Casos de Racismo no início da copa 2014
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VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 17 DE JUNHO DE 2014 ATRIBUNA 25
T R I BU NALIVRE
Casos de racismono início da Copa
A Seleção Brasileira entra em campo contra a seleçãocroata, e logo na jogada que definiu o único gol daCroácia no duelo, a bola desviada pelo croata Jelavic
tocou o pé do lateral Marcelo e foi direto para o fundo das re-des brasileiras. Neste momento, instantaneamente se inicia-ram os insultos racistas contra Marcelo no Twitter.
No dia seguinte, foi à vez da en-tão campeã do mundo, a Espa-nha, disputar seu primeiro jogona competição. Esta é surpreen-dida ao sofrer uma expressivagoleada da Laranja Mecânica.
De imediato, as críticas dosbrasileiros se proliferam. O querevoltou a torcida da Espanha.Nas redes sociais o primeiro dis-positivo/argumento acionadopelos espanhóis para rebater ascríticas, foi proferir contra a tor-cida brasileira, comentários ra-c i st a s.
Alguns destes comentários fo-ram narrados na reportagem doUOL que noticiou este fato. Frasecomo: “Esses macacos brasilei-ros, como sabem,não tem nada parafazer, se alegramcom a derrota da Es-panha e fazem 'ola',po bres ”, foi apenasum exemplo do quefoi publicado noTw i t t e r.
Estes dois casosde racismo explícitosão apenas algunsexemplos do quesempre aconteceuhistoricamente nofutebol mundial.Quem não sem lembra dos pro-blemas enfrentados pelo Vascoda Gama devido ao fato de per-mitir que negros entrassem emcampo para defender seu escudoem meados do século passado?Momento aquele em que o fute-bol brasileiro era apenas repre-sentado por brancos neste es-p o r t e.
Infelizmente, não é preciso irtão longe para identificarmosque essa prática ainda se mantémde forma extremamente enraiza-da neste esporte.
O ano de 2014 em especial, estásendo um ano em que estes atosracistas têm ocorridos de manei-ra mais evidente (principalmen-te devido às denúncias que se vi-ralizam nas redes sociais). Emapenas seis meses, houve cincocasos muito emblemáticos de ra-cismo no mundo da bola.
Em fevereiro, o meio-campistacruzeirense foi alvo de insultosracistas durante a partida contrao Real Garcilaso. Durante o jogoem Huan Cayo, o jogador ouviudas arquibancadas imitações dos
guinchos de macacos a cada vezque tocou na bola, durante a der-rota mineira por 2 a 1.
Semanas após, eis que o futebolprofissional volta a protagonizarmais casos de racismo ampla-mente divulgados nas redes so-ciais e nos veículos oficiais de co-m u n i c a ç ã o.
O jogador do Daniel Alves foivítima de racismo em abril, du-rante o jogo do Barcelona contrao Villarreal. Na ocasião, torcedo-res do time adversário jogarambananas no campo quando oatleta ia cobrar um escanteio.
Já em maio a bola da vez foi oatacante da Itália, Mario Balo-telli. O atleta italiano sofreu in-
sultos racistas nocentro de treina-mento de Covercia-no, em Florença,onde a seleção daItália fazia sua pre-paração para a Co-pa do Mundo doBrasil. O italiano foixingado por algunstorcedores enquan-to fazia uma corridano gramado.
Se pararmos paraobservarmos os ca-sos de racismo ocor-
ridos nos últimos anos neste es-porte, perceberemos que, assimcomo no cotidiano brasileiro, osalvos são os componentes deuma parcela com um perfil étni-co, os negros.
O que evidencia ainda hoje osresquícios do período da escravi-dão, que estão muito enraizadosna sociedade e no esporte. Issonos leva a refletir sobre a impor-tância de se debater também nofutebol, formas de combate a estaprática perversa que ainda semantém na atualidade.
