Catalogo de materiais texteis

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0 UNIC - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ FACS- FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL RENI PEREIRA ALVES Catálogo de Materiais Têxteis Cuiabá 2011

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UNIC - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ

FACS- FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

RENI PEREIRA ALVES

Catálogo de Materiais Têxteis

Cuiabá

2011

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RENI PEREIRA ALVES

CATÁLOGO DE MATERIAIS TÊXTEIS

Trabalho apresentado como requisito

parcial para a aprovação da Disciplina

Tecnologia Têxtil I no Curso Superior de

Tecnólogo em Design de Moda da

Universidade de Cuiabá.

ORIENTADORA: Profª. Joana de Resende Assunção

Cuiabá

2011

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RENI PEREIRA ALVES

CATÁLOGO DE MATERIAIS TÊXTEIS

Trabalho apresentado como requisito

parcial para a aprovação da Disciplina

Tecnologia Têxtil I no Curso Superior de

Tecnólogo em Design de Moda da

Universidade de Cuiabá.

APROVADA EM ____/_____/_____.

_______________________________________________ Profª. Joana de Resende Assunção

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5

UNIDADE 1 - ASPECTOS CONCEITUAIS SOBRE FIBRAS TÊXTEIS NATURAIS . 7

1.1 Fibras Naturais Vegetais ................................................................................. 8

1.1.1 - Sementes ................................................................................................ 8 1.1.1.1 Algodão .............................................................................................. 8 1.1.1.2 - Paina ................................................................................................ 9

1.1.2 – Caule ...................................................................................................... 9 1.1.2.1 Linho ................................................................................................. 10

1.1.2.2 Juta ................................................................................................... 13 1.1.2.3 Cânhamo .......................................................................................... 15

1.1.2.4 Rami ................................................................................................. 15

1.1.3 – Folhas ................................................................................................... 16 1.1.3.1 Sisal .................................................................................................. 16

1.1.4 – Frutos .................................................................................................... 17 1.1.4.1 Coco ................................................................................................. 17

1.2– Fibras Naturais Animais .............................................................................. 19

1.2.1 – PÊLOS .................................................................................................. 19 1.2.1.1 Carneiro ........................................................................................... 19 1.2.1.2 Cabra ................................................................................................ 20

1.2.1.3 Cashmere ......................................................................................... 21 1.2.1.4 Angorá .............................................................................................. 21 1.2.1.5 Mohair .............................................................................................. 22

1.2.1.6 Lhama ............................................................................................... 22 1.2.1.7 Alpaca ............................................................................................... 23

1.2.3 – Secreções ............................................................................................. 24 1.2.3.1 Seda ................................................................................................. 24

1.3 – Fibras Naturais Minerais ............................................................................ 25 1.3.1 Amianto .................................................................................................... 25

1.3.2 Fibra de Vidro .......................................................................................... 26

UNIDADE 2 - CATALOGAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS QUÍMICAS ......................... 28

2.2 – Artificiais ...................................................................................................... 28 2.2.1 Raiom/Acetato ......................................................................................... 28 2.2.2 Triacetato ................................................................................................. 29 2.2.3 Raion/Viscose .......................................................................................... 30

2.3 SINTÉTICO ...................................................................................................... 31

2.3.1 Poliéster ................................................................................................... 31

2.3.2 Poliamida ................................................................................................. 32

2.3.3 Poliacrílico ou Acrílico .............................................................................. 34 2.3.4 Elastano ou Poliuretano ........................................................................... 35

UNIDADE 03 – CATALOGAÇÃO DOS FIOS TÊXTEIS. .......................................... 37 LINHA PINGOÜIM BELA VERÃO..................................................................... 41 LINHA ANCHOR PERLÉ 8 ............................................................................... 41 LINHA MERCER-CROCHET ............................................................................ 42

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LINHA PARA BORDAR LUNINA SETTA .......................................................... 42 LINHA PRINCESINHA ...................................................................................... 43 LINHA SUSI ...................................................................................................... 43 LINHA ANCHOR MEADO TORÇAL ................................................................. 43 LINHA MEADA ANCHOR ................................................................................. 44 LÃ PARA TAPETE ............................................................................................ 44 LÃ JACKARD .................................................................................................... 44 LÃ CISNE FAST KIDS ...................................................................................... 45 LÃ CISNE SWEET ............................................................................................ 45 LÃ CISNE PASSION ......................................................................................... 46 LÃ ASLAN TRENDS FANTASY LUXURY YARNS ........................................... 46 LÃ CISNE ENLACE LÃ ..................................................................................... 47 LÃ CISNE JACKARD ........................................................................................ 47 LINHA PINGOUIN BRISA ................................................................................. 48 LINHA CHENILLE FAT ..................................................................................... 48 LINHA CROCHE CAMILA ................................................................................ 48 LÃ PINGOUIN FAMILIA .................................................................................... 49 LÃ PINGUIM FAMILIA ...................................................................................... 49 LÃ PINGUIM FAMILIA ...................................................................................... 49 LÃ CISNE GENIALE ......................................................................................... 50 LINHA BARBANTE ARTESANAL ..................................................................... 50 LINHA PESPONTO KRON 36 .......................................................................... 50 LINHA PERSPONTO KRON 50 ....................................................................... 51 LINHA PERSPONTO KRON 80 ....................................................................... 51 LINHA ANCHAOR RAION ................................................................................ 51 LINHA ANCHOR ............................................................................................... 52

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 54

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01: Aspecto do fruto antes e depois da abertura............................................08

Figura 02: Algodão Pronto para Colheita...................................................................09

Figura 03: Planta do Linho.........................................................................................11

Figura 04: Flor e Caule do Linho................................................................................11

Figura 05: Planta do Linho Colhida............................................................................12

Figura 06: Estágios de Processamento das fibras de linho.......................................13

Figura 07: Saco feito de juta.......................................................................................14

Figura 08: Planta da juta............................................................................................15

Figura 09: Planta do rami...........................................................................................16

Figura 10: Planta do sisal...........................................................................................17

Figura 11: Fibra da Casca do Coco............................................................................18

Figura 12: Banco feito com a Fibra. ..........................................................................18

Figura 13: Carneiro sem Tosquiar a Lã. ....................................................................20

Figura 14: Cabra sem Tosquiar a Lã. ........................................................................20

Figura 15: Cabra Cashmere sem Tosquiar a Lã........................................................21

Figura 16: Cabra Angorá sem Tosquiar a Lã.............................................................22

Figura 17: Lhama sem Tosquiar a Lã.........................................................................23

Figura 18: Alpaca sem Tosquiar a Lã.........................................................................23

Figura 19: Lagarta e Casulo do Bicho-da-seda..........................................................25

Figura 20: Fibra de Amianto.......................................................................................26

Figura 21: Fibra de Vidro............................................................................................27

Figura 22: Ursinho em Caixa de Acetato....................................................................29

Figura 23: Mascara de Proteção de Triacetato..........................................................30

Figura 24: Blusa feita de Viscose...............................................................................31

Figura 25: Barraca feita de Poliéster..........................................................................32

Figura 26: Corda de Nylon.........................................................................................34

Figura 27: Utensílio de Acrílico...................................................................................35

Figura 28: Calca de Lycra..........................................................................................36

Figura 29: Filatório Anel.............................................................................................39

Figura 30: Fuso do filatório a rotor.............................................................................39

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo aumentar os conhecimentos sobre as fibras

têxteis no qual são produzidas a maioria dos tecidos, tendo em vista que o curso e

Design em Moda. Consequentemente o profissional tem que conhecer as

características delas, como foram desenvolvidas, quais produtos podem ser

elaborados a partir delas.

Por este fato justifica-se a pesquisa e a formação do catálogo, pois no futuro

tornar-se-á um dispositivo de consulta para pontuais dúvidas e conhecimentos

esquecido por causa do tempo.

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UNIDADE 1 - ASPECTOS CONCEITUAIS SOBRE FIBRAS TÊXTEIS NATURAIS

Fibra têxtil é a matéria-prima fibrosa a partir da qual os tecidos têxteis são

fabricados, ou seja, é todo material que pode ser usado para fins têxteis (fios,

tecidos, não-tecidos, etc.). De acordo com Chataignier (2006, p. 27;28), “(...) a fibra é

a menor parte do tecido,algo como um átomo, ou seja, a menor partícula de matéria

com características definidas”.

As fibras são transformadas em fios pelo processo de fiação. Estes diferem

entre si, e dependem do comprimento das fibras, que podem ser longas, como as

fibras de seda, ou curtas, como por exemplo, as fibras de algodão ou lã.

As fibras têxteis subdividem em químicas (artificiais e sintéticas) e as

naturais (minerais, animais e vegetais), sendo que a última têm como o mais

importante a do algodão, e representa aproximadamente, 50% da produção mundial

anual de fibras. Já as químicas foram desenvolvidas inicialmente com objetivo de

copiar e melhorar as características e propriedades das fibras naturais.

