Catálogo 2016 -...

Catálogo2016

O presente catálogo de títulos e a listagem de valores comerciais abaixo são válidas para o ano de 2016, salvo por esgotamento de estoque ou lançamentos posteriores.

Essas informações também poderão ser acessadas por meio do nosso website: http://www.mobileditorial.com.br.

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2015.

Leandro CollaresSócio-gerente

Título Valor de capa ISBN Peso (g) Página

Ao sair do armário, entrei na velhice... Homossexualidade masculina e o curso da vida R$ 47,00 9788564502307 370 6

Argos R$ 45,00 9788564502093 300 7

Camões e a viagem iniciática R$ 40,00 9788564502130 125 8

Descrição e pesquisa: reflexões em torno dos arquivos pessoais R$ 45,00 9788564502109 290 9

O Direito ambiental: desafios e soluções R$ 65,00 9788564502000 450 10

Entre paredes e ondas R$ 30,00 9788564502161 155 11

Escarpas R$ 35,00 9788564502024 85 12

Impublicáveis R$ 35,00 9788564502062 75 13

Jornal para eremitas R$ 32,00 9788564502185 210 14

José R$ 25,00 9788564502246 85 15

Liberdade até agora: uma antologia de contos R$ 30,00 9788564502031 780 16

Machado de assis e o outro: diálogos possíveis R$ 49,00 9788564502178 250 17

Maria bethania guerreira guerrilha R$ 80,00 9788564502048 515 18

Narrativas em cena: Aderbal Freire-Filho (Brasil) e João Brites (Portugal) R$ 39,00 9788564502284 280 19

Novas dimensões da pesquisa e do ensino da arquivologia no Brasil R$ 55,00 9788564502154 760 20

Observação do verão seguido de Fogo R$ 32,00 9788564502291 85 21

Parador R$ 32,00 9788564502017 85 22

Poemas tirados de notícias de jornal R$ 29,00 9788564502123 80 23

Sir Gawain e o cavaleiro verde R$ 35,00 9788564502055 160 24

Todo mundo é Jhow! R$ 35,00 9788564502116 225 25

Tudo balança porque deus dança R$ 30,00 9788564502079 120 26

Verão dos infiéis R$ 49,00 9788564502086 320 27

Viagens e deslocamentos: Questões de identidade e representação em textos, documentos e coleções R$ 45,00 9788564502147 265 28

[email protected].: (21) 2210-1787Rio de Janeiro - RJ

Como quase tudo na vida, móbiles podem alcançar distintos

níveis de so� sticação. Mas poucos objetos admitem tamanha

variedade de formas e provocam tantos estímulos.

São dinâmicos como cachorros: despertam a atenção de bebês,

crianças, adolescentes e também de adultos. E complexos

como gatos, reservando aos olhos atentos qualquer coisa

de inapreensível. Móbiles são brinquedos, esculturas

ou o seu avesso. Belos e surpreendentes como as palavras.

Móbiles, de tão incríveis, até parecem livros.

Conheçam os títulos da Móbile Editorial.

O tema homossexualidade tem sido amplamente debatido nos últimos meses: seja na novela do horário nobre na emissora de TV líder de audiência no país, seja no questionamento acerca da postura dos candidatos eleitorais diante do assunto. Assim, audaciosamente, o sociólogo Murilo Peixoto da Mota aborda a questão, muitas vezes incipiente e invisível, daqueles chama-dos gays velhos no livro Ao sair do armário, entrei na velhice... – Homossexualidade masculina e o curso da vida.

Murilo discorre sobre o homem que se assumiu gay após os sessenta anos de idade. Ao longo do texto, expõe as histó-rias de narradores reais, uma geração muitas vezes reprimi-da tanto no meio familiar quanto pela sociedade, e analisa a questão deles quando, ao cair a � cha, se dão conta de que “o tempo passou” – e já não eram tão jovens assim –, sua socia-lização e a relação transgressora entre a homossexualidade masculina e o envelhecimento na sociedade contemporânea.

A professora Andrea de Moraes Alves, pós-doutora pelo Instituto de Medicina Social da UERJ, descreve claramente o conteúdo da obra:

“Esses homens que envelhecem relembram suas vidas, contam as histórias de suas vidas para alguém (outro homem) aberto a ouvi-las. Neste contexto de interação, chama atenção o espaço periférico destinado à � gura feminina. Esse foi um aspecto que me despertou curiosidade ao ler pela primeira vez o trabalho de Murilo Mota. Onde foram parar as mu-lheres nas vidas desses homens? Espero que o leitor também possa descobrir outras novidades neste trabalho e que possa compartilhar surpresas e emoções ao ler as histórias do Fran-cisco, do Manoel, do Márcio, do José...”

É assim que o autor abre a cortina que encobre o assunto para a sociedade: mostra de forma franca, profunda e con-tundente, com se deu o envelhecimento e as relações socios-sexuais dessas pessoas.

FICHA TÉCNICA

Título: Ao sair do armário, entrei na velhice... Homossexualidade masculina e o curso da vida

Autor: Murilo Peixoto da Mota

Gênero: EnsaísmoTema: Ciências Sociais,

Ciências da Saúde, Comportamento

Editora: Móbile Editorial

Dimensão: 16x23cmNúmero de páginas: 232

Edição: 1ª (2014)ISBN: 978-85-64502-30-7

Valor: R$ 47,00

[email protected].: (21) 2210-1787 Rio de Janeiro/RJ

Ao sair do armário, entrei na velhice...Homossexualidade masculina e o curso da vida

Novo livro da Móbile Editorial aborda o controverso tema dos homens que assumiram

a homossexualidade após os sessenta anos.

A publicação, produzida pela Móbile Editorial, contou com o apoio da Faperj para o fomento da edição e seu lançamento será dia 28 de outubro de 2014, às 19h, na Blooks Livraria – na Praia de Botafogo, 316, em Botafogo, Rio de Janeiro.

SOBRE O AUTORMurilo Peixoto da Mota é graduado em Ciências Sociais

pelo Instituto de Filoso� a e Ciências Sociais/UFRJ, mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ e doutor em Serviço Social pela Escola de Servi-ço Social da UFRJ. Atualmente atua como sociólogo do Nú-cleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos Suely de Souza Almeida/UFRJ. É ativista no campo do deba-te da diversidade sexual e direitos humanos, como também da prevenção do HIV/AIDS junto a populações empobrecidas.

SOBRE O LIVROArgos Micael é jovem e solitário. Vive como estranho no

ninho, em um colégio interno. Seu único companheiro é um funcionário desse colégio, Preto Varderlei, de quem o bordão parece moldar o movimento psicológico de Argos em direção à conquista de afeto, espaço e reconhecimento, apesar de tantas incertezas: “Tudo vai se ajeitar.”

Argos é inteligente, perspicaz e tem � bra. Sai do colégio com alguns projetos de vida no momento em que se pai busca se aproxi-mar dele. A relação que estabelecem é ambígua e con� ituosa. Exis-tem sempre a descon� ança e a mágoa de quem foi abandonado.

O jovem Argos não se movimenta afetivamente num cam-po de certeza: ao contrário, como todo adolescente, está sempre re� etindo sobre o comportamento de seu pai e dos seus demais familiares. Tudo parece arenoso no campo do afeto.

Existem ainda, para tornar seus dilemas mais complexos, alguns personagens ambiciosos que atravessam seu caminho. Pertencem a uma elite intelectual e � nanceiramente fracassada. Encontram na fragilidade e na força de Argos a possibilidade de tirar proveitos.

Envolve-se então numa trama duvidosa. Mesmo sem conheci-mentos técnicos consistentes de informática, faz pesquisas para en-contrar o meio de seus colegas levarem adiante o projeto de constru-ção de um site de apostas. Recebe um salário. Aluga um apartamento para distanciar-se da turbulência familiar que ao mesmo tempo tor-na Argos mais maduro e mais desiludido. Os seus colegas de traba-lho também auxiliam nesse processo em que o personagem central desta trama ganha, a cada dia, a dimensão dos perigos das relações humanas. Mesmo sua primeira relação amorosa parece marcada por outros interesses. Põe-se também, nesse sentido, num lugar impreci-so e inseguro, embora ao mesmo tempo revele uma determinação de homem maduro, afastando-se em parte do seu estado juvenil.

