Case -reservatórios_de_detenção_pluvial_em_terraços_de_cobertura_não_habitados

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CATEGORIA DESTAQUE TECNOLÓGICO RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO PLUVIAL EM TERRAÇOS DE COBERTURA NÃO HABITADOS

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CATEGORIA

DESTAQUE TECNOLÓGICO

RESERVATÓRIOS DE DETENÇÃO PLUVIALEM TERRAÇOS DE COBERTURA NÃO HABITADOS

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Para maiores informações sobre o Grupo Melnick Even,clique no botão para ver o vídeo institucional. https://www.youtube.com/watch?v=l9w6vTWEqSs

APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

A Melnick Even, com 21 anos de atuação no mercado gaúcho é uma das maiores incorporadoras do Rio Grande do Sul. Alia, por um lado, seu alto padrão de qualidade e conhecimento do mercado local à experiência e solidez da Even e, por outro, realiza projetos inovadores com alto padrão de execução e atendimento.

Em 2007, o grupo Melnick Even ampliou-se com a criação da Eixo-M, empresa que se destaca no ramo de prestação de serviços no setor da construção civil, atendendo os mais diferentes segmentos com qualidade, agilidade e cumprimento de prazos.

O Grupo Melnick Even conta atualmente com mais de 4.850 colaboradores. É certi�cada ISO 9001 desde 2001 e classi�cada com nível A pelo PBQP-H (Programa Brasile-iro de Qualidade e Produtividade no Habitat) sendo, atualmente, referência em Recursos Humanos na construção civil e líder em imóveis de alto padrão no mercado gaúcho.

Recebeu 2 prêmios Top de Marketing Promocional, 4 Top Ser Humano pela ABRH/RS e Top Cidadania/2010. Em 2011, a empresa foi uma das mais premiadas do estado, recebendo 3 Top de Marketing da ADVB/RS e o prêmio Mérito Ambiental por suas ações de responsabilidade ambiental, além do Prêmio Sinduscon de Responsabilidade Social. Em 2013, a Melnick Even foi agraciada com 8 prêmios no Sinduscon Premium 2012, dentre os quais os de Produtos e Lançamentos Imobiliários do ano - Grande Porte ( Ouro e Prata ) e Empresa do Ano.

Nos últimos três anos, a Melnick Even vem crescendo de forma consolidada a partir de uma estratégia de comercialização com foco no conceito arquitetônico diferencia-do de seus empreendimentos. Atualmente a empresa conta com 25 canteiros de obras, 830.000 m² em construções simultâneas, tendo 55 torres , 4 loteamentos/condomínios e 5.000 unidades sendo edi�cadas até o presente momento.

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CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

O contraste entre ambiente natural e a urbanização das grandes cidades, do ponto de vista da permeabilidade do solo

O processo de impermeabilização do solo nas grandes cidades e suas consequências

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CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

Grá�co vazão x tempo de retorno para redes com e sem dispositivos de armazenamento(Fonte: PDDrU, PMPA, 2005)

Page 5: Case  -reservatórios_de_detenção_pluvial_em_terraços_de_cobertura_não_habitados

CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

Exemplo de solução técnica para reservatório de detenção pluvial(Fonte: PDDrU, PMPA, 2005)

Exemplo de reservatório de detenção pluvial fechado(Fonte: PDDrU, PMPA, 2005)

Exemplo de reservatório de detenção pluvial aberto(Fonte: PDDrU, PMPA, 2005)

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CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

Empreendimento Nine - Fachada e Implantação

Empreendimento Supreme - Fachada e Implantação

Empreendimento DOC - Fachada e Implantação

Page 7: Case  -reservatórios_de_detenção_pluvial_em_terraços_de_cobertura_não_habitados

CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

Empreendimento Grand Park Eucaliptos - Fachada e Implantação

Page 8: Case  -reservatórios_de_detenção_pluvial_em_terraços_de_cobertura_não_habitados

CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

Esquema básico de projeto de reservatório de detenção pluvial em terraço de cobertura não habitado

