísticas pertinentes de cada aluno

contribuindo desta forma para a individualização do ensino.

O nosso papel enquanto professora de Educação Física pretendeu proporcionar

aos alunos novos conhecimentos, novas metodologias de trabalho em que o ponto

fundamental fosse a capacidade de refletir e de analisar, restringindo as situações de

reprodução. Desta forma, procurámos apelar ao trabalho de equipa, à interação entre

cada aluno e os colegas e à observação, contribuindo para a sua formação eclética.

Após a realização das atividades, foram fundamentais a sua avaliação e reflexão,

quer ao nível do planeamento e da organização, quer no plano da execução. Estes foram

os parâmetros fulcrais tidos em conta na dinâmica das atividades compreendidas no

estágio, fundamentais para alcançar os objetivos oportunamente definidos.

Reconhecemos que a abordagem dos conteúdos de basebol na ação científico-

-pedagógica individual foi uma experiência gratificante pelo resultado e satisfação dos

docentes nela presentes. Porém, esta atividade foi a mais exigente do ponto de vista da

recolha bibliográfica, da conceção e estruturação dos conteúdos, por a sua matéria, pela

sua especificidade, não ter sido ainda abordada ao longo da nossa formação.

Apostámos na agregação das ações individuais dos professores estagiários, no

sentido de tornarmos a nossa ação mais completa e mais rica, dividindo as

apresentações em dois módulos, num dos quais foram abordadas as questões

relacionadas com as regras e os regulamentos e, outro as de carácter mais prático e com

situações de progressão de aprendizagem. Contudo, admitimos que esta formação teria

sido enriquecida se a tivéssemos complementado com vídeos demonstrativos das

situações práticas.

Consideramos que a continuidade da abordagem dos conteúdos relativos ao

basebol na ação científico-pedagógico coletiva foi positiva, uma vez que contámos com

a presença de um preletor com conhecimento da matéria, o que nos levou à aquisição de

novos conhecimentos.

Além da pesquisa bibliográfica realizada no âmbito da conceção da ação

individual, registámos também a importância de alargarmos os nossos conhecimentos

noutras matérias lecionadas, reconhecendo o facto de que um professor deve estar em

constante atualização e aprendizagem de conhecimentos.

As atividades foram agendadas no início no ano letivo durante a reunião do

conselho disciplinar. Este procedimento garantiu a sua inserção no calendário de

99

atividades da escola; contudo tivemos que proceder à alteração de algumas datas ao

longo do ano, alteração essa motivada por falhas na gestão temporal e no cumprimento

dos prazos estipulados para cada tarefa.

Esta lacuna verificada ao longo do ano letivo influenciou o sucesso das nossas

atividades na sua plenitude. Apesar de termos sido capaz de criar soluções para

conseguirmos reorganizar as atividades e realizá-las de acordo com os objetivos

propostos, essa lacuna alertou-nos para o facto de que o sucesso de realização de uma

atividade está também relacionado com o estrito cumprimento dos timings previstos

para cada uma das suas etapas.

Em síntese, consideramos que o estágio constituiu um forte incentivo para

sustentar a vontade e a determinação em sermos professora pela importância no seu

papel de agente formador dos alunos e pelos desafios e exigências que nos impelem a

analisá-los e interpretá-los, dando-lhes resposta e, desta forma, estimulando o nosso

desenvolvimento profissional e pessoal.

100

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Portuguesa de Basebol e Softbol.

Valério, A. (2013). Relatório final de Estágio Pedagógico. Relatório final de estágio

realizado na Escola EB 2,3 Gaspar Correia, com vista à obtenção do grau de

Mestre em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário.

Universidade Técnica de Lisboa. Faculdade de Motricidade Humana

Yin e Roberto, K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos, 2.ª ed.. Porto

Alegre. Editora Bookman.

Zago, N. e Galante, R. (s.d.). Educação física no ensino médio: conceções e reflexões,

pp. 375-392.

LEGISLAÇÃO

Decreto-Lei nº 74/2004, de 21 de maio. Diário da Republica, n.º 119, I série-B, 3254

Lisboa: Ministério da Educação.

Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março. Diário da República, n.º 60, I série-A, 2242-

2257. Lisboa: Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

106

Decreto-Legislativo Regional n.º 21/2006, de junho. Diário da República nº 118, 1.ª

série-A, 4388-4409. Funchal: Assembleia Legislativa da Região Autónoma da

Madeira.

Decreto-Legislativo Regional n.º 26/2006, de julho. Diário da República n.º 127, 1.ª

série, 4748-4758. Funchal: Assembleia Legislativa da Região Autónoma da

Madeira.

Decreto-Lei n.º 43/2007, de 22 de fevereiro. Diário da República n.º 38, 1.ª série, pp.

1320-1328. Lisboa: Ministério da Educação.

Decreto-Legislativo Regional n.º 21/2013, de junho. Diário da República n.º 120, 1.ª

série, 3496-3514. Funchal: Assembleia Legislativa da Região Autónoma da

Madeira.

107

ANEXOS

108

ANEXO A – Calendarização das atividades

SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN

1

DOM 12º42/12º44 12º42/12º44 DOM FER SAB SAB 12º42/12º44 FER DOM

2 SAB

DOM DOM 12º42/12º44

3 DOM 12º42/12º44

CARNAVAL

ACPC 12º42/12º44

4 12º42/12º44 SAB 12º42/12º44 12º42/12º44 DOM

5 SAB 12º42/12º44 DOM SAB

6 DOM 12º42/12º44 2º PERÍODO DOM 12º42/12º44 12º42/12º44

7 SAB SAB 12º42/12º44 12º42/12º44 12º42/12º44

PÁSCOA

SAB

8 DOM 12º42/12º44 12º42/12º44 DOM SAB SAB DOM

9 SAB DOM DOM 12º42/12º44

10 CT DOM 12º42/12º44 12º42/12º44 ACPC FER

11 12º42/12º44 SAB 12º42/12º44 12º42/12º44 DOM

12 SAB 12º42/12º44 DOM SAB

13 DOM 12º42/12º44 DOM 12º42/12º44 12º42/12º44

14 SAB SAB 12º42/12º44 12º42/12º44 12º42/12º44

PÁSCOA

SAB

15 DOM 12º42/12º44 12º42/12º44 DOM SAB SAB DOM

16 SAB DOM DOM 12º42/12º44

17 1º PERÍODO DOM 12º42/12º44 12º42/12º44 SAB 12º42/12º44

18 12º42/12º44 AEC SAB 12º42/12º44 12º42/12º44 FER DOM

19 SAB 12º42/12º44

NATAL

DOM SAB

20 DOM ACPI

PÁSCOA

12º42/12º44 12º42/12º44

21 SAB SAB 12º42/12º44 12º42/12º44 12º42/12º44 SAB

22 DOM 12º42/12º44 12º42/12º44 DOM SAB SAB 3.º PERÍODO DOM

23 SAB

NATAL

DOM DOM 12º42/12º44

24 12º42/12º44 DOM 12º42/12º44 SAB 12º42/12º44

25 12º42/12º44 SAB 12º42/12º44 12º42/12º44 FERIADO DOM

26 SAB 12º42/12º44 DOM SAB

27 12º42/12º44 DOM DOM 12º42/12º44 FIM DO ANO

LETIVO

28 SAB SAB 12º42/12º44 12º42/12º44 12º42/12º44 SAB

29 DOM 12º42/12º44 12º42/12º44 DOM SAB AICE DOM

30 SAB NATAL DOM 12º42/12º44

31 12º42/12º44 SAB

109

ANEXO B – Mapa de instalações

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

Instalação Instalação Instalação Instalação Instalação

Turma Prof. 1º 2º 3º 4º 5º Turma Prof. 1º 2º 3º 4º 5º Turma Prof. 1º 2º 3º 4º 5º Turma Prof. 1º 2º 3º 4º 5º Turma Prof. 1º 2º 3º 4º 5º

10º31 Duarte CF PISC GAL CF GIN 10º11 Isabel CF PISC GAL CF GIN 10º12 Osório CF PISC GAL CF GIN 10º06 Mª José PISC PAV CF CF PAV 10º07 Duarte CF PISC GAL CF GIN

10º40 Espírito GAL CF GIN CF PISC 10º13 Marisela GAL C GIN CF PISC 10º20 Espírito GAL CF GIN CF PISC 10º13 Marisela PAV CF PISC PAV CF 10º09 Isabel PISC CF CF GAL CF

11º09 Isa GIN PISC CF PAV PISC 10º45 Mª José PISC GAL CF GIN CF 10º41 Odílio CF GIN CF PISC GAL 11º11 Paulo CF PISC PAV CF PAV 10º16 Marisela CF PAV PAV CF PISC

8 11º32 Pedro CF PAV CF PISC CF 12º05 Filipe CF PISC CF CF PAV 10º43 Mª José GIN CF PISC GAL CF 11º40 Fernanda GIN PISC GAL PISC CF 10º30 Espírito GAL CF GIN CF CF

: 11º54 M Rebelo PAV CF CF PISC PAV 12º06 Mª Jesus GIN CF PAV PAV PISC 10º44 Duarte PISC GAL CF GIN CF 11º52 Jorge sala sala sala sala sala 11º51 Luís PAV GAL PISC CF CF

0 11º52 Jorge sala sala sala Sala sala 12º13 Marco PAV C PISC PAV CF 11º51 M Rebelo CF PAV CF PAV PISC 12º02 Mª Jesus GAL PAV PISC PISC GIN 11º52 M Rebelo sala sala sala sala sala

0 12º14 Francisco PISC CF PAV CF GAL 12º16 Ana CF PAV PISC PISC GAL 11º52 Ricardo sala sala sala sala sala 12º10 Francisco CF GIN CF GAL PISC 12º13 Marco CF PISC CF GIN GAL

12º30 Filipe PISC GAL PISC GIN PAV 12º18 Francisco PISC GIN CF PISC PAV 12º04 Rita PAV CF PISC PAV PISC 12º16 Ana PAV CF GIN CF CF 12º31 Rufina GIN CF CF PAV PISC

12º 43 Mª Luísa CF GIN PAV GAL CF 12º20 Rufina PAV CF CF GAL CF 12º40 Rufina PISC CF CF PISC CF 12º30 Filipe CF CF PAV CF CF

12º42 Mª Luísa CF PAV PAV CF CF 12º45 Mª Jesus PAV PISC PAV CF CF 12º43 Mª Luísa PISC CF CF PAV PISC

10º05 Luís CF PAV PISC PAV CF 10º06 Mª José CF CF GIN GAL PISC 10º04 Mª José PISC GIN CF PISC CF 10º08 Mª José CF PISC PISC CF GAL 10º11 Isabel CF PAV PAV PISC CF

10º12 Osório PAV CF CF PAV PISC 10º09 Isabel CF PAV PAV GIN PISC 10º14 Osório CF PISC CF GAL PAV 10º15 Isabel CF PAV GIN CF PAV 10º14 Osório GIN CF PAV PISC CF

11º13 Inácio PISC CF PAV CF PISC 10º42 Marisela PAV CF PISC CF PAV 10º16 Marisela PISC CF GAL GIN CF 10º47 Marisela PISC CF PAV CF PISC 10º42 Marisela CF GIN CF GAL PISC

11º47 Isa CF PISC GIN GAL PAV 11º46 Paulo PISC GIN CF CF GAL 10º17 Inácio GIN GAL PAV CF PISC 10º51 Paulo CF GIN PAV PISC CF 10º46 Duarte CF PISC CF PAV PISC

9 11º51 Jorge sala sala sala sala sala 11º51 Jorge sala sala sala sala sala 10º31 Duarte PAV CF CF PAV PISC 10º52 Pedro GAL PISC CF PAV CF 11º53 Luís PAV GAL GIN CF CF

: 11º52 M Rebelo sala sala sala sala sala 12º01 Rufina GIN GAL CF PISC CF 10º33 Odílio GAL CF GIN PAV CF 11º33 Nélio PISC CF GAL PISC GIN 12º03 M Rebelo CF PISC CF CF PAV

4 12º07 Rita GIN CF PISC CF PAV 12º02 Mª Jesus CF CF CF PAV CF 11º51 Jorge sala sala sala sala sala 11º52 Jorge sala sala sala sala sala 12º11 Gonçalo PISC PAV CF CF GAL

5 12º11 Gonçalo GAL CF PAV PISC GIN 12º09 Marco GAL PISC CF CF PAV 11º52 Ricardo sala sala sala sala sala 12º07 Rita PAV CF CF GAL PISC 12º20 Rufina PISC CF PISC PAV GIN

12º12 Francisco CF PISC CF PISC CF 12º10 Francisco PAV CF PISC PAV CF 12º08 Mª Jesus CF PISC CF CF PAV 12º09 Marco PAV CF PISC GIN CF 12º44 Mª Luísa PAV CF GAL CF PAV

12º18 Filipe sala sala sala sala sala 12º41 Mª Luísa CF PISC GAL CF GIN 12º14 Francisco CF PAV PISC CF GIN 12º32 Mª Jesus CF PAV CF CF CF 12º45 Mª Jesus GAL CF PISC GIN CF

CEF Adriana CF PAV CF GIN GAL 12º46 Rita PISC PAV PAV PISC CF 12º31 Rufina PAV CF PISC CF GAL 12º40 Rufina GIN GAL CF PAV PAV

12º35 Ana CF PAV PAV PISC CF

11º31 Marisa PAV CF PISC CF CF 11º30 Pedro GAL CF GIN PAV PISC 10º08 Mª José GIN CF PAV PAV CF 11º44 Fernanda PAV PISC CF GIN PAV 10º02 Marisela GIN CF GAL PISC CF

1 11º41 Pedro CF PISC CF CF CF 11º52 Jorge sala sala sala sala sala 10º10 Duarte GAL GIN CF PAV CF 11º52 Luís GIN GAL PISC PAV CF 10º45 Mª José CF PAV PAV CF PISC

1 11º51 Jorge sala sala sala sala sala 12º03 M Rebelo PISC GAL PAV GIN CF 11º13 Inácio CF PAV GAL GIN CF 12º05 Filipe GAL GIN PAV PISC CF 11º45 Nélio CF GIN CF GAL PAV

: 12º04 Rita GAL CF GIN CF CF 12º18 Filipe sala sala sala sala sala 12º12 Francisco PAV C GIN GAL PAV 12º08 Mª Jesus CF PAV GIN GAL PISC 12º01 Rufina CF PAV PAV CF PISC

3 12º18 Francisco CF CF CF PAV GAL 12º32 Mª Jesus GIN PISC GAL PAV PISC CEF Adriana PAV PISC GAL GIN PAV 12º06 Mª Jesus PISC GAL CF CF CF

0 12º35 Ana GIN CF GAL CF PISC 12º44 Mª Luísa PISC GIN PISC CF CF 12º18 Gonçalo sala sala sala sala sala

12º41 Mª Luísa PAV CF CF PAV PISC 12º42 Mª Luísa GAL PISC CF PISC GIN

110

ANEXO C – Planeamento anual das matérias e dos conteúdos (12.º-42)

M D Nº R INST. D T’ MATÉRIA Conteúdo

PE

RIO

DO

Sete

mb

ro

17 1

1

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Cam

po

3ª 90’

Ap

rese

nta

ção Apresentação dos conteúdos/regras funcionamento

20 2

Gal

inh

eiro

6ª 90’

Bas

quet

ebo

l

Vo

leib

ol

Avaliação Diagnóstico Avaliar o nível em que os alunos se encontram, de acordo com os critérios de avaliação definidos para a

avaliação.

24 3

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Bad

mín

ton Avaliação Diagnóstico

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliar a prestação geral dos alunos no badmínton e basebol. Avaliar a capacidade do aluno de tomar decisões, reagir, responder e recuperar no Badmínton.

Desenvolver a capacidade de manuseamento da raquete/volante, orientar o batimento para o colega.

Situações de receção/lançamento no basebol.

27 4

Gal

inh

eiro

6ª 90’

Mil

ha

Bas

quet

ebo

l Aplicação do teste da Milha Fitnessgram.

