Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

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Esta cartilha é o resultado de uma das metas propostas no “Projeto Casa Assessoramento técnico para recuperação e adequação das habitações” cujo objetivo principal foi obter o diagnóstico das condições de habitabilidade das moradias. A cartilha apresenta as principais etapas de uma construção civil para disseminação dessas práticas. Coordenação: Profª Dra. Glacir Terezinha Fricke Execução do Curso de Capacitação: Profº André Penteado, Profº Marcus Vinicius Massak, Pratico João Alves de Souza Execução da Cartilha: Profª Priscila Machado Meireles, Arqº Alexandre Torricelli do Amaral Agradecimento: Profº Nelson Rossi, Profº Alberto Luiz Francato, Engº João Alex Franciscon Vaz, Profº José Antonio de Milito

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PROJETO CASA

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Esta cartilha é o resultado de uma das metas propostas no “Projeto Casa Assessoramento técnicopara recuperação e adequação das habitações” cujo objetivo principal foi obter o diagnóstico dascondições de habitabilidade das moradias. A cartilha apresenta as principais etapas de umaconstrução civil para disseminação dessas práticas.

A elaboração desta baseou-se no acompanhamento do Curso de Capacitação para Pedreiros.ministrado, pelo corpo docente e discente dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo, Administração,Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos Materiais daUniversidade São Francisco.

A inovação em relação às outras cartilhas pesquisadas é a inclusão da revisão da Matemática Básicaaplicada à construção civil e a Leitura de Desenho.

A pesquisa realizada serviu de suporte para a elaboração deste trabalho que utilizou como baseprincipal o folheto “MÃOS À OBRA” produzido e distribuído gratuitamente pela ABCP. Na cartilha foramincluídas também informações de diversas outras publicações, visando ilustrar e facilitar acompreensão do material.

Este projeto teve o apoio financeiro do FINEP, Prefeitura Municipal de Itatiba, CNPQ e UniversidadeSão Francisco.

03FONTE: PROJETO CASAPROJETO CASA

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

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04 PROJETO CASA

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MATEMÁTICA

LEITURA DE DESENHO

TERRENO

LOCAÇÃOFUNDAÇÃO

PREPARO CONCRETO

PREPARO ARGAMASSA

ALVENARIA

LAJE

TELHADO

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - ÁGUA

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

REVESTIMENTO - PISO

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS - ESGOTO

REVESTIMENTO - PAREDE

SUMÁRIO

07

13

19

2123

27

31

33

41

45

51

57

59

65

69

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05PROJETO CASA

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06 PROJETO CASA

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QUATRO OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Verificar o conhecimento dos alunos sobre as quatro operações fundamentais: soma, subtração,multiplicação e divisão.

MATEMÁTICA

Um pedreiro ganha R$ 35,00 por dia de trabalho. Quanto ele receberá por dois dias trabalhados?

Este mesmo pedreiro quanto receberá no final do mês, sendo que ele trabalhou 20 dias?

Se o pedreiro faltou dois dias do mês. Quanto ele receberá no final do mês?

O armador de ferragem de uma obra tem uma barra de ferro com 10 metros de comprimento. Eleprecisa cortar estribos com 1 metro cada um. Quantos estribos ele conseguirá?

MATEMÁTICA

RESOLVA OS PROBLEMAS

Os alunos se organizarão em grupos de três pessoas para o desenvolvimento das atividades destasegunda parte da aula.

CÁLCULO DE PERÍMETRO

Medir a sala de aula e responder:Qual é a largura da sala de aula? Qual é o comprimento da sala de aula?Somar as medidas obtidas (duas larguras mais dois comprimentos) Qual foi o resultado?

Esta medida é o perímetro da sala de aula. Apresente três razões que justifiquem um trabalhador daconstrução civil saber calcular o perímetro.

RESOLVA OS PROBLEMAS

PROJETO CASA FONTE: PROJETO CASA

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Base x Altura

Base x Altura (lado x lado)

(Base x Altura) ÷ 2

O retângulo ao lado possui as seguintes medidas:base = 16 cm e a altura = 9 cmCalcule o perímetro e a área?PERÍMETRO =ÁREA =

O quadrado ao lado possui as seguintes medidas:base = 9 cm e a altura = 9 cmCalcule o perímetro e a área?

O triângulo ao lado possui as seguintes medidas:base = 16 cm e a altura = 9 cmCalcule a área?

Os tipos de Triángulos são: Isósceles, Escaleno, Equilátero e Retângulo.

PERÍMETRO =ÁREA =

ÁREA =

CÁLCULO DE ÁREA

MATEMÁTICA

08

Base =16 cm

Altura=9 cm

Base =9 cm

Altura=9 cm

Base =16 cm

Altura=9 cm

Triângulo Isóceles2 lados iguais

Triângulo Equilátero3 lados iguais

Triângulo Escalenotodos lados diferentes

Triângulo Retângulo1 ângulo reto

Na construção civil é muito importante saber calcular a área de determinado local e também o seuperímetro. A seguir apresentamos as formas mais comuns e como calculá-las.

ÁREA DO RETÂNGULO

ÁREA DO QUADRADO

ÁREA DO TRIÂNGULO

PROJETO CASAFONTE: PROJETO CASA

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RESOLVA OS PROBLEMAS

Apresente razões que justifiquem um trabalhador da construção civil saber calcular a área?

Calcule a área de um terreno retangular com 10 metros de frente e 25 metros de profundidade?

Calcule a área de um terreno triangular com base igual 20 metros e 15 metros de altura.

Compare os resultados obtidos no exercício anterior e verifique quais são as medidas e a figurageométrica que apresenta a maior área.

09

MATEMÁTICATriângulo Retângulo, este é o mais importante para a área da Construção Civil,pois forma ângulo reto (90º). Este triângulo auxiliará na locação da obra.

O círculo ao lado possui raio igual a 10 cm.Calcule o perímetro e a área?

Área = (3,14) Raio²Perímetro = 2 x (3,14) x Raio

π xπ

PERÍMETRO =ÁREA =

5 cm3 cm

4 cm

ÁREA DO CÍRCULO

PROJETO CASA FONTE: PROJETO CASA

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CÁLCULO DE VOLUMEAlém do perímetro e da área, na construção civil, frequentemente necessitamos calcular o volume.A seguir apresentamos algumas fórmulas mais usadas.

Área Base x Altura(Lado x Lado x Altura)O cubo ao lado possui as seguintes medidas:lados = 9 cm e a altura = 9 cmCalcule o volume deste cubo?

O cilindro ao lado possui as seguintes medidas:Raio = 10 cm e a altura = 15 cmCalcule o volume deste cilindro?VOLUME

VOLUME =

O paralelepípedo ao lado possui as seguintes medidas:lados = 9 cm e 20 cm e altura = 10 cmCalcule o volume deste paralelepípedo?VOLUME =

=

Área Base x Altura(Lado x Lado x Altura)

Área Base x Altura

VOLUME DO CUBO

VOLUME DO PARALELEPÍPEDO

VOLUME DO CILINDRO

9 cm

20 cm

Raio=10 cm

RESOLVA OS PROBLEMAS

Faça o cálculo do perímetro do baldrame que será necessário para executar a fundação da obra. Useo projeto arquitetônico da aula da leitura de desenho, fornecido pelo professor.

Faça o cálculo das áreas dos pisos utilizando a mesma planta fornecida.

Faça o cálculo da quantidade de tijolos necessários para a execução da obra toda, considerando osseguintes casos:

A) a quantidade de tijolos maciços necessários para executar um metro quadrado de paredede meio tijolo é de 76 tijolos.B) a quantidade de tijolos maciços necessários para executar um metro quadrado de paredede um tijolo é de 150 tijolos.C) A quantidade de tijolos do tipo baiano para executar um metro quadrado de parede demeio tijolo é de 30 tijolos.D) A quantidade de tijolos do tipo baiano para executar um metro quadrado de parede de umtijolo é de 50 tijolos.

MATEMÁTICA

10 PROJETO CASAFONTE: PROJETO CASA

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CÁLCULO DE PORCENTAGEMOutro cálculo muito usado na construção civil é a porcentagem serve para calcular desnível deterreno, desnível de telhados e escadas. O desnível pode ser calculado usando uma regra de três.

RESOLVA OS PROBLEMAS

Um terrreno com 20 metros de profundidade tem um caimento de 2 metros. Qual é o desnível doterreno.Se o comprimento de 20m corresponde a 100%, o desnível de 2 metros corresponde ao percentualdo caimento do terreno.

Quantos metros de desnível têm um terreno de 80 metros com o caimento de 15%? Siga o mesmoraciocínio do exercício anterior.

Para que as águas da chuva escoem facilmente do telhado ele tem uma inclinação de 30%. Estepercentual depende do tipo de telha, da especificação do fabricante e do vão que ela vai cobrir detelhado.

A) Calcule a altura do telhado cuja inclinação é 30% sabendo que ele cobre 10 metros decomprimento?B) Calcule o percentual de inclinação de um telhado com 15 metros e um caimento de 6metros?

Portanto20 - 100%2 - x x = (2 x 100) / 20

x = 10%

Portanto80 - 100%x - 15% x = (15 x 80) / 100

x =

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MATEMÁTICA

PROJETO CASA FONTE: PROJETO CASA

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12 PROJETO CASA

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LEITURA DE DESENHO

A PLANTA

Nesse capítulo aprenderemos a ler plantas e cortes, poisantes de aprender como contruir uma casa precisamosentender os desenhos, só dai saberemos como devemosfazer.Já ouvimos várias vezes a expressão "planta", porémmuitas vezes nos confundimos em como ela é desenhadarepresentada.

Desenho representando umaplanta

A planta é a simulação de um corte na construção,aproximadamente a 1,50m acima do piso e depoisconsiderada como se retirássemos a parte de cima daconstrução. Veja na figura abaixo.

Desenho da construção.Corte passando

1,50m de altura.

Desenho daplanta.

Agora sabemos como entender a representação daplanta, nele são representados paredes, portas,janelas, piso, projeção da cobertura.

1,50m

4,60

3,30

5,00

1,00

PROJETO CASA FONTE: DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO - GILDO MONTENEGRO

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Abaixo podemos entender melhor os elementosdesenhados na planta.

ELEMENTOS DA PLANTA

LEITURA DE DESENHO

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1 - Linhas Tracejadas -representam a projeção dacobertura, tambémchamado de beiral.

2 - Paredes representadasem linhas grossas parademonstrar a parede sendocortada.

3 - Esquadriasrepresentadas em linhasmédias para demonstraronde a esquadria écortada.

4 - Pisos representadosem linhas finas parademonstrar a paginação eo tipo de piso.

5 - Portas representadasem linhas médias,demonstra o sentido deabertura da porta.

FONTE: DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO - GILDO MONTENEGRO PROJETO CASA

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LEITURA DE DESENHO

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A maioria dos desenhos são representados usandouma escala gráfica, normalmente os desenho queveremos estão nas escalas 1:200, 1:100 e 1:50. Asescalas indicam quantas vezes o desenho foireduzido para que coubesse no papel.

As plantas também podem ser desenhadas deacordo com o tipo de informação que desejamosmostrar.

Planta de ImplantaçãoLocaliza-se tudo dentro do lote, osrecuos frontais e laterais, árvores,

etc...

Planta de SituaçãoÉ muito utilizada pelas prefeituras para localizar olote dentro do quarteirão e mostra um pouco das

ruas e lotes próximos.

Vale lembrar que existem muitos outros tipos deplantas como: hidráulica, elétrica, estrutural, etc...conforme o que desejamos mostrar.

OUTRAS PLANTAS

FONTE: DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO - GILDO MONTENEGROPROJETO CASA

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Na maioria dos casos, as plantas e fachadas não sãosuficientes para mostrar as divisões internas de umprojeto de arquitetura. Para melhor definir as alturase espaços internos são necessários os cortes feitospor planos verticais.

Perspectiva da construçãoIndicando a linha de corte

Corte passando no local indicado emostrando as alturas.