Porém, com o crescimento populacional mundial tornou-se uma necessidade

pelo fato dos vestuários serem confeccionados com mais rapidez e

consequentemente um custo mais baixo, diminuindo assim a dependência total da

produção agrícola. No entanto, nenhuma fibra, natural ou química, preenche

totalmente as necessidades das indústrias, dessa forma, misturam as,

principalmente com o algodão, proporcionando um melhor desempenho e

resistência, durabilidade e apresentação.

As fibras têxteis naturais são retiradas diretamente da natureza, seja através

da extração de recursos vegetais, animais ou mesmo minerais, conforme será mais

bem explanado.

O consumo de fibras naturais no Brasil representa aproximadamente 65% do

total, com uma grande participação do algodão, enquanto no mundo este percentual

é de cerca de 50% (40% na Europa).

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1.1 Fibras Naturais Vegetais

As fibras de origem vegetal é a matéria prima obtida através das plantas,

principalmente com os caules, sementes, folhas ou frutos de vegetais .

1.1.1 - Sementes

1.1.1.1 Algodão

O algodão é uma fibra natural, de origem vegetal, fina, de comprimento

variando entre 24 e 38 mm e, por não apresentar grandes exigências em relação ao

clima ou ao solo, pode ser produzido em praticamente todos os continentes.

Com a abertura dos frutos e a perda de água com grande rapidez, provoca a

contração das fibras. Então há um achatamento das fibras que assumem, na sua

seção transversal, a forma característica de grão de feijão. Dessa forma, Aparecem,

ao longo das fibras achatadas, os pontos de reversão ora para um lado ora para o

outro, conferindo-lhes a sua qualidade de fiabilidade.

Figura 01: Aspecto do fruto antes e depois da abertura. Fonte: Sítio Wikipédia

As fibras do algodão são colhidas manualmente ou com a ajuda de

máquinas. Sendo que a forma manual de coleta é feita normalmente nos arbórea e

traz um produto muito mais livre de impurezas. De uma forma ou de outra, as fibras

sempre contêm pequenas sementes negras e triangulares que precisam ser

extraídas antes do processamento das fibras, através do descaroçador de rolos. As

fibras são, de fato, pêlos originados da superfície das próprias sementes. Estas

sementes ainda são aproveitadas na obtenção de um óleo comestível.

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Figura 02: Algodão Pronto para Colheita Fonte: Sítio Wikipédia

De acordo com o AGUIAR NETO (1996, p. 95) “a resistência das fibras de

algodão é baixa, embora superior à das demais fibras naturais celulósicas”.

As principais vantagens comparativas do algodão em relação às fibras

artificiais e sintéticas decorrem principalmente do conforto dos itens confeccionados,

tornando-o assim a fibra têxtil mais consumida no mundo, favoráveis aos países de

clima quente, e também dos aspectos ecológicos, pois são biodegradáveis.

No entanto, é uma planta de cultura delicada e muito sujeita a pragas, sendo

grande consumidora de desfolhantes, herbicidas e fungicidas.

1.1.1.2 - Paina

É uma árvore com até 20 metros de altura, tronco cinzento-esverdeado com

estrias fotossintéticas e fortes acúleos rombudos, muito afiados nos ramos mais

jovens.

O tronco das paineiras tem boa capacidade de sintetizar clorofila (fazer

fotossíntese), e tem coloração esverdeada até quando tem um bom porte; isto

auxilia o crescimento mesmo quando a arvore está despida de folhas; é comum,

também, paineiras apresentarem uma espécie de alargamento na base do caule, daí

o apelido "barriguda".

A paina é uma fibra fina e sedosa, mas pouco resistente, não sendo muito

aproveitada na confecção de tecidos, mas mais como preenchimento de

travesseiros e brinquedos de pelúcia. Uma grande paineira pode deixar um tapete

branco de paina caída aos seus pés no final da época de frutificação.

1.1.2 – Caule

As fibras do caule é uma fibra vegetal fiável, conhecida desde tempos

remotos, contida no caule de diversas plantas. As mais importantes incluem o linho,

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o cânhamo, a juta e o rami. Tem como características elevada resiliência, resistência

e flexibilidade.

1.1.2.1 Linho

AGUIAR NETO (1996, 101), relata que “o linho é obtido do caule de uma

planta anual – linun usitatíssimun – que se desenvolvem em muitas regiões

temperadas e subtropicais da terra.”.

O linho é considerado por muitos a fibra mais antiga usada no mundo

ocidental, no qual a achados pré-históricos que datam de 10.000 a.C. da Suíça, e

costumava ser chamado de tecido dos reis. Na antiga fenícia era usado para fazer

velas e no século XV era muito utilizado em telas de pintura.

Os egípcios eram os que mais usavam o linho, pois acondicionavam as suas

múmias em longos comprimentos do mesmo a cerca de 4.000 a 3.000 a.C., de

acordo com Chataignier (2006, p. 32),

Os egípcios eram proibidos de serem enterrados com vestes fibras

de animais e a mumificação era feita para o povo com camadas de panos

velhos e outras de novos e por último o linho. Já os faraós, reis, sumos

sacerdotes e altas autoridades eram totalmente embalsamados com o linho

(...).

Inclusive em algumas civilizações antigas ele possuía valor monetário e era

moeda de troca muito utilizada.

As variedades de linho alcançam entre 90 a 120 cm de altura, contudo

somente a parte não ramificada possui valor comercial para uso da fibra têxtil.

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Figura 03: Planta do Linho Fonte: Universidade Federal de Santa Maria

O linho é uma planta que tem suas fibras e semente bastante aproveitada.

Suas fibras podem ser fiadas e torcidas e resultam em finos tecidos delicados,

rendas e até coras grosseiras. Já a semente contém a linhaça, com diversas

utilidades, que vai de fabricação de tinta, óleo à ração para gado.

Os tipos de linho existente são a Fibra, no qual se extrai a fibra têxtil,

semente, óleo de linhaça e o cruzamento, fibra e óleo.

Figura 04: Flor e Caule do Linho Fonte: Universidade Federal de Santa Maria

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Figura 05: Planta do Linho Colhida Fonte: Universidade Federal de Santa Maria

O solo ideal deve ser de média fertilidade, pois solos férteis demais podem

acarretar a obtenção de caules grossos, e verdes. Já demasiadamente pobre

também é inadequado, pois a planta será dura, quebradiça e de pouca altura.

A colheita poderá ser feita de modo manual ou mecânico, sendo que após a

colheita as palhas são estendidas no solo para haver a secagem.

A planta de linho apresenta uma haste dupla, que se ramifica variadamente.

Quando aparecem as flores e as sementes estão começando a amadurecer, a

colheita é iniciada, por processos manuais ou mecânicos. Após a colheita, as palhas

do linho são estendidas no solo para haver a secagem para se fazer a maceração.

Na maceração é o processo preliminar no qual os caules secos de linho para

extração das fibras. Logo após, é o processo de espadelagem, no qual consiste em

separar os feixes fibrosos das partes lenhosas quebradas e da casca. Após a

espadelagem as fibras são penteadas, geralmente à mão em uma série de dentes

metálicos, que eliminam os restos das cascas e de fragmentos lenhosos.

A fibra é retirada da filaça entre a casca e o lenho do caule de linho, no qual

seu comprimento é em torno de 25 mm cada

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Figura 06: Estágios de Processamento das fibras de linho Fonte: AGUIAR NETO (1996, p. 112).

O linho é uma fibra bastante forte. Os tecidos de linho são duráveis e fáceis

de serem submetidos a certos trabalhos de manutenção, tais como a lavagem.

Quando molhados, a resistência dos mesmos pode ser 20% superior ao mesmo

tecido em estado normal. As fibras de linho têm aparência lustrosa. Este elevado

brilho natural é proporcionado pela remoção de ceras e outros materiais. As fibras

de linho não encolhem nem alongam, bem como os tecidos derivados dele também

estão sujeitos a estas características, conforme relata o site CasaPinto.

Tecido de linho é caracterizado como um tecido de alto luxo. Simboliza

conforto e elegância. É antibacteriano, antifungicida e não causa irritações ou

alergias. Oferece proteção contra a radiação UV e é altamente resistente.

Absorve umidade 20 vezes maior do que o seu próprio peso e nunca dá a

sensação de estar molhado.

Depois de cada lavagem de roupa, o tecido fica mais forte e com melhor

aparência. Possuem baixa elasticidade e não deforma com facilidade. O tecido de

linho é 100% biodegradável e não deixam resíduos.

1.1.2.2 Juta

A juta possui dois tipos de plantas no qual são cultivadas para obtenção de

fibras, a Corchorus capsularis e Corchorus olitorius, apesar de haver mais de 40

espécies conhecidas. Sendo que a capsularis contém uma substância medular

macia e olitorius o centro do caule é oco.