Mas para que isso aconteça, te-mos primeiro que admitir sim,que não #SomosTodosMacacos,mas sim racistas. E que debater ecriar mecanismos de combate aesta prática também no futebol,se mostra claro, necessário e evi-dente! Talvez a solução esteja emse pensar à implementação da lei10.639/03 também no futebolb ra s i l e i ro.
Josimar Nunes Pereira de Freitas egraduando em Geografia na Ufes emembro do Coletivo Negrada
JOSIMAR NUNES PEREIRA DE FREITAS
CA RTASQual a Bronca
Venho com este email para agra-decer ao jornal A Tribuna, pois no dia18 de maio enviei uma reclamaçãopara o “Qual a Bronca” a respeito dademora para a CEF liberar a reformada casa alagada que tinha seguro.
E por causa do jornal eles entra-ram em contato comigo e fizeramuma visita e liberaram a reforma dacasa. Estou muito grato com o jornalA Tribuna. Agora posso reformar evoltar a morar na minha casa.
Welington A. Nascimento ReccoJacaraípe – Se r ra
HumilhaçãoDa mesma forma que a Espanha
foi humilhada pela Holanda por 5 a 1a seleção de Portugal também foihumilhada pela Alemanha por 4 a 0 epoderia também ter sido de 5, 6 ou 7dada a fragilidade de Portugal e oseu pouco poder de resistência.
A Espanha veio firmada na copaganha há quatro anos e decepcio-nou e Portugal veio firmada na his-tória de Cristiano Ronaldo, tido co-mo o melhor jogador da atualidade.Futebol como quase tudo na vida seganha pelo conjunto e não no indi-vidualismo. Estão aí dois exemplos anão serem seguidos pela seleçãocanarinho.
Valdeci Carvalho FerreiraMata da Serra – Se r ra
Carrossel HolandêsTrês décadas depois de surpreen-
der o mundo do futebol com o Car-rossel Holandês, a Laranja Mecâni-ca voltou e atropelou a Seleção daEs p a n h a .
No melhor jogo da Copa, com es-petáculo de Robben e Van Persie,não podemos esquecer o esquematático do técnico Louis van Gaal, quedeixou os espanhóis atônitos no se-gundo tempo do jogo. É bom lembrarque, deste grupo (Espanha, Holan-da, Chile e Austrália) sai o possíveladversário do Brasil na próxima faseda Copa.
Leônidas Cunha dos SantosBairro Guriri – São Mateus
Hino NacionalO que diriam Joaquim Osório Du-
que Estrada e Francisco Manuel daSilva, respectivamente, autores dasletra e música do Hino Nacional Bra-sileiro, se presenciassem, antes dojogo de abertura da Copa do Mundoem seu país, o Hino Nacional execu-tado pela metade. Isso tem aconte-cido constantemente até em even-tos em órgãos públicos, literários,etc. Absurdo!
Os belos versos “Teus risonhos,lindos campos têm mais flores; Nos-sos bosques têm mais vida, nossavida no teu seio mais amores” dei -xam de ser cantados e a tendência éficarem no esquecimento.
Albércio NunesCidade Continental – Se r ra
Para frenteUm fato que chama a atenção
nesta Copa do Mundo é a determi-nação dos times em marcar gol.
Não há nenhum esquema retran-queiro, e quem ousa está sendo re-
compensado com a vitória.É interessante esta postura, pois
em copas anteriores era comum asequipes ficarem “e nsa ian do” n osprimeiros jogos.
Vamos, porém, quando chegar nasegunda etapa, ou seja, nas oitavasde finais, quando quem ganha fica,quem perde, sai.
Valteir NogueiraCarapina – Se r ra
Diego CostaNão dá para entender essa hipo-
crisia da torcida brasileira ao vaiar ojogador brasileiro Diego Costa quese naturalizou espanhol e está jo-gando pela seleção de futebol da-quele país.
Com certeza ele preferia jogar pelaSeleção Brasileira, mas Felipão nãodeu garantias que ele seria convoca-do, espertamente a Espanha deu agarantia de convocação e ele fez ocerto em optar pela seleção espa-nhola. Outros jogadores já fizeram
opção igual e não foram criticados,como Deco e Liédson que optarampela seleção portuguesa e atual-mente o zagueiro Pepe joga nessaequipe. Acho grande injustiça o queestão fazendo com Diego Costa.