O romance Argos, de Mauro Sta. Cecília, encontra uma lin-guagem � uente, com diálogos intensos, e grande mobilidade es-

FICHA TÉCNICA

Título: ArgosAutor: Mauro Sta. CecíliaGênero: RomanceEditora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 256

Dimensão: 13,5x21 cmEdição: 1a / 2013ISBN: 978-85-64502-09-3Preço: R$ 45,00

[email protected] Buenos Aires, 93/615 – CentroRio de Janeiro - RJ - 20070-021Tel.: (21) 2210-1787

Argosde Mauro Sta. Cecília

SOBRE O AUTORMauro Sta. Cecília é carioca e nasceu em 1962. É � ccionista

e poeta. Autor de A todo transe (1997), Olho frenético (2005) e Cão de cabelo (2007). Em coautoria, escreveu também uma peça teatral, O Rei dos Escombros, encenada em 2003 e 2004 nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Foi colunista do Jor-nal do Brasil. Letrista, é parceiro de Frejat e do grupo Barão Ver-melho; coautor, entre outras, das músicas “Por você” e “Amor pra recomeçar”. Lançou ainda o disco Vou à vila (2013), onde gravou algumas das suas músicas de maior sucesso.

Argos Micael se desabrocha na cara do leitor, com aquela en-

trega possível porque um personagem não se sabe lido, e porque

é escrito por mãos seguras. Esse percurso nos é entregue em pro-

sa � uida, percorremos uma trança feita de afetos e desafetos, or-

nando as costas de uma trama urbana, mas poderia ser em qual-

quer outro lugar onde haja alteridade e amadurecimento. Argos

Micael coloca para si a tarefa de fazer-se, consciente da própria

plasticidade, da matéria ainda moldável da juventude. Mas o

embate com o mundo é inalienável, “Argos Micael só temia ter

vontade de ser aceito”. É justamente nesse combate interno que

assistimos ao desejo seminal do homem, o de sua emancipação.

Andréa del Fuego

tilística em seu repertório: da prosa de � cção ao diálogo dramático; da linguagem coloquial à poesia. Trata-se de um romance que traça o percurso de descobertas de um personagem que alcança profun-dida psicológica. De certa maneira, o novo romance de Mauro Sta. Cecília é uma viagem iniciática em torno do afeto e do que pode movimentar o desejo.

SOBRE O LIVROCamões e a viagem iniciática é referência indis-

pensável nas bibliogra� as dos cursos de graduação e pós-graduação de literatura portuguesa. Por meio de um estilo singular, marcante pelo seu arrojo e ousadia, Helder Macedo analisa o amor na obra de Luís de Camões. Este professor do King’s College, que há décadas pesquisa a lírica e a epopeia ca-moniana, revela com autoridade o quanto o maior clássico da língua portuguesa estava na vanguarda de seu tempo, antecipando o nosso: “Com efeito, a consequente posição que registrou na sua obra de, ao mesmo tempo, sujeito e objeto de uma delibe-rada experimentação existencial concreta, aponta para uma concepção inteiramente nova da procura do ‘bem’ ou da felicidade na Terra como um pro-pósito legítimo da vida”, a� rma Helder Macedo em uma das belas passagens de seu livro, também notá-vel pela linguagem clara, poética e so� sticada.

A presente edição, revista pelo autor, foi também ampliada, com o acréscimo de um terceiro capítulo, que trata da correspondência de Luís de Camões, con� rmando mais uma vez, mas sob outra perspec-tiva, as questões analisadas em torno da lírica e da epopeia camoniana.

FICHA TÉCNICATítulo: Camões e a viagem iniciática

(Edição revista e aumentada)Autor: Helder MacedoGênero: Crítica

e interpretaçãoEditora: Móbile Editorial

Dimensão: 14x21 cmEdição: 1a/2012ISBN: 978-85-64502-13-0Número de páginas: 96

Preço: R$ 39,00

Camões e a viagem iniciática

SOBRE O AUTORHelder Macedo nasceu em 1935. É crítico da li-

teratura, professor do King’s College, em Londres, poeta e romancista português. Autor, entre outros, de Nós, uma leitura de Cesário Verde (1975); Do sig-ni� cado oculta da Menina e moça (1977); Cesário Verde: o romântico e o feroz (1988) e Trinta leituras (2007), de crítica; Vesperal (1957); Das fronteiras (1962) e Viagem de inverno (1994), de poesia; Par-tes de África (1991); Pedro e Paula (1998); Vícios e virtudes (2000) e Natália (2009), de � cção.

de Helder Macedo


Livro adotado em Cursos de Literatura Portuguesa

da UFRJ

SOBRE O LIVROLucia Maria Velloso de Oliveira revela neste livro

grande senso crítico ao avaliar tentativas de forma-tação do proces so descritivo de arquivos pessoais. A autora se lança inicial mente a uma perspectiva diacrônica, que parte do século XIX e chega aos dias atuais, contemplando também, dessa maneira, as normas descritivas de diversos países. Orga niza não apenas um panorama em torno dessa comple-xa questão, mas também abre caminhos de refl exão sobre o lugar ocupado pelos arquivos pessoais e a função impor tante da pesquisa no engendramento dos trabalhos de um arquivista.

Como muito bem destacou a professora Ana Ma ria Camargo, apresentadora deste livro, Lucia Maria Vello so de Oliveira “responde a algumas perguntas e defende po sições”; “suscita, em con-trapartida, instigantes problemas que seus leitores saberão, certamente, identifi car”. Respos tas, per-guntas e problemas aqui desenvolvidos com gran-de habilidade e rigor, que, certamente, se tornarão referência inquestionável nos estudos dessa área do conhecimento.

SOBRE A AUTORALucia Maria Velloso de Oliveira doutorou-se

em história social pela Universidade de São Paulo.

FICHA TÉCNICATítulo: Descrição e pequisa:

refl exões em torno dos arquivos pessoaisAutora: Lucia Maria Velloso de Oliveira

Gênero: EnsaísmoEditora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 176

Dimensão: 16x23 cmEdição: 1a / 2012

ISBN: 978-85-64502-10-9Preço: R$ 45,00

Descrição e pesquisa:Reflexões em torno dos arquivos pessoais

Preside a Associação dos Arquivistas Brasileiros e chefi a o Serviço de Arquivo Histórico e Institucio-nal da Fundação Casa de Rui Barbosa. É membro do Comitê Gestor da Seção de Arquivos Univer-sitários e de Instituições de Pesquisa do Conselho Internacional de Arquivos.

Livro adotado na bibliografi a

do concurso para

Pós-graduação em

Arquivologia da UNI-RIO


O desempenho efi ciente do Direito Ambiental requer profi ssionais em diálogo com áreas do conhecimento como a Biologia, Ecologia, Estatística, entre outras de não menos importância. Ramos do Direito — civil, eleitoral, penal e tri-butário — também não podem ser esquecidos. É justamente com uma rigorosa consciência dessa necessidade de comple-mentação que a Desembargadora Maria Collares Felipe da Conceição organizou O Direito Ambiental: desafi os e soluções.

Trata-se da reunião de 19 ensaios que buscam analisar problemas e alternativas ligados à preservação do meio am-biente. É discutida então uma variedade notável de temas, como as leis ambientais e seus dispositivos; formas de polui-ção; gestão de fl orestas públicas; a ação do poder público e da sociedade civil na garantia da boa orquestração do ecos-sistema; políticas de energia; a natureza e o equilíbrio psicó-logico; sustentabilidade, entre uma série de outras questões.

Contudo, este livro pretende orientar não só profi ssionais ligados à defesa do meio ambiente: há uma tentativa louvá-vel de que suas páginas colaborem igualmente para a educa-ção ambiental da sociedade num todo. Os estudos aqui de-senvolvidos destacam sobretudo que a educação é a única via por onde as políticas públicas do meio ambiente podem ser efetivadas, garantindo que futuras gerações tenham mais fácil acesso à natureza e, consequentemente, à saúde física e mental.

