Cartilha de Proteção Respiratória

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Cartilha de Proteção Respiratória 1 Está cartilha não deve ser considerada como documento para fins legais, não tem o objetivo de substituir as normas e leis vigentes em nosso país.

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Está cartilha não deve ser considerada como documento para fins legais, não tem o objetivo de substituir as normas e leis vigentes em nosso país.

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Sumario

1. Introdução.............................................................................................3 2. Vias de absorção do corpo....................................................................4 3. Aparelho respiratório............................................................................6 4. Atmosferas relacionadas ao trabalho....................................................11 5. Unidades de medida mais utilizadas.....................................................12 6. Poeiras, gases, vapores, fumaça e outras classificações.......................13 7. Espaços confinados e atmosfera explosiva...........................................18 8. Deficiência de oxigênio........................................................................20 9. Limites de tolerância (LT´s).................................................................21 10. Como conhecer a concentração dos contaminantes químicos.............23 11. Riscos Respiratórios na nossa Saúde...................................................28 12. Medidas de controle dos agentes químicos...........................................37 13. Programa de Proteção Respiratória- PPR / IN-01 FUNDACENTRO..39 14. Como se proteger dos Riscos Respiratórios.........................................52 15. Uso de respiradores purificadores de ar (dependentes do ar local).......57 16. Uso de respiradores de linha de ar comprimido .(independentes do ar

local)......................................................................................................58 17. Uso de Mascaras Autônomas (SCBA)..................................................60 18. Respiradores para FUGA.......................................................................61 19. Perguntas para você testar o seu conhecimento....................................64 20. Bibliografia............................................................................................68

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1. Introdução

Esta cartilha foi desenvolvida pensando em colher o máximo de informação técnica em uma linguagem coloquial, para tornar a sua leitura mais agradável e atrativa, aos nossos amigos estudantes, profissionais da área e demais interessados. Após a leitura, convidamos aos que precisam se especializar no tema, a ler o Manual de Proteção Respiratória, escrito pelos ilustres autores: Profs Maurício Torloni e Antônio Vladimir Vieira, que assim, como nós, dedicam boa parte de sua ocupação profissional a transmitir o conhecimento adquirido. Assim, com o objetivo de fomentar o tema com qualidade é que eu tenho o imenso prazer de convidar os Senhores leitores a fazerem os seus comentários posteriores, pois consideramos a Proteção Respiratória, muito importante para as áreas de Higiene Ocupacional, Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança. Feliz leitura !!!

Realização Departamento Técnico Grupo Alltec do Brasil [email protected]

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2. Vias de Absorção do Corpo

A absorção acontece quando uma substancia atinge a nossa corrente sangüínea. Existem 3 (três) maneiras de uma substancia penetrar e ser absorvida pelo nosso organismo que são Ingestão, Absorção cutânea e/ou Inalação. As vias de Absorção do Corpo:

2.1 Ingestão (Absorção através do ato de comer ou beber)

Tem como via de entrada a boca. Esta rota de entrada representa apenas uma via secundária de ingresso de tóxico em nosso organismo. Já que nenhum trabalhador ingere, conscientemente, produtos tóxicos. Algo que foi engolido e posteriormente excretado sem mudanças, nas fezes, não foi necessariamente absorvido pelo nosso organismo, mesmo que tenha permanecido algumas horas ou até mesmo dias. Os casos mais comuns de contaminação por essa via é a falta de higiene (Comer no local de trabalho, assim expondo o alimento a

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contaminantes e por sua vez ingerindo alimento contaminado) ou beber líquidos por engano (Geralmente por colocar líquidos contaminantes em garrafas de refrigerante). 2.2 Absorção Cutânea (Absorção através da pele) A absorção Cutânea acontece quando substâncias químicas entram em contado com a nossa pele, é muito comum na industria, usar solventes industriais para a remoção de graxas e sujeiras das mãos e dos braços, isto representa uma grande fonte de dermatites. 2.3 Inalação (Absorção através da respiração) A inalação é a principal via de entrada dos contaminantes ocupacionais em nosso corpo, pelo menos 90% de todas as ocorrências (Retirando as dermatites) isto ocorre porque a área onde ocorre a troca de gases é grande se comparada com a área de nossa pele, no homem adulto a superfície dos alvéolos pulmonares é de aproximadamente 90m², esta grande área facilita a absorção de gases e vapores, que podem passar para o sangue e serem distribuídos por outras regiões no nosso organismo. Alguns sólidos e líquidos ficam reditos nos tecidos do aparelho respiratório (devido a seu tamanho), podendo produzir uma ação localizada, ou dissolvem-se e são distribuídos ao nosso organismo através do sistema circulatório.

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3. Aparelho Respiratório

Inspira, expira, inspira, expira. Entra o ar, sai o ar. É assim o tempo todo! Você pode estar na escola, correndo, comendo, vendo tevê, dormindo, trabalhando ou executando qualquer outra atividade não importa. Lá está você: inspirando, expirando, puxando ar, mandando ar embora. Mas por quê respiramos? Porque somos formados por células, milhões de células, e cada uma precisa de oxigênio (O2), pois é através delas que o oxigênio (O2) chega a diversos tecidos do nosso corpo (o oxigênio é importante para a formação de energia em nosso corpo). Quando fazemos exercícios físicos como jogar futebol, correr ou dançar as células precisam de mais oxigênio. Por esse motivo quando praticamos esportes ou nos submetemos a trabalhos desgastantes, passamos a respirar mais rapidamente e o coração, que é responsável pelo bombeamento do sangue bate mais forte elevando assim o sistema circulatório (trabalhando mais rapidamente). Assim mais oxigênio é liberado para as nossas células que “alimentaram” os tecidos do corpo.

A respiração é a função mediante, a qual as células vivas absorvem o oxigênio (O2) e eliminam o dióxido de carbono (CO2). É um intercambio gasoso (O2 e CO2) entre o ar da atmosfera e o organismo. É por esse complexo sistema de respiração que o oxigênio (O2) chega a diversas partes do nosso corpo. Espaço Morto é o volume de CO2 que fica no trato respiratório e deve ser o mínimo possível. P.e.: Caso você utileze um respirador facial sem a mascarilha interna, o volume do espaço morto será maior e poderá diminuir o teor de O2 inalado, deixando-o mais cansado e até com tonturas.

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3.1 O caminho do Ar

Para chegar aos pulmões, o ar faz o seu caminho através dos órgãos que formam o sistema respiratório. Fluxo

3.2 Funcionamento Para chegar aos pulmões, o ar faz seu caminho através dos órgãos que formam o sistema respiratório. O fluxo começa pela Cavidade Nasal e Boca, é por onde inspiramos o ar da atmosfera, nos pêlos nasais ficam retidas as partículas maiores que 10 µm (mícron), nossas narinas filtram e aquecem o ar até aproximadamente 37 °C. O muco que reveste a região condutora de ar até os alvéolos, desempenha um papel importante no fornecimento de vapor de água para o umedecimento do ar e na retenção das partículas que não ficaram presas aos pêlos da cavidade nasal ficando retidas a esse muco. O muco e os pêlos nasais são as defesas naturais do nosso corpo.

Depois de passar pele cavidade nasal, o ar atravessa a faringe (que fica na parte de trás da garganta) e a laringe (órgão responsável pela voz).

Cavidade Nasal ���� Faringe ���� Laringe ���� Epiglote ���� Traquéia

���� Tubos Bronquiais ���� Pulmões ���� Brônquios ���� Bronquíolos

���� Alvéolos (aqui acontece a troca de gases).

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Em seguida passa pela epiglote, uma pequena válvula que se abre quando respiramos e fecha-se quando engolimos algum alimento, (esta

válvula impede que a comida penetre nas vias respiratórias). A seguir o ar chega à traquéia, que mede entre 12cm a 15 cm, seguindo para os Tubos

Bronquiais que se ramifica em dois, dividendo o fluxo de ar para o pulmão esquerdo e direito. Finalmente o ar chega ao pulmão, dentro dele os tubos ramifica-se e diminuem de espessura na direção das extremidades, lembrando galhos de uma árvore, e recebe o nome de brônquios, seguindo em seguida para os bronquíolos que são ramificações menores (galhos

menores), os bronquíolos acabem em sacos microscópicos, chamados alvéolos pulmonares, se enchem de ar quando inspiramos é aqui que acontece a troca gasosa as células absorvem o oxigênio (O2) e depositam o dióxido de carbono (CO2), que faz o caminho inverso quando expiramos.

3.3 Pulmão

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Por causa dos inúmeros pequenos furos que possuem, nossos dois pulmões lembram esponjas. Quando respiramos os furos enche-se de ar e os pulmões bastante flexíveis, expandem-se. Eles bem leves, apesar de poderem receber alguns litros de ar quando cheios, cada pulmão pesa menos de um quilo, mas não tem o mesmo tamanho e peso (o pulmão direito pesa cerca de 700 gramas e o esquerdo aproximadamente 600 gramas). Pulmões sadios têm uma bonita cor rosada. No entanto, a poluição do ar e a fumaça do cigarro gradualmente mudar a cor para cinza ou ata preta.

Cada pulmão é envolto por uma dupla e fina membrana, chamada pleura, que tam a função de protegê-lo do atrito com as costelas cada vez que inspiramos ou expiramos. O pulmão esquerdo por ser menor sobra espaço suficiente para o coração.

3.4 Alvéolos

Os pulmões contêm entre 300 e 450 milhões

de alvéolos. Se pudéssemos achatá-los, dariam uma superfície de 70 m². Tamanha quantidade é necessária por causa do trabalho vital que desenvolvem, pois através de suas finas paredes os capilares sanguíneos, pegam o oxigênio (O2) e deixam o dióxido de carbono (CO2).

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3.5 Curiosidades do Nosso Organismo (Defesas Naturais) O nosso organismo dispõe de algumas defesas naturais, vamos conhecer

algumas defesas relacionadas ao sistema respiratório.

3.6 Por que tossimos?

A tosse pode aborrecer. Mas ela representa uma maneira efetiva de ficarmos livres de sujeiras alojadas na garganta e traquéia. Quando você fica resfriado, o organismo produz uma quantidade extra de muco e isso ajuda o organismo a voltar mais rapidamente à normalidade. No topo da laringe existe uma pequena abertura, a glote. Ela se fecha fazendo aumentar a pressão existente no interior dos pulmões. Repentinamente a glote se abre e ocorre a tosse: o ar sai com muita força e a uma velocidade superior a 100 quilômetros por hora. Junto, leva muco e sujeiras.

3.7 Por que espirramos?

Quando algo irrita o nariz ou a boca o organismo providencia um espirro para expulsar a causa da irritação. Tomamos bastante ar, a garganta se fecha e a pressão dos pulmões sobe. Ao soltarmos o ar há uma explosão para ele passar e junto saem às partículas irritantes. Assim nossas vias respiratórias ficam mais limpas. OBSERVAÇÃO IMPORTENTE

As defesas naturais do nosso corpo não são eficientes para determinadas partículas, poeiras, gases, vapores, fumos e micro organismos (vírus e bactérias presentes no ar). É por esse motivo que nas empresas e industrias , os seus colaboradores, que ficam expostos a tais agentes nocivos à saúde e em concentrações acima dos limites de tolerância, devem elaborar e implementar um PPR (Programa de Proteção Respiratória), para proteger os seus trabalhadores.

