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Iacutendice

1 A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO

DEFICIENTE VISUAL 4

2 REFLEX O SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO SOCIEDADE

ACADEcircMICA 5

3 ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO 7

4 RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL 12

5 ATIVIDADES PEDAG GICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM 15

6 AVALIACcedilAtildeO 16

7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 17

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A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO DEFICIEcircNTE VISUAL

Dentro das poliacuteticas e estrateacutegias para o ensino adotadas no PDI da Universidade

Guarulhos (UnG) destaca o apoio a pessoas com deficiecircncia viabilizando sua permanecircncia

pela facilitaccedilatildeo do acesso agraves diversas dependecircncias bem como o acompanhamento pelo

Nuacutecleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) organizado de modo multiprofissional

incluindo atividades como acompanhamento e apoio as pessoas com deficiecircncia sejam eles

estudantes professores ou funcionaacuterios

Conforme a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Especial na perspectiva da Educaccedilatildeo

Inclusiva (2008) na educaccedilatildeo superior a educaccedilatildeo especial se efetiva por meio de accedilotildees que

promovam o acesso a permanecircncia e a participaccedilatildeo dos alunos Estas accedilotildees envolvem o

planejamento e a organizaccedilatildeo de recursos e serviccedilos para a promoccedilatildeo da acessibilidade

arquitetocircnica nas comunicaccedilotildees nos sistemas de informaccedilatildeo nos materiais didaacuteticos e

pedagoacutegicos que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de

todas as atividades que envolvam o ensino a pesquisa e a extensatildeo

Diante dessa perspectiva a UnG entende que a inclusatildeo da pessoa com deficiecircncia

requer um conjunto de accedilotildees individuais e coletivas e dentre estas a acessibilidade ocupa

papel preponderante na promoccedilatildeo da igualdade social

O objetivo do programa eacute inserir as questotildees que afetam agrave acessibilidade em todas as

instacircncias da Instituiccedilatildeo e conscientizar os colaboradores e toda a comunidade acadecircmica

sobre a importacircncia de oferecer alternativas agrave permanecircncia das pessoas com necessidades

especiais na UnG natildeo apenas no acircmbito educacional mas tambeacutem enquanto local de

trabalho

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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA

O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto

de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees

eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e

interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra

os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala

de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a

ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente

Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou

uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e

distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual

Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto

com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece

A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as

diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir

alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um

objeto figura cenaacuterio paisagem etc

A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e

outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A

troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano

Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto

eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e

comunicaccedilatildeo humana

Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do

conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de

conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no

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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos

da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico

No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem

ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um

diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo

necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados

pela fala e pelo contato fiacutesico

A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente

para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais

consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade

A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV

As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um

estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido

haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores

cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro

Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto

para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea

Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a

disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo

percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais

alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento

A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o

cerca

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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO

A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma

condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou

limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A

A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa

visatildeo

ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento

de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de

erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618

03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto

de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo

para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa

A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo

de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute

niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada

indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas

A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o

tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial

dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma

determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo

objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do

reflexo da luz do sol

Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios

ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees

de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que

o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o

mundo exterior

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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da

capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e

organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras

mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde

Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais

forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa

visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado

haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem

significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta

progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e

cultural

A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo

influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam

uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias

Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou

desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees

ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica

Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o

natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais

e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos

julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto

Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a

baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser

identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento

Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados

em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila

(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras

manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Iacutendice

1 A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO

DEFICIENTE VISUAL 4

2 REFLEX O SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO SOCIEDADE

ACADEcircMICA 5

3 ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO 7

4 RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL 12

5 ATIVIDADES PEDAG GICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM 15

6 AVALIACcedilAtildeO 16

7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 17

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A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO DEFICIEcircNTE VISUAL

Dentro das poliacuteticas e estrateacutegias para o ensino adotadas no PDI da Universidade

Guarulhos (UnG) destaca o apoio a pessoas com deficiecircncia viabilizando sua permanecircncia

pela facilitaccedilatildeo do acesso agraves diversas dependecircncias bem como o acompanhamento pelo

Nuacutecleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) organizado de modo multiprofissional

incluindo atividades como acompanhamento e apoio as pessoas com deficiecircncia sejam eles

estudantes professores ou funcionaacuterios

Conforme a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Especial na perspectiva da Educaccedilatildeo

Inclusiva (2008) na educaccedilatildeo superior a educaccedilatildeo especial se efetiva por meio de accedilotildees que

promovam o acesso a permanecircncia e a participaccedilatildeo dos alunos Estas accedilotildees envolvem o

planejamento e a organizaccedilatildeo de recursos e serviccedilos para a promoccedilatildeo da acessibilidade

arquitetocircnica nas comunicaccedilotildees nos sistemas de informaccedilatildeo nos materiais didaacuteticos e

pedagoacutegicos que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de

todas as atividades que envolvam o ensino a pesquisa e a extensatildeo

Diante dessa perspectiva a UnG entende que a inclusatildeo da pessoa com deficiecircncia

requer um conjunto de accedilotildees individuais e coletivas e dentre estas a acessibilidade ocupa

papel preponderante na promoccedilatildeo da igualdade social

O objetivo do programa eacute inserir as questotildees que afetam agrave acessibilidade em todas as

instacircncias da Instituiccedilatildeo e conscientizar os colaboradores e toda a comunidade acadecircmica

sobre a importacircncia de oferecer alternativas agrave permanecircncia das pessoas com necessidades

especiais na UnG natildeo apenas no acircmbito educacional mas tambeacutem enquanto local de

trabalho

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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA