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Esta erva lenhosa alcança uma altura de 1,5 a 3 metros e o seu talo tem

uma grossura de aproximadamente 3,8 cm, crescendo em climas úmidos e tropicais.

A época de semear varia, segundo a natureza e o clima.

Na extração da juta também é processo de maceração, no qual os feixes

são colocados em tanques, canais, açudes, rios, etc. para retirada da casca da

medula central do caule.

A juta é muito utilizada para confecção de artigos baratos a exemplo de

sacarias e cordas.

Figura 07: Saco feito de juta Fonte: Imagens Google.

Ela tem pouca resistência, não se alonga muito, no qual no alongamento sua

ruptura ocorrerá a cerca de 1,7%, bem como tem pouca elasticidade, por causa de

suas substâncias serem gomosas.

No caso da umidade, provoca deterioramento rápido, contudo se for mantida

seca poderá ter durabilidade indefinida.

Por causa de seu baixo custo e razoavelmente forte, a torna viável para telas

de aniagem e tecidos para sacos utilizados para transporte agrícola.

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1.1.2.3 Cânhamo

O cânhamo é uma planta rústica, ele suporta grandes variações de

temperatura, sendo sensível a ação de baixas temperaturas e chega a alcançar 3

metros de altura.

Uma espécie do cânhamo e chamada de cânhamo da índia que se extrai o

narcótico haxixe.

Sua colheita é similar ao linho e depois e colocada no chão, paralelos uns

aos outros, para ocorrer a operação de secagem ao sol.

Figura 08: Planta da juta Fonte: Imagens Google

As fibras podem ter cerca de 2 metros de comprimento, sendo bem lenhosa,

e é utilizada em quase todas as formas de aplicações têxteis a exemplo de tecidos

finos, cortinas, cordas, redes de pescas, lonas, etc.

1.1.2.4 Rami

Entre 5.000 e 3.000 anos a.C. as múmias do Egito eram envolvidas em

tecidos que foram identificados como sendo de rami. Nos séculos XVIII e XIX, A

cultura do rami estabeleceu em muitas áreas do mundo ocidental.

De acordo com AGUIAR NETO (1996, p. 127), “no Brasil, antes da

implantação definitiva da cultura no norte do Paraná, foram feitas tentativas de

introdução do cultivo do rami no país”.

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O rami tem como característica de produção permanente, sem renovação,

por cerca de 20 anos. Ele pode atingir 2 a 3 metros de altura.

Figura 09: Planta do rami Fonte: Imagens Google

O rami necessita de solos ricos em elementos orgânicos e minerais, que são

facilmente absorvidos pelas plantas. Ele prefere solos sílicos-argilosos, leves soltos

e com bastante matéria humífera, contudo, o excesso de umidade enfraquece a

planta.

Seus fios e tecidos se destacam por sua grande aplicação em vestuários e

para artigos de decoração. A estrutura do rami é clara e brilhante, seus fios fortes

quanto ao linho. Sua fibra é bastante durável, mas tende a perder elasticidade.

1.1.3 – Folhas

1.1.3.1 Sisal

O Sisal é da família das amarilidáceas, porém poucas espécies são

cultivadas comercialmente para produção de fibras, no qual se tem como a mais

importante a Agave Sisalana.

Ela é uma planta de clima tropical, sendo a colheita de suas folhas uma

operação manual, por isso requer muitas pessoas na mão-de-obra.

No corte faz-se a eliminação dos espinhos. O sisal é usado em solados de

alpagartas, industrias de colchões de molas, sacolas, sandálias, cestos, etc.

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Figura 10: Planta do sisal Fonte: Imagens Google

1.1.4 – Frutos

A fibra de coco, também chamada Coir, é a única fibra de fruta que é usada

em quantidade digna de ser mencionada. O consumo da água de coco verde no

Brasil é crescente e significativo. A grande demanda é suprida, principalmente, pela

extração da água do fruto in natura e o aproveitamento da casca pela indústria têxtil.

1.1.4.1 Coco

O aproveitamento da fibra da casca do coco verde é viável por serem suas

fibras quase inertes e terem alta porosidade e para se obtê-la na realidade, o fruto

verde sem a água.

Bem como, a fibra do coco maduro já vem sendo utilizada na agricultura e

na indústria a exemplo da fibra de coco como promissor substituto do xaxim, material

utilizado por muitos produtores e colecionadores de orquídeas.

O tronco atinge um diâmetro médio de 30 a 70 cm e uma altura de até 30

metros. O coqueiro cresce relativamente depressa e atinge uma idade de quase cem

anos.

Na extração da fibra, uma meada de fio de coco contém de 50 a 100 m de

fio. Um fardo de fio de coco pesa aproximadamente 150 quilos. As fibras são depois

batidas e trituradas para poderem ser separadas. Segue-se a lavagem e secagem.

Já quando as fibras são submetidas a um processamento semelhante à

espadelagem do linho, obtêm-se os seguintes grupos de fibras: fibras longas para a

indústria de escovas, chamada bristles, e fibras curtas usada como material de

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enchimento e para almofadas, cujo nome é matress. As fibras curtas que são

eliminadas durante este processamento têm o nome de combings.

Ela possui propriedades especiais como elasticidade é muito grande, maior

que nas outras fibras vegetais. A capacidade de resistir à umidade e às condições

climáticas é igualmente muito grande, podendo-se dizer o mesmo em relação à água

do mar e a resistência ao desgaste é enorme. (conforme publicado no sítio virtual do

Wikipédia).

Figura 11: Fibra da Casca do Coco. Fonte: Imagens Google

Figura 12: Banco feito com a Fibra. Fonte: Imagens Google

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1.2– Fibras Naturais Animais

Já as fibras animais são responsáveis por 6% da produção mundial, dentre

as quais a lã é a mais importante. Há também as fibras de crina de diversos tipos de

cabra, que fornecem o mohair e a cashmere, e as finíssimas fibras produzidas pelo

bicho-da-seda. Com exceção da seda, as fibras naturais são relativamente curtas

(em média, entre dois e 50 centímetros de comprimento).

1.2.1 – PÊLOS

1.2.1.1 Carneiro

De acordo com AGUIAR NETO (1996, p. 141) “os primeiros fragmentos de

tecidos de lã firam encontrados no Egito, provavelmente em virtude das qualidades

climáticas de preservação, datam de 4.000 a 3.500 anos a.C. Há indicação, no

entanto, de que os tecidos de lã foram os primeiros a serem fabricados na

Mesopotâmia.

As fibras de lã apresentam crimp que é uma ondulação natural, constituindo-

a assim de vantagens para a confecção de fios e tecidos.

Já no quesito brilho as fibras finas e médias é superior as grossas, assim, as

que possuem maior brilho têm aparência semelhante à da seda.

Quanto à tenacidade ela é fraca, restringindo assim os tipos de fios e de

tecidos, porém, sua elasticidade, alongamento e a resiliência, capacidade de

desamarrotar, são excelentes. O alongamento pode variar entre 20 a 40% e quando

úmida, poderá alcançar um alongamento de até 70%. Já na elasticidade, é quase

completa para 2% de alongamento e a 10% a recuperação elástica é superior a

50%, dessa forma, superior a qualquer outro tipo de fibra, com exceção do nylon.

Dessa forma, podemos dizer que a lã é uma fibra que possui uma excelente

flexibilidade, ela pode ser puxada e torcida, amassada ou mesmo amassada,

contudo sempre retornará ao seu formato original, além de macia e confortável. Ela

é própria para locais com climas frios, pois ela proporciona um aquecimento corporal

muito bom. Outro fator importante é o fato de sua combustão ser bem lenta e caso

esteja úmida existe uma considerável não propagação das chamas.

Porém, caso for aquecida com água quente por muito tempo suas fibra ficam

enfraquecidas e em temperatura acima de 130 graus ela se decomporá lentamente

e torna-se amarelada. E em superiores a 300 graus desintegrará.

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São exemplos de tecidos confeccionados a partir da lã o tricô,

Príncipe de Gales e o Gabardine.

Figura 13: Carneiro sem Tosquiar a Lã. Fonte: Imagens Google

1.2.1.2 Cabra

O pêlo pode ser comprido ou curto, macio ou áspero, fino ou grosso,

dependendo do habitat e do controle da criação. A cabra procria em 150 dias.

A criação fornece lã (em algumas variedades, como na cabra caxemira e angorá).

Figura 14: Cabra sem Tosquiar a Lã. Fonte: Imagens Google

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1.2.1.3 Cashmere

A fibra de cashmere é obtida do mesmo nome de uma cabra originária da

região Kashmir do Tibete e da Ásia central, mas hoje a criação se estende à

Austrália e Escócia. As fibras são brancas ou bronzeadas e retiradas através de

penteagem manual.