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4. Atmosfera Relacionada ao Trabalho

Ao realizamos diversas atividades em nossa empresa podemos estar expostos a diversos agentes nocivos a nossa saúde, muitos destes agentes podem penetrar em nosso corpo através da nossa respiração, Sabemos que respiramos oxigênio, este por sua vez está relacionado diretamente com a atmosfera do ambiente de trabalho (que respiramos). Assim torna-se fundamental conhecermos alguns conceitos básicos de atmosfera respirável, atmosfera perigosa e atmosfera IPVS. 4.1 Atmosfera Normal

É aquela que é composta, normalmente por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases (Ex. Gás Helio entre outros). Essa atmosfera também é conhecida como atmosfera limpa. 4.2 Atmosfera Perigosa

É a deficiência de oxigênio, ou contém substancias tóxicas que podem estar na forma de pó, gases, vapores, fumos, névoas, organismos vivos ,etc. Essa atmosfera constitui risco a nossa saúde, porque os agentes nocivos contidos nela excedem os limites de tolerância, previstos em lei. 4.3 Atmosfera IPVS (Imediatamente Perigosa a Vida e a Saúde)

Refere-se a qualquer atmosfera que possa constituir ameaça direta de

morte ou conseqüências adversas e irreversíveis a saúde, imediata ou retardada.

4.4 Atmosfera não IPVS

Pode causar desconforto físico imediato ou irritação, produz algum mal após exposição prolongada ou efeito crônico após exposições curtas e repetidas.

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4.5 Atmosfera Explosiva

Provocada por agentes químicos, é aquela na qual a concentração de gás, vapor ou de material particulado está dentro da faixa de explosividade, ou seja, há o risco de explosão. 5. Principais Unidades de Medida Utilizadas Ao estudarmos os riscos relacionados à respiração, vamos nos deparar com algumas unidades de medida, sua utilidade é para podemos quantificar a concentração em ppm (partes por milhão), % Vol (percentual em volume) e mg/m³ (miligrama por metro cúbico). 5.1 ppm (partes por milhão): unidade usual para gases e vapores

Esta unidade refere-se à parte por milhão, ou seja, partes do contaminante por milhão de partes do ar respirável. Esta unidade é utilizada quando estudamos a concentração dos contaminantes ou a insalubridade dos locais de trabalho. Os limites de tolerância dos gases são expressos em ppm.

5.2 % Vol (Porcentual em Volume): unidade para altas concentrações de gases Esta unidade é utilizada para representar grandes concentrações de gases, 1% vol equivale a 10.000 ppm. 5.3 mg/m³ (Miligramas por metro cúbico de ar): unidade usual para aerodispersóides (poeiras e fumos principalmente) Miligramas de contaminante por metro cúbico de ar respirado. Esta unidade é usada para os casos de presença de contaminantes particulados por metro cúbico de ar . 5.4 Unidades de medida para definir o tamanho das partículas sólidas e líquidas.

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� Mícron (µm) corresponde a 0,0000001 m (metros) 1000 µm (mícrons) é igual a 1mm (milímetro). � Micra ( µ ) corresponde a 0,0000001 pol (polegadas) 1000 µ (micras) corresponde a 0,254 mm 6. Poeiras, Gases, Vapores, Fumaças e Outros Nas mais variadas atividades de trabalho existem alguns riscos que muitas vezes não são percebidos. É importante conhecer tais riscos que podem afetar nossa saúde, uma atmosfera pode parecer segura porem pode conter contaminante que não são visíveis e nem possuem cheiro (odor). 6.1 Aerodispersóides De uma forma geral, um aerodispersóide é formado por uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas no ar, o tamanho destas partículas podem varias conforma a substancia: -de 200µm (mícrons) a 0,5µm (mícron), no caso das poeiras. - de 0,5µm (mícron) a 0,001µm (mícron), em aerodispersóides formados pela condensação (fumos) Quanto menor a partícula, mais tempo ela permanecera suspensa no ar, sendo maior a chance de ser inalada, porém à partir de 0,001 µm , a partícula é tão leve que poderá permanecer no trato respiratório e não se depositar nos alvéolos e até poderá ser expelida naturalmente.

O grupo dos aerodispersóides é formado por: poeiras, fumos, névoas e neblinas.

6.2 Poeiras Definição: São partículas sólidas, produzidas por ruptura mecânica de sólidos.

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O pó está constituído por partículas geradas mecanicamente, ou seja, a poeira e formada quando um material sólido e quebrado, moído ou triturado; resultantes de operações tais como moenda, perfuração, explosões, limpeza abrasiva, impacto rápido, serviço de lixar, processos de corte e etc. As poeiras são provenientes de diversas matérias tais como minério, madeira, poeiras de grãos, amianto e etc.

Pó Orgânico: São derivados de material orgânico, como exemplo o pó de algodão, o qual pode causar uma doença chamada Bissinose as primeiras manifestações desta doença podem ser percebidas depois de vários anos de exposição a poeiras. Pó do Bagaço: É um material fibroso, como exemplo o resíduo depois de se espremer a cana-de-açúcar. A bagaçose é causada por inalação de pó de bagaço seco, já que o material úmido proveniente de moenda recente não produz a doença. 6.3 Fumos Definição: São aerodispersóides gerados termicamente, constituído por partículas sólidas muito pequenas geralmente inferior a 1µ (mícron), geralmente os fumos são formados por substancias que em temperatura normal são sólidas.

A liberação dos fumos ocorre quando um

metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizado e resfriado rapidamente, formando partículas muito finas que ficam suspensas no ar, exemplo solda, fundição, extrusão de plásticos e etc. Para a higiene industrial, os

fumos de maior interesse são os metálicos. A maioria dos metais e seus compostos utilizados em qualquer processo industrial apresentam risco. Os mais importantes são o chumbo, mercúrio, arsênio, cromo, manganês e seus compostos. Entre os fumos

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metálicos de maior toxicidade, destaca-se o chumbo, que causa a doença ocupacional conhecida como saturnismo ou plumbismo. 6.4 Névoas Definição: É a suspensão de partículas líquidas no ar, as quais são formadas por ruptura mecânica de um líquido, quando são pulverizados ou remexidos.

Como exemplo a pintura a spray (névoa de tinta), processos que utilizem óleo de corte (névoa de óleo), na aplicação de agrotóxicos por nebulização e etc. As partículas líquidas contêm o agente ativo que normalmente e pouco volátil, acompanhado do liquido utilizado como veículo de dispersão, normalmente água, mas, podendo ser outro, como querosene.

Processo de pintura a revolverGera uma névoa de tinta Um outro exemplo de névoa seria os agrotóxicos utilizados por agricultores ou na aplicação de venenos e pesticidas. 6.5 Neblina Definição: É a suspensão de partículas líquidas no ar geradas por condensação do vapor de um líquido volátil. Na industria, a ocorrência da neblina de um agente químico é muito rara, pois a condensação do vapor no ar só pode acontecer quando este fica muito saturado pelo vapor de um líquido, seguindo-se de diminuição da temperatura do ar, provocando a condensação do excesso de vapor presente. 6.6 Gases

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Definição: Substâncias que não são líquidas ou sólidas nas condições normais de temperatura e pressão. São exemplos oxigênio, dióxido de carbono, nitrogênio. Como característica os gases tendem a ocupar o ambiente.

Os gases são substancia cujas moléculas se encontram dispersas pelo ar, tem como característica mobilidade, ou seja, se difundem e tem como tendência ocupar todo o espaço disponível. Em temperaturas e pressões ambientais usuais, encontra-se sempre no estado gasoso, porem quando armazenados em cilindros ou reservatórios especiais submetidas a altas pressões e baixas temperaturas serão liquefeito. Podemos encontrar gases em diversas atividades de trabalho, como exemplo em processo de solda por acetileno, tubulações de gases existentes nas mais variadas

industrias. São exemplos de gases oxigênio, cloro, amônia, dióxido de enxofre, gás sulfídrico. 6.7 Vapores Definição: É a fase gasosa de uma substancia que em temperatura e pressão normal pode ser líquida ou sólida, Para um vapor retornar ao estado líquido não é necessária mudança acentuada de temperatura e pressão. Como ilustração de vapor, podemos mencionar que algumas pessoas executam inalação com vapor da água fervendo. Nas industrias o vapor é encontrado em varias substancias, como os vapores exalados pelos solventes como o álcool, thinner, acetona entre outros. 6.8 Fumaça Definição: É a mistura formada por partículas suspensas no ar, gases e vapores gerados pela combustão incompleta de materiais e partículas líquidas provenientes da condensação de vapores de hidrocarbonetos.

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Em uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, constatou-se que a maior causa de óbitos em incêndios domésticos em prédios não é o fogo e sim a fumaça. Em um incêndio a fuma pode causar : 1) diminuição da visibilidade devido à atenuação luminosa do local, 2) lacrimejamento e irritações dos olhos, 3) modificação de atividade orgânica pela aceleração da respiração e batidas cardíacas, 4) medo, 5) desorientação, 6) Intoxicação e asfixia, 7) vômitos e tosse, 8) deficiência de oxigênio. 6.9 Organismos Vivos Definição: São as bactérias, vírus, fungos em suspensão no ar, suas dimensões variam entre 0,001 µm a 15 µm (Mícron). Podemos encontrar riscos respiratórios relacionados aos organismos vivos em hospitais, limpeza de caixas de água e etc. Podemos exemplificar uma situação com organismos vivos na limpeza de um reservatório de água de grande capacidade (fechado). Imagine que este reservatório ficou algum tempo sem ser utilizado, iniciando-se a limpeza retirando toda água suja, neste ambiente há micro organismo vivos que consomem oxigênio (O2), quando o trabalhador adentra este espaço confinado sem as devidas verificações e equipamentos, poderá entrar em óbito devido à deficiência de oxigênio, pois os organismos vivos encontrados neste ambiente em grandes quantidades consumirão o oxigênio disponível. Exemplos de alguns organismos vivos:

Vírus Bactérias Ácaros

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7. Espaços Confinados Definição � Espaço fechado com as seguintes características: a) sua principal

função não é a ocupação humana; b) possui entrada e saída de pequenas de pequenas dimensões. Exemplos de espaços confinados: tanques, silos, vasos, poços, redes de esgoto, tubulações, caldeiras, fossas sépticas e cavernas entre outros. Veja as normas da ABNT: NBR 14.606 Postos de Serviço - Entrada em Espaço Confinado NBR 14.787 Espaço Confinado - Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção.

Alguns riscos são óbvios. É fácil imaginar o risco de uma lamina de

uma maquina girando. Em espaços confinados a situação é bem diferente, esses riscos não são tão óbvios. Na realidade, a menos que você receba treinamento que explique os riscos contidos neste ambiente, não poderia supor a existência deles.

Espaços Confinados são espaços mortais quando

incluem deficiência de oxigênio, presença de gases, vapores ou outra substancia tóxicos, calor ou frio excessivo, fogo (gerando consumo de oxigênio) ou substancias que podem gerar explosões.

Alguns riscos que podemos encontrar nos espaços confinados são: Atmosfera IPVS � Refere-se aos gases, vapores,

névoas, fumos e partículas em suspensão dentro de um espaço confinado que são Imediatamente Perigosos a Vida e a Saúde. Atmosfera Explosiva � Refere-se quando a atmosfera do espaço confinado esta repleta de Matéria particulada, gases ou vapores que são capazes de sofrer

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combustão ou de queimar quando sujeita a uma fonte de ignição. Mantendo este ambiente de trabalho em constante risco. Deficiência de Oxigênio � Refere-se quando o nível de oxigênio no espaço confinado atinge índices inferiores a 19,5 % de O² (oxigênio), este assunto será tratado de forma mais abrangente no capitulo 8 desta cartilha. Atenção: Faz-se necessário a todos os trabalhadores que vão executar suas atividades em espaço confinado, um treinamento especifico sobre os riscos, equipamentos, meios de resgate e outros pertinentes a trabalhos em espaço confinado, este curso deverá ser ministrado por profissional gabaritado para estas atividades.