O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto

de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees

eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e

interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra

os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala

de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a

ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente

Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou

uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e

distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual

Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto

com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece

A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as

diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir

alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um

objeto figura cenaacuterio paisagem etc

A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e

outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A

troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano

Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto

eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e

comunicaccedilatildeo humana

Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do

conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de

conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no

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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos

da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico

No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem

ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um

diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo

necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados

pela fala e pelo contato fiacutesico

A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente

para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais

consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade

A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV

As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um

estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido

haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores

cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro

Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto

para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea

Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a

disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo

percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais

alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento

A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o

cerca

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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO

A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma

condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou

limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A

A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa

visatildeo

ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento

de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de

erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618

03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto

de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo

para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa

A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo

de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute

niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada

indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas

A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o

tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial

dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma

determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo

objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do

reflexo da luz do sol

Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios

ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees

de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que

o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o

mundo exterior

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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da

capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e

organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras

mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde

Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais

forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa

visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado

haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem

significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta

progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e

cultural

A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo

influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam

uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias

Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou

desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees

ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica

Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o

natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais

e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos

julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto

Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a

baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser

identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento

Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados

em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila

(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras

manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

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Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

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Iacutendice

1 A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO

DEFICIENTE VISUAL 4

2 REFLEX O SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO SOCIEDADE

ACADEcircMICA 5

3 ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO 7

4 RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL 12

5 ATIVIDADES PEDAG GICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM 15

6 AVALIACcedilAtildeO 16

7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 17

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A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO DEFICIEcircNTE VISUAL

Dentro das poliacuteticas e estrateacutegias para o ensino adotadas no PDI da Universidade

Guarulhos (UnG) destaca o apoio a pessoas com deficiecircncia viabilizando sua permanecircncia

pela facilitaccedilatildeo do acesso agraves diversas dependecircncias bem como o acompanhamento pelo

Nuacutecleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) organizado de modo multiprofissional

incluindo atividades como acompanhamento e apoio as pessoas com deficiecircncia sejam eles

estudantes professores ou funcionaacuterios

Conforme a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Especial na perspectiva da Educaccedilatildeo

Inclusiva (2008) na educaccedilatildeo superior a educaccedilatildeo especial se efetiva por meio de accedilotildees que

promovam o acesso a permanecircncia e a participaccedilatildeo dos alunos Estas accedilotildees envolvem o

planejamento e a organizaccedilatildeo de recursos e serviccedilos para a promoccedilatildeo da acessibilidade

arquitetocircnica nas comunicaccedilotildees nos sistemas de informaccedilatildeo nos materiais didaacuteticos e

pedagoacutegicos que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de

todas as atividades que envolvam o ensino a pesquisa e a extensatildeo

Diante dessa perspectiva a UnG entende que a inclusatildeo da pessoa com deficiecircncia

requer um conjunto de accedilotildees individuais e coletivas e dentre estas a acessibilidade ocupa

papel preponderante na promoccedilatildeo da igualdade social

O objetivo do programa eacute inserir as questotildees que afetam agrave acessibilidade em todas as

instacircncias da Instituiccedilatildeo e conscientizar os colaboradores e toda a comunidade acadecircmica

sobre a importacircncia de oferecer alternativas agrave permanecircncia das pessoas com necessidades

especiais na UnG natildeo apenas no acircmbito educacional mas tambeacutem enquanto local de

trabalho

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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA

O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto

de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees

eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e

interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra

os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala

de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a

ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente

Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou

uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e

distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual

Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto

com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece

A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as

diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir

alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um

objeto figura cenaacuterio paisagem etc

A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e

outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A

troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano

Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto

eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e

comunicaccedilatildeo humana

Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do

conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de

conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no

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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos

da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico

No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem

ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um

diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo

necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados

pela fala e pelo contato fiacutesico

A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente

para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais

consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade

A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV

As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um

estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido

haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores

cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro

Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto

para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea

Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a

disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo

percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais

alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento

A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o

cerca

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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO

A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma

condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou

limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A

A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa

visatildeo

ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento

de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de

erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618

03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto

de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo

para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa

A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo

de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute

niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada

indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas

A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o

tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial

dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma

determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo

objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do

reflexo da luz do sol

Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios

ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees

de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que

o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o

mundo exterior

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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da

capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e

organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras

mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde

Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais

forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa

visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado

haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem

significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta

progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e

cultural

A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo

influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam

uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias

Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou

desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees

ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica

Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o

natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais

e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos

julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto

Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a

baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser

identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento

Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados

em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila

(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras

manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

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A IMPORTAcircNCIA DO OLHAR PERANTE A NECESSIDADE DO DEFICIEcircNTE VISUAL

Dentro das poliacuteticas e estrateacutegias para o ensino adotadas no PDI da Universidade

Guarulhos (UnG) destaca o apoio a pessoas com deficiecircncia viabilizando sua permanecircncia

pela facilitaccedilatildeo do acesso agraves diversas dependecircncias bem como o acompanhamento pelo

Nuacutecleo de Apoio a Acessibilidade da UnG (NAAUNG) organizado de modo multiprofissional

incluindo atividades como acompanhamento e apoio as pessoas com deficiecircncia sejam eles

estudantes professores ou funcionaacuterios

Conforme a Poliacutetica Nacional de Educaccedilatildeo Especial na perspectiva da Educaccedilatildeo

Inclusiva (2008) na educaccedilatildeo superior a educaccedilatildeo especial se efetiva por meio de accedilotildees que

promovam o acesso a permanecircncia e a participaccedilatildeo dos alunos Estas accedilotildees envolvem o

planejamento e a organizaccedilatildeo de recursos e serviccedilos para a promoccedilatildeo da acessibilidade

arquitetocircnica nas comunicaccedilotildees nos sistemas de informaccedilatildeo nos materiais didaacuteticos e

pedagoacutegicos que devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de

todas as atividades que envolvam o ensino a pesquisa e a extensatildeo

Diante dessa perspectiva a UnG entende que a inclusatildeo da pessoa com deficiecircncia

requer um conjunto de accedilotildees individuais e coletivas e dentre estas a acessibilidade ocupa

papel preponderante na promoccedilatildeo da igualdade social

O objetivo do programa eacute inserir as questotildees que afetam agrave acessibilidade em todas as

instacircncias da Instituiccedilatildeo e conscientizar os colaboradores e toda a comunidade acadecircmica

sobre a importacircncia de oferecer alternativas agrave permanecircncia das pessoas com necessidades

especiais na UnG natildeo apenas no acircmbito educacional mas tambeacutem enquanto local de

trabalho

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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA

O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto

de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees

eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e

interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra

os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala

de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a

ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente

Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou

uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e

distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual

Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto

com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece

A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as

diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir

alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um

objeto figura cenaacuterio paisagem etc

A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e

outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A

troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano

Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto

eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e

comunicaccedilatildeo humana

Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do

conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de

conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no

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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos

da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico

No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem

ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um

diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo

necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados

pela fala e pelo contato fiacutesico

A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente

para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais

consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade

A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV

As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um

estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido

haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores

cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro

Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto

para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea

Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a

disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo

percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais

alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento

A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o

cerca

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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO

A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma

condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou

limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A

A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa

visatildeo

ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento

de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de

erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618

03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto

de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo

para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa

A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo

de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute

niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada

indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas

A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o

tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial

dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma

determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo

objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do

reflexo da luz do sol

Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios

ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees

de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que

o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o

mundo exterior

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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da

capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e

organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras

mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde

Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais

forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa

visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado

haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem

significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta

progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e

cultural

A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo

influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam

uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias

Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou

desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees

ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica

Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o

natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais

e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos

julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto

Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a

baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser

identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento

Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados

em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila

(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras

manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

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2006

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ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

Page 5: cartilha-de-orientacao-sobre-o-deficiente-visual.pdf

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REFLEXAtildeO SOBRE O DEFICIENTE VISUAL EM MEIO Agrave SOCIEDADE ACADEcircMICA

O sistema visual eacute uma estrutura complexa constituiacuteda pelo globo ocular e um conjunto

de feixes e terminaccedilotildees do sistema nervoso central cuja funccedilatildeo eacute a de traduzir as vibraccedilotildees

eletromagneacuteticas da luz em impulsos nervosos transmitidos ao ceacuterebro que decodifica e

interpreta o estiacutemulo visual A visatildeo detecta uma infinidade de estiacutemulos do ambiente integra

os outros sentidos de forma global e simultacircnea Eacute por isto que ao entrar em um setor ou sala

de aula deve-se identificar imediatamente a disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio a organizaccedilatildeo geral a

ordem e os esquemas de estruturaccedilatildeo do espaccedilo e o arranjo dos utensiacutelios maquinaacuterio eoutros dispositivos do ambiente

Ao ouvir um ruiacutedo ou um barulho qualquer basta virar o rosto para ver um acidente ou

uma cena agrave distacircncia Ao andar pelas ruas os olhos passeiam pelas vitrines e satildeo atraiacutedos e

distraiacutedos pelas cores vibraccedilotildees movimentos e outros apelos ou fontes de estimulaccedilatildeo visual

Uma pessoa olha para outra e aponta para alguma coisa com o dedo faz um sinal ou um gesto

com as matildeos e a comunicaccedilatildeo se estabelece

A troca de olhares eacute igualmente significativa e pode ser decodificada ou compreendidasem a necessidade da fala Da janela de um preacutedio eacute possiacutevel vislumbrar o horizonte as

diversas imagens e situaccedilotildees da vizinhanccedila Isso porque o olho humano eacute capaz de distinguir

alteraccedilotildees miacutenimas de forma tamanho cor claridade distacircncia dentre outros atributos de um

objeto figura cenaacuterio paisagem etc

A televisatildeo as revistas os jornais o cinema o teatro a danccedila as artes plaacutesticas e

outras manifestaccedilotildees artiacutesticas e culturais estatildeo impregnados de imagens e apelos visuais A

troca de olhares as expressotildees faciais os gestos a miacutemica as imagens e o grafismo satildeocomponentes triviais e sutis do cotidiano

Neste sentido pode-se dizer que a sociedade eacute caracterizada pelo ldquovisocentrismordquo isto

eacute a visatildeo ocupa o topo dos sentidos e o centro das atenccedilotildees e dos sistemas de expressatildeo e

comunicaccedilatildeo humana

Na universidade observa-se o mesmo fenocircmeno uma vez que a construccedilatildeo do

conhecimento os conteuacutedos programaacuteticos e as interaccedilotildees do sujeito com o objeto de

conhecimento satildeo permeados por componentes e referecircncias visuais presentes na fala no

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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos

da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico

No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem

ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um

diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo

necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados

pela fala e pelo contato fiacutesico

A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente

para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais

consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade

A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV

As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um

estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido

haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores

cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro

Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto

para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea

Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a

disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo

percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais

alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento

A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o

cerca

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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO

A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma

condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou

limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A

A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa

visatildeo

ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento

de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de

erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618

03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto

de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo

para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa

A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo

de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute

niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada

indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas

A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o

tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial

dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma

determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo

objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do

reflexo da luz do sol

Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios

ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees

de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que

o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o

mundo exterior

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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da

capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e

organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras

mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde

Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais

forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa

visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado

haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem

significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta

progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e

cultural

A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo

influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam

uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias

Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou

desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees

ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica

Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o

natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais

e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos

julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto

Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a

baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser

identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento

Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados

em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila

(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras

manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

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2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

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ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