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Início da abordagem aos conteúdos do basquetebol no 3x3 em trabalho defensivo HxH.

Ou

tub

ro

1 5

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Tes

tes

Ap

. Desenvolvimento das capacidades condicionais. Avaliação fitnessgram - Flexibilidade.

Situação de lançamento/batimento no basebol.

Compreensão da posição base do batedor e do lançador (pitcher)

4 6

Gal

inh

eiro

6ª 90’

Bas

quet

ebo

l

Tes

tes

Ap

.

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Aplicação dos testes de aptidão física. Abordagem dos conteúdos de basquetebol.

Recordar as ações tático técnicas: desmarcação, passe e corte.

Transposição dos conteúdos abordados para o jogo reduzido 3x3.

8 7

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Bad

mín

ton Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Situação de manipulação da raquete/volante.

Situação de batimento e receção em basebol. Desenvolver as capacidades coordenativas na manipulação e batimento no badmínton.

Trabalho da situação simplificada de batimento em basebol com libertação do taco e corrida para o

lugar representativo da 1ª base.

11 8

Gal

inh

eiro

6ª 90’

Bas

quet

ebo

l Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Manipulação de bola utilizando os vários passes. Situação de 4x4 defesa/ataque em progressão para o cesto.

Interceção de bola tendo e conta a colocação no espaço relativamente à defesa/atacante.

Jogo reduzido tendo em conta o objetivo do jogo de progressão para o cesto no menor tempo possível utilizando o passe longo/ombro.

15 9

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Bad

mín

ton Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Compreensão das diferentes técnicas de badmínton.

Compreensão dos aspetos técnicos do serviço curto e do serviço por baixo.

Compreensão dos aspetos técnicos das técnicas de lob smash e drop, Trabalho de coordenação do batimento e ocupação do espaço no jogo de pares.

Situação de lançamento, batimento e corrida entre bases.

18 10

Gal

inh

eiro

6ª 90’

Bas

quet

ebo

l Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Manipulação da bola utilizando os vários passes.

Desenvolvimento do drible, e ressalto e manutenção do passe e corta. Compreensão da posição base de tripla ameaça.

Posição de enquadramento defensivo.

22 11

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Bad

mín

ton

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Compreender as diferentes técnicas do badmínton. Compreensão dos aspetos técnicos do serviço curto e do serviço por baixo.

Correção das técnicas de lob smash e drop e saber aplicá-los em contexto de jogo.

Trabalho de coordenação do batimento e ocupação do espaço no jogo de pares. Trabalho da situação simplificada de batimento em basebol com libertação do taco e corrida para o

lugar representativo da 1ª base e seguintes bases.

25 12

Gal

inh

eiro

6ª 90’

Bas

quet

ebo

l Desenvolvimento das capacidades condicionais. Manipulação da bola utilizando passe de ombro, passe picado e passe de peito.

Desenvolvimento do drible, e ressalto e manutenção do passe e corta.

Compreensão da posição base de tripla ameaça. Posição de enquadramento defensivo.

111

29 13

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Bad

mín

ton Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Compreender as diferentes técnicas do badmínton. Compreensão dos aspetos técnicos do serviço curto e do serviço por baixo.

Compreender os aspetos técnicos das técnicas de drive, clear e amorti e saber aplicá-las em contexto de

jogo. Trabalhar a coordenação do batimento e ocupação do espaço no jogo de pares.

No

vem

bro

1 14 G

alin

hei

ro

6ª 90’

Bas

quet

ebo

l Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Manipulação da bola utilizando passe de ombro, passe picado e passe de peito.

Desenvolvimento do drible, e ressalto e manutenção do passe e corta. Compreensão da posição base de tripla ameaça. Posição de enquadramento defensivo.

5 15

2

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Bad

mín

ton Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliar os alunos relativamente aos conteúdos abordados de badmínton. Início da abordagem dos conteúdos de voleibol.

Exercícios de manipulação de bola e situação de jogo reduzido.

Situação de serviço, receção em manchete para o passador.

8 16

Pis

cin

a

6ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Introdução dos movimentos básicos de dança (locomotores e não locomotores)

Introdução à contagem dos tempos de dança (1t e ½t) Introdução do passo base de cha cha cha.

Exercícios de relação e cooperação entre colegas.

12 17

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Exercícios de controlo e manipulação de bola em situação de jogo reduzido.

Desenvolvimento das competências de voleibol em situação de serviço e receção em manchete para o passador.

15 18

Pis

cin

a

6ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Trabalho dos movimentos locomotores (passos e voltas) e não locomotores (contração, extensão e bend) e

contagem dos tempos.

Introdução da coreografia de dança moderna. Consolidação do passo base de cha cha cha e introdução do New York.

Compreensão do esquema do passo base cha cha cha e a ligação com o New York.

19 19

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Exercícios de manipulação de bola e situação de receção, passe e remate.

Jogo reduzido 4x4 Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e remate.

Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4.

22 20

Pis

cin

a

6ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Aperfeiçoamento da coreografia de dança moderna. Trabalho dos movimentos locomotores (passos e voltas) e não locomotores (extensão, bend e swing) e

contagem dos tempos.

Compreensão do esquema do passo base cha cha cha e a ligação com o New York e spot turn.

26 21

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Exercícios de manipulação de bola e situação de receção, passe e remate.

Situação de jogo em 4x4 Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e remate.

Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4.

Correção da ação técnica do serviço.

29 22

Pis

cin

a

6ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Trabalho dos movimentos locomotores (passos e voltas) e não locomotores (extensão, bend e swing) e respetiva contagem dos tempos na coreografia.

Aperfeiçoamento da coreografia de dança moderna e apresentação da mesma.

Compreensão do esquema do passo base cha cha cha e a ligação com o New York e do Spot Turn, e Volta da senhora para a direita

Introdução e compreensão do compasso ternário de valsa lenta.

Dez

emb

ro

3 23

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Exercícios de manipulação de bola e situação de receção, passe e remate.

Trabalhar situação de jogo em 4x4

Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e remate. Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4.

Aperfeiçoamento da ação técnica do serviço.

6 24

Pis

cin

a

6ª 90’

Tes

te +

Mil

ha

Teste escrito e Teste Fitnessgram: Corrida da milha

10 25

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Tes

tes

AF

+

Fo

rmaç

ão

Formação teórica dos alunos relativamente aos indicadores de saúde.

Aprendizagem da manipulação dos instrumentos de avaliação para a atividade a realizar no dia 17.12 (Os

alunos avaliam os colegas relativamente ao peso, altura, IMC, pressão arterial e % MG) Realização das avaliações do teste fitnessgram (flexões de braços e abdominais).

13 26

Pis

cin

a

6ª 90’

Dan

ça

Tes

tes

AF

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliação fiitnessgram.

Avaliação Chá Chá Chá.

Consolidação e compreensão do compasso ternário de valsa lenta.

112

17

AIC

E

3ª Ação de intervenção na comunidade escolar - Medição dos indicadores de saúde

Fim 1º Período

PE

RIO

DO

Ja

nei

ro

7 27

3

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol Exercícios de manipulação e controlo de bola. Situação de receção, passe e remate.

Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e remate. Ação técnica do serviço por cima e por baixo.

Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4 e jogo 6x6.

10 28

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Bad

mín

ton Trabalhar as capacidades condicionais de força, flexibilidade e resistência e velocidade.

Compreensão das diferentes técnicas do badmínton. Compreensão dos aspetos técnicos do serviço curto e do serviço por baixo.

Introdução aos aspetos técnicos das técnicas de lob smash e drop e aplicá-las em contexto de jogo.

Trabalhar a coordenação do batimento e ocupação do espaço.

14 29

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Exercícios de manipulação e controlo de bola. Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e remate.

Consolidar a ação técnica do serviço por cima e por baixo.

Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4 e jogo 6x6.

17 30

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Tén

is

Trabalhar as capacidades condicionais de força, flexibilidade e resistência e velocidade. Introdução do

ténis de campo.

Avaliar o nível dos alunos em ténis de campo. Basebol: compreensão das posições e funções de cada jogador, pegas, batimento, corrida entre bases,

receção, passe e enquadramento.

21 31

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Trabalhar as capacidades condicionais de força, flexibilidade e resistência e velocidade. Exercícios de manipulação e controlo de bola.

Situação de receção, passe e remate.

Consolidar a ação técnica do serviço por cima e por baixo. Trabalhar situação de jogo em 4x4 e 6x6

24 32

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Tén

is

Trabalhar as capacidades condicionais de força, flexibilidade e resistência e velocidade. Introdução aos conteúdos técnicos de ténis de campo.

Introdução à posição pré-dinâmica, pegas direita e esquerda de fundo de court ténis de campo. Basebol:

compreensão das posições e funções de cada jogador, pegas, batimento, corrida entre bases, receção, passe e enquadramento.

28 33

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Trabalhar as capacidades condicionais de força, flexibilidade e resistência e velocidade.

Exercícios de manipulação de bola, aspetos técnicos de passe alto de frente/costas e manchete. Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto de

frente/costas) e remate.

Ação técnica do serviço para dar início ao jogo. Consolidação da posição base; Ocupação racional do espaço;

Posição para jogo reduzido 4x4 e jogo formal 6x6.

31 34

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Tén

is

Trabalhar as capacidades condicionais. Introdução serviço por cima; Consolidação dos conteúdos técnicos de ténis de campo.

Introdução ao serviço por cima; consolidação da posição pré-dinâmica (deslocamento), pegas direita e

esquerda de fundo de court ténis de campo. Basebol: compreensão das posições ofensivas e defensivas, e funções de cada jogador, pegas,

batimento, corrida entre bases, receção, passe, enquadramento, zona de strike.

Fev

erei

ro

4 35

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Exercícios de manipulação de bola.

Situação de jogo em 4x4 e 6x6

Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o distribuidor (passe alto de frente/costas) e remate em apoio ou suspensão; Ação técnica do serviço por cima e por baixo. Consolidação

da posição base; Ocupação racional do espaço sistema ofensivo e defensivo.

7 36

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Tén

is

Trabalhar as capacidades condicionais. Consolidação dos conteúdos técnicos abordados de ténis de campo.

Consolidação da posição pré-dinâmica (deslocamento), pegas direita e esquerda de fundo de court,

vólei. Basebol: compreensão das posições e funções de cada jogador, pegas, batimento, corrida entre bases,

receção, passe, enquadramento e eliminação.

11 37

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol Avaliar os alunos na matéria de voleibol de acordo com os critérios;

Avaliar as competências ao nível da dinâmica coletiva, ataque, defesa, serviço e receção.

14 38

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Tén

is

Trabalhar as capacidades condicionais. Consolidação dos conteúdos técnicos abordados de ténis de campo.

Consolidação da posição pré-dinâmica (deslocamento), pegas direita e esquerda de fundo de court,

vólei. Basebol: compreensão das posições e funções de cada jogador, pegas, batimento, corrida entre bases,

receção, passe, enquadramento e eliminação.

113

18 39

4

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Cam

po 3ª 90’

Bas

ebo

l

Bas

quet

ebo

l

Manutenção do trabalho das capacidades condicionais.

Trabalho específico dos aspetos tático técnicos de basquetebol. Revisão dos aspetos tático técnicos de corte direto e corte em V pelas costas ou pela frente. Sistema

defensivo homem a homem.

Basebol: pegas, batimento, corrida entre bases, receção, passe, enquadramento e eliminação.

21 40

Pis

cin

a

6ª 90’

Nat

ação

Trabalhar as capacidades condicionais.

Avaliação Diagnóstica de Natação. Avaliar em que nível é que os alunos se encontram relativamente à técnica de crol, costas, bruços, viragem

alternada e simultânea.

25 41

Cam

po

3ª 90’ B

asq

uet

ebo

l Manutenção do trabalho das capacidades condicionais. Trabalho específico dos aspetos tático técnicos de basquetebol.

Consolidação dos aspetos tático-técnicos de corte direto e corte em V pelas costas ou pela frente, posição de

tripla ameaça. Sistema defensivo homem a homem. Ocupação racional do espaço.

28 42

Pis

cin

a

6ª 90’

Nat

ação

Trabalhar as capacidades condicionais. Trabalhar a ação dos membros inferiores e superiores.

Introdução da coordenação global das técnicas alternadas (crol e costas)

Sincronização da respiração com o batimento de pernas.

Ma

rço

4 Carnaval

7 43

Pis

cin

a

6ª 90’

Nat

ação

Trabalhar as capacidades condicionais.

Coordenação global da técnica de crol e costas, Ação dos membros inferiores na fase propulsiva (ação descendente) e fase de recuperação (ação ascendes).

Sincronização dos membros superiores e inferiores com a respiração na técnica de crol e costas.

11 44

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Tes

tes

AF

Manutenção do trabalho das capacidades condicionais;

Avaliação fitnessgram.

Situações tático-ténicas: lançamento, batimento, corrida entre bases, eliminação por tag out e double play, assistência.

Situação de jogo reduzido e jogo formal de basebol.

14 45

Pis

cin

a

6ª 90’

Nat

ação

Tes

tes

AF

Avaliação fitnessgram

Coordenação global da técnica de crol e costas, ação dos membros inferiores na fase propulsiva (ação descendente) e fase de recuperação (ação ascendente).

Sincronização dos membros superiores e inferiores com a respiração na técnica de crol e costas.

Introdução à técnica de viragens alternadas.

18 46

Cam

po

3ª 90’

Bas

quet

ebo

l Trabalho das capacidades condicionais. Consolidar as ações tático técnicas abordadas nas aulas anteriores.

Consolidar a marcação H x H, o drible de proteção, desmarcação, passe e corte e introduzir o ressalto.

Jogo reduzido e jogo formal.

21 47

Pis

cin

a

6ª 90’

Tes

te +

Mil

ha

Teste escrito e Teste Fitnessgram: (milha)

25 48

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Manutenção do trabalho das capacidades condicionais.

Situações tático-ténicas; Situação de jogo reduzido e jogo formal de basebol.

Basebol: lançamento, batimento/batimento em flyball, corrida entre bases, eliminação por Flyout e eliminação na defesa.

Avaliação de Basebol.

28 49

Pis

cin

a

6ª 90’

Nat

ação

Tes

tes

AF

Avaliação fitnessgram. Teste escrito natação (alunos com atestado)

Coordenação global da técnica de crol e costas, ação dos membros inferiores na fase propulsiva (ação

descendente) e fase de recuperação (ação ascendes). Sincronização dos membros superiores e inferiores com a respiração na técnica de crol e costas (nível

elementar).

Consolidação das técnicas de viragens alternadas de crol e costas.

Ab

ril

1 50

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Bas

quet

ebo

l

A aula não se realizou devido às condições climatéricas

4 51

Pis

cin

a

6ª 90’

Nat

ação

Trabalho da coordenação global das técnicas alternadas.

Avaliação dos conteúdos de natação, técnicas de crol e costas

Coordenação global da técnica de crol e costas, ação dos membros inferiores na fase propulsiva (ação descendente) e fase de recuperação (ação ascendes).

Sincronização dos membros superiores e inferiores com a respiração na técnica de crol e costas (nível

elementar). Viragens alternadas de crol e costas.

Fim do 2º Período

114

22 52

5

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Cam

po

3ª 90’

Tén

is

Bas

ebo

l

Manutenção do trabalho das capacidades condicionais força e flexibilidade.

Consolidação dos conteúdos técnicos abordados de ténis de campo. Consolidação da posição pré-dinâmica (deslocamento), pegas, batimento de fundo court direita e

esquerda e vólei.

Basebol: compreensão das posições e funções de cada jogador. Eliminação no ataque e na defesa.

25 Feriado 25 de Abril

29 53

Cam

po

3ª 90’

Atl

etis

mo

Bas

ebo

l

Manutenção do trabalho das capacidades condicionais força, flexibilidade. Introdução aos conteúdos de atletismo: atletismo: partidas, transmissão do testemunho, corrida de estafetas.

Basebol: compreensão das posições e funções de cada jogador. Eliminação no ataque e na defesa,

assistência, passe na defesa.

