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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Este caderno tem um total de 50 (cinquenta) questões, distribuídas da seguinte forma: Questões de 01 a 20: Língua Portuguesa; Questões de 21 a 50: Conhecimentos Específicos. Verifique se este caderno está completo. Para cada questão são apresentadas cinco alternativas de resposta (a, b, c, d, e), sendo que o candidato deverá escolher apenas uma e, utilizando caneta esferográfica azul ou preta, preencher o círculo (bolha) correspondente no cartão-resposta. As respostas das questões deverão, obrigatoriamente, ser transcritas para o cartão- resposta, que será o único documento válido utilizado na correção eletrônica. Verifique se os dados constantes no cartão-resposta estão corretos e, se contiver algum erro, comunique o fato imediatamente ao aplicador/fiscal. O candidato terá o tempo máximo de 04 (quatro) horas para responder a todas as questões deste caderno e preencher o cartão-resposta. NÃO HAVERÁ SUBSTITUIÇÃO, sob qualquer hipótese, deste caderno, nem do cartão- resposta. Não serão dadas explicações durante a aplicação da prova. BOA PROVA! COORDENAÇÃO PERMANENTE DE CONCURSOS PÚBLICOS PROVA ESCRITA DO CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR EFETIVO DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA Edital Nº 334/2013, de 05 de novembro de 2013 C C A A D D E E R R N N O O D D E E Q Q U U E E S S T T Õ Õ E E S S » CÓDIGO 103 « TECNOLOGIA TÊXTIL

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Este caderno tem um total de 50 (cinquenta) questões, distribuídas da seguinte forma:

Questões de 01 a 20: Língua Portuguesa; Questões de 21 a 50: Conhecimentos Específicos.

Verifique se este caderno está completo.

Para cada questão são apresentadas cinco alternativas de resposta (a, b, c, d, e), sendo que o candidato deverá escolher apenas uma e, utilizando caneta esferográfica azul ou preta, preencher o círculo (bolha) correspondente no cartão-resposta.

As respostas das questões deverão, obrigatoriamente, ser transcritas para o cartão-resposta, que será o único documento válido utilizado na correção eletrônica.

Verifique se os dados constantes no cartão-resposta estão corretos e, se contiver algum erro, comunique o fato imediatamente ao aplicador/fiscal.

O candidato terá o tempo máximo de 04 (quatro) horas para responder a todas as questões deste caderno e preencher o cartão-resposta.

NÃO HAVERÁ SUBSTITUIÇÃO, sob qualquer hipótese, deste caderno, nem do cartão-resposta.

Não serão dadas explicações durante a aplicação da prova.

BOA PROVA!

COORDENAÇÃO PERMANENTE DE CONCURSOS PÚBLICOS

PROVA ESCRITA DO CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR

EFETIVO DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

Edital Nº 334/2013, de 05 de novembro de 2013

CCAADDEERRNNOO DDEE QQUUEESSTTÕÕEESS

» CÓDIGO 103 « TECNOLOGIA TÊXTIL

IFPB » Concurso Público | Professor Efetivo de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico » Edital Nº 334/2013

Língua Portuguesa | 1

LÍNGUA PORTUGUESA

Leia o Texto I e responda às questões de 01 a 15.

TEXTO I

Sobre técnicas de torrar café e outras técnicas Ronaldo Correia de Brito

Já não existe a profissão de torradeira de café. Ninguém mais escuta falar nessas mulheres que trabalhavam nas casas de família, em dias agendados com bastante antecedência. As profissionais famosas pela qualidade do serviço nunca tinham hora livre. Cobravam caro e só atendiam freguesas antigas. Não era qualquer uma que sabia dar o ponto certo da torrefação, reconhecer o instante exato em que os grãos precisavam ser retirados do fogo. Um minuto a mais e o café ficava queimado e amargo. Um minuto a menos e ficava cru, com sabor travoso. “Pra tudo na vida existe um ponto certo”, diziam orgulhosas do ofício, mexendo as sementes no caco de barro escuro, a colher de pau dançando na mão bem treinada, o fogo aceso na temperatura exata.

Muitos profissionais se especializavam na ciência de pôr um fim: os que mexiam a cocada no tacho de cobre, os que fabricavam o sabão caseiro de gorduras e vísceras animais, os que escaldavam a coalhada para o queijo prensado, os que assavam as castanhas. Nos terreiros de candomblé, onde se tocam para os orixás e caboclos, os iniciados sentem o instante em que a toada e o batuque alcançam o ponto de atuação, o transe que faz o santo descer e encarnar no seu cavalo.

Nenhum movimento é mais complexo que o de finalizar. Nele, estão contidos o desapego e a separação, o sentimento de perda e morte. Sherazade contou suas histórias durante mil e uma noites, barganhando com o esposo e algoz Sheriar o direito de continuar vivendo e narrando. Mil noites é um número finito. O acréscimo de uma unidade ao numeral “mil” tornou-o infinito. Mil e uma noites se estendem pela eternidade. Sobrepondo narrativas, entremeando-as com novos contos, abrindo veredas de histórias que se bifurcam noutras, mantendo os enredos num contínuo com pausas diurnas, porém sem o ponto final, Sherazade adiou o término e a morte. De maneira análoga, Penélope tecia um manto sem nunca acabá-lo, acrescentando pontos durante o dia e desfazendo-os à noite. Também postergava o momento. [...]

Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica representando uma mulher com muletas, uma criança no peito, o feixe de lenha na cabeça. Conta a história que representou naquela peça simples, sente pena de separar-se de sua criatura. O xilogravador Gilvan Samico me apresenta os mais de cem estudos e as provas de autor até chegar à gravura definitiva. Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões. Confessa os dias de horror vividos até chegar ao instante em que se decide pela prova definitiva, quando o trabalho é considerado concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.

Que valor possui o esposo de Sherazade, comparado à narrativa que a liberta da morte? Talvez apenas o de ser o pretexto para o mar de histórias que a jovem narra ao longo de mil e uma noites. E o que se segue a esse imaginário fim? O que ocupa a milésima segunda noite, supostamente sem narrativas? Eis a pergunta que todos os criadores se fazem. O que se seguirá ao grande vazio? Deus descansou no sétimo dia após sua criação. O artista descansa, ou apenas se angustia pensando se a criatura que pôs no mundo está verdadeiramente pronta, no ponto exato de um grão de café torrado por uma mestra exímia?

Afirmam que a flecha disparada pelo arqueiro zen busca sozinha o alvo. Num estado de absoluta concentração, arqueiro, arco, flecha e alvo se desprendem da energia do movimento e partem em busca do ponto exato. Anos de exercício levam ao disparo perfeito. O escritor trabalha com personagens que o obsedam, alguns chegando a cavalgá-lo como os santos do candomblé. Sonha os sonhos do outro, numa entrega do próprio inconsciente à criação. Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se; com a mão esquerda anota frases sobre ruínas. Nunca possui a técnica exata de um arqueiro zen, nem a perícia de uma torradeira de café. Dialoga com a morte como Sherazade, mantém a respiração suspensa, negocia adiamentos e escreve.

Num dia qualquer, sem que nada espere e sem compreender o que acontece à sua volta, um editor arranca papéis inacabados de sua mão.

Disponível em: http://www.opovo.com.br/app/colunas/ronaldocorreiadebrito/2012/03/03/noticiasronaldocorreiadebrito,2794944/sobre-tecnicas-de-torrar-cafe-e-outras-tecnicas.shtml Acesso em 12 jun. 2013. (Texto adaptado).

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1. No TEXTO I, o autor

a) apresenta a atual situação dos artesãos no Brasil.

b) contesta a desigual valoração para as obras de arte.

c) argumenta em prol da necessidade de se fomentar o fazer artístico.

d) faz analogia entre o trabalho do artesão e o processo criativo do escritor.

e) defende o processo de construção literária como o único capaz de ser concluído.

2. Ao afirmar que “Sobrepondo narrativas, entremeando-as com novos contos, abrindo veredas de histórias que se bifurcam noutras, mantendo os enredos num contínuo com pausas diurnas, porém sem o ponto final, Sherazade adiou o término e a morte.” (parágrafo 3), o autor do texto retrata

a) o poder de sedução dos contos de fada.

b) a capacidade de inventividade narrativa como possibilidade de salvação.

c) a impossibilidade de se concluir uma produção literária em tempos modernos.

d) a indispensável interrelação entre ficção e realidade na concepção da obra literária.

e) a necessidade de se conhecer os clássicos da literatura, a exemplo de Mil e uma noites e a Odisseia.

3. Todas as passagens a seguir se reportam à dificuldade do artista em separar-se de sua obra, EXCETO:

a) “Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica representando uma mulher com muletas, uma criança no peito, o feixe de lenha na cabeça.” (parágrafo 4)

b) “Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões.” (parágrafo 4)

c) “Confessa os dias de horror vividos até chegar ao instante em que se decide pela prova definitiva, quando o trabalho é considerado concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.” (parágrafo 4)

d) “Conta a história que representou naquela peça simples, sente pena de separar-se de sua criatura." (parágrafo 4)

e) “O escritor trabalha com personagens que o obsedam, alguns chegando a cavalgá-lo como os santos do candomblé.” (parágrafo 6)

4. A referência à técnica desenvolvida pelas torradeiras de café, apresentada no início do texto,

a) denota a predileção do autor por técnicas artesanais, em detrimento das industriais.

b) é uma forma de registrar o reconhecimento, por parte das novas gerações, à cultura popular.

c) surge como uma homenagem do autor aos trabalhadores que conseguiram manter viva uma tradição popular.

d) representa um exemplo da capacidade de certas técnicas rudimentares se perpetuarem ao longo das gerações.

e) constitui-se ponto de partida para a discussão acerca da difícil arte de finalizar uma tarefa, tema retratado no decorrer do texto.

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5. A finalização do processo de produção artística é retratada no texto como algo

a) impessoal, em função das demandas comerciais.

b) definitivo, já que registra o momento tão desejado pelo artista.

c) angustiante e doloroso, por se tratar de uma separação entre criador e criatura.

d) complexo, pelo fato de ser toda obra de arte o resultado de um trabalho coletivo.

e) libertador, pois a conclusão de uma obra de arte instiga o artista a produzir sempre mais.

6. Considerando o texto, aponte, dentre as alternativas a seguir, aquela em que as expressões apresentam relação sinonímica.

a) "fabricavam" – "escaldavam" (parágrafo 2)

b) "adiou" – "postergava" (parágrafo 3)

c) "estendem" – "bifurcam" (parágrafo 3)

d) "impressões" – "estranheza" (parágrafo 4)

e) "descansa" – "angustia" (parágrafo 5)

7. No final do texto, ao comparar o arqueiro zen ao escritor, o autor observa que

a) o arqueiro zen, diferentemente do escritor, dificilmente atinge seu objetivo.

b) o arqueiro zen, diferentemente do escritor, consegue, com exatidão, finalizar seu trabalho.

c) as ações do escritor e do arqueiro zen atingem, simultaneamente, o ponto exato de finalização.

d) o escritor, ao contrário do arqueiro zen, dedica-se com esmero ao processo de produção, antes de finalizar seu trabalho.

e) o escritor e o arqueiro zen não conseguem finalizar seus trabalhos com êxito, por mais que se esforcem.