Agora sabemos como entender a representação de umcorte, nele paredes, portas, janelas, cobertura, etc...São representadas em altura.É um desenho complementar a planta, necessário paraindicar todas as alturas de uma construção.

O CORTELEITURA DE DESENHO

16 FONTE: DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO - GILDO MONTENEGRO PROJETO CASA

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Abaixo podemos entender melhor os elementosrepresentados em corte.

ELEMENTOS DO CORTE

1 - Cumeeira

2 - Água

3 - Verga

4 - Peitoril

5 - Pé Direito

- é a parte mais alta do telhado.

- parte inclinada do telhado.

- pequena viga localizada na partesuperior das portas e janelas.

- altura da janela até o piso.

- altura do piso até o forro, ouparte inferior do telhado.

6 - Linhas Grossas

7 - Linhas Finas

8 - Embasamento

9 - Beira

- representam onde asparedes são cortadas.

- representam tudo queficou atrás da linha de corte (plano visível),mas é importante para o entendimento dodesenho.

- diferença de altura entreo terreno e o piso.

l - é a parte saliente do telhado, queprotege contra o sol e a chuva.

LEITURA DE DESENHO

FONTE: DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO - GILDO MONTENEGROPROJETO CASA

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Verifique sempre na Prefeitura (ou no CREA de sua cidade) quais são as exigências para aprovar aplanta de sua casa e autorizar a construção (afastamentos do limite do terreno, técnico responsáveletc.). Pois é necessário consultar os orgãos competentes antes de contruir.

Não esqueça também de verificar se você tem os documentos que provam que o terreno é seu. Essesdocumentos são a escritura ou o compromisso de compra e venda assinado e autenticado pelovendedor. Se você não tiver esses documentos, procure se informar como e onde obtê-los.

APROVAÇÃO DO PROJETO

LEITURA DE DESENHO

18 FONTE: DESENHO TÉCNICO ARQUITETÔNICO - GILDO MONTENEGRO PROJETO CASA

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CARACTERÍSTICAS DO TERRENO O tamanho do lote praticamente determinatamanho da construção que podemos fazer.

A localização da rua também é fundamentalpara indicar a posição da construção no lote.

Terrenos com grandes inclinações com certezavão gastar mais dinheiro com a movimentaçãode terra para a construção, e também podemgastar mais com a fundação, caso o terrenonão seja muito rígido.

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1 - Energia Elétrica

2 - Água e Esgoto

3 - Acesso

- verificar se o bairroonde irá construir possui o serviço de energiaelétrica.

- verificar se o bairro ondeirá construir possui o serviço de água e esgoto.

- verificar como são os principaisacessos ao terreno, a movimentação da rua, seo terreno é de esquina, etc...

Veja alguns pontos importantes quedevemos observar no terreno antes de

começar a construir.

Agora que sabemos ler os desenhos, vamosentender quais as características do terrenoque devemos ficar atentos.

A vizinhança, o bairro, a rua, influemdiretamente no terreno, porém neste momentoaprenderemos como cada um deles podemdeterminar a construção.

4 - Medidas

5 - Inclinação

- É muito importante medir oterreno, pois pode haver diferença entre odesenho e o local.

- Verificar a inclinação doterreno, se é aclive, declive ou plano.

TERRENO

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

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MEDIÇÃO DO TERRENODevemos sempre ter cuidado para

não deixar bolha dentro damagueira.

Nas grandes construções esse tipo de medição é feita pelo topógrafo,que fará um levantamento planialtimétrico (plani=plano alti=alturamétrico=medidas) de todo o terreno. Vamos aprender a seguiralgumas maneiras de se fazer uma medição num lote residencial.

Para a medição do lote devemos utilizar uma trena, é aconselhável trenasde 30 ou 50m, pois com trenas pequenas de 5 ou 7m, é preciso medirdiversas vezes e isso aumenta a chance de erros.

Nos casos em que o terreno tem uma grande diferença de nível, onde nãoé possível medir tudo na horizontal, precisamos fazer a medição em variaspartes, para isso utilizamos uma mangueira para ajudar a verificar o nível,como na figura abaixo.

A mangueira de nível também será utilizada várias outras vezes durante aobra, principalmente quando for preciso manter o nível de determinadolocal, como em pisos, batentes e azulejos. Para este tipo de mediçãodevemos utilizar uma mangueira transparente, de diâmetro pequeno, masgrossa para evitar a dobra. É preciso também de duas balizas e da trenapara fazer a medição.

As alturas podem ser marcadas nas balizas edepois descontadas para saber qual a

diferença de nivel.

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TERRENO

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

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O GABARITO

Nesse capítulo vamos aprender como fazera locação da obra através do método datábua corrida, que também é conhecidopor gabarito.Esse método não é indicado paraconstruções de grande porte, pois podecausar acúmulo de erros, mas parapequenas construções é muito seguro e.As marcações efetuadas no gabaritopermanecem por muito tempo,possibilitando a conferência durante oandamento das obras.Vale lembrar que é fundamental que sejamobedecidos os níveis durante a construçãodo gabarito.

Os pregos do detalhe indicam adistribuição das linhas de parede e

fundação ao longo do eixo.

Nesse desenho observamoscomo deve ser montado ogabarito.

LOCAÇÃO DA OBRA

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

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Após a execução do gabarito, é preciso passar para oterreno as medidas do desenho. Com a ajuda de umesquadro (figura ao lado) traçamos as paredesexternas e depois as internas. O esquadro garanteque as paredes fiquem alinhadas. Seu uso éindispensável nesta etapa.Para traçar paredes muito extensas o esquadro podeser impreciso, neste caso é aconselhável realizar amedição no próprio gabarito, utilizando as medidas dotriangulo com 3, 4 e 5 metros, conforme na figuraabaixo.

Medidas para umesquadro de obra.

Quando obtiver grandes distâncias não éaconselhável utilizar apenas o esquadro.

LOCAÇÃO DA OBRA

TRAÇADO DO GABARITO

Alinhamento dafrente ou fundo

Linha

4,00 m

Alinhamentolateral

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

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A IMPORTÂNCIA DA FUNDAÇÃO

A fundação ou alicerce serve para sustentar a casa no terreno. A fundação depende do tipo de soloexistente no terreno. Uma sondagem (estudo do solo) permite saber qual é a fundação mais indicada.Existem firmas especializadas que executam este serviço. Sempre consulte os vizinhos para sabercomo foram realizadas as fundações das casas próximas. Uma fundação mal feita pode acabarcomprometendo a construção, então muitas vezes o que parece barato pode acabar saindo caro.As fundações apresentadas a seguir são apenas exemplos para construções de pequeno porte, comouma casa ou edícula, quando o peso delas é pequeno. No caso de construções maiores o tipo defundação precisa sempre passar pela avaliação de um profissional competente.

RADIER

O Radier é uma grande “laje” de concreto,depois a casa será apoiada. Ele pode serconstruído quando o solo apresenta amesma resistência em toda a sua extensão.A grande vantagem do Radier é que ele jáserve de contrapiso e calçada daconstrução.Vale lembrar que antes de concretar oRadier, deve ser instalada toda a tubulaçãode água e esgoto.Acompanhe ao lado o passo a passo paracontrução de um Radier:

1 - Escavar uma vala com o tamanhoaproximado que será feito o Radier.

2 - Apiloar a vala com um soquete pararegularizar o fundo.

3 - Construir uma forma de madeira paradelimitar o tamanho real do Radier,tomando muito cuidado com o nívelhorizontal.

4 - Instalar todas as tubulações de água,esgoto, gás, telefone, etc...

5 - Colocar uma malha de aço na valapara reforçar o Radier.

6 - Preparo e lançamento do concreto.

Veja na figura como funciona oRadier.

FUNDAÇÕES

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

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FUNDAÇÕES

SAPATA CORRIDA (BALDRAME)Sapata Corrida (baldrame)A sapata corrida é o tipo de fundação maiscomum, pode ser utilizada quando o solofirme for encontrado numa profundidadepequena, até 60 cm de profundidade.Acompanhe ao lado o passo a passo paracontrução de uma Sapata Corrida:

Veja na figura como funciona aSapata Corrida.

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

1 - Abertura da vala, com largura por volta de 45cm.

2 - Apiloar a vala com um soquete para regularizar ofundo.

3 - Lastro de concreto magro, para uniformização dofundo da vala e regularização do piso e construçãoda sapata.

4 - Assentar os tijolos até o nível do solo externo. Éaconselhável colocar uma cinta de amarração norespaldo da sapata.

5 - Impermeabilizar a sapata antes do reaterro.

6 - Reaterro das valas.

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BROCA

A fundação com broca é realizada quando oterreno resistente está numa profundidademaior que 60 cm. Desse modo é necessárioapoiar as sapatas sobre brocas. Porém asbroca não é recomendada no caso de águaembaixo do solo, pois além de atrapalhar naconcretagem também pode causardesmoronamento.Acompanhe ao lado o passo a passo paracontrução de uma Broca:

1 - Abertura da vala, com largura por volta de45 cm para construção da sapata corrida.

2 - Apiloar a vala com um soquete pararegularizar o fundo.

3 - Perfurar no fundo da vala o furo onde será abroca, para isso usamos um trado manual.

4 - Compactação do fundo do furo.

5 - Colocação das ferragens dentro do furo,esse passo eventualmente pode não serrealizado.

6 - Lançamento do concreto até a boca do furo.

7 - Lastro de concreto magro, parauniformização do fundo da vala e regularizaçãodo piso e construção da sapata.

8 - Assentar os tijolos até o nível do soloexterno. É aconselhável colocar uma cinta deamarração no respaldo da sapata.

9 - Impermeabilizar a sapata antes do reaterro.

10 - Reaterro das valas.

Veja na figura como funciona aBroca.

FUNDAÇÕES

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

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Qualquer tipo de fundação construída deve ficar nivelado, caso necessário faça uma camada deargamassa para o nivelamento (regularização) sobre a fundação pronta.

NIVELAMENTOFUNDAÇÕES

IMPERMEABILIZAÇÃO

Apenas alisarcom a colher

e não queimar.

10 a15 cm

Logo depois da concretagem e nivelamento das fundações é importante fazer a suaimpermeabilização. As fundações estão diretamente colocadas sobre o solo, portanto sofrem ação daumidade. E as fundações não eliminam essa possibilidade que a umidade “suba” para a construção,a simples concretagem do piso não elimina essa umidade, para isso é preciso misturar umimpermeabilizante na argamassa.E como a fundação sempre éexecutada abaixo do piso é necessáriotambém que as duas primeiras fiadasde tijolos também sejam assentadascom a argamassa misturada aoimpermeabilizante.A impermeabilização é um itemfundamental e no caso de serexecutado anteriormente é muito maisbarato se feito antes de construir asparedes, pois depois de pronta aconstrução, arrumar problemas deimpermeabilização é mais caro.

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

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Agora vamos aprender como fazer a mistura doconcreto, parte fundamental na construção, pois oconcreto é misturado na própria obra e assimpodem ocorrer misturas mal feitas quecomprometerão outras etapas.

Para o preparo de um bom concerto devemossempre usar pedra e areia limpas (sem argila oubarro), sem materiais orgânicos (como raízes,folhas,gravetos etc.) e sem grãos que esfarelamquando apertados entre os dedos. A água tambémdeve ser limpa (boa para beber).Sempre é importante ficar atento para quantidadede água correta na mistura. Excesso de águadiminui a resistência do concreto. Falta de águadeixa o concreto cheio de buracos.

Faça um monte com umburaco (coroa) no meio.

Coloque as pedras sobreesta camada, misturandonovamente até ficar bemuniforme.

Espalhe novamente acamada formando umacamada de uns 15 cm a20 cm.

Com uma pá ou enxada,misture a areia e ocimento, misture até ficarbem uniforme.

Sobre a camada de areiaespalhe o cimento.

Espalhe a areia, formandouma camada de mais oumenos 15 cm.

