Cat Sitter - Revista Siará

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@revistasiara DOMINGO, 14 DE OUTUBRO DE 2012 FORTALEZA, CEARÁ DIÁRIO DO NORDESTE // 33 Durante as viagens, os clientes podem acompanhar o cotidiano dos filhotes por meio de vídeos e filmes Ela constata esse comportamen- to no dia a dia, pois Laura dorme sempre em sua cama, enquanto Raimundo é mais arisco. “Eu sou kardecista e acredito na sensibili- dade dos animais em ver os espí- ritos. O Raimundo é incrível! Sei quando ele está vendo algo. Meu gato vira o rosto como se estives- se acompanhando o movimento de alguém e depois corre para a minha cama”. Natural de Quixadá, no Sertão Central, a artista tem admiração pelo trabalho de Renata. “Vez em quando, viajo à praia ou ao meu interior, e nem sempre posso levá-los comigo. Então, quando soube da cat sitter fiquei muito fe- liz, porque sei que serão bem tra- tados. Fico mais tranquila e leve. Não me sinto tão culpada. A Re- nata é uma profissional responsá- vel e, se precisar de veterinário, ela estará atenta”. A professora Roseli Barros Cunha também curte a compa- nhia dos felinos. Mas só começou a criá-los já adulta. O primeiro foi o Tião, com quem ficou duran- te quase duas décadas. Depois, adotou dois, Caetano, 14 anos, e Betânia, 15. “Cada um tem as ca- racterísticas: Betânia é caçadora, curiosa, muito ativa e amigável. Caetano, um bebezão, meigo e mais preguiçoso. Ao contrário do que muitos pensam, os gatos são animais companheiros. É incrível a amizade deles”. Zelosa com seus “meninos”, Roseli explica que a motivação em procurar os serviços da cat sitter foi a necessidade de achar quem cuidasse direito dos ani- mais. “Quando eu e meu marido nos mudamos para Fortaleza, precisamos procurar alguém para olhá-los enquanto viajamos. En- tão, encontramos o blog e vimos o quanto Renata gostava de gatos. Caetano e Betânia adoram a ‘tia’ Renata e seu spa”. ma. Inclui, ainda, outros serviços extras, como visita ao veteriná- rio, banho, corte de unhas, ad- ministração de medicamentos e escovação do animal. Os gatos não gostam de mu- danças na rotina. Segundo Rena- ta, costumam não se adaptar com facilidade a estada em hotéis de pets, onde ficam mais vulneráveis ao estresse.“Quem tem gato sabe disso. É diferente do cão, que in- terage com o ambiente externo com mais facilidade”, diz. O ser- viço de cat sitter é realizado com base nas informações fornecidas pelo dono do animal (dieta, me- dicação e horários). O orçamento final é feito com base no número de visitas, mas cada uma custa cerca de R$ 50,00, com duração média de uma hora. Afetos O amor pelos gatos é uma tradi- ção em muitas famílias. É o caso da artista plástica Maria Goretti Saraiva de Queiroz, 53 anos, cujo afeto pelos felinos foi estimulado por seu pai. “Ele sempre trazia um gato para casa. Sou asmática, mas naquela época não se sabia bem dessas coisas. Mesmo assim, não deixei de criá-los”, revela. No momento, Maria Goretti tem apenas dois, Raimundo e Laura, ambos de 12 anos. Ela acredita que os bichanos não são indepen- dentes como se costuma pensar. “Hoje, a criação é muito diferen- te, pois a autonomia deles sofreu alterações”. COMPANHIA A artista plástica Maria Goretti tem nos gatos Raimundo e Laura a companhia para todas as horas

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Reportagem sobre Cat sitter Gata Lili em Fortaleza, na Revista Siará, encartada no Diário do Nordeste, sobre o Cat Sitter Gata Lili em Fortaleza, serviço oferecido por Renata Góes

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@revistasiara DOMINGO, 14 DE OUTUBRO DE 2012 FORTALEZA, CEARÁ DIÁRIO DO NORDESTE // 33

Durante as viagens,

os clientes podem

acompanhar o

cotidiano dos

fi lhotes por meio

de vídeos e fi lmes

Ela constata esse comportamen-to no dia a dia, pois Laura dorme sempre em sua cama, enquanto Raimundo é mais arisco. “Eu sou kardecista e acredito na sensibili-dade dos animais em ver os espí-ritos. O Raimundo é incrível! Sei quando ele está vendo algo. Meu gato vira o rosto como se estives-se acompanhando o movimento de alguém e depois corre para a minha cama”.

Natural de Quixadá, no Sertão Central, a artista tem admiração pelo trabalho de Renata. “Vez em quando, viajo à praia ou ao meu interior, e nem sempre posso levá-los comigo. Então, quando soube da cat sitter fi quei muito fe-liz, porque sei que serão bem tra-tados. Fico mais tranquila e leve. Não me sinto tão culpada. A Re-nata é uma profi ssional responsá-vel e, se precisar de veterinário, ela estará atenta”.

A professora Roseli Barros Cunha também curte a compa-nhia dos felinos. Mas só começou a criá-los já adulta. O primeiro foi o Tião, com quem fi cou duran-te quase duas décadas. Depois, adotou dois, Caetano, 14 anos, e Betânia, 15. “Cada um tem as ca-racterísticas: Betânia é caçadora, curiosa, muito ativa e amigável. Caetano, um bebezão, meigo e mais preguiçoso. Ao contrário do que muitos pensam, os gatos são animais companheiros. É incrível a amizade deles”.

Zelosa com seus “meninos”, Roseli explica que a motivação em procurar os serviços da cat

sitter foi a necessidade de achar quem cuidasse direito dos ani-mais. “Quando eu e meu marido nos mudamos para Fortaleza, precisamos procurar alguém para olhá-los enquanto viajamos. En-tão, encontramos o blog e vimos o quanto Renata gostava de gatos. Caetano e Betânia adoram a ‘tia’ Renata e seu spa”.

ma. Inclui, ainda, outros serviços extras, como visita ao veteriná-rio, banho, corte de unhas, ad-ministração de medicamentos e escovação do animal.

Os gatos não gostam de mu-danças na rotina. Segundo Rena-ta, costumam não se adaptar com facilidade a estada em hotéis de pets, onde fi cam mais vulneráveis ao estresse.“Quem tem gato sabe disso. É diferente do cão, que in-terage com o ambiente externo

com mais facilidade”, diz. O ser-viço de cat sitter é realizado com base nas informações fornecidas pelo dono do animal (dieta, me-dicação e horários). O orçamento fi nal é feito com base no número de visitas, mas cada uma custa cerca de R$ 50,00, com duração média de uma hora.

Afetos

O amor pelos gatos é uma tradi-ção em muitas famílias. É o caso da artista plástica Maria Goretti Saraiva de Queiroz, 53 anos, cujo afeto pelos felinos foi estimulado por seu pai. “Ele sempre trazia um gato para casa. Sou asmática, mas naquela época não se sabia bem dessas coisas. Mesmo assim, não deixei de criá-los”, revela. No momento, Maria Goretti tem apenas dois, Raimundo e Laura, ambos de 12 anos. Ela acredita que os bichanos não são indepen-dentes como se costuma pensar. “Hoje, a criação é muito diferen-te, pois a autonomia deles sofreu alterações”.

COMPANHIA A artista plástica

Maria Goretti tem

nos gatos Raimundo

e Laura a companhia

para todas as horas