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8. Deficiência de Oxigênio (O²)

É a deficiência (falta) de oxigênio, ou seja, quando o volume do oxigênio (O2) diminui (cai) para níveis que são perigos a nossa saúde, transformando essa atmosfera em IPVS (Imediatamente Perigosa a Vida e a Saúde). A deficiência de oxigênio pode ser causada por vários motivos, que estão relacionados com três possibilidades que são consumo, diluição e a adsorção. 8.2 Consumo

O consumo ocorre quando o ar é consumido por micro organismos

vivos (exemplo limpeza de tanques e caixas de água), combustão (nos incêndio, por exemplo) e na oxidação de metais (formação de ferrugem em espaços confinados). 8.3 Diluição

A diluição acontece quando gases inertes deslocam o ar presente ou o

dilui, abaixando o volume natural do oxigênio que é de 21%, para níveis que podem ser perigosos a nossa saúde, podendo até mesmo expulsar totalmente o oxigênio, um exemplo seria a putrefação de matéria orgânico em locais fechados ou de pouca ventilação e pela fermentação de excrementos em fossas que podem deslocar o ar ou se misturar com ele causando assim a deficiência de oxigênio. 8.4 Adsorção

A adsorção dentro da química e física, é a fixação de duas moléculas de uma substancia na superfície de outra substancia. A adsorção do oxigênio contido no ar pode ocorrer em leitos de carvão ativo no interior de reatores ou câmaras, tornando perigosa às operações de inspeção ou manutenção destes ambientes.

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9. Os limites de tolerância (LT´s)

A presença de agentes nocivos no ambiente de trabalho oferece um risco à saúde dos trabalhadores. Entretanto, o fato de estarem expostos a estes agentes agressivos não implica obrigatoriamente que estes trabalhadores venham a contrair uma doença do trabalho. Para que esses agentes nocivos causem danos à saúde, é necessário que estejam acima de uma determinada concentração, e que o tempo de exposição seja suficiente para uma atuação nociva destes agentes sobre o ser humano. Portanto é muito importante realizar uma avaliação quantitativa do agente no local de trabalho (veja métodos de coleta de amostragem), e também constatarmos qual é o tempo real de exposição, ou seja, o tempo que o trabalhador ficara exposto aos contaminantes. Limite de tolerância é um valor atribuído, a base de pesquisas cientificas, o qual determina qual a concentração de determinada substancia, que a maioria dos trabalhadores possam estar expostos, repetidamente sem comprometer a sua saúde. Esses limites de tolerância são encontrados: -NR-15 da portaria 3214/78 do M.T.E; -Livreto TLVs e BELs Limites de exposição para Substancias Químicas e

Agentes Físicos da ACGIH (American Conference of Governmental Indutrial Hygienists), traduzido para o português pela ABHO (Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais); -Manual Pró-química da ABIQUIM (associação da indústria química); -Guia de Seleção de Respiradores da ALLTEC www.alltecbrasil.com.br/guiadeseleção 9.2 Suscetibilidade Individual Devido à grande variação na suscetibilidade individual ou seja, na sensibilidade da pessoa exposta, uma pequena porcentagem , poderá ser afeta mesmo em limites iguais ou até inferiores aos LT´s (Limite de Tolerância), isso pode ocorrer por fatores genético, idade, exposição anteriores, hábitos pessoais (fumo, álcool, uso de medicamentos ou de outras drogas), entre outros. 9.3 Definição dos Limites de Exposição

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Cada país desenvolve o seu limite de tolerância, porem o que tem maior nível de aceitação são os da ACGIH, denominados TLVs, esses valores são atualizados anualmente, vamos ver algumas definições: 9.4 Limite de Tolerância Segundo a NR-15 O limite de tolerância (LT) são relacionado com o tipo de agente e o tempo de exposição, que não causara dano à saúde da maioria dos trabalhadores expostos, durante toda a sua vida laboral. Os valores dos Limites de Tolerância que são encontrados no Anexo 11 da NR-15 foram baseados nos valores dos TLV´s da ACGIH de 1978, que eram validos para 40 horas/semanais, esses valores foram corrigidos para as 48 horas/semanais. Atenção� Caso o Limite de Tolerância (LT) de alguma substancia, não seja encontrado na NR-15, podemos utilizar o da ACGIH TLV´s. 9.5 TLV-TWA (Threshold Limit Value-Time Weighted Average) ACGIH Significa Limite de Exposição Média Ponderada no Tempo, acredita-se que a maioria dos trabalhadores adultos saudáveis possa estar exposta, repetidamente, dia após dia, por 40 horas de trabalho semanais e por toda a sua vida laboral a esses valores sem causar alterações em sua saúde. Os valores de TLV-TWA são revisados anualmente pela ACGIH. 9.6 TLV-STEL (Threshold Limit Value-Short Term Exposure Limit) ACGIH É um Limite de Exposição de Curta Duração, é o valor máximo que um trabalhador com saúde perfeita pode ficar exposto por um período de tempo de 15 minutos, não podendo esse acontecimento ser constatado mais que 4 vezes ao dia, e deve se respeitar um tempo de 60 minutos para a exposição sucessiva. Atenção� O trabalhador não deve ficar exposto a níveis de concentração superiores ao Limite TLV-STEL em nenhum momento da jornada de trabalho sem a devida proteção.

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10. Como Conhecer a Concentração dos Contaminantes

Para conhecer a concentração do agente que o trabalhador esta exposto, deve-se fazer uma análise quantitativa do mesmo, para isso existe critérios e procedimentos que devem ser seguidos rigorosamente.

A coleta das amostras deve ser feita por pessoa tecnicamente qualificada. Os dados obtidos através da analise quantitativa devera ser registrada e documentada no PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) conforme a NR-9 subitem 9.1.1 “Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais”. Existem varias formas de se realizar uma análise quantitativa, devendo ser observado que para cada caso (condições do ambiente de trabalho e tipo de agente) é recomendado um método e aparelho específico, para garantir a fidelidade da analise quantitativa, a coleta deverá ser realizada segundo certos critérios, e a analise ser realizada por laboratório devidamente credenciado, para esta atividade. 10.2 Amostras Passivas Este tipo de amostra refere-se a um mecanismo que é colocado no ambiente de trabalho ou preso a lapela da roupa do trabalhador. Para essa finalidade podemos utilizar dois mecanismos distintos que são os monitores passivos ou os tubos colorimétricos ou tubos reagentes. Descrição sucinta deste método: os mecanismos são fixados em pontos estratégicos (ambiente de trabalho e/ou lapela do trabalhador), assim ficam armazenando em seu interior partículas do contaminante contido no ambiente de trabalho.

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Observação: No caso do tubinho reagente, pode-se utilizar uma bomba para realizar a sucção das partículas contidas no ar. Existe uma grande diferença entre os tubos reagentes e os monitores passivos. 10.3 Monitores Passivos

Seguindo instruções de profissional habilitado, o funcionário utiliza no desempenho de suas atividades um monitor passivo. O monitor passivo fica preso próximo à zona respiratória do trabalhador, por um tempo determinado, após esse processo

o mesmo é encaminhado a um laboratório credenciado onde é feita a analise desta amostra emitindo um laudo determinando a concentração. Suporte preso a lapela OBS.: Os tubos passivos colorimétricos NÃO NECESSITAM de análise de laboratório e revelam a concentração exposta no final da jornada de trabalho, sendo muito mais econômico.

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Cartilha de Proteção Respiratória

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10.4 Amostragem ativa com o uso de Tubos Colorimétricos (Tubos Reagentes)

Os tubos colorimétricos de reação instantânea,

passam por um processo de reação química e ao se estabilizar , fazemos a leitura em uma escala em ppm ou mg/m3 . Assim, podemos saber o valor da concentração que o trabalhador está exposto e montar o gráfico para 10 amostragens.. Existem tubos colorimétricos para mais de 450 substancias.

(vide www.alltecbrasil.com.br/tuboscolorimetricos)

A coleta para os tubos colorimétricos é feita , utilizando-se uma bomba para fazer a sucção do ar do ambiente próximo da zona respiratória do trabalhador . Bomba para amostragem do ar Deve-se espaçamento mínimo de 20 minutos , para cada coleta, segundo a NR-15, anexo 11.

Vapores ou gases a serem medidos , sua fórmula química e número CAS

Faixa de medição (ppm)

Tempo para avaliação (horas)

TLV-TWA,C

(ACGIH) (ppm)

0.1-20 1-10 4-1200 1-10

Acetaldehyde (Acetaldeído) CH3CHO CAS 75-07-0

1.2-360 1-10

C 25

Àcetic acid (Ácido Acético) )CH3CO2H CAS 64-19-7

0.5-100 1-10 10

Acetic anhydride (Anidrido Acético) (CH3CO)2º CAS 108-24-7

0.45-90 1-10 5

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5-1500 1-10 Acetone (Acetona) CH3COCH3

CAS 67-64-1 1.4-420 1-10

500

2.5-1000 0.5-10 Ammonia (Amônia) NH3

CAS 7664-41-7 0.1-10 1-10

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Benzene (Benzeno) C6H6

CAS 71-43-2

2.4-600 1-10 0.5

1,3-Butadiene (Butadieno) CH2:CHCH:CH2

CAS 106-99-0

1.3-200 1-8 2

Carbon dioxide (Monóxido de Carbono) CO2

CAS 630-08-0

0.02-16% 0.5-10 5000

1.04-2000 0.5-48 Carbon monoxide (Monóxido de Carbono) CO CAS 630-08-0

0.4-400 0.5-24 25

0.08-100 0.5-24 Chlorine (Cloro) Cl2

CAS 7782-50-5 2.4-240 1-8

0.5

3.9-600 1-8 trans-1,2-Dichloroethylene (Dicloroetileno) ClCH:CHCl CAS 540-59-0

6-600 1-8 200

Dimethylamine (Dimetilamina) (CH3)2NH CAS 124-40-3

1.9-750 0.5-10 5

N,N-Dimethylethylamine (Dimetilanilina) ???? C2H5N(CH3)2

CAS 121-69-7

4-1600 0.5-10 -

Ethanol (Etanol) C2H5OH CAS 64-17-5

100-25000 1-10 1000

Ethyl benzene (Etil benzeno) C6H5C2H5

2.8-700 1-10 100

Ethylene (etilenio) CH2:CH2

1.56-240 1-8 -

Ethylene dichloride (dicloro etileno) ClCH2CH2Cl

3.9-600 1-8 10

Formaldehyde (formaldeido) HCHO

0.2-40 1-10 C 0.3

Formic acid (ácido fórmico) HCO2H

0.55-110 1-10 5

Furfural (furfural) C5H4O2

0.2-40 1-10 2

Hydrazine (Hidrazina) 1.6-650 0.5-10 0.01

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N2H4 0.05-0.1 0.05-0.1 1-100 1-10 Hydrogen chloride (ácido

clorídrico) HCl

1.8-180 1-8 C 4.7

Hydrogen cyanide (ácido cianídrico)HCN

1-200 1-10 -

1-100 1-10 Hydrogen fluoride (ácido fosfórico) HF 1-100 1-10

C 3

Hydrogen peroxide (água oxigenada) H2O2

0.5-40 1-10 1

Hydrogen sulphide (ácido sulfúrico)H2S

0.2-200 1-48 10

Isoprene (Isopropano) CH2:C(CH3)CH:CH2

2.6-400 1-8 -

Methylamine (Metalamina)CH3NH2

0.19-19 1-10 5

2-600 1-10 0.125-25 1-10

Methyl ethyl ketone (MEK) CH3COC2H5

6.5-1950 1-10

200

11.5-3450 1-10 Methyl isobutyl ketone (MIK) (CH3)2CHCH2COCH3 4-1200 1-10

50

0.8-80 1-10 Nitric acid (ácido nítrico) HNO3 0.32-32 1-10

2

0.1-30 1-10 Nitrogen dioxide (dióxido de nitrogênio)NO2 0.01-3.0 1-24

3

10-600 1-5 Sulphur dioxide (dióxido de enxofre) SO2

0.2-100 1-10 2

3-150 1-8 Tetrachloroethane (tetracloroetano)Cl2CHCCl3 1.5-150 1-8

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Toluene (tolueno) C6H5CH3

2-500 1-10 50

Trichloroethylene (tricloroetileno) Cl2C:CHCl

3-300 1-8 50

Triethylamine (trietilamina) (C2H5)3N

5.3-2100 0.5-10 1

Trimethylamine (trietilamina) (CH3)3N

0.23-23 0.5-10 5

Vinyl chloride (cloreto de vinila)CH2:CHCl

1.56-240 1-8 1

Vinylidene chloride (???) CH2:CCl2

6-600 1-8 5

Xylene (xileno) C6H4(CH3)2

3.4-850 1-10 100

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10.5 Amostras Ativas com uso de bomba motorizada