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material impresso nas metodologias atividades tarefas e em outros aspectos

da organizaccedilatildeo do trabalho pedagoacutegico

No caso da pessoa com Deficiecircncia Visual (DV) as palavras ou os sons por si soacute podem

ter pouco sentido ou um sentido deturpado devido agraves sutilezas das cenas mudas ou da

comunicaccedilatildeo natildeo verbal que acompanha ou complementa a fala dos interlocutores em um

diaacutelogo ou em qualquer outra interlocuccedilatildeo Em outras palavras ela ouve o que eacute dito mas natildeo

necessariamente compreende do que se trata porque o gesto e o olhar devem ser mediados

pela fala e pelo contato fiacutesico

A representaccedilatildeo de um objeto ou conceito deve ser explicada e descrita verbalmente

para ser compreendida e internalizada Neste processo a fala e os recursos natildeo visuais

consistem em uma das principais formas de mediaccedilatildeo para a construccedilatildeo do conhecimento e ainterpretaccedilatildeo da realidade

A audiccedilatildeo e o tato satildeo os principais canais de informaccedilatildeo utilizados pelas pessoas DV

As caracteriacutesticas da visatildeo e do tato satildeo muito diferentes no que se refere agrave percepccedilatildeo de um

estiacutemulo ou objeto O tato faz parte de um sistema perceptivo amplo e complexo o sentido

haacuteptico (tato ativo ou em movimento atraveacutes do qual a informaccedilatildeo chega aos receptores

cutacircneos e cinesteacutesicos) para ser interpretada e decodificada pelo ceacuterebro

Atraveacutes deste sistema perceptivo o sujeito detecta a informaccedilatildeo do ambiente de modofragmentaacuterio e sucessivo uma vez que entra em contato com cada uma das partes do objeto

para configurar o todo enquanto a percepccedilatildeo visual eacute global e simultacircnea

Por isto alunos cegos levam mais tempo para conhecer e reconhecer os objetos e a

disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio em uma sala de aula O tamanho e a forma de uma mesa satildeo

percebidos por eles palmo a palmo assim como as dimensotildees da sala enquanto os demais

alunos percebem visualmente todo o ambiente o que facilita a acomodaccedilatildeo e o deslocamento

A condiccedilatildeo de cegueira restringe a amplitude e a variedade de experiecircncias aorientaccedilatildeo e mobilidade o controle do ambiente e a interaccedilatildeo do sujeito com o mundo que o

cerca

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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO

A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma

condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou

limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A

A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa

visatildeo

ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento

de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de

erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618

03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto

de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo

para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa

A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo

de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute

niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada

indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas

A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o

tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial

dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma

determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo

objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do

reflexo da luz do sol

Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios

ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees

de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que

o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o

mundo exterior

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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da

capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e

organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras

mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde

Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais

forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa

visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado

haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem

significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta

progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e

cultural

A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo

influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam

uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias

Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou

desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees

ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica

Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o

natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais

e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos

julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto

Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a

baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser

identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento

Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados

em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila

(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras

manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

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Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

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1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

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ACUIDADE VISUAL E CEGUEIRA ndash ORIENTACcedilAtildeO E APOIO

A baixa visatildeo ou acuidade visual (visatildeo subnormal ambioplia ou visatildeo reduzida) eacute uma

condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que dificulta as atividades de leitura e escrita interfere ou

limita a execuccedilatildeo de tarefas e o desempenho de habilidades praacuteticas A

A Sociedade Brasileira de Visatildeo Subnormal apresenta o seguinte conceito de baixa

visatildeo

ldquoUma pessoa com baixa visatildeo eacute aquela que possui um comprometimento

de seu funcionamento visual mesmo apoacutes tratamento eou correccedilatildeo de

erros refracionais comuns e tem uma acuidade visual inferior a 2060 (618

03) ateacute percepccedilatildeo de luz ou campo visual inferior a 10 graus do seu ponto

de fixaccedilatildeo mas que utiliza ou eacute potencialmente capaz de utilizar a visatildeo

para planejamento e execuccedilatildeo de uma tarefa

A capacidade visual dos sujeitos afetados varia desde a simples indicaccedilatildeo de projeccedilatildeo

de luz percepccedilatildeo das cores e contrastes de seres e objetos estaacuteticos ou em movimento ateacute

niacuteveis diversos de percepccedilatildeo visual que comprometem e limitam o desempenho acadecircmico eas atividades rotineiras Trata-se de um grupo heterogecircneo e diversificado no qual cada

indiviacuteduo requer condiccedilotildees recursos e adaptaccedilotildees especiacuteficas e diferenciadas

A condiccedilatildeo visual de uma pessoa com baixa visatildeo eacute instaacutevel e oscilam de acordo com o

tempo o estado emocional as circunstacircncias as condiccedilotildees de iluminaccedilatildeo natural ou artificial

dentre outros fatores Isto quer dizer que um estiacutemulo ou um objeto pode ser visto em uma

determinada posiccedilatildeo ou distacircncia pela interferecircncia de um foco de luz e sombra O mesmo

objeto deixa de ser percebido mediante alteraccedilotildees de iluminaccedilatildeo O aluno enxerga o que estaacuteescrito na lousa ou no caderno e cinco minutos depois deixa de enxergar em decorrecircncia do

reflexo da luz do sol

Por vezes a percepccedilatildeo visual fica alterada em dias nublados ou em ambientes sombrios

ou fortemente iluminada Percebe-se tambeacutem que a limitaccedilatildeo visual acentua-se em situaccedilotildees

de tensatildeo ansiedade ou conflitos emocionais A baixa visatildeo restringe o rol de informaccedilotildees que

o indiviacuteduo recebe do ambiente e limita ou deforma a construccedilatildeo do conhecimento sobre o

mundo exterior

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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da

capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e

organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras

mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde

Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais

forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa

visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado

haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem

significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta

progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e

cultural

A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo

influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam

uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias

Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou

desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees

ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica

Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o

natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais

e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos

julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto

Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a

baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser

identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento

Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados

em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila

(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras

manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

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_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo

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ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