Ma

io

2 54

Gin

ásio

6ª 90’ A

tlet

ism

o

Bas

ebo

l

Manutenção do trabalho das capacidades condicionais força e flexibilidade.

Introdução aos conteúdos de atletismo: fase do lançamento do peso (preparação, deslizamento, lançamento, recuperação. Introdução aos conteúdos de frequência e amplitude da passada.

Basebol: Jogo formal, regras do jogo.

6 55

Cam

po

3ª 90’

Tén

is

Atl

etis

mo Manutenção do trabalho das capacidades condicionais força e flexibilidade.

Atletismo: Introdução do salto em comprimento, fases (corrida de balanço, chamada, suspensão ou voo,

receção).

Ténis: consolidação da posição pré-dinâmica (deslocamento), pegas, batimento de fundo court direita e

esquerda e vólei.

9 56

Cam

po

6ª 90’

Atl

etis

mo

Bas

ebo

l

Manutenção do trabalho das capacidades condicionais força e flexibilidade. Introdução aos conteúdos do lançamento dardo: corrida de balanço frontal, corrida de balanço lateral,

lançamento, recuperação. Triplo salto: corrida de balanço, pé-coxinho (hop), passada saltada (step),

terceiro salto (jump) e receção impulso. Basebol: situação de batimento, receção e posição pré-dinâmica. Regras do jogo formal.

13 57

Cam

po

3ª 90’

Av

alia

ção

ES

Tén

is

Avaliação projeto “escola saudável”. Manutenção do trabalho das capacidades condicionais força e flexibilidade

Ténis: consolidação da posição pré-dinâmica (deslocamento), pegas, batimento de fundo court direita e

esquerda e vólei.

PE

RÍO

DO

16 58

Gin

ásio

6ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Desenvolver nos alunos o espirito de cooperação e relação.

Barra de Folclore – passos e deslocamentos. Introdução à coreografia da erva-cidreira e água leva o regadinho.

20 59

Cam

po

3ª 90’

Tes

tes

AF

Atl

etis

mo Teste FITNESSGRAM – Milha

Consolidação dos conteúdos de atletismo: lançamento do peso, lançamento do dardo, salto em

comprimento, corrida de estafetas com partida de blocos.

23 60

Gin

ásio

6ª 90’

Tes

te e

scri

to

+ A

F

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Teste fitnessgram força abdominal e força de braços.

Desenvolver nos alunos o espirito de cooperação e relação.

Consolidação da coreografia erva-cidreira e a água leva o regadinho.

27 61

Cam

po

3ª 90’

Atl

etis

mo

Bas

ebo

l

Avaliação dos conteúdos de atletismo e basebol.

Teste fitnessgram – extensão do tronco, flexibilidade ombro, senta e alcança.

30 62 Desporto Escolar

Ju

nh

o

3 63

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Tén

is

Teste fitnessgram – extensão do tronco, flexibilidade ombro, senta e alcança.

Avaliação dos conteúdos de ténis e basebol.

6 64

Gin

ási

o

6ª 90’

Dan

ça Introdução à coreografia Saraquite.

Avaliação de Dança folclore.

Apresentação das coreografias.

Fim do 3º Período

115

Planeamento anual das matérias e dos conteúdos (12.º- 44)

M D Nº R INST. D T’ MATÉRIA Conteúdo

PE

RIO

DO

Sete

mb

ro

17 1

1

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Pis

cin

a 3ª 90’

Ap

rese

nta

ção Apresentação dos conteúdos/regras funcionamento.

20 2

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol

Bad

min

ton Avaliação Diagnóstico

Avaliação do nível dos alunos nas matérias de voleibol e Badminton.

24 3

Pis

cin

a

3ª 90’

Dan

ça

Avaliação Diagnóstico de dança Avaliar o nível geral em que se encontram os alunos na matéria de dança.

Otimizar as capacidades condicionais dos alunos.

Introduzir conceitos relacionados com a dança.

27 4

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Qu

esti

onár

io

DT

Preenchimento questionário on-line da turma

Ou

tub

ro

1 5

Pis

cin

a

3ª 90’

Mil

ha

+

tes

tes

AF

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliação da aptidão física através do teste da milha, e teste de flexibilidade. Introdução dos conceitos de relação e cooperação entre pares e grupos.

4 6

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol

test

es A

F Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliação da aptidão física Trabalho da situação (1x3 – 2x3) no voleibol.

Serviço (por cima/baixo), receção (em manchete), passe e transposição (toque de dedos, remate ou

amorti).

8 7

Pis

cin

a

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Promover a relação de cooperação e interação entre os alunos.

Introdução de alguns conceitos de movimentos locomotores e não locomotores.

Conceção de uma coreografia de dança moderna, promovendo a criatividade.

Consolidação do passo base cha cha cha.

11 8

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Trabalho de receção, passe e serviço por baixo em voleibol.

Trabalhar o passe em manchete e toque de dedos adequando à situação. Consolidação serviço por baixo e introdução ao serviço por cima.

15 9

Pis

cin

a

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Promover a interação e a relação entre os alunos.

Trabalhar a relação musica e movimento Introdução de alguns conceitos de movimentos locomotores e não locomotores.

Consolidação do passo base cha cha cha e introdução do New York.

Objetivos Específicos: Desenvolver nos alunos o espirito de cooperação e relação. Dar a conhecer alguns movimentos base da dança moderna. Desenvolver nos alunos seu espirito criativo.

18 10

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Trabalhar situação de serviço por cima e por baico e receção em manchete ou toque de dedos adequando à

situação. Consolidação serviço por baixo e introdução ao serviço por cima.

Desenvolver a finalização em remate, passe colocado ou amorti de modo a surpreender a defesa.

22 11

Pis

cin

a

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Promover a interação entre os colegas. Construir uma coreografia utilizando os movimentos locomotores e não locomotores abordados nas aulas e

estabelecer uma relação musica movimento.

Consolidação do passo base cha cha cha e New York. Introdução do spot turn e volta da senhora para a direita.

Introdução do passo base da valsa inglesa (compasso ternário).

25 12

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Trabalhar situação de serviço, receção e finalização em passe colocado, remate ou amorti.

Consolidação serviço por baixo e reforço do serviço por cima.

Desenvolver a finalização em remate, passe colocado ou amorti de modo a surpreender a defesa, procurando colocar a bola nos espaços vazios.

29 13

Pis

cin

a

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Desenvolver nos alunos o espirito de cooperação e relação. Envolver os alunos na construção de uma coreografia, apelar à sua criatividade.

Consolidar o passo base da valsa inglesa.

Consolidar o passo base cha cha cha cha cha cha e New York, Spot Turn e volta da senhora para a direita. Introduzir a coreografia.

116

No

vem

bro

1 14

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Trabalhar situação de serviço, receção e finalização em passe colocado, remate ou amorti. Receção do passe em manchete e toque de dedos adequando à situação.

Consolidação serviço por baixo e reforço do serviço por cima.

Desenvolvimento da finalização em remate, passe colocado ou amorti de modo a surpreender a defesa, procurando colocar a bola nos espaços vazios.

5 15

2

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Gin

ásio

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Envolver os alunos na construção de uma coreografia de dança moderna apelando à sua criatividade.

Consolidar o passo base da valsa inglesa.

Consolidar o passo base cha cha cha cha cha cha e New York, Spot Turn e volta da senhora para a direita. Aperfeiçoar a coreografia de cha cha cha.

8 16

Cam

po

6ª 90’

Vo

leib

ol

Atl

etis

mo Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Início da abordagem dos conteúdos de atletismo – partidas e passagem do testemunho em estafeta.

Compreensão das formas mais rentáveis de passagem do testemunho. Compreensão das implicações nas diferentes formas de transmissão do testemunho.

Manutenção das competências de jogo de voleibol.

12 17

Gin

ásio

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Promover a interação e cooperação entre os colegas. Consolidar a coreografia do cha cha cha.

Revisão do passo base de valsa inglesa e da ¼ volta

Introdução da coreografia de valsa lenta.

15 18

Cam

po

6ª 90’

Vo

leib

ol

Atl

etis

mo Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Continuação da abordagem dos conteúdos de atletismo – saltos e lançamento do peso.

Compreender as condições de rentabilidade dos saltos e dos lançamentos no atletismo.

Jogo reduzido de voleibol e manutenção das competências adquiridas.

19 19

Gin

ásio

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Desenvolver nos alunos o espirito de cooperação e relação.

Introduzir ½ volta na valsa.

Consolidar a coreografia da valsa inglesa e a coreografia do cha cha cha. Revisão dos conteúdos locomotores (andar e voltas) e não locomotores (bend, swing, strech)

22 20

Cam

po

6ª 90’

Vo

leib

ol

Atl

etis

mo

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Seguimento da abordagem dos conteúdos de atletismo – lançamento do peso e corrida de

velocidade.

Introdução da frequência e amplitude da passada. Compreensão das condições de rentabilidade dos saltos, lançamentos e amplitude/frequência da

passada.

Manutenção das competências de voleibol.

26 21

Gin

ásio

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Desenvolver nos alunos o espirito de cooperação e relação.

Barra de Folclore – passos e deslocamentos. Introdução à coreografia da erva-cidreira.

Consolidar a coreografia da valsa inglesa.

Consolidar a coreografia de dança e melhorar alguns movimentos.

29 22

Cam

po

6ª 90’

Vo

leib

ol

Atl

etis

mo

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Seguimento da abordagem dos conteúdos de atletismo – lançamento do peso e corrida de

velocidade. Revisão da frequência e amplitude da passada. Compreensão das condições de rentabilidade dos saltos e dos lançamentos no atletismo.

Manutenção das competências de voleibol.

Dez

emb

ro

3 23

Gin

ásio

3ª 90’

Dan

ça

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Desenvolver nos alunos o espirito de cooperação e relação. Barra de Folclore – marcha, passeio, saltitado.

Introdução à coreografia do regadinho. Consolidar a coreografia da valsa inglesa e chá chá chá e coreografia de dança moderna.

6 24

Cam

po

6ª 90’

Tes

te +

Mil

ha

TESTE ESCRITO e Teste Fitnessgram: Corrida da Milha

10 25

Gin

ásio

3ª 90’

Tes

tes

AF

+

Fo

rmaç

ão

Formação teórica dos alunos relativamente aos indicadores de saúde.

Aprendizagem da manipulação dos instrumentos de avaliação para a atividade a realizar no dia 17.12 (Os alunos avaliam os colegas relativamente ao peso, altura, IMC, pressão arterial e % MG)

Realização das avaliações do teste fitnessgram (flexões de braços e abdominais).

17 26

6ª 90’ Ação de intervenção na comunidade escolar - Medição dos indicadores de saúde

Fim 1º Período

117

PE

RIO

DO

Ja

nei

ro

7 27

3

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Pis

cin

a

3ª 90’

Nat

ação

A aula não se realizou uma vez que a piscina estava em manutenção e não podia ser utilizada e devido a

chuva não existiam outros espaços de lecionação.

10 28 C

amp

o

6ª 90’

Atl

etis

mo

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Continuação da abordagem dos conteúdos de atletismo – passagem do testemunho. Introdução aos saltos, o

aluno realizar o exercício de forma contínua, sem paragens entre os saltos. Introdução à transposição de barreiras. Compreender as condições de rentabilidade dos saltos, coordenação entre os saltos, passagem do

testemunho e transposição de barreiras (perna de ataque).

14 29

Pav

ilh

ão

3ª 90’ V

ole

ibol

A aula realizou-se no pavilhão uma vez que a piscina ainda não reunia as condições necessárias para a

realização da aula de natação. Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Exercícios de manipulação e controlo de bola. Situação de receção, passe e remate.

Trabalhar situação de jogo em 4x4 e 6x6 Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e

remate. Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4 e jogo 6x6. Ação técnica do serviço por

cima e por baixo.

17 30

Cam

po

6ª 90’

Atl

etis

mo Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Continuação da abordagem dos conteúdos de atletismo – passagem do testemunho. Salto em comprimento

e triplo salto, corrida com transposição de barreiras. Compreensão das condições de rentabilidade dos saltos, coordenação entre os saltos, passagem do

testemunho e transposição de barreiras (perna de ataque).

21 31

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e

remate. Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4 e jogo 6x6. Ação técnica do serviço por

cima e por baixo Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e

remate. Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4 e jogo 6x6. Ação técnica do serviço por

cima e por baixo.

24 32

Cam

po

6ª 90’

Atl

etis

mo

Bas

ebo

l

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Continuação da abordagem dos conteúdos de atletismo – lançamento do peso e triplo salto.

Avaliação Diagnostica de basebol. Compreender as condições de rentabilidade do lançamento do peso, compreender a coordenação

entre os saltos do triplo salto. Verificar o nível em que se encontram os alunos no basebol.

28 33

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Exercícios de manipulação e controlo de bola.

Trabalhar os aspetos técnicos de passe alto de frente/costas e manchete

Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o passador (passe alto) e remate. Ação técnica do serviço por cima e por baixo.

Colocação dos alunos no espaço para jogo reduzido 4x4 e jogo 6x6.

31 34

Cam

po

6ª 90’

Atl

etis

mo

Bas

ebo

l Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliação dos conteúdos de atletismo - Transposição de barreiras, corrida de estafetas

Jogo reduzido de basebol

Fev

erei

ro

4 35

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Exercícios de manipulação de bola.

Desenvolvimento das competências em voleibol de receção (manchete) para o distribuidor (passe alto de frente/costas) e remate em apoio ou suspensão; Ação técnica do serviço por cima e por baixo. Consolidação

da posição base; Ocupação racional do espaço sistema ofensivo e defensivo.

Situação de jogo em 4x4 e 6x6

7 36

Cam

po

6ª 90’

Atl

etis

mo

Bas

ebo

l

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliação dos conteúdos de atletismo – Salto em comprimento, triplo-salto e lançamento do peso. Consolidação dos conteúdos de basebol – posicionamento dos jogadores em situação de jogo de

basebol (lançador, batedor, defesas).

11 37

Pav

ilh

ão

3ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Avaliação de voleibol

Objetivos Específicos: Avaliar as competências em voleibol ao nível da dinâmica coletiva, ataque, defesa,

serviço e receção.

14 38

4

R

O

T

A

Ç

Ã

O

Cam

po

6ª 90’

Atl

etis

mo

Bas

ebo

l

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Introdução dos conteúdos de atletismo - partida de velocidade com blocos e sem blocos (partida

alta e partida baixa). Fases da corrida: Partida, aceleração, manutenção da velocidade máxima, perda de velocidade, chegada.

Posicionamento dos jogadores em situação de jogo de basebol (lançador, batedor, defesas).

18 39

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliação diagnóstico de futebol.

Trabalho de passe e receção e desmarcação e ocupação do espaço vazio

118

21 40

Cam

po

6ª 90’

Fu

tebo

l Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Avaliação diagnóstico de futebol. Trabalho de passe e receção e desmarcação e ocupação do espaço vazio.

25 41

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Situação de desmarcação, ocupação racional do espaço e passe e receção. Jogo holandês. Passa desmarca.

Trabalho de visão de jogo e finalização no jogo 3x3 e 4x4.

28 42

Cam

po

6ª 90’

Fu

tebo

l

Atl

etis

mo

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Trabalho de lançamento, batimento e receção no basebol. Trabalho de lançamento, batimento, corrida até à 1ª base e receção com passe para o lançador no

basebol.

Situação de jogo formal. Consolidação do lançamento do dardo no atletismo.

Ma

rço

4 43 Carnaval

7 44

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Atl

etis

mo

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação do lançamento do dardo no atletismo.

Trabalho de lançamento, batimento, receção com passe para o lançador no basebol. Jogo de basebol.

11 45

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Trabalho de passe e receção, desmarcação e ocupação racional do espaço de jogo no futebol e de finalização em igualdade e superioridade numérica.

Jogo 5x5.

14 46

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Atl

etis

mo

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação do lançamento do dardo no atletismo.

Situação de jogo reduzido de basebol 5x5 com trabalho de lançamento, receção e passe. Jogo formal de basebol.

