CASA EDITORIAL - Editora CEAC · sobre crianças índigo, mas não entendi quem são essas...

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A instabilidade faz parte da vida, encaramos começos e fins a todo mo- mento. O que nos dife- re muitas vezes é a forma como lidamos com os reco- meços. Fazemos diferente? Tiramos proveito dos erros para nos tornarmos melho- res? Francamente nem sem- pre... Mas quando a gente descobre aquela luz inter- na, quando percebe que ela sempre esteve lá, a caminha- da se torna bem diferente! A história a seguir é real, mas os nomes foram trocados. Valéria trabalha- va com seguros e o marido, Antônio, era vendedor. Há alguns anos os dois ficaram desempregados ao mesmo tempo. “Ficamos em uma situação difícil porque, além de não arrumarmos emprego, o casamento ficou abalado, as meninas (duas filhas) não entendiam bem porque não podíamos mais comer fora, por exemplo. O momento mais difícil foi es- cutar uma filha pedindo por uma pizza e não ter condi- ções de comprar. Dói muito você dizer não a uma filha por esse motivo. Isso mar- cou muito”, contou Valéria. Hoje Antônio é moto- rista e a esposa, massotera- peuta. Aos poucos a família conseguiu seu recomeço e, apesar dos obstáculos que sempre surgem, eles es- tão mais unidos. “Nós só conseguimos dar a volta por cima porque nos de- dicamos um aos outro de todo coração e deixamos que Deus nos conduza”. Essa entrega a uma busca de novas possibili- dades, de um novo olhar para as experiências que a vida nos traz, é o que su- gere Adeilson Sales em O Homem Que Ouvia Es- trelas. “A capacidade de ouvir estrelas não está li- gada aos ouvidos, mas ao coração”, frisa o autor. O livro, que é o mais recente lançamento da Editora Ceac, traz uma história de amor e suspen- se ao retratar um homem que ouve e fala com estre- las. Um personagem que faz o leitor se questionar ao longo de toda a trama. O poema “Via Lác- tea”, de Olavo Bilac, serviu de inspiração para a obra. “Olavo Bilac nos encanta dizendo que só quem ama é capaz de ouvir e de enten- der estrelas. Podemos citar inúmeros personagens da história da humanidade que foram capazes de ouvir e de entender as estrelas por muito amarem seu seme- lhante”, completa Adeilson. página 2 Um espaço para aquele bate papo com alguns escritores e estudiosos. SALA DO LEITOR JC ADOLESCENTE Em nossa estante agora há obras voltadas pra você, jovem! página 3 MITOS & VERDADES Richard Simonetti é nosso primeiro convidado. Em cada edição um tema polêmico. página 4 ANO I Edição Bimestral - Setembro/Outubro de 2013 - Nº 1 Se você também ouve estrelas, bem-vindo! Se quer aprender, a hora é agora.

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Page 1: CASA EDITORIAL - Editora CEAC · sobre crianças índigo, mas não entendi quem são essas crianças. O que elas têm de diferente das outras?” Marisa Fonte, au-tora do livro Minha

A instabilidade faz parte da vida, encaramos começos e fi ns a todo mo-mento. O que nos dife-re muitas vezes é a forma como lidamos com os reco-meços. Fazemos diferente? Tiramos proveito dos erros para nos tornarmos melho-res? Francamente nem sem-pre... Mas quando a gente descobre aquela luz inter-na, quando percebe que ela sempre esteve lá, a caminha-da se torna bem diferente!

A história a seguir é real, mas os nomes foram trocados. Valéria trabalha-va com seguros e o marido, Antônio, era vendedor. Há alguns anos os dois fi caram desempregados ao mesmo tempo. “Ficamos em uma situação difícil porque, além de não arrumarmos emprego, o casamento fi cou abalado, as meninas (duas fi lhas) não entendiam bem porque não podíamos mais comer fora, por exemplo. O momento mais difícil foi es-cutar uma fi lha pedindo por uma pizza e não ter condi-ções de comprar. Dói muito você dizer não a uma fi lha por esse motivo. Isso mar-cou muito”, contou Valéria.

Hoje Antônio é moto-rista e a esposa, massotera-peuta. Aos poucos a família conseguiu seu recomeço e, apesar dos obstáculos que sempre surgem, eles es-tão mais unidos. “Nós só conseguimos dar a volta por cima porque nos de-dicamos um aos outro de todo coração e deixamos que Deus nos conduza”.

