Carta Sobre a Diversidade Na Leitura (Artigo)

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TRADUÇÃO DA CARTA DE SÊNECA SOBRE A DIVERSIDADE NA LEITURA Stéfano Paschoal 1 RESUMO: Com a tradução da carta sobre a diversidade na leitura, de Sêneca, objetiva-se colocar à disposição do leitor um trabalho de tradução cujo conteúdo, por ser um assunto de extrema importância na universidade moderna, deve ocupar o papel central. Embora escrita no século I d.C., esta carta de Sêneca traz reflexões sobre o que se denomina, nos tempos modernos, leitura verticalizada, ou seja, que prima pelo conhecimento aprofundado de um autor e/ou obra, contrariando a tendência de aceleração desmedida perceptível nos últimos tempos. PALAVRAS-CHAVE: leitura, Sêneca, autores ABSTRACT: Through the translation of the letter about diversity in reading, from Seneca, one wishes to provide the readers a translation work with an important point of view that must be put on a central role. Although written on the 1 st . century a.C., this Senecas letter brings reflections about a lecture that must be made in order to increase the knowledge about something, what lead us against the tendency in the last recent times: the process of acceleration in the building of the human being.. KEYWORDS: lecture, Seneca, author. INTRODUÇÃO A parte principal deste escrito é, na verdade, a tradução da carta De varietate lectionis, de Lucius Annaeus Seneca (Córdova, 4 a.C. – Roma, 65 d.C.), conhecido também como Sêneca, o Jovem. Sêneca foi enviado ainda criança a Roma para os estudos de oratória e filosofia. Envolveu-se, em 41 d.C., com Julia Livila, irmã de Calígula e sobrinha do imperador Cláudio, que o desterrou. Em seu exílio, na Córsega, escreveu grande parte de sua obra, principalmente as Consolationes, tratados filosóficos em que se expõem os ideais estóicos clássicos de renúncia aos bens materiais. Sêneca consegue retornar a Roma por intermédio de Agripina, com quem se casou mais tarde. Foi o principal conselheiro do imperador Nero. Acusado, dentre outras coisas, de ter participado da Conspiração de Pisão, em 65 d.C. – na qual teria sido planejado o assassinato de Nero – foi forçado ao suicídio. Sêneca, amplamente difundido e debatido no Humanismo europeu 1 Doutor em Língua e Literatura Alemã pela Universidade de São Paulo, professor de Língua Alemã do curso de Letras da UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), campus de Marechal Cândido Rondon – PR.

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    TRADUO DA CARTA DE SNECASOBRE A DIVERSIDADE NA LEITURA

    Stfano Paschoal1

    RESUMO: Com a traduo da carta sobre a diversidade na leitura, de Sneca, objetiva-se colocar disposio do leitor um trabalho de traduo cujo contedo, por ser um assunto de extrema importnciana universidade moderna, deve ocupar o papel central. Embora escrita no sculo I d.C., esta carta deSneca traz reflexes sobre o que se denomina, nos tempos modernos, leitura verticalizada, ou seja, queprima pelo conhecimento aprofundado de um autor e/ou obra, contrariando a tendncia de aceleraodesmedida perceptvel nos ltimos tempos.

    PALAVRAS-CHAVE: leitura, Sneca, autores

    ABSTRACT: Through the translation of the letter about diversity in reading, from Seneca, one wishesto provide the readers a translation work with an important point of view that must be put on a centralrole. Although written on the 1st. century a.C., this Senecas letter brings reflections about a lecture thatmust be made in order to increase the knowledge about something, what lead us against the tendency inthe last recent times: the process of acceleration in the building of the human being..

    KEYWORDS: lecture, Seneca, author.

    INTRODUO

    A parte principal deste escrito , na verdade, a traduo da carta Devarietate lectionis, de Lucius Annaeus Seneca (Crdova, 4 a.C. Roma, 65d.C.), conhecido tambm como Sneca, o Jovem.

    Sneca foi enviado ainda criana a Roma para os estudos de oratriae filosofia. Envolveu-se, em 41 d.C., com Julia Livila, irm de Calgula esobrinha do imperador Cludio, que o desterrou. Em seu exlio, naCrsega, escreveu grande parte de sua obra, principalmente as Consolationes,tratados filosficos em que se expem os ideais esticos clssicos derenncia aos bens materiais. Sneca consegue retornar a Roma porintermdio de Agripina, com quem se casou mais tarde. Foi o principalconselheiro do imperador Nero. Acusado, dentre outras coisas, de terparticipado da Conspirao de Piso, em 65 d.C. na qual teria sidoplanejado o assassinato de Nero foi forado ao suicdio.

    Sneca, amplamente difundido e debatido no Humanismo europeu

    1 Doutor em Lngua e Literatura Alem pela Universidade de So Paulo, professor de Lngua Alem do curso deLetras da UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paran), campus de Marechal Cndido Rondon PR.

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    ocidental, considerado um pensador pertencente ao estoicismo, correntefilosfica fundada por Zeno de Ctio (330 a.C 264 a.C).

    Para esta traduo, utilizei dois textos: o original, de Sneca, emlatim, e uma traduo para o alemo, de Volkhard Wels. A traduo para oportugus, que ora apresento, restringe-se a transmitir somente o contedoexpresso, sem se preocupar com a reconstituio estilstica do original.

