CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

9

Click here to load reader

Transcript of CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

Page 1: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

1

Cursos Vocacionais - Da monitorização à Avaliação -

2013

Texto de Apoio n.º 1

ALGUMAS CONCEITOS DE AVALIAÇÃO

DEFINIÇÃO DE MONITORIZAÇÃO

DEFINIÇÕES

Palavras-chave

(monitor + -izar) 1. Acompanhar por meio de monitor. 2. Dotar de monitores. 3. Fazer vigilância e acompanhamento de. = SUPERVISIONAR 4. Acompanhar como monitor. Sinónimo Geral: MONITORAR http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=monitorizar

Acompanhar Vigilância

Page 2: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

2

ALGUNS CONCEITOS GENÉRICOS DE

AVALIAÇÃO

DEFINIÇÕES

Palavras-chave

Processo de determinação do mérito ou valor de alguma coisa ou ao produto desse processo. (Scriven, 1991)

Processo Mérito Valor

Produto

É um ato deliberado e socialmente organizado que termina na produção do juízo de valor. (Barbier, 1990)

Ato deliberado Socialmemente

organizado

Avaliar significa examinar o grau de adequação entre um conjunto de informações e um conjunto de critérios adequados ao objetivo fixado, com vista a tomar uma decisão. (De Ketele et al., 1998)

Examinar Adequação

Informações Critérios Objetivo Decisão

Avaliar é ajudar a tomar decisões. É um processo contínuo em que se identificam as informações relevantes, se recolhem, analisam e medem os dados e comunicam informações, isto é, factos a interpretar, que atendam a critérios de relevância para julgar as decisões possíveis de ensino, orientação dos alunos, etc. (Stufflebeam e Webster, 1980)

Decisões Processo contínuo

Interpretar Critérios

Julgar Decisões

Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos. (Vasconcellos, 1994)

Reflexão Tomada de

decisões

A Avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento e reflexão sobre a ação. (Hoffmann, 1993)

Problematização Questionamento

Reflexão Ação

A avaliação implica sempre a produção de juízos de valor. (Ferreira, 2007)

Juízos de valor

Avaliar (Do latim valere, quer dizer ter saúde, ser forte, ter valor) significa reconhecer valia, atribuir valor ou significado. (Santos, 1985)

Reconhecer valia Atribuír valor

Atribuír significado

Page 3: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

3

MODALIDADES DE AVALIAÇÃO (No processo Ensino-Aprendizagem)

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

DEFINIÇÕES

Palavras-chave

Avaliação que tem por função detectar as competências e as lacunas de um aluno e investigar as causas das mesmas, para tomar as decisões de ajustamentos que se impõem. (De Ketele, J. et al, 1994)

Detectar Investigar causas

Tomar decisões Ajustamentos

Avaliação cujo objetivo é, antes de mais, identificar o nível de conhecimento dos formandos em relação ao tema a desenvolver e o seu posicionamento afetivo perante ele. (Ferreira, 2009)

Identificar Posicionamento

… a principal função da avaliação diagnóstica consiste em determinar o grau de preparação do aluno antes de iniciar uma unidade de aprendizagem, já que determina o seu nível prévio e possibilita averiguar possíveis dificuldades que possa ter no decorrer do processo de ensino-aprendizagem. (Ferreira, 2007)

Determinar Nível prévio Dificuldades

… permite conhecer os interesses e disposições dos alunos para a aprendizagem, bem como os seus conhecimentos prévios sobre um determinado assunto e ainda as expectativas que têm em relação ao processo de ensino-aprendizagem e à disciplina em geral. (Ferreira, 2007)

Conhecer Interesses

Disposições Assunto

Expectativas

Page 4: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

4

AVALIAÇÃO FORMATIVA

DEFINIÇÕES

Palavras-chave

Avaliação feita durante o processo de aprendizagem, a fim de o melhorar. (De Ketele, J. et al, 1994)

Durante Melhorar

Verifica o decurso da aprendizagem e produz medidas corretivas a introduzir, se for caso disso. Visa assim a retroalimentação do processo formativo, durante o seu decurso. (Cardim, 2009)