18

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l

Tes

tes

AF

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Trabalho de passe e receção, desmarcação e ocupação racional do espaço de jogo no futebol. Jogo 5x5.

Avaliação Fitnessgram.

21 47

Cam

po

6ª 90’

Tes

te +

Mil

ha

Teste escrito + Testes FITNESSGRAM

25 48

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l

Tes

tes

AF

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Situação de desmarcação, ocupação racional do espaço e passe e receção. Trabalho de ocupação racional do espaço, visão de jogo e finalização.

Avaliação e avaliação Fitnessgram.

28 49

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Atl

etis

mo

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Consolidação do lançamento do dardo no atletismo e do trabalho de receção, batimento,

lançamento e corrida entre bases no basebol.

Jogo formal de basebol. Avaliação.

Ab

ril

1 50

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Trabalho de ocupação racional do espaço, visão de jogo e finalização.

Trabalho de passe e receção, desmarcação, amplitude. Jogo 6x6 e 3x3 e jogo condicionado.

Avaliação.

4 51

Cam

po

6ª 90’

Bas

ebo

l

Atl

etis

mo

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação da corrida de barreiras. Consolidação do trabalho de receção, batimento e lançamento no basebol.

Jogo formal de basebol e jogo reduzido 5x5.

Avaliação. Auto avaliação.

PE

RIO

DO

Fim do 2º Período

22 52

5

R

O

T

A

Ç

Ã

Cam

po

3ª 90’

Bas

ebo

l

Formação sobre a atividade de canoagem.

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Consolidação do trabalho de receção, batimento e lançamento e do jogo formal de basebol.

25 Feriado 25 de Abril

29 Atividade ação de extensão curricular - Canoagem.

119

Ma

io

2 53

O

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação do serviço/ receção/ passo alto (frente ou costas) e remate, bloco e proteção ao bloco no voleibol.

Jogo 4x4 e 6x6.

6 54

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l

Bas

ebo

l

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação da desmarcação, ocupação racional do espaço, passe e receção e amplitude no

futebol. Trabalho de lançamento, batimento, receção com passe para o lançador no basebol.

Situação de jogo jogo formal de basebol.

9 55

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação dos princípios de jogo do voleibol incluindo o bloco e proteção do bloco e jogo 4x4 e 6x6.

Jogo reduzido 3x3.

13 56

Cam

po

3ª 90’ F

ute

bo

l

Bas

ebo

l

Medições para o projeto escola saudável.

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação do passe e receção, desmarcação, amplitude e ocupação racional do espaço de jogo no futebol.

Jogo 7x7.

16 57

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Desenvolvimento dos aspetos técnicos do serviço por cima.

Consolidação dos princípios de jogo do voleibol, receção, passe, finalização, bloco duplo e proteção ao

bloco e jogo 3x3, 4x4 e 6x6.

20 58

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l

Bas

ebo

l

Tes

tes

AF

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação do passe e receção, desmarcação, amplitude e ocupação racional do espaço de

jogo 7x7 e 3x3 no futebol e do lançamento, receção, batimento e corrida de base no jogo de basebol.

Avaliação Fitnessgram.

Avaliação das matérias abordadas.

23 59

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Tes

te +

Mil

ha

Testes escrito FITNESSGRAM

27 60

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l

Bas

ebo

l

Tes

tes

AF

Desenvolvimento das capacidades condicionais. Preenchimento do inquérito da DT.

Consolidação do passe e receção, desmarcação, amplitude e ocupação racional do espaço no

futebol e do jogo de basebol.

Avaliação Fitnessgram.

Avaliação das matérias abordadas. 30 Desporto escolar

Ju

nh

o

3 61

Cam

po

3ª 90’

Fu

tebo

l

Bas

ebo

l

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Preenchimento do inquérito da DT dos últimos 3 alunos da lista.

Consolidação do passe e receção, desmarcação, amplitude e ocupação racional do espaço no jogo 3x3 e 7x7 no futebol e do lançamento, receção, batimento e corrida de base no jogo de basebol.

Avaliar os alunos relativamente aos conteúdos abordados de futebol e basebol.

6 62

Pav

ilh

ão

6ª 90’

Vo

leib

ol

Desenvolvimento das capacidades condicionais.

Consolidação dos princípios de jogo do voleibol e jogo 6x6. Apresentação dos resultados das medições da escola saudável e recomendações.

Entrega e correção do teste e autoavaliação. Leitura da norma para os exames nacionais.

Fim do 3º Período

120

ANEXO D – Ficha individual do Aluno

Identificação do Aluno

Nome do Aluno ________________________________________________________________________Nº do aluno ________

Turma _____ Ano ___ Telef. aluno______________________________Data de nascimento ___/___/_____ Idade __________

Naturalidade ______________________ Morada________________________________________________________________

É repetente do 12º_________ Qual a turma frequentada no ano anterior_______ email__________________________________

Saúde

Possui alguma doença? _______________ Qual? ______________________________________________________________

Toma algum medicamento frequentemente? ___________ Qual? __________________________________________________

Possui alguma contraindicação para a prática desportiva?_________________________________________________________

Experiência Desportiva

Já praticou desporto federado? Sim Não

Quais? 1. _____________________________ 2._________________________________ 3._____________________________

Outros: ____________________________

Durante quanto tempo? 1. _________________________ 2._____________________________3.________________________

Outros: _____________________________

Atualmente pratica desporto federado? Sim Não Quais? _______________________________________

Quantas vezes por semana? _____________________

No ano anterior participou no Desporto Escolar? _________ Qual? _______________________________________________

Modalidade desportiva que mais gosta _______________________________________________________________________

Modalidade desportiva que menos gosta ______________________________________________________________________

Matérias que já abordou nas aulas de Educação Física (marque com um x): Ginástica

Atletismo

Natação

Judo

Corfebol

Outras:_______________________________________

Escolha das matérias para o Ano letivo 2013/2014

Dos quatro Desportos Coletivos apresentados em baixo, escolha DOIS dos quais gostaria de abordar no decorrer deste ano letivo.

(assinale com um X as matérias que gostaria abordar).

Andebol Futebol Basquetebol Voleibol

Dos dois Desportos Individuais apresentados em baixo, escolha apenas UM que gostaria abordar no decorrer deste ano letivo.

(assinale com um X a matérias que gostaria abordar).

Atletismo Ginástica

Dos restantes matérias apresentados a baixo, escolha duas que gostaria abordar no decorrer deste ano letivo. (assinale com um X

a matéria gostaria abordar).

Aeróbica Judo Badmínton Orientação Corfebol Ténis

Hóquei em campo Danças Sociais Râguebi Danças Tradicionais Softbol/Basebol

Campismo

Patinagem

Dança

Voleibol

Hóquei

Basebol

Golfe

Orientação

Basquetebol

Futebol

Rugby

Orientação

Ténis

Ténis de Mesa

Badminton

Aeróbica

121

ANEXO E – Questionário complementar da direção de turma

1. Identificação

1.1 Nome _________________________________________________________________ Nº: _______

1.2 No final do ano letivo (junho 2013) que idade terá? _________

2. Encarregados de Educação

2.1. O seu encarregado de educação costuma deslocar-se à escola?

2.1.1. Se respondeu sim, indique os motivos:

uer ter informações sobre a sua vida escolar

3. Agregado Familiar

3.1. Qual o estado civil dos seus pais:

3.2. Indique a situação da sua habitação:

Social

3.2.2. A sua casa tem:

3.2.3. Onde é que costuma estudar?

4. Características dos Alunos

4.1. OCUPAÇÃO DOS TEMPOS LIVRES

4.1.1 Costuma ler?

4.1.2. Se respondeu sim, que tipo de leitura___________________________________________________

4.1.3. Quantos livros, não escolares, leu no último ano?

4.2. RELAÇÃO COM OS PAIS

4.2.1. Tem tempos comuns de partilha com os seus pais?

122

4.2.2. Tem por hábito informar os seus pais acerca do que se passa na sua escola?

4.2.3. Os seus pais demonstram interesse por aquilo que se passa na sua escola?

4.2.4. Como avalia a sua relação com os seus pais?

5. expectativas dos Alunos face à Vida Escolar

5.1. A ESCOLA

5.1.1. Há quantos anos frequenta esta escola? _____________

5.1.2. Gosta da escola que frequenta?

5.1.3. Para si a escola corresponde a um local onde (aponte 3 opções no máximo):

Outros:_________________________________________________________________________________

5.2. A APRENDIZAGEM

5.2.1. Dispõe de alguma ajuda para os seus estudos?

5.2.1.1. Se respondeu sim, assinale qual/quais?

5.2.1.2. Se respondeu Apoio na Escola, diga qual: ______________________________________________

5.2.1.3. Se respondeu Explicação, diga a que disciplinas: _________________________________________

5.2.1.4. Se respondeu Explicação, diga quantas horas por semana: __________________________________

5.2.1.4. Se respondeu Não, assinale o motivo:

5.3. Classifique a sua Escola, no que se refere a:

Mau Médio Bom

Muito

Bom

Não tenho

opinião

Espaços de convívio

Horário

Salas de aula

Bar dos alunos

Cantina

123

5.4. Durante os intervalos sai do espaço físico da escola?

5.4.1. Se respondeu sim, em quais costuma sair? _______________________________________________

5.4.2. Se respondeu sim, para onde costuma ir? ________________________________________________

5.4.1. E porquê (independentemente da resposta ter sido sim ou não)?_______________________________

5.5. Costuma lanchar no bar da escola?

5.5.1. Porquê? __________________________________________________________________________

5.6. Costuma almoçar na cantina?

5.6.1. Porquê? _________________________________________________________________________

5.7. Identifique quais considera serem os espaços de convívio da escola.

5.8. OPÇÕES VOCACIONAIS

5.8.1. Ao finalizar este ano letivo (12º) pretende:

5.8.2. Qual a profissão desejada? ___________________________________________________________

6. Atividades Extracurriculares

6.1. Pratica alguma atividade extracurricular *?

6.1.1. Se sim, qual/quais? ______________________________________ Quantas horas por semana? _____

6.2. E fora da escola tem alguma atividade?

6.2.1. Se sim, qual/quais? ______________________________________ Quantas horas por semana? _____

* Atividades recreativas, culturais e desportivas realizadas na escola

7. Condutas de Saúde e Bem-estar

7.1. Dorme bem?

7.2. A que horas costuma ir dormir? Durante a semana: _________ Ao fim de semana: _________

7.3. A que horas costuma acordar? Durante a semana: _________ Ao fim de semana: _________

7.4. Em média, quantas horas dorme por dia? ___________

124

ANEXO F – Unidade didática de ARE (12.º- 44)

Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Núcleo de estágio de educação física

Escola Secundária Jaime Moniz

2013 / 2014

Prática Letiva

Unidade didática das atividades rítmicas e

expressivas

(12º44)

Orientadora científica:

Mestre Ana Luísa Correia

Orientadora cooperante:

Professora doutora Maria Luísa Carvalho

Professora estagiária:

Liliana Félix

125

Introdução

A unidade didática (UD) está enquadrada nas matérias de danças sociais e

danças tradicionais, englobadas nas atividades rítmicas expressivas (ARE), tendo por

objetivo a sua lecionação segundo um processo estratégico-pedagógico devidamente

estruturado

Esta UD é dirigida à turma 12.º-44, sendo que as matérias de danças sociais e

danças tradicionais se distribuem, em 10 aulas lecionadas na piscina e no ginásio, em

blocos de 90 minutos, o que perfaz um total de aproximadamente 15 horas.

Esta UD foi abordada na primeira rotação (3ªfeira) em que os alunos tinham a

piscina como instalação e na segunda rotação (3ªfeira) no ginásio.

A dança é uma matéria nuclear pelo que a sua lecionação é de caracter

obrigatório, relativamente às matérias de danças sociais e de danças tradicionais as

vivência dos alunos era pouca ou nenhuma, em anos anteriores.

A conceção desta UD, teve em consideração a necessidade de proporcionar aos

alunos o desenvolvimento do seu repertório motor, bem como a sua formação eclética e

a aquisição de noções culturais na área das ARE.

No sentido de obtermos um ponto de partida relativamente ao nível em que se

encontram os alunos foi aplicada uma avaliação-diagnóstico da turma, tendo em conta

os objetivos propostos pelo programa nacional de educação física do ensino secundário.

O planeamento anual foi estruturado de acordo com as instalações, e as restantes

matérias a serem lecionadas, e os objetivos aos quais nos propomos ao longo do ano

letivo.

126

1. Pertinência da abordagem das atividades rítmicas e expressivas na escola

As atividades rítmicas expressivas são matérias, que tal como as restantes matérias

permitem atingir as finalidades e os objetivos (gerais e específicos) do PNEF. As

atividades rítmicas e expressivas são pouco divulgadas no meio escolar, contudo, a

escola deve desempenhar o papel de fomentar nos alunos o gosto pela prática regular da

atividade física sendo prevenindo para a criação de hábitos de vida saudável.

Assim sendo, os alunos na escola devem experimentar diferentes matérias uma vez

que só assim estes podem ganhar o gosto pela mesma sendo improvável adquirir gosto

por matérias desconhecidas.

As atividades rítmicas e expressivas aparecem no PNEF com os conteúdos

devidamente estruturados e agrupados por níveis de aprendizagem (introdutório,

elementar e avançado).

Segundo Jacinto, Carvalho, Comédias e Mira (2001), a dança, no PNEF, encontra-se

inserida nas matérias nucleares, ou seja é de carater obrigatório, e de acordo com

objetivos traçados para estas áreas o aluno deve “apreciar, compor e realizar sequências

de elementos técnicos da Dança em coreografias individuais e de grupo,

correspondendo aos critérios de expressividade, de acordo com os motivos das

composições”.

Estas atividades podem ser utilizadas pelos professores como um meio para

trabalhar a criatividade dos alunos que provem da sua vontade de experimentar, inovar,

criar e explorar, o professor deve ser um moderador que em determinadas situações

deve deixar o aluno dançar, expressar-se e noutras situações ensinar a técnica correta ou

dar elementos que os levem a estimular o seu reportório motor.

Segundo Batalha e Xarez (1999), na dança é fundamental o nascer do gesto próprio,

a partir do reinventar o corpo, exprimindo as emoções e energias anteriores. Os mesmos

autores, referem que o corpo é um centro de diálogo com o mundo social e contextual.

Ruso (2005), refere que a dança é uma atividade humana, universal, porque se

estende por toda a história, todo o planeta, por todas as idades e sexos; é motora porque

utiliza o corpo para exteriorizar sentimentos, emoções e ideias; é poli temática, indo

127

desde as danças tradicionais, às clássicas e modernas, entre outras; é polivalente no que

respeita a diferentes dimensões, tais como, a arte, a educação, a terapia ou mesmo como

área profissional; é complexa, porque conjuga e inter-relaciona vários fatores; e é

simultaneamente, uma atividade individual e de grupo.

128

2. Contextualização da Unidade Didática

2.1 Identificação da turma

A UD é direcionada para a turma 44, do 12,º ano de escolaridade, sendo

composta por 21 alunos em que 11 alunos são do sexo masculino e os restantes 10 é do

sexo feminino, a turma em questão é relativamente homogénea no que concerne ao

número de rapazes e raparigas o que é fundamental na dança uma vez que exige muito

trabalho de pares de homens e mulheres.

3. Planeamento anual

3.1 Calendário escolar

O Ministério da Educação define as datas de duração dos períodos letivos e as

interrupções de atividades letivas, para o ano letivo de 2013/2014, assim sendo o

calendário escolar define-se da seguinte forma:

1º Período – 17 de setembro de 2013 a 18 de dezembro de 2013.

2º Período - 6 de janeiro de 2014 a 4 de abril de 2014.

3º Período - 22 de abril de 2014 a 27 de junho 2014.

O quadro que se segue, refere-se de forma esquemática, ao enquadramento das

aulas de ARE ao longo deste ano letivo (2013/2014).