8. A coesão de um texto se dá através da conexão entre vários enunciados e da relação de sentido existente entre eles. Em relação à coesão presente no texto, o termo destacado encontra-se devidamente justificado em:

a) “Ninguém mais escuta falar nessas mulheres que trabalhavam nas casas de família, [...]” (parágrafo 1). O termo em destaque indica uma referência à expressão “freguesas antigas” (parágrafo 1).

b) “Nele, estão contidos o desapego e a separação *...+” (parágrafo 3). O termo em destaque faz referência a “nenhum movimento” (parágrafo 3).

c) “*...+ quando o trabalho é concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.” (parágrafo 4). O conectivo “e” indica uma progressão semântica que acrescenta um dado novo.

d) “*...+ a jovem narra ao longo de mil e uma noites.” (parágrafo 5). O vocábulo em destaque caracteriza uma referência mais específica em relação ao termo a que se refere: “Sherazade”.

e) “*...+ alguns chegando a cavalgá-lo *...+” (parágrafo 6). O termo destacado substitui a expressão “santos do candomblé”.

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9. Em “Nos terreiros de candomblé, onde se tocam para os orixás e caboclos, os iniciados sentem o instante em que a toada e o batuque alcançam o ponto *...+” (parágrafo 2), as vírgulas utilizadas

a) evidenciam a expressão vocativa.

b) indicam uma oração de valor comparativo.

c) demarcam uma explicação acerca do espaço.

d) determinam a introdução de expressão da fala do autor.

e) marcam a opinião do autor em relação à informação anterior.

10. Analise as proposições a seguir:

I. As palavras “desapego” e “separação” pertencem ao mesmo campo semântico.

II. O prefixo na palavra “infinito” exprime sentido de negação.

III. O termo sublinhado em “O escritor trabalha com personagens que o obsedam” tem como referente a expressão “escritor”.

É CORRETO o que se afirma apenas em

a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.

11. O termo destacado em “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se [...]” (parágrafo 6), pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

a) Porque

b) Para que

c) Porquanto

d) Contanto que

e) Ao mesmo tempo que

12. Os conectivos ou partículas linguísticas de ligação, além de exercer funções coesivas, manifestam ainda diferentes relações de sentido entre os enunciados. Aponte, dentre as alternativas a seguir, aquela em que a relação estabelecida pelo conectivo em destaque está CORRETAMENTE indicada entre parênteses.

a) “Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica”. – (Proporção).

b) “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se;” – (Consequência).

c) “Dialoga com a morte como Sherazade, [...]” – (Comparação).

d) “Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões.” – (Finalidade).

e) “Num dia qualquer, sem que nada espere e sem compreender o que acontece à sua volta [...]” – (Adversidade).

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13. Por vezes, a omissão de palavras ou expressões não acarreta alteração no sentido de orações ou

períodos, já que tal omissão pode ser depreendida do contexto. Há, dentre as alternativas a seguir,

uma ocorrência assim caracterizada. Aponte-a.

a) "Mil e uma noites se estendem pela eternidade". (parágrafo 3)

b) "O que se seguirá ao grande vazio?" (parágrafo 5)

c) "Deus descansou no sétimo dia após sua criação". (parágrafo 5)

d) "Nunca possui a técnica exata de um arqueiro zen, [...]” (parágrafo 6)

e) "[...] a flecha disparada pelo arqueiro zen busca sozinha o alvo". (parágrafo 6)

14. Analise as proposições a seguir, acerca da pontuação, e assinale (V), para o que for verdadeiro, e (F),

para o que for falso.

( ) No trecho “De maneira análoga, Penélope tecia um manto [...]", a vírgula é utilizada para

separar uma expressão adverbial disposta no início do período.

( ) Em “Dialoga com a morte como Sherazade, mantém a respiração suspensa, negocia adiamentos

e escreve.”, as vírgulas são utilizadas para separar orações coordenadas.

( ) Em “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-

se; [...]”, não há razão linguístico-gramatical que justifique a presença da vírgula na sentença.

Assim, seu uso é facultativo.

A sequência que completa CORRETAMENTE os parênteses é

a) V V F

b) V F F

c) F V F

d) V V V

e) F F V

15. A regência verbal em destaque na frase “mulheres que trabalhavam nas casas de família” é a

mesma do verbo destacado em

a) “Anos de exercício levam ao disparo perfeito.”

b) “Deus descansou no sétimo dia após sua criação.”

c) “Muitos profissionais se especializavam na ciência de pôr um fim: [...]”

d) “O xilogravador Gilvan Samico me apresenta os mais de cem estudos: [...].”

e) “*...+ o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.”

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As questões de 16 a 18 referem-se ao TEXTO II, a seguir:

TEXTO II

Capítulo I

− Muito trabalho, mestre Zé?