É uma das matérias-primas mais utilizadas da indústria têxtil por ser muito

leve, quente e de toque sedoso. Esta cabra possui dois tipos de pêlos: um é longo,

grosso e rijo e o outro é curto, fino, macio e crespo e nasce por baixo dos longos

pêlos, principalmente na região do ventre do animal. Este pêlo sim é conhecido com

a lã cashmere e somente estes são utilizados na indústria têxtil. Cada animal

fornece entre 115g e 170g de cashmere e são necessárias em média de 10 e 20

cabras para um único pullover, justificando assim o elevado valor.

Figura 15: Cabra Cashmere sem Tosquiar a Lã. Fonte: Imagens Google

1.2.1.4 Angorá

O sítio virtual CasaPinto, relata que as fibras angorá é advinda de uma

região da Turquia, no qual os animais possuem pelos compridos,

Angorá é uma variedade de gato, coelho e cabra da região de Angorá, na Turquia. Os pêlos destes animais são muito compridos, brilhantes e macios. Utiliza-se também esta palavra para denominar os tecidos feitos com estes fios.

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22

Originário da Turquia possui pêlo fino, sedoso, branco, cinza ou negro,

colhido 4 vezes por ano. O animal fornece entre 70g e 80g por vez. Os coelhos são

penteados desde novinhos para que sua pelagem não se embarace. Os pelos são

arrancados com pouco a pouco com os dedos

1.2.1.5 Mohair

A fibra de mohair é obtida da cabra angorá originário do Tibete, mas

adaptado muito tempo na Ásia menor, especialmente na Turquia. Sua principal

característica é a produção de pêlo fino, brilhante e sedoso. A tosquia é feita 2 vezes

por ano. Os pelos medem entre 10 cm e 15 cm e podem chegar a 30 cm em animais

com mais idade.

Figura 16: Cabra Angorá sem Tosquiar a Lã. Fonte: Imagens Google

Os principais produtores dos tecidos são os Estados Unidos e a África do

Sul. Sendo que os melhores tecidos são produzidos na Grã-Bretanha.

1.2.1.6 Lhama

É também membro da família do Camelo e é encontrada na mesma área

geográfica da Alpaca, produzindo artigos semelhantes, mas apresentam menor

resistência que as fibras da Alpaca e do Camelo e são geralmente empregadas para

a confecção de cobertores e tecidos grosseiros.

Page 24: Catalogo de materiais texteis

23

As fibras são retiradas através de tosquia, sendo apenas uma vez ao ano.

Elas são macias, fortes e de comprimento e diâmetro uniforme.

Figura 17: Lhama sem Tosquiar a Lã. Fonte: Imagens Google

1.2.1.7 Alpaca

É um membro da família do camelo, e nativa da América do Sul, encontrada

no Peru, Bolívia, Equador e Argentina na região da cordilheira dos Andes. As fibras

são retiradas através da tosquia uma vez a cada dois anos. Estas fibras são

excelente isolantes térmicos, e são resistentes e brilhantes e podem produzir tecidos

similares aos de Mohair, podendo as fibras serem de cores branca, marrom ou preta.

Figura 18: Alpaca sem Tosquiar a Lã. Fonte: Imagens Google

Page 25: Catalogo de materiais texteis

24

1.2.3 – Secreções

1.2.3.1 Seda

A seda é o produto que a larva do bicho-da-seda produz de qualquer das

diversas espécies de mariposas, através de uma lagarta. A descoberta do produto

seda da espécie bicho-da-seda Bombyx mori que ocorreu por volta de 2700 A.C.

Apesar da existência de diversos insetos que produzem a larva da seda. E, de

acordo com a tradição chinesa, a invenção da primeira seda em meadas deve-se à

noiva do imperador Huang Ti, uma jovem de 14 anos de nome Hsi Ling Shi.

Cerca de 3.000 anos os chineses guardaram segredo sobre a Seda,

mantendo o monopólio, porém, 300 anos d.C., o Japão descobriu o segredo da

criação de Casulos e a obtenção de filamentosa a partir dos mesmos.

No Brasil, a sericultura foi introduzida no final do século XVIII ou início do

XIX, de acordo com AGUIAR NETO (1996).

O primeiro nível de produção de seda é a manutenção do ovo num ambiente

de controle para que haja abandono da casca por parte da crisálida, como numa

caixa de alumínio, para assegurar de que estão livres de doenças. A fêmea deposita

300 a 400 ovos de cada vez, cada um com a dimensão de uma cabeça de alfinete,

morrendo praticamente após depositá-los e o macho vive apenas durante um curto

período de tempo após esse momento.

Em cerca de 10 dias a larva sai da casca e apresenta-se com a dimensão de

aproximadamente 0,6 cm de comprimento. Após atingir o seu crescimento máximo,

cerca de 4 a 6 semanas depois, pára de comer, altera a cor e liga-se a uma

estrutura compartimentada, onde se renova e encolhe para fazer girar os seus

casulos de seda durante um período de 3 a 8 dias. Ao longo dos próximos 2 a 3 dias

o bicho-da-seda produz uma fina fibra ao elaborar um movimento em 8 durante

cerca de 300 000 vezes, construindo um casulo no qual pretende gastar o seu

estado de crisálida permanecendo num estado de hibernação e de alteração de

pele, em condições normais.

A seda é uma proteína natural contendo aproximadamente 75% de fibra e

35% de uma proteína gomosa que mantém os filamentos juntos, estes filamentos de

seda são bastante longos e finos, apresentando até 1300 metros de comprimento,

Page 26: Catalogo de materiais texteis

25

do orifício secretor. Depois, os casulos são fervidos, os fios bobinados e retorcidos,

antes de serem tingidos e tramados em teares automáticos.

As fibras apresentam boas elasticidades, flexibilidade, apesar de quando

molhada torna-se mais flexível e moderado alongamento. Quando seca o

alongamento varia entre 10 e 25%, úmida entre 33 e 35%. Uns dos problemas mais

sérios observados nos tecidos de seda é a baixa estabilidade dimensional.

As fibras de seda não são afetadas por temperaturas até os 135 graus, mas

degenera e degrada acima de 177 graus. Ela arde e queima em contato direto com a

chama, e retirada da chama extingue-se a queima, deixando resíduo escuro e um

pouco duro, porém, pulverizável.

Os raios ultravioletas do sol tendem a acelerar a decomposição da seda.

Devem-se ter cuidados ao armazená-la, pois lagartas a utilizam como alimento. São

exemplos de tecidos a base de fibras da seda: Gazar, Organza e entre outros.

Figura 19: Lagarta e Casulo do Bicho-da-Seda. Fonte: Imagens Google

1.3 – Fibras Naturais Minerais

1.3.1 Amianto

Amianto (latim) ou asbesto (grego) são nomes genéricos de uma família de

minérios encontrados profusamente na natureza e muito utilizados pelo setor

industrial no último século, possui como principais características físico-químicas,

incorruptível e incombustível.

Page 27: Catalogo de materiais texteis

26

Ele é constituído por feixes de fibras. Estes feixes, por sua vez, são

constituídos por fibras extremamente finas e longas facilmente separáveis umas das

outras com tendência a produzir um pó de partículas muito pequenas que flutuam no

ar e aderem às roupas que podem ser facilmente inaladas ou engolidas podendo

causar graves problemas de saúde, a exemplo de câncer. Trata-se de um material

com grande flexibilidade e resistências tensil, química, térmica e elétrica muito

elevada e que, além disso, pode ser tecido.

Sendo que em 52 países do mundo é proibida a extração do amianto,

porém, no Brasil o há está sendo questionada no STF- Supremo Tribunal Federal

(ADI 4066), pelos magistrados do trabalho (ANAMATRA) e os procuradores do

trabalho (ANPT) que a lei é inconstitucional. Vários municípios e estados brasileiros

já possuem legislação restritiva ao uso do amianto e em 4 deles já há uma proibição

formal de sua exploração, utilização e comercialização, como é o caso de São

Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco.

Figura 20: Fibra de Amianto. Fonte: Imagens Google

1.3.2 Fibra de Vidro

Fibra de vidro é constituída por substâncias minerais, solidificada de mistura

de quartzo, carbono de cálcio e carbonato de sódio, dispostas em feixes, de

espessura extremamente fina, e é obtido mediante a passagem do vidro em fusão

por pequeníssimo orifício, e tem amplo emprego na indústria, ou seja, é um material

composto da aglomeração de finíssimos filamentos de vidro, que não são rígidos,

altamente flexíveis

Page 28: Catalogo de materiais texteis

27

A fibra de vidro permite a produção de peças com grande variedade de

formatos e tamanhos, tais como placas para montagem de circuitos eletrônicos,

cascos e hélices de barcos, fuselagens de aviões, caixas d'água, piscinas, pranchas

de surf, recipientes de armazenamento, peças para inúmeros fins industriais em

inúmeros ramos de atividade, carroçarias de automóveis, na construção civil e em

milhares de outras aplicações.