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O ato de ver depende natildeo apenas da integridade do globo ocular resulta tambeacutem da

capacidade do ceacuterebro de realizar as suas funccedilotildees de capturar codificar selecionar e

organizar imagens fotografadas pelos olhos Estas imagens satildeo associadas com outras

mensagens sensoriais e armazenadas na memoacuteria para serem lembradas mais tarde

Por isto eacute preciso aprender a ver sobretudo no caso da visatildeo reduzida Quanto mais

forem ativadas as funccedilotildees visuais melhor seraacute o desempenho visual Uma pessoa com baixa

visatildeo poderaacute fazer uso de auxiacutelios oacutepticos mediante prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica Por outro lado

haacute casos em que os recursos natildeo oacutepticos satildeo os mais indicados Estes recursos contribuem

significativamente para melhorar a qualidade e o conforto visual Natildeo raro a perda lenta

progressiva e irreversiacutevel da visatildeo provoca efeitos emocionais e outros impactos significativosque repercutem na famiacutelia na universidade no trabalho e em outros acircmbitos de vida social e

cultural

A leitura a escrita e as muacuteltiplas formas de interaccedilatildeo com os objetos e os estiacutemulos satildeo

influenciados ou dificultados por um conjunto de fatores orgacircnicos e ambientais que ocasionam

uma oscilaccedilatildeo entre ver e natildeo ver em algumas circunstacircncias

Tais como ambiente pouco iluminado muito claro ou ensolarado objetos gravuras ou

desenhos opacos e sem contraste objetos e seres em movimento formas complexasrepresentaccedilatildeo de objetos tridimensionais tipos impressos ou figuras cujas dimensotildees

ultrapassam o acircngulo da visatildeo central ou perifeacuterica

Muitas vezes o docente por fata de informaccedilatildeo diante das oscilaccedilotildees entre o ver e o

natildeo ver costumam ignorar subestimar ou negligenciar as interferecircncias dos fatores ambientais

e o desempenho visual dos alunos com baixa visatildeo Em muitos casos

julgam que o aluno eacute distraiacutedo desatento desinteressado preguiccediloso voluntarioso inquieto

Reclamam que ele soacute enxerga o que quer e quando quer Na realidade esses sujeitos satildeotratados como se enxergassem tudo ou entatildeo como se natildeo enxergassem nada Isto porque a

baixa visatildeo como jaacute foi dito eacute uma condiccedilatildeo visual complexa e variaacutevel que precisa ser

identificada e compreendida para evitar equiacutevocos de interpretaccedilatildeo e julgamento

Alguns sinais e comportamentos indicadores de visatildeo reduzida podem ser observados

em sala de aula desde a aparecircncia dos olhos o tremor involuntaacuterio e constante da pupila

(nistagmo) o andar hesitante o sentido de direccedilatildeo e localizaccedilatildeo de objetos dentre outras

manifestaccedilotildees de percepccedilatildeo visual que chamam a atenccedilatildeo do observador atento

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

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1993

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Page 9: cartilha-de-orientacao-sobre-o-deficiente-visual.pdf

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A atividade de observaccedilatildeo dentro e fora da sala de aula deve ser incorporada pelos

educadores como um exerciacutecio diaacuterio que possibilite uma melhor compreensatildeo o

discernimento e aceitaccedilatildeo das caracteriacutesticas e peculiaridades dos alunos

Neste sentido o professor deve conhecer e saber identificar as restriccedilotildees ou

manifestaccedilotildees decorrentes da limitaccedilatildeo visual para desenvolver estrateacutegias pedagoacutegicas

condizentes com as necessidades especiacuteficas dos alunos com baixa visatildeo Por isto deve

observar de modo informal e contiacutenuo as reaccedilotildees do aluno o comportamento as atitudes a

postura a motivaccedilatildeo o interesse o relacionamento com os colegas a locomoccedilatildeo a realizaccedilatildeo

de tarefas individuais e em grupo a linguagem a expressatildeo corporal as atividades de

recreaccedilatildeo dentre outros aspectos cognitivos afetivos e sociaisNeste contexto o professor deve ficar atento e observar as reaccedilotildees e os

comportamentos manifestos pelo aluno com baixa visatildeo Ele esfrega os olhos franze a testa

fecha e tampa um dos olhos balanccedila a cabeccedila ou a inclina para frente para ver um objeto

proacuteximo ou distante levanta para ler o conteuacutedo escrito no quadro negro em cartazes ou

mapas troca palavras omite ou mistura letras e siacutelabas evita ou protela atividades

predominantemente visuais pisca muito chora com frequecircncia tem dor de cabeccedila ou fica

irritado devido ao esforccedilo despendido na realizaccedilatildeo da tarefa tropeccedila com facilidade ou natildeoconsegue se desviar de objetos e de pequenos obstaacuteculos aproxima o livro o caderno e

outros materiais para perto dos olhos sente incocircmodo ou intoleracircncia agrave claridade troca a

posiccedilatildeo do livro e perde a sequecircncia das linhas em uma paacutegina ou confunde letras

semelhantes tem falta de interesse ou dificuldade em participar da aula

Uma avaliaccedilatildeo simples e preliminar da acuidade visual eacute realizada no ambiente

acadecircmico por meio do NAAUNG e mediante orientaccedilatildeo e condiccedilotildees adequadas tendo em

vista o encaminhamento para uma avaliaccedilatildeo profissional mais acurada Tambeacutem eacute identificadaa necessidade de recursos ou auxiacutelios oacutepticos como lentes lupas telescoacutepios e oacuteculos

especiais que ampliam a imagem na retina melhoram a qualidade o conforto e o desempenho

visual Neste caso devem ser usados mediante orientaccedilatildeo e prescriccedilatildeo oftalmoloacutegica e caso

necessaacuterio deve haver um acompanhamento ou um trabalho de estimulaccedilatildeo visual e de

orientaccedilatildeo aos professores e da famiacutelia

Os recursos podem ser de 02 (dois) tipos

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

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Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