DETALHE DE RECOLHIMENTOS COBERTURADESCARREGADOR DE FUNDO E EXTRAVASOR

S/ESCALA

Page 9: Case  -reservatórios_de_detenção_pluvial_em_terraços_de_cobertura_não_habitados

CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

Projeto de Reservatórios de detenção pluvial na cobertura do Nine Projeto de Reservatórios de detenção pluvial do Supreme

Projeto de Reservatórios de detenção pluvial do DOC Projeto de Reservatórios de detenção pluvial do Grand Park Eucaliptos.Observam-se as bacias nas coberturas das torres e na implantação ao nível do térreo

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CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

Page 11: Case  -reservatórios_de_detenção_pluvial_em_terraços_de_cobertura_não_habitados

CENÁRIO E JUSTIFICATIVA

Porto Alegre, assim como outras grandes cidades brasileiras e metrópoles de todo o mundo, vem sofrendo um processo constante de aumento da urbanização.Grandes áreas estão se tornando centros residenciais, com a crescente construção de loteamentos e condomínios.

A urbanização acelerada aumenta o grau de impermeabilidade do solo, provocando o escoamento das águas pela superfície, com baixa in�ltração, e reduzindo o tempo de retorno na ocorrência de chuvas, o que compromete seriamente os sistemas de drenagem existentes.

Os frequentes alagamentos veri�cados em pontos críticos da cidade têm ocasionado, nos últimos anos, sérios transtornos à população, com perdas materiais e até mesmo de vidas humanas.

O crescente grau de impermeabilidade dos solos nos centros urbanos vem gerando a quebra do ciclo natural das águas, o aumento do volume de escoamento, o aumen-to da velocidade de �uxo, e o consequente aumento das inundações.

A �gura demonstra que, enquanto o solo natural pode proporcionar até 90% de in�ltração, com apenas 10% de águas em escoamento pela superfície; o quadro se inverte totalmente nas grandes cidades, chegando a 99% de �uxo super�cial das águas de chuva e apenas 1% de in�ltração.

Os projetos de drenagem urbana tradicionais têm como �loso�a escoar a água precipitada o mais rapidamente possível para jusante. Este critério aumenta o nível de inundação das bacias hidrográ�cas urbanas.

Neste cenário, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre implantou o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDrU) e adotou uma série de medidas mitigadoras dos efeitos de inundações.

Atualmente, o Decreto nº 15.371, de 17 de novembro de 2006, regulamenta o controle da drenagem urbana e prevê a exigência do uso de dispositivos de amortecimen-to em todas as novas edi�cações implantadas em terrenos com área superior a 600 m².

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são dispositivos de armazenamento que retêm as águas pluviais por um certo período de tempo, reduzindo o pico de vazão à jusante e reduzindo a contribuição para a rede pluvial.

A multiplicação de dispositivos deste tipo nas cidades aumenta o tempo de retorno das águas de chuvas, recompondo as vazões a níveis aceitáveis pela rede pública disponível, o que atenua os riscos de inundação.

A retenção das águas de chuva pelo princípio de controle na fonte, por meio dos reservatórios de detenção, demonstraram e�cácia no retardo do escoamento, reduzindo os picos de vazão e contribuindo para a redução do efeito de inundações nas grandes cidades, o que, por si só, justi�ca os estudos realizados neste sentido.

OBJETIVOS E DESAFIOS

Projetar e dimensionar de forma adequada os reservatórios de detenção - também chamados bacias de detenção -, é o desa�o de projetistas e construtoras, visando regular os efeitos das chuvas intensas causadoras de inundações.

Segundo o Plano Diretor de Drenagem Urbana, o armazenamento pode ser efetuado em uma única grande bacia, ou em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, em passeios, gramados, estacionamentos e áreas esportivas. Desta forma, o volume total de detenção pode ser obtido em diferentes planos do lote.

Existe uma in�nidade de reservatórios de detenção que podem ser utilizados em um lote, e as condições básicas para seu dimensionamento são:

- limite da vazão de saída da área;- volume que permitirá o controle da vazão de saída;- cota da rede pluvial;- cota do terreno.