Figura 21: Fibra de Vidro. Fonte: Sitio Virtual faz fácil (wens corning)

Page 29: Catalogo de materiais texteis

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UNIDADE 2 - CATALOGAÇÃO DE FIBRAS TÊXTEIS QUÍMICAS

A fibra têxtil química é formada de macromoléculas lineares obtidas através

de artifícios ou sínteses químicas, logo é um grupo de fibras não naturais que

englobam as fibras Artificiais e Sintéticas. É também conhecida como fibra

manufaturada, fibra feita pelo homem, e estão divididas em: Fibra Têxtil Artificial

Fibra Têxtil Sintética.

2.2 – Artificiais

O processo de produção das fibras artificiais consiste na transformação

química de matérias-primas naturais. A partir das lâminas de celulose, o raiom

acetato e o raiom viscose seguem rotas distintas. De modo que a viscose passa por

banho de soda cáustica e, em seguida, por subprocessos de moagem, sulfurização

e maturação, para finalmente, ser extrudada e assumir a forma de filamento

contínuo ou fibra cortada. Enquanto o acetato passa inicialmente por banho de ácido

sulfúrico, diluição em acetona, extrusão e, finalmente, por operação de evaporação

da acetona.

2.2.1 Raiom/Acetato

O acetato de celulose é um ester produzido pela reação da celulose,

extraída e purificada da polpa de madeira. Os flocos de acetato de celulose são

derivados da reação química do anidrido acético com a polpa de madeira. A fibra

bruta de acetato de celulose é derivada da transformação física dos flocos de

acetato de celulose, em que o acetato de celulose é dissolvido em acetona e, então,

dilatado em fibra bruta.

Nesse o processo de acetilação da celulose para a obtenção do triacetato,

três moléculas de anidrido acético são usadas e a hidrólise tem a finalidade de

retirar dos grupos acetilos em excesso presentes na pasta de triacetato.

Então é adicionada à pasta de triacetado uma quantidade superior à que

seria necessária para hidrolizar o anidrido acético em excesso. Dessa forma, a

reação de hidrólise se detém no ponto ideal pela adição de uma base para

neutralizar o ácido acético e o acetato é precipitado, sendo submetido a lavagens e

purificações.

Page 30: Catalogo de materiais texteis

29

No processo de fiação e estiragem do acetato, diferente do triacetado, em

que há eliminação de clorofórmio ou de cloreto de metileno, é eliminado acetona.

Quanto à resistência ao calor ele funde-se entre 230 e 232 graus,

decompondo quando fundido em exposição ao ar, pois ocorre a oxidação.

A indústria utiliza a fibra de acetato de celulose principalmente para fabricar

filtros de cigarro, enquanto o acetato de celulose é usado na indústria têxtil no

fabrico de tecidos para vestuário, forros, tapetes, guarda-chuvas e tecidos especiais

(mantas, forros e fios de seda).

Figura 22: Ursinho em Caixa de Acetato. Fonte: Google Imagens

2.2.2 Triacetato

Triacetato é um tecido de acetato melhorado, que não derrete facilmente

como também é mais fácil de ser manipulado.

A matéria-prima usada é a polpa de madeira ou os linters de algodão, sendo

usados, como produtos auxiliares o anidrido acético, o ácido acético, como solvente,

ácido sulfúrico, como catalisador, e o clorofórmio ou cloreto de metileno.

Para separar o triacetato da solução de ácido acético, a matéria-prima

acetilada é diluída em água, sofrendo precipitação. Em seguida, o material é lavado

até a completa eliminação da acidez, seguida a secagem. Após seca é dissolvida

em clorofórmio ou em cloreto de metileno transformando-se em solução de

triacetato.

Então a solução de triacetato é alimentada aos gabinetes de fiação, câmara

quente, e uma bomba assegura o fluxo constante e uniforme de alimentação para as

cabeças de fiação.

Page 31: Catalogo de materiais texteis

30

Dessa forma, pode-se dizer que o processo é uma combinação de fiação e

estiragem e os filamentos são recolhidos por um godet que determina a velocidade

de estiragem e em seguida o enrolamento dos filamentos.

Quando estiver na presença de água provoca perda de resistência, e uma

temperatura de fusão entre 290 e 300 graus, fato que o destaca no grupo das fibras

termoplásticas. Sendo que começa a amolecer aos 230 graus e quando em

combustão apresenta um resíduo negro.

Figura 23: Mascara de Proteção de Triacetato. Fonte: Google Imagens

2.2.3 Raion/Viscose

A descoberta da viscose foi em 1891 e patenteada em 1892, sendo que em

1905 iniciou-se a produção, constituindo-se a primeira fibra artificial. Sendo que a

principal matéria-prima para produção da fibra é a celulose oriunda do línter algodão

ou da polpa da madeira, de modo que se tornam fibras com característica muito

parecida com a do algodão.

A fibra da viscose é uma fibra regenerada obtida através da dissolução das

fibras de material celulósico (algodão) formando-se uma pasta celulósica que por

extrusão (fieiras) e em contato com outra solução volta a precipitar-se regenerando o

material fibroso, produzindo-se assim a fibra artificial de viscose.

A sensibilidade da viscose quando úmida aumenta em cerca de 25% seu

volume e em 20% o seu alongamento. Dessa forma, provocando a diminuição da

elasticidade, e bastando uma pequena força para deformá-la, consequentemente

tendo uma baixa elasticidade.

Já os tecidos confeccionados com viscose tendem a se deformar quando

úmido e possuem progressivo encolhimento com lavagens sucessivas, baixa

resistência à absorção e vai se tornando fosco e sem vida. Dessa forma, pode-se

Page 32: Catalogo de materiais texteis

31

dizer que a viscose é inferior ao algodão com relação ao comportamento a úmido, à

resistência, ao toque, à facilidade de manutenção, durabilidade, entre outros.

A viscose é utilizada em malhas, vestidos, casacos, blusas e trajes

desportivos. Também conhecido como Seda Javanesa (em mistura com o acetato).

As fibras de viscose são mais atacadas do que as fibras de algodão em

presença de ácidos até em soluções. E quando aquecidas atacam as fibras com

maior rapidez.

A viscose não deve ser lavada em máquinas pela perda de resistência

quando molhada, pois a agitação provocada pelo equipamento poderá gerar

arrebentamento. E baixa resistência então não deve ser passado em altas

temperaturas, por causa da perda de resistência.

Figura 24: Blusa feita de Viscose. Fonte: Google Imagens

2.3 SINTÉTICO

As chamadas Fibras Sintéticas não existem na natureza. O homem através

de sínteses químicas as coloca em condições de uso, ou seja, são formadas por

macromoléculas criadas (sintetizadas) pelo homem. Ex: Poliéster, Poliamida,

Polipropileno, Acrílico, Elastano, etc.

2.3.1 Poliéster

A fibra é obtida de processos químicos, derivada do petróleo. O poliéster foi

criado na década de 40 quando Carothers e seus auxiliares obtiveram-no a partir de

Page 33: Catalogo de materiais texteis

32

hidroxi-ácido, como também do glicol e de ácido dicarboxílico. Porém, Carothers o

descartou por causa susceptibilidade a hidrolise e pelo baixo ponto de fusão, que é

entre 65 e 95 graus.

Mas em 1941, em Manchester, John R. Whinfield e James T. Dickson

propuseram que os poliésteres obtidos a partir de sintéticos ácidos aromáticos e

glicóis poderiam ser usados para a produção de fibras com ótimas propriedades.

Essa fibra também é conhecida como "tergal". O poliéster é um tipo de

plástico com diversas aplicações industriais, em especial na produção de tecidos

para fabricação de roupas. A exemplo da utilização em malharia, vestuários, 100%

ou em misturas, pode ser utilizado tanto para camisaria, quanto para parte de baixo.

Sua característica, porém é de pouquíssima absorção de umidade. O poliéster é a

fibra química que tende a apresentar maior crescimento e poder de competição, em

decorrência de seu baixo custo. Ele também é caracterizado por ter uma ótima

resistência, baixo encolhimento, secagem rápida, resistente ao amarrotamento e

abrasão, sendo a mais barata das fibras, sejam elas químicas ou naturais.

Figura 25: Barraca feita de Poliéster. Fonte: Google Imagens

2.3.2 Poliamida

Existem vários tipos de polímero de poliamidas, porém as mais utilizadas no

campo têxtil é o Nylon 6 e 6,6 – representando o número de átomos de carbono e

diácido – respectivamente. A poliamida sintética é chamada de nylon (ou náilon) –

que é a marca, primeira fibra têxtil sintética produzida que depois passou para a

manufatura de todo o material plástico. A primeira poliamida foi sintetizada na

Page 34: Catalogo de materiais texteis

33

DuPont, por um químico chamado Wallace Hume Carothers, que começou a

trabalhar na companhia em 1928.