SOBRE A ORGANIZADORAMaria Collares Felipe da Conceição, mestre em Ciência

Ambiental pela Universidade Federal Fluminense — UFF, é Desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Integra, nesse mesmo tribunal, o Conselho de Vitaliciamento. Professora de Técnica de Sentença e de Direito Ambiental responsável pelo Módulo de Direito Ambiental da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro — EMERJ. Presidente do Fórum Per-manente de Debates sobre o Direito do Ambiente. Dire-tora da Associação de Professores de Direito Ambiental do Brasil. Integra a Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil — OAB-RJ. Ex-diretora do Ins-tituto O Direito por um Planeta Verde. Ex-professora da pós-graduação latu sensu da Universidade Estácio de Sá e da Universidade Cândido Mendes — UCAM. FICHA TÉCNICA

Título: Direito Ambiental: desafi os e soluçõesOrganizadora: Maria Collares Felipe da Conceição

Gênero: EnsaioEditora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 336Acabamento: Brochura

Dimensão: 16x23 cmEdição: 1a / 2011

ISBN: 978-85-64502-00-0Preço: R$ 65,00


“O livro Direito Ambiental: desafi os e soluções nasceu pre-destinado ao sucesso. E que outro resultado espe-rar de uma obra que traz temas palpitantes, atuais e de relevância inquestionável, tratados por autores conceituados e autoridades no assunto?”

Erika Bechara, Coordenadora Jurídico-Administrativa da Associação

dos Professores de Direito Ambiental no Brasil

O DIREITO AMBIENTALOrganização de Maria Felipe Collares da Conceição

SOBRE O LIVROEntre paredes e ondas é o livro de estreia de Ale-

xandre Marinho. Seus contos, no entanto, revelam qualidades só alcançadas por escritores que dominam plenamente tal gênero. Merecem destaque, nesse sen-tido, a beleza das situações “retratadas” e a engenhosi-dade técnica, que foi explorada de forma diversa.

Muitos teóricos da literatura consideram que o conto se aproxima mais da poesia do que da prosa de � cção: há um conjunto de textos deste livro que fo-ram desenvolvidos ao encontro justamente de uma linguagem mais lírica, compacta e espessa, por vezes conquistando imagens oníricas. Não raro o leitor en-contrará também a mistura entre narrativa � ccional e um intenso veio dramático, que pode ser constatado tanto na estrutura dos diálogos quanto no gestual dos personagens.

Alguns dos melhores contos deste livro foram ain-da criados como fábulas, quando ressalta o caráter in-ventivo dos enredos, com elementos fantásticos e su-preendentes.

Sem dúvida alguma, Entre paredes e ondas vai dar a conhecer aos leitores um escritor de notável habilida-de criativa, capaz de engendrar seus contos a partir de distintas motivações.

SOBRE O AUTORAlexandre Marinho nasceu em Miguel Pereira.

Contista e poeta, seu livro Entre paredes e ondas foi con-templado também com a bolsa de criação da Fundação Biblioteca Nacional. Fundador do Teatrama, grupo de teatro criado em 2005, com a � nalidade de desenvolver trabalho de formação, pesquisa, criação e difusão no campo artístico e cultural na região dos Lagos.


Livro contemplado pelo edital

Novos Autores Fluminenses da

Secretaria de Estado de Cultura

Entre paredes e ondasde Alexandre Marinho

FICHA TÉCNICA

Título: Entre paredes e ondasAutor: Alexandre Marinho

Gênero: ContosEditora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 120

Dimensão: 13,8x21 cmEdição: 1a/2012

ISBN: 978-85-64502-16-1Preço: R$ 30,00

PATROCÍNIO

Desde maio de 2011, Gastão Cruz está participando das comemorações em torno dos 50 anos de Poesia 61 – publi-cação coletiva da qual também � zeram parte Casimiro de Brito, Fiama Hasse Paes Brandão, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta. As comemorações compreenderam uma ex-posição em Faro sobre Poesia 61, estenderam-se ao núme-ro mais recente da prestigiosa revista Colóquio/Letras, da Fundação Calouste Gulbenkian, e ainda haverá uma jorna-da organizada pela profa. dra. Margarida Braga Neves para discutir a obra desses autores que marcaram intensamente a poesia portuguesa da segunda metade do século XX.

FICHA TÉCNICA

Título: EscarpasAutor: Gastão Cruz

Gênero: PoesiaEditor: Móbile EditorialNúmero de páginas: 88Dimensão: 11,5x20 cm

Edição: 1a / 2011ISBN: 978-85-64502-02-4

Preço: R$ 34,00


Escarpasde Gastão CruzFinalista do Prêmio Portugal Telecom 2012

“Não sei, e aprendo a não saber lendo poetas como Gastão, se é possível que a linguagem nova feita (pela) poesia, apesar de tão humana como qualquer outra, logre tratar do humano feito sujeito sem que o lugar enunciativo seja uma enorme ameaça.”

Luis Maffei, poeta e professor da UFF

“A poesia de Gastão Cruz é muito densa, com uma linguagem por vezes muito obscura, hermética, mas tem um nível de comunicação muito forte. Está muito centrada na experiência com o amor, com o corpo, na realidade política, na realidade diária, na memória da infância.”

Eucanaã Ferraz, poeta e professor da UFRJ

Agora chega ao Brasil, pela Móbile Editorial, o último livro de Gastão Cruz, Escarpas, que foi publicado em Por-tugal pela Assírio & Alvim. Nesse reunião de 63 poemas, Gastão mais uma vez revela seu so� sticado trabalhado com a linguagem poética, um trabalho muito próprio, emocio-nante e rigoroso, em que diversas questões são exploradas mediante uma tensão só alcançável pelos melhores poetas de um idioma.

SOBRE O LIVROEste é o livro de estreia de uma jovem e talentosa poeta.

Ana B. faz parte de uma geração de artistas que, em distin-tos campos da criação estética, vêm marcando de maneira singular a cena cultural carioca.

Ana B. lança o seu Impublicáveis nesse interessante e desejado momento de troca de guarda do nosso anti-cânone pós-tudo. Entre pre� xos que se perdem no vazio da retóri-ca midiática de nosso tempo, a autora sabe, com � rmeza e boa dosagem de risco, tornar im o seu contencioso poético. Nesse sentido, Ana B. atravessa com mãos de tecelã e cora-ção de guerrilheira os � os � nos que perpassam a matéria ardente de que é feita a sua poesia. A força estruturante do conjunto de poemas que forma o livro está concentrada no importante papel que o corpo ocupa na economia da obra.

O corpo da escrita dialoga com a escrita do corpo, sus-tentando a potência do texto na tensão entre permanecer e rasurar, repetir e apagar, desaparecer e encenar. Os poe-mas têm formas distintas, dicções diversas e con� rmam a tendência da autora de tornar a sua escritura trapaça entre inomináveis, indizíveis, intocáveis e indecifráveis modos de agir. Noturnos em alguns momentos, irônicos quase sempre, os textos de Ana B. rascunham uma fragmentada cartogra� a de desejos que tem no mapa de um erotismo abjeto o encontro do sagrado com o profano. “Como a car-ne humana pode ser apetitosa”, a� rma um dos seus versos.

Essa praticante convicta do canibalismo das in� uências e dos resíduos de incontáveis leituras transforma todo um

FICHA TÉCNICA

Título: ImpublicáveisAutora: Ana B.Gênero: Poesia

Editora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 56Dimensão: 11,5x20 cm

Edição: 1a / 2011ISBN: 978-85-64503-06-2

Preço: R$ 35,00


Impublicáveisde Ana B.

repertório complexo em takes cotidianos. Impublicáveis dialoga, com delicadeza e astúcia, com as imagens, não do cinema ou do universo midiático audiovisual contempo-râneo, mas do imaginário como guindaste que iça e torna eretas e � rmes intenções e invenções. É na língua, mús-culo-devir que expele roça e nomeia, que Ana B. consegue transformar imagens em rumor, gagueira e vibração.