Diferente das amostras passivas, este método de coleta é realizado por um equipamento com cassete e uma bomba motorizada, com a finalidade de realizar a sucção do ar do ambiente de trabalho. Esta bomba pode ser instalada em pontos estratégicos, ou próximo à região respiratória do trabalhador. Ressaltamos que esta metodologia de analise dos agentes contaminantes deve ser realizada por profissional devidamente habilitado.

Consulte a Alltec Serviços. Após a realização da coleta das amostras, as mesmas devem ser encaminhadas para um laboratório credenciado, o qual emitira um laudo constando à respectiva concentração do ambiente. 11. Os Riscos Respiratórios e a Saúdo do Trabalhador________________

As doenças pulmonares de origem ocupacional são causadas pela inalação de partículas, névoas, vapores ou gases nocivos no ambiente de trabalho. O local exato das vias aéreas ou dos pulmões onde a substância (contaminante) inalada irá se depositar e o tipo de doença pulmonar que irá ocorrer dependerão do tamanho e do tipo das partículas inaladas. As partículas maiores podem ficar retidas nas narinas ou nas grandes vias aéreas, mas as menores atingem os pulmões. Quando atingem esses órgãos, algumas partículas se dissolvem e podem passar para a corrente sangüínea.

Alguns contaminantes podem causar reações alérgicas. Outras, como o pó de quartzo e o asbesto, podem causar cicatrizes permanentes no tecido pulmonar (fibrose pulmonar). Em quantidades importantes, certas partículas, como o asbesto, podem causar câncer.

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Devemos mencionar que contrair ou não uma doença ocupacional depende de vários fatores como tempo de exposição, tipo de contaminante, concentração no ambiente de trabalho, falta de uso correto de EPI (Equipamento de Proteção Individual) entre outros.

Algumas doenças mais conhecidas causadas por problemas respiratório relacionado ao ambiente de trabalho são Silicose, Pulmão Negro, Asbestose, Beriliose, Pneumoconiose, Asma Ocupacional, Bissinose, Doença do Enchedor de silo entre muitas outras.

Vamos ver algumas doenças e alguns tipos de trabalho que as podem propiciar, caso o trabalhador não esteja devidamente protegido tanto por EPC´s (Equipamentos de Proteção Coletiva) ou/e EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) devidamente aprovados.

Observação: A NR-7 (Norma Regulamentadora-7), Determina a obrigatoriedade de elaborar e implementar o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, por parte dos empregadores, com o objetivo da promoção e preservação da saúde dos trabalhadores.

11.2 Doenças e os trabalhos que “podem” expor seus trabalhadores, quando não estão devidamente protegidos:

Doença

Trabalho

Silicose

• Mineiros de chumbo, cobre, prata e ouro;

• Determinados mineiros de carvão como os peneiradores que trabalham sobre os veios de carvão;

• Operários de fundição;

• Ceramistas, oleiros, cortadores de arenito ou de granito;

• Operários que trabalham na construção de túneis;

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• Trabalhadores da indústria de sabões abrasivos;

• Trabalhadores que utilizam jatos de areia;

• E outros trabalhos.

Pulmão negro

• Mineiros de carvão.

Asbestose

• Operários que mineram, moem ou manufaturam amianto;

• Operários da construção civil que inalem partículas de amianto, derivado de instalação ou remoção de materiais que contêm asbesto;

• E outros trabalhos que inalem asbesto.

Berilose

• Trabalhadores da indústria aeroespacial

Pneumoconiose

• Soldadores;

• Mineiros de ferro;

• Operários que trabalham com bário;

• Operários que trabalham com estanho;

• E outros trabalhos.

Asma Ocupacional

• Indivíduos que trabalham com cereais, madeira de cedro vermelho ocidental, sementes de rícino, corantes, antibióticos, resinas de epóxi, chá e enzimas utilizadas na manufatura de detergentes, malte e objetos de couro e outros.

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Bissinose

• Operários que trabalham com algodão, cânhamo, juta e linho;

• E outros trabalhos.

Doença do enchedor de silo

Trabalhadores de fazendas e agroindústria

11.3 Silicose

A silicose é a formação de cicatrizes permanentes nos pulmões, provocado pela inalação do pó de sílica (quartzo). A silicose, a mais antiga doença ocupacional conhecida, ocorre em indivíduos que inalaram pó de sílica durante muitos anos. A sílica é o principal constituinte da areia, e por essa razão, a exposição a essa substância é comum entre os trabalhadores de minas de metais, os cortadores de arenito e de granito, os operários de fundições e os ceramistas. Os sintomas manifestam-se somente após muitos anos de exposição ao pó.

No entanto, em ocupações que envolvem a utilização de jatos de areia, a escavação de túneis e a produção de sabões abrasivos, que produzem quantidades elevadas de pó de sílica, os sintomas podem ocorrer em menos de dez anos. Quando inalado, o pó de sílica atinge os pulmões, provocando a formação de tecido cicatricial nos pulmões. Inicialmente, as áreas cicatriciais são pequenas protuberâncias arredondadas (silicose nodular simples), mas, finalmente, essas protuberâncias podem aglomerar-se, formando grandes massas (silicose conglomerada). Essas áreas cicatriciais não permitem a passagem normal de oxigênio ao sangue. Os pulmões perdem a elasticidade e a respiração exige um maior esforço.

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Efeitos da exposição à sílica

Os indivíduos com silicose nodular simples não apresentam dificuldade para respirar, mas apresentam tosse e escarro em decorrência da irritação das grandes vias aéreas, uma condição denominada bronquite. A silicose conglomerada pode produzir tosse, produção de escarro e dificuldade respiratória grave. No início, a dificuldade respiratória pode ocorrer somente durante a realização de exercícios, mas, no estágio final, ela ocorre mesmo durante o repouso.

A respiração pode piorar de dois a cinco anos após o indivíduo haver parado de trabalhar com a sílica. A lesão pulmonar sobrecarrega o coração e, algumas vezes, acarreta a insuficiência cardíaca, potencialmente letal. Além disso, quando os indivíduos com silicose são expostos ao agente causador da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis), a probabilidade de contraírem a infecção é três vezes maior do que a dos indivíduos que não sofrem de silicose. O diagnóstico de silicose é estabelecido quando um indivíduo que trabalhou com sílica apresenta uma radiografia torácica com os padrões característicos de cicatrização e nódulos.

11.4 Pulmão Negro

O pulmão negro (pneumoconiose do mineiro de carvão) é uma doença pulmonar causada pela aspiração de pó de carvão durante um período prolongado, o qual se deposita nos pulmões. No caso de pulmão negro simples, o pó de carvão acumula-se em torno das pequenas vias aéreas (bronquíolos) dos pulmões. O pó de carvão dissemina-se por todo o pulmão, o que é revelado nas radiografias torácicas como pequenas manchas.

Em alguns indivíduos o pulmão negro simples evolui para uma forma mais grave da doença, conhecida como fibrose disseminada progressiva, na qual ocorre à formação de cicatrizes em grandes áreas do pulmão (com pelo menos 1 centímetro de diâmetro). A fibrose disseminada progressiva pode piorar mesmo após o indivíduo interromper a exposição ao pó de carvão. O tecido pulmonar e os vasos sangüíneos pulmonares podem ser destruídos pelas cicatrizes.

Efeitos

Normalmente, o pulmão negro simples é assintomático (não produz sintomas). No entanto, muitos indivíduos com essa doença tossem e, facilmente, apresentam dificuldade respiratória.

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Os estágios graves da fibrose disseminada progressiva produzem tosse e, freqüentemente, dificuldade respiratória incapacitante.

O médico estabelece o diagnóstico após observar as manchas características na radiografia torácica de um indivíduo que se expôs ou vem se expondo ao pó de carvão há muito tempo. Geralmente, trata-se de um indivíduo que trabalhou em minas subterrâneas durante pelo menos dez anos.

11.5 Asbestose

A asbestose é a cicatrização disseminada do tecido pulmonar causada pela aspiração de pó de asbesto (amianto). O asbesto é composto por silicatos minerais fibrosos com diferentes composições químicas. Quando inaladas, as fibras de asbesto depositam-se profundamente nos pulmões, provocando a formação de cicatrizes.

Os indivíduos que trabalham com asbesto apresentam risco de desenvolver uma doença pulmonar. Os operários do setor de demolição, que trabalham em edifícios com isolamento que contém asbesto, também correm risco, embora menor. Quanto mais o indivíduo se expõe às fibras de asbesto, maior é o risco de ele desenvolver uma doença relacionada a esse material.

Efeitos

Os sintomas da asbestose aparecem gradualmente, somente após ter havido a formação de muitas cicatrizes e os pulmões terem perdido a elasticidade. Os sintomas iniciais são uma dificuldade respiratória discreta e a diminuição da capacidade de realizar exercícios.

A respiração torna-se cada vez mais difícil. Aproximadamente 15% dos indivíduos com asbestose apresentam uma dificuldade respiratória grave e insuficiência respiratória.

O câncer de pulmão está relacionado em parte ao grau de exposição às fibras de asbesto. No entanto, entre os indivíduos com asbestose, o câncer de pulmão ocorre com mais freqüência nos que também são tabagistas, sobretudo naqueles que consomem mais de um maço de cigarros por dia.

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11.6 Beriliose

A beriliose é uma inflamação pulmonar causada pela inalação de poeira ou gases que contêm berílio. No passado, o berílio era comumente extraído para ser utilizado nas indústrias eletrônicas e químicas e na fabricação de lâmpadas fluorescentes. Atualmente, ele é utilizado principalmente na indústria aeroespacial. Além dos trabalhadores dessas indústrias, alguns indivíduos que habitam regiões próximas a refinarias de berílio também apresentam beriliose.

A beriliose difere das outras doenças pulmonares, pois os problemas pulmonares parecem ocorrer apenas em indivíduos sensíveis ao berílio – cerca de 2% daqueles que entram em contato com a substância. A doença pode afetar até mesmo indivíduos cuja exposição tenha sido relativamente curta, e os sintomas podem demorar de dez a vinte anos para se manifestarem.