− Está vasqueiro. Tenho umas encomendas de Gurinhém . Um tangerino passou por aqui e

me encomendou esta sela e uns arreios. Estou perdendo o gosto pelo ofício. Já se foi o tempo em

que dava gosto trabalhar numa sela. Hoje estão comprando tudo feito. E que porcarias se vendem

por aí! Não é para me gabar. Não troco uma peça minha por muita preciosidade que vejo. Basta

lhe dizer que seu Augusto do Oiteiro adquiriu na cidade uma sela inglesa, coisa cheia de

arrebiques. Pois bem, aqui esteve ela para conserto. Eu fiquei me rindo quando o portador do

Oiteiro me chegou com a sela. E disse, lá isto disse: “por que seu Augusto não manda consertar

esta bicha na cidade?” E deu pela sela um preção. Se eu fosse pedir o que pagam na cidade, me

chamavam de ladrão. É, mestre José Amaro sabe trabalhar, não rouba a ninguém, não faz coisa de

carregação. Eles não querem mais os trabalhos dele. Que se danem. Aqui nesta tenda só faço o

que quero.

REGO, José Lins do. Fogo Morto. Record: Rio de Janeiro, 2003.

16. Pelo disposto acima, é CORRETO afirmar sobre o Mestre José Amaro:

a) Mostra-se insatisfeito com os resultados de seus últimos trabalhos.

b) Prefere trabalhar para clientes de fora, pois estes valorizam seu trabalho.

c) Orgulha-se do esmero com que desenvolve seu trabalho e da qualidade que lhe imprime.

d) Embora se envaideça de seu ofício, preocupa-se com o fato de não poder mais executá-lo da

melhor forma.

e) Questiona a qualidade do trabalho de outros seleiros, mas reconhece o valor dos novos

materiais industrializados.

17. “É, mestre José Amaro sabe trabalhar, não rouba a ninguém, não faz coisa de carregação. Eles não

querem mais os trabalhos dele. Que se danem. Aqui nesta tenda só faço o que quero”. A fala final

de Mestre José Amaro revela

a) certa resignação diante das novas demandas do mercado.

b) revolta por desenvolver seu ofício numa região de parcas condições.

c) a decisão de não mais confeccionar produtos para o senhor Augusto do Oiteiro.

d) a sua disposição em manter-se fiel ao trabalho de qualidade que sempre desenvolveu.

e) a determinação por continuar tentando convencer os vaqueiros da qualidade de suas selas.

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18. Atente para a seguinte passagem: “Eles não querem mais os trabalhos dele.”

Agora, considere as seguintes afirmações acerca da expressão em destaque:

I. Retoma um termo expresso anteriormente.

II. Refere-se diretamente aos moradores e comerciantes da cidade.

III. Embora não se refira a nenhum elemento textual anterior, o contexto possibilita a recuperação do termo referente.

Está(ão) CORRETA(S):

a) III apenas

b) I e II apenas.

c) I e III apenas.

d) II e III apenas.

e) I, II e III.

19. Leia a seguir:

I. “Declaração fundamentada em ponto de vista a respeito de um fato ou negócio.”

II. “É o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades expedem instruções sobre a organização e funcionamento de serviço e praticam outros atos de sua competência.”

III. “Modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.”

As descrições dizem respeito, respectivamente, a

a) Parecer – Portaria – Memorando .

b) Ofício – Relatório – Parecer.

c) Parecer – Ofício – Portaria.

d) Memorando – Ofício – Declaração.

e) Portaria – Requerimento – Relatório.

20. Pela própria natureza, a redação oficial deve apresentar uma linguagem que obedeça a critérios específicos. Todas as características a seguir devem compor a redação oficial, EXCETO:

a) Impessoalidade e clareza.

b) Uso da linguagem padrão.

c) Tratamento linguístico formal.

d) Concisão e transparência de sentido.

e) Presença de conotação e da criatividade do emissor.

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8 | Código 103 « Tecnologia Têxtil « Conhecimentos Específicos

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS » TECNOLOGIA TÊXTIL | CÓDIGO 103 «

21. As fibras têxteis possuem algumas características, formas e composições, conhecidas como propriedades, que podem ser físicas ou químicas. As propriedades físicas são as que mais interessam à indústria têxtil, pois elas representam o produto final em termos de qualidade e, consequentemente, preço final do produto. Sobre as propriedades das fibras têxteis, é CORRETO afirmar que

a) a curva de carga-alongamento expressa o comportamento de uma fibra sobre um aumento gradual de forças a ela aplicado.

b) o alongamento é dado, em termos percentuais, pela relação entre o comprimento total (soma dos comprimentos inicial e alongado) e o comprimento inicial.

c) a resiliência é a capacidade que a fibra têxtil possui de recuperar-se após ser submetida a uma deformação longitudinal sob o efeito de uma carga.

d) o trabalho de ruptura é dado pela área sob a curva no gráfico da força pelo alongamento, até o ponto de ruptura.

e) a elasticidade expressa a capacidade de uma fibra alongar-se sob a ação de uma carga aplicada longitudinalmente à fibra.

22. As características das fibras são determinadas por seu arranjo molecular. As figuras abaixo representam as fórmulas moleculares de algumas fibras naturais e manufaturadas.

Figura (1) Figura (2)

Figura (3) Figura (4)

As fórmulas moleculares apresentadas nas figuras 1, 2, 3 e 4 correspondem, respectivamente, às

fibras têxteis

a) celulósicas, de elastano (Spandex), de poliéster comum e proteicas.

b) celulósicas, proteicas, de elastano (Spandex) e de poliéster comum.

c) celulósicas, proteicas, de poliéster comum e de elastano (Spandex).

d) proteicas, de elastano (Spandex), de poliéster comum e celulósicas.

e) proteicas, celulósicas, de poliéster comum e de elastano (Spandex).