SOBRE A AUTORAAna B. nasceu no Rio de Janeiro, em 1983. Graduou -se

em cinema pela Universidade Estácio de Sá e fez mestrado em literatura brasileira pela Pontifícia Universidade Cató-lica do Rio de Janei ro, com dissertação sobre a poesia de Hilda Hilst. Impublicáveis é seu livro de estreia.

SOBRE O LIVROSegundo Luiz Ru� ato, que apresenta Jornal para

eremitas aos leitores, há na poética de Eloésio Pau-lo uma coerência que não diz respeito à “rigidez de pensa mento, até porque o poeta � erta com a anarquia”. Nesse sentido, ainda conforme Ru� ato, desponta em Jornal para eremitas “o esforço de desconstrução do mundo, a partir de uma visão desencantada da Huma-nidade. Mas há, sim, coerência”.

Esta visão desencantada, de certo modo desiludida em relação ao mundo, não vem acompanhada de um peso dramático. Ao contrário, os poemas de Eloésio exploram um veio humorístico do maior re� namento.

Seus poemas destacam-se também pelo dominínio e pela mobilidade de técnicas adotadas no livro. Trata--se de um poeta que ao mesmo tempo leva a conhecer al guma da melhor poesia contemporânea escrita no Bra sil, estabelecendo diálogos instigantes com a tradi-ção e certas marcas de nosso tempo.

FICHA TÉCNICA

Título: Jornal para eremitas

Autor: Eloésio Paulo

Gênero: Poesia


Número de páginas: 184

Dimensão: 13x21 cm

Edição: 1a/2012

ISBN: 978-85-64502-18-5

Preço: R$ 32,00

Jornal para eremitas

SOBRE O AUTOREloésio Paulo nasceu em Areado, Minas Gerais, no

ano de 1965. Trabalhou como jornalista, professor de colégios pré-vestibulares, professor universitário e diri-gente de universidade privada. Desde 2006 é pro fessor da Universidade Federal de Alfenas – Minas Gerais. Escreveu resenhas para o Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo e O Globo; é colaborador do Su plemento Li-terário. Publicou os livros de crítica Te atro às escuras; uma introdução ao romance de Uil con Pereira (1987) e Os 10 pecados de Paulo Coelho (2007), além das coletâ-neas de poemas Primeiras palavras do mamute degelado (2000), Cogumelos do mais ou menos (2005) e Inferno de bolso etc. (2007).

de Eloésio Paulo


SOBRE O LIVROPor iniciativa de Marcus Vinicius Faustini, a Es-

cola Livre da Palavra, na Lapa, organizou um curso sobre o romance com o professor Eduardo Coelho, da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O curso se destinava a autores in-teressados em conhecer alguns fundamentos desse gênero literário, bem como discutir a dissolução da ideia de gênero. Foram lidos textos de teoria da lite-ratura e romances, discutindo o enredo, a persona-gem, o tempo, o espaço, e outras questões relaciona-das à composição do romance. Exercícios também eram realizados pelos alunos e em seguida debati-dos, com a análise de suas estratégias criativas.

Desde o início do curso, JD Lucas mostrou do-mínio de um repertório incrível: já havia lido obras de Ítalo Calvino, Ka� a, Machado de Assis, Clari-ce Lispector, Dalton Trevisan... Nos exercícios, re-velava uma habilidade surpreendente, resolvendo muito bem certas questões técnicas e ao mesmo tempo apresentando trechos de alta comoção. É um escritor preparado, sutil, com uma linguagem � uida e atraente.

Em José, primeiro título da série Novelas Extraor-dinárias, que a Móbile lança a partir de agora, é pos-sível constatar a alta qualidade da narrativa e o vigor com que JD Lucas desenvolve uma obra rica e tocan-te. Por meio de um narrador em primeira pessoa, a história de José é contada por meio de uma lingua-gem intimista, em que se destacam ainda seu intenso lirismo e seu clima noir. Não se trata, porém, de uma investigação voltada aos fatos, mas à psicologia de José, um personagem complexo, que inicialmente se revela entusiasmado e determinado e, por � m, vai sendo corroído pela experiência da perda.

FICHA TÉCNICATítulo: José

Série: Novelas ExtraordináriasAutor: JD Lucas

Gênero: RomanceEditora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 64

Dimensão: 13x17 cmEdição: 1a/2013

ISBN: 978-85-64502-24-6Preço: R$ 25,00

José

SOBRE O AUTORJD Lucas nasceu em 1985 na cidade de São João

de Meriti – RJ. É compositor e violonista no projeto A Odisseia. José é seu livro de estreia. É também aluno da Faculdade de Letras da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro.

de JD Lucas


No � m dessa novela, há mudança de registro nar-rativo: o texto em primeira pessoa, que lembra o tom memorialístico, é substituído por uma carta de José. Embora a carta apresente um outro gênero discursivo, a linguagem intimista e a vibração de emoções man-têm-se sem qualquer abalo. No entanto, a carta insere uma nova perspectiva sobre o percurso do protagonis-ta e traz ao contexto da novela uma dimensão trágica.

liberdade até agoraOrganização de Eduardo Coelho e Marcio Debellian

O que é a liberdade? Como as diferentes gerações de es-

critores brasileiros lidam com o tema? Liberdade até agora

é uma antologia que passeia pela prosa brasileira reunindo

contos publicados a partir do século XIX. Entre textos iné-

ditos e éditos, os organizadores sublinham as nuances es-

téticas e éticas e, ao largo de cada conto, percebe-se o con-

texto político, social e econômico no qual estão inseridos.

Ao todo são 21 contos encadeados, cada qual com uma

colagem de Joana Coccarelli. A informação da autoria de

cada conto é revelada ao leitor ao � m do livro. O conceito

é propor uma leitura livre de pré-julgamento entre clás-

sicos e contemporâneos, e tirar a reverência natural que

surge diante do texto de um autor consagrado.

O lançamento do livro foi realizado dentro da programa-

ção da FLIP, no dia 9 de julho de 2011, na Casa de Cultura

de Paraty, com um debate sobre o tema “Literatura e Li-

berdade”. A mesa será composta pelos escritores Alessandra

Colasanti, João Paulo Cuenca, Luiz Ruffato e Tatiana Levy, e

da artista plástica Joana Coccarelli, ilustradora do livro.

AUTORES

Afonso Arinos, Alessandra Colassanti, Antônio de Al-

cântara Machado, Bruna Beber, Bruno Dorigatti, Caio Fer-

nando Abreu, Carlos Drummond de Andrade, Carola Saa-

vedra, Clarice Lispector, João Paulo Cuenca, Lima Barreto,

Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Marcelino Frei-

re, Mário de Andrade, Ramon Mello, Sérgio Porto, Tatiana

Salem Levy e Tom Zé.FICHA TÉCNICA

Título: Liberdade até agora: uma antologia de contos

Organizadores: Eduardo Coelho e Marcio Debellian

Gênero: Contos


Número de páginas: 248

Acabamento: Capa � exível

Dimensão: 16x23 cm

Edição: 1a/2011

ISBN: 978-85-64502-03-1

Preço: R$ 30,00


Sobre o livroO “outro” que está no título deste livro refere-se

a um conjunto variado de escritores com os quais Machado dialogou em sua obra. Nomeadamente, Camões, Shakespeare, Pascal, Dumas, Gauthier, Faustino Xavier de Novais, Camilo e Conrad. Por-tanto, escritores da França, Inglaterra e Portugal, de vários tempos e estaturas. O que os reúne aqui é o fato de terem sido interlocutores privilegiados do poeta, cronista, autor de teatro, contista e ro-mancista Machado de Assis.

Em cada um dos ensaios deste volume, um es-pecialista propôs-se a especifi car a relação de Ma-chado com um daqueles autores. No conjunto, o que se revela neste livro é o modo abrangente e va-riado com que Machado exerceu algo marcante na sua atividade como escritor: o trabalho permanen-te de alusão, citação e recriação de um repertório imenso de referências e modelos vindos de vários tempos e quadrantes.