Efeitos

Em alguns indivíduos, a beriliose ocorre subitamente (beriliose aguda), principalmente sob a forma de uma inflamação pulmonar (pneumonite). Os indivíduos com beriliose aguda apresentam um quadro caracterizado por tosse, dificuldade respiratória e perda de peso. A beriliose aguda também pode afetar a pele e os olhos. Outros indivíduos apresentam beriliose crônica, na qual ocorre a formação de um tecido anormal nos pulmões.

Nesses indivíduos, a tosse, a dificuldade respiratória e a perda de peso ocorrem de forma gradual. O diagnóstico é baseado no antecedente do indivíduo de exposição ao berílio, nos sintomas e nas alterações características reveladas pela radiografia torácica. No entanto, como as radiografias da beriliose assemelham-se às de uma outra doença pulmonar, pode ser necessária a realização de testes imunológicos adicionais.

11.7 Asma Ocupacional

A asma ocupacional é causada pela inalação de partículas ou de vapores existentes no ambiente de trabalho, que atuam como irritantes ou causam uma reação alérgica. Muitas substâncias presentes no local de trabalho podem causar espasmos das vias aéreas, tornando a respiração difícil. Alguns indivíduos são particularmente sensíveis a irritantes presentes no ar.

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Efeitos

A asma ocupacional pode causar dificuldade respiratória, sensação de opressão no peito, tosse, espirros, coriza e lacrimejamento. Contudo, em alguns indivíduos, o único sintoma são os sibilos noturnos. Os sintomas podem ocorrer durante a jornada de trabalho, mas, freqüentemente, eles começam apenas algumas horas após o indivíduo ter terminado seu expediente. Além disso, os sintomas podem aparecer e desaparecer durante uma semana ou mais após a exposição. Por essa razão, é freqüentemente difícil estabelecer a relação entre o ambiente de trabalho e os sintomas. Os sintomas comumente tornam-se mais leves ou desaparecem nos finais de semana ou durante os feriados. Eles pioram com a exposição repetida.

11.8 Bissinose

A bissinose é um estreitamento das vias aéreas provocado pela inalação de partículas de algodão, linho ou cânhamo. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, a bissinose ocorre quase exclusivamente em indivíduos que trabalham com algodão não-processado, embora indivíduos que trabalham com linho e cânhamo também possam apresentá-la. Os mais afetados parecem ser os indivíduos cuja ocupação é abrir fardos de algodão cru ou aqueles que trabalham nos primeiros estágios do processamento do algodão. Aparentemente, algo presente no algodão cru provoca o estreitamento das vias aéreas em indivíduos suscetíveis.

Efeitos

A bissinose pode causar sibilos e opressão no peito, geralmente no primeiro dia de trabalho após uma folga. Ao contrário do que ocorre na asma, os sintomas tendem a diminuir após exposições repetidas, e a opressão torácica pode desaparecer no final da semana de trabalho. Entretanto, após um indivíduo ter trabalhado com algodão durante muitos anos, a opressão torácica pode persistir por dois ou três dias de trabalho ou mesmo por toda a semana.

A exposição prolongada à poeira do algodão aumenta a freqüência dos sibilos, mas não evolui para uma doença pulmonar incapacitante permanente. O diagnóstico é estabelecido por meio de um teste que revela a redução da capacidade pulmonar ao longo de um dia de trabalho. Normalmente, essa redução é maior no primeiro dia de trabalho.

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11.9 Exposição a Gases e a Substâncias Químicas

Muitos tipos de gases – como o cloro, o fosgênio, o dióxido de enxofre, sulfato de hidrogênio, o dióxido de nitrogênio e a amônia – podem ser liberados durante acidentes industriais e irritar gravemente os pulmões. Gases como o cloro e a amônia dissolvem-se facilmente e produzem irritação imediata da boca, do nariz e da garganta. As partes inferiores dos pulmões somente são afetadas quando o gás é inalado profundamente. Gases radioativos, liberados em acidentes de reatores nucleares, podem causar, em longo prazo, câncer de pulmão e de outras regiões do corpo.

Alguns gases, por exemplo o dióxido de nitrogênio, não se dissolve com facilidade. Por essa razão, eles não produzem sinais precoces da exposição, como irritação do nariz e dos olhos, aumentando a possibilidade de serem inalados profundamente nos pulmões. Esses gases podem causar inflamação das vias aéreas menores (bronquiolite) ou causar um acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar).

Na doença dos trabalhadores de silos, resultante da inalação dos vapores que contêm dióxido de nitrogênio liberado pela silagem úmida, o acúmulo de líquido nos pulmões pode demorar até doze horas após a exposição para ocorrer. O distúrbio pode apresentar uma melhora temporária e, em seguida, reincidir dez ou catorze dias depois, mesmo que não ocorram novos contatos com o gás.

A recorrência tende a afetar as pequenas vias aéreas (bronquíolos). Em alguns indivíduos, a exposição a pequenas quantidades de gás ou a outras substâncias químicas durante um período prolongado pode acarretar uma bronquite crônica. Além disso, acredita-se que a exposição a determinadas substâncias químicas, como compostos de arsênico e hidrocarbonetos, seja responsável pelo câncer em alguns indivíduos. O câncer pode ocorrer nos pulmões ou em outras partes do corpo, dependendo da substância inalada.

Efeito

Gases solúveis, como o cloro, causam graves queimaduras nos olhos, no nariz, na garganta, na traquéia e nas grandes vias aéreas. Freqüentemente, esses gases produzem tosse e sangue no escarro (hemoptise). Também são freqüentes a náuseas e a dificuldade respiratória. Gases menos solúveis, como o dióxido de nitrogênio, causam dificuldade respiratória, algumas vezes grave, após um período de três a quatro horas. A radiografia torácica pode revelar a ocorrência de edema pulmonar ou de bronquiolite.

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12. Medidas de Controle dos Agentes Ambientais Existe dois caminhos que podemos estar adotando para a executar a implementação de medidas de controle, estas medidas podem ser adotas em conjunto ou individualmente. São as medias relativas ao ambiente, onde o controle é feito na fonte (maquinas, produtos, operações) e na trajetória desses agentes até o trabalhador. Podemos utilizar também as medidas relativas ao trabalhador. Medidas relativas ao ambiente:

1) Substituição do produto tóxico ou nocivo 2) Mudança ou alteração do processo 3) Enclausuramento da operação 4) Ventilação (EPC) 5) Manutenção 6) Projeto Adequado

1)Substituição do produto tóxico ou nocivo A substituição de um material tóxico por outro não tóxico ou menos tóxico nem sempre é possível; entretanto, quando é, representa a maneira mais segura de eliminar ou reduzir um risco. 2)Mudança ou alteração do processo Uma mudança no processo oferece em geral oportunidades de melhoria das condições de trabalho. Infelizmente, as maiorias das mudanças ou alterações, são feitas no sentido de redução de custos e aumento de produção. Entretanto, o profissional de segurança deve saber aproveitar essa oportunidade, para orientar de maneira a também conseguir os seus objetivos e lutar por alterações especificas que visem um ambiente de trabalho mais adequado.

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3)Enclausuramento da operação

Esta medida tem por finalidade impedir a dispersão do contaminante por todo o ambiente de trabalho. Este confinamento pode incluir ou não o trabalhador, expondo assim, a menor quantidade de trabalhadores possível ao risco, caso o trabalhador esteja exposto ao enclausuramento, deve-se observar algumas medidas de segurança, como qual será a concentração neste ambiente, se a atmosfera no interior será IPVS (Imediatamente Perigoso a Vida e a Saúde), deve-se considerar se o nível de oxigênio não será inferior a 19,5%, entre outras medidas de segurança. Um bom exemplo de enclausuramento são as operações com “Glove Boxes” (caixas com luvas), que são na verdade um sistema pelo qual o trabalhador vai operar o equipamento fora da cabine de enclausuramento utilizando uma caixa com luvas especiais, este sistema é muito utilizado em industrias químicas.

mesmo nível de diálogo e decisão, possibilita antecipar os riscos e contribui para soluções mais eficazes. Medidas relativas ao trabalhador

7) Equipamento de Proteção Individual (EPI) 8) Educação e treinamento 9) Controle médico 10) Limitação da Exposição

4)Uso do Equipamentos de Proteção Individual-EPI

As medidas relativas ao trabalhador só devem ser consideradas em situações especiais, onde as medias de controle ambientais são inaplicáveis, total ou parcialmente, nesses casos, a única forma de proteger os trabalhadores será a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). 5)Educação e treinamento

A educação e treinamento desempenham uma função vital, o uso correto dos EPI´s (Equipamentos de Proteção individual), por parte dos trabalhadores, assim como as limitações de proteção que eles oferecem, são aspectos que todos os funcionários da empresa devem conhecer, através de treinamentos específicos.

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6) Controle médico

São os exames médicos realizados através do PCMSO, constituem medida fundamental. Para algumas atividades que serão exercidas pelo trabalhador, como no caso os que iram utilizar respiradores, deveram passar por rigorosa avaliação médica antes de exercerem suas respectiva função. 7) Limitação da exposição

É a redução dos períodos de trabalho, é mais freqüentemente utilizada em riscos físicos como o calor e o ruído. Esta medida visa, reduzir o tempo de exposição aos contaminantes. A limitação da exposição ao risco deve ser realizada dentro de critérios técnicos, assim este recurso deve ser aplicado com a orientação de Profissional de Segurança do Trabalho. Ressaltamos que esta medida só deve ser considerada quando outras alternativas, não foram eficientes. 13. PPR - Programa de Proteção Respiratória O PPR – Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO está descrito na IN-01 (Instrução Normativa-01) e trás informações sobre uso e seleção de respiradores.

Recomendamos que todo administrador de um Programa de Proteção Respiratória tenha uma cópia original do PPR da FUNDACENTRO para consulta e aprimoramento Técnicos. 13.1 Direcionamento do PPR

O PPR é direcionado para um efetivo controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado, por exemplo, poeiras, fumos, névoas, gases e vapores. O objetivo principal deve ser minimizar a contaminação do ambiente de trabalho. Em primeiro lugar devemos implementar as medidas de controle de engenharia (enclausuramento, ventilação, substituição de uma substancia tóxica por outra menos nociva).

Quando as medidas de controle não são viáveis, ou enquanto estão em fase de implementação ou avaliação, devem ser utilizados respiradores (EPI) apropriados para cada tipo de situação e contaminante existente.

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13.2 Responsabilidades dos Empregadores Perante o PPR Para que a saúde do usuário seja preservada, o empregador deve, no mínimo oferecer as seguintes condições:

1) Fornecer o respirador, quando necessário, para proteger a saúde do trabalhador;

2) Fornecer o respirador conveniente e apropriado para fim desejado; 3) Ser responsável pela implementação de um Programa de Proteção

Respiratória e por sua manutenção; 4) Permitir ao empregado que utiliza respirador, deixar a área de risco por

qualquer motivo relacionado ao uso deste equipamento, como exemplo: • Falha do respirador que altere a proteção por ele proporcionado; • Mau funcionamento do respirador; • Detecção de penetração de ar contaminado dentro do respirador; • Aumento da resistência à respiração (dificuldades para respirar); • Grande desconforto devido ao uso do respirador; • Mal-estar sentido pelo usuário do respirador, tais como náuseas,

fraqueza, tosse, espirro, calafrio, tontura, vômito, febre entre outros; • Lavar o rosto sempre que necessário; • Trocar o filtro ou outras componentes, sempre que necessário; • Descanso periódico em áreas não contaminadas; • Entre outras alterações anormais da situação comum de trabalho. 5) Investigar a causa do mau funcionamento do respirador e tomar as devidas providencias.