Adicione a água e mistureaos poucos, evitando queela escorra.

A betoneira deve ser limpa antes de ser usada(livre de pó, água suja, restos da última utilização).Os materiais devem ser colocados com a betoneiragirando e no menor espaço de tempo possível.

MISTURA NA BETONEIRA

MISTURA MANUAL

Coloque a pedra nabetoneira.

Adicione metade da água emisture por 1 minuto.

Coloque todo o cimento. Por ultimo, coloque a areia eo resto da água.

Deixe a betoneira girar por mais 3 minutos antes de usar oconcreto.

PREPARO DO CONCRETO

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

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CONCRETO PRONTO

O concreto também pode ser compradopronto, misturado no traço desejado eentregue no local da obra porcaminhões betoneira.

Esse tipo de fornecimento só é viávelpara quantidades acima de 3 m³ e paraobras não muito distantes das usinas ouconcreteiras, por questão de custo.

Quando vamos fazer a mistura do concreto precisamos saber onde vamos usá-lo, pois para cada tipopodemos fazer uma mistura diferente, utilizando quantidades diferentes de cada material.Abaixo vamos colocar alguns exemplos do tipo de concreto ideal para ser usado.

O CONCRETO ADEQUADO

RENDIMENTO DICATRAÇOAPLICAÇÃO

Base de conc re tomagro.

1 saco de cimento 50kg8 ½ latas de areia11 ½ latas de pedra2 latas de água

14 latas ou 0,25 m³O solo deve ser nivelado e socado antes do lançamento doconcreto magro.

Concreto do baldrame(sapata corrida), brocaou radier.

1 saco de cimento 50kg5 latas de areia6 ½ latas de pedra1 ½ latas de água

9 latas ou 0,16 m³Procure fazer a concretagem de uma vez só para evitaremendas de concretagem na fundação. O concreto deve serbem adensado.

L a j e s m a c i ç a s(armadas) e capas delajes pré-frabricadas

1 saco de cimento 50kg4 latas de areia5 ½ latas de pedra1 ½ latas de água

8 latas ou 0,14m³

Espalhe o concreto por toda a laje, evitando a formação degrandes montes, para não sobrecarregar o escoramento emalguns pontos. O escoramento e as fôrmas das lajes sódevem ser retirados três semanas após a concretagem.Mantenha o concreto sempre umedecido pelo menosdurante a primeira semana. Isso se chama cura do concreto.Durante esse tempo é possível fazer outros serviços sobre alaje, que continua escorada.

Concreto magro

1 saco de cimento 50kg8 ½ latas de areia11 ½ latas de pedra2 latas de água

14 latas ou 0,25 m³O concreto magro serve como base para pisos em geral.Antes de receber o concreto magro, o solo deve serumidecido.

Para as medidas, utilize latas de 18 litros. Evite latas amassadas.

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PREPARO DO CONCRETO

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCP PROJETO CASA

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PREPARO DO CONCRETO

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

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PREPARO DO CONCRETO

30 FONTE: MÃOS À OBRA - ABCP PROJETO CASA

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Agora vamos aprender como fazer a mistura da argamassa, essa parte é fundamental na construção,pois a argamassa é misturadas na própria obra e assim podem ocorrer misturas mal feitas quecomprometerão outras etapas.

No preparo de uma boa argamassa devemos sempre usar areia limpa (sem argila ou barro), semmateriais orgânicos (como raízes, folhas,gravetos etc.) e sem grãos que esfarelam quando apertadosentre os dedos. A água também deve ser limpa (boa para beber). A cal deve ser conservada em locallonge de umidade para não empedrar.

É muito importante que a quantidade de água da mistura esteja correta. Tanto o excesso como afalta são prejudiciais a argamassa. Excesso de água dificulta a sua aplicação. Falta de água deixa aargamassa seca e sem liga.

PREPARO DA ARGAMASSA

31FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

Por fim, adicione oresto da água.

MISTURA NA BETONEIRA

Adicione o cimento e acal.

Adicione metade daágua.

Coloque a areia nabetoneira.

MISTURA MANUAL

Coloque primeiro a areia,formando uma camada decerca de 15 cm de altura.

Sobre essa camadacoloque o cimento e a cal.

Mexa até formar umamistura uniforme. Depoisfaça um monte com umburaco no meio (coroa).

Adicione e misture a águaaos poucos, evitando queescorra para fora da coroa.

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Quando vamos fazer a mistura da argamassa precisamos saber onde vamos usá-la, pois para cadatipo podemos fazer uma mistura diferente, utilizando quantidades diferentes dos materiais.Abaixoveremos alguns exemplos do tipo de argamassa ideal para ser usada.

A ARGAMASSA ADEQUADA

RENDIMENTO DICATRAÇOAPLICAÇÃOCamada de nivelamento(regularização).

1 lata de cimento3 latas de areia Variavel A argamassa não deve ser muito mole.

Ass en t ament o do sblocos de concreto dob a l d r am e ( s ap a t acorrida).

1 lata de cimento½ lata de cal6 latas de areia

30 m² O bloco-canaleta é o mais indicado para esse tipo defundação.

A r g a m a s s a c o mimpermeabilizate.

1 lata de cimento3 latas de areia1 kg deimpermeabilizante

10 m lineares defundação

Siga as instruções que vêm na lata do impermeabilizante.Use a mesma argamassa para assentar as duas primeirasfiadas da parede.

Paredes de blocos deconcreto.

1 lata de cimento½ latas de cal6 latas de areia

30 m²As duas primeiras fiadas devem ser assentadas usandoargamassa com impermeabilizante. Os blocos devem estarsecos para o assentamento.

Paredes de tijolos debarro maciço.

1 lata de cimento2 latas de cal8 latas de areia

10 m² As duas primeiras fiadas devem ser assentadas usandoargamassa com impermeabilizante.

Paredes de ti joloscerâmicos com 6 ou 8furos.

1 lata de cimento2 latas de cal8 latas de areia

16 m²As duas primeiras fiadas devem ser assentadas usandoargamassa com impermeabilizante.

Chapisco 1 lata de cimento3 latas de areia 30 m²

O chapisco é a base do revestimento. Sem ele, as outrascamadas de acabamento podem descolar da parede ou doteto. Em alguns casos, como em muros, pode ser o únicorevestimento. A camada de chapisco deve ser a mais finapossível.

Emboço (massa grossa)1 lata de cimento2 latas de cal8 latas de areia

17 m²O emboço serve para regularizar a superfície da parede oudo teto. Sua espessura deve ser de 1 cm a 2,5 cm.

Reboco (massa fina)1 lata de cimento2 latas de cal9 latas de areia

35 m² Esta camada de acabamento final da parede ou do teto deveser a mais fina possível.

A s s e n t a m e n t o d eazuleijos

1 lata de cimento1 ½ latas de cal4 latas de areia

7 m²

Os azulejos são assentados sobre o emboço (massa grossa).Eles devem ficar mergulhados na água, no mínimo, de umdia para o outro, antes de serem assentados.Para orejuntamento dos azulejos, utilize uma pasta de cimentobranco com alvaiade, mas aguarde três dias para aargamassa de assentamento secar.

Cimentado1 lata de cimento3 latas de areia

14 m² (com espess.de 2,5 cm)

O cimentado liso é o acabamento de piso mais econômico.Pode ser queimado com pó de cimento e colorido com pócorante. Alise a superfície com uma desempenadeirametálica.

Tacos1 lata de cimento3 latas de areia 4 m²

Para rejuntar ladrilhos e cerâmica, utilize uma pasta decimento, mas aguarde um dia para a argamassa deassentamento secar. Ladrilhos e cerâmica devem ficar naágua, no mínimo, de um dia para o outro, antes de seremassentados.

Ladrilhos e cerâmica1 lata de cimento1 ½ lata de cal4 latas de areia

7 m²

Para rejuntar ladrilhos e cerâmica, utilize uma pasta decimento, mas aguarde um dia para a argamassa deassentamento secar. Ladrilhos e cerâmica devem ficar naágua, no mínimo, de um dia para o outro, antes de seremassentados.

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Para as medidas, utilize latas de 18 litros. Evite latas amassadas.

PREPARO DA ARGAMASSA

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCP PROJETO CASA

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Geralmente constituída por blocos ou tijolos com dimensões padronizadas que são justapostos, comou sem elemento de ligação (argamassa ou cola) entre eles. A finalidade da alvenaria é a elevação deparedes internas e/ou externas que podem ser de simples vedação (fechamento de vãos) ouportantes (suportando e transmitindo esforços de compressão às fundações).

As alvenarias mais comuns são constituídas por tijolos de barro cozido, maciços ou furados, e porblocos de concreto.Particularmente estes, serão abordados no que se refere às instruções de execução das alvenarias.Para outros tipos de materiais, devem ser feitas as adaptações necessárias, no entanto, os princípiosfundamentais permanecem os mesmos.

São produzidos com argila queimada em olarias,produzem produtos de boa qualidade, quandodosados adequadamente.

TIJOLOS MACIÇOS

Também produzidos com argila queimada, sãomaiores e mais leves que os tijolos maciços.Resistem bem à carga da laje, telhado e caixasd'água, normais em uma construção.

TIJOLOS FURADOS E VAZADOS

Com utilização cada vez maior, os blocos deconcreto vibrados, fabricados com cimentoportland, areia, pedrisco e água, possuem váriasformas e tamanhos e constituem uma alvenariabastante regular e muito resistente dispensando,em alguns casos, o revestimento.Vale lembrar que existem blocos com funçãoestrutural e blocos para vedação.

BLOCOS DE CONCRETO

A argamassa de cimento é uma mistura de cimento portland, areia e água, enquanto a argamassamista é composta de ou de cimento portland, cal e água. As argamassas destinadas à alvenaria(rejuntamento) devem ter resistência pelo menos igual à dos blocos que a comporão, por isto anecessidade de ter uma composição adequada (ver o traço ideal no capitulo sobre argamassas).

Tijolo maciço23 x 11 x 7cm

Tijolo furado20 x 20 x 10cm

Bloco de Concreto39 x 19 x 11,5cm

ARGAMASSA

ALVENARIA

Todas as medidas acimapodem sofrer alterações

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A maneira como cada fiada é colocada em relação à anterior ouposterior, denomina-se assentamento.Veja nas figuras ao lado as disposições mais comuns.

Independente do tipo de amarração adotado - meio bloco, amarraçãosimples, um bloco, ou bloco de espelho - a resistência da alvenariaficará garantida desde que observada a seguinte regra básica:Nunca sobrepor duas juntas de fieiras contínuas. Este tipo deassentamento só pode ser feito desde que a alvenaria tenha outroselementos de enrijecimento (estruturas de concreto, por exemplo) nosentido horizontal e vertical.

No caso de alvenarias com blocos à vista (sem revestimento), a estéticaapresentada pelo sistema de assentamento adotado, bem como otratamento das juntas são muito importantes.

EXECUÇÃO DA UMA ALVENARIAALVENARIA

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Amarração para parede de½ tijolo.

Amarração para parede de1 tijolo.

Amarração para parede de1 tijolo do tipo francês.

Amarração para parede de1 tijolo do tipo inglês.

ASSENTAMENTO DA PRIMEIRA FIADA

Após a locação das alvenarias, pode-se iniciar o assentamento daprimeira fiada de blocos, que deverá ser feito sobre uma cinta deconcreto, bem nivelada, que constitui a parte superior da sapata corridaou sobre cintas de segurança das sapatas isoladas ou blocos, ou aindasobre a placa de um radier.

É importante, principalmente em locais úmidos, antes de iniciar o assentamento da primeira fiada deblocos, que seja feita uma impermeabilização mediante a aplicação de argamassa dosada comimpermeabilizante (ver o traço ideal no capitulo sobre argamassas). Antes da aplicação da argamassaimpermeabilizante, é preciso molhar o respaldo (parte superior) da fundação para remover a poeira.Deve-se evitar a descontinuidade na impermeabilização que comprometa o seu funcionamento.