A poliamida 6 é obtida pela polimerização da caprolactama, que é o produto

da condensação interna do ácido e aminocapróico, em presença de água – como

catalisador – e adição de estabilizadores. Já a 6,6 é obtida pela reação entre uma

diamina de 6 carbono e um diácido de 6 carbonos. E tem estrutura mais cristalina

permitindo melhores características de elasticidade e volume nos fios em relação à

poliamida 6.

O material foi descoberto por Carothers eram voltados para pesquisas

fundamentais de polímeros em geral, sem interesse comercial. Contudo, a

descoberta de produtos sintetizados foi surpreendente e importante, levando a um

maciço apoio financeiro para as pesquisas.

A fibra de poliamida 6 quanto à resistência ao calor funde-se 215 graus,

sendo sensível à oxidação o ar a partir dos 130 graus. Já quanto à radiação

ultravioleta do sol, suas propriedades são afetadas quando exposta por período

superior a 200 horas.

Já a fibra 6,6 funde a cerca de 256 graus, sendo sensível à oxidação ao ar a

partir dos 100 graus. Sendo que até os 200 graus suporta breves exposições sem

muito prejuízo. Porém, quanto maior a temperatura mais rapidamente irá amarelar,

com perda de resistência, até se tornar marrom e acima de 200 graus carboniza.

Ainda quanto às características da poliamida, está a ótima resistência ao

desgaste, impacto e ao tracionamento, além da boa rigidez e poderá ser utilizada em

qualquer forma vestimentas. A moldagem mais freqüente do nylon é em fios.

Utilizando essa forma, fabricam-se o velcro e os tecidos usados na confecção de

roupas e acessórios. Cordas, colares de bijuteria e linhas de pesca também são

normalmente feitos da fibra de poliamida, por sua resistência. Moldado sob outras

formas, também possibilita o feitio de objetos como parafusos, engrenagens e

pulseiras para relógio, mangueiras, corda, etc. Outros exemplos de aplicação do

material são carpetes, airbags, patins, calçados para esportes, uniformes de esquí,

cordas p/alpinismo, barracas. Pode ser ainda utilizado para realização de suturas em

ferimentos, uma vez que é um material inerte ao organismo e não apresenta reação

inflamatória como outros fios de sutura.

Page 35: Catalogo de materiais texteis

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Figura 26: Corda de Nylon. Fonte: Google Imagens

2.3.3 Poliacrílico ou Acrílico

Fibra sintética que embora sendo a menos consumida dentre as fibras

químicas têxteis, o acrílico, por suas características, ocupa espaço próprio no setor

de confeccionados têxteis como o melhor substituto da lã.

A matéria prima é acrilonitrilo (cianeto de vinila) que pode ser obtido a partir

do amoníaco, propilenos e oxigênio.

A solução é extrudada através de furos de fieiras para formar filamentos.

Podem ser obtidas tanto em processo a seco quanto a processo a úmido. Na “fiação

seca” a solução é extrudada verticalmente dentro de uma câmara aquecida e quase

todo o solvente é evaporado e deve ser reaproveitado. Na “fiação úmida” a solução

é extrudada em uma mistura de solvente e água ou em alguns coagulantes não

aquosos.

Possuem resistência à ruptura bem alta comparada com os artigos têxteis,

reduzida absorção de umidade, secam depressa e são resistentes ao calor de

irradiação, pesam pouco, conservam bem o calor, resistem ao amassamento e tem

ótima resistência a luz e às intempéries, não amassa facilmente, pode provocar

alergias. São dignas de menção a alta capacidade para encolher de um lado e a

solidez da forma de fibras encolhidas de outro.

Page 36: Catalogo de materiais texteis

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Figura 27: Utensílio de Acrílico Fonte: Google Imagens

2.3.4 Elastano ou Poliuretano

O poliuretano ou elastano pertence à classificação genérica das fibras

sintéticas (conhecida como spandex nos EUA e Canadá) sendo descrito em termos

químicos como um poliuretano segmentado.

O elastano resulta da combinação de diisocianato com o poliéster. É a lycra

pura, sem adição de poliamida. E esta é uma fibra sintética genérica inventada pela

DuPont. O elastano irá adicionar elasticidade a qualquer tecido. A direção e a

quantidade do alongamento irão depender da porcentagem de elastano e a forma

como foi agregado.

Possui grandes propriedades de alongamento e recuperação dos tecidos,

adicionando novas dimensões de caimento, conforto e contorno das roupas. Pode

ser esticado quatro a sete vezes seu comprimento, retornando instantaneamente ao

seu comprimento original quando sua tensão é relaxada. Resiste ao sol e água

salgada, e retém sua característica flexível no uso e ao passar do tempo.

No caso de ser inflamado, ele forma gotas durante a fusão com uma

coloração amarelo-cinza e resíduos pegajosos, conforme AGUIAR NETO (1996, p.

290 – vol.2).

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Figura 28: Calca de Lycra Fonte: Google Imagens

Page 38: Catalogo de materiais texteis

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UNIDADE 03 – CATALOGAÇÃO DOS FIOS TÊXTEIS.

O fio têxtil é uma fibra fina e delgada de qualquer material têxtil,

especialmente a que se usa para costura, e em vestuário em geral.

A Fiação é o processo final de transformação das fibras descontínuas em

um fio contínuo para utilização na produção de tecidos planos ou de malha, bem

como para outros usos como costura, bordado, tricô, cordoaria, passamanaria, etc.

Com exceção da seda, todas as fibras naturais têm um comprimento limitado

bastante definido. O objetivo da fiação é transformar as fibras individuais em um fio

contínuo, coeso e maleável.

Nas fibras naturais o processo compreende basicamente abertura, limpeza,

estiramento e torção para a fabricação do material dos teares. Com as fibras

sintéticas, foram realizadas numerosas melhorias nos equipamentos de fiação para

atender à diversificação resultante do desenvolvimento de muitos tipos de fibras.

Existem máquinas de fiar que só podem ser usadas com fibras sintéticas.

No processo de fiação das fibras contínuas a fiação dessas fibras ou

filamentos contínuos, sua produção ocorre por extrusão, e pode ser dividida em:

fusão do polímero a exemplo do poliéster ou coagulação do polímero da viscose e

secagem do polímero a exemplo do elastano. As matérias-primas podem ser

artificiais (quando provêm de uma matéria-prima natural modificada, por exemplo

com uso de solvente) ou sintéticas (em geral, derivadas do petróleo). Os filamentos

extrudados podem ser agrupados e sofrer torção e outros processos, como

texturização.

Já nas fibras descontínuas o primeiro passo na fiação ocorre com a abertura

dos fardos. As fibras são transportadas, em geral por via pneumática, passa por

máquinas de limpeza, para separação de objetos estranhos e pó, e chega até a

carda, local onde as fibras são abertas, paralelizadas e unidas em forma de mecha.

Em seguida vão sofrer uma série de estiragens de modo a reduzir a densidade linear

da massa de fibras e homogeneizar a mistura. Como etapa final a massa de fibras

vai ser torcida para ganhar consistência e resistência à tração. Existem dois fluxos

de processo distintos: a fiação por anéis (que pode também ter a variante com

penteadeira) e a fiação por rotor (fiação open-end). A fiação por anel é denominada

convencional enquanto os outros processos são denominados não-convencionais,

por exemplo: fiação por rotor.

Page 39: Catalogo de materiais texteis

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Figura 29: Filatório Anel Fonte: Sítio Wikipédia

Na fiação a anel, cada fuso é alimentado por uma mecha, ou pavio (fita

constituída de fibras com uma ligeira torção, produzida em uma máquina conhecida

como maçaroqueira), que é posicionada na parte superior da estrutura do filatório.

Nesse processo as mechas após saírem da carda seguem para o passador

no qual serão duplicadas através da junção com outras mechas e então estiradas,

saindo também em forma de mecha, esta etapa tem a finalidade de se

homogeneizar a mecha reduzindo a sua variação da massa por unidade de

comprimento.

Após, as mechas seguem para a maçaroqueira (responsável por estirar uma

massa de fibras) reduzindo assim a sua massa por unidade de comprimento e

recebem uma pequena torção, que é a operação que consiste em proporcionar ao

fio um determinado número de voltas em torno do seu próprio eixo, formando o

pavio. Por conseguinte, o pavio alimenta o filatório anel onde ocorre a estiragem e a

torção final originando o fio pronto, que é enrolado em espulas e como etapa final o

fio é repassado da espula para o cone através da conicaleira. O fio produzido por

este método é denominado cardado.

Com a fiação convencional também é possível produzir fio penteado. A

diferença durante o processo é a adição de mais duas máquinas após a carda, que

é uma máquina que realiza o processo de cardagem utilizado pelas indústrias de

fiação e tecelagem no tratamento da fibra a ser utilizada na fabricação dos fios.

Page 40: Catalogo de materiais texteis

39

Assim passando ainda pela reunideira de mechas e a penteadeira, cuja função é a

de retirar fibras curtas o que resulta na produção de fios de melhor qualidade com

menos pilosidade e maior resistência além de permitira produção de fios mais finos.

