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Iacutendice
1 A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO
DEFICIENTE VISUAL 4
2 REFLEX O SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO SOCIEDADE
ACADEcircMICA 5
3 ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO 7
4 RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL 12
5 ATIVIDADES PEDAG GICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM 15
6 AVALIACcedilAtildeO 16
7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 17
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A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO DEFICIEcircNTE VISUAL
Dentro das poliacuteticas e estrateacutegias para o ensino adotadas no PDI da Universidade
Guarulhos (UnG) destaca o apoio a pessoas com deficiecircncia viabilizando sua permanecircncia
pela facilitaccedilatildeo do acesso agraves diversas dependecircncias bem como o acompanhamento pelo
Nuacutecleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) organizado de modo multiprofissional
incluindo atividades como acompanhamento e apoio as pessoas com deficiecircncia sejam eles
estudantes professores ou funcionaacuterios
Conforme a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Especial na perspectiva da Educaccedilatildeo
Inclusiva (2008) na educaccedilatildeo superior a educaccedilatildeo especial se efetiva por meio de accedilotildees que
promovam o acesso a permanecircncia e a participaccedilatildeo dos alunos Estas accedilotildees envolvem o
planejamento e a organizaccedilatildeo de recursos e serviccedilos para a promoccedilatildeo da acessibilidade
arquitetocircnica nas comunicaccedilotildees nos sistemas de informaccedilatildeo nos materiais didaacuteticos e
pedagoacutegicos que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de
todas as atividades que envolvam o ensino a pesquisa e a extensatildeo
Diante dessa perspectiva a UnG entende que a inclusatildeo da pessoa com deficiecircncia
requer um conjunto de accedilotildees individuais e coletivas e dentre estas a acessibilidade ocupa
papel preponderante na promoccedilatildeo da igualdade social
O objetivo do programa eacute inserir as questotildees que afetam agrave acessibilidade em todas as
instacircncias da Instituiccedilatildeo e conscientizar os colaboradores e toda a comunidade acadecircmica
sobre a importacircncia de oferecer alternativas agrave permanecircncia das pessoas com necessidades
especiais na UnG natildeo apenas no acircmbito educacional mas tambeacutem enquanto local de
trabalho
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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA
O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto
de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees
eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e
interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra
os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala
de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a
ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente
Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou
uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e
distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual
Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto
com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece
A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as
diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir
alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um
objeto figura cenaacuterio paisagem etc
A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e
outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A
troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano
Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto
eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e
comunicaccedilatildeo humana
Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do
conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de
conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no
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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos
da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico
No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem
ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um
diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo
necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados
pela fala e pelo contato fiacutesico
A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente
para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais
consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade
A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV
As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um
estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido
haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores
cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro
Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto
para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea
Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a
disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo
percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais
alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento
A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o
cerca
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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO
A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma
condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou
limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A
A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa
visatildeo
ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento
de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de
erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618
03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto
de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo
para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa
A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo
de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute
niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada
indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas
A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o
tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial
dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma
determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo
objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do
reflexo da luz do sol
Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios
ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees
de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que
o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o
mundo exterior
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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da
capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e
organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras
mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde
Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais
forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa
visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado
haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem
significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta
progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e
cultural
A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo
influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam
uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias
Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou
desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees
ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica
Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o
natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais
e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos
julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto
Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a
baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser
identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento
Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados
em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila
(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras
manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Iacutendice
1 A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO
DEFICIENTE VISUAL 4
2 REFLEX O SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO SOCIEDADE
ACADEcircMICA 5
3 ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO 7
4 RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL 12
5 ATIVIDADES PEDAG GICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM 15
6 AVALIACcedilAtildeO 16
7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 17
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A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO DEFICIEcircNTE VISUAL
Dentro das poliacuteticas e estrateacutegias para o ensino adotadas no PDI da Universidade
Guarulhos (UnG) destaca o apoio a pessoas com deficiecircncia viabilizando sua permanecircncia
pela facilitaccedilatildeo do acesso agraves diversas dependecircncias bem como o acompanhamento pelo
Nuacutecleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) organizado de modo multiprofissional
incluindo atividades como acompanhamento e apoio as pessoas com deficiecircncia sejam eles
estudantes professores ou funcionaacuterios
Conforme a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Especial na perspectiva da Educaccedilatildeo
Inclusiva (2008) na educaccedilatildeo superior a educaccedilatildeo especial se efetiva por meio de accedilotildees que
promovam o acesso a permanecircncia e a participaccedilatildeo dos alunos Estas accedilotildees envolvem o
planejamento e a organizaccedilatildeo de recursos e serviccedilos para a promoccedilatildeo da acessibilidade
arquitetocircnica nas comunicaccedilotildees nos sistemas de informaccedilatildeo nos materiais didaacuteticos e
pedagoacutegicos que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de
todas as atividades que envolvam o ensino a pesquisa e a extensatildeo
Diante dessa perspectiva a UnG entende que a inclusatildeo da pessoa com deficiecircncia
requer um conjunto de accedilotildees individuais e coletivas e dentre estas a acessibilidade ocupa
papel preponderante na promoccedilatildeo da igualdade social
O objetivo do programa eacute inserir as questotildees que afetam agrave acessibilidade em todas as
instacircncias da Instituiccedilatildeo e conscientizar os colaboradores e toda a comunidade acadecircmica
sobre a importacircncia de oferecer alternativas agrave permanecircncia das pessoas com necessidades
especiais na UnG natildeo apenas no acircmbito educacional mas tambeacutem enquanto local de
trabalho
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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA
O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto
de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees
eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e
interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra
os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala
de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a
ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente
Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou
uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e
distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual
Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto
com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece
A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as
diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir
alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um
objeto figura cenaacuterio paisagem etc
A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e
outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A
troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano
Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto
eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e
comunicaccedilatildeo humana
Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do
conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de
conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no
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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos
da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico
No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem
ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um
diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo
necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados
pela fala e pelo contato fiacutesico
A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente
para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais
consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade
A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV
As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um
estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido
haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores
cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro
Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto
para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea
Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a
disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo
percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais
alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento
A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o
cerca
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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO
A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma
condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou
limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A
A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa
visatildeo
ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento
de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de
erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618
03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto
de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo
para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa
A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo
de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute
niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada
indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas
A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o
tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial
dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma
determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo
objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do
reflexo da luz do sol
Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios
ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees
de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que
o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o
mundo exterior
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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da
capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e
organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras
mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde
Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais
forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa
visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado
haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem
significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta
progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e
cultural
A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo
influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam
uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias
Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou
desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees
ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica
Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o
natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais
e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos
julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto
Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a
baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser
identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento
Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados
em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila
(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras
manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Iacutendice
1 A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO
DEFICIENTE VISUAL 4
2 REFLEX O SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO SOCIEDADE
ACADEcircMICA 5
3 ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO 7
4 RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL 12
5 ATIVIDADES PEDAG GICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM 15
6 AVALIACcedilAtildeO 16
7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 17
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A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO DEFICIEcircNTE VISUAL
Dentro das poliacuteticas e estrateacutegias para o ensino adotadas no PDI da Universidade
Guarulhos (UnG) destaca o apoio a pessoas com deficiecircncia viabilizando sua permanecircncia
pela facilitaccedilatildeo do acesso agraves diversas dependecircncias bem como o acompanhamento pelo
Nuacutecleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) organizado de modo multiprofissional
incluindo atividades como acompanhamento e apoio as pessoas com deficiecircncia sejam eles
estudantes professores ou funcionaacuterios
Conforme a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Especial na perspectiva da Educaccedilatildeo
Inclusiva (2008) na educaccedilatildeo superior a educaccedilatildeo especial se efetiva por meio de accedilotildees que
promovam o acesso a permanecircncia e a participaccedilatildeo dos alunos Estas accedilotildees envolvem o
planejamento e a organizaccedilatildeo de recursos e serviccedilos para a promoccedilatildeo da acessibilidade
arquitetocircnica nas comunicaccedilotildees nos sistemas de informaccedilatildeo nos materiais didaacuteticos e
pedagoacutegicos que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de
todas as atividades que envolvam o ensino a pesquisa e a extensatildeo
Diante dessa perspectiva a UnG entende que a inclusatildeo da pessoa com deficiecircncia
requer um conjunto de accedilotildees individuais e coletivas e dentre estas a acessibilidade ocupa
papel preponderante na promoccedilatildeo da igualdade social
O objetivo do programa eacute inserir as questotildees que afetam agrave acessibilidade em todas as
instacircncias da Instituiccedilatildeo e conscientizar os colaboradores e toda a comunidade acadecircmica
sobre a importacircncia de oferecer alternativas agrave permanecircncia das pessoas com necessidades
especiais na UnG natildeo apenas no acircmbito educacional mas tambeacutem enquanto local de
trabalho
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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA
O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto
de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees
eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e
interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra
os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala
de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a
ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente
Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou
uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e
distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual
Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto
com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece
A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as
diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir
alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um
objeto figura cenaacuterio paisagem etc
A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e
outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A
troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano
Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto
eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e
comunicaccedilatildeo humana
Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do
conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de
conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no
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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos
da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico
No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem
ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um
diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo
necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados
pela fala e pelo contato fiacutesico
A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente
para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais
consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade
A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV
As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um
estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido
haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores
cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro
Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto
para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea
Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a
disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo
percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais
alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento
A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o
cerca
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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO
A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma
condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou
limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A
A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa
visatildeo
ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento
de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de
erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618
03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto
de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo
para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa
A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo
de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute
niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada
indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas
A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o
tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial
dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma
determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo
objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do
reflexo da luz do sol
Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios
ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees
de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que
o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o
mundo exterior
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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da
capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e
organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras
mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde
Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais
forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa
visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado
haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem
significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta
progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e
cultural
A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo
influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam
uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias
Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou
desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees
ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica
Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o
natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais
e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos
julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto
Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a
baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser
identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento
Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados
em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila
(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras
manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO DEFICIEcircNTE VISUAL