129

S E T E M B R O

O U T U B R O

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

1 1 2 3 4 5 6

2 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13

9 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20

16 17 1ºPeríodo

18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27

23 24 25 26 27 28 29 28 29 30 31

30

N O V E M B R O

D E Z E M B R O

SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM

1 2 3

1

4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 F

11 12 13 14 15 16 17 9 10 11 12 13 14 15

18 19 20 21 22 23 24 16 17 18

Fim 3ºP

19 20 21 22

25 26 27 28 29 30 Bênção

das capas

23

31

24 Natal F 27 28 29

30 31

Quadro 3 - Calendarização de ARE

Legenda:

Dia da escola saudável ES ARE

Bênção das capas Restantes aulas de educação física

Feriados Férias e fins de semana

130

3.2 Horários das aulas de ARE

No quadro 2 apresentamos o enquadramento da UD, que inclui o início e o fim

das aulas de ARE, o respetivo horário, e a duração das mesmas.

Danças sociais

Início 8 novembro

Fim 13 dezembro

Dia da semana 6ª Feira

Nº total de aulas 4 aulas de 90 minutos e

1 aula de 45 minutos

Horário 11h30 – 13h

Danças tradicionais Portuguesas

Início 16 maio

Fim 6 junho

Dia da semana 6ª Feira

Nº total de aulas 1 aula de 90 minutos e 2 aulas de 45

minutos

Horário 11h30 – 13h

Quadro 4 - Enquadramento da UD de ARE

4. Recursos

Expõem-se em seguida os recursos necessários à lecionação da UD, sendo estes

subdivididos por:

Danças sociais e Danças tradicionais

Espaciais – Piscina e Ginásio

Materiais – vestuário adequado, rádio leitor de CD, CD com as músicas a utilizar e

extensão elétrica, bolas, cordas e coletes.

Temporais – 10 aulas de 90minutos.

Humanos – professor estagiário (com apoio da orientadora pedagógica), 21 alunos da

turma 12.º-44.

131

5. Definição dos objetivos

5.1 Objetivos gerais do Programa Nacional de Educação Física

Neste capítulo são definidos os objetivos da UD de ARE, tendo em conta o nível

de aprendizagem dos alunos da turma em questão (12.º-44). Para a seleção desses

objetivos, anteriormente é considerado o Programa Nacional de Educação Física e os

respetivos objetivos da Educação Física.

De acordo com Jacinto et al. (2001), os objetivos gerais descritos no Programa

Nacional são:

“Participar ativamente em todas as situações e procurar o êxito pessoal e do

grupo:

- Relacionando-se com cordialidade e respeito pelos seus companheiros, quer no

papel de parceiros quer no de adversários;

- Aceitando o apoio dos companheiros nos esforços de aperfeiçoamento próprio,

bem como as opções do(s) outro(s) e as dificuldades reveladas por eles;

- Interessando-se e apoiando os esforços dos companheiros com oportunidade,

promovendo a entreajuda para favorecer o aperfeiçoamento e satisfação própria e do(s)

outro(s);

- Cooperando nas situações de aprendizagem e de organização, escolhendo as

ações favoráveis ao êxito, segurança e bom ambiente relacional, na atividade da turma;

- Apresentando iniciativas e propostas pessoais de desenvolvimento da atividade

individual e do grupo, considerando também as que são apresentadas pelos

companheiros com interesse e objetividade;

- Assumindo compromissos e responsabilidades de organização e preparação das

atividades individuais e ou de grupo, cumprindo com empenho e brio as tarefas

inerentes.

- Analisar e interpretar a realização das atividades físicas selecionadas, aplicando

os conhecimentos sobre técnica, organização e participação, ética desportiva, etc.

- Interpretar crítica e corretamente os acontecimentos na esfera da Cultura Física,

compreendendo as atividades físicas e as condições da sua prática e aperfeiçoamento

como elementos de elevação cultural dos praticantes e da comunidade em geral.

132

- Identificar e interpretar os fenómenos da industrialização, urbanismo e poluição

como fatores limitativos da Aptidão Física das populações e das possibilidades de

prática das modalidades da Cultura Física.

- Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais,

particularmente, de Resistência Geral de Longa e Média Durações; da Força Resistente;

da Força Rápida; da Velocidade de Reação Simples e Complexa, de Execução, de

Deslocamento e de Resistência; das Destrezas Geral e Específica.

- Conhecer e aplicar diversos processos de elevação e manutenção da Condição

Física de uma forma autónoma no seu quotidiano.

- Conhecer e interpretar fatores de saúde e risco associados à prática das

atividades físicas e aplicar regras de higiene e de segurança.”

5.2 Objetivos específicos das matérias de ARE

Abaixo são referenciados os objetivos de Danças sociais para o nível

introdutório e elementar do 11º e 12º ano de escolaridade que abrange de forma

concreta a Valsa lenta e o Chá-Chá-Chá).

São ainda considerados os objetivos de Danças tradicionais para o nível

introdutório e elementar do 11º e 12º ano de escolaridade que abrange a coreografia da

Erva-cidreira e o Regadinho.

Partindo dos objetivos delineados pelo Ministério da Educação no PNEF deve-se

orientar os objetivos, relativamente à sua periodização e ao seu nível de exigência,

tendo em conta as competências demonstradas pelos alunos na avaliação inicial bem

como as suas necessidades ajustando o planeamento de forma a garantir uma resolução

das suas carências.

133

Danças sociais

Os objetivos específicos das Danças sociais do 11º e 12º ano de escolaridade

retirados do PNEF são:

- Nível Introdutório e elementar - Dança

- Nível Introdutório - Valsa lenta

- Nível Elementar - Chá-chá-chá

Danças tradicionais

Objetivos específicos das Danças tradicionais do 11º e 12º ano de escolaridade:

- Nível introdutório – Erva-cidreira e Regadinho.

6. Conteúdos a lecionar nas Danças sociais

Os conteúdos a lecionar durante o presente ano letivo são agora definidos os

conteúdos a abordar na matéria de danças sociais, sendo que a estruturação dos

conteúdos está principalmente associada a cada uma das danças específicas a abordar:

Movimentos Básicos

Os alunos devem conhecer os movimentos básicos, só assim poderão ter sucesso

nas aulas de dança. Assim sendo, devem ser capazes de falar sobre eles, descrevê-los, e

identificar as diferentes e variadas formas de os diferenciar. Seguindo esta lógica de

pensamento, podemos dividir os movimentos em locomotores e não locomotores.

No que concerne aos movimentos locomotores, estes consistem na projeção do

corpo no espaço, tais como: “walk” (andar); “jump” (saltar); “hop” (salto); “run”

(correr);

Relativamente aos movimentos não locomotores, são aqueles em que o corpo é

capaz de atuar a partindo de uma posição sentado, de pé, deitado, ou de joelhos, sendo

estes: o “bend” e “stretch” (flexão e extensão),“swing” (oscilação),“push” e “pull”

(empurrar e puxar), “twist” e “turn” (torção e volta), “bounce” (molejar), “shake”

(tremer).

134

Valsa lenta (inglesa)

- Closed change;

- Closed change com ¼ volta à direita;

- Closed change com ½ volta.

Coreografia de Valsa lenta:

Closed change com ¼ de volta e ½ volta, percorrendo a “linha de dança”.

Chá-chá-chá

- Passo básico;

- Volta da senhora para a direita;

- New York;

- Spot turn;

- Hand-to-hand;

- Shoulder to Shouler;

Coreografia de Chá-chá-chá:

- 16’ tempos em passo básico;

- 8’ New York;

- 8’ Spot turn;

- 4’ Volta da senhora para a direita;

- 2’ Hand-to-hand;

- 8’ tempos em passo básico;

6.1 Conteúdos a lecionar nas Danças tradicionais

Após a avaliação inicial e a consideração do nível de aprendizagem demonstrado

pelos alunos, devem ser definidos os conteúdos a abordar. No contexto das Danças

tradicionais, a estruturação dos conteúdos abrange os seguintes itens:

5.4.2. Regadinho

- Passo de passeio;

- Passo saltado cruzado (balancé);

- Passo saltitado (com trocas de braço);

135

5.4.3. Erva-Cidreira

- Passo de passeio (com o pé bem apoiado no chão);

- Passo de passeio em trajetória circular (com palmas);

- Passo de passeio em trajetória circular (entrelaçado com o par).

136

6. Estruturação dos conteúdos programáticos

Quadro 5 - Estruturação dos conteúdos de ARE

Au

la

Data Objetivos Conteúdos Estratégias

Dança sociais

3

24.0

9.2

013

Aferir o nível de aprendizagem

dos alunos nas Danças

Introduzir conteúdos

específicos de dança

Aferir o nível de aprendizagem

dos alunos nas Danças Sociais

Chá-Chá-Chá

Introdução à contagem de tempos.

Avaliação-diagnóstico.

Movimentos locomotores

“walk” (andar)

“run” (correr)

Passo picado;

Passo contrapasso;

Passo com chuto.

Voltas

Chá-Chá-Chá:

- Contagem tempos (1, 2, 3, 4);

- Senhor e Senhora dão as mãos;

- Passo básico

Exercícios de interação na ativação

cardiovascular.

Trabalho das capacidades

condicionais.

A deslocar pelo espaço de aula;

Em filas avançando

progressivamente ao som da

música pelo espaço;

Em xadrez quando o movimento

não implica deslocar no espaço;

Colocação dos homens e das

senhoras em duas linhas

Troca de pares

7

8.1

0.2

013

Introduzir e consolidar os

movimentos de dança

Consolidação do passo básico

de Danças Sociais Chá-Chá-

Chá e introdução do New York

Introdução do passo básico da

valsa inglesa

Continuação da contagem de tempos.

Movimentos locomotores

“walk” (andar)

“jump” (saltar)

“hop” (salto)

Movimentos não locomotores (variando o

espaço e o nível)

“bend” e “stretch” (flexão e extensão)

“swing” (oscilação)

Saltos

Voltas

Chá-Chá-Chá:

- Contagem tempos (1, 2, 3, 4);

- Postura Senhor e Senhora;

- Passo básico

-Introdução do New York

Valsa Inglesa:

- Passo básico;

- Postura Senhor e Senhora;

- Contagem dos tempos (1,2,3).

Exercícios de interação na ativação

cardiovascular.

Trabalho das capacidades

condicionais.

Em filas avançando

progressivamente ao som da

música pelo espaço.

Em xadrez quando o movimento

não implica deslocar no espaço.

Colocação dos homens e das

senhoras em duas linhas

Troca de pares

137

9

15.1

0.2

013

Introduzir e consolidar os

movimentos de dança

Consolidação dos passos de

Danças Sociais Chá-Chá-Chá e

introdução da volta da senhora

para a direita

- Compasso quaternário;

- Postura do Senhor e da

Senhora nas Danças;

- Passo básico;

- New York;

-Spot Turn

Consolidação do passo base de

Valsa lenta:

Continuação da contagem de tempos.

Movimentos locomotores + Movimentos

não locomotores (variando o espaço e o

nível)

“walk” (andar) + “bend” e “stretch”

“swing”

“hop” (salto) + “stretch”

“leap” (saltar)

Voltas + “bend” e “swing”

Chá-Chá-Chá:

- Contagem tempos (1, 2, 3, 4);

- Postura Senhor e Senhora;

- Passo básico;

- New York;

- Spot turn;

Introdução da volta da senhora para a

direita

Valsa Lenta:

- Contagem tempos (1, 2, 3);

- Postura Senhor e Senhora;

- Passo básico (closed change);

Exercícios de contacto na ativação

cardiovascular

Em linha para os movimentos de

progressão no espaço e colocação

dos alunos em xadrez para os

movimentos não locomotores

Método associativo (adição de

passos) aplicado nas coreografias

Estilos Comando e Tarefa

Professor serve de modelo e

desempenha ambos os papéis

Colocação dos homens e das

senhoras em duas linhas

Troca de pares

11

22.1

0.2

013

Introduzir e consolidar os

movimentos de dança

Introdução à coreografia de

dança

Consolidação dos conteúdos

Chá-Chá-Chá:

- Compasso quaternário;

- Postura do Senhor e da

Senhora nas Danças;

- Passo básico;

- New York;

-Spot Turn

Introdução da volta da senhora

para a direita

Consolidar os conteúdos de

Valsa lenta:

- Compasso ternário;

- Postura do Senhor e da

Senhora;

- Closed Change com ¼ de

volta à direita (Natural turn)

Continuação da contagem de tempos.

Ligação dos movimentos locomotores e

movimentos não locomotores (variando o

ritmo, o nível e o espaço);

Chá-Chá-Chá:

- Contagem tempos (1, 2, 3, 4);

- Postura Senhor e Senhora;

- Passo básico;

- New York;

- Spot turn;

- Volta da senhora para a direita.

Valsa Lenta:

- Contagem tempos (1, 2, 3);

- Postura Senhor e Senhora;

- Passo básico (closed change);

Exercícios de contacto na ativação

cardiovascular

Método associativo (adição de

passos) aplicado nas coreografias

Estilo tarefa

Colocação dos alunos em grupos

de dança

Estilos Comando

Professor serve de modelo e

desempenha ambos os papéis

Coreografia de chá chá chá

Troca de pares

Colocação dos homens e das

senhoras em duas linhas

138

13

29.1

0.2

013

Consolidar passos abordados na

aula anterior

Consolidação de Valsa lenta:

- Closed Change com ¼ de

volta à direita (Natural turn)

- Postura

Consolidar conteúdo de Chá-

Chá-Chá:

- Volta da Senhora para a

direita

Coreografia

Contagem dos tempos em compasso

ternário;

Valsa lenta:

- Closed change com ¼ volta;

- Postura

Chá-Chá-Chá

- Passo básico + New York + spot turn +

volta da Senhora para a direita.

- Coreografia

16’passo base + 8 tempos New York + 8’

spot turn + 4’ volta da senhora para a

direita.

Exercícios de contacto na ativação

cardiovascular

Definição dos pares

Troca de pares

Método associativo aplicado nas

coreografias

Estilo Tarefa

15

5.1

1.2

013

Consolidar os passos abordados

nas aulas anteriores

Consolidação de Valsa lenta:

- Closed Change com ¼ de

volta à direita (Natural turn)

Introduzir conteúdos do Chá-

Chá-Chá:

- Soulder to Shoulder

Coreografia de cha cha cha

Valsa lenta:

- Closed change com ¼ volta;

- Coreografia de valsa lenta;

Chá-Chá-Chá:

- Passo básico + New York + spot turn +

Senhora para a direita;

- Introduzir passo Shoulder to Shoulder

- Consolidação da coreografia anterior

juntando o novo passo (shoulder to

shoulder)

Exercícios de contacto na ativação

cardiovascular

Definição dos pares

Troca de pares

Método associativo de coreografia

Estilo Tarefa

17

12.1

1.2

013

Consolidar os passos abordados

nas aulas anteriores

Consolidar os conteúdos de

valsa:

- Closed change com ¼ de

volta

Consolidação dos conteúdos de

chá chá chá e introdução do

novo passo:

- Hand-to-hand;

Valsa lenta:

Closed change com ¼ de volta,

percorrendo a “linha de dança”;

Coreografia:

- 6’ closed change + 12’ closed change

com ¼ volta à direita

Chá-Chá-Chá:

- Consolidação dos passos anteriormente

abordados;

- Introdução ao passo Hand-to-hand;

- Coreografia introduzindo o novo passo.

Exercícios de contacto na ativação

cardiovascular

Definição dos pares

Troca de pares

Método associativo de coreografia

Estilo Tarefa

19

19.1

1.2

013

Revisão da coreografia de

dança

Consolidar os passos abordados

nas aulas anteriores;

- Introdução do closed change

com ½ de volta;

- Consolidar a coreografia de

valsa e cha cha cha;

Aferir o nível de aprendizagem

dos alunos

Os alunos constroem a coreografia de

dança moderna;

Coreografia de Valsa lenta:

Closed change com ¼ de volta e ½ volta,

percorrendo a “linha de dança”;

Coreografia de Chá-Chá-Chá:

8’ Passo básico;

8’ New York;

8’ Spot turn;

4’ Passo base

4’ volta da senhora;

4’ Hand-to-hand;

Passo básico.