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Conhecimentos Específicos » Tecnologia Têxtil » Código 103 | 9

23. A respeito do comportamento das fibras em relação ao calor, é INCORRETO afirmar que

a) o poliéster amolece a 205°C, mas, em tecidos de microfibras, amolece à temperatura mais baixa, fundindo apenas entre 250°C e 260°C.

b) a lã torna-se áspera a 100°C, decompõe-se lentamente a 130°C, chamusca a 204°C e carboniza a 300°C.

c) o algodão amarela após exposição de 5 horas a uma temperatura de 120°C e decompõe-se a 180°C, mas não funde, carboniza.

d) a fibra de vidro começa a perder resistência a partir de 330°C e amolece a partir de 730°C, mas não é inflamável.

e) a celulose regenerada funde e as fibras celulósicas decompõem-se entre 180°C e 205°C.

24. Em relação aos defeitos nos fios fiados produzidos a partir de fibras descontínuas, alguns defeitos ocorrem frequentemente e outros, raramente. Dentre os defeitos frequentes, que ocorrem entre dez e cinco mil vezes a cada quilômetro de fio, os principais são

a) pontos finos, de comprimento inferior a cerca de 8 cm e mais finos que -30% em relação ao diâmetro médio; pontos grossos, de comprimento inferior a cerca de 8 cm e mais grossos que +35% em relação ao diâmetro médio; e neps, de comprimento inferior a cerca de 4 mm e mais grossos que +140% (relativo ao comprimento de 1 mm).

b) pontos finos, de comprimento superior a cerca de 8 cm e mais finos que -30% em relação ao diâmetro médio; pontos grossos, de comprimento superior a cerca de 8 cm e mais grossos que +35% em relação ao diâmetro médio; e neps, de comprimento superior a cerca de 2 mm e mais grossos que + 140% (relativo a um comprimento de 1 mm).

c) pontos finos, de comprimento superior a cerca de 8 cm e mais finos que -30% em relação ao diâmetro médio; pontos grossos, de comprimento superior a cerca de 8 cm e mais grossos que +35% em relação ao diâmetro médio; e neps, de comprimento inferior a cerca de 4 mm e mais grossos que + 140% (relativo a um comprimento de 1 mm).

d) pontos finos, de comprimento inferior a cerca de 16 cm e mais finos que -30% em relação ao diâmetro médio; pontos grossos, de comprimento inferiores a cerca de 16 cm e mais grossos que +35% em relação ao diâmetro médio; e neps, de comprimento inferior a cerca de 8 mm e mais grossos que + 140% (relativo a um comprimento de 1 mm).

e) pontos finos, de comprimento superior a cerca de 16 cm e mais finos que -30% em relação ao diâmetro médio; pontos grossos, de comprimento superior a cerca de 16 cm e mais grossos que +35% em relação ao diâmetro médio; e neps, de comprimento superior a cerca de 8 mm e mais grossos que + 140% (relativo a um comprimento de 1 mm).

25. O algodão em pluma comercializado no Brasil pode ser classificado quanto ao comprimento. As suas fibras podem ser consideradas muito curtas, curtas, médias e longas, quando medem, respectivamente,

a) menos que 14, entre 14 e 26 mm, entre 27 e 38 mm, e mais que 38 mm.

b) menos que 16, entre 16 e 27 mm, entre 28 e 35 mm, e mais que 35 mm.

c) menos que 18, entre 18 e 29 mm, entre 30 e 36 mm, e mais que 36 mm.

d) menos que 20, entre 20 e 30 mm, entre 31 e 37 mm, e mais que 37 mm.

e) menos que 22, entre 22 e 28 mm, entre 29 e 34 mm, e mais que 34 mm.

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10 | Código 103 « Tecnologia Têxtil « Conhecimentos Específicos

26. A análise com aparelho HVI (High Volume Instrument) fornece, com bastante rapidez e precisão, vários índices das características do algodão, essenciais para os produtores e consumidores dessa fibra. Entre vários parâmetros que este equipamento mede, o micronaire da fibra (Mic) é o índice determinado pelo complexo finura/maturidade da fibra. Os valores de micronaire classificam as fibras como muito fina, fina, média, grossa e muito grossa. Quanto à faixa de valores de micronaire, atribuída para cada classificação, é INCORRETO afirmar que

a) abaixo de 3,0, é considerada fibra muito fina; e, entre 3,0 e 3,9, é classificada como fibra fina.

b) abaixo de 3,0, classifica-se a fibra como fina; e, acima de 6,0, classifica-se como muito grossa.

c) entre 4,0 e 4,9, a fibra é considerada média; e, entre 5,0 e 5,9, a fibra é classificada como grossa.

d) abaixo de 3,0, a fibra é classificada como muito fina; e, acima de 6,0, classifica-se como muito grossa.

e) entre 3,0 e 3,9, considera-se a fibra como fina; e, entre 4,0 e 4,9, considera-se a fibra como média.

27. A indústria fictícia de fiação Itaporanga Têxtil possui uma linha de produção para fabricação de fios 100% algodão. Durante o planejamento, o chefe de produção informou ao técnico têxtil responsável que a alimentação das cardas era de 20.976 kg/dia e que a eliminação de resíduos era de 5%. Com uma eficiência de 93%, a Produção Real das cardas é

a) 672,4 kg/h.

b) 677,5 kg/h.

c) 727,8 kg/h.

d) 762,6 kg/h.

e) 772,2 kg/h.

28. Uma indústria fictícia de fiação de resíduos ResiTex fabrica fios como matéria-prima para aplicação em tecelagens de panos de prato, redes, tapetes, dentre outros artigos de segunda qualidade. A ResiTex compra o equivalente a 240.000 kg resíduos por mês, de outras indústrias, e possui um setor de cardas que trabalha com 90% de eficiência. Sabendo que a produção individual não pode ultrapassar 50 kg/h, o número necessário de cardas é de

a) 5 cardas.

b) 6 cardas.

c) 7 cardas.

d) 8 cardas.

e) 9 cardas.