Essa entrega a uma busca de novas possibili-dades, de um novo olhar para as experiências que a vida nos traz, é o que su-gere Adeilson Sales em O Homem Que Ouvia Es-trelas. “A capacidade de ouvir estrelas não está li-gada aos ouvidos, mas ao coração”, frisa o autor.

O livro, que é o mais recente lançamento da Editora Ceac, traz uma história de amor e suspen-se ao retratar um homem que ouve e fala com estre-las. Um personagem que faz o leitor se questionar ao longo de toda a trama.

O poema “Via Lác-tea”, de Olavo Bilac, serviu de inspiração para a obra. “Olavo Bilac nos encanta dizendo que só quem ama é capaz de ouvir e de enten-der estrelas. Podemos citar inúmeros personagens da história da humanidade que foram capazes de ouvir e de entender as estrelas por muito amarem seu seme-lhante”, completa Adeilson.

página 2

Um espaço para aquele bate papo com alguns escritores e estudiosos.

SALA DO LEITOR

JC ADOLESCENTE

Em nossa estante agora há obras voltadas pra você,jovem!

página 3

MITOS & VERDADES

Richard Simonetti é nosso primeiro convidado. Em cada edição um tema polêmico.

página 4

CASA EDITOCASA EDITOCASA EDITORIALRIALRIALANO I Edição Bimestral - Setembro/Outubro de 2013 - Nº 1

Se você também ouve estrelas, bem-vindo!Se quer aprender, a hora é agora.

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2 Casa Editorial ■ Setembro/Outubro de 2013

Casa Editorial - Boletim informativo da Editora Ceac do Centro Espírita “Amor e Caridade” de Bauru - SPCoordenação: Renato Leandro de OliveiraJornalista Responsável: Roberta Sacramento

Colaboradores: Adeilson Salles, Edmar Cotrim, Everton Alta� m, Lina Giachetti, Marisa Fonte, Richard SimonettiProjeto Gráfi co: Editora Ceac - Impressão: Grá� ca Sena Tiragem: 2.000 exemplares - Distribuição gratuitaEditora Ceac: Rua XV de Novembro, 8-55 - 17015-041

Seja bem-vindo à nossa Casa Editorial, que tem paredes de folhas de papel e é colorida com pin-céis de palavras. Nela são desenhadas janelas para a nossa alma vislumbrar um mundo ideal, contrário a esse que está aí, marcado pelo enfrentamento ideoló-gico, religioso e até mes-mo físico. São refl exos do nosso grau de evolução.

O nosso chão é sólido, está revestido de conceitos contidos nas obras bási-cas do Espiritismo. Nossas portas são feitas de conhe-cimento vindo das informa-ções e dos textos de nossos autores e colaboradores.

Mesmo quando vie-rem tempestuosas críticas, nossas paredes não sofrerão abalos, porque o alicerce foi preparado com uma mistura de Amor e caridade, recei-ta de nosso Mestre Jesus.

As chaves serão en-tregues a você leitor, que deseja habitar nesse espa-ço da palavra que provoca, orienta, conforta e ilumina.

Esse é um espaço reservado para aquele bate papo com alguns escritores e estudiosos. Se você tem dúvida sobre alguma ex-pressão, se quer trocar uma ideia sobre o que leu nas obras da Editora Ceac ou se simplemente quer contar sua experiência, esse é o lugar!

A pergunta a seguir é de Mafalda Helena, de Belo Horizonte – MG.

“Já li alguma coisa sobre crianças índigo, mas não entendi quem são essas crianças. O que elas têm de diferente das outras?”

Marisa Fonte, au-tora do livro Minha vida do outro lado da vida, é a primeira a responder.

“O índigo é uma plan-ta da Índia da qual se extrai a coloração típica das cal-ças jeans. As crianças ín-digo são assim chamadas porque a Dra. Nancy Ann Tape observou que a aura delas tem tonalidade azul.

O assunto é contro-verso, mas pesquisando a abordagem do médium e orador espírita Dival-do Pereira Franco, chega-mos a algumas conclusões. Essas crianças vieram de outra dimensão, e reen-carnaram em grande nú-mero a partir dos anos 80. O fato exigiu e con-

tinua exigindo mudança de padrões metodológicos a pedagogia e nova psi-coterapia. Tais crianças vieram para continuar o desenvolvimento intelec-to-moral da Humanidade.