Dentro das poliacuteticas e estrateacutegias para o ensino adotadas no PDI da Universidade
Guarulhos (UnG) destaca o apoio a pessoas com deficiecircncia viabilizando sua permanecircncia
pela facilitaccedilatildeo do acesso agraves diversas dependecircncias bem como o acompanhamento pelo
Nuacutecleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) organizado de modo multiprofissional
incluindo atividades como acompanhamento e apoio as pessoas com deficiecircncia sejam eles
estudantes professores ou funcionaacuterios
Conforme a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Especial na perspectiva da Educaccedilatildeo
Inclusiva (2008) na educaccedilatildeo superior a educaccedilatildeo especial se efetiva por meio de accedilotildees que
promovam o acesso a permanecircncia e a participaccedilatildeo dos alunos Estas accedilotildees envolvem o
planejamento e a organizaccedilatildeo de recursos e serviccedilos para a promoccedilatildeo da acessibilidade
arquitetocircnica nas comunicaccedilotildees nos sistemas de informaccedilatildeo nos materiais didaacuteticos e
pedagoacutegicos que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de
todas as atividades que envolvam o ensino a pesquisa e a extensatildeo
Diante dessa perspectiva a UnG entende que a inclusatildeo da pessoa com deficiecircncia
requer um conjunto de accedilotildees individuais e coletivas e dentre estas a acessibilidade ocupa
papel preponderante na promoccedilatildeo da igualdade social
O objetivo do programa eacute inserir as questotildees que afetam agrave acessibilidade em todas as
instacircncias da Instituiccedilatildeo e conscientizar os colaboradores e toda a comunidade acadecircmica
sobre a importacircncia de oferecer alternativas agrave permanecircncia das pessoas com necessidades
especiais na UnG natildeo apenas no acircmbito educacional mas tambeacutem enquanto local de
trabalho
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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA
O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto
de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees
eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e
interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra
os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala
de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a
ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente
Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou
uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e
distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual
Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto
com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece
A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as
diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir
alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um
objeto figura cenaacuterio paisagem etc
A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e
outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A
troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano
Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto
eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e
comunicaccedilatildeo humana
Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do
conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de
conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no
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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos
da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico
No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem
ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um
diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo
necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados
pela fala e pelo contato fiacutesico
A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente
para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais
consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade
A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV
As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um
estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido
haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores
cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro
Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto
para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea
Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a
disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo
percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais
alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento
A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o
cerca
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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO
A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma
condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou
limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A
A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa
visatildeo
ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento
de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de
erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618
03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto
de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo
para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa
A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo
de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute
niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada
indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas
A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o
tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial
dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma
determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo
objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do
reflexo da luz do sol
Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios
ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees
de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que
o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o
mundo exterior
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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da
capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e
organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras
mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde
Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais
forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa
visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado
haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem
significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta
progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e
cultural
A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo
influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam
uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias
Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou
desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees
ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica
Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o
natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais
e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos
julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto
Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a
baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser
identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento
Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados
em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila
(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras
manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA
O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto
de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees
eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e
interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra
os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala
de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a
ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente
Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou
uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e
distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual
Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto
com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece
A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as
diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir
alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um
objeto figura cenaacuterio paisagem etc
A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e
outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A
troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano
Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto
eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e
comunicaccedilatildeo humana
Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do
conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de
conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no
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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos
da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico
No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem
ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um
diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo
necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados
pela fala e pelo contato fiacutesico
A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente
para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais
consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade
A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV
As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um
estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido
haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores
cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro
Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto
para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea
Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a
disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo
percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais
alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento
A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o
cerca
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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO
A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma
condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou
limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A
A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa
visatildeo
ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento
de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de
erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618
03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto
de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo
para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa
A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo
de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute
niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada
indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas
A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o
tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial
dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma
determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo
objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do
reflexo da luz do sol
Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios
ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees
de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que
o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o
mundo exterior
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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da
capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e
organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras
mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde
Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais
forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa
visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado
haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem
significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta
progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e
cultural