29. Um fio possui comprimento de 383 jardas e pesa 3,5 g. Assinale a alternativa que apresenta seu título em tex e Ne, respectivamente:

a) 8 tex e 59 Ne.

b) 10 tex e 8 Ne.

c) 10 tex e 59 Ne.

d) 59 tex e 8 Ne.

e) 59 tex e 10 Ne.

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30. A torção do fio influencia diretamente na aparência e no toque do tecido de malha. Quando se aumenta a torção de um fio, pode-se observar que o tecido produzido possui

a) menor resistência, toque mais grosseiro, maior poder de cobertura, maior potencial de desfiamento e fio aparentemente mais claro.

b) menor resistência, toque mais macio, menor poder de cobertura, menor potencial de desfiamento e fio aparentemente mais escuro.

c) maior resistência, toque mais macio, maior poder de cobertura, maior potencial de desfiamento e fio aparentemente mais escuro.

d) maior resistência, toque mais grosseiro, menor poder de cobertura, maior potencial de desfiamento e fio aparentemente mais escuro.

e) maior resistência, toque mais macio, menor poder de cobertura, menor potencial de desfiamento e fio aparentemente mais claro.

31. As figuras a seguir mostram duas diferentes estruturas dos tecidos de malha.

Figura (5) Figura (6)

Os tipos de estrutura e suas respectivas faces, dos tecidos de malha apresentados nas figuras (5) e (6), nesta ordem, são

a) malha de urdume fechada, face única, sendo o dorso da malha; e tecido de malha de urdume aberta, dupla-face.

b) malha de trama, face única, sendo a frente da malha; e tecido de malha de urdume fechada, face única, sendo a frente da malha.

c) malha de urdume aberta, face única, sendo a frente da malha; e tecido de malha de trama, face única, sendo o dorso da malha.

d) malha de trama, face única, sendo o dorso da malha; e tecido de malha de urdume fechada, dupla-face.

e) malha de trama, face única, sendo a frente da malha; e tecido de malha de urdume aberta, dupla-face.

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32. Na malharia, para reduzir os índices de defeitos, sem causar modificações desnecessárias no comprimento do ponto, os fios fiados são lubrificados por meio da parafinação, devendo ser aplicada entre 0,3 e 0,5 gramas de parafina a cada 1.000 metros de fio. Nesse contexto, é CORRETO afirmar que problemas de parafinação podem ocasionar

a) aumento do comprimento médio do ponto, redução da gramatura do tecido e aumento do potencial de ruptura do fio.

b) redução do comprimento médio do ponto, aumento da gramatura do tecido e aumento do potencial de ruptura do fio.

c) redução do comprimento médio do ponto, redução da gramatura do tecido e aumento do potencial de ruptura do fio.

d) redução do comprimento médio do ponto, aumento da gramatura do tecido e redução do potencial de ruptura do fio.

e) aumento do comprimento médio do ponto, aumento da gramatura do tecido e redução do potencial de ruptura do fio.

33. O fang é um processo utilizado em malharia no qual o fio alimenta as agulhas, porém, o fang não faz a malha, ou seja, não forma a laçada. Assim, podemos falar que o fang é uma alça presa pelos pés da malha seguinte e esta alça é formada pelo não descarregamento da malha anterior. Existem dois métodos para se conseguir o fang:

Método I: Uma malha acaba de ser feita e a lingueta está fechada; a agulha sobe e pega um fio de alimentação; a agulha desce somente o suficiente para a antiga malha fechar a lingueta; a agulha sobe; a malha antiga e o fang estão atrás da lingueta e processa-se uma nova alimentação de fio; a agulha desce completamente, formando assim uma nova malha sobre a malha antiga, ficando o fang entre alas.

Método II: Uma malha acaba de ser feita e a lingueta está fechada; a agulha sobe, porém apenas o suficiente para que seja alimentada, sem, no entanto, permitir que a malha antiga ultrapasse a lingueta; a agulha desce totalmente e a lingueta permanece aberta; a agulha sobe totalmente, a malha antiga e o fang ultrapassam a lingueta e um novo fio alimenta as agulhas; a agulha desce completamente e forma uma nova malha sobre a malha antiga, ficando o fang colocado entre elas.

Os métodos apresentados acima são denominados, respectivamente, de

a) fang sobre lingueta (meia subida) e fang sob lingueta (meia descida).

b) fang de alta lingueta (meia descida) e fang de baixa lingueta (meia subida).

c) fang sobre lingueta (meia descida) e fang sob lingueta (meia subida).

d) fang sob lingueta (meia subida) e fang sobre lingueta (meia descida).

e) fang de baixa lingueta (meia descida) e fang de alta lingueta (meia subida).

34. Dentre as diferenças existentes entre as máquinas de malharia Kettenstuhl e Raschel, é INCORRETO afirmar que

a) as máquinas Kettenstuhl podem trabalhar com os fios muito tensionados; e, nas máquinas Raschel, as agulhas não suportam elevadas tensões sobre os fios.

b) as máquinas Kettenstuhl utilizam agulhas de bico e compostas; e as máquinas Raschel utilizam agulhas de lingueta.

c) nas máquinas Kettenstuhl, a direção de puxamento do tecido é perpendicular às agulhas e nas máquinas Raschel, a direção de puxamento do tecido é paralela às agulhas.

d) as máquinas Kettenstuhl permitem maiores velocidades e maior produção; e as máquinas Raschel não permitem velocidades de produção elevadas, devido ao tipo de agulha empregada.

e) as máquinas Kettenstuhl permitem produção de artigos mais finos, por utilizar agulhas mais finas; e as máquinas Raschel permitem produção de artigos mais grossos e pesados.