Elas possuem alto ní-vel de inteligência, e foram classifi cadas em quatro gru-pos: artistas (criativos em qualquer área a qual se de-diquem), humanistas (muito sociais, desastrados e hipe-rativos), conceituais (mais voltados para os projetos do que para as pessoas) e in-terdimensionais ou transdi-mensionais (não se enqua-dram nos padrões acima).

O relacionamento com essas crianças não é dos mais fáceis, pois a elas não adianta impor. São re-beldes, não aceitam ordens, e não aceitam a autoridade sem que haja para isso uma explicação ou alternativa.

São crianças um pouco destrutivas, pois são curiosas, e desmon-tarão um objeto para ver como ele funciona.

Porém, serão conquistadas pela ternura, devendo ser educadas apelando-se para a lógica e o diálogo. Os pais devem orientá-las para que tenham boas maneiras, levem uma vida saudável, tenham um coração mais afável e aprendam a orar.”

Edmar Cotrim, autor do livro Qual é a sua? tam-bém nos fala sobre o tema.

“Essas crianças se-riam uma geração de espí-ritos enviados ao mundo para renovar as relações humanas, estabelecendo novos padrões de compor-tamento baseados no amor.

Até aí, tudo bem e essa parece uma ideia que casa muito bem com os princípios espíritas. Mas só parece.

Quando são descritas, percebe-se que elas não são tão evoluídas. São muito inteligentes sim, mas muito pouco sociáveis, sentem-se nobres, resistem à autorida-de e podem até fi car agres-sivas quando contrariadas! Esse tipo de Espírito pa-rece que a Terra já abriga muitos, e há muito tempo!

O Espiritismo afi r-ma que a transformação do planeta num mundo melhor será resultado da renovação moral de seus habitantes, encarnados e desencarna-dos, ou seja, todos nós!”

EDITORIAL SALA DO LEITOR

Colaboradores: Adeilson Salles, Edmar Cotrim, Everton Alta� m, Lina Giachetti, Marisa Fonte, Richard Simonetti

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

Renato Leandro de Oliveira

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3Casa Editorial ■ Setembro/Outubro de 2013

E se Jesus Cristo vol-tasse à Terra nos dias atu-ais? Como ele seria? Como agiria? Quais as situações em que poderia se envol-ver? O Evangelho segundo um Adolescente, de Adeil-son Salles, trata exatamente dessa possibilidade ao re-cortar um espaço no tempo e narrar a história de JC, um adolescente da atualidade.

De acordo com o au-tor, a ideia é levar aos jo-vens a mensagem de Jesus de forma leve e transparen-te. O livro será lançado nas principais cidades brasilei-ras em outubro pela Editora Ceac.

Cinco mil exempla-res serão distribuídos nesta

primeira tiragem. Para Re-nato Leandro de Oliveira, coordenador editorial da Editora Ceac, a repercussão positiva da obra é inevitá-vel. “A nossa satisfação é grande em atender um mer-cado carente de livros neste segmento. É isso que nos deixa seguros.”

Essa segurança é sen-

tida também pelo autor, que considera O Evangelho se-gundo um Adolescente sua obra mais importante dentre os mais de 50 livros escri-tos. “Imaginei uma passa-gem da vida de Jesus nos dias de hoje com o objetivo de aproximar a mensagem do Cristo aos adolescentes, sem intervenção religiosa”, explicou.

A ideia é repassar os valores básicos de amor, afeto, amizade e convi-vência de forma simples e interessante. Falar sobre o relacionamento entre pais e fi lhos de forma que ajude ambos a compreenderem as

difi culdades da convivên-cia.

Uma forma encontra-da pelo escritor de conectar o comportamento dos jo-vens de hoje com o dos ho-mens que viveram na época de Cristo, foi desenvolver personagens bem fora dos estereótipos. Pietra é um exemplo, uma personagem negra e companheira fi el de JC, o personagem central.

O que os jovens pensam? Alguns integrantes da

Meac, a Mocidade Espíri-ta do Ceac estão ansiosos pelo lançamento do livro. Matheus Gimenes, 17, é um deles e pontua que o jovem é um ser muito complica-do. “Tudo tem proporções descomunais. As emoções

estão à fl or da pele e vemos problemas em tudo: na es-cola, com amigos, nos rela-cionamentos. Essa instabi-lidade emocional nos tira a serenidade”, explicou.

Para Matheus, é mui-to bom que sejam lançadas mais bibliografi as para o jovem trazendo conselhos e exemplos das situações cor-riqueiras do dia a dia.