A espessura da camada impermeabilizante deve ser de 1,0 cm a 1,5 cm. Se for o caso, a camadaimpermeabilizante deverá envolver cerca de 10 cm das laterais da fundação.A camada de argamassa deve ser apenas desempenada, ficandosua superfície semi-áspera. Aplica-se então, duas a três demãosde emulsão asfáltica, iniciando-se a construção da 1ª fiada deblocos aproximadamente 24 horas após.

Recomenda-se que, pelo menos asduas primeiras fiadas de blocos,sejam assentadas com argamassaimpermeabilizante (ver o traço idealno capitulo sobre argamassas). Éimportante que a alvenaria receba umrevestimento com a mesmaargamassa em uma altura de 15 cm,em relação ao piso interno, e 60 cmem relação ao piso externo.

alvenaria de elevação

juntas comimpermeabilizante

viga baldrame

alvenaria de embasamento

camada impermeávelespessura ±1,5 cm

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ALVENARIA

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Deve-se tomar todo o cuidado no nivelamento da 1ª fiada, pois disto dependerá a qualidade efacilidade da elevação do restante da parede. As irregularidades, porventura existentes na camada deargamassa de impermeabilização, deverão ser compensadas logo nessa primeira fiada para nãocomprometer a execução da alvenaria, com desperdício de material e mão-de-obra.Para nivelamento devem ser utilizados régua e nível de bolha, ou mesmo com auxílio do nível demangueira.

A elevação deve iniciar pelos cantos, isto é, nas junções com outras paredes ou colunas. Os blocosdevem ser assentandos de maneira escalonada, como apresentado na figura abaixo, aprumados enivelados com os da primeira fiada.Para a marcação das linhas das fiadas pode ser utilizada uma régua marcada com as alturas de cadafiada (escantilhão).

ELEVAÇÃO DA ALVENARIA

As linhas guias das fiadas devem ser amarradas em blocos não assentados, ou então, em pregoscravados nas juntas como na figura abaixo.

Escantilhão Escantilhão

Argamassa Linha guia

Argamassa Linha guia

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ALVENARIA

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A argamassa de assentamento deve ser estendida sobre asuperfície horizontal da fiada anterior e na face lateral do blocoa ser assentado como demonstra na figura.

A quantidade de argamassa deve ser tal, que parte dela sejaexpelida quando for aplicada pressão sobre o bloco (como nafigura ao lado). A argamassa que sobrar durante oassentamento deve ser raspada com a colher de pedreiro,podendo ser devolvida à caixa de massa para ser reutilizada.

É importante estar atento para que o bloco a ser assentado esteja úmido, mas não encharcado.Somente após o assentamento, poderão ser realizados o acerto da espessura - prevista para junta 10mm - as correções de nivel e o prumo dos blocos.

A cada 3 ou 4 fiadas devem ser verificados o nivelamento e o prumoda parede. O nivelamento pode ser verificado com uma régua e nívelde bolha, conforme na figura ao lado.Vale lembrar a importância dessa verificação na fiada que antecedeos vãos da janela.

O prumo deve ser verificado com fio de prumo, em todaextensão da parede e com máximo cuidado nas laterais(ombreiras) dos vãos de porta e janela(como na figura ao lado).

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ALVENARIA

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A conexão entre parede e pilar é feita normalmente com introdução deargamassas entre o bloco e o pilar, que deverá ser previamente chapiscadocom argamassa. No caso de extensões superiores a 4,00 m entre os pilares,recomenda-se que além do chapisco, seja feita uma ligação através de barrasde aço (ø3,80 mm ø5,00 mm) com comprimento de aproximadamente 0,40 mpreviamente chumbadas no pilar a cada duas fiadas, como na figura ao lado.

LIGAÇÃO ENTRE PAREDE E PILAR

Para evitar trincas futuras no encontro de paredes, nos cantos da construção ou com paredesintermediárias (em T), deve ser feita uma amarração dos blocos como mostram as figuras abaixo.

LIGAÇÃO ENTRE PAREDES

Caso não seja feita a amarração dos blocos no encontro de paredes, asua ligação deverá ser efetuada através de barras de aço (ø5,00 mm e40 cm de comprimento), introduzidas na argamassa de assentamentodos blocos a cada duas fiadas, conforme a figura abaixo.

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grapa do tipo“rabo de andorinha”

ALVENARIA

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A fixação de de ena alvenaria é feita através de tacos demadeira que devem ser molhados echumbados com argamassa. Deve-seespaçar os tacos em distâncias quepermitam a fixação de cada montante empelo menos três pontos de sua altura,conforma na figura ao lado.

batentes portas janelas

FIXAÇÃO DE MARCOS DE PORTAS E JANELAS (BATENTES)

A fixação na alvenaria de de ferro oualumínio é feita através de grapas, (ver na figura aolado). As grapas são previamente soldadas noscaixilhos o a alvenaria deve ser cuidadosamentequebrada com utilização de uma ponteira nos locaisem que as grapas deverão ser chumbadas comargamassa. Atente para que os caixilhos fiquem nasposições corretas devidamente prumados enivelados.

caixilhos

O caixilho de alumínio poderá ser aparafusado àalvenaria com auxílio de buchas previamenteembutidas. O requadramento de vão entre o marco ea alvenaria deve ser feito com o máximo cuidado,utilizando-se um gabarito, e empregando-se ummaterial flexível como enchimento(gaxeta deneoprene, massa de silicone), que garantaestanqueidade à água.

Ao embutir tubulações, tanto de instalações hidráulicas comoelétricas, é feito normalmente após a execução da alvenaria.Recomenda-se que, na execução das alvenarias os blocos sejamassentados, sempre que possível, com a direção dos seus furoscoincidindo com a direção da tubulação a ser embutida, o quefacilitará não só a execução dos rasgos, como também arecuperação posterior da parede. Nas juntas a prumo resultantes.Poderão ser empregados ferros de ø5,00 mm e 40 cm decomprimento, cada duas fiadas para garantir a continuidade daparede, conforme a figura ao lado.

TUBULAÇÕES EMBUTIDAS

batente

taco

argamassa

tijolosargamassa

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concreto

Ø 6,3 mm

bloco tipocanaleta

ALVENARIA

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VERGAS E CONTRA-VERGAS

Abaixo do vão de janelas pode-se construir umavigota armada (contra-verga) ou simplesmenteutilizar dois ferros corridos (ø5,00 mm) introduzidosna argamassa e avançando no mínimo 20 cm empara cada lado. Esta solução pode ser adotadasempre que os vãos de porta ou janelas forempequenos - não excedendo a 1,00 m - conforme nafigura ao lado.

Quando em uma mesma parede existirem diversasaberturas sucessivas, a verga deverá ser contínuasobre todos os vãos e apresentar barras de açosuperiores e inferiores (como vigas contínuas).

Acima do vão das portas e das janelas devem serexecutadas vigas de concreto armado (vergas)com pelo menos duas barras de aço de ø5,00mm ou ø6,30 mm. Deve ser usado o concretotipo estrutural (ver o traço ideal no capitulosobre argamassas). No caso de caixilhos de ferroe alumínio podem ser utilizados blocos tipocanaleta para confecção dessas vigas, conformea figura ao lado.

contra-verga

verga

20 cm 20 cm

20 cm

Após o respaldo, ou seja, a última fiada de blocos de uma alvenaria, deverá ser executado umencunhamento (tijolos maciços de barro colocados inclinados) no caso de paredes de vedação,fechando uma estrutura (pilares e viga)No caso de cinta de amarração para receber a laje. A cinta de amarração poderá ser feita utilizandoblocos canaletas, assentados sobre os blocos de respaldo, como mostra a figura abaixo, colocandoem seu interior duas barras de ø6,30 mm e preenchidas com concreto. A confecção da cinta deamarração fica simplificada com este procedimento.

CINTAS DE AMARRAÇÃO

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ALVENARIA

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Em alvenarias aparentes o aspecto final depende do acabamento adotado às juntas. Isso pode serfeito utilizando diferentes tipos de frisadores. É possível obter a alvenaria com blocos aparentestotalmente preenchidas, mas para isso é preciso saber como se deseja a parede antes doassentamento dos blocos.

ACABAMENTO DE JUNTAS EM ALVENARIAS APARENTES

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lajota capa

espessurada capa

espessurada laje

altura da lajevigota

intereixo

São estruturas destinadas à cobertura, forro ou piso de uma construção. É importante ressaltar queeste uso precisa ser previsto, evitando o risco de acidentes (por exemplo uma laje pré determinadapara forro não deve ser utilizada como piso.

As lajes mais comuns são as de concreto armado, executadas no local, e as pré-fabricadas deconcreto, compostas de vigotas "T" ou vigotas treliçadas e lajotas (tavelas). As lajes pré-fabricadassão as mais econômicas e possuem simples execução.

VIGOTA COMUM

Vigota “T”.

A laje é montada intercalando-se as lajotas e asvigotas, sendo finalmente unidas por umacamada de concreto, que recebe o nome decapa, lançada sobre as peças.

As vigotas possuem formato de um “T” invertidoe tem internamente uma armadura de barras deaço.

Para lajes de forro pode ser utilizado vãos de 4,30 m. Para lajes de piso até 4,80 m (antes sempreverificar com o fabricante as limitações). As vigotas geralmente são fabricadas com o comprimentovariando de 10 cm em 10 cm.

Este tipo de laje pode apresentar trincasdepois de pronta porque o concreto da capanão adere perfeitamente às vigotas, pois asmesmas apresentam a superfície muito lisa.Deve-se ter cuidado ao manusear as vigotas,durante o transporte, pois dependendo docomprimento que possuam, há possibilidadede trincar.

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LAJE

Lajota (tavela).

LAJOTAS (TAVELAS)

As lajotas (tavelas) normalmente usadas são de cerâmica,mas também existem em concreto ou isopor. Elas servemde guia para medir a distância entre as vigotas, tendo emmédia 32 cm de largura. Por isso, as lajotas precisam tersempre o mesmo tamanho. As alturas mais encontradassão de 7 cm, 10 cm, 12 cm, 15 cm e 20 cm.

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

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Desenho esquemático de uma laje comvigota comum concluída.

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A laje treliçada possui como armadura umaestrutura metálica denominada treliça que é fundidaa uma base de concreto.

A laje é montada intercalando-se as lajotas e asvigotas sendo finalmente unidas por uma camada deconcreto, lançada sob as peças.

Como parte da armadura da vigota fica exposta oconcreto da capa que é lançado após a montagem da laje, envolve totalmente a treliça favorecendo aaderência e evitando assim o aparecimento de trincas na laje.

Este tipo de laje pode ser utilizado tanto emobras grandes, que necessitam de umaresistência maior, como também para forro,cobertura e piso com vãos de até 5 m, emobras residenciais de pequeno porte. Éaconselhável sempre verificar com o fabricanteas limitações e cargas.

LAJE

VIGOTA TRELIÇADA

Vigota treliçada.

Desenho esquemático de uma lajetreliçada concluída.

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As instruções a seguir servem para os dois tipos de lajes pré-fabricadas que aprendemos, tanto paravigotas comuns como para vigotas treliçadas.

MONTAGEM DAS LAJES

Para o existem aços salientes nas pontas com comprimento de aproximadamente5 cm que servem para auxiliar a união entre as vigotas e o apoio quando a laje for concretada.

apoio das vigotas

lajotaespessura

da capa

espessurada laje

altura da lajota

vigota treliçada

intereixo

pontas davigota treliçada

pontas davigota

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LAJEApoiar as vigotas sobre a cinta de amarração, no mínimo 2 cm. Quando apoiadas sobre alvenaria,utilize no mínimo 5cm.

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apoio da vigotana parede

apoio davigota treliçada

na parede

guia

chapus

pontalete

contraventamento

cunha

calço

No de vãos até 3,40 m utiliza-se sempre uma linha de escoras. Para vãos superiores a3,50 m até 5,00 m, duas linhas e para o caso de vãos maiores aumentar o numero de linhas.