Mais de meio século antes de Jorge Luis Borges propor que a tradição literária latino-americana é toda a cultura ocidental, Machado punha em prática a proposição, servindo-se da tradição do Ocidente para compor seu singularíssimo universo literário.

Sobre os organizadoresMarta de Senna é pesquisadora da Fundação

Casa de Rui Barbosa e do CNPq. Sobre Machado de Assis, publicou: O olhar oblíquo do Bruxo e Alusão e zomba-ria. É responsável pelo portal ‹www.macha-dodeassis.net›, onde há um site de busca de re-ferências presentes na fi cção machadiana e onde

FICHA TÉCNICA

Título: Machado de Assis e o outro: diálogos possíveis

Organização: Marta de Senna e

Hélio de Seixas GuimarãesGênero: Ensaísmo


Número de páginas: 160Dimensão: 16x23 cm

Edição: 1a/2012ISBN: 978-85-64502-17-8

Preço: R$ 49,00

podem ser lidos seus romances como hipertexto, além da revista eletrônica Machado de Assis em linha, que edita com Hélio de Seixas Guimarães.

Hélio de Seixas Guimarães é professor da Uni-versidade de São Paulo e pesquisador do CNPq. Pu-blicou Os leitores de Machado de Assis: o romance ma-chadiano e o público de literatura no século 19, e A olhos vistos: uma iconografi a de Machado de Assis. Nos últimos anos vem estudando as relações de Ma--chado de Assis com intelectuais portugueses com que o autor conviveu nas décadas de 1850 e 1860.

Ensaios de Paul Dixon, João Roberto Faria, Adriana da Costa Teles, Pedro Meira Monteiro, Ju-racy Assmann Saraiva, Lúcia Granja, Hélio de Seixas Guimarães, Marta de Senna e Ana Claudia Suriani.

Machado de Assis e o outro:diálogos possíveisOrganização: Marta de Senna e

Hélio de Seixas Guimarães


Reynaldo Jardim foi um ser inquieto por defi -nição. Poeta, jornalista, agitador cultural, ativista da inteligência e da sensibilidade, este homem da luta e da paixão escreveu Maria Bethânia Guerreira Guerrilha, publicado originalmente em 28 novem-bro de 1968, duas semanas antes do famigerado AI-5. A edição correu pelas livrarias durante 15 dias; em seguida, os seus 5 mil exemplares foram recolhi-dos e queimados.

FICHA TÉCNICATítulo: Maria Bethânia Guerreira Guerrilha

Autor: Reynaldo JardimOrganizadores: Marcio Debellian e Ramon Mello

Dimensão: 18x36 cmNúmero de páginas: 80

Edição: 2ª / 2011ISBN: 978-85-64502-04-8

Preço: R$ 80,00


Trata-se de um longo poema, concebido pelo seu autor como uma polifonia coral acompanhada de tambores. O livro é uma ode heroica, um grande poema polifônico, com um trabalho tipográfi co de rara beleza.

Em sua nova edição, rigorosamente organizada pelo produtor artístico Marcio Debellian e o jorna-lista Ramon Mello, com prefácio do professor da PUC-Rio Júlio Diniz, traz, além do poema, uma rica pesquisa da recepção crítica de Maria Bethânia Guerreira Guerrilha. A última seção do livro reúne artigos publicados nos anos 1960.

Acerca de Reynaldo Jardim, que faleceu há oito meses, afi rma Ziraldo: “É uma das pessoas mais cria-tivas que jamais conheci em minha vida. Primeiro de tudo ele é um poeta. Um dos grandes poetas brasilei-ros de seu tempo, respeitado por seus pares, amado pelos que conhecem sua obra. Além da poesia, que percorre tudo que faz, Reynaldo é um inventor com-pulsivo: escultor, ilustrador, desenhista, prosador, di-retor de arte, designer, animador cultural, artista de vanguarda (desde quando existiu vanguarda entre nós brasileiros).”

Em entrevista concedida a Alexandre Lobão, Angé-lica Torres e Cláudio Lysias, sabemos de algumas de suas inovações: “Fiz o projeto Música e Informação. Porque naquele tempo o rádio falava demais. Todos fa-lavam essa frase e não tinha escapatória: ‘Vamos ouvir agora, na interpretação de Isaurinha Garcia, o samba Eu sei que vou te amar de autoria de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes.’ Aí eu pus assim: ‘Isau-rinha Garcia, Eu sei que vou te amar, Antonio Carlos Jobim’, entende?”, conta Jardim. “E a rádio dava hora certa de hora em hora assim: ‘Na capital da República são precisamente vinte e uma horas, quarenta e cinco minutos e trinta segundos.’ Aí perguntei, que horas são agora? O cara fala ‘sete e quinze; vinte para as nove’. Eu disse, então vamos falar assim no rádio agora.”

O poema heroico de Reynaldo Jardim reúne o vi-gor de sua criatividade e a potência artística de Ma-ria Bethânia. Um belo livro que volta aos leitores depois de tantos anos!

MARIA BETHÂNIA GUERREIRA GUERRILHAde REYNALDO JARDIM

O livro propõe um exame teórico e analítico de narrativas contemporâneas de espetáculos teatrais, e estuda o trabalho do brasileiro Aderbal Freire-Filho e do português João Bri-tes. Teve origem na pesquisa de Doutorado que o autor de-fendeu na Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em março de 2012, indicada pelo Programa ao Prêmio Capes de Tese em 2013 e que agora recebe tratamento editorial.

O trabalho investiga um teatro de caráter narrativo e per-formativo que toma como matéria cênica e dramatúrgica obras a priori destinadas à leitura individual e silenciosa, transpor-tando-as para a linguagem verbal, sonora e visual do teatro, onde o ator é o eixo principal da comunicação dessa textuali-dade com o espectador. Parte-se dos conceitos de “escrita cêni-ca”, “dramaturgia rapsódica” e “teatro narrativo-performativo” para compreender procedimentos e operações de dramaturgia, atuação e encenação no trabalho com textos narrativos, que passam pela pesquisa, experimentação em coletivos de cria-ção e consequente re� exão de seus respectivos encenadores. A pesquisa também se refere aos empreendimentos de Juarez Guimarães Dias no campo da criação teatral, como a recente dramaturgia e a encenação de “EuCaio”, solo de Matheus So-riedem, que teve sua pré-estreia em julho de 2015 no projeto Teatro de Cama no Morro do Vidigal, Rio de Janeiro.

A professora Maria Helena Werneck da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) comenta o conteúdo da obra:

“Aderbal Freire-Filho e João Brites, [...] são leitores--encenadores de grande projeção em seus países e con-tinentes. Manejam um acervo particular de narrativas, de forma a moldarem poéticas arrebatadoras, sempre em trabalhos compartilhados com atores e coletivos de cria-ção. Sem nunca se terem encontrado, os dois criadores se tornam inesperadamente próximos e extraordinaria-mente singulares ao longo deste livro, cujo autor, também um artista, tomou a tarefa cientí� ca como oportunidade de diálogo e formação entre pares das artes cênicas.”

FICHA TÉCNICA

Título: Narrativas em cena: Aderbal Freire-Filho (Brasil) e João Brites (Portugal)

Autor: Juarez Guimarães Dias

Gênero: EnsaísmoTema: Teatro narrativo

Editora: Móbile EditorialDimensão: 16x23 cm

Número de páginas: 288Edição: 1ª (2015)

ISBN: 978-85-64502-28-4Valor: R$ 39,00

[email protected].: (21) 2210-1787 Rio de Janeiro/RJ

Narrativas em cena:Aderbal Freire-Filho (Brasil) e João Brites (Portugal)Texto aborda os processos de criação teatral que tomam romances literários como matéria cênica e dramatúrgica

SOBRE O AUTORJuarez Guimarães Dias é escritor, diretor teatral e pro-

fessor do Departamento de Comunicação Social da FAFI-CH/ UFMG. Doutor em Artes Cênicas (Unirio), Mestre em Literatura (PUC-MG) e Bacharel em Comunicação Social (Uni-BH), desenvolve pesquisa sobre narrativas em cena e tem trabalhos reconhecidos por público e crítica: Eu-Caio (Matheus Soriedem), Marilyn Monroe.doc (Grupo Dois Palitos), #tudodenós (Pierrot Teen/ Cia. Pierrot Lunar), Atrás dos olhos das meninas sérias, Sexo e Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar) e A Possessa (A Empresa) (Cia. de Ou-tros Atores). Escreve regularmente em seu blog “Escrita em progresso” e colabora com o coletivo Mutanti. É autor do livro O � uxo metanarrativo de Hilda Hilst em Fluxo-� oema (Ed. Annablume, 2010).