Em alguns casos, a cota da rede pluvial limita a profundidade de escavação e a cota onde o conduto de saída deve se posicionar, considerando a sua declividade. A profundidade de escavação torna-se um importante limite para a forma e volume dos reservatórios.

Durante os processos de projeto da Melnick Even, algumas condicionantes técnicas foram consideradas de especial impacto para o projeto e dimensionamento dos reservatórios de detenção.

Dentro destes princípios, tornou-se um desa�o para a empresa dimensionar os reservatórios de detenção e adequá-los aos projetos dos empreendimentos.

Condicionantes de projeto e localização passaram a ser determinantes neste processo, como, por exemplo:

- cota de saída muito super�cial, limitada pela profundidade e diâmetro das redes pluviais públicas;- impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- grandes dimensões dos reservatórios de detenção, face às dimensões dos terrenos;- limitações de altura determinadas pelo PDDU e COMAR;- limitações de pés-direitos para respeitar os limites de altura;- grandes dimensões dos empreendimentos, o que exige aprofundamento das redes a �m de respeitar as declividades.

A solução de subdivisão das bacias em pequenos reservatórios distribuídos dentro do lote, como preconiza o Plano Diretor de Drenagem Urbana, demonstrou-se uma solução viável técnica e economicamente, tornando o seu dimensionamento um desa�o para diversos empreendimentos.

GESTÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIAS ADOTADAS

Os reservatórios de detenção podem ter o seu volume distribuído em mais de uma unidade dentro do lote. Podem ser concebidos de forma fechada, enterrados ou a�orantes no terreno, ou de forma aberta, desde que seja garantida a sua funcionalidade e capacidade.

Diante destas possibilidades, a estratégia de projeto adotada para atingir o objetivo proposto foi a busca por uma solução técnica adequada, de baixo custo e baixo impacto, que pudesse viabilizar reservatórios de detenção para enfrentar as restrições impostas pelas condicionantes já descritas.

A solução encontrada foi utilizar dispositivos de retenção nos terraços dos empreendimentos, criando-se os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados

O sistema utiliza o princípio de controle na fonte, com retenção na origem, e redução do investimento no transporte e acúmulo das águas pluviais.

Veri�cou-se que alguns empreendimentos possuíam justamente algumas das di�culdades de implantação para reservatórios de detenção, seja pela existência de subsolos, seja pela pouca profundidade das cotas de saída, seja pelas suas grandes dimensões.

A empresa desenvolveu e viabilizou o uso de reservatórios de detenção nas coberturas não habitadas destes empreendimentos, devidamente aprovados no Departa-mento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Nine:Terreno: 17.718,87 m².Área de construção: 4.809,25 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição para a implantação de estruturas escavadas pelas características do solo, com o projeto arquitetônico não utilizando pavimento em subsolo, e considerando ainda a proximidade com o Arroio Dilúvio e o alto nível do lençol freático.- di�culdades construtivas para a execução de bacia moldada in loco sobre estrutura pré-moldada de concreto.- grandes dimensões do terreno e da bacia, reduzindo o aproveitamento de áreas comercializáveis e di�cultando as redes pluviais suspensas, devido à declividade das tubulações.

APRESENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJETO

As coberturas não habitadas dos empreendimentos Melnick Even têm, em geral, semelhantes características técnicas: terraços com lajes impermeabilizadas em manta asfáltica dupla aderida, isolamento térmico em XPS e piso constituído por uma camada de 5cm de brita ou um contrapiso armado, também com 5cm de espessura.Este método construtivo, onde não são utilizados telhados e calhas, permite a implantação de bacias de detenção nas coberturas. As bacias são dimensionadas em forma de lâminas inundáveis de 10 ou 15cm de altura.

O diâmetro de saída do descarregador de fundo é calculado pela metodologia de cálculo prevista no Caderno de Encargos do DEP e no Decreto Municipal 17.371, de 17.11.2006.

O controle do volume e vazão de saída é feito pelo estrangulamento do diâmetro de saída, devidamente calculado.