As escoras devem ser colocadas no sentido inverso ao de apoio das vigotas, antes da colocação daslajotas (tavelas), nunca forçando as vigotas para cima. Devem ser apoiadas sobre uma base firmepara evitar que afundem durante a concretagem e fixadas com calços e cunhas para facilitar suaretirada após a concretagem.

As tábuas horizontais do escoramento devem niveladas pelo respaldo para vãos até 2,00 m; acimadesta medida podem haver indicações de contra-flecha, fornecidas pelo fabricante, que deverão serseguidas.

Os pontaletes devem ser retirados somente 20 dias após a concretagem da capa, sempre após aconclusão do telhado, para os casos de laje de forro.

escoramento

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LAJE

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Iniciar a da laje por um parde (tavelas) colocadas em cadaextremidade, intercalados com asvigotas para servir como gabarito para amontagem. Deve ser deixada umapequena folga entre a vigota e aslajotas. A primeira linha de lajotas deveser apoiada de um lado sobre aalvenaria e do outro sobre a primeiravigota.

colocaçãolajotas

Para a , aPara o preparo do concreto veja o traço

ideal no capitulo sobre concreto.

concretagem da capa ntes de lançar o concreto, molhar muito bem todas as lajotas evigotas para evitar que elas absorvam a água do concreto.

O lançamento do concreto deve ser feito com cuidado para não sobrecarregar a laje em pontosisolados. O adensamento é muito importante e pode ser feito com simples batidas dedesempenadeira, ou com o auxílio de vibradores.

Para , após o término da concretagem da capa, o concreto deverá ser mantidoúmido, no mínimo durante 3 dias. A laje deve ser molhada levemente com o auxílio de umamangueira ou regador.

cura do concreto

1

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3

4

5

6

7

- Os conduítes e caixas de eletricidade devem estar fixados nas suas posições definitivas antes daconcretagem.

- Caso seja necessário, colocar alguma ferragem complementar, siga sempre as instruções dofabricante para sua colocação.

- Nunca pisar diretamente sobre as lajotas (tavelas). Para andar sobre a laje coloque tábuas sobreas vigotas no sentido transversal.

- A laje deve ser protegida com um telhado, caso contrário apresentará infiltração de águas dechuva. Caso o telhado não seja construído logo após a construção da laje tome as seguintesprovidências:

- O concreto da capa deverá ser mais forte (mais rico em cimento), com uma maior espessura ecom um aditivo impermeabilizante.

- Deve ser deixado um caimento (0,5 cm para cada metro é suficiente) na laje para facilitar oescoamento das águas. A superfície deve ser bem desempenada.

- A colocação de um revestimento sobre a laje, só poderá ser feito, caso seja feita aimpermeabilização da laje, em caso de dúvida consulte um profissional competente.

VALE LEMBRAR

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Contraventamento(6x16)

Terças(5x16)

Cumeeira(6x16)

Caibros(7x5)

Ripas(5x1,5)

Perna(6x16)

Linha(6x16)

Pendural(6x16)

Mão francesa(6x12)

Tirante(6x12)

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A cobertura de uma casa normalmente constitui-sede um telhado ou de uma laje. Neste capítulo,mostraremos apenas a confecção do telhado, pois alaje é uma alternativa muito especial e possui umcapítulo específico, detalhado a frente.. Porémlembramos que o telhado não precisanecessariamente da laje embaixo, mas ela melhoramuito o conforto no interior da casa.

A ESTRUTURA DO TELHADO

A estrutura do telhado normalmente é feita de madeira. Caso a casa possua empenas nas laterais, aestrutura de madeira é bastante simples, pois não exige a confecção de uma estrutura do tipotesoura. Não existindo empenas, o uso de tesouras torna-se necessário.

O madeiramento completo de um telhado usando telhas francesas ou capa e canal pode ser visto nafigura abaixo.As telhas de fibrocimento do tipo ondulado, que possui menor peso e maiores dimensões, exigemuma estrutura de madeira mais simples, com menor consumo de madeira, portanto mais econômica.Há ainda as telhas estruturais em fibrocimento, que utilizam uma quantidade mínima de madeira naestrutura, porque seu desenho permite vencer grandes vãos.

TELHADO

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

CumeeiraTerças

Travessas

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Outro aspecto importante para se obter economia e qualidade é a utilização de madeiras com asbitolas corretas. Para as telhas de fibrocimento, poderão ser seguidas as bitolas demonstradas nastabelas abaixo.

DIMENSIONAMENTO DAS TERÇAS

Para espaçamento entre terças de 1,69m

TELHA ONDULADA 6mm

BITOLA DA TERÇA(cm x cm)

6 x 126 x 124 x 126 x 86 x 8

VÃO LIVRE MÁXIMO LVENCIDO PELA TERÇA (m)

4,003,503,002,502,00

BALANÇO MÁXIMO “B” DA TERÇAPERMITIDO COM ESSA BITOLA (m)

0,850,850,700,500,50

Para espaçamento entre terças de 1,69m

TELHA ONDULADA 5mm

BITOLA DA TERÇA(cm x cm)

6 x 124 x 124 x 126 x 86 x 8

VÃO LIVRE MÁXIMO LVENCIDO PELA TERÇA (m)

4,003,503,002,502,00

BALANÇO MÁXIMO “B” DA TERÇAPERMITIDO COM ESSA BITOLA (m)

0,900,750,750,500,50

Para espaçamento entre terças de 1,15m

TELHA PEQUENAS ONDAS 4mm

BITOLA DA TERÇA(cm x cm)

6 x 124 x 124 x 126 x 85 x 6

VÃO LIVRE MÁXIMO LVENCIDO PELA TERÇA (m)

4,003,503,002,502,00

BALANÇO MÁXIMO “B” DA TERÇAPERMITIDO COM ESSA BITOLA (m)

0,900,750,750,500,40

Para espaçamento entre terças de 1,99m (ondulada 8mm)e 3,00m (modulada)

TELHA MODULADA e ONDAS 8mm

BITOLA DA TERÇA(cm x cm)

6 x 166 x 124 x 124 x 126 x 8

VÃO LIVRE MÁXIMO LVENCIDO PELA TERÇA (m)

4,003,503,002,502,00

BALANÇO MÁXIMO “B” DA TERÇAPERMITIDO COM ESSA BITOLA (m)

1,250,850,850,700,50

MODULADA ONDULADA 8mm MODULADA ONDULADA 8mm1,250,850,700,700,50

6 x 166 x 126 x 124 x 126 x 8

Terças

B L B

Espaçamentoentre Terças=1,69m

Terças

B L B

Terças

B L B

Terças

B L B

Espaçamentoentre Terças=1,69m

Espaçamentoentre Terças=1,15m

Espaçamentoentre Terças=1,99m (ond. 8mm)3,00m (mod.)

TELHADO

46 FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

Page 47: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

As bitolas comerciais de madeira variam muito conforme a região do País. A tabela abaixo auxilia naconversão das bitolas disponíveis no mercado por aquelas indicadas nas tabelas anteriores.

BITOLAS COMERCIAIS

4 x 85 x 7,55 x 87 x 7

2” x 3”

5 x 6

5 x 126 x 106 x 123” x 4”

4 x 12

5 x 107,5 x 7,58 x 850 x 100mm2” x 4”

8 x 8

2,5” x 5”7 x 127,5 x 128 x 123” x 4, ½”3” x 5”4” x 4”

6 x 12

7,5 x 158 x 157,5 x 167 x 153” x 6”4” x 5”5” x 5”

6 x 16

7 x 237,5 x 238 x 203” x 9”5” x 7”6” x 6”6” x 7”4’ x 7”

5 x 20

TELHADO

47

Na escolha da telha a ser utilizada, considerer que a principal característica de um telhado é aestanqueidade, ou seja, não deixar infiltrar a água da chuva. Para tanto, as telhas escolhidas devemapresentar encaixes perfeitos, sem deixar frestas, além de possuir boa resistência e durabilidade.Dê atenção especial à execução da estrutura e à colocação das telhas, pois um trabalho mal feitoquase sempre compromete a qualidade e a durabilidade do telhado. Lembre-se que telhas defibrocimento devem ser fixadas à estrutura com pregos ou parafusos, de acordo com a orientação dosfabricantes.São apresentadas, na próxima pagina, os modelos de telhas mais utilizadas.

OS TIPOS DE TELHAS

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

Page 48: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

Onduladas,

- com largurasde 920 mm e 1100 mm nasespessuras de 5 mm, 6 mme 8 mm e várioscomprimentos.

Moduladas - telhas especiaiscom 50 cm de largura e 8 mmde espessura, comcomprimento racionalmentecalculado para permitirconstruções de telhadosrelativamente econômicos.

Canaletas - telhas especiais, comformato trapezoidal invertido comlargura de 43 cm a 90 cm,espessura 8 mm a 10 mm e várioscomprimentos. Cobrem grandesvãos sem apoios intermediários.São utilizadas com freqüência emgaragens.

As telhas cerâmicas exigem um madeiramento relativamente mais caro e complexo, devido ao maiorpeso das telhas. Podem ser encontradas as seguintes variedades:

TELHAS CERÂMICAS

TELHADO

48

São principalmente caracterizadas por não exigirem madeiramento muito complexo, e possuíremcolocação fácil e rápida pelos encaixes perfeitos. São muito utilizadas principalmente pela economia,já que o madeiramento do telhado é menor e as telhas são maiores.

Podem ser encontrados os seguintes modelos:

TELHAS DE FIBROCIMENTO

Esse tipo de telha é utilizado para ganhar maior iluminação nos ambientes cobertos Este tipo de telharequer um cuidado especial na colocação pois normalmente são feitas de vidro ou plástico.

TELHAS DE VIDRO

Duplas - aspecto finalsemelhante ao daspaulistas. Formam capa ecanal numa única peça.

Francesas - de formatoretangular, com duplotravamento que permitesua fixação as ripas.

Paulistas/Coloniais e Planas -composta de canal e capa, comforma abaulada(curva).

capa canal

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

Page 49: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

TELHADO

49

A inclinação do telhado é recomendada de acordo com o tipo de telha a ser utilizada no gráficoabaixo, são indicados os caimentos por metro recomendados ao telhado de acordo com as telhasadotadas. Existem também outros tipos de telhas no mercado, mas de uso menos freqüente.

INCLINAÇÃO DO TELHADO

Mais econômicos, os telhados de formas simples são mais utilizados, uma vez que as águas de chuvacaem diretamente no solo, sem necessidade do uso de calhas e outros elementos, conformeapresentados nos desenhos abaixo.

FORMA DO TELHADO

Uma água. Duas águas. Quatro águas.

(L) Largura do telhado (m)0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 (m)

3,50

3,00

2,50

2,00

1,50

1,00

0,50

0

A

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPTÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL - JOSÉ ANTONIO DE MILITO

PROJETO CASA

Page 50: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

50 PROJETO CASA

Page 51: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

Ao comprar tubos de PVC, para instalação predial de água fria, sempre devemos observar se estágravado no tubo as informações:

marca do fabricantenorma de fabricação do tubonúmero que identifica o diâmetro do tubo em mm.

NA COMPRA

Nesta etapa, o ideal é contar com a ajuda de um encanador, pois na execução das instalaçõeshidráulicas um profissional com experiência certamente fará o serviço mais rápido, economizandotempo e dinheiro com eventuais desperdícios de material. Aprenderemos como fazer as instalações.

Para armazenar os tubos e conexões devemos sempre tomar cuidado o cuidado de guardar os tubosna posição horizontal e em locais sombreados, livres da ação direta ou exposição contínua ao sol, docontato com o solo, também livre de produtos químicos ou esgoto. As conexões devem ficar, depreferência armazenadas em sacos ou caixas.

NA ARMAZENAGEM

INTERNO

1/2”3/4”

1”1.1/4”1.1/2”

2”

EXTERNO

202532405060

Tabela de equivalênciapolegada X milímetro

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

51

ÁGUA

A tabela de equivalência ao lado serve como consulta e facilitaráquando da compra de tubos e conexões que são comercializados emmilímetros.