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35. Analise a figura abaixo que mostra um alimentador positivo, utilizado na malharia, que tem por finalidade básica alimentar as agulhas com uma quantidade pré-determinada de fio por unidade de comprimento, durante cada volta da máquina e que possui os acessórios 1, 2 e 3, conforme assinalados na figura.

(Fabricante: Trevizan Malmegrim)

Marque a alternativa que nomeia CORRETA e respectivamente os acessórios em destaque:

a) Carrinhos, polia e sentinela.

b) Sentinelas, polia e carrinho.

c) Sentinelas, carrinho e polia.

d) Polias, sentinela e carrinho.

e) Polias, carrinho e sentinela.

36. Com o passar dos anos, foram desenvolvidas numerosas equações matemáticas no sentido de criar outros sistemas de coordenadas, sempre procurando definir espaços colorimétricos equidistantes. Na indústria têxtil, é adotado o sistema CIELAB, que é um sistema de coordenadas retangular cujos eixos são designados por L* (claridade – eixo vertical cuja base é o preto e o topo é o branco), a* (eixo vermelho/verde) e b* (eixo amarelo/azul). Nesse sistema de coordenadas, o ângulo h° e o raio c indicam, respectivamente,

a) a claridade e a tonalidade da cor.

b) a tonalidade e a pureza da cor.

c) a pureza e a tonalidade da cor.

d) a pureza da cor e a claridade.

e) a tonalidade da cor e a claridade.

37. No tingimento contínuo, a solução de corante é aplicada por impregnação sobre o material têxtil, geralmente em peças, e espremida mecanicamente por foulardagem. Após o tingimento, o corante NÃO pode ser fixado por

a) repouso a frio (processo “Pad Batch”).

b) calor úmido ou vapor (processo “Pad Steam”).

c) banho novo (processo “Pad-Jigg” ou choque alcalino).

d) repouso a frio (processo “Pad Roll”).

e) calor seco ou ar quente (processos “Pad-Dry” e “Pad-Thermofix”, respectivamente).

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38. Nas figuras abaixo estão apresentados os esquemas das máquinas usadas nos processos de beneficiamento de substratos têxteis.

As figuras mostradas correspondem, respectivamente, às máquinas

a) Foulard, Jigger, Turbo, Jet, Barca e Overflow.

b) Foulard, Jet, Jigger, Turbo, Barca e Overflow.

c) Foulard, Jigger, Turbo, Jet, Overflow e Barca.

d) Foulard, Overflow, Jet, Turbo, Barca e Jigger.

e) Foulard, Turbo, Jigger, Jet, Barca e Overflow.

39. Na indústria têxtil, a água é a matéria-prima essencial para o funcionamento de qualquer beneficiamento. Por isso, sua qualidade deve ser objeto de permanente controle, a fim de mantê-la em condições adequadas para o consumo. A dureza da água pode ser classificada como permanente (sais de cálcio e magnésio, na forma de nitratos, cloretos, sulfatos, dentre outros) ou temporária (sais de cálcio e magnésio, na forma de bicarbonatos). O quadro abaixo informa a classificação da água quanto à sua dureza.

De 0 a 15 ppm (mg/l) muito branda

De 15 a 50 ppm (mg/l) branda

De 50 a 100 ppm (mg/l) moderada

De 100 a 200 ppm (mg/l) dura

Acima de 200 ppm (mg/l) muito dura

Os processos de beneficiamento contínuo, descontínuo e semicontínuo, na indústria têxtil, exigem que a utilização de águas com concentração total de íons Cálcio e Magnésio seja

a) entre 0 e 15 ppm.

b) entre 15 e 50 ppm.

c) entre 50 e 80 ppm.

d) entre 50 e 100 ppm.

e) entre 80 e 100 ppm.

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40. Em um beneficiamento de um tecido plano de gramatura 230 g/m2 e largura de 240 cm, seu desperdício de banho (lastro) é de 22 litros. Para realizar o beneficiamento de 2.000 m desse tecido em um foulard, sendo aplicado um pick up de 80%, o Volume de Banho (VB) é

a) 883,2 litros.

b) 900,8 litros.

c) 905,2 litros.

d) 1.104,0 litros.

e) 1.126,0 litros.

41. Os ligantes utilizados em estamparia são formados por polímeros emulsionáveis, que podem ser curados sob a influência de um catalisador formador de um ácido, e aquecidos para formar um filme resistente, o qual liga o pigmento à fibra. Os ligantes disponíveis para comercialização pertencem aos grupos butadienos e acrilatos, sendo estes últimos os mais consumidos. Sobre esses grupos de ligantes, é INCORRETO afirmar que

a) os ligantes acrilatos são os mais utilizados pela indústria, por não apresentarem amarelamento sob influência de aquecimento.

b) os ligantes butadienos, que são co-polímeros formados por butadieno e acrilonitrila, apresentam uma excelente fixação sobre as fibras sintéticas.

c) os ligantes acrilatos, que são co-polímeros de acrilato de butila e acrilonitrilas, apresentam uma boa resistência ao envelhecimento pela ação da luz.

d) os ligantes acrilatos apresentam, como desvantagem, um toque áspero nas estampas, que podem ser melhorados pela adição de plastificante, ocasionando, entretanto, problemas de solidez à fricção e à lavagem.

e) os ligantes butadienos apresentam, como desvantagem, o envelhecimento sob a influência da luz.