O extravasor é instalado em sóculos de alvenaria ou concreto impermeabilizados, garantindo a extravasão em caso de chuvas muito intensas que excedam o limite de capacidade da bacia, e nada mais são do que os próprios tubos de queda pluvial prolongados até o nível dos sóculos.

Por garantia adicional, um ladrão ainda é colocado na platibanda.

As águas pluviais recolhidas nas lâminas de cobertura durante as fortes chuvas, tanto pelo descarregador de fundo como, eventualmente, pelo extravasor, escoam por gravidade pelos tubos de queda pluviais para o ponto de saída, localizado na ligação pluvial à rede pública.

O sistema não substitui a necessidade de construção de reservatórios de detenção no nível do terreno, para o restante das águas pluviais não recolhidas na cobertura. Os Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura não Habitados reduzem o volume total de bacias a serem construídas, dentro do princípio de subdivisão do volume total de detenção, como preconiza o PDDrU.

O sistema atende a necessidade de contenção das águas de chuva, de acordo com o que rege os Planos Diretores de Drenagem Urbana (PDDrU) e de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) do município de Porto Alegre.

CRONOLOGIA DO PROJETO

Os ciclos de Projeto e Construção dos empreendimentos Melnick Even são longos, com cerca de 4 anos ou mais, desde a concepção até a entrega �nal do empreendimen-to.A ideia original dos Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados foi concebida para o empreendimento Grand Park Eucaliptos e replicada para as outras obras.

O primeiro projeto foi aprovado no DEP em 2011.

Atualmente, 2 reservatórios instalados em cobertura já estão concluídos e em funcionamento, com vistoria aprovada pelo DEP.

Os demais estão em fase �nal de construção, devendo ser vistoriados em 2015.

FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E RECURSOS NECESSÁRIOS

A solução para Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados demonstrou-se viável em termos de recursos humanos, �nanceiros e materi-ais nos empreendimentos apresentados.

Recursos humanos: Na etapa de projetos, estima-se um consumo de 20 horas/homem de projeto para �ns de viabilização do sistema, elaboração e aprovação junto ao DEP do projeto hidrossanitário, o que re�ete sua baixa complexidade.

Recursos �nanceiros e de materiais: O custos de implantação do sistema são praticamente irrelevantes, uma vez que utilizam a estrutura e soluções técnicas já existentes nos terraços de cobertura, exigindo tão somente a correta disposição dos descarregadores de fundo e a construção dos sóculos dos extravasores.

Além disso, aplica-se ao sistema signi�cativa redução de custos com a parcela dos reservatórios de detenção dispensada pelo uso das bacias na cobertura.O acompanhamento do processo é extremamente simples: uma vez aprovado o projeto no DEP, cabe à equipe da obra a sua execução e vistoria no �nal da obra.

RESULTADOS ALCANÇADOS

Entende-se que o sistema de Reservatórios de Detenção Pluvial em Terraços de Cobertura Não Habitados apresenta resultados tangíveis, quantitativos e qualitativos, para a empresa e para a indústria da construção civil, tornando-se uma alternativa simples e prática para o projeto e dimensionamento de reservatórios de detenção pluviais.

Dentre os benefícios, podemos enumerar:

- criação de um sistema alternativo de detenção de águas pluviais, com baixo custo e de baixo impacto ambiental, empreendendo um processo de projeto que atende com qualidade os requisitos de escopo, preço e prazo de execução;- atendimento à legislação vigente, às normas brasileiras e às boas práticas construtivas;- dimensionamento de um reservatório que atende ao volume de detenção proporcional, alcançando por gravidade a cota de saída da rede pública, quando limitada pela profundidade e diâmetro da rede existente;- encontro de uma alternativa técnica diante da impossibilidade de uso de reservatório de detenção enterrado sob o piso dos subsolos, devido à cota de saída;- subdivisão de reservatórios de detenção de grandes dimensões;- obtenção da retenção das águas de chuva na origem, com aumento do tempo de retorno, atenuando a vazão de pico e a velocidade de �uxo, e mitigando inundações;- contribuição para restaurar o ciclo natural das águas;- contribuição para o controle de oscilação dos níveis de rios e riachos;- redução dos custos diretos das instalações pluviais, com redução de custos em transporte das águas, tubulação interna e dimensões dos reservatórios instalados ao nível do solo.