Na fiação por rotor, também conhecida por fiação "open-end", é talvez o

método não-convencional mais bem sucedido comercialmente, sobretudo na fiação

de fibras de comprimento muito curto. Fiação "open-end" é termo genérico utilizado

para a produção de fios de fibras descontinuas por qualquer método no qual a ponta

da fita ou mecha é aberta ou separada nas suas fibras individuais ou tufos, sendo

seguidamente reconstituída no dispositivo de fiação a fim de formar o fio (ex. rotor

Figura 30: Fuso do filatório a rotor. Fonte: Sítio Wikipédia

Dentre os métodos não convencionais, open–end, rotor, jato de ar e fricção,

o mais utilizado e com grande sucesso comercial inclusive, é o da fiação por rotor.

Este método de fiação tem uma melhor performance para fibras de comprimento

curto rotor que, diferentemente do processo a anel, produz cerca de 300 bobinas

simultâneas em um dos lados da máquina a velocidades muito superiores.

Existem ainda muitos outros métodos de fiação não convencional, em que

são produzidos fios com características distintas, melhor adaptadas aos diferentes

tipos de artigos, a exemplo:

Monofilamentos: o fio consiste em um único filamento de espessura capilar,

geralmente de poliamida, utilizado para produzir telas finas para filtros e quadros de

estamparias. Utiliza-se também como fio de costura invisível. Linhas de pesca

também são monofilamentos.

Multifilamentos: todos os materiais têxteis artificiais e sintéticos são

extrudados em fieiras de múltiplos orifícios produzindo um feixe de filamento. Seus

aspectos são lisos e brilhantes e podem ser utilizados, dessa maneira, para a

fabricação de tecidos.

Page 41: Catalogo de materiais texteis

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Fio Fiado: Obtido a partir de fibras descontínuas que são paralelizadas e

torcidas no processo de fiação.

Fio Liso: Obtido a partir do processo de estiragem, tem como principal

característica o baixo volume.

Fios Torcidos: São fios obtidos pela torção de um ou mais cabos. Os fios de

fibras descontínuas, ou de filamentos lisos ou texturizados podem ser torcidos com a

finalidade de aumentar sua resistência.

Fios Texturizados: obtido através de fios lisos submetidos a processos

mecânicos/ térmicos que visam proporcionar ao fio maior volume, confere ao fio uma

“frisagem”.

Fio Texturizado a Ar: obtido por processo de texturização a ar que emaranha

os filamentos dando aspectos de fio fiado.

Fio Molinê: quando se retorce dois fios de mesma natureza ou de naturezas

diferentes e em cores distintas temos o efeito molinê.

Fio Entrelaçado: são fios lisos ou texturizados que durante seu processo de

fabricação recebem uma injeção de ar comprimido que embaraça os filamentos de

pontos em pontos. O fio tinto: é colorido antes de entrar na tecelagem.

Fios Fantasia: Os efeitos que podem se obter com os fios fiados são

inúmeros, alguns deles com denominações especiais e outros não e todos ele

agrupados como fios fantasia.

Page 42: Catalogo de materiais texteis

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LINHA PINGOÜIM BELA VERÃO

CÓDIGO: 823537

COR: 2235

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: PARAMOUNT TÊXTIL

COMPOSIÇÃO: 100%ALGODÃO

TITULAÇÃO: 2 ½ OZ

PREÇO: 8,9

Este fio de algodão para tricotar suas peças básicas de verão. Ou se preferir

suas peças de decoração como tapetes, etc.

LINHA ANCHOR PERLÉ 8

CÓDIGO: 003334

COR: 1218

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COOAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100%ALGODÃO

TITULAÇÃO:

PREÇO: 2,80

Anchor Perlé 8 é uma linha de bordar bem torcida a 2 cabos, brilhante e

sedosa. Ela possui um torcimento suave e um brilho excepcional, sendo apropriada

para o ponto cruz, vagonite, bordado livre e hardanger.

Page 43: Catalogo de materiais texteis

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LINHA MERCER-CROCHET

CÓDIGO: 778

COR: 761

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COOAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100%ALGODÃO

TITULAÇÃO: NÃO TEM

PREÇO: 2,70

Essa linha possui um torcimento diferenciado que permite a confecção de

peças em crochê extremamente delicada, com aparência rendada, fornecendo

brilho, uniformidade, suavidade e resistência superiores. Além disso, é indicada para

outras técnicas de artesanato como renascença.

LINHA PARA BORDAR LUNINA SETTA

CÓDIGO: 120

COR: 5215

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: LINHA SETTA LTDA

COMPOSIÇÃO: 100%POLIÉSTER

TITULAÇÃO: TEX 28

PREÇO: 11,90

As Linhas Lumina são produzidas com alta tecnologia em equipamentos de

última geração. São elaboradas com 100% Poliéster trilobal, o que proporciona

maior reflexão à luz e um alto brilho. Modernos processos de enrolamento e

lubrificação garantem um baixo índice de quebras de linha, diminuindo o tempo de

máquina parada, e consequentemente, aumentando a produtividade. As linhas

Lumina não alteram sua aparência mesmo quando submetidas a severas e

constantes lavagens, podendo ser utilizadas nos mais variados tipos de bordado,

desde tecidos mais espessos até tecidos mais leves, proporcionam sempre um

bordado perfeito e regular.

Page 44: Catalogo de materiais texteis

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LINHA PRINCESINHA

CÓDIGO: 071

COR: 3015

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: INCONFIO LTDA

COMPOSIÇÃO: 100% POLIPROPILENO

TITULAÇÃO: DTEX 1910

PREÇO: 3,61

Linha excepcional para trabalhos de crochê.

LINHA SUSI

CÓDIGO: 254114

COR: 9059

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: CIRCULO

COMPOSIÇÃO: 100%VISCOSE

TITULAÇÃO: 8,85/3

PREÇO: 7,50

Linha especial para Tricô, Crochê e Bordado. Indicado para ser misturado

com outro fio, principalmente no tricô.

LINHA ANCHOR MEADO TORÇAL

CÓDIGO: 726169

COR: 50229

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100%VISCOSE

TITULAÇÃO: TÊX 270

PREÇO: 2,95

É uma linha de bordar extremamente bem torcida, brilhante e sedosa.

Page 45: Catalogo de materiais texteis

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LINHA MEADA ANCHOR

CÓDIGO: 780431

COR: 85

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COAST CADENA S/A

COMPOSIÇÃO: 100% ALGODÃO

TITULAÇÃO: TÊX 220

PREÇO: 1,40

Esta linha é feitas com o melhor algodão do mundo, importado do Egito. A

linha é super brilhante e muito macia, própria para o vagonite, ponto reto, ponto

cheio, bordado livre e especialmente para o ponto Cruz.

LÃ PARA TAPETE

CÓDIGO: 941335

COR: 40672

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: PARAMOUT TEXTEIS

COMPOSIÇÃO: 100% LÃ

TITULAÇÃO: TÊX 1000

PREÇO: 7,50

LÃ JACKARD

CÓDIGO: 929267

COR: 5045

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: PARAMONT TÊXTEIS

COMPOSIÇÃO: 70% ACRÍLICO 30%POLIAMIDA

TITULAÇÃO: TÊX 400

PREÇO: 15,90

Esta lã é muito gostosa de tecer. Estou fazendo uma gola, que para mim,

está ficando muito bonita e macia.

Page 46: Catalogo de materiais texteis

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LÃ CISNE FAST KIDS

CÓDIGO: 2331

COR: 5

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 82% POLIESTER

12% POLIAMIDA 6% ACRÍLICO

TITULAÇÃO: TÊX 1250

PREÇO: 15,50

A lã Cisne Fast Kids é Fino, Suave e Junto com o Cabo Aveludado, tem um

cabo solto com micros pompons multicolorido. As cores estão direcionadas para

bebês e crianças e é perfeito para xales, casaquinhos, toucas, sapatinhos. Tudo

para o enxoval do bebê, também Pode ser utilizado para adultos..

LÃ CISNE SWEET

CÓDIGO: 7201

COR: 505

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100% POLIÉSTER

TITULAÇÃO: NÃO TEM

PREÇO: 13,80

Na moda dos pompons, o efeito do nosso fio é diferente dos disponíveis

atualmente no mercado e depois de tricotado é muito mais suave,

Page 47: Catalogo de materiais texteis

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LÃ CISNE PASSION

CÓDIGO: 7495

COR: 50

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100% POLIÉSTER

TITULAÇÃO: TEX 484

PREÇO: 17,80

É um fio macio, elegante e sofisticado, sem estação que permite ser utilizado

todo ano. Fácil para tricotar, ele é ideal para cachecóis, golas, acessórios de moda,

golas de casacos, bolsas, gorros etc.