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13.3 Responsabilidade do Empregador segundo NR-6: Segundo estabelecido pela “NR-6 Norma Regulamentadora – Equipamentos de Proteção Individual no item 6.6.1”, cabe ao empregador quando ao EPI – Equipamento de Proteção Individual:

a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) Exigir o uso; c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional

competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e

conservação; e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g) Comunicar o M.T.E. (Ministério do Trabalho e Emprego) sobre

qualquer irregularidade observada. 13.4 Responsabilidades dos Empregados perante o PPR:

1) Usar o respirador fornecido de acordo com as instruções e treinamento recebidos;

2) Guardar o respirador, quando não estiver em uso, de modo conveniente para que não se danifique ou deforme;

3) Se observado que o respirador não está funcionado bem, deverá deixar imediatamente a área contaminada e comunicar o defeito à pessoa responsável pelo PPR indicada pelo empregador;

4) Comunicar às pessoas responsáveis, se constatado qualquer alteração do seu estado de saúde que possa influir na capacidade de uso do respirador de modo seguro.

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13.5 Responsabilidades dos Empregados perante a NR-6 Segundo estabelecido pela “NR-6 Norma Regulamentadora – Equipamentos de Proteção Individual no item 6.7.1”, cabe ao empregado quando ao EPI – Equipamento de Proteção Individual:

a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne impróprio para

uso; d) Cumprir as determinações do empregador do empregador sobre o uso

adequado. 13.6 Treinamento

Com a finalidade de garantir o uso correto dos equipamentos de proteção respiratória, devem receber treinamento adequado e reciclagem periódica o supervisor do programa, os usuários, a pessoa que distribui o respirador e as equipes de emergência e salvamento (Instrução Normativa-01 da FUNDACENTRO no Item 1.2.4.5).

a) O risco respiratório e o efeito sobre o organismo humano se o respirador

não for usado de modo correto; b) As medidas de controle coletivo e administrativo que estão sendo

adotadas e a necessidade do uso de respiradores para proporcionar a proteção adequada;

c) As razões que levaram à seleção de um tipo específico de respirador; d) O funcionamento, as características e as limitações do respirador

selecionado; e) O modo correto de usar o respirador e de verificar se ele está colocado

corretamente no roso; f) O modo correto de usar o respirador durante a realização durante a

realização do trabalho;

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g) Os cuidados de manutenção, inspeção e guarda, quando não estiver em uso;

h) O reconhecimento de situações de emergência e como enfrentá-las; E outras informações, como as exigências legais sobre o uso de respiradores para certas substâncias.

13.7 Responsabilidades dos Fabricantes e Importadores perante a NR-6 Segundo estabelecido pela “NR-6 Norma Regulamentadora - Equipamentos de Proteção Individual no item 6.8.1”, cabe ao Fabricante e Importador quando ao EPI – Equipamento de Proteção Individual:

a) Cadastrar-se, segundo o Anexo II da NR-6, junto ao órgão nacional competente me matéria de segurança e saúde no trabalho;

b) Solicitar a emissão do C.A., conforme o Anexo II da NR-6; c) Solicitar a renovação do C.A., conforme o Anexo II da NR-6, quando

vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;

d) Requer novo C.A. de acordo com o Anexo II da NR-6, quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado;

e) Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação-C.A.;

f) Comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de C.A. g) Comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e

saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos; h) Comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional,

orientando sua utilização, manutenção, restrição, e demais referencias ao seu uso.

Entre outras atribuições contidas na NR-6. 13.8 Procedimentos Escritos O administrador do PPR deve estabelecer procedimentos operacionais por escrito para o uso correto dos respiradores em situações de rotina e de emergência. Cópias destes procedimentos escritos devem estar disponíveis para que todos os usuários as possam ler. Estes procedimentos devem ser revisados periodicamente, se necessário.

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O procedimento escrito para uso rotineiro deve conter no mínimo:

a) Política da empresa na área de proteção respiratória; b) Seleção; c) Ensaios de vedação; d) Treinamento dos usuários (descritivo do treinamento e folha de

presença); e) Distribuição dos respiradores; f) Limpeza, inspeção, higienização, guarda e manutenção; g) Monitoramento de uso; h) Monitoramento do risco.

O procedimento escrito para o uso em situação de emergência e salvamento deve conter no mínimo:

i) Definir os prováveis respiradores a serem usados, considerando os

materiais e as substâncias utilizadas, os equipamentos, a área de trabalho, o processo e as pessoas envolvidas em cada operação;

j) Com base nesta análise preliminar, verificar se os respiradores disponíveis podem proporcionar a proteção adequada quando os usuários necessitarem de entrar na área potencialmente perigosa.

Observação: Existem situações que podem impedir o usuário de respiradores de entrar em uma atmosfera IPVS (Por exemplo, ambientes onde haja o risco potencial de atmosfera inflamável ou explosiva. Bem como a deficiência de oxigênio está impedira os usuários de respiradores purificadores de ar, de entrar neste ambiente).

k) Selecionar os respiradores apropriados e distribuí-los em quantidade

adequada para uso nas situações de emergência ou salvamento; l) Descrever como esses respiradores devem ser mantidos, inspecionados

e guardados de modo que sejam acessíveis e estejam em condições de uso imediato, quando necessário.

Deve ser mantidos também um registro escrito constando o nome do

usuário, data, tipo de treinamento recebido, avaliação recebida (se realizada) e o nome do instrutor.

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13.9 Ensaios de vedação

Todos os usuários de respiradores com vedação facial devem ser submetidos a um ensaio de vedação qualitativo ou quantitativo. Estes ensaios têm a finalidade de determinar se o respirador selecionado se ajusta bem ao rosto do usuário oferecendo assim uma boa vedação. O resultado do ensaio de vedação deve ser usado, ente outros parâmetros, na seleção de tipo,

modelo e tamanho do respirador para cada usuário. Os respiradores com vedação facial para fuga ou emergência também devem ser submetidos ao ensaio de vedação. Conforme descrito no anexo 5 da IN-01 (Instrução Normativa-01) da FUNDACENTRO, convém observar a diferença entre as expressões “VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO” e “ENSAIO DE VEDAÇÃO” Verificação de vedação: É uma verificação rápida que deve ser realizada toda vez que o usuário colocar o respirador antes de entrar na área de risco ou ajustá-lo quando já estiver no local, com a finalidade de garantir que o respirador esteja ajustado corretamente na face. Todo procedimento pode ser encontrado no anexo 4 da IN-01 (Instrução Normativa-01) da FUNDACENTRO Verificação de vedação pelo teste negativo: Este procedimento pode ser usado com respiradores purificadores de ar ou de adução de ar, equipados com cobertura das vias respiratórias com contato facial. As aberturas de entrada de ar (filtros) são bloqueadas completamente pela palma da mão ou pela colocação de um selo na entrada do filtro químico ou mecânico, ou estrangulando a traquéia ou mangueira. O usuário deve inalar suavemente e segurar a respiração. Se a peça facial aderir ao rosto, pode-se afirmar, com razoável segurança, que a vedação da peça facial é satisfatória.

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Verificação de vedação pelo teste de pressão positiva: Este procedimento pode ser aplicado em respiradores com cobertura das vias respiratórias com contato facial e que contenham válvula de inalação e exalação. A válvula de exalação é bloqueada e o usuário exala suavemente. A vedação será considerada satisfatória quando o usuário sentir ligeira pressão dentro da peça facial e não conseguir detectar nenhuma fuga de ar zona de vedação entre a peça facial e o rosto. Ensaio de Vedação: O ensaio de vedação é feito em uma sala, fora da área de risco, onde, por exemplo, se observa a resposta sensorial à substância utilizada (Bitrex, Sacarina entre outras). O ensaio de pode ser qualitativo ou quantitativo. O ensaio de vedação tem a finalidades de verificar se à vedação do respirador no rosto do usuário esta correta (se o treinamento sobre a colocação foi bem assimilado) e também ajudar a selecionar um respirador que ofereça uma boa vedação ao rosto do usuário. Ensaio de vedação quantitativo: Este ensaio é realizado com equipamento especial, com a finalidade de quantificar as partículas que entraram para o interior do respirador através de possível falha na vedação na execução do teste (entende-se como vedação o perímetro de contado entre o respirador e o rosto do usuário), ou seja, verificando a eficiência da vedação do respirador e não do filtro. Este procedimento está contido na IN-01 (Instrução Normativa-01) da FUNDACENTRO em seu anexo 5. Ensaio de vedação qualitativo: Este ensaio é realizado com névoa de sacarina (doce-usado como adoçante) ou névoa de “Bitrex” (benzoato de denatonium, usado pela industria farmacêutica para deixar os comprimidos amargos evitando-se o seu consumo exagerado, principalmente por crianças) entre outras substâncias, sua finalidade é de qualificar se a vedação do respirador entre o perímetro de contado com o rosto do usuário, está sendo eficaz, ou seja, se a folga é

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mínima. Para executar esse teste é necessários um equipamento específico composto por dois capuzes especiais, dois nebulizadores e solução específica com as substâncias já informadas. Todo o procedimento deste teste bem como as devidas orientações de como realizá-lo está descrito na IN-01 (Instrução Normativa-01) da FUNDACENTRO no anexo 5. 13.10 Registros escritos dos ensaios de vedação Segundo determinado pela IN-01 (Instrução Normativa-01) da FUNDACENTRO, deve-se manter um registro escrito dos ensaios de vedação (que deverá ser anexado no PPR – Programa de Proteção Respiratória, que deve ser desenvolvido pela empresa, seguindo as orientações contidas da IN-01).

Os registros escritos dos ensaios de vedação devem conter no mínimo as seguintes informações:

• Procedimento operacional escrito sobre o ensaio de vedação, incluindo critérios de aceitação / rejeição;

• Ensaios de vedação adotados pela empresa e a indicação daquele empregado no ensaio realizado;

• Equipamento e instrumentação usados para a realização do ensaio; • Calibração, manutenção e reparos dos equipamentos e instrumentos

usados, quando aplicável; • Nome ou identificação do condutor do ensaio; • Nome ou identificação colaborador (trabalhador) que vai utilizar o

respirados (ficha individual de ensaio); • Identificação completa do respirador ensaiado (modelo, tamanho,

fabricante); • Resultados do ensaio de vedação, incluindo: fator de vedação obtido

(quando o ensaio for quantitativo), observações ou características individuais que interferem na vedação (uso de lentes de contato ou óculos, dentadura, cicatrizes, verrugas etc).

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13.11 Fator de Proteção Atribuído e Fator de Proteção Requerido O Fator de Proteção Atribuído (FPA) em conjunto com o Fator de Proteção Requerido (FPR), auxiliam na escolha de um respirador, porém devemos lembrar que outros aspectos devém ser observados, como IPVS (Imediatamente Perigoso Vida e a Saúde), Explosividade, Deficiência de Oxigênio, Característica do Agente, Processo Produtivo, Ambiente de Trabalho entre outros. Fator de Proteção Atribuído (FPA): É o mínimo de Fator de Proteção esperado do respirador, o FPA (Fator de Proteção Atribuído) de cada respirador está contido na IN-01 (Instrução Normativa-01) da FUNDACENTRO, como exemplo, para o respirador purificador de ar facial (peça inteira) é estabelecido FPA=100, assim espera-se que para 95% dos usuários treinados que utilizem este respirador, o ar inalado dentro do respirador com a vedação correta, tenha 100 vezes menos concentração do contaminante presente no ar do ambiente de trabalho.