Os empreendimentos Melnick Even que possuem esta solução técnica instalada têm apresentado os seguintes resultados:

Nine:- 10 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 83,40 m³ de volume de detenção nas coberturas.- volume restante em reservatório de detenção ao nível do 2º pavimento.- resolução dos volumes de detenção sem impacto nas fundações e contenções, face as di�culdades com o tipo de solo.

Supreme:- 01 grande reservatório de detenção no terraço de cobertura.- 86,43 m³ de volume total de detenção na cobertura.- reservatório de detenção inferior linear em tubos de concreto de 60cm de diâmetro.- resolução das questões de cota de saída e restrições de nível.

DOC:- 02 grandes reservatórios de detenção no terraço de cobertura.- 95,86 m³ de volume total de detenção na cobertura.- 70,20 m³ restantes em reservatório de detenção ao nível do solo.

Grand Park Eucaliptos:- 7 reservatórios de detenção nos terraços de cobertura.- 380,00 m³ de volume total de detenção nas coberturas.- 314,00 m³ restantes em reservatórios de detenção ao nível do térreo, em bacias de detenção laminares sob piso elevado.- resolução da questão da baixa profundidade da rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus.

A Melnick Even procura, através da busca por soluções técnicas economicamente viáveis no presente, trazer a sua contribuição para a preservação do meio ambiente, sem comprometer as oportunidades de gerações futuras.

Grand Park Eucaliptos:Terreno: 17.669,54 m².Área de construção: 65.078,09 m², distribuída em 7 torres residenciais, com um único subsolo de estacionamento.Condicionantes técnicas:- limitação de altura pelo PDDU, com restrições do número de pavimentos, exigindo ajustes de pés-direitos em pavimentos de subsolo e térreos.- rede pública de esgoto pluvial em frente ao imóvel com restrições de locação e pequena profundidade em função da passagem das adutoras de grande diâmetro da Hidráulica do Menino Deus, localizada na Rua Barão de Guaíba, junto à Igreja do Menino Deus. As adutoras trazem a água do Rio Guaíba para a hidráulica através de 4 dutos de diâmetros superiores a um metro, margeando o empreendimento nas Ruas Silveiro e Barão de Guaíba.- forte condicionante determina rígido limite para as cotas de saída das redes de esgoto pluvial por sobre as adutoras, impedindo o uso de reservatórios enterrados sob o piso do estacionamento.Este empreendimento utilizou a solução técnica de reservatórios nas coberturas, além do conceito de um Sistema de reservatório de detenção de águas pluviais sob piso elevado integrado a reservatório de irrigação ascensional, utilizado no pavimento térreo, e já apresentado no Sinduscon Premium 2012, recebendo o destaque em Práticas Sustentáveis.

Supreme:Terreno: 21.348,90 m².Área de construção: 4.788,03 m², distribuída em 1 torre residencial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial, devido ao nível da rede existente na Av. Princesa Isabel, com cerca de 1,00m de profundidade, o que resultou em uma limitação de altura para a bacia inferior.- adotou-se uma bacia linear com tubos de concreto ao nível do solo e os reservatórios complementares nas coberturas não habitadas.

DOC:Terreno: 18.160,68 m².Área de construção: 4.495,70 m², distribuída em 1 torre comercial.Condicionantes técnicas:- restrição na cota de saída do pluvial devido à baixa profundidade da rede na Rua Ramiro Barcelos.- utilização de telhado verde plano nos terraços da cobertura não habitada favoreceu a instalação de reservatório de detenção sob o piso elevado.

Supreme: Reservatório de Detenção Pluvial em Terraço de Cobertura Não Habitado

Grand Park Eucaliptos: Reservatório de Detenção Pluvial em Terraço de Cobertura Não Habitado