Alam Nagatomo, que também faz parte da Meac ressaltou que é importante para o jovem ler sobre as-suntos que tocam o seu ín-timo. “Alcoolismo, pressão familiar, difi culdades de convivência em família, fal-ta de exemplo dos responsá-veis estão entre as questões que afl igem os jovens”.

Um homem foi preso suspeito de pedofi lia. Na casa dele a polícia apreendeu um computador com fotos, vídeos e anotações. O texto é fi ctício, mas a situação é bem real. Lemos nos jornais, assistimos na tv, mas nem sempre nos dispomos a prestar atenção, olhar para o lado e até ensinar as nossas crianças a terem cuidado. O pe-rigo, grande parte das vezes, está dentro da nossa casa!

É indispensável saber que site as crianças aces-sam quando estão na internet, saber com quem elas conversam, o que elas assistem... mas orientar sobre esse assunto nem sempre é fácil. Então, por que não torná-lo leve? Educar de um jeito lúdico, até mesmo usando personagens de contos de fadas? Esse é o pro-pósito de Chapeuzinho E-mail, o primeiro livro infantil lançado pela Editora Ceac. Adeilson Salles, autor ex-periente com o público infantil, é quem assina a obra.

Em entrevista ao Casa Editorial, o escritor disse que a escolha do clás-sico da literatura mundial é um facilitador para a divul-gação do tema. “Eu resgato uma estória infantil de to-dos os tempos dando a ela uma nova roupagem para os dias de hoje. O assunto

é tratado com sensibilidade pelos personagens e a estória não perde o encanto por isso. Quando escrevi esse texto quis criar um instrumento literário capaz de auxiliar pais e educadores em geral a falar com clareza e ternura de um problema dos nossos tempos. A estória tem muito bom humor, simplicidade e objetividade no trato desse tema.”

Adeilson Salles

Matheus Gimenes

A estreia com o público infantil

O Evangelho segundo um Adolescente

A estreia com o público infantilA estreia com o público infantil

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4 Casa Editorial ■ Setembro/Outubro de 2013

O que nós quere-mos? Ter você na nossa sala de estar, bater um papo, tro-car uma ideia e, claro, sem-pre ler um bom livro. Nós queremos a sua opinião, as suas sugestões, queremos conhecer as suas dúvidas e mais do que tudo, as suas histórias!

Para estreitar esses laços a gente tem vários atalhos. Você, por exemplo, já acessou nossas páginas nas redes sociais? Tome nota! www.facebook.com/editoraceac.bauru e twitter @editoraceac.

Se você é do tipo que prefere escrever bastante e de maneira mais reservada, nosso email: [email protected].

Quer conversar à

moda antiga? O telefone é 14 3227-0618. Nós somos o canal de contato entre leito-res e autores, somos os me-diadores desse mundo dos livros. Além de promover a interação entre esses dois lados, nós também te apro-ximamos da nossa livraria, de forma virtual. Pelo site

www.ceac.org.br/editora/loja você tem acesso a todo

o nosso acervo, preços e formas de pagamento. Fi-que tranquilo, a gente está acostumando a enviar as obras para todo o Brasil.

Então fica combina-do: você lê e depois a gente conversa!

Existem casos que nos deixam bastante curiosos. São invenções ou realidade? Em cada edição nós traremos um tema polêmico nesta co-luna e um renomado autor para nos esclarecer. Para a estreia, o expositor e escritor Richard Simonetti é o nosso convidado.

O assunto de hoje é so-bre mensagens mediúnicas.Às vezes tomamos conheci-mento de algumas assinadas por grandes personalidades nas mais diversas áreas de atuação. Qual a probabilida-de delas serem autênticas? E qual é a melhor maneira de avaliarmos o seu conteúdo?

A lógica e o bom senso

“Manifestações desse tipo devem ser encaradas com re-servas, porquanto, não raro, partem de mistificadores que usurpam o nome de persona-lidades ilustres para serem aceitos. Considerando-se, en-tretanto, as exceções, há dois fatores que nos permitem avaliar sua autenticidade.

O primeiro é a credibilida-de do médium. Eu encararia com interesse e seriedade a mensagem de ilustre estran-geiro psicografada por Chico Xavier.

O segundo, o mais impor-tante, é preconizado por Allan Kardec: analisar a mensagem e passá-la pelo rigoroso cri-vo da razão a fim de ver se é compatível com a lógica e o bom senso. Há muita fanta-sia veiculada com a chancela de nomes ilustres.”

Richard Simonetti

MITOS & VERDADESUm jornal de todos e para todos: queremos sua opinião