Veremos passo a passo como instalar a tubulação:

- Verificar se a bolsa e a ponta dos tubos a ligarestão perfeitamente limpas. Caso contrário, por meiode uma lixa nº 100 tirar o brilho das superfícies aserem soldadas, com o objetivo de melhorar a suaaderência (colagem).

- Limpar as superfícies lixadas com uma soluçãolimpadora, eliminando as impurezas que poderiamimpedir a boa ação do adesivo.

- Com um pincel, aplicar uma camada bem fina deadesivo na parte interna da bolsa, cobrindo apenasum terço da mesma. E aplicar outra camada, umpouco mais espessa na parte externa do tubo.

1

2

3

COMO INSTALAR A TUBULAÇÃO

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

Page 52: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

52

A seguir, estão apresentados os principaiscuidados para instalação dos registros. Antes decomeçar examine a qualidade da peça e da rosca.

- Colocar a ponta da fita (veda rosca) sobre asuperfície da rosca.

- Enrolar 3 camadas de fita em toda a rosca,cobrindo-a toda.

- Não deixar sobras de fita nas extremidades darosca. Puxar a fita até romper. Apertar bem a fitacom os dedos para que fique bem apertada.

- A forma de enroscar é simples, porém muitoimportante, e quando bem feita evita danos narosca e vazamentos. O encaixe da rosca deve ser

1

2

3

4

COMO INSTALAR OS REGISTROS

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

4

5

6

- Juntar as duas peças forçando o encaixe até ofundo da bolsa, sem torcer.

- Remover o excesso de adesivo e deixar secar.

- Atenção! Deixe passar água pela tubulaçãosomente 24 horas depois da execução da instalação.

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPFONTE: MÃOS À OBRA - ABCP PROJETO CASA

Page 53: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

Para instalação da caixa d’água, primeiramente deve-se atentar para o cavalete, que é o primeiroponto de água da construção. O cavalete faz a ligação de água entre o medidor (hidrômetro) e acaixa d’água. As lojas de material de construção têm cavaletes prontos (kits).Coloque a caixa d'água no ponto mais alto da casa, e faça a ligação do cavalete até a caixa d'água

Atente para que sua caixa d’água tenha os seguintes itens:Como na figura abaixo.

INSTALAÇÃO DA CAIXA D’ÁGUA

1

2

3

4

5

- No esquema de montagem da caixa d'água, o diâmetro do “ladrão” deve ser maior que odiâmetro do tubo de entrada, tomando o cuidado para não formar “barrigas” na tubulação.

- O diâmetro da tubulação de ventilação deve ser no mínimo igual ao diâmetro da tubulação desaída de água para alimentação.

- Deve ser colocada uma tela de náilon bem fina na ponta da tubulação de ventilação e do “ladrão”para evitar a entrada de insetos e corpos estranhos.

- Após a colocação da bóia com registro de uma saída para limpeza de um ladrão na caixa d'água ede todas as saídas para alimentação, pode-se começar a distribuir a tubulação pela construção.

- E lembre-se da colocação de registros de gaveta em cada saída para os ambientes(banheiro,cozinha, área de serviço), pois facilita a manutenção e evita a perda de água no caso de umaeventual manutenção em algum dos aparelhos.

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

53

ABCD

E

- Entrada de água- Saída de água (“ladrão”)- Saída para limpeza- Uma ou mais saídas para

alimentação- Tubo de ventilação.

Tela de náilon

Registro de gaveta

Conjunto de bóia

Ø 32 mm

Registro de gaveta

Ø 40 mm

Ø 20 mm

E - Ventilação recomendada

D - Alimentação

C - Saída paralimpeza

B - Ladrão

VALE LEMBRAR

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPFONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

Page 54: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

Durante a instalação da tubulação:

- Evite a passagem de canos pelo piso. Pode ocorrer, eventualmente, algum vazamento na junta,tornando difícil a sua localização e, ainda trazer o inconveniente de precisar quebrar todo o piso paraencontrá-lo. Nesse caso é recomendado a passagem da tubulação pelo muro ou pela parede. Mas sefor inevitável passar a tubulação pelo piso, observe se não existem pedras e outros materiaisestranhos que possam danificar o tubo e também se a vala foi bem compactada.

- Nunca utilize fogo para curvar ou abrir bolsa na tubulação, pois isso danifica o PVC, sempre utilizea conexão mais apropriada (curvas, joelhos, luvas, etc...).

- Ao se conecta registros, torneiras, chuveiros e outros aparelhos, recomenda-se a utilização deroscas de bucha de latão.

- Para o vaso sanitário,existem vários sistemas de descarga. A mais simples é a bacia com caixaacoplada, pois além da tubulação ser mais simples ela desperdiça menos água.

- Em caso de dúvidas sempre consulte o encanador sobre o que é melhor para a sua casa.

1

2

3

4

6

5 - Na maioria das lojas de material de construção existem vários tipos de bacias sanitárias,lavatórios, pias, tanques, torneiras, sifão e ralos. Sempre siga as instruções do fabricante para colocaras louças e metais.

CUIDADOS NA INSTALAÇÃO DA TUBULAÇÃO

Para aprendermos como efetuar as instalações hidáulicas gerais de uma casa, tomaremos como basea perspectiva esquemática abaixo, de uma casa térrea.

COMO FUNCIONA A INSTALAÇÃO GERAL

54

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Ladrão

Registro de gaveta

Limpeza

Tanque

Entrada de água

Registro de pressão

Pia

Bóia

Registro de gaveta

Caixa de descarga

Bacia

Lavatório

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCP PROJETO CASA

Page 55: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

1

2

3

4

5

- Colocar um plug em todas as roscas de saída.

- Manter todos os registros abertos. Atenção! a caixa d'água deve estar cheia para que tenhapressão na tubulação. Lembre-se de deixar toda a tubulação cheia de água durante 24 horas.

- Após este tempo, a verificação de possíveis vazamentos é bem mais simples. No caso devazamentos, é aconselhável refazer o trecho, mas sempre utilizando peças apropriadas (por exemplosluvas para emenda de canos).

- Mesmo após o conserto repetir o teste de pressão até que não possuam mais vazamentos.

- As paredes apenas devem ser fechadas quando não houver nenhum vazamento na instalação.

Existem normas fixadas pela para a verificação depossíveis vazamentos após a conclusão da instalação, que fixam métodos de verificação.Como nem sempre é possível realizar todos os testes recomendados pela ABNT devido a necessidadede equipamentos próprios, recomenda-se realizar um teste visual que deverá ser realizado logo apósa conclusão da instalação e antes do fechamento dos rasgos nas paredes, com a tubulação aindaaparente.

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

COMO VERIFICAR A EXISTÊNCIA DE VAZAMENTO

55

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

COMO REALIZAR O TESTE

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

Page 56: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

56 PROJETO CASA

Page 57: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

Também para as instalações de esgoto, o ideal é contar com a ajuda de um profissional.As instalações de esgoto devem ser construídas de modo a permitir um rápido escoamento e fácildesobstrução. Além de vedar a passagem de gases e impedir que pequenos animais adentrem a casa.É importante atentar para que outros vazamentos não interrompam a tubulação de esgoto podendocausar a contaminação do solo e da própria água.

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS ESGOTO

Na figura abaixo temos um exemploesquemático da instalação de uma

rede de esgoto de uma casa térrea.

RECOMENDAÇÕES

1

2

3

4

- Para a instalação do vaso sanitário e sua ligação até a caixa de inspeção, utilize um tubo de 100mm.

- O ralo sifonado do chuveiro, o tanque, a pia e o lavatório são ligados com tubo de 40 mm.

- Para evitar mau cheiro, faça um respiro, após o ralo sifonado, subindo um tubo de 40 mm até otelhado.

- A saída da caixa de inspeção para a fossa séptica também é feita com tubo de 100 mm.

57FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

saída para fossa séptica

caixa de inspeção

respiro

bacia

lavatório

pia

caixa sifonadado chuveiro

caixa de gorduratanque

Ø50mm

Page 58: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

Em situações onde não há rede deesgoto, deve ser construída uma fossaséptica com sumidouro no local maisbaixo do terreno e mais afastado dacasa, pensado que o local tambémdeve fácil acesso para remoção do lododigerido.

FOSSA SÉPTICAREVESTIMENTOS

58

1

2

3

4

- A fossa séptica deve preferencialmente localizar-se na frente da casa, para no futuro facilitar aligação com o coletor público.

- As fossas devem ficar afastadas no mínimo 20 m de qualquer poço de água potável.

- As águas que saem da fossa não devem ser lançadas a céu aberto. Para isso é necessário instalarpoços de absorção, chamados também de sumidouros ou valas, que tem a função de possibilitar ainfiltração desse líquido no solo. Mas cuidado, pois esse sistema não deve prejudicar os mananciaisde água potável e nem a instabilidade das construções vizinhas.

- A fossa séptica deve ser examinada anualmente e limpa pelo menos uma vez a cada cinco anos,garantindo o seu bom funcionamento.

caixa de inspeção

fossa séptica

sumidouro

RUA

FONTE: MÃOS À OBRA - ABCP PROJETO CASA

Page 59: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

A companhia concessionária de serviços de eletricidade é a responsável pela disponibilidade da rede,desde o poste mais próximo da via pública até as instalações providenciadas pelo proprietário, queconsiste na instalação de um poste (de concreto ou de ferro) dotado de um eletroduto rígido especial.Em alguns casos, a linha é esticada do poste da via pública diretamente a um braquete fixado sobre aparede frontal da casa. Veremos a seguir, cada um dos principais elementos de uma instalação.

LIGAÇÃO COM A REDE PÚBLICA

Abriga o medidor que registra o consumo de energia e a chave geral do sistema elétrico daconstrução.

CAIXA DO MEDIDOR

A partir da caixa do medidor, afiação passa através de conduítesembutidos no piso e na parede,para o quadro geral dedistribuição, onde localiza-se outrachave geral e as chaves individuaispara proteção de cada circuito.

QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO

De cada chave do quadro geral,são direcionadas a fiação para oscircuitos destinados à iluminaçãoàs e tomadas de corrente, além dafiação direta para aparelhos comocampainha, chuveiro, torneiraelétrica etc., com interruptores.

REDE DE DISTRIBUIÇÃO

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

59FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

Quadro de Distribuição

Caixa de Entrada e Medição

QUARTO I

QUARTO II

BANHO

COZINHA

SALA

CIRCULAÇÃO

Page 60: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

As instalações elétricas devem ser adequadas às necessidades mínimas dos moradores, de modo aevitarem adaptações improvisadas. Devem ser extremamente seguras, já que a eletricidade, podeprovocar incêndios e até mesmo mortes. É preciso sempre prever a possibilidade de futurasampliações, decorrentes da construção de novos cômodos.

Vejamos um exemplo prático para as instalações necessárias de uma casa simples, conforme plantaapresentada a seguir, onde estão indicadas as posições da caixa de entrada e do quadro dedistribuição (faces opostas de uma mesma parede).

INSTALAÇÕES

DEPENDÊNCIA

SalaQuarto 1Quarto 2CirculaçãoBanheiroCozinhaExternoTotal

DIMENSÕESÁREA (m²) PERÍMETRO (m)

TOMADAS USO GERALQUANT. x POTÊNCIA (VA)

TOMADAS/PONTOS ESPECÍFICOSQUANT. x POTÊNCIA (VA)

PONTOS DE LUZQUANT. x POTÊNCIA (VA)

999

0,82,55,3-

35,6

121212--

9,6--

1 x 1001 x 1001 x 1 001 x 1 001 x 1001 x 1001 x 100

700

3 x 1003 x 1003 x 1001 x 1001 x 6003 x 600

-3400

----

Chuv.4400--

4400

ALIMENTAÇÃO (V)

127

200

CIRCUITO TIPO POTÊNCIA (VA)

IluminaçãoTomadas banheiroe cozinhaTomadas (demais)ChuveiroIluminaçãoTomadasChuveiro

7002400

1000440070034004400

1,52,5

2,56

1,52,52,5

1520

2035152025

CORRENTE (A) SEÇÃO DOS CONDUTORESVIVOS (mm²)

CORRENTE NOMINALDOS DISJUNTORES (A)

13

24123

5,518,9

7,934,63,215,5

20,0 .