Definição dos grupos

Definição dos pares

Troca de pares

Método associativo de coreografia

Estilo Tarefa

Danças tradicionais

139

21

26.1

1.2

013

Continuação do trabalho de

coreografia de dança

Trabalhar os passos e

movimentos básicos do folclore

Introduzir as coreografias da

Erva - Cidreira

Consolidação das danças

sociais

Revisão da coreografia de dança moderna

e apresentação aos colegas.

Passos básicos e deslocamentos do

folclore:

Barra de folclore:

- Passo de marcha;

- Passo de passeio para a direita e esquerda

e a avançar e a recuar;

Passo saltitado, passo saltitado com palmas

Introdução à coreografia da dança Erva-

Cidreira

Revisão da coreografia do chá chá chá e

valsa inglesa.

Estilo descoberta guiada

Em grupos de 4/5 elementos

Estilo de ensino comando.

Construção de pares sugeridos pelo

professor

Trabalho das diferentes frases

coreográficas.

Estilo tarefa

23

3. 12.2

013

Continuação do trabalho de

coreografia de dança

Trabalhar os passos e

movimentos básicos do folclore

Consolidar os conteúdos do

Erva Cidreira – Avaliação

Introduzir os conteúdos do

Regadinho.

Consolidar as danças sociais

Revisão da coreografia de dança moderna

e apresentação aos colegas – Avaliação.

Barra de folclore

Consolidação das coreografias da Erva –

Cidreira e introdução a coreografia do

regadinho

Ensaio das coreografias das danças

Regadinho e Erva-Cidreira.

Avaliar as danças sociais

Estilo de ensino comando e tarefa.

Construção de pares sugeridos pelo

professor.

Trabalho progressivo das

diferentes frases coreográficas.

Estilo tarefa

27

07.0

1.2

014

Trabalhar e apresentar os

passos e movimentos das

danças.

Averiguar o nível atingido

pelos alunos e pela turma nas

coreografias apresentadas.

Apresentação da coreografia de dança

moderna.

Barra de Folclore

Avaliação Sumativa das danças

tradicionais portuguesas do Regadinho e

da Erva-cidreira e das danas sociais.

Estilo de ensino Tarefa e

descoberta guiada.

Pares aleatórios

Apresentação das coreografias

trabalhadas.

140

7. Justificação da estruturação dos conteúdos

Para procedermos à planificação dos conteúdos a serem lecionados durante o

ano letivo foram tivemos em consideração a avaliação-diagnóstico realizada na primeira

aula de dança e os objetivos do PNEF de forma a rentabilizar um processo de ensino-

aprendizagem que fosse coerente e progressivo.

De acordo com o PNEF de Secundário o 11º e 12º ano de escolaridade podem

optar, dentro das opções definidas, as matérias pelas quais têm maior afinidade ou

mesmo aquelas em pretendem aperfeiçoar os seus conhecimentos. As matérias de

Danças sociais e tradicionais foram introduzidas no planeamento anual como sendo de

caracter obrigatório.

Relativamente à decisão acerca dos conteúdos de danças sociais e tradicionais a

abordar optamos por uma dança social moderna/progressiva de nível introdutório (Valsa

lenta) e uma de nível elementar (chá-chá-chá). Contudo, a abordagem destas danças não

foi realizada no sentido de passar da dança de nível introdutório (Valsa lenta) para a

dança de nível elementar (chá chá chá), mas sim na ordem inversa.

Optamos por esta abordagem, porque as características do chá chá chá, pelo seu

ritmo bem marcado, permite aos alunos conseguir marcar os tempos da música e

coordenar a música com o movimento de forma mais simples.

Relativamente às danças tradicionais pretende-se abordar duas danças simples de

nível introdutório, nomeadamente a Erva-cidreira e o Regadinho.

141

8. Estratégias de ensino

A lecionação da dança exige por parte da professora/professor uma apresentação

bem explicita dos conteúdos visto que para muitos destes alunos este será o primeiro

contacto com a dança durante o seu percurso escolar.

Inicialmente, a abordagem as ARE desencadearam uma certa inibição por parte

dos alunos, principalmente nos rapazes, porém, à medida que os conteúdos foram

desenvolvidos e à medida que os alunos se envolviam no processo de aprendizagem

verificou-se um certo à-vontade por parte de todos os alunos.

As relações interpessoais que inicialmente era alvo de alguma hesitação por

parte dos alunos foram se esbatendo até se tornaram comuns e habituais. Para colmatar

esta questão, nas primeiras aulas optamos por situações lúdicas que promovessem esta

relação.

A definição das estratégias metodológicas, quando são bem eleitas, permitem

tirar o máximo proveito das aulas e consequentemente maximizar o processo de ensino-

aprendizagem.

O processo de rentabilização passa também pela capacidade do professor em

planear previamente as aulas de dança tendo em conta o tipo de instalação que dispõe e

os cuidados a ter com a mesma bem como com a manipulação de materiais.

A organização da aula deve contemplar aspetos como: a maneira como

dividimos os grupos, efetuada de acordo com a intencionalidade pretendida, as rotinas

que devem ser trabalhadas desde o início do ano letivo, os tipos de feedbacks, e o estilo

de ensino mais adequado a situação que se pretende trabalhar.

O professor deve ser capaz de servir de modelo desempenhando o papel de

Senhor e Senhora nas danças de modo a facilitar a compreensão de ambos.

A turma deverá ser disposta em duas filas, correspondentes à fila das Senhoras e

à fila dos Senhores, mantendo o posicionamento dos pares frente a frente.

Através desta formação, o professor deve exemplificar de costas o papel da

Senhora e do repetir o procedimento no caso do Senhor, de modo a facilitar a

visualização esquemática dos passos. Durante a aula, o professor deve adotar por uma

colocação espacial que lhe permita controlar e garantir o olhar sobre todos os pares,

circulando pelo espaço de aula e auxiliando os grupos que apresentam maiores

dificuldades.

142

Sempre que necessário devemos recorrer à utilização dos alunos mais

proficientes, como por exemplo na situação de introdução de um novo passo, em

posição fechada.

O professor, como em qualquer matéria, deve ser detentor de um comportamento

exemplar e de autoridade perante a turma no sentido de tornar o ambiente organizado e

estruturado no sentido promover na turma um contexto apelativo à aquisição de

conhecimentos, esta necessidade é mais saliente no contexto das aulas de dança, pelas

suas características que apelam a um clima da aula, alegre, motivador e divertido onde

se dá primazia a situações lúdicas, motivantes e agradáveis para que a aula não seja

desmotivante nem monótona.

Tendo em vista o aperfeiçoamento do desempenho dos alunos, para que estes

atinjam os objetivos pretendidos, o professor deve fornecer informação de retorno

(feedback) sobre o seu desempenho. Esta ferramenta é importante, no sentido de

despertar e encaminhar o aluno. É importante utilizar o feedback no momento certo e

com a frequência correta, ou seja, o professor não deve demorar muito tempo a dar o

feedback devido à dificuldade que o aluno pode sentir em situar a ação no momento em

que ela decorreu uma vez que já decorreram situações antes e depois daquele que se

quer alertar.

O feedback pode ser de caracter individual, quando é dirigido apenas a um aluno

ou coletivo quando é dirigido à turma.

O feedback pode ser de caracter punitivo, no caso de o professor pretender punir

o aluno (devido a comportamentos não apropriados), ou corretivo como um meio para

ajudar o aluno a alcançar os objetivos pretendidos.

Os alunos devem conhecer a correta terminologia das danças ritimicas

expressivas, para isso, é importante que o professor recorra aos termos linguísticos

apropriados. Os termos indicados à matéria específica de dança têm como objetivo a

associação do reportório técnico à terminologia.

A estratégia pedagógica a ter em conta durante a abordagem desta matéria será o

método associativo no ensino das coreografias, uma vez que permite aos alunos

desenvolver a capacidade de associar os passos anteriormente aprendidos aos

recentemente solicitados.

Nas aulas de danças tradicionais será realizada uma barra de folclore

(coreografia simples) ao comando do professor, no sentido de fornecer um repertório

motor dos passos a abordar e preparar os alunos a coreografia final.

143

As músicas a utilizarem devem corresponder aos objetivos que se pretende

solicitar, devem apresentar um ritmo lento e bem marcado no caso da introdução dos

movimentos locomotores e não locomotores. No caso específico das danças sociais

devem ser utilizadas as mesmas músicas para que os alunos sejam capazes de associar o

ritmo à música específica.

Os pares definidos nas danças sociais e os papéis assumidos deverão ser

alterados ao longo das aulas, para que os alunos mais proficientes possam auxiliar os

alunos menos proficientes.

Consideramos pertinente a abordagem das atividades rítmicas e expressivas no

início do ano letivo pela sua influência no que concerne ao desenvolvimento de laços

sócio afetivos entre os alunos, visto que alguns alunos estão pela primeira vez na turma,

o que desperta para a necessidade de criar novos laços de afetividade e de socialização

importantes para a sua felicidade e bem-estar.

Consideramos que seria pertinente abordar as atividades rítmicas e expressivas

de forma progressiva e prolongadas ao longo no tempo, para que os alunos não

apresentassem perdas ao nível da aprendizagem pela falta de estímulo, contudo devido

ao sistema de rotatividade das instalações não foi possível.

Comparativamente com a avaliação que foi feita logo nas primeiras aulas,

podemos agora concluir que os alunos apresentaram uma grande evolução, tendo em

conta que a grande maioria nunca tinha tido nenhum contacto com as atividades

rítmicas e expressivas, salientando que alunos não tinham quaisquer vivências nestas

matérias e que no final da unidade didática revelaram capacidade de realizar uma

coreografia de dança moderna, chá chá chá e valsa em coordenação com o parceiro,

respeitando as frases musicais.

144

9. Critérios de avaliação

Quadro 6 - Critérios de avaliação de Dança

Escalas de

Avaliação Coordenação

motora Postura Ritmo Expressividade Vivência relacional Coreografias

18-20

Excelente relação

entre os membros

superiores e

inferiores.

Excelente alinhamento

corporal.

Excelente estabilização da

cintura escapular.

Excelente relação

música /

movimento.

Excelente comunicação

corporal através do

movimento.

Excelente realização de

gestos expressivos.

Excelente sincronização das

ações individuais com as ações

do parceiro.

Excelente cooperação com o

parceiro.

Excelente flexibilidade de

raciocínio.

Excelente capacidade de

transmitir sensações

14-17

Boa relação entre

os membros

superiores e

inferiores.

Bom alinhamento corporal.

Boa estabilização da

cintura escapular.

Boa relação música

/ movimento.

Boa comunicação corporal

através do movimento.

Boa realização de gestos

expressivos.

Boa sincronização das ações

individuais com as ações do

parceiro.

Boa cooperação com o parceiro.

Boa flexibilidade de

raciocínio.

Boa capacidade de transmitir

sensações.

10-13

Relaciona os

membros

superiores com os

inferiores.

Algum alinhamento

corporal.

Alguma estabilização da

cintura escapular.

Alguma relação

música /

movimento.

Alguma comunicação

corporal através do

movimento.

Alguma realização de gestos

expressivos.

Alguma sincronização das ações

individuais com as ações do

parceiro.

Alguma cooperação com o

parceiro.

Alguma flexibilidade de

raciocínio.

Alguma capacidade de

transmitir sensações.

6-9

Coordena

isoladamente os

membros

inferiores ou

superiores.

Pouco alinhamento

corporal.

Pouca estabilização da

cintura escapular.

Pouca relação

música /

movimento.

Pouca comunicação corporal

através do movimento.

Pouca sincronização das ações

individuais com as ações do

parceiro.

Pouca cooperação com o

parceiro.

Alguma flexibilidade de

raciocínio.

Incapacidade de transmitir

sensações

0-5

Nenhuma

coordenação.

Nenhum alinhamento

corporal.

Nenhuma estabilização da

cintura escapular.

Nenhuma relação

música /

movimento.

Nenhuma comunicação

corporal através do

movimento

Nenhuma sincronização das

ações individuais com as ações

do parceiro.

Nenhuma cooperação com o

parceiro

Nenhuma flexibilidade de

raciocínio.

Incapacidade de transmitir

sensações

Os critérios de avaliação apresentados situam-se nas grelhas de avaliação das matérias de ARE e constituem-se por coordenação motora,

postura, ritmo, expressividade, vivência relacional e coreografia.

Estes critérios foram selecionados e adaptados partindo das classificações citadas por Batalha e Xarez (1999).

145

10. Avaliação

10.1. Danças sociais

Quadro 7 - Avaliações de Danças sociais

Nº Nome

DANÇAS SOCIAIS

Coordenação

motora Postura Ritmo Expressividade

Vivência

relacional Coreografia

Classificação

danças

sociais

146

10.2. Danças tradicionais

Quadro 8 - Avaliações de Danças tradicionais

Nº Nome

DANÇAS TRADICIONAIS

Coordenação

motora Postura Ritmo Expressividade

Vivência

relacional Coreografia

Classificação

danças

tradicionais

147

11. Bibliografia

Batalha, A., & Xarez, L. (1999). Sistemática da Dança I - projeto taxonómico. Cruz

Quebrada: Faculdade de Motricidade Humana.

Jacinto, J., Carvalho, L., Comédias, J., & Mira, J. (2001). Programa de Educação

Física para o 10º, 11º e 12º anos: Cursos gerais e cursos tecnológicos. Lisboa:

Direção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da

Educação.

Ruso, H. (2005). La danza en la escuela. Espanha: INDE.

148

ANEXO G – Estrutura do plano de aula Plano de Aula – 22

Ano e Turma: 12º42

Instalação: Piscina Nº de alunos: 22 Nível de Aprendizagem:

Elementar

Material: Joana F.

Duração: 75

Data: 29.11.13 Sumário: Ativação cardiovascular. Trabalho das capacidades condicionais de velocidade, força e flexibilidade. Manutenção do trabalho de

relação e cooperação entre colegas. Continuação da abordagem aos movimentos locomotores passos e voltas e não locomotores, contração,

extensão, bend e swing. Continuação do trabalho de coreografia. Consolidação do passo base cha cha cha e New York e Spot Turn e

introdução da volta da senhora para a direita. Introdução do passo base de valsa lenta. Matéria: Dança Hora:11:30

Material: Rádio

Objetivos Gerais: Os alunos trabalham as capacidades condicionais no sentido de melhorar a sua aptidão. Aplicam os conhecimentos abordados na aula anterior e melhoram a coreografia da aula

anterior. Os alunos compreendem o esquema do passo base cha cha cha e a ligação com o New York, Spot turn e volta da senhora para a direitra. Introdução do passo base de valsa lenta.

Objetivos Específicos: Trabalhar as capacidades condicionais de força, flexibilidade e velocidade. Trabalho dos movimentos locomotores (passos e voltas) e não locomotores (extensão, bend e

swing) e respetiva contagem dos tempos na coreografia. Consolidar o passo base de cha cha cha, New York.e do Spot Turn, e introdução da volta da senhora para a direita. Compreensão do

compasso ternário de valsa lenta.

Objetivos

Operacionais

Estratégias de Ensino e/ou de

Organização

Exercícios Descrição Hora T.D.P

Inic

ial

Realizar a chamada e a identificação do aluno. 11:35 1’

Ativação

cardiovascular;

Ativação funcional

geral +relação

entre colegas +

relação música / movimento

Os alunos em grupo de

4/5 elementos;

Música: lord of the rings

e ginástica

Realizam trabalho de deslocamento com os colegas alterando as

posições, mantendo a ligação das mãos;

1- Pontas soltas;

2- Em roda (professora diz quem enrola e quem desenrola); Em roda

Pontas soltas

11:36 4’

Alunos em grupos

de 3 elementos:

Música: Joana

Realizam o mesmo trabalho em grupos de 3;

1- Pontas soltas e em roda;

2- Com posições de equilíbrio; Dois manipulam um dos colegas (posições);

11:40 3’

Dois elementos Realizam o trabalho de ligação aos pares e tentam realizar o número

máximo de posições de equilíbrio esteticamente mais bonitas;

11:43 3’

Transição para o trabalho de força e de flexibilidade – os alunos colocam-se em xadrez à frente da professora; 11:46 1'

Trabalho de força

Individualmente, em

xadrez, realizam os

exercícios solicitados pelo professor.