Acesse o blog “Escrita em progresso” e mais informações sobre o autor em http://www.juarezguimaraesdias.com

Sobre o livroEste livro reúne textos em espanhol e portu-

guês que resultam de conferências e comunicações apresentadas durante a II Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia (REPARQ), realizada na cidade do Rio de Janeiro sob organi-zação da Escola de Arquivologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e do curso de Arquivologia da Universidade Fede-ral Fluminense (UFF).

As refl exões aqui desenvolvidas buscam con-templar as transformações que novos modos de produção exigem dessa disciplina científi ca, espe-cialmente na área de ensino e pesquisa. As consi-derações de vários profi ssionais dessa área encon-tram-se distribuídas em três seções: “A pesquisa em Arquivologia e a construção do campo arqui-vístico no Brasil”, “O ensino da Arquivologia” e “Os arquivos e a Arquivologia como objeto de pesquisa”. Por fi m, este livro ainda traz a seus lei-tores as “Recomendações e moções da II Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia”, onde é possível observar os avanços e o desejo de atualização de um setor do conhecimento da maior importância para a preservação da história artística, científi ca, cultural e política deste país.

FICHA TÉCNICA

Título: Novas dimensões da pesquisa e do ensino da Arquivologia no Brasil

Gênero: EnsaísmoEditora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 516


ISBN: 978-85-64502-15-4Preço: R$ 55,00

Sobre os organizadoresAnna Carla Almeida Mariz é professora adjunta

da Universidade Federal do Estado do Rio de Ja-neiro, além de diretora da Escola de Arquivologia.

José Maria Jardim é professor associado do De-partamento de Estudos e Processos Arquivísticos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Sérgio Conde de Albite Silva é professor adjunto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.


Organização de: Anna Carla Almeida Mariz, José Maria Jardim e Sérgio Conde de Albite Silva

Novas dimensões da pesquisa e do ensino da Arquivologia no Brasil

Apoio

SOBRE O LIVROEste volume reúne os dois últimos livros de Gastão Cruz,

autor indicado, com Escarpas, entre os dez � nalistas do Prê-mio Portugal Telecom de Literatura 2012. Observação do verão é composto de textos majoritariamente breves, que estão organizados sob duas partes: “Observação do verão” e “Idades”, cada qual com 12 poemas. Trata-se de um livro altamente construído, em que é possível observar um rigo inquestionável, o qual também está presente em Fogo.

Há em Observação do verão seguido de Fogo uma processo contundente de depuração da linguagem ao lado de uma bus-ca intensa da força sensorial das palavras e das metáforas. Elas servem muitas vezes à re� exão sobre a linguagem poética, sobre o tempo e todas as suas implicações: a morte, a memória, os rastros biográ� cos. Conforme os versos de “Memória”, “A voz rouca da noite exprime a nossa/ memória poderia dizer a/ nossa história mas evito// o que possa/ anular o sentido/ do que pro-curo manter vivo”. De certa maneira, são versos que condensam a temática mais recorrente neste livro: a luta entre luta e morte, entre sentido e vazio, entre a memória e seu apagamento.

Contudo, o tempo e suas implicações não são apenas dis-cutidos abstratamente. Há diversos poemas em que a relação com a passagem do tempo se manifesta por meio do diálogo com outras obras, com outros poetas, com outros artistas, como Fiama Hasse Pais Brandão e Luís Miguel Nava, seus contem-porâneos. Nesse caso, como em “Em tardes e crepúsculos”, está em questão “esse tempo sem cor de que falávamos// quando do que virá falamos convencidos/ de que a vinda/ tão temida já nada signi� ca// e a� nal é ainda possível/ acreditar um pouco no sentido/ de palavras ambíguas como a vida”.

É em torno da ambiguidade da vida que Observação do verão seguido de Fogo se sustenta.

SOBRE O AUTORGastao Cruz, poeta, crítico da literatura e tradutor, nasceu

em Faro, Portugal, em 1941. Participou de Poesia 61. Au-tor de A morte percutiva (1961); Hematoma (1961); A doença (1963); Outro nome (1965); Escassez (1967); As aves (1969); Teoria da fala (1972); Os nomes (1974), que reúne os livros anteriores e Os nomes desses corpos; Campânula (1978); Doze canções de Blake (1980); Órgão de luzes (1981); Poesia 1961-

FICHA TÉCNICATítulo: Observação do verão seguido de Fogo

Autor: Gastão CruzGênero: Poesia

Editora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 80Dimensão: 11,5x20 cm

Edição: 1a/2013ISBN: 978-85-64502-29-1

Preço: R$ 32,00Peso: 85g


Observação do verão seguido de Fogode Gastão Cruz

1981 (1983), reuniao dos livros anteriores e Referentes; O pianista (1984), vencedor do Prêmio de Poesia do Pen Clu-be de 1985; As leis do caos (1990); As pedras negras (1995); Crateras (2000); Rua de Portugal (2002), vencedor do Grande Prêmio de Poesia da Associacao Portuguesa de Escritores de 2003; Repercussão (2004); A moeda do tempo (2006), vencedor do Prêmio Correntes d’Escritas e do Prêmio de Poesia do Pen Clube de 2007, e Os poemas (1960-2006). No Brasil, a editora Língua Geral publicou A moeda do tempo e outros poe-mas (2009), antologia organizada e posfaciada por Jorge Fer-nandes da Silveira, com prefácio de Luis Ma� ei. A Móbile Editorial publicou Escarpas (2011), que foi indicado entre os � nalistas do Prêmio Portugal Telecom. Os textos críticos de Gastao Cruz foram reunidos sob o título A vida da poesia (2008). Traduziu O pelicano, de Strindberg; O conto de inver-no, de Shakespeare, e O � lho do ar (seguido de Ana a Criada, A dama de Monte-Claro e O mentiroso), de Jean Cocteau.

Vencedor do

Prêmio Portugal Telecom

de Literatura 2014

na categoria Poesia!

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— entre

formigas ao avessoestava aqui,no coração do exíliofora das tuas amarrasde cara de cão.Estava ali

em carne e ossono dentro do foradepois era a esperade ter de saberin absentiaa horaem que a precipitação maiorqueria sorvero susto da presença

a qualquer custo

or v7.indd 51

27/05/11 16:5

Este livro reúne poemas escritos de maneira esparsa ao longo de trinta anos. O que � cou é uma amostra ou resto decantado do tempo. Os poemas relatam de forma não -circunstanciada e indireta uma viagem de 20 anos, de 1978 a 1998, fora do Brasil. Os versos não tratam especi� -camente do Brasil ou do exterior, embora alguns logradou-ros estejam presentes, como Paris e Rio de Janeiro. Tema-tizam a cada passo uma ausência do Brasil, mesmo quando é na terra natal que se escreve. Revela -se dessa maneira um testemunho do exterior, em locação, de um “desterrado em nossa terra” de fato, exemplicação involuntária e acidental da fórmula de Sérgio Buarque de Holanda.

FICHA TÉCNICA

Título: ParadorAutor: João Camillo Penna

Gênero: PoesiaEditor: Móbile EditorialNúmero de páginas: 72Dimensão: 11,5x20 cm

Edição: 1a/2011ISBN: 978-85-64502-01-7

Preço: R$ 32,00


Paradorde João Camillo Penna

SOBRE O AUTORJoão Camillo Penna nasceu no Rio de Janeiro, em 1958.

É professor de literatura comparada da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

SOBRE O LIVROA poesia de Ramon Mello é só aparentemente des-

pretenciosa. Ela contém inclusive um jogo cifrado de rica intertextualidade, que revela a leitura cuidadosa da nossa melhor tradição.

