Caso Clínico Siqueira
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Caso Clínico
Estagiária: Priscila Ferreira
_________________________________________________________________
Paciente G. C. S., 77 anos, aposentado (empresário de lojas de tubos e conexões),
casado, com diagnóstico clínico de DAC (pos RM) e com comorbidades associadas de
HAS, Dislipidemia, DM2 e Obesidade grau II. Sua queixa principal é o cansaço e falta
de ar durante o esforço, como subir e descer escadas ou andar mais rápido do que o
normal (sic). Sobre a história da moléstia atual relatou que sentia cansaço ao esforço, há
aproximadamente 25 anos atrás, e que um dia sentiu dor no peito em queimação onde
mensurou a pressão e esta, estava em torno de 240 x 90 mmHg, e foi ao médico no dia
seguinte; ficou internado na CTI em Ribeirão Preto em 1999, foi tratado com
medicamentos e realizou um cateterismo preventivo e recomendado a realizar cirurgia
cardíaca pois apresentava obstrução da artéria marginal e para prevenção de um possível
infarto do miocárdio. Em 2002, realizou revascularização miocárdica (2 pontes da
artéria radial para a artéria segunda marginal e 1 ponte da artéria mamária para artéria
descendente anterior). De 18/12/2014 até 09/01/2015 esteve internado no Hospital de
Ribeirão Preto, pois apresentou quadro de pneumonia e insuficiência renal realizando
neste período hemodiálise. Realiza Fisioterapia Cardiovascular na USE desde Março de
2013 onde foi transferido pela Santa Casa, onde fez Fisioterapia por aproximadamente
10 anos. O médico cardiologista que o acompanha é Dr. Miguel Mauad Neto. Sobre a
história pregressa relata já apresentou bronquite asmática até os 15 anos e CA em
bexiga urinária (2007) onde realizou citoscopia e cauterização; tem histórico familiar de
DAC, onde sua mãe apresentava DAC e a avó materna e seu pai HAS. Nunca fumou
mas, bebia socialmente; quando era bem jovem jogava bola depois se tornou sedentário
e hoje sofre de estresse e é ansioso (sic). Na Avaliação Física FC: 72 bpm, FR: 20 rpm e
SpO2 de 97 %. Sua altura de 1,68 cm e peso de 105 Kg (IMC: 37,2 (obesidade grau II -
DataSus). Relata não sentir precordialgia, porém, disse que ás vezes sente um
formigamento nas mãos quando caminha (“mas pego bolinhas e aperto com as mãos”),
edema nas pernas (“tomo Higroton para melhorar o inchaço”), fadiga durante o esforço,
noctúria (3/4 vezes por noite). Sente dispnéia quando sobe escadas ou anda mais
depressa que o habitual. Atualmente realiza 45 minutos aproximadamente, de
caminhada no clube (percorre por volta de 2.500 metros) 2x por semana e na USE
realiza Fisioterapia 3x por semana, com orientação médica e Fisioterapêutica. Em
alguns exames de radiologia constatou-se: osteófitos marginais em corpos vertebrais
lombares, redução dos espaços discais lombares, retificação da lordose lombar e
escoliose á Esq, como também osteopenia difusa em quadril e coluna lombar e
alterações degenerativas em joelho Dir e quadril Esq. Na avaliação postural se observou
alterações posturais como cabeça e ombros protrusos, ombro Dir mais elevado, leve
escoliose á Esq, hipercifose torácica, retificação da lordose lombar e joelhos varos.
Realizou flexão e extensão de tronco em blocos (tem déficit de equilíbrio), limitação de
flexores de quadril (abdômen proeminente), realiza agachamento apenas com apoio, tem
limitação na rotação de tronco (encurtamento) e não apresenta dor ciática ao elevar as
pernas. Relatou que sente dor em joelho Dir e na coluna lombar quando elevou a perna
Esq em decúbito dorsal. Em Fevereiro realizou Espirometria onde apresentou restrição
moderada, sem resposta satisfatória ao broncodilatador e disfunção ventilatória
inespecífica. Realizou em Março deste ano um teste ergométrico, onde chegou a atingir
55 w em bicicleta ergométrica e a interrupção ocorreu em 17:37 minutos, pois o
paciente atingiu apenas 69% (98 bpm) da FC máxima prevista (143 bpm) e manteve por
3 estágios consecutivos a PA (170/90 mmHg) e a FC (90 bpm); apresentou extra-
sístoles ventriculares monomórficas, isoladas frequentes durante todo o exame e
ausência de outras alterações eletrocardiográficas durante o esforço. Em Abril deste
ano, também realizou dopplerecocardiograma transtorácico, onde se observou dilatação
leve do átrio Esq, remodelamento concêntrico do ventrículo esquerdo, disfunção
diastólica leve do ventrículo esquerdo, dilatação leve da raiz da aorta, desempenho
sistólico e mobilidade segmentar dos ventrículos normais.
Tabela de medicações em uso:
Nome Classificação Dosagem (mg) Nº de vezes/dia
Benicard Anti-hipertensivo 40 1
Selozok Beta-bloqueador 50 1
Anlo Anti-hipertensivo 5 1
AAS Antiagregante plaquetário 100 1
Aglucosil Antidiabético 100 1
Lipidil Anticolesterolêmico 200 1
Crestor Anticolesterolêmico 10 1