A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo
influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam
uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias
Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou
desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees
ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica
Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o
natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais
e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos
julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto
Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a
baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser
identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento
Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados
em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila
(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras
manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos
da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico
No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem
ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da
comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um
diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo
necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados
pela fala e pelo contato fiacutesico
A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente
para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais
consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade
A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV
As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um
estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido
haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores
cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro
Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto
para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea
Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a
disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo
percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais
alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento
A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o
cerca
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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO
A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma
condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou
limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A
A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa
visatildeo
ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento
de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de
erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618
03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto
de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo
para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa
A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo
de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute
niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada
indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas
A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o
tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial
dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma
determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo
objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do
reflexo da luz do sol
Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios
ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees
de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que
o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o
mundo exterior
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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da
capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e
organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras
mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde
Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais
forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa
visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado
haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem
significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta
progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e
cultural
A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo
influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam
uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias
Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou
desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees
ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica
Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o
natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais
e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos
julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto
Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a
baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser
identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento
Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados
em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila
(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras
manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Referecircncias Bibliograacuteficas
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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO
A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma
condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou
limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A
A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa
visatildeo
ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento
de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de
erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618
03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto
de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo
para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa
A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo
de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute
niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada
indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas
A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o
tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial
dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma
determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo
objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do
reflexo da luz do sol
Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios
ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees
de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que
o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o
mundo exterior
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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da
capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e
organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras
mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde
Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais
forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa
visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado
haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem
significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta
progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e
cultural
A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo
influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam
uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias
Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou
desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees
ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica
Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o
natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais
e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos
julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto
Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a
baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser
identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento
Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados
em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila
(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras
manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da
capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e
organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras
mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde
Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais
forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa
visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado
haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem
significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta
progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e
cultural
A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo
influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam
uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias
Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou
desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees
ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica
Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o
natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais
e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos
julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto
Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a
baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser
identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento
Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados
em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila
(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras
manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos
educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o
discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos
Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou
manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas
condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve
observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a
postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo
de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de
recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os
comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa
fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto
proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou
mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades
predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica
irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e
outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a
posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras
semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula
Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente
acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em
vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos
especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho
visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso
necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de
orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia
Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996
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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas
2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes
esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio
Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia
enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para
leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc
As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem
proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual
Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de
recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo
Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente
fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do
tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos
bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos
bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar
desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral
bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com
pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores
Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor
(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela
bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG
O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua
utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo
aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid
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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho
de atividades acadecircmicas como
bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de
aproximadamente um metro do quadro
bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro
a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso
constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica
bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de
acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno
bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada
bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de
assegurar que podem ser percebidos pelo aluno
bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio
sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala
de aula
bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral
e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as
tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo
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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL
Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A
combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as
letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de
um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Referecircncias Bibliograacuteficas
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2006
BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de
2006
OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo
orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000
_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo
Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005
ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid
1993
ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual
Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996
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Sistema Braille
O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto
corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica
constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos
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letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os
siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos
Orientaccedilatildeo e Mobilidade
A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre
com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante
desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes
deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por
quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em
ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta
Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e
reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto
rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a
secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros
ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A
familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais
tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Referecircncias Bibliograacuteficas
BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de
2006
BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de
2006
OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo
orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000
_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo
Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005
ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid
1993
ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual
Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996
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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam
descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e
estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas
devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos
desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas
com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias
As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e
assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em
braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave
instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da
autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de
percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de
locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo
utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos
bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos
deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel
bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo
bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social
bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa
realidade
Recursos Tecnoloacutegicos
O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de
caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em
formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para
arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador
para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das
fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Referecircncias Bibliograacuteficas
BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de
2006
BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de
2006
OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo
orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000
_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo
Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005
ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid
1993
ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual
Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996
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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a
participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees
tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo
disponibilizados no setor da Biblioteca UnG
Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-
falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes
softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos
diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows
Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo
a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego
encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites
respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente
Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo
apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e
imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como
uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao
conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica
significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e
atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de
pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do
desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa
as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas
para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que
proporcionam
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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM
Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Referecircncias Bibliograacuteficas
BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de
2006
BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de
2006
OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo
orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000
_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo
Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005
ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid
1993
ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual
Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996
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Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o
sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de
desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As
estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo
bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes
acadecircmicos
O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos
remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente
visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio
de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a
configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou
documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees
A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas
mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam
preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno
O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem
ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem
apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel
ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e
contextualizar as atividades eminentemente visuais
Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser
descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel
representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas
No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por
meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e
fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para
representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Referecircncias Bibliograacuteficas
BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de
2006
BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de
2006
OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo
orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000
_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo
Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005
ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid
1993
ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual
Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996
7232019 cartilha-de-orientacao-sobre-o-deficiente-visualpdf
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NUacuteCLEO DE APOIO A ACESSIBILIDADE DAUNIVE
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AVALIACcedilAtildeO
Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas
baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno
DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a
realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave
coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para
realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de
exerciacutecios orais
Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG
para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute
realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado
A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos
em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos
serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade
que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille
para a escrita em tinta
Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as
peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais
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Referecircncias Bibliograacuteficas
BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de
2006
BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de
2006
OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo
orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000
_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo
Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005
ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid
1993
ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual
Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996
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BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de
2006
BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de
2006
OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo
orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000
_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo
Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005
ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid
1993
ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual
Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996