A tabela abaixo apresenta os pontos de utilização, as quantidades mínimas e as potências.

PONTOS DE UTILIZAÇÃO

A tabela abaixo apresenta os diversos circuitos com respectivas potências, corrente, seção doscondutores vivos e corrente nominal dos disjuntores.

CIRCUITOS

VA = CORRENTE - V = VOLTS - A = AMPER - W = WATTS

VA = CORRENTE - V = VOLTS - A = AMPER - W = WATTS

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

60 FONTE: MÃOS À OBRA - ABCP PROJETO CASA

Page 61: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

Abaixo, vizualiza-se o exemplo de uma planta com a distribuição dos circuitos para alimentação 127V.

CIRCUITOS DE 127V

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

61FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

A CB

A CB

A - número do circuitoB - potência da lâmpadaC - interruptor que comanda a lâmpada

Tomada (127 V, 2P + T, média)

Quadro de distribuição

Caixa de entrada e medição

{1 B100

1 C100

1 A100

1 G100

1 F100

1 D100

1 E100

SA SB

SC

SD

SG

SFSE

LEGENDA 127V

Page 62: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

Abaixo, vizualiza-se o exemplo de uma planta com a distribuição dos circuitos para alimentação 220V.

CIRCUITOS DE 220VINSTALAÇÕES ELÉTRICAS

62 FONTE: MÃOS À OBRA - ABCP PROJETO CASA

A CB

A CB

A - número do circuitoB - potência da lâmpadaC - interruptor que comanda a lâmpada

Tomada (127 V, 2P + T, média)

Quadro de distribuição

Caixa de entrada e medição

{1 B100

1 C100

1 A100

1 G100

1 F100

1 D100

1 E100

SA SB

SC

SD

SG

SF SE

LEGENDA 220V

Page 63: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

A iluminação dos ambientes poderá ser feita utilizando-se lâmpadas incandescentes oulâmpadas fluorescentes. No caso das lâmpadas fluorescentes existe uma redução da potênciainstalada de aproximadamente 60%, conforme mostra a tabela abaixo.

ILUMINAÇÃO

DEPENDÊNCIA

SalaQuarto 1Quarto 2

CirculaçãoBanheiroExterno

Cozinha

Total

TIPON x (W)

CARGA(W)

CARGA EQUIVALENTE C/LÂMPADA FLUORESCENTE (W)

3 x 203 x 203 x 203 x 20LFC9AiLFC9AiLFC9Ae

96969696132613

436

2002002002006010060

1020

VA = CORRENTE - V = VOLTS - A = AMPER - W = WATTS

N x 20Luminárias para N lâmpadas fluorescentes de 20 W com reatore starters.

LFC9AiLuminárias com lâmpadas fluorescentes compacta de 9 W ereator para ambiente interno.

LFC9AeLuminárias com lâmpadas fluorescentes compacta de 9 W ereator para ambiente externo.

LUMINÁRIAS

1

2

3

4

5

6

- A instalação elétrica deve ser feita por um eletricista, principalmente porque, se mal feita,pode causar choques e eventualmente incêndios.

- Sempre providencie aterramento de proteção. Ao Adquirir condutores elétricos de boaqualidade, verifique se tem indicação do fabricante.

- Utilize as seções corretas de conduíte para cada caso.Os conduítes de PVC ou depolietileno que ofereçam proteção adequada aos condutores e que não comprometam ascondições de dissipação do calor.

- Não utilize interruptores e tomadas com contatos de ferro latonado que podem geraraquecimento excessivo, além de ocasionarem perdas anormais de energia.

- Verifique se o número de tomadas de corrente é suficiente, evitando precisar recorrer aextensões e adaptações, geralmente feitas de modo impróprio.

- Verifique se as conexões da ligação (emendas) estão bem feitas a fim de não causaremaquecimento perigoso ou até incêndio.

RECOMENDAÇÕES

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

63FONTE: MÃOS À OBRA - ABCPPROJETO CASA

Page 64: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

64 PROJETO CASA

Page 65: Cartilha - Projeto CASA - Curso de Capacitação de Mão de Obra

65

CONTRAPISO E REGULARIZAÇÃO COM ARGAMASSA

REVESTIMENTOS REVESTIMENTOSPISO

Em casos onde a fundação é em radier, os pisos jácontarão com uma “laje” de concreto. Nos demaistipos de fundações, todas as áreas dos diversoscômodos devem ter inicialmente seus níveisacertados, removendo-se ou colocando-se terra.

Utilize nesta fase um compactador (soquete) de madeira, cuidando para que todos os pontos fiquembem firmes. Verifique se a altura até a soleira das portas é suficiente para execução de uma base(contrapiso) e uma camada de nivelamento de argamassa de cimento, com espessura de 2,5 cm a5,0 cm.

Atenção! Observe que na área de banheiro e cozinha devem ficar mais baixos, poisreceberão as tubulações de esgoto.

PASSO A PASSO PARA EXECUÇÃO

Na execução do contrapiso, a primeira camada deaproximadamente 5,0 cm, poderá ser feita comentulho (restos de blocos quebrados em pedaçospequenos) e compactada com soquete pesado.

- Preencha os vãos com areia e nivele.- Com um regador umedeça a superfície e espalhe

o concreto magro (ver o traço ideal no capitulo sobreconcreto) completando a altura de 10 cm. A camadade concreto deverá ficar bem adensada e nivelada, utilize para isto régua e desempenadeira demadeira.

- Nos banheiros e cozinha as tubulações e ralos ficarão embutidos no concreto.- Completado o contrapiso sua superfície deverá ser mantida úmida, para isso utilize uma brocha

para aspergir água.- Inicia-se o revestimento com uma argamassa de cimento (ver o traço ideal no capitulo sobre

concreto).- Caso tenha passado algum tempo que o contrapiso tenha sido executado, a sua superfície deverá

ser adequadamente limpa, removendo toda a poeira e lavando o contrapiso, se necessário.- Se porventura forem verificados buracos com mais de 6 mm de profundidade, estes devem ser

preenchidos com argamassa de cimento.- Com o contrapiso já nivelado não, há necessidade

de colocação de sarrafos de guia, utilizados somentepara os casos de pisos irregulares. Nestes casoscoloque caibros (5 cm x 6 cm) de aproximadamente 2m de comprimento, próximos as paredes laterais ecoloque a argamassa entre eles. Com uma régua denivelar, puxe a massa em sua direção, à medida quefor avançando nivelando-a.

12

34

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REVESTIMENTOS

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Um acabamento barato para os pisos de cozinhas, copas e banheiros e, normalmente, encontrado empátios, varandas e garagens é o denominado cimentado. Constitui-se de um revestimento feito deargamassa de cimento e areia (ver o traço ideal no capítulo sobre argamassas) que pode ter a corcinza natural do cimento ou outra tonalidade dado por corantes, como óxido de ferro (avermelhado),negro-de-fumo (preto), ocre (amarelado) ou por pintura da superfície já endurecida.

Sua aplicação deve ser realizada sob uma base de concreto (contrapiso).

A superfície do revestimento é alisada com uma desempenadeira metálica. Não se recomendaespalhar cimento puro na superfície enquanto realiza o nivelamento, pois pode ocorrer gretamento(fissuras) no piso quando endurecido. Tal procedimento já é realizado com o pigmento, quando sepretende um cimentado colorido.

PISO CIMENTADO

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- Alise a superfície com uma desempenadeira de madeiraou de aço, se optar por um acabamento final liso(cimentado).

- Após a conclusão da parte central (entre os caibros)faça o mesmo com as faixas laterais, uma de cada vez.

VALE LEMBRAR

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PROJETO CASA

O tempo de cura da argamassa é de aproximadamente três dias. Durante este período mantenha asuperfície úmida e evite caminhar sobre ela. Se isto for necessário, coloque tábuas ou placas demadeira na área de passagem.

As superfícies do piso encontram-se prontas para receberem os revestimentos. Por exemplo: tacos nasala e quartos, cerâmica na cozinha e banheiros.

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REVESTIMENTOS

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Os ladrilhos cerâmicos apresentam uma grande variedade de acabamentos: comuns, esmaltados,vitrificados etc. São encontrados em formatos padronizados e em diversas cores e desenhos. De fácilmanutenção e muito resistentes, constituem-se em excelente acabamento de pisos. Suas dimensõesusuais são: 20 cm x 20 cm, 20 cm x 30 cm, 30 cm x 30 cm e 40 cm x 40 cm.

LADRILHO CERÂMICO

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- Uma característica importante do ladrilho cerâmico é sua absorção a água (verifique estaindicação na embalagem). Caso o valor seja superior a 10%, o produto é poroso e necessitará serimerso em água antes de seu assentamento.

- Necessitam de uma base (contrapiso) de concreto nivelado e desempenado que deve estar seca elimpa. Depressões, caso existentes, devem ser preenchidas com argamassa de cimento (ver o traçoideal no capítulo sobre argamassas).

- Verifique se o nível acabado do revestimento é compatível com a soleira das portas.

- A massa de assentamento pode ser feita no local, argamassa de cimento, areia ou mista, cimento,cal e areia (Para o preparo da argamassa consulte a tabela do capitulo sobre o preparo daargamassa) respectivamente, ou comprada pronta (argamassa colante ou cimento cola), que devemser preparadas segundo as instruções do fabricante e aplicadas com uma espátula oudesempenadeira dentada. Para as argamassas prontas é dispensável a prévia imersão em água edeve ser preparada a quantidade a ser consumida em 4 horas. A utilização de um dos tipos deargamassa fica a critério do assentador.

- Para demarcação dos setores de assentamento estique duas linhas a partir dos centros dasparedes, de modo que fique alguns centímetros do piso e formando um ângulo de 90° no seucruzamento.

- Dois sarrafos de guia são firmados sob cada linha. O assentamento da primeira peça deverá serfeito no canto formado pelos dois sarrafos de guia, ou seja, no centro da área a ser revestida,prosseguindo com as adjacentes.

- Separar uma lajota de outra, utilize palitos de fósforo. É importante manter o espaço das juntas,pois ele compensa a dilatação do material, facilita as futuras trocas de peças isoladas. A largura dasjuntas varia com o tipo e tamanho das peças.

- Bater levemente sobre os cantos das peças salientes. Utilize a ponta da colher de pedreiro paraforçá-las a encostar no sarrafo guia.

- Se forem necessárias peças cortadas junto às paredes, estas serão assentadas somente após acolocação de todas as peças inteiras.

RECOMENDAÇÕES

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- Depois de terminado cada setor, passe a desempenadeira de madeira sobre a superfície daslajotas assentadas para certificar-se que não há peças salientes. Caso existam, bata-as para que“afundem” na massa. As peças devem ficar alinhadas e niveladas, e não apresentarem um som ocoquando batidas com os nós dos dedos.

- Recomenda-se não andar sobre o piso recém-colocado. Devem ser providenciadas tábuas deproteção se precisar entrar no recinto.

- Limpe todas as juntas utilizando um pedaço de madeira apontado e a superfície das lajotas comum pano limpo.

- O rejuntamento deverá ser executado após a completa secagem da massa do assentamento (48horas). Da mesma forma que a argamassa de assentamento, a massa de rejuntamento pode ser feitamanualmente ou industrializada. O preparo da mistura requer uma parte de cimento portland paraduas partes de areia fina ou pó-de-mármore. Para cada seis partes de massa, acrescenta-se uma detinta látex acrílica.Das massas de rejuntamento industrializadas existentes no mercado, a mais comum é composta decimento portland branco, pó-de-mármore e aditivos especiais com funções impermeabilizante,bactericida e fungicida. Devem ser observadas atentamente as instruções do fabricante.Os rejuntamentos coloridos contém pigmentos fixadores de cor, podem ser usados quando se desejarefeitos plásticos.