Decurso Medidas corretivas

retroalimentação

A avaliação formativa acontece ao longo de toda a atividade de formação. (Ferreira, 2009)

Ao longo de

A avaliação formativa visa melhorar o resultado enquanto o processo decorre. (Alaíz et al., 2003)

melhorar

Fornece informações durante o decurso do processo de ensino, antes da avaliação sumativa. É um processo frequente, contínuo e dinâmico que envolve professores e alunos numa relação de cooperação, com vista a recolherem dados sobre a aprendizagem. (Lopes & Silva, 2012)

Decurso Processo

Frequente Contínuo Dinâmico

Cooperação Dados

É formativa toda avaliação que auxilia o aluno a aprender e a se desenvolver, ou seja, que colabora para a regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo. (Perrenoud, 1999)

Auxilia Regulação

Projeto Educativo

A avaliação formativa tem como funções principais a informação dos vários intervenientes no ato educativo sobre o processo de ensino-aprendizagem, o feedback sobre os êxitos conseguidos e as dificuldades sentidas pelo aluno na aprendizagem e, ainda, a regulação da mesma, com a intervenção atempada no sentido de encaminhar o processo realizado pelo aluno. (Ferreira, 2007)

Informação Êxitos

Dificuldades Regulação

Encaminhar

Trata-se de uma função pedagógica da avaliação que não visa a sanção e a punição do aluno, porque os seus erros são considerados normais no percurso da aprendizagem, devendo, por isso, ser objeto de exploração e de análise. (Ferreira, 2007)

Função pedagógica Exploração

análise

A avaliação formativa realiza-se pela recolha, pela análise e pela interpretação de informações sobre as aprendizagens dos alunos, a partir de um referente, que, no caso, são os critérios de avaliação estipulados, dado tratar-se de uma avaliação criterial. (Ferreira, 2007)

Recolha Análise

Interpretação Informações

Aprendizagens Referente

Critérios Criterial

Page 5: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

5

AVALIAÇÃO SUMATIVA

DEFINIÇÕES

Palavras-chave

Avaliação de uma aprendizagem através da soma dos resultados obtidos num conjunto de prestações (por exemplo: um conjunto de questões). (De

Ketele, J. et al, 1994)

Aprendizagem Soma

Resultados Prestações

Procede a um balanço das aprendizagens e competências adquiridas no final da ação formativa , de um módulo ou unidade de formação. Assenta numa prova classificada pelo formador, exame ou teste de conhecimentos. Quando está em causa a aquisição, ou o reforço, de capacidades profissionais, neste nível de avaliação a metodologia pode assentar na análise de simulações ou num trabalho prático. (Cardim, 2009)

Balanço Aprendizagens Competências

Final

Visa medir e classificar os resultados de aprendizagem obtidos pelos alunos (que têm sido essencialmente do domínio dos conteúdos). (Ferreira,

2007)

Medir Classificar

Resultados Aprendizagem

Conteúdos

Page 6: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

6

AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

DEFINIÇÕES

Palavras-chave

Avaliar competências, cuja noção implica saberes, atitudes e estratégias integradas, pressupôe definir um referente estruturado por objetivos de aprendizagem orientados para as competências que pretendemos desenvolver nos alunos e que, por isso, têm de ser ser mais complexos do que a memorização e a compreensão de conteúdos, bem como dos critérios que orientarão a avaliação das suas aquisições. (Alves, 2004;

Pacheco, 2003; Roldão, 2005)

Saberes Atitudes

Estratégias integradas

Memorização Compreensão

Conteúdos Aquisições

Para desenvolver competências nos alunos não é suficiente a posse de conhecimentos, já que, além de os possuir, o aluno tem de ser capaz de os mobilizar de forma adequada e com procedimentos ou estratégias eficazes na resolução das situações ou tarefas concretas com que se defronta. (Ferreira, 2007)

Conhecimentos

Mobilizar Procedimentos

Estratégias Resolução

Tarefas

A avaliação de competências constitui um processo intencional que se vai realizando na interação do professor com o aluno, no dia-a-dia da sala de aula, e que é concretizado pelas seguintes orientações: - Desenvolver-se num ambiente de confiança, onde errar é visto como natural e não penalizador; - Priviligiar-se uma observação formativa em situação e no quotidiano; - Favorecer-se a metacognição como fonte de autoregulação.