Carlos Carvalho LoureiroJardim Camburi – Vitória
Sem educaçãoSe o mundo pensa que o povo bra-
sileiro é sem educação por vaiar apresidente Dilma, com certeza nãose enganaram: somos um povo sim,sem educação, sem saúde, sem se-gurança, sem mobilidade urbana,sem estradas, etc... agora mais quenunca sem paciência. Isso sim é de-m o c ra c i a .
Julio Cesar FrauchesGuarapari (ES)
Câncer brasileiroPensando bem a indústria auto-
mobilística é um câncer na vida dobrasileiro. A carga tributária e a lu-cratividade industrial/varejo sãoexageradas e o retorno é minúsculo.Haja paciência na mobilidade urba-na e, devido à péssima qualidade,até intransitáveis muitas das rodo-vias federais em áreas rurais.
As ruas e rodovias não se ade-quaram à quantidade de veículos:
recursos financeiros há em profu-são, mas são desviados para outrosfins que também sofrem com miste-riosos desvios, daí pouco ser inves-tido.
Quem paga o pato é o consumidor:um automóvel que no Brasil custaR$ 30 mil, no exterior, o mesmo podeser adquirido por R$ 10 mil. Os diver-sos ganhos e o Custo Brasil são exa-g e ra d o s .
Seria até benéfico fechar nossasfábricas ou aumentar em dez vezes,isto mesmo, dez vezes o valor venalpara reduzir drasticamente o núme-ro de veículos e facilitar a mobilida-de, mas infelizmente há incentivogovernamental às montadoras semse preocupar com mobilidade.
Humberto Schuwartz SoaresPraia da Costa – Vila Velha
Rio MarinhoDesde o ano de 2003 que se dis-
cute a revitalização e dragagem doRio Marinho em Cariacica e Vila Ve-lha. Inclusive a criação de parqueslineares nas suas margens. A pri-meira reunião foi feita na Assem-bleia Legislativa em 16/09/2003,com a presença do governador.
Daí pra frente, várias verbas vie-ram do governo federal, a última em2011, no valor de R$ 53 milhões. Na-da foi feito até agora, e ninguém falapra onde foram as verbas.
É função do Legislativo fiscalizar opoder Executivo... Mas, isto só fun-ciona na teoria. (...)
Enquanto isto, o Rio Marinho vaiagonizando e morrendo aos poucos,e as obras não saem do papel. Jánão sabemos o que fazer.
Pedro MaiaJardim da Penha – Vitória
Se n t i m e n ta l i s m oQuando éramos estudante nosso
professor de filosofia disse-nos quenão discutia com analfabetos por-que sempre perdia a discussão.
Ele tinha razão, porque as pes-soas de baixo nível cultural não têmargumentos racionais, discutemcom sentimentos pessoais, senti-mentais, e contra sentimentalismosnão há o que dizer. Os fanáticos ca-recem de lógica.
Quando um ser humano renunciaà lucidez não devemos contrariá-lo.Toda tentativa de lhe mostrar a ver-dade está condenada a falir. É o queobservamos no dia a dia.
Michel MameriCentro – Vitória
Mande sua correspondênciapara A Tribuna, seção Cartas,rua Joaquim Plácido da Silva,225 - Ilha de Santa Maria - CEP29051.070 - Vitória (ES) ou en-vie para o e-mail opiniao@rede-t r i b u n a . c o m . b r.
As cartas devem conter, obri-gatoriamente, nome completo,endereço, número da identida-de ou CPF e telefone. O tama-nho não pode exceder 800 ca-racteres (com espaço), e a pu-blicação depende de avaliaçãoprévia de conteúdo, podendoser reduzida, se necessário.
DIEGO COSTA: vaias da torcida
Não é preciso irtão longe paraidentificarmos
que essaprática aindase mantéme n ra i z a d a