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Tabela de Fator de Proteção Atribuídos (a) conforme tabela da Instrução Normativa-01 da FUNDACENTRO

Tipo de coberturas das vias respiratórias

Com vedação facial Sem vedação facial (f)

Tipo de Respirador Peça

Semifacial (b)

Peça facial Inteira

Capuz e capacete

Outros

A - Purificador de ar não motorizado Motorizado

10

50

100

1000 (d)

_

1000

25 B – De adução de ar B1 – Linha de ar comprimido De demanda sem pressão positiva (c) De demanda com pressão positiva De fluxo contínuo B2 – Máscaras autônomas (circuito aberto ou fechado) De demanda sem pressão positiva De demanda com pressão positiva

10

50

50

10 -

100

1000

1000

100

(e)

- -

1000

- -

25

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Observações sobre a tabela: (a) O fator de Proteção Atribuído não é aplicável para respiradores de fuga.

(b) Incluem a peça quarto facial, a peça semifacial (PFF) e as peças semifaciais de elastômeros.

(c) A máscara autônoma não deve ser usada para situações de emergência, como incêndios.

(d) Os Fatores de Proteção apresentados são de respiradores com filtro P3 ou sorbentes (cartuchos químicos pequenos ou grandes). Com filtros classe P2,deve-se usar Fator de Proteção Atribuído 100, devido às limitações do filtro.

(e) Embora esses respiradores de pressão positiva sejam considerados os que proporcionam maior nível de proteção, alguns estudos que simulam as condições de trabalho concluíram que nem todos os usuários alcançaram o Fator de Proteção 10.000. Com base nesses dados, embora limitados, não se pode adotar um Fator de Proteção definitivo para esse tipo de respirador. Para planejamento de situações de emergência, nas quais as concentrações dos contaminantes possam ser estimadas, deve-se usar um Fator de Proteção Atribuído não maior que 10.000.

(f) Ver definição no Anexo 1 da IN-01 da FUNDACENTRO Nota: Para combinação de respiradores, como, por exemplo, respirador de linha de ar comprimido equipado com um filtro purificador de ar na peça facial, o Fator de Proteção a ser utilizado é o do respirador que está em uso. Observação importante:

Os respiradores purificadores de ar, não devem ser utilizados em atmosfera com índice inferior a 19,5% de oxigênio no ar.

Devemos respeitar as restrições de uso de cada respirador que são

informadas através da Instrução Normativa-01 da FUNDACENTRO e pelo fabricante.

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Fator de Proteção Requerido (FPR):

O Fator de Proteção Requerido (FPR) é obtido através de uma equação, sendo considerado como uma das ferramentas necessárias para a seleção de um respirador. Para se calcular o FPR devemos seguir a seguinte Regra:

FPR é igual à concentração do ambiente dividida pelo limite de tolerância do ambiente de trabalho.

Exemplo: Álcool Isopropílico - TLV (Limite de Tolerância) = 400 ppm - Concentração medida no ambiente = 1560 ppm Aplicando a Fórmula:

Logo o FPA (Fator de Proteção Atribuída) do respirador deverá ser maior que o FPR (Fator de Proteção Requerida), calculado através da aplicação da fórmula já mencionada.

Porém não podemos só considerar está fórmula para selecionar um respirador, outros aspectos devem ser levados em consideração, como limite de IPVS, Linear de Odor do Agente, Deficiência de Oxigênio, Processo de Trabalho, Característica Própria da Substância entre outros.

Considerando-se ainda o exemplo mencionado com o Álcool Isopropílico:

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Pelo calculo obtido através da equação, aparentemente qualquer respirador que tenha seu FPA (Fator de Proteção Atribuído) maior que dez (FPA > 10) poderia ser utilizado, porém este agente tem como característica própria ser irritante, sendo necessário se utilizar um respirador do tipo facial (peça inteira) ou respirador semifacial com óculos de segurança de ampla visão (Estilo Mergulhador), ou seja, deve -se sempre considerar outros fatores para a correta escolha de um respirador.

Assim a seleção de um respirador deve ser realizada por pessoa qualificada para está finalidade seguindo todos os procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa-01 que é o Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO.

14. Uso de Respiradores Purificadores de Ar

Primeiramente é necessário esclarecer que nenhum “Respirador Purificador de Ar” poderá ser utilizado, para substâncias que tenham o limiar de odor (cheiro característico da substância) superior ao seu limite de tolerância. Todo respirador tem suas limitações, sendo assim um Respirador Purificador de Ar, nunca deverá ser utilizado em Atmosfera com Deficiência de Oxigênio (volume de oxigênio inferior a 19,5%). Existem dois tipos de Respiradores Purificadores de Ar, os que permitem manutenção (possuem peças de reposição) proporcionando uma maior durabilidade deste EPI (Equipamento de Proteção Individual), neste tipo de equipamento podemos acoplar diferentes tipos de filtros (químicos, mecânicos ou combinados), desde que constem no C.A. (Certificado de Aprovação do equipamento), deste modo realizamos a manutenção do respirador e substituímos apenas os filtros quando necessário. Observação � O C.A. (Certificado de Aprovação) refere-se a um equipamento completo, que oferece proteção ao usuário contra um determinado risco. Por exemplo, o C.A. de um respirador purificador de ar com peça facial inteira, refere-se à peça facial e a todos os filtros que foram ensaiados e atenderam aos requisitos de desempenho especificados nas normas correspondentes na ocasião do ensaio (para obter o C.A.). Deste modo os filtros isoladamente não possuem C.A. e somente podem ser utilizados na peça facial do conjunto que obteve o certificado.

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O outro tipo são os respiradores conhecidos como descartáveis, no qual o corpo do respirador e constituído de elemento filtrante, ou seja, o próprio respirador é o filtro. 15.1 Filtros Mecânicos (Para respiradores purificadores de ar) Os Filtros Mecânicos e Químicos são considerados como parte integrante dos respiradores purificadores de ar (do tipo com manutenção), os filtros podem ser mecânicos, químicos ou combinados. Filtro Mecânico Os filtros mecânicos são conhecidos como filtros para aerodispersóide ou particulado utilizados para névoas, fumos, poeiras entre outros. Este tipo de filtro é utilizado em respiradores purificadores de ar do tipo com manutenção. Os filtros mecânicos são destinados a reter partículas em suspensão no ar que podem ser de origem sólida ou líquida como névoas (observando certas restrições).

Foto: Respirador Purificador de Ar, com filtro mecânico. Filtro Mecânico

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Os filtros mecânicos são ensaiados conforme NBR 13698, verificando a penetração inicial máxima dos aerossóis de teste. Os filtros mecânicos são classificados em P1, P2 e P3.

Ensaio de penetração NBR 1369

Tipo / Classe do filtro Ensaio com

NaCI (%) 95 L/min

Ensaio com Óleo de parafina (%)

95 L/min

P1

20%

Não utilizado

P2

6%

2%

P3

3%

1% O filtro mecânico é constituído por camadas de fibras dispostas de modo não orientado, muitas pessoas pensam que este tipo de filtro é parecido com uma rede, onde as partículas são maiores que os orifícios dispostos no filtro e não passando para o interior do respirador, este pensamento é errado.

� Errado.

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Filtro Mecânico: Assim são os filtros mecânicos visto por microscópio, formado por camadas de fibras dispostas de modo não ordenado.

14.2 Respiradores Purificadores de AR sem Manutenção (Descartáveis) Conhecidos como “descartáveis” esses respiradores geralmente são utilizados em ambiente onde a concentração do agente é baixa, não possui filtros separadamente como no caso dos respiradores purificadores de ar com manutenção, pois aqui o próprio respirador faz o papel de filtro. Poucos destes respiradores oferecem uma boa vedação no perímetro de contato com o rosto do usuário. Existem Respiradores Descartáveis com válvula de exalação e sem esta válvula. Respirador Purificador de Ar Descartável (Com Válvula de Exalação)

Respirador Purificador de Ar Descartável (Sem Válvula de Exalação)

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Qual a diferença do respirador com válvula para o sem válvula de exalação? Resposta: Nos modelos sem válvula de exalação o ar quente e úmido expirado pelo usuário, atravessa o respirador gerando um aquecimento por atrito pela passagem do ar, fazendo com que o ar inspirado através do ciclo respiratório subseqüentemente fique quente, aumentando sensivelmente o desconforto do usuário. Nos modelos com válvula de exalação a maior quantidade de ar expirado (aquecido) sairá pela válvula de exalação aumentando consideravelmente o conforto para o usuário. 14.3 Tipo de Respiradores Descartáveis:

Respiradores Descartáveis

Tipo

Válvula de Exalação

Código de Venda

P1 Sem Válvula Tec. 1501 P1 Com Válvula Tec. 1505 P2 Sem Válvula Tec. 1503 P2 Com Válvula Tec. 1507

P2 + VO Sem Válvula Tec. 1504 P2 + VO Com Válvula Tec. 1508

Legenda P1 = Filtro Mecânico P2 = Filtro Mecânico VO = Filtro Químico para Vapores Orgânicos

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14.4 Filtros Químicos

Os filtros químicos são compostos com carvão ativo (ou ativado) que é um corpo cavernoso (olhado no microscópio) que retém as moléculas de vapores orgânicos (VO) . Para reter moléculas de gases ácidos (GA) e/ou alcalinos (AM) há a necessidade do fabricante do carvão ativo , inserir cristais contendo produtos químicos para reagirem com o contaminante

tóxico (ácido ou alcalino) a fim de se transformarem em sais e água para ficarem retidos (adsorvidos) nas cavernas do carvão ativo. Ácido + Base (alcalino)===> Água + SAL IMPORTANTE: Nunca utilize o filtro/cartucho para reter gases ácidos (GA) em local com presença de gases alcalinos (AM) pois de nada adiantará (não haverá a reação de neutralização). Nos casos de haver mistura de gases ácidos e alcalinos ou do deslocamento por áreas que hajam ora gases ácidos, ora alcalinos, utilize o filtro/cartucho multiuso (ABEK para norma européia ou VO/GA/AM/ para norma americana) 15. Uso de Respiradores de Adução de Ar (pressão positiva)

Respiradores Motorizados (dependentes do ar local) Os respiradores motorizados oferecem um maior conforto ao usuário , pois o ar respirável é direcionado às vias respiratórias do usuário em ventilação constante (80 lpm para usuários de pça facial inteira e semifacial e 120 lpm para usuários de capacetes e capuzes ecom ou sem abas totais). O usuário poderá utilizar óculos com hastes e não se preocupar em fazer barba e pode até ter cicatriz (OBS.: estas exigências são para os usuários de respiradores convencionais de pressão negativa) Com esse fluxo constante de ar, o respirador ganha

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em vedação e por isso o seu FPatr é superior aos respiradores de pressão negativa e são utilizados principalmente em operações onde o contaminante tóxico pode atingir a pele do usuário , como no caso da indústria farmacêutica, na manipulação de hormônios e nos trabalhos de pesquisas de saúde pública , como na foto, onde os pesquisadores estão recolhendo amostras de tecidos infectados para investigação de doenças contagiosas. Todo respirador motorizado é composto por -cobertura das vias respiratórias; -motor com ventoinha -bateria recarregável de longa duração (8 horas contínuas) -recarregador da bateria -medidor d efluxo (para saber se o filtro ficou saturado (mecânico) e para saber se o motor está funcionando corretamente) -filtro que poderá ser de ação mecânica , química ou combinada -tampa do filtro , para proteger contra respingos e direcionar o fluxo de entrada de ar. Ao adquiri-lo será necessário colocar a bateria para recarregar por 20 horas contínuas e ela deverá durar por mais de 1.000 ciclos de recarga. Nunca o utilize em atmosfera IPVS e para adentrar em incêndios. 16.Respiradores de Linha de Ar Comprimido(independentes do ar local)

Os respiradores de linha de ar comprimido utilizam a rede de ar comprimido da fábrica , o que não é recomendável, pois poderá ter picos de uso, no qual o fluxo de ar poderá ser inferior a 120 lpm , o que deixará o usuário desprotegido.