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1 Recursos para longe telescoacutepio telessistemas telelupas e lunetas

2 Recursos para perto oacuteculos especiais com lentes de aumento (oacuteculos bifocais lentes

esferoprismaacuteticas lentes monofocais esfeacutericas sistemas telemicroscoacutepicos) lupas

manuais ou lupas de mesa e de apoio

Os telescoacutepios lunetas e similares auxiliam a visatildeo em uma determinada distacircncia

enquanto os diversos modelos de lupas satildeo uacuteteis para ampliar o tamanho de fontes para

leitura percepccedilatildeo das dimensotildees de mapas graacuteficos diagramas figuras etc

As lupas tecircm a vantagem de ampliar o tamanho das fontes ou traccedilos mas reduzem

proporcionalmente o campo de visatildeo e diminuem a velocidade da leitura aleacutem de ocasionarfadiga visual

Recursos Natildeo-Oacutepticos satildeo os meios e as alternativas que modificam as condiccedilotildees de

recepccedilatildeo do estiacutemulo ou as suas caracteriacutesticas para que seja mais bem percebido pela visatildeo

Em outras palavras satildeo modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees relativas ao material ou ao ambiente

fiacutesico como as cores os contrastes a iluminaccedilatildeo as relaccedilotildees espaciais e as variaccedilotildees do

tempo dentre outras A seguir alguns exemplos destes recursos

bull Tipos ampliados recurso utilizado para aumentar o tamanho de fontes de sinais ousiacutembolos graacuteficos em conteuacutedos escritos

bull Plano inclinado carteira adaptada com niacutevel de inclinaccedilatildeo adequado para evitar

desconforto fiacutesico e desvio da coluna vertebral

bull Acessoacuterios laacutepis 4B ou 6B canetas de ponta porosa suporte para livros cadernos com

pautas pretas espaccediladas guia de leitura gravadores

Circuito Fechado de Televisatildeo (CCTV) dispositivo acoplado a um monitor

(monocromaacutetico ou colorido) com grande capacidade de ampliaccedilatildeo das fontes eimagens que aparecem na tela

bull Softwares com ampliadores de tela e programas com siacutentese de voz satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca da UnG

O professor deve conhecer os recursos usados pelo aluno e conscientizar-se de sua

utilidade e relevacircncia Desta forma seraacute mais faacutecil encorajar o seu uso e estimular o maacuteximo

aproveitamento do potencial da visatildeo Poderaacute tambeacutem trabalhar com a turma no sentido dedesenvolver haacutebitos e atitudes de cooperaccedilatildeo e respeito agraves diferenccedilas Alguns cuidados e

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

2006

OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo

orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000

_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo

Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

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procedimentos devem ser observados no desenvolvimento de habilidades e no desempenho

de atividades acadecircmicas como

bull O aluno deve ficar sentado no centro da sala de aula a uma distacircncia de

aproximadamente um metro do quadro

bull A carteira deve ficar em uma posiccedilatildeo que evita a incidecircncia de reflexo de luz no quadro

a claridade diretamente nos olhos do aluno e jogo de sombras sobre o caderno o uso

constante de oacuteculos deve ser incentivado quando houver prescriccedilatildeo meacutedica

bull A seleccedilatildeo a confecccedilatildeo ou adaptaccedilatildeo de material devem ser planejadas e elaboradas de

acordo com a condiccedilatildeo visual do aluno

bull A necessidade de tempo adicional para a realizaccedilatildeo das tarefas deve ser observada

bull O material escrito e as ilustraccedilotildees visuais devem ser testados com a intenccedilatildeo de

assegurar que podem ser percebidos pelo aluno

bull As posiccedilotildees do aluno e da carteira devem ser modificadas sempre que necessaacuterio

sobretudo no caso de fotofobia o excesso de luz deve ser controlado ou evitado em sala

de aula

bull Uso de cortinas ou papel fosco para natildeo refletir a claridade as tarefas de expressatildeo oral

e escrita devem ser alternadas com pausas e descansos que evitam a fadiga visual as

tarefas propostas devem ser explicadas verbalmente de modo claro e objetivo

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

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OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo

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Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

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ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

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RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO DEFICIENTE VISUAL

Sistema Braille

O Sistema Braille eacute um coacutedigo de transcriccedilatildeo no qual a cada letra do alfabeto

corresponde um sinal braille com o mesmo valor foneacutetico Baseia-se em uma ordem loacutegica

constituiacuteda por uma matriz de seis pontos alinhados em duas colunas verticais com trecircs pontos

agrave direita e trecircs agrave esquerda em uma pequena cela retangular denominada cela braille A

combinaccedilatildeo destes pontos em uma sequecircncia de celas gera 64 sinais que representam as

letras do alfabeto os nuacutemeros as vogais acentuadas a pontuaccedilatildeo as notas musicais os

siacutembolos matemaacuteticos e outros sinais graacuteficos

Orientaccedilatildeo e Mobilidade

A configuraccedilatildeo do espaccedilo natildeo eacute percebida globalmente por alunos DV tal como ocorre

com os outros alunos que naturalmente vislumbram e exploram o espaccedilo circundante

desviam-se de moacuteveis objetos e outros obstaacuteculos presentes no ambiente Estes

deslocamentos satildeo visuais e por isso devem ser mostrados ensinados e experimentados por

quem natildeo pode ver Pode-se aproveitar ou improvisar trajetos nos quais eacute necessaacuterio andar em

ziguezague circular passar por cima por baixo no meio por dentro por fora em volta