42. Uma multinacional produz um tecido com densidade de trama 20 tramas/cm. Um cliente encomendou 75.600 metros desse produto. Para atender ao pedido, a indústria reservou 10 teares trabalhando 24 horas por dia, com RPM de 800 e rendimento de 87,5%. Sabendo-se que são necessárias mais 48 horas para a entrega do pedido em virtude da transportadora, o prazo em que o cliente receberá sua encomenda é de

a) 150 dias.

b) 15 dias.

c) 16 dias.

d) 17 dias.

e) 170 dias.

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43. A Taxa de Inserção de Trama (TIT) exprime o consumo de fio de trama em metros por minuto, supondo uma eficiência de 100% do tear. A TIT depende da velocidade do tear e do comprimento da trama inserida na máquina. Esse comprimento é função da largura do tecido cru e do percentual de contração da trama. A tabela abaixo apresenta os dados de cinco modelos fictícios de teares.

Modelo H5 TM3 CRX 850F RT36

Velocidade 700 550 650 500 600

Largura (cm) 220 320 280 240 260

% Contração 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5

Dentre os teares apresentados, o que apresenta a maior taxa de inserção de trama é

a) H5.

b) TM3.

c) CRX.

d) 850F.

e) RT36.

44. A padronagem é o estudo da forma e da ordem pelas quais dois grupos de fios (urdume e trama) são entrelaçados perpendicularmente entre si. As regras de representação da padronagem em papel quadriculado obedecem a algumas convenções. Analise as afirmativas abaixo:

I. “Ponto deixado” é a representação da trama por baixo do urdume.

II. Entende-se por “ponto de ligamento” o cruzamento de um fio de urdume com um fio de trama, que é assinalado com um “X” ou um quadrado cheio.

III. Os fios de urdume são numerados da esquerda para a direita e os fios de trama de cima para baixo.

IV. A “evolução do fio” é a representação numérica da maneira que um dado fio de urdume se entrelaça com os fios de trama num raporte.

São CORRETAS apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) III e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

45. Os cetins são ligamentos fundamentais, podendo ser regulares, irregulares e derivados. A regra dos números ímpares define a quantidade de deslocamentos (ou avanços) que os raportes de cetins regulares podem ter. Por exemplo, para um raporte de 8 fios, podem haver deslocamentos de 3 e 5 fios, apenas. Utilizando esta mesma regra, para um cetim regular com raporte de 11 fios, podem haver deslocamentos apenas de

a) 3, 5 e 7 fios.

b) 2, 6 e 8 fios.

c) 5, 7 e 9 fios.

d) 2, 3 e 9 fios.

e) 3, 6 e 8 fios.

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46. O raporte é a menor unidade de repetição de um ligamento. Na figura abaixo é mostrada a representação gráfica de uma sarja múltipla.

Assinale a alternativa que apresenta as dimensões CORRETAS do raporte na figura acima:

a) 4 x 4.

b) 6 x 6.

c) 8 x 8.

d) 12 x 12.

e) 16 x 16.

47. A norma brasileira ABNT NBR 10591:2008 prescreve o método para a determinação da gramatura de superfícies têxteis. Segundo a norma,

a) dentre os itens de aparelhagem, são necessários um gabarito com área de 100 cm2 e uma balança com precisão de 0,1 g.

b) de cada amostra de material deve-se cortar corpos-de-prova contendo os mesmos fios de trama ou de urdume, de modo a obter corpos-de-prova mais uniformes.

c) a tolerância admitida entre os resultados obtidos no ensaio e a gramatura nominal, ou peso linear nominal, é de ± 1%.

d) os resultados para a gramatura calculada podem ser expressos em gramas por metro quadrado, ou em gramas por metro linear.

e) a retirada das amostras distancia-se da extremidade do tecido em, no máximo, 10 cm, dependendo da tempereira utilizada.

48. No processo de tingimento com corantes reativos, os tecidos podem apresentar alguns defeitos, como manchas claras ao longo do seu comprimento. Dentre outras possíveis causas para tal defeito, pode-se destacar a presença de resíduo oleoso ou parafínico no material tingido. Nesse sentido, uma ação preventiva a ser adotada para evitar manchas claras é

a) tratar a água usada no tingimento.

b) purgar com detergente, solvente ou emulgador.

c) dissolver o álcali e dosá-lo lenta e progressivamente.

d) usar o tingimento sequestrante adequado.

e) corrigir as pressões do foulard.

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49. O “jeans” é um dos tecidos mais populares do mundo e sua cor característica dá-se pelo tingimento com corante denominado de índigo. Dentre as tecnologias de tingimento de índigo, a Slasher Dye consiste, sequencialmente, nas etapas de

a) urdimento de rolos, pré-tingimeto, tingimento e engomagem.

b) urdimento de cordas, tingimento, abertura das cordas, engomagem e secagem.

c) urdimento de rolos, tingimento, oxidação, secagem e engomagem.

d) urdimento de cordas, pré-tingimento, tingimento, abertura de cordas e engomagem.

e) urdimento de rolos, tingimento, oxidação, engomagem e secagem.

50. Na engomagem de 10.000 metros de fio 20/1 Ne, a partida com 5.000 fios consome 1.180 litros de uma goma à base de amido com 5% de sólidos (refratômetro). Assinale a alternativa que apresenta a carga de goma final sobre o fio:

a) 4,0%.

b) 5,0%.

c) 6,0%.

d) 7,0%.

e) 8,0%.