Portanto, o ideal seria uma rede composta de:

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-compressor isento de óleo -painel filtrante (com filtros coalescentes e com carvão ativo) -mangueira especial (atóxica) do mesmo fornecedor do conjunto de proteção respiratória (para manter o mesmo C.A.) -rede de tubulações em aço inoxidável -local para descontaminação, limpeza e higienização dos equipamentos

A aplicação desses equipamentos se faz para locais confinados NÃO IPVS, como: -operações de tratamento superficial de grandes peças, feito em cabines de jateamento de granalhas de aço; -pintura industrial de veículos pesados, como tratores, fuselagens de aeronaves e de navios; -manipulação de hormônios em indústria farmacêutica.

OBS.: é necessário o controle periódico da qualidade do Ar Respirável e lembre-se que o sistema é um condutor de ar e se o mesmo não for analisado antes de se adotar o sistema, poderá comprometer a saúde do usuário, como por exemplo inalação de CO (monóxido de carbono) se os compressores estiverem próximos a descarga de caminhões. A análise é feita com os tubos reagentes.

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17. Uso de Máscaras Autônomas de Circuito Fechado (SCBA)__________ As máscaras autônomas de circuito aberto (SCBA-self containers breathing apparatus) são utilizadas por pessoal especializado em emergências , seja para o combate, como para o resgate de vítimas.

Composta de : -cilindro de alta pressão (de 150 , 200 e 300 bar ou 2.200, 3.000 e 4.500 psi) com capacidades volumétricas de 1.200,1800 e 2.400 litros; -suporte básico com redutor de pressão, manômetro e correias para fixação ao corpo -válvula de demanda de pressão positiva -peça facial inteira com visor panorâmico -alarme acústico e/ou luminoso Sua autonomia é em função da capacidade volumétrica , seu peso total e o consumo de ar empregado pelo usuário em função do seu esforço físico que poderá chegar a 120 lpm. Normalmente , o consumo utilizado para calcular a autonomia é de 40 lpm , portanto as máscaras autônomas são definidas pelos fabricantes com autonomia para 30, 45 ou 60 minutos.

Importante para definir a compra é a pressão de recarga, que deve ser estabelecido em função da capacidade do compressor de alta pressão que a sua empresa adquiriu ou do fornecedor Portanto, investigue o compressor antes de especificar tecnicamente a máscara autônoma.

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Recarga dos cilindros em situações de emergência deverã ser feita por sistema de cascata.

18.Respiradores para FUGA______________________________________ -Dependentes do ar local:

• semifacial ou facial inteira com filtro químico multiuso

OBS.: O ideal para o usuário é de que o mesmo já esteja utilizando o respirador antes do vazamento ocorrer.

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• capuz com filtro combinado multiuso : indicado para fuga em

casos de incêndio e gases tóxicos. OBS: A maior causa de morte em incêndios é a intoxicação pulmonar seguida das queimaduras.

-Independentes do ar local • peça facial com válvula de demanda com cilindro de escape (>5min) • capuz com cilindro de escape em fluxo contínuo (aprox. 5 min)

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Durante o uso: se a rede de suprimento de ar falha, abra a válvula do cilindro da máscara autônoma e abandone o local. Não retire o aparelho antes de alcançar uma área segura, que ar contenha ar respirável. Nunca retorne ao local contaminado, sem que o defeito tenha sido identificado, corrigido e o cilindro da máscara autônoma tenha sido recarregado. Após o uso:Saia da área contaminada.Em local seguro e não contaminado, retire a peça facial. Um fluxo de ar sairá da máscara. Solte da mangueira do conector de ar.Faça a seguir os procedimentos de retirada e limpeza do equipamento.

Manutenção e Conserto O equipamento ALLMASTT necessita de manutenção periódica e um teste de Funcionamento no mínimo uma vez ao ano. Estes serviços, bem como reparo deve ser feito apenas por profissionais qualificados e certificados pela ALLTEC. Para qualquer informação adicional ou esclarecimento ligue para: Alltec do Brasil Ltda tel/fax 11 3313-8000 www.alltecbrasil.com.br [email protected]

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19. Perguntas para você testar o seu conhecimento

1. que é respirador de fuga? 1. que é filtro de ação mecânica,química e combinada? 2. O que é máscara autônoma? 3. O que é PFF1 e P1? 4. Qual o equipamento de proteção respiratória usado para combate à

incêndio? 5. O que significa BAR e PSI? 6. Como definir o projeto de linha de ar comprimido? O compressor

deve ser isento de óleo? 7. O ar filtrado no painel do cavalete é seco? Devo instalar o

umidificador? 8. .Quanto tempo dura a autonomia da máscara autônoma? 9. O que difere o filtro mecânico da PFF1 do PFF2? 10. O respirador semifacial de silicone com filtro P1 mecânico tem fator

de proteção superior ao PFF1 ? 11. Como fazer o teste de selagem do respirador semifacial? 12. O filtro combinado VOP2 é superior ao de VO, para reter solventes da

atividade de pintura? 13. O filtro químico Classe2 , tipo canister para peça facial inteira oferece

maior FP at (fator de proteção atribuído) em relação ao filtro classe 1 ? 14. O uso de 02 filtros na máscara semi-facial significa que um deles irá

se saturar antes do outro, se eu estiver posicionado do lado esquerdo ou direito do contaminante?

15. Quanto tempo dura (leva para saturar) o filtro mecânico? 16. Quanto tempo dura (leva para saturar ) o filtro químico? 17. Como eu devo proceder se eu suspeitar que o carvão do meu filtro é

um carvão de baixa qualidade? 18. O que significa Respirador de Pressão Negativa e Positiva? 19. O que significa Respirador Dependente e Independente do ar local? 20. Quais os critérios para se selecionar um respirador? 21. .Qual a diferença entre teste e ensaio de vedação? 22. Como é feito o ensaio de vedação? 23. Quando o respirador descartável (PFF) é superior ao semifacial com

filtro ? 24. suficiente para garantir o FPat? 25. O cilindro de composite é seguro? Pode explodir na presença de

respingo de produtos químicos?

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26. O alarme da máscara autônoma é importante ? 27. .Como selecionar a equipe de socorristas que usarão as máscaras

autônomas? 28. Quais os critérios técnicos para que eu possa selecionar a compra de

uma máscara autônoma? 29. Compressor de alta pressão é o mesmo da borracharia? 30. É sempre que eu posso conectar as mangueiras do sistema de

respiradores de linha de ar comprimido na rede industrial? 31. Qual a vazão necessária para que eu possa usar peça facial ou

semifacial , capuz ou capacete em sistema de proteção respiratória com linha de ar comprimido?

32. O que é o equipamento de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar de fuga?

33. Devo usar sempre roupas de proteção nível A ou B com as máscaras autônomas?

34. O que é tubo reagente colorimétrico? 35. O que é monitor passivo? 36. O que é FISPQ e MSDS? É importante? 37. O limiar de odor dos contaminantes químicos sempre é conhecido? 38. Como se proteger das substâncias que não tem limiar de odor? 39. Por quê os filtros químicos não tem dispositivo de aviso de saturação? 40. Qual a diferença entre o filtro VO, GA e AM? 41. O filtro multiuso ABEK dura mais que o filtro só de VO para reter

tolueno? 42. Qual proteção eu devo usar em laboratório químico? 43. Qual proteção respiratória devo usar em laboratórios químicos? 44. Qual proteção respiratória devo usar em trabalhos de detesização de

insetos? 45. Qual proteção respiratória devo usar na preparação de produtos

químicos ? Consulto sempre a FISPQ..... 46. Qual respirador devo usar para a manutenção de filtros de sistemas de

ar condicionado? 47. Qual respirador devo usar para a manutenção de filtros de manga ? 48. Todo usuário de repirador deve fazer o exame de espirometria? 49. Quais os cuidados que eu devo tomar para colocar em testes novos

modelos/marcas de respiradores ? 50. Devo ter em estoque 03 tamanhos de respiradores do mesmo

fabricante para atender a IN n.01? 51. Como deve ser feito o descarte do filtro químico?

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52. Por quê o fabricante não recolhe os cartuchos químicos usados de seus clientes?

53. Qual é o tempo de saturação do filtro químico? 54. Como higienizar os respiradores semifaciais e faciais de elastômeros? 55. Como é que funciona a carga eletrostática nos filtros de ação

mecânica? 56. Qual respirador eu devo usar nos processos de fundição de aço? 57. Qual respirador eu devo usar nos processos galvanosplastia

(tratamento superficial com banhos químicos)? 58. Qual respirador eu devo utilizar em casos de radiação? 59. O dentista usa respirador adequado? 60. O médico otorrinolaringologista usa respirador adequado? 61. O que é respirador P0? Tem CA? Pode ser comecializado? 62. Posso usar qualquer mangueira no sistema de respirador de linha de ar

comprimido ? 63. Quais os filtros que devem ser instalados no ponto de captação da rede

de ar comprimido para a remoção de imporesas? 64. Como eu posso fazer a avaliação do ar respirável da rede de ar

comprimido? 65. Como eu posso fazer a avaliação do ar respirável que está dentro do

cilindro da máscara autônoma? 66. Por quê eu devo usar peça facial com válvula de demanda em um

circuito com fornecimento de ar comprimido de carreta ou carrinho de cilindros de alta pressão?

67. Quais os critérios para seleção de capacete para jatista? 68. Qual o valor máximo de nível de pressão sonora (ruído) dentro do

capacete do jatista? 69. O respirador motorizado sempre substituem os respiradores

convencionais de pressão negativa? 70. O que é importante registrar e documentar? E por quê? 71. Quem é o responsável pela implantação do PPR na empresa? 72. Onde eu avisto o fogo em um galpão, significa que eu posso adentrar

sem a devida proteção respiratória? 73. Qual a proteção respiratória adequada para incêndio em matas? 74. Das doenças respiratórias ocupacionais, quais são as que eu posso

evitar? 75. Por quê o trabalhador reluta em não usar o respirador ? 76. O que acontece se o usuário não utilizar o respirador o tempo todo? 77. Por que no Brasil o adicional de insalubridade é mais importante do

que a proteção coletiva?

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78. Por que as empresas não substituem os agentes químicos tóxicos dos processos industriais por produtos químicos menos agressivos? .

IMPORTANTE: As resposta que você não encontrar neste Guia, favor nos questionar via e-mail [email protected] ou [email protected] que estaremos a sua disposição parar auxiliá-lo em sua pesquisa.

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20.Bibliografia__________________________________________________

• Manual de Proteção Respiratória- Profs. Maurício Torloni e Antonio Vladimir Vieira

• Instrução Normativa - IN n.01 da Fundacentro de 1994 / PPR • Normas Regulamentadoras- NR´s da Portaria 3214/78 do MTE • Livreto LT´s e LTB´s da ACGIH , traduzido pela ABHO • Matérias do eng. Cleber C. Vieira , publicadas na Revista Meio

Ambiente Industrial. • Anotações de aulas ministradas no SENAC, para alunos tst.