O primeiro princípio de sua poesia está relacionado ao compromisso com a dicção documental, que justi� -ca a proximidade com a notícia de jornal. Já o segundo princípio prende-se e não se prende ao primeiro. Cer-tamente, a dimensão poética alcançada nestes versos não é prescrita por qualquer princípio documental. Ao mesmo tempo, ela não o contradiz. As vozes do poeta e do jornalista são muito diversas, mas não se chocam entre si. Nos seus melhores momentos, este livro não transcende o caráter de documento, mas o explora e aprofunda. Salvo em pouquíssimos casos, Ramon não perde o foco da notícia, mas, ao contrário, concentra nela a atenção.

O resultado desta operação, movida quase sempre pela ironia, é que estas cenas da vida cotidiana, vistas pelo poeta, nos surpreendem. Aspectos insuspeitos são revelados. Um detalhe destacado em um verso mo-biliza de forma nova o olhar. Um traço desconcertante sublinhado poeticamente em alguma cena banal pro-voca a reação do leitor - de crítico, de repúdio, de pena ou de simpatia.

O segundo princípio da poética de Ramon Mello tem a ver com o fato de que toda boa poesia tem o poder de criar novos sentidos da realidade.

FICHA TÉCNICA

Título: Poemas tirados de notícias de jornal

Autor: Ramon MelloGênero: Poesia


Número de páginas: 72Dimensão: 11,5x20 cm

Edição: 1a/2012ISBN: 978-85-64502-12-5

Preço: R$ 29,00

Poemas tirados de notícias de jornal

SOBRE O AUTORRamon Mello é jornalista e poeta. Autor de Vinis

mofados (2009). Organizou Escolhas: uma autobiogra-� a intelectual, de Heloisa Buarque de Hollanda (2008), coorganizador de Maria Bethania Guerreira Guerrilha (2011). Foi curador da exposição no MAM-RJ Tudo vai � car da cor que você quiser (2011). Participou de diversas antologias.

PATROCÍNIO

de Ramon Mello


Livro contemplado pelo edital

Novos Autores Fluminenses da

Secretaria de Estado de Cultura

SOBRE O LIVROSir Gawain e o Cavaleiro Verde é uma obra anô-

nima copiada da literatura oral por volta de 1400. Seus manuscritos encontram-se na Cotton Col-lection, hoje no Museu Britânico, e foram edita-dos, em 1925, pelo pai da moderna literatura fan-tástica, J.R.R. Tolkien (1892-1973). O autor de O Hobbit e O Senhor dos Anéis parece ter-se valido habilmente de algumas técnicas desta fantástica aventura medieval.

O autor anônimo de Sir Gawain e o Cavaleiro Ver-de revela espantoso conhecimento dos costumes da corte do seu tempo, dos luxos do vestuário, da deco-ração e da arquitetura, das práticas de caça e da perí-cia no tratamento dos animais abatidos, da heráldica e sua simbologia e, sobretudo, conhece profunda-mente o ser humano, sua fragilidade e grandeza.

Acerca desse autor, a� rma Marta de Senna: “Hábil narrador, é um ardiloso artí� ce do enredo e da técni-ca de narrar, como demonstra nos segmentos em que alterna cenas de caçada, ao ar livre, e as que se passam no quarto de Gawain, assediado pela dama tenta-dora. Quer transmitir ao leitor a simultaneidade e o paralelismo dos conteúdos narrados e o faz com um domínio de foco narrativo que hoje chamaríamos de cinematográ� co. Mais que isto, é um grande poeta, capaz de criar imagens de inventividade surpreen-dente, ou de pronunciar-se com a sabedoria dos ini-ciados sobre questões ontológico-morais.”

Em Sir Gawain e o Cavaleiro Verde, com impecá-vel tradução de Marta de Senna, o leitor encontrará um texto lírico e so� sticado que colaborou enorme-mente para a formação do romance moderno.

FICHA TÉCNICA

Título: Sir Gawain e o Cavaleiro VerdeAutor: Anônimo

Tradução: Marta de SennaGênero: Ensaísmo

Editora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 160

Dimensão: 14x21 cmEdição: 2011

ISBN: 978-85-64502-17-8Preço: R$ 35,00


Sir Gawain e o Cavaleiro VerdeAnônimoTradução e apresentação de Marta de Senna

SOBRE A ORGANIZADORAMarta de Senna é pesquisadora da Fundação

Casa de Rui Barbosa e do CNPq. Sobre Macha-do de Assis, publicou: O olhar oblíquo do Bruxo e Alusão e zombaria. É responsável pelo portal <www.machadodeassis.net>, onde há um site de busca de referências presentes na � cção ma-chadiana e onde podem ser lidos seus roman-ces como hipertexto, além da revista eletrônica Machado de Assis em linha, que edita com Hélio de Seixas Guimarães. Autora do livro infanto--juvenil O grande circo do mundo e da obra juvenil O segredo da casa de campo. Traduziu Maravilhosa obra do acaso, de Wim Kayser.

SOBRE O LIVROOs capítulos iniciais do romance Todo mundo é

Jhow!, de Delano Valentim, podem sugerir que seu en-redo é tradicional: Bernardo, um adolescente nascido na periferia, apaixona-se por Marcela. O tom amoroso e sentimental também colabora para sugerir um víncu-lo intenso com a narrativa do século XIX adaptada ao contexto da periferia.

Aos poucos, contudo, acentua-se a falta de proje-to de Bernardo. O livro então se revela uma autêntica odisseia de quem, desiludido, numa periferia ao mes-mo tempo árida e terna, busca contornar a melancolia e o tédio. Acompa-nhando Marcela em sua jornada alienada a procura do sucesso, Bernardo vai tomando consciência de aspectos relevantes do Brasil contem-porâneo, como as drogas, o preconceito sociorracial, as di� culdades que um jovem encontra para se � xar no mercado de trabalho.

O romance é organizado por meio de três discursos, com alternância entre a voz de Bernardo, a de Marcela e a do narrador, que muitas vezes parece se confundir com a do protagonista. Esta mobilidade de vozes dá ao livro mais de uma perspectiva em torno de um mesmo fato e revela a complexidade de certas questões que se impõem nos dias de hoje.

Todo mundo é Jhow! revela-se, dessa maneira, um verdadeiro romance de formação, com direito a aventu-ras, con� itos e impasses, rompendo com o esteriótipo das narrativas de periferia.

FICHA TÉCNICA

Título: Todo mundo é Jhow!Autor: Delano Valentim

Gênero: RomanceEditora: Móbile Editorial

Número de páginas: 176Dimensão: 13,8x21 cm

Edição: 1a/2012ISBN: 978-85-64502-11-6

Preço: R$ 35,00

Todo mundo é Jhow!de Delano Valentim

SOBRE O AUTOREscritor e letrista contemplado em primeiro lugar

na categoria romance do Edital Novos Autores Flu-minenses da Secretaria de Estado de Cultura, com o seu livro de estreia Todo Mundo é Jhow!. Diretor do documentário Hoje é dia de baile, que trata dos bailes charmes do subúrbio carioca. É cantor e está lançando também o seu primeiro álbum.

Romance contemplado pelo edital

Novos Autores Fluminenses

da Secretaria de Estado de Cultura

PATROCÍNIO


SOBRE O LIVROO livro Tudo balança porque deus dança, de Aline Gui-

marães, vem acompanhado de um CD com 12 faixas de áudio. Alguns de seus poemas encontram-se musicados nesse disco. A autora-cantora explora, nesse sentido, a for-ça melódica de sua poética, estabelecendo com re� namen-to um diálogo sincronizado entre os sons das palavras e os ritmos dos instrumentos musicais e de sua própria voz. No entanto, o resultado desse trabalho provém da encenação da peça homônima, encenada na baía de Guanabara.