LÃ ASLAN TRENDS FANTASY LUXURY YARNS

CÓDIGO: 147 RAION BOW

COR: 264

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: HILADOS LHO

COMPOSIÇÃO: 95% ACRÍLICO 05% POLIÉSTER

TITULAÇÃO: TEX 1430

PREÇO: 15,98

É o fio luxuoso de construção inusitada: um buclê de borbotos irregulares.

Sua composição nobre mistura lã, acrílico e poliamida, criando efeitos de textura e

tingimento que formam desenhos no trabalho confeccionado, tanto pela variação de

espessura quanto pela diferença de tingimento entre as diversas fibras. Perfeito para

criação de acessórios e blusões.

Page 48: Catalogo de materiais texteis

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LÃ CISNE ENLACE LÃ

CÓDIGO: 4808

COR: 37

FORNECEDOR: CASA DAS LINHAS

FABRICANTE: COAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 42% LÃ 32% POLIAMIDA

20% ACRÍLICO 06% ALGODÃO

TITULAÇÃO: TEX 980

PREÇO: 21,98

O nome faz jus ao produto já que a construção dele mostra um fio delicado

de algodão que enlaça e dá firmeza a um outro fio que é uma combinação de fibras

de poliamida, lã e acrílico.

LÃ CISNE JACKARD

CÓDIGO: 7506

COR: 659

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100% ACRÍLICO

TITULAÇÃO: TEX 960

PREÇO: 15,90

O toque excepcionalmente macio é um dos destaques deste produto. Outro

destaque é o efeito jacquard que resulta do tricô confeccionado com este fio que

pode ser visto nas fotos das cores que estão na cartela.

Page 49: Catalogo de materiais texteis

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LINHA PINGOUIN BRISA

CÓDIGO: 973295

COR: 201

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: PARAMOUNT TEXTEIS

COMPOSIÇÃO: 100% ACRÍLICO

TITULAÇÃO: TEX 200

PREÇO: 7,70

LINHA CHENILLE FAT

CÓDIGO: 01

COR: ROSE

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: FIAL IND. E COM. FIOS TEXTEIS

COMPOSIÇÃO: 100% PROPILENO

TITULAÇÃO: DETEX 3050

PREÇO: 9,80

LINHA CROCHE CAMILA

CÓDIGO: 225776

COR: 42

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COASTS CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100% ALGODÃO

TITULAÇÃO: NÃO TEM

PREÇO: 7,50

Linha de algodão mercerizado Sua espessura é ideal para a confecção de

peças pequenas de decoração

Page 50: Catalogo de materiais texteis

49

LÃ PINGOUIN FAMILIA

CÓDIGO: 984185100

COR: PRETO

FORNECEDOR: CASA DAS LINHAS

FABRICANTE: PARAMOUNT TEXTEIS

COMPOSIÇÃO: 74% ACRÍLICO 26% POLIAMIDA

TITULAÇÃO: TEX 769

PREÇO: 9,60

LÃ PINGUIM FAMILIA

CÓDIGO: NÃO TEM

COR: 427

FORNECEDOR: CASA DAS LINHAS

FABRICANTE: PARAMOUNT TEXTEIS

COMPOSIÇÃO: 100% ACRÍLIC

TITULAÇÃO: 40g 1 2/5 OZ

PREÇO: 2,50

LÃ PINGUIM FAMILIA

CÓDIGO: 929267

COR: 5045

FORNECEDOR: CASA DAS LINHAS

FABRICANTE: PARAMOUT TEXTEIS

COMPOSIÇÃO: 70% ACRÍLICO 30% POLIAMIDA

TITULAÇÃO: TEX 400

PREÇO: 2,50

Page 51: Catalogo de materiais texteis

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LÃ CISNE GENIALE

CÓDIGO: 10168

COR: 310

FORNECEDOR: CASA DAS LINHAS

FABRICANTE: COASTS CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100% ACRÍLICO

TITULAÇÃO: NÃO TEM

PREÇO: 15,10

Este fio é muito especial já que podemos facilmente produzir lindos

cachecóis bem como outras peças, misturando com qualquer outro produto Cisne.

LINHA BARBANTE ARTESANAL

CÓDIGO: 100g

COR: CRÚ

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: BARBANTEXTEIS

COMPOSIÇÃO: 100% ALGODÃO

TITULAÇÃO: 4/6

PREÇO: 2,20

Os produtos BARBANFIO priorizam inteiramente a qualidade e o rendimento

nos barbantes. Oferece uma linha de barbantes cru ,colorido, mesclado e especial.

Atualizando-se sempre nas cores da moda, e as tendências de mercado.

LINHA PESPONTO KRON 36

Page 52: Catalogo de materiais texteis

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CÓDIGO:

COR:

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: POLYCRON TEXTEIS IND. LTDA

COMPOSIÇÃO: 100% POLIÉSTER

TITULAÇÃO: TEX 49

PREÇO: 5,50

LINHA 36, MUITO BOA PARA JEANS PRODUTO DE ALTA QUALIDADE E

RESISTENCIA VARIAS CORES.

LINHA PERSPONTO KRON 50

CÓDIGO: 50/3000

COR: 89

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: POLYCRON TEXTEIS IND. LTDA

COMPOSIÇÃO: 100% POLIÉSTER

TITULAÇÃO: TEX 37

PREÇO: 5,50

Linha para coser 100% poliéster fiado. linha pesponto para costura de

tecidos médio e pesados, como: Sarja , bermudas , jeans ,camisaria pesada,

colchões etc.- Linha para travete de jeans e interlock de bolsos.Costura de

emendas de tecidos para acabamentos.

LINHA PERSPONTO KRON 80

CÓDIGO: 50/3060

COR: 277

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: POLYCRON TEXTEIS IND. LTDA

COMPOSIÇÃO: 100% POLIÉSTER

TITULAÇÃO: TEX 37

PREÇO: 5,50

LINHA ANCHAOR RAION

Page 53: Catalogo de materiais texteis

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CÓDIGO:

COR:

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COASTS CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100% VISCOSE

TITULAÇÃO: TEX 270

PREÇO: 2,70

LINHA ANCHOR

CÓDIGO: 780431

COR: 85

FORNECEDOR: FÁTIMA AVIAMENTOS

FABRICANTE: COAST CORRENTE

COMPOSIÇÃO: 100% ALGODÃO

TITULAÇÃO: TÊX 220

PREÇO: 1,40

Page 54: Catalogo de materiais texteis

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa relacionada ao catálogo das fibras e fios têxteis foi muito

proveitosa, tendo em vista que aprimoramos e aprofundamos os conhecimentos em

questão sobre as fibras, fios e materiais da disciplina de tecnologia têxtil.

Principalmente pelo fato de conhecermos as diferenças existentes entre as

fibras naturais e químicas, sua evolução, a mistura entre elas, proporcionando

produtos melhores e consequentemente melhor qualidade. Bem como quanto aos

fios, ou seja, a transformação da fibra em fio, proporcionando a qualidade dos

materiais e tecidos que podemos usufruir.

Page 55: Catalogo de materiais texteis

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIVROS AGUIAR NETO, Pedro Pita. Fibras Têxteis. Rio de Janeiro: SENAI-DN: SENAI-CETIQT: CNPq: IBICT: PADCT: TIB, 1996. Vol.1. AGUIAR NETO, Pedro Pita. Fibras Têxteis. Rio de Janeiro: SENAI-DN: SENAI-CETIQT: CNPq: IBICT: PADCT: TIB, 1996. Vol.2. CHATAIGNIER, Gilda. Fio a Fio: Tecidos, moda e linguagem. São Paulo: Ed. Estação das Letras, 2006. TEXTOS ELETRÔNICOS http://pt.wikipedia.org/wiki/Algodao, acessado em 25/05/2011 às 15h12min. http://www.casapinto.com.br/glossario.asp#Linho, acessado em 25/05/2011 às 16h26min. http://w3.ufsm.br/nppce/disciplinas/linho.pdf, acessado em 25/05/2011 às 16h43min. http://www.flickr.com/photos/artezanal/3615732584/, acessado em 25/05/2011 às 17h08min. http://www.scielo.br/pdf/%0D/hb/v20n4/14486.pdf, acessado em 30/05/2011 às 14h38min. http://api.ning.com/files/qUZ7jW6MfyTqRD1eN8hPtONgOHIzKl5yeOm2g0mW0Nzad*l6NwKfeTLJpWix17W1xm 42Dhed4gp6eKFUqiaie3dsKOnj2O /FibrasTexteis.PDF, acessado em 06/06/2011 às 16h00. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_de_coco, acessado em 30/05/2011 às 17h37min. http://www.centrovegetariano.org/Article-47-A%2BProdu%25E7%25E3o%2Bde%2 Bseda.html, acessado em 08/06/2011 às 17h38min. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fia%C3%A7%C3%A3o, acessado em 15/06/2011 às

16h40.