Eacute necessaacuterio criar oportunidades e estrateacutegias de exploraccedilatildeo identificaccedilatildeo e

reconhecimento do espaccedilo concreto da sala de aula da disposiccedilatildeo do mobiliaacuterio e do trajeto

rotineiro dos alunos A entrada da universidade o paacutetio a cantina os banheiros a biblioteca a

secretaria a sala dos professores e da diretoria escadas corredores obstaacuteculos e outros

ambientes satildeo percorridos e assimilados de forma aacutegil pelos alunos que enxergam A

familiaridade a internalizaccedilatildeo e o domiacutenio do espaccedilo fiacutesico pelos alunos cegos levam mais

tempo e dependem da apropriaccedilatildeo e interpretaccedilatildeo de pistas natildeo visuais como fontes sonoras

referecircncias taacuteteis olfativas cinesteacutesicas dentre outras A capacidade de localizar a fonte de

um som e de se orientar envolve distacircncia direccedilatildeo e velocidade

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NUacuteCLEO DE APOIO A ACESSIBILIDADE DAUNIVE

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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NUacuteCLEO DE APOIO A ACESSIBILIDADE DAUNIVE

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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NUacuteCLEO DE APOIO A ACESSIBILIDADE DAUNIVE

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

2006

OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo

orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000

_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo

Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

Page 13: cartilha-de-orientacao-sobre-o-deficiente-visual.pdf

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A coleta de informaccedilatildeo natildeo visual deve ser incentivada para que os alunos possam

descobrir e assimilar de modo seguro e confiante pontos de referecircncias uacuteteis para eles e

estabelecer criteacuterios de organizaccedilatildeo e de controle dos movimentos e do ambiente As portas

devem ficar completamente abertas ou fechadas para evitar acidentes ou imprevistos

desagradaacuteveis O mobiliaacuterio deve ser estaacutevel e eventuais alteraccedilotildees devem ser comunicadas

com a indicaccedilatildeo de novas referecircncias

As noccedilotildees de altura de distacircncia de perigo ou de obstaacuteculo satildeo compreendidas e

assimiladas por meio de atividades simples Podem-se providenciar placas com inscriccedilotildees em

braille e outras formas de sinalizaccedilatildeo taacutetil para a identificaccedilatildeo dos principais locais de acesso agrave

instituiccedilatildeoAs noccedilotildees de orientaccedilatildeo e mobilidade satildeo indispensaacuteveis para o desenvolvimento da

autonomia independecircncia e autoconfianccedila Entende-se por orientaccedilatildeo a nossa capacidade de

percepccedilatildeo e de localizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao ambiente e por mobilidade a capacidade de

locomoccedilatildeo ou de deslocamento entre um ponto e outro As pessoas cegas e com baixa visatildeo

utilizam para sua locomoccedilatildeo um ou mais dos seguintes recursos

bull Guia Humano acompanhante voluntaacuterio ou profissional para os sucessivos

deslocamentos e apoio na execuccedilatildeo de tarefas visuaisbull Bengala Longa recurso mais comum e mais acessiacutevel

bull Autoproteccedilotildees uso das matildeos e do corpo

bull Catildeo-guia mais raro menos acessiacutevel e de relativa aceitaccedilatildeo social

bull Ajudas Eletrocircnicas recursos tecnoloacutegicos pouco difundidos e conhecidos em nossa

realidade

Recursos Tecnoloacutegicos

O uso de computadores de scanners e programas de reconhecimento oacuteptico de

caracteres (OCR) possibilita a digitalizaccedilatildeo de textos apostilas e livros para serem lidos em

formato digital ou em braille Alguns programas permitem converter o texto digitalizado para

arquivo de aacuteudio e outros ampliam o tamanho da fonte e das imagens na tela do computador

para usuaacuterios com baixa visatildeo Estes uacuteltimos permitem alterar o tamanho e os traccedilos das

fontes bem como as combinaccedilotildees de cores contrastantes para texto e fundo da paacutegina

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NUacuteCLEO DE APOIO A ACESSIBILIDADE DAUNIVE

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

2006

OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo

orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000

_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo

Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

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A ediccedilatildeo de textos a leitura falada de livros digitalizados o uso do correio eletrocircnico a

participaccedilatildeo em chats agrave navegaccedilatildeo na internet agrave transferecircncia de arquivos e outras operaccedilotildees

tornam-se viaacuteveis por meio de leitores de tela com siacutentese de voz cujos softwares satildeo

disponibilizados no setor da Biblioteca UnG

Os leitores de tela satildeo programas com voz sintetizada reproduzida por meio de auto-

falantes para transmitir oralmente o conteuacutedo projetado na tela do computador Estes

softwares satildeo desenvolvidos a partir de paracircmetros de acessibilidade que permitem o uso dos

diversos aplicativos e uma navegaccedilatildeo confortaacutevel no ambiente Windows

Os leitores de tela substituem o uso do ldquomouserdquo por comandos de teclado Por exemplo

a tecla ldquotabrdquo eacute usada para percorrer o conteuacutedo de uma paacutegina e acessar o ldquolinkrdquo desejado demodo mais raacutepido Embora estes programas sejam indispensaacuteveis e eficientes o usuaacuterio cego

encontra barreiras de acessibilidade no espaccedilo virtual Isso porque nem todos os sites

respeitam os padrotildees de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente

Alguns exemplos de barreiras virtuais satildeo interfaces graacuteficas frames e imagens que natildeo

apresentam alternativa de texto fotos desenhos e ilustraccedilotildees sem descriccedilatildeo coacutedigos e

imagens exclusivamente visuais como chave de acesso para sites seguros uso de cores como

uacutenica forma de destacar um conteuacutedo e etcOs meios informaacuteticos ampliam as possibilidades de comunicaccedilatildeo de acesso ao

conhecimento e de autonomia pessoal A apropriaccedilatildeo destes recursos modifica

significativamente o estilo de vida as interaccedilotildees e as condutas social ao inovar haacutebitos e

atitudes em relaccedilatildeo agrave educaccedilatildeo ao lazer ao trabalho agrave vida familiar e comunitaacuteria No caso de

pessoas cegas e com baixa visatildeo essas ferramentas satildeo mais do que simples facilitadores do

desempenho acadecircmico e profissional Representam uma proacutetese que minimiza ou compensa

as restriccedilotildees decorrentes da falta da visatildeo Por isto eacute fortemente recomendaacutevel que estejamdisponiacuteveis e que os educadores conheccedilam valorizem e aprendam a lidar com algumas delas

para conhecer um pouco mais sobre as suas caracteriacutesticas e o alcance de acessibilidade que

proporcionam

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

2006

OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo

orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000

_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo

Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

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ATIVIDADES PEDAGOacuteGICAS E ESTRATEacuteGIAS DE APRENDIZAGEM