(Santos, 2003)

Processo

Intencional Interação

Confiança Observação

Metacognição Autoregulação

Page 7: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

7

AVALIAÇÃO DE ESCOLAS

Avaliar uma escola não é uma questão de medir variáveis, de uma maneira ou de outra. É antes uma questão de saber até que ponto as «pessoas» são centrais no programa de ação de cada escola. Tal significa saber em que medida os alunos, e as suas necessidades de aprendizagem vêm em primeiro lugar nas prioridades da escola e dos seus agentes, e em que medida a escola é um centro de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal e profissional, para crianças, jovens e adultos. (Clímaco, 2005)

AVALIAÇÃO EXTERNA

Aquela em que o processo é realizado por agentes externos à escola (pertencentes a agências de avaliação públicas ou privadas), ainda que com a colaboração indispensável de membros da escola avaliada. (Alaíz et al., 2003)

AVALIAÇÃO INTERNA

Aquela em que o processo é conduzido e realizado exclusivamente (ou quase) por membros

da comunidade educativa da escola. (Alaíz et al., 2003)

Análise sistemática de uma escola, realizada por membros de uma comunidade escolar com vista a identificar osseus pontos fortes e fracos e a possibilitar a elaboração de planos de melhoria. (Alaíz et al., 2003).

Page 8: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

8

PERSPETIVAS DA AVALIAÇÃO

PERSPETIVA DA PRESTAÇÃO DE

CONTAS

PERSPETIVA DA PRODUÇÃO DE

CONHECIMENTO

PERSPETIVA DO

DESENVOLVIMENTO

FINALIDADE

Fornecer dados sobre o desempenho, a eficácia e a rentabilização do investimento.

Gerar novos insights sobre a qualidade/estado de diferentes dimensões da escola (liderança, ethos, aprendizagem e ensino).

Reforçar a capacidade da escola para planear e implementar o seu processo de melhoria.

AUDIÊNCIAS

Público, em geral, os pais e o poder cultural e local.

Gestão da escola e professores.

Professores, alunos, pais, líderes.

UTILIZADORES

Gestão da escola.

Professores, alunos, gestão da escola.

Professores, alunos, pais, pessoal de apoio, gestão da escola.

RELAÇÕES ENTRE AVALIAÇÃO INTERNA E EXTERNA

Avaliação sumativa externa suportada pelos dados da auto-avaliação.

Principalmente a avaliação de diagnóstico através da auto-avaliação.

Principalmente autoavaliação com apoio de um agente externo.

Fonte: (MacBeath e McGlynn, 2002) in (Alaíz et al., 2003:33)

COMPARAÇÃO ENTRE OS

PARADIGMAS DA EFICÁCIA E DA MELHORIA

Contributos da eficácia

Contributos da melhoria

- Atenção aos resultados; - Ênfase na equidade; - Utilização dos dados na tomada de decisão; - Assunção da escola como o centro da Mudança; - Orientação para uma metodologia de investigação quantitativa.

- Atenção aos processos; - Orientação para a ação e o desenvolvimento; - Ênfase nas áreas de melhoria selecionadas pela escola; - Compreensão da importância da cultura escolar; - Enfoque na instrução; - Visão da escola como centro de mudança; - Orientação para uma metodologia de investigação qualitativa.

Fonte: (Stoll e Wikeley, 1998) in (Alaíz et al., 2003:37)

Page 9: CE - Cursos Vocacionais - Doc1 - Alguns conceitos de Avaliação (1)

9

AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO

Da mesma forma que existe uma grande diversidade de definições de avaliação também existe um grande número de modelos e técnicas que são utilizados pelos avaliadores.

(Barbier, 1985; Salgado, 1997). Existe um desacordo bastante profundo entre aqueles que se interessam pelos aspetos ligados à avaliação, em torno das bases metodológicas e das orientações práticas, aparecendo na literatura dezenas de abordagens diferentes e com as suas escolhas perfeitamente justificadas, surgindo assim várias práticas de avaliação. (Verdung, 1993)

Silvério Cabrita Silva da Conceição (Formador)

Fevereiro / 2013