“Muito menos teria descoberto da vida sem escrevê-la” é um verso que dá a tônica do livro e transmite ao leitor sua força vital. Desse modo, a escritura manifesta o estado do sujeito e desvenda, consequentemente, alguns espaços futuros de busca. Contudo, não se trata de uma busca iso-lada, de todo solitária, pois, conforme outro verso, “O que não for palavra será música, e sendo canto, novamente poesia”. É a poesia que se encontra presente como força de representação absoluta de todo e qualquer movimento da vida. Trata-se da poesia não apenas da palavra, mas

FICHA TÉCNICATítulo: Tudo balança porque deus dança

Autora: Aline GuimarãesIlustrador: Rafael Mannheimer

Gênero: PoesiaEditora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 64

Encarte: AudioCD– 12 faixas


ISBN: 978-85-64502-07-9Preço: R$ 30,00

TUDO BALANÇA PORQUE DEUS DANÇA

SOBRE A AUTORAAline Guimarães é atriz, poeta e perform er. Formou-

-se em artes cênicas pela UNIRIO. Já foi contemplada pelo edital Pontos de Cultura do Programa Mais Cultura da Se-cretaria do Estado do Rio de Janeiro.

de Aline Guimarães


também da música, do canto, da dança. E a dança, nesse caso, não se restringe ao corpo: ela contamina todas as formas de linguagem. Há um permanente jogo especular em Tudo balança porque deus dança. Conforme Rodrigo Braga, que escreve o posfácio do livro, “Texto ofegante e repetitivo, como o motor de uma dança de criação eterna”.

Seus poemas manifestam plasticamente os ritmos vários dessa artista. Em versos livres, com grande mo-bilidade e precisão, os poemas exigem do leitor imensa mobilidade para acompanhar o trânsito ora suave, ora brusco dos versos – o mesmo tipo de trânsito que o lei-tor poderá encontrar nas belíssimas ilustrações de Ra-fael Mannheimer, que oscilam do traço mínimo às ima-gens imbrincadas de linhas, numa urdidura que pode conduzir tanto à leveza quanto ao peso.

Tudo balança porque deus dança, de Aline Guima-rães, é um livro complexo, que possibilita ao leitor expe-rimentar diversas formas de linguagem artística: a poe-sia, o canto, a música, as artes plásticas. Um livro, contu-do, que a todo momento parece ter na palavra o veio de condução de todos os momentos sublimes dessa obra. Momentos sublimes que se tornam mais densos diante dos contatos que as distintas linguagens revelam entre si. Conforme seus versos, “É surpreender o mistério sem saciá-lo/ É desvendar lírios livres da colheira/ É despe-talar cada detalha/ Para que o sutil/ Aponte a melodia”.

FICHA TÉCNICATítulo: Verão dos in� éis

Autora: Dinah Silveira de QueirósEdição: 3ª / 2011

Gênero: RomanceEditora: Móbile EditorialNúmero de páginas: 208

Dimensão: 16x23 cmISBN: 978-85-64502-08-6

Preço: R$ 49,00


Verão dos infiéisde Dinah Silveira de QueirósSOBRE O LIVRO

Verão dos in� éis, originalmente publicado em 1968, é um dos grandes livros de Dinah Silveira de Queirós. Como des-taca Luiz Ru� ato na apresentação deste romance, a autora “consegue, de maneira magistral, um equilíbrio entre inti-mismo e objetividade: os dramas pessoais dos personagens se integram perfeitamente à ação exterior, e a narrativa, que compreende três dias de um verão chuvoso na cidade do Rio de Janeiro, capta as mudanças sociais e políticas de um Brasil prestes a mergulhar ainda mais profundamente na noite es-cura de um estado de excação”.

As mudanças sociais e políticas revelam-se por meio da família de Valentina, mulher de classe média, moradora de Copacabana, cujo marido, um homem “delicado demais para viver num mundo de grosseria”, matou-se por causa de dívi-das, deixando-a com a responsabilidade de criar três � lhos: Geraldo, Carminho e Aloísio.

Cada personagem dessa família revela um con� ito que, direta ou indiretamente, se relaciona a um dos mais sombrios períodos da história do Brasil. Verão dos in� éis é um romance comovente e impactante, que sem qualquer dúvida retorna às livrarias para mostrar a força da literatura de Dinah Silveira de Queirós e marcar o relançamento de suas obras pela Móbile Editorial.

SOBRE A AUTORADinah Silveira de Queirós, romancista,

contista e cronista, nasceu em São Paulo, SP, em 9 de novembro de 1911, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de novembro de 1982. Ocupou a cadeira 7 da Academia Bra-sileira de Letras, eleita em 10 de julho de 1980.

Autora de Floradas na serra, seu livro de estreia (1939), que conquistou grande noto-riedade entre críticos e leitores; Margarida La Rocque (1949); A Muralha (1954); As noites do morro do Encanto (1957); Os invasores (1965); Ve-rão dos in� éis (1968); Comba Malina (1969); Café da manhã (1969); Guida, caríssima Guida (1981), entre outros. É autora também dos infanto-juvenis As aventuras do homem vegetal (1951); A princesa dos escravos (1966) e Baía de espuma (1979).

“Pode-se dizer, � nalmente, que Verão dos

in� éis é romance de excelente elaboração li-

terária, em que a autora experimentou, com

êxito, a técnica da soma de numerosos aconte-

cimentos simultâneos, ocorridos em áreas di-

versas, misturados a outros perdidos no tem-

po e no espaço, para lhe garantir a densidade

e movimentação, valendo-se para isso, inclu-

sive, da fusão de planos e de perspectivas, com

perfeita adequação e oportunidade.”Almeida Fischer

“Sem esquematismo, ela concentra em seus

protagonistas os quatro membros de uma fa-

mília em vias de desagregação, as grandes

angústias que dilaceram a nossa época: a

política, a religiosa, a sexual, a existencial.

Os componentes dessa família vivem lado a

lado e no entanto longe uns dos outros, cada

qual às voltas com o seu con� ito íntimo.”Paulo Rónai

SOBRE O LIVROEste livros é o resultado do esforço e diálogo de

vinte pesquisadores de onze instituições de ensi-no, pesquisa e museologia de diferentes regiões do Brasil. É o re� exo do exercício, ao longo de dois breves dias, ao � nal de novembro de 2010, de exce-lente e proveitoso convívio acadêmico, no âmbito do I Colóquio do LIEDH. Ali interagiram atores que, eles mesmo por vezes separados geogra� ca-mente por centenas e centenas de quilômetros, efe-tuaram aquilo que o evento propôs em seu mote: a re� exão sobre viagens e deslocamentos, vinculada à busca e representação das diferentes identidades, inscritas na sua própria práxis enquanto acadêmi-cos brasileiros.

Organizamos os artigos nesta edição a partir de um princípio temático que nos pareceu o mais apropriado para uma leitura sequencial a mais � ui-da possível, haja vista que todas as contribuições são independentes entre si - ainda que possuam uma diretriz comum. Ressalte-se que nos esforçamos para que a leitura de cada texto se tornasse acessível não somente para o público acadêmico e universi-tário, mas também, na medida do possível, para o leitor interessado de escolaridade média.

SOBRE O ORGANIZADORProfessor da Faculdade de Letras da UFRJ. Possui

atualização em língua e literatura alemã pela Univer-sidade de Freiburg (Alemanha), mestrado em língua e literatura alemã pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), doutorado em letras (língua e lite-ratura alemã) pela Universidade de São Paulo (1999)

FICHA TÉCNICA

Título: Viagens e deslocamentos: questões de identidade e representação em textos, documentos e coleçõesOrganização:

Luiz Barros MontezGênero: Ensaísmo


Número de páginas: 176Dimensão: 16x23 cm

Edição: 1a/2012ISBN: 978-85-64502-14-7

Preço: R$ 45,00

e pós-doutorado na Universidade de Viena (2009-2010). Tradutor, tem experiência na área de análise de discurso, com ênfase na língua e nas culturas de língua alemã, particularmente em sua interseção com a história. Coordena o grupo de pesquisa LIEDH — Linguagem e Discursos da História, credenciado junto à Fundação Biblioteca Nacional.


Viagens e deslocamentosQuestões de identidade e representação em textos, documentos e coleçõesOrg. Luiz Barros Montez

[email protected]

Tel.: (21) 2210-1787Rio de Janeiro - RJ

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