Alunos DV devem desenvolver a formaccedilatildeo de haacutebitos e de postura destreza taacutetil o

sentido de orientaccedilatildeo esquemas e criteacuterios de ordem e organizaccedilatildeo o reconhecimento de

desenhos graacuteficos diagramas mapas e maquetes em relevo dentre outras habilidades As

estrateacutegias de aprendizagem os procedimentos o acesso ao conhecimento e agrave informaccedilatildeo

bem como os instrumentos de avaliaccedilatildeo devem ser adequados agraves condiccedilotildees visuais destes

acadecircmicos

O professor deve valorizar o comportamento exploratoacuterio a estimulaccedilatildeo dos sentidos

remanescentes a iniciativa e a participaccedilatildeo ativa Algumas atividades predominantemente

visuais devem ser adaptadas com antecedecircncia e outras durante a sua realizaccedilatildeo por meio

de descriccedilatildeo informaccedilatildeo taacutetil auditiva olfativa e qualquer outra referecircncia que favoreccedila a

configuraccedilatildeo do cenaacuterio ou do ambiente Eacute o caso por exemplo de exibiccedilatildeo de filmes ou

documentaacuterios excursotildees e exposiccedilotildees

A apresentaccedilatildeo de filmes ou documentaacuterios requer a descriccedilatildeo oral de imagens cenas

mudas e leitura de legenda simultacircnea se natildeo houver dublagem para que as lacunas sejam

preenchidas com dados da realidade e natildeo apenas com a imaginaccedilatildeo do aluno

O uso de slides gravuras cartazes fotos ilustraccedilotildees e outros recursos visuais devem

ser precedidos de informaccedilatildeo e descriccedilatildeo oral de forma objetiva e sucinta Pode-se tambeacutem

apresentar ao aluno um resumo ou uma sinopse escrita em braille em suporte digital acessiacutevel

ou gravada se for o caso Em suma eacute recomendaacutevel planejar com antecedecircncia e

contextualizar as atividades eminentemente visuais

Os esquemas siacutembolos e diagramas presentes nas diversas disciplinas devem ser

descritos oralmente Os desenhos graacuteficos e ilustraccedilotildees devem ser adaptados e se possiacutevel

representados em relevo sem disponibilizados antes das aulas

No caso os experimentos de Ciecircncias e Biologia devem remeter ao conhecimento por

meio de outros canais de coleta de informaccedilatildeo Por exemplo no caso do estudo de anatomia e

fisiologia do corpo humano o professor pode usar material concreto e em relevo para

representar figuras ou imagens visuais de ossos ceacutelulas e micro-organismos

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NUacuteCLEO DE APOIO A ACESSIBILIDADE DAUNIVE

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

2006

OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo

orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000

_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo

Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

Page 16: cartilha-de-orientacao-sobre-o-deficiente-visual.pdf

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AVALIACcedilAtildeO

Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaccedilatildeo e outras tarefas acadecircmicas

baseadas em referecircncias visuais devem ser alteradas ou adaptadas agraves necessidades do aluno

DV Eles podem fazer uso de maacutequina de escrever em braille gravador e computador para a

realizaccedilatildeo dessas atividades Neste caso o docente pode realizar a solicitaccedilatildeo junto agrave

coordenaccedilatildeo de curso que encaminharaacute ao NAAUNG organizando o ambiente para

realizaccedilatildeo das atividades propostas Em algumas circunstacircncias eacute recomendaacutevel valer-se de

exerciacutecios orais

Em relaccedilatildeo agraves provas impressas o aluno realiza uma avaliaccedilatildeo no setor do NAAUNG

para identificaccedilatildeo do tamanho e tipo de letra para melhor visualizaccedilatildeo Este encaminhamento eacute

realizado para coordenaccedilatildeo do curso que orienta a formataccedilatildeo junto ao colegiado

A adaptaccedilatildeo a produccedilatildeo de material e a transcriccedilatildeo de provas de exerciacutecios e de textos

em geral para o Sistema Braille podem ser realizadas em salas de multimeios nuacutecleos

serviccedilos ou centros de apoio pedagoacutegico Neste caso se natildeo houver ningueacutem na universidade

que domine o Sistema Braille seraacute igualmente necessaacuterio fazer a conversatildeo da escrita Braille

para a escrita em tinta

Conveacutem observar a necessidade de estender o tempo da avaliaccedilatildeo considerando as

peculiaridades em relaccedilatildeo agrave percepccedilatildeo natildeo visuais

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

2006

OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo

orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000

_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo

Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996

Page 17: cartilha-de-orientacao-sobre-o-deficiente-visual.pdf

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Referecircncias Bibliograacuteficas

BANCO DE ESCOLA Disponiacutevel em httpwwwbancodeescolacom Acesso em 15 maio de

2006

BRAILLE VIRTUAL Disponiacutevel em httpwwwbraillevirtualfeuspbr Acesso em 15 maio de

2006

OLIVEIRA Regina C S Newton Kara- Joseacute e Marcos WS Entendendo a Baixa visatildeo

orientaccedilotildees aos professores MEC SEESP 2000

_______ Saberes e Praacutetica da Inclusatildeo Dificuldades de Comunicaccedilatildeo e Sinalizaccedilatildeo

Deficiecircncia Visual 3ordf ediccedilatildeo 2005

ROSA Alberto OCHAIacuteTA Esperanza Psicologia de la Cegueira Alianza Editorial SA Madrid

1993

ccedilSANTIN Siacutelvya SIMMONS Joyce Nester Crianccedilas Cegas Portadora de Deficiecircncia Visual

Congecircnita Revista Benjamin Constant nordm 2 ndash janeiro de 1996