1 série: 15 abdominais ; 15 dorsais;

30’’ prancha; 15 lounges; 15 extensão quadril;

30’’ prancha lateral.

11:47 4’

Trabalho de

flexibilidade

Individualmente, em

U, realizam os

exercícios solicitados

pelo professor.

1 série 20’’: Cadeia lateral; Cadeia posterior MI; Cadeia interior MI; Quadricipetes e Isquiotibiais; Gêmeos.

11:51 4’

Pri

nci

pal

Organização dos alunos no espaço. 11:55 1’

Recordar e

consolidar a

coreografia da

aula anterior

Os alunos em grupos

reproduzem e

modificam a

coreografia base em

função da sua

originalidade;

Recorrendo à contagem

dos tempos compõem a

coreografia e

interpretam a mesma

consolidando-a

Coreografia base; 4t a andar frente com swing de braços (avança pé direito 1º) + 2’t ½

volta sobre o pé esquerdo + 2t ½ direita sobre o pé direito + 4t andar costas com

calcanhar atrás e braços alternados (estendido e outro fletido com a mão ao peito) + 4t

passo troca passo + 2t bend com bounce direita + 2t abertura + 2t maõs à cintura + 2t

bend com bounce esquerda + 2t abertura + 2t maõs à cintura + 4t a recuar a chutar à

frente

11:56 15’

Os alunos apresentam aos restantes colegas e professora a coreografia 12:11 5’

Transição para a introdução do passo base de cha cha cha. A professora exemplifica o passo e relembra como é realizada a contagem (1-2-3 E 4) 12:16 1’

Consolidação do

passo base cha cha

cha

Individualmente, movimento

básico, Homens e Mulheres em

duas linhas virados para a

mesma frente;

Em duas linhas virados para a mesma frente:

Linha das senhoras (frente) e linha dos senhores (atras)

e depois troca;

Frente

12:17 3’

Frente a frente;

Formam 4 linhas

virados frente a

frente em posição

fechada;

Os homens iniciam o passo a avançar a perna direita e as senhoras

iniciam o passo a recuar a perna esquerda.

Situação 1. Frente a frente Homens e Mulheres em posição

fechada.

Realização 8t passo base + 4t New York + 4t spot turn;

1. Aos pares, em posição fechada

12:20 5’

Introdução do novo

volta da senhora

para a direita

Frente a frente;

Formam 4 linhas

virados frente a

frente em posição

fechada;

1. Os alunos realizam a volta da senhora para a direita, 4t

passo base + 4t volta da sra para a direita;

2. Junção da volta da senhora para a direita com os passos

anteriores:

Realizam 16’ passo base + 8 New York + 8 Spot Turn

+ 4 passo base + 4 volta da senhora para a direita; Aos pares, em posição fechada

12:25 6’

12:31 7’

A professora exemplifica o passo base da valsa lenta 12:38 2’

Introdução do passo

base de Valsa lenta

inglesa

Compasso ternário

Os alunos colocam-se em

duas filas: senhoras de um

lado senhores do outro.

Senhoras recuam a perna esquerda e Homens

avançam perna direita e junta a esquerda,

homens recuam a perna esquerda.

1

12:40 9’

Fin

al

Alongamentos finais

Os alunos em U ao

comando do professor realizam os exercícios

de alongamentos

12:49 1’

Legenda: T.D.P – Tempo disponível para a prática T’ TOTAL 75’

Responsável pelo material da próxima aula: Joana Q.

149

ANEXO H – Documento de apoio das capacidades condicionais

Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Núcleo de estágio de Educação Física

Escola Secundária Jaime Moniz

2013 / 2014

Pesquisa bibliográfica sobre a prescrição da

condição física

Capacidades Condicionais

Orientadora pedagógica:

Professora doutora Maria Luísa Carvalho

Professores estagiários:

Élvio Abreu

Liliana Félix

150

Pesquisa bibliográfica sobre o trabalho das capacidades condicionais

De acordo com Travassos (2010), dentro do leque das capacidades condicionais

podemos trabalhar a força, a resistência, a velocidade e a flexibilidade.

A capacidade condicional da força divide-se na força máxima, força explosiva e

força de resistência. Por sua vez na resistência existem a resistência anaeróbia e aeróbia

aláctica e láctica. Na velocidade existe a velocidade de deslocamento e a de execução,

por fim na flexibilidade temos a ativa e a passiva.

1. Resistência

Travassos (2010) salienta que, a capacidade condicional resistência consiste na

capacidade que o organismo tem de resistir à fadiga quando exposto a uma atividade

motora prolongada, ou seja, a capacidade de adiar a fadiga muscular e

consequentemente otimizar o processo de recuperação. Zintl (1991), citado por

Travassos (2010), define resistência como a “capacidade de manter um equilíbrio

funcional perante uma carga que desencadeie perda de rendimento, assegurando,

simultaneamente, uma recuperação rápida após esforço”.

O autor apresenta ainda um conjunto de objetivos do treino de resistência, sendo

eles, manter durante o máximo tempo possível uma intensidade de exercício ótima;

quando se trata de exercícios prolongados, tentar reduzir o decréscimo inevitável de

intensidade; aumentar a capacidade de suportar as cargas de trabalho durante o treino e

também durante a competição; melhorar a capacidade de recuperação e melhorar a

capacidade do sistema cardiovascular no processo de transporte do oxigénio,

melhorando, assim, a possibilidade de utilização de oxigénio em esforços de elevada

intensidade.

Resistência aeróbia - É entendida como a capacidade de manter um esforço de

intensidade baixa ou média o maior tempo possível, entre o transporte de energia,

fundamentalmente de O2 e o gasto do mesmo pelo organismo.

151

Resistência anaeróbia - Capacidade de manter um esforço de intensidade máxima ou

sub-máxima o maior tempo possível. Este tipo de esforço determina que parte do

trabalho aconteça em condições de anaerobiose ou falta de O2.

Resistência anaeróbia aláctica - Capacidade de manter eficientemente um esforço de

intensidade máxima, o maior tempo possível, sem que a concentração de ácido láctico

chegue a interferir na contração muscular.

Resistência anaeróbia láctica - Capacidade de manter eficientemente um esforço de

intensidade sub-máximal o maior tempo possível apesar da acumulação de ácido láctico

no sangue.

Quadro 9 -Princípios do treino da resistência:

Duração Intensidade Frequência

cardíaca

Lactato Recuperação

Potência

Anaeróbia

Aláctica

0-5’’ Máxima 2’

Capacidade

Anaeróbia

Aláctica

5’’-10’’ 95% 2’’

Potência

Anaeróbia láctica

10’’-45’’ 95% Sub. Máxima

ou Máxima

20 – 25

mMol/1

24h

Capacidade

Anaeróbia láctica

45’’-2’ 90% Máxima 8 – 12

mMol/1

48h

Potência Aeróbia 15’ 80% Máxima 8

mMol/1

48h

Capacidade

aeróbia

Mais de

15

70% 130-150 2 – 4

mMol/1

24h

(Travassos 2010)

1.1 Métodos de treino

Para o autor existem dois tipos de métodos de treino, são eles o método

contínuo, que engloba o uniforme e o variado e método de intervalos, contemplando

pausas incompletas e pausas completas – repetições.

Método contínuo uniforme – tem como objetivos estabilizar o rendimento e melhorar

o limite anaeróbio.

Intensidade da carga - 70 a 85% da velocidade de competição;

152

Frequência cardíaca = 130-170 bat/min;

Duração da carga - 30 a 60 min.

Método contínuo variado – os seus objetivos são, promover a, capacidade de alterar

ritmos de execução; adaptação às diferentes solicitações e capacidade regeneração em

ritmos menores.

Intensidade da carga - 60 a 95% da velocidade da competição;

Frequência cardíaca = 140-175 bat/min;

Duração da carga - 20 a 120 min.

Método intervalos pausa completa – consiste em períodos de repouso sem

recuperação completa e permite a estabilização dos padrões motores com fadiga e

aumentar as capacidades funcionais dos sistemas.

Método de repetições – consiste em períodos de repouso completos, permitindo

desenvolver o aumento da capacidade funcional do indivíduo.

2. Flexibilidade

Segundo Correia (1997), o treino da flexibilidade em diferentes modalidades

desportivas, obedece a princípios que são comuns, mas exige adaptações que são função

das características próprias da modalidade.

De acordo com Castelo, Barreto, Alves, Santos, Carvalho & Vieira (1998), a

flexibilidade poderá expressar-se de diversas formas, em função de dois critérios

fundamentais:

Origem das forças que causam o movimento dos segmentos corporais:

Ativa – Forças de origem interna (contração muscular voluntária);

Passiva – Forças de origem externa (mobilização manual sujeito externo, gravidade ou

auto‐mobilização).

Estado de movimento (cinemático) dos segmentos:

153

Dinâmica – Com movimento dos segmentos;

Estática – Ausência de movimento dos segmentos.

Em termos gerais, a flexibilidade apresenta as seguintes expressões: estático-

ativa, dinâmico‐ativa, estático-passiva e dinâmico‐passiva.

O treino da flexibilidade tem como objetivo aumentar a amplitude dos

movimentos de uma ou mais articulações de uma forma progressiva e consistente.

Segundo Correia (1997), o treino da flexibilidade visa aumentar a amplitude de

movimentos, sem alterar a homeostasia do aparelho locomotor, ou seja, sem por em

causa o seu equilíbrio estrutural e funcional. Excessiva laxidação articular pode levar à

lesão crónica.

2.1 Principais benefícios do trabalho da flexibilidade:

Maior eficácia de certos movimentos;

Maior eficácia de produção motora, dado que o músculo apresenta maior

capacidade de acumular energia elástica;

Maior amplitude de encurtamento, logo maior capacidade de produção de força;

Maior capacidade de produzir alterações do estado passivo para o ativo;

Melhor proteção dos elementos contrácteis;

Melhor postura;

Maior capacidade de relaxamento muscular;

Redução do risco de lesões musculares.

2.2 Metodologia do treino da flexibilidade

2.2.1 Princípios

Especificidade - A flexibilidade é específica de determinada articulação e dos

respetivos tecidos envolvidos.

154

O mesmo individuo pode apresentar níveis diferentes de flexibilidade nas

articulações. Deste modo, o treino da flexibilidade exige uma cuidadosa escolha dos

exercícios a utilizar, de forma a treinar a flexibilidade das diferentes articulações.

Sobrecarga - O estímulo a aplicar deve ser sempre superior ao que habitualmente é

imposto, para que possa ocorrer uma adaptação.

A sobrecarga deverá implicar a aplicação de um estímulo sob uma amplitude articular

superior àquela que o sujeito apresenta.

Individualidade - Existe uma variabilidade, entre sujeitos, ao nível do aumento da

extensibilidade dos tecidos.

Por esta razão, existem diferentes perfis de flexibilidade e de capacidade de

alongamento dos respetivos tecidos.

Considerações metodológicas

Intensidade – No treino da flexibilidade a intensidade é função da amplitude articular,

procurando treinar zonas próximas do máximo grau de alongamento sem dor.

Volume – O volume de treino da flexibilidade é definido como o tempo total sob

alongamento/amplitude articular, para determinada intensidade de treino. Por outras

palavras, é o tempo em que os tecidos estão num determinado grau de alongamento,

correspondente a determinada amplitude articular.

Duração mínima por repetição: 30 segundos (alongamentos estáticos) por repetição,

por ser esta a duração da fase rápida do relaxamento do stress viscoelástico.

Número de repetições: sem valor de referência para otimizar as adaptações.

Intervalo de repouso: sem valor de referência para otimizar as adaptações.

Repetições sem intervalo parecem potenciar os resultados, no entanto, faltam mais

dados científicos para comprovar esta possibilidade.

Frequência de treino: Para a manutenção dos níveis de flexibilidade não é necessário

um elevado volume, é mais importante a frequência de treino

155

2.3 Métodos de treino

Método Dinâmico

O método dinâmico caracteriza-se, em geral, por realizar o alongamento, ou

expressar a flexibilidade, com movimento. Embora possa ser realizado de modo

passivo, este método é normalmente praticado e realizado sob a expressão dinâmico

ativa da flexibilidade.

Ao nível de obtenção de ganhos quantitativos de flexibilidade parece

comprovado que este método não permite obter ganhos de flexibilidade tão

significativos quanto outros métodos.

Este facto está relacionado ao reduzido tempo em que os tecidos são alongados

(menor volume) e à menor amplitude articular obtida durante o movimento (intensidade

do alongamento).

Contudo, recomenda-se a utilização deste método durante a sessão de

aquecimento, uma vez que não induz à diminuição do desempenho de atividade físico-

desportivas de força e potência.

Dinâmica da Carga de Alongamento

Intensidade – Para o desenvolvimento da flexibilidade, a intensidade (amplitude

articular) deve ser a máxima permitida, sem dor.

Duração do alongamento – Limitada à execução do movimento.

Volume – 5 a 20 repetições; 2 a 3 séries.

Frequência de Treino – 2 a 3 sessões por semana

Velocidade de alongamento – Podem ser usadas diferentes velocidades de execução.

Método de flexibilidade excêntrica

Uma versão modificada do método balístico, que tem vindo a ganhar mais

adeptos.

156

Envolve a realização de movimentos de forma lenta, controlada e com grande

exagero na amplitude.

Princípios básicos:

Promover o alongamento através de uma ação dinâmica;

Resistir a esse alongamento através de uma ação muscular excêntrica;

Os ganhos em amplitude de movimento são semelhantes quando comparados

com o método estático;

Não existem estudos quanto à eficácia deste método, nomeadamente na melhoria

do rendimento.

Método estático

Caracteriza‐se pela realização de uma ação até à obtenção de determinada

amplitude articular (máxima ou sub-máxima), com alongamento dos tecidos

envolventes e a manutenção dessa posição por alguns segundos.

Os alongamentos estáticos são os mais utilizados no treino da flexibilidade no

contexto desportivo e do exercício e saúde.

São utilizados com objetivo de melhorar o desempenho desportivo e como meio

preventivo de lesões.

Dinâmica da Carga de Alongamento

Intensidade – Para o desenvolvimento da flexibilidade, a intensidade do método

estático (amplitude articular) deve ser a máxima possível.

Vários estudos indicam que exercícios de intensidades mais elevadas promovem

mais ganhos de flexibilidade do que exercícios realizados com menor amplitude

articular.

Ainda assim, o alongamento deverá promover apenas o desconforto, e não a dor.

Durações do alongamento – Estudos científicos sugerem uma duração mínima de 30

segundos em cada repetição.

Volume e frequência de treino - Para a maioria da população, de forma a promover

ganhos quantitativos de flexibilidade, devem ser condicionados estímulos de

157

alongamento estático com 30 segundos de duração (no mínimo), com 1 a 2 repetições

de alongamento por sessão (no mínimo) e 3 sessões por semana, durante um mínimo de

2 a 3 semanas (Maior importância da frequência em detrimento do volume de treino).

Velocidade de alongamento – Lenta até à determinação da amplitude máxima e

mantido durante o tempo prescrito.

A manutenção do alongamento induz à diminuição da tensão passiva num

fenómeno de relaxamento do stress viscoelástico – Componente Rápida (20 a 30’’) e

Componente Lenta (> 30’’).

Contra Indicações

Ao não envolver movimentos dinâmicos, não favorece o aumento da

temperatura intramuscular.

Não favorece o retorno venoso durante o retorno à calma.

Não reduz as dores musculares.

Exige mais tempo de aplicação.

Não melhora o rendimento muscular na competição. A sua utilização de forma

intensa no aquecimento para esforços de potência, parece reduzir a capacidade

de produção de força.