Atenção! Verifique se a massa está com a consistência adequada para que possa ser espalhada sobrepequena parte da superfície, e penetrar em todas as juntas.

- Antes que a massa seque, passe um pincel molhado sobre as juntas para que fiquem lisas.Remova com um pano úmido ou ajuda de uma raspilha o excesso, antes que a massa comece asecar. Para tanto, deve ser feito no mesmo dia do rejunte com água e sabão em pó, tantas vezesquantas forem necessárias. A utilização de produtos químicos deve ser feita por especialista.

Os ladrilhos cerâmicos são geralmente aplicados em pisos, porém podem ser usados no revestimentode paredes externas ou internas e são aplicados da mesma maneira que os azulejos. Neste caso asdimensões usuais são: 10 cm x 10 cm, 10 cm x 20 cm, 20 cm x 20 cm, ou pastilhas de 2,5 cm x 2,5cm e 3 cm x 3 cm.

CUIDADOS IMPORTANTES

Os pisos cerâmicos são classificados de acordo com sua resistência - capacidade de resistência aodesgaste por abrasão da sua superfície. Esta classificação do produto deve ser declarada pelofabricante na embalagem e quanto maior o número, mais resistente o piso.

RESISTÊNCIA DOS PISOS CERÂMICOS

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REVESTIMENTOS

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REVESTIMENTOS PAREDE

É uma argamassa de cimento (ver o traço ideal no capítulo sobre argamassas), que tem a finalidadede melhorar a aderência da alvenaria de blocos. O chapisco deve ser lançado vigorosamente com acolher de pedreiro. A camada aplicada deve ser uniforme e de pequena espessura e apresentar umacabamento áspero.

CHAPISCO

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O revestimento de uma parede com argamassa faz com que ela fique mais resistente e impermeável.A superfície da parede a ser revestida deve estar adequadamente preparada, ou seja, limpa dequalquer incrustação de argamassa ou concreto, utilizando-se para este fim, espátula e escova deaço.Os locais que receberam canalizações embutidas (elétricas ou hidráulicas) devem estardevidamente reconstituídos.

PAREDES

Antes de iniciar o revestimento das paredes éconveniente que a estanqueidade de todas astubulações de água ou esgoto tenha sidodevidamente testadas.

O revestimento com argamassa deverá ser feito emtrês camadas: chapisco, emboço e reboco. Antes daaplicação de cada uma delas, a parede deveráreceber aspersão com água, tanto para a remoção dapoeira como para o umedecimento de base,evitando-se assim que a água de amassamento daargamassa seja em parte absorvida, o queprejudicará as condições de aderência da argamassa.

CUIDADOS IMPORTANTES

EMBOÇO

Constitui-se numa camada de regularização de parede, sua espessura deve variar entre 10 mm e 25mm e é constituído por uma argamassa mista de cimento, cal e areia média (ver o traço ideal nocapítulo sobre argamassas). O emboço deve ser aplicado no mínimo 24 horas após a aplicação dochapisco.

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0,25m2,50m 2,50m 2,50m

0,25m0,25m0,25m

prumadas-guias

Talisca demadeira

sobremassa

Massa

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É uma camada de revestimento com espessura em torno de 5 mm, feito com argamassa de cimento,cal e areia (ver o traço ideal no capítulo sobre argamassas). Deve ser executado no mínimo 7 diasapós a aplicação do embaço e somente após terem sido colocados os marcos, peitoris, caixas de luzetc.

- Após um prévio umedecimento do embaço, o reboco deve ser aplicado com auxílio de umadesempenadeira de madeira - a argamassa é colocada em uma de suas extremidades e pressionadacontra a parede, fazendo um movimento rápido de baixo para cima.

- Normalmente aplica-se uma primeira camada de cerca de 2 mm a 3 mm, complementando aespessura total em uma segunda utilização de desempenadeira.

- A superfície do reboco pode ter acabamento liso (alisado com desempenadeira de aço),camurçado (desempenado com desempenadeira com feltro ou esponja) ou raspado (superfícieraspada com pente de aço).

- O reboco pode ser adquirido pronto (massa fina) e é aplicado de forma idêntica ao preparo naobra.

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REBOCO

EXECUÇÃO DO EMBOÇO

1 - Assentar com a argamassa, pequenos tacos de madeira (taliscas), cuidandoque fiquem com sua face aparente a uma distância aproximada de 15 mm dabase.Iniciar assentando duas taliscas próximas ao canto superior nas extremidadesda alvenaria e depois com auxílio de fio de prumo, assentar duas taliscaspróximo ao piso. Assentar taliscas intermediárias de modo que a distância entreelas fiquem compreendidas entre 1,50 m e 2,50 m. Atenção as taliscas devemser removidas tão logo as prumadas-guias ficarem concluídas.

2 - Aplicar argamassa em uma largura de aproximadamente 25 cm entre astaliscas, comprimindo-as com auxílio da colher de pedreiro. Em seguidasarrafear a argamassa com uma régua apoiada em duas tal iscas (superior e inferior) constituindo asguias-mestras ou prumadas-guias.

3 - Lançar vigorosamente a argamassa contra a base da parede, comprimindo com uma colher depedreiro ou desempenadeira, sarrafeando com uma régua apoiada em duas guias consecutivas,fazendo movimentos horizontais de vai e vem, de baixo para cima. Observar que a argamassa dasguias é a mesma empregada na confecção do embaço propriamente dito e não deve estar seca.

4 - O emboço poderá ser desempenado e seconstituir na última camada do revestimento,porém normalmente sua superfície deve sermantida razoavelmente rústica para receber acamada posterior do reboco.

5 - O emboço deve ser mantido umedecido,particularmente nos revestimentos externos, porum período de aproximadamente 48 horas apóssua aplicação.

EXECUÇÃO DO REBOCO

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As superfícies que receberão o revestimento de azulejos não devem apresentar áreas muito lisas oumuito úmidas, poeira, bolor ou impregnação com substâncias gordurosas.É importante destacar que a parede deve ser plana (no prumo) e firme. Uma maneira de verificar onivelamento da superfície, consiste em utilizar um sarrafo com 1,00 m de comprimento e apoiá-lo emvários pontos da parede. Caso verifique defeitos acentuados (desaprumos ou embarrigamentos),deve realizar uma prévia reparação com uma camada de regularização constituída por um chapisco

) e uma argamassa de emboço, que deverá ter um acabamento rústico. Esta camada de regularização

deverá ter uma cura de 7 dias no mínimo.Para pequenos retoques da superfície pode ser utilizada apenas uma massa fina (reboco) ou gesso(caso em que a colocação de azulejos só deve iniciar após sua completa secagem).

(ver o traço ideal no capitulo sobre argamassas (ver o traço ideal nocapitulo sobre argamassas)

PREPARO PARA AZULEJOS

Para o dos azulejos podem ser encontrados em diversasdimensões padronizadas: 15 cm x 15 cm (mais comum), 20 cm x 20 cm,20 cm x 30 cm, e podem ser brancos, coloridos ou decorados. Éimportante conhecer previamente estas características, para que se possafazer um planejamento adequado, tendo-se em vista a disposição deassentamento, conforme podemos observar nas figuras ao lado.

assentamento

ASSENTAMENTO DOS AZULEJOS

Junta prumo

Junta amarração

Junta diagonal

As de absorção dos azulejos varia de 10% a 20%, sendonecessário que sejam imersos em água limpa, por um período mínimo de30 minutos antes de seu assentamento (normalmente ficam na águadurante a noite, véspera do assentamento).

A argamassa de assentamento pode ser de :1 - argamassa preparada no local de cimento e areia2 - mista - cimento-cal e areia

3 - pronta, pré-misturada (argamassa colante ou cimentocola), disponívelno mercado, para a qual não é necessária a imersão prévia dos azulejosem água por serem pré-dosados, exigem apenas a adição de água.É aconselhável preparar a quantidade a ser consumida emaproximadamente quatro horas de trabalho. Sua aplicação é feita comuma desempenadeira dentada. A utilização de um dos tipos de argamassafica a critério do assentador.

características

3 tipos

(ver o traço ideal no capitulo sobreargamassas)

Os iniciais são assentar azulejos nos quatro cantos daparede, igualmente como descrito na confecção do emboço, com empregode taliscas. A espessura da camada de assentamento, após pressionar-seo azulejo, deve estar compreendido entre 15 mm e 20 mm.Além dos cuidados normais de verificação do prumo dos azulejosassentados na parte superior e na base da parede, deve-se dedicarespecial atenção ao assentamento da primeira fiada de azulejos,observando-se o seguinte:

procedimentos

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Transcorrido no mínimo 48 horas após o assentamento, os azulejos devem ser rejuntados com pastade cimento branco (ou gesso) e alvaiade na proporção de um volume de 3:1 (três partes de cimentobranco e uma parte de alvaiade). Antes da execução do rejunte, as juntas devem ser umedecidas e apasta aplicada em excesso, com auxílio de um rodo de borracha, uma espátula ou esponjaumedecida.Assim que iniciar o endurecimento da pasta (ainda no mesmo dia do rejuntamento)Os azulejos devem ser limpos com um pedaço de estopa, removendo-se os excessos e, as juntasdevem ser frisadas com auxílio de uma cunha de madeira mole, removendo-se, a pasta que ficou emcontato com as bordas biseladas dos azulejos.

REJUNTE

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primeira fiada

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NOTA:

- A primeira fiada deverá ser rigorosamente nivelada, independente do caimento do piso;

- Deverá ser observada, entre os azulejos da 1ª fiada e o piso, a distância necessária para orevestimento, eventualmente para colocação de rodapé;

- As juntas entre azulejos deverão ser rigorosamente observadas (1 mm ou 2 mm) empregando-se,se preciso, um gabarito (espessura de uma régua metálica, palito de fósforo etc.);

- A 1ª - fiada deverá ser obrigatoriamente assentada com auxílio de uma linha esticada.

Assentada a , as subseqüentes devem ser executadas de baixo para cima,recomendando-se sempre o emprego de linha-guia esticada entre os azulejos assentados nosextremos da parede, ou excepcionalmente com emprego de régua metálica. No desenvolvimento doserviço, devem ser verificados os seguintes aspectos:

- A base da parede deve estar umedecida;

- A argamassa deve ser colocada com ligeiro excesso em toda a parte posterior do azulejo; ouaplicada diretamente sobre a parede com desempenadeira dentada;

- Primeiramente encostar uma borda do azulejo ligeiramente inclinada em relação à parede. Emseguida o azulejo é pressionado uniformemente, devendo o excesso da argamassa sair pelas bordas,que deve ser retirado cuidadosamente com a colher de pedreiro (pequena), podendo serreaproveitada;

- Ajustar o nível ou o prumo do azulejo mediante aplicação de pequenos impactos com ferramentade madeira ou borracha (normalmente o próprio cabo da colher de pedreiro); e,

- O serviço de assentamento é sempre seguido pela limpeza dos azulejos, inclusive arestas dasjuntas, o que deve ser feito com um pano umedecido.

No assentamento de azulejos podem ser empregadas colas à base de cimento e PVA,fornecidas em forma de mistura seca, adicionando apenas água na hora da aplicação, obtendo-seuma pasta. Deve ser seguida as indicações do fabricante para sua aplicação.

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Coordenação

Execução do Curso de Capacitação

Profª Dra. Glacir Terezinha Fricke

Profº André PenteadoProfº Marcus Vinicius Massak

Pratico João Alves de Souza

Execução da Cartilha

Agradecimento

Profª Priscila Machado MeirelesTec. Alexandre Torricelli do Amaral

Profº Nelson RossiProfº Alberto Luiz Francato

Tec. João Alex Franciscon VazProfº José Antonio de Milito

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