Método da facilitação neuromuscular propriocetiva (PNF)

O método de facilitação neuromuscular propriocetivo (proprioceptive

neuromuscular facilitation (PNF) é referido na literatura como o melhor método para

obter melhorias ao nível da flexibilidade. Caracteriza-se, em geral, pela utilização de

contrações musculares agonistas e antagonistas antes e durante o alongamento. Essas

contrações visam o estímulo dos recetores propriocetivos que desencadeiam respostas

reflexas promotoras de relaxamento muscular, permitindo a obtenção de amplitudes

articulares superiores.

As duas técnicas de PNF mais utilizadas são:

1. Contração – Relaxamento (contract-relax ou hold-relax).

2. Contração – Relaxamento com Contração do Agonista (hold-relax with agonist

contraction).

158

1. Contração – Relaxamento (contract-relax ou hold-relax)

A técnica de contração-relaxamento consiste em:

a) Alongar o grupo muscular alvo (antagonista) até ao ponto em que o sujeito sente

uma sensação de alongamento sem dor ou desconforto;

b) Neste ponto, promove-se uma contração isométrica dos músculos antagonistas

com duração de alguns segundos. Esta contração desencadeia o reflexo

miotático inverso, provocando o relaxamento do músculo.

c) Nesta altura, procura-se atingir um maior alongamento, que deverá ser mantido

por 10 a 15 segundos.

d) Após 20 segundos de repouso pode repetir-se a sequência.

2. Contração – Relaxamento com Contração do Agonista (hold‐ relax with agonist

contraction)

A técnica de contração-relaxamento com contração do agonista consiste em:

a) Alongar o grupo muscular alvo (antagonista) até ao ponto em que o sujeito sente

uma sensação de alongamento sem dor ou desconforto;

b) Neste ponto, promove-se uma contração isométrica dos músculos antagonistas

com duração de alguns segundos.

Esta contração desencadeia o reflexo miotático inverso, provocando o

relaxamento do músculo.

c) Neste momento, os músculos agonistas do movimento, devem também realizar

uma contração isométrica.

d) Após 20 segundos de repouso pode repetir‐se a sequência.

e) Opção: Numa situação mais exigente, podemos adicionar um alongamento

passivo no final da segunda contração isométrica.

Dinâmica da Carga de Alongamento

Intensidade - É normalmente recomendado que a intensidade da contração isométrica

realizada durante o PNF seja máxima. Contudo, usando apenas 20% da contração

isométrica máxima, conseguem-se resultados semelhantes.

159

Assim, de forma a promover ganhos quantitativos de flexibilidade, a intensidade

da contração isométrica pode ser submáxima (20 a 30% da CVIM).

Duração da contração – Duração mínima de 3 segundos, podendo realizar‐se

contrações de 10 segundos.

Volume de treino - A bibliografia da especialidade recomenda um número mínimo de

uma repetição, não tendo encontrado benefícios adicionais com números superiores.

Contudo, atletas com níveis elevados de flexibilidade podem necessitar de estímulos de

treino superiores.

3. Força

Para Travassos (2010), é toda a causa capaz de modificar o estado de repouso ou

movimento de um corpo, é uma capacidade motora necessária para a realização de

qualquer tipo de ação desportiva apresenta-se segundo a fórmula F = m x a.

3.1 Formas de manifestação da força

Força máxima - é entendida como o valor mais elevado de força que o sistema

neuromuscular é capaz de produzir, independentemente do fator tempo e contra uma

resistência inamovível. Apenas pode ser incrementada com a utilização de cargas

submáximas, que promovam a hipertrofia muscular.

Força rápida ou explosiva – é a capacidade de produzir o maior impulso que o sistema

neuromuscular é capaz de produzir num determinado período de tempo. Desenvolve-se

com a utilização de cargas máximas que mobilizem todas as suas unidades motoras.

Força resistência - representa uma capacidade mista de força e de resistência.

Manifesta-se na possibilidade de realizar esforços de média e de longa duração.

3.2 Métodos de treino da força

Métodos reativos ou pliométricos - visam potenciar a forma natural do funcionamento

do músculo, o ciclo muscular de alongamento – encurtamento.

160

Regras para um bom desempenho técnico dos exercícios:

Realizar todo o trabalho reativo à intensidade máxima;

O contacto com o solo deve ser muito rápido e reativo e os intervalos de repouso

devem ser rigorosamente cumpridos.

4. Velocidade

É a capacidade de realizar ações motoras no menor tempo possível. Em

desportos coletivos a velocidade deverá ser vista em função dos seus colegas e

adversários. A sua fórmula é: V = espaço/tempo (Travassos, 2010).

Existem 3 tipos de velocidade:

Aceleração – é definida como a capacidade de aumentar rapidamente a velocidade,

partindo da posição de repouso. Esta interligada ao desenvolvimento da força explosiva.

Velocidade Máxima - capacidade do sistema neuromuscular vencer o maior espaço

possível, através de um esforço máximo.

Velocidade Resistente – a capacidade de resistir à fadiga durante a aplicação de

esforços de intensidade máxima ou submáxima.

161

Proposta de trabalho das capacidades condicionais

1. Força dinâmica e estática

Exercício Representação Músculos

Séries

Repetições / Tempo

1ºP 2ºP 3ºP

Exercício para a 1ª aula da semana

Prancha

Peitorais e

tríceps e lombar

1

30’’

2

20’’

3

20’’

Prancha lateral com

cotovelo apoiado

Dorsal e

abdominais

oblíquos

1

30’’

2

20’’

3

20’’

Lunge dinâmico em

alternativa ao

agachamento

Musculatura da

coxa

(quadricípites

femorais) e

glúteos

1

15x

2

15x

3

15x

Extensão do quadril

Glúteos e

Isquiotibiais

1

15x

2

15x

3

15x

Abdominais

Abdominais 1

15x

2

15x

3

15x

Dorsais

Extensores da

coluna

1

15x

2

15x

3

15x

Exercício para a 2ª aula da semana

Dorsais alternativos

Extensores da

coluna

1

30’’

2

20’’

3

20’’

Agachamento

Musculatura da

coxa

(quadricípites

femorais) e

1

15x

2

15x

3

15x

162

glúteos

Prancha lateral com

cotovelo apoiado

Dorsal e

abdominais

oblíquos

1

30’’

2

20’’

3

20’’

Abdominais Alternativos

Abdominais 1

30’’

2

20’’

3

20’’

Extensão do quadril

Glúteos e

Isquiotibiais

1

15x

2

15x

3

15x

Extensão de braços

Variante: joelho no solo

para os menos

proficientes

Peitorais e

tríceps

1

15x

2

15x

3

15x

2. Flexibilidade

Exercício Representação Músculos Séries

Rep. / Tempo

Sentados, M.I. afastados e

estendidos, inclinação do

tronco à frente em extensão,

mãos à frente

Cadeia interior dos

m.i., peitoral e

deltoide anterior

1

10’

2

10”

3

20’

Alternativa: Sentados, 1

M.I. estendido e outro

fletido, flexão do tronco à

frente com uma mão de

cada lado da perna

Cadeia posterior do

m.i.

1

10’

2

10”

3

20’

Alternativa: Sentados, 2

M.I. estendidos, flexão do

tronco à frente com uma

mão de cada lado das

pernas

Cadeia posterior do

m.i.

1

10’

2

10”

3

20’

163

Sentados de pernas

cruzadas, flexão lateral do

tronco com uao m braço

esticado acima da cabeça

junto à orelha

Cadeia lateral

1

10’

2

10”

3

20’

Alternativa: M.I. afastados

e estendidos, flexão lateral

do tronco com um braço

pendido e outro estendido

acima da cabeça

Cadeia lateral

(dir. & esq.)

1

10’

2

10”

3

20’

Alternativa: Sentado, M.I.

afastados, fletir o tronco

lateralmente, braço

estendido acima da cabeça

Laterais do tronco

(grande dorsal,

redondos maior e

menor, abdominais

oblíquos) e

isquiotibiais

1

10’

2

10”

3

20’

De pé, 1 joelho fletido com

mão a segurar o pé

Quadricípite e

flexores da anca

1

20’

2

10”

3

20’

De pé, com uma perna

estendida e com a outra

realizam movimento de

máxima amplitude e com

intensidade – frente/trás e

lado direito e esquerdo

Músculos

extensores

do quadril

1

10x

2

10x

3

10x

Extensão zona abdominal

anterior

Grande reto do

abdómen

1

10’

2

10”

3

20’

Extensão do dorsal

Dorsal

1

10’

2

10”

3

20’

164

3. Velocidade

Exercício Representação Séries

Rep. / Tempo

Saída em velocidade desde a

linha de partida até a linha de

chegada

Variantes:

1. Partida com pé dominante;

2. Partida com pé não

dominante;

3. Partida sentados;

4. Partida deitados;

1

2x

2

2x

2

3x

Saída em velocidade 2 a 2/ 4 a 4

desde a linha de partida até a

linha de chegada:

Variantes:

1 Partida de frente;

2. Partida de costas;

3. Partida sentados;

4. Partida deitados;

1

2x

2

2x

2

3x

4. Resistência

Exercício Representação Séries

Rep. / Tempo

Os alunos iniciam o circuito nos

arcos (estação 1) avançando

com um pé em cada arco, na

estação 2 realizam o percurso

em zig-zag em corrida lateral

com CG baixo, na estação 3

realização skipping lateral para

o lado direito e terminam em

skipping para o lado esquerdo.

1

2x

2

2x

2

3x

Os alunos iniciam o circuito no

ponto 1 deslocam em velocidade

máxima até ao ponto 2, voltam

ao ponto 1, avançam para o 3

recuam até o 2 e seguem até ao ,

recuam até ao 3 e terminam

passado pelo ponto 4.

1

2x

2

2x

2

3x

165

Referências bibliográficas

Bento, J. (2003). Planeamento e Avaliação em Educação Física (3ª Edição). Lisboa:

Livros Horizonte.

Castelo, J., Barreto, H., Alves, F., Santos, P., Carvalho, J., & Vieira, J. (1998). Metodologia

do Treino Desportivo. Lisboa: FMH edições.

Correia, P. (1997). "O treino da flexibilidade - fundamentos, considerações práticas e

análise de exercícios". Revista Treino Desportivo, Edição CEFD - Secretaria do

Estado do Desporto.

Travassos, B. (2010). Capacidades Motoras. Curso de Treinadores Futsal – Nível I.

Associação de Futebol de Castelo Branco.

166

ANEXO I – Ficha de observação do comportamento do professor

Ficha de Observação nº: Data: Local:

Ano: UD: Tempo total de aula:

Professor observado: Professor observador:

SISTEMA DE OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO PROFESSOR

AMOSTRAGEM CATEGORIAS

0´-

15´

MINUTOS I FB ORG AP AN IVA OBS O

0 - 5

5 - 10

10 -15

15´-

30´

MINUTOS I FB ORG AP AN IVA OBS O

15 -20

20 -25

25 -30

30´-

45´

MINUTOS I FB ORG AP AN IVA OBS O

30 - 35

35 - 40

40 - 45

45´-

60´

MINUTOS I FB ORG AP AN IVA OBS O

45 - 50

50 - 55

55 - 60

60´-

75´

MINUTOS I FB ORG AP AN IVA OBS O

60 - 65

65 - 70

70 - 75

Preencher com um I (registo de ocorrências por amostragem temporal)

Legenda:

I – Instrução FB – Feedback ORG – Organização AP – Afetividade positiva

AN – Afetividade negativa IVA – Intervenções verbais do aluno OBS – Observação O – Outros

167

ANEXO J – Cartaz da Ação de Intervenção na Comunidade Escolar

168

ANEXO K – Poster da Ação Científico-Pedagógica Individual

169

ANEXO L – Cartaz da Ação Científico-Pedagógica Coletiva

170

ANEXO M – Plano de treino do estudo de caso

Plano de treino - Dia 1

Parte inicial - Ativação Cardiovascular: Corrida contínua na passadeira entre 40% - 60% (5 a 8 min)

Exercício 1 – Lat machine

(quadricípite)

Exercício 2 – leg curl

(isquiotibial)

Exercício 3 – lat machine

(costas)

Exercício 4 – barra fixa

(peitoral)

Carga: 10 kg

Repetições: 20

Carga: 5kg

Repetições: 20

Carga: 15 kg

Repetições: 20

Carga: Peso da barra

Repetições: 20

Exercício 5 – tricípite Exercício 6 – bicípite Exercício 7 – adutor Exercício 8 – abdutor

Carga: 4kg

Repetições: 20

Carga: 3kg

Repetições: 20

Carga: 20kg

Repetições: 20

Carga: 20kg

Repetições: 20

Exercício 9 (abdominal

dinâmico)

Exercício 10

(abdominal oblíquo

bilateral)

2 Séries de 20 repetições com 4’ de Pausa entre cada

exercício

Observações:

Repetições: 20 Repetições: 20

Parte final:

Passadeira, elíptica, bicicleta ou remo

171

Plano de treino - Dia 2

Parte inicial - Ativação Cardiovascular: Corrida contínua na passadeira entre 40% - 60% (5 a 8 min)

Exercício 1 - multipower

(coxa posterior e glúteo)

Exercício 2 - leg press

(quadricípite)

Exercício 3 - low row

(deltoide posterior e

trapézio)

Exercício 4 – pectoral

(peitoral e tricípite)

Carga: peso da barra

Repetições: 20

Carga: 40kg

Repetições: 20

Carga: 15kg

Repetições: 20

Carga: 10kg

Repetições: 20

Exercício 5 – ombro Exercício 6 – bicípite Exercício 7 – tricípite Exercício 8 – lombar

Carga: 2kg

Repetições: 20

Carga: 3kg

Repetições: 20

Carga: 10kg

Repetições: 20

Carga: 5kg

Repetições: 20

Exercício 9 - Baixo abdominal 2 Séries de 20 repetições com 4’ de Pausa entre cada

exercício

Observações:

Repetições: 20

Fim do treino: Passadeira, elíptica, bicicleta ou remo

172

ANEXO N – Avaliação das capacidades condicionais

Quadro 10 - Valores de referência para a zona saudável de aptidão física (fitnessgram)

RAPARIGAS

Idade

Vai Vem 1 Milha Abdominais Extensões Extensões Senta e Flexibilidade IMC %

(percursos) (1609 m) (execuções) de Braços do Tronco Alcança do Ombro (Kg/m2) Massa

(Min:s) (execuções) (cm) (cm) S/N Gorda

16 32 51 10:00 08:00 18 35 7 15 23 30 30 Positivo =

Contacto das

pontas dos

dedos atrás

das costas

25 17,5 32 17

17 41 51 10:00 08:00 18 35 7 15 23 30 30 26 17,5 32 17

17+ 41 51 10:00 08:00 18 35 7 15 23 30 30 27,3 18 32 17

RAPAZES

Idade

Vai Vem 1 Milha Abdominais Extensões Extensões Senta e Flexibilidade IMC %

(percursos) (1609 m) (execuções) de Braços do Tronco Alcança do Ombro (Kg/m2) Massa

(Min:s) (execuções) (cm) (cm) S/N Gorda

16 61 94 08:30 07:00 24 47 18 35 23 30 20 Positivo =

Contacto das

pontas dos

dedos atrás

das costas

26,5 18,5 25 10

17 61 94 08:30 07:00 24 47 18 35 23 30 20 27 18,8 25 10

17+ 61 94 08:30 07:00 24 47 18 35 23 30 20 27,8 19 25 10

Quadro 11- Distribuição dos valores para os testes fitnessgram

Avaliação

Resultado do teste Sem Progressão

e Fora ZSAF

Com Progressão

e Fora ZSAF

Dentro da

ZSAF

Dentro ZSAF

com Progressão

Acima

ZSAF Testes

Milha 0 1,5 3 4,5 6,5

Abdominais 0 1 2 3 5

Extensão de braços 0 1 2 3 5

Extensão do tronco 0 0,5 1 1,5 1,5

Senta e alcança 0 0 1 1 1

Flexibilidade ombros 0 0 1 1 1

Total 0 4 10 14 20