    No pretendo, nesta circunstncia, apresentar uma anlise de traduoou quais seriam os principais problemas para a traduo deste texto. Deixoassumir o papel central aqui o prprio contedo da carta de Sneca, quediscorre sobre um tema bastante atual e freqentemente debatido nasuniversidades: a leitura.

    Segundo Orlandi (1999), importante, ao se discutir leitura,desvendar os vrios sentidos assumidos por esta palavra. Segundo a autora:

    Leitura, vista em sua acepo mais ampla, pode ser entendida comoatribuio de sentidos. [....] Por outro lado, pode significarconcepo, e nesse sentido que usada quando se diz leitura demundo. [...] No sentido mais estrito, acadmico, leitura podesignificar a construo de um aparato terico e metodolgico deaproximao de um texto: so vrias as leituras de Saussure, as possveisleituras de um texto de Plato, etc. [...] Em um sentido ainda maisrestritivo, em termos agora de escolaridade, pode-se vincular leitura alfabetizao (aprender a ler e escrever) e leitura pode adquirir entoo carter de estrita aprendizagem formal. (1999, pg.7)

    Seria desnecessrio dizer que o termo leitura abrange ainda outrossignificados, alguns coincidentes com conceitos da Traduo, j que leituraimplica conhecimento de mundo, poca, situao social, local, formaoetc.

    No se pode prever o impacto do texto de Sneca para estudantesuniversitrios hoje, pois predomina, ao menos na universidade brasileira,a diversidade cultural. No se pode negar, contudo, que temos assistido,nas ltimas dcadas, a um processo de desmoronamento cultural eeducacional provocado pela acelerao disparatada da formao, buscandooferecer cada vez mais resultados imediatos que servem cada vez menospara qualquer coisa.

    Uma das caractersticas da acelerao em processos educacionais aleitura diversificada, variada na maioria das vezes, superficial. A leitura aque se refere Sneca aquela que serve para a FORMAO do indivduo.Sobretudo a humana. Um indivduo constri suas concepes e seu modode pensar e de agir baseado naquilo que aprende das leituras. Por isto,Sneca afirma a necessidade de ler apenas autores experimentados(aprovados, experientes, probatos). Sua concepo relaciona-se com aformao do cnone que, de certa forma, cooperou para o desenvolvimentodo pensamento ocidental.

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    Perceberemos o emprego da metfora no texto de Sneca. umadas marcas de seu estilo, bem como a ironia, esta ltima, contudo, utilizadamais largamente em suas tragdias. A incurso idia de pobreza com a qualse vive satisfeito, a laeta paupertas, citada de um texto de Epicuro, pode, apriori, provocar determinada estranheza, j que Sneca era um filsofoadepto do estoicismo. Entretanto, devemos considerar que o estoicismocompartilha diversos conceitos bsicos com a filosofia de Epicuro de Samos.O estoicismo, na figura de seu fundador, Zeno de Ctio, diverge doepicurismo por entender que a virtude, e no o prazer, constitui o bemsupremo.

    A seguir, apresento o texto original em latim, sua respectiva traduopara o alemo e minha traduo para o portugus. Assim, alm do acessoaos preceitos sobre diversidade na leitura, pode-se cotejar o original comsuas duas tradues.

    ALIA SENECAE EPISTOLA DE VARIETATE LECTIONIS

    Ex his quae mihi scribis, et ex his quae audio, bonam spem de teconcipio, non discurris, nec locorum mutationibus inquietaris, aegri animiiactatio ista est. Primum argumentum bene compositae mentis existimo,posse consistere, et secum morari. Illud autem vide, ne esta lectiomultorum autorum et omnis generis voluminum, habeat aliquid vagumet instabile. Certis ingenijs immorari et innutriri oportet, se velis aliquidtrahere, quod in animo fideliter sedeat. Nusquam est qui ubique est. Inperegrinatione vitam agentibus hoc evenit, ut multa hospicia habeant, nullasamicitias. Idem accidat necesse est eis qui nullius se ingenio familiariterapplicant, sed omnia cursim et properanter transmittunt. Non prodestcibus, nec corpori accedit, qui statim sumptus emittitur. Nihil aequesanitatem impedit quam remediorum crebra mutatio. Non venit vulnusad cicatricem, in quo crebra medicamenta tentantur. Non convalescit plantaquae saepius transfertur, nihil tam utile est, quo in transitu prosit. Distrahitanimum librorum multitudo. Itaque cum legere non possis quantumhabueris, sat est habere quantum legas. Sed modo, inquis, hunc librumevoluere volo, modo illum, fastidientis stomachi est multa degustare, quaeubi varia sunt et diversa, coinquinant non alunt. Probatos itaque semperlege, et si quando ad alios diverti libuerit, ad priores redi. Aliquid quotidieadversus paupertatem, aliquid adversus mortem auxilij compara, nec minusadversus ceteras pestes. Et cum multa percurreris, unum excerpe, quodillo die concoquas. Hoc ipse quoque facio, ex pluribus quae lego, aliquidapprehendo hodiernum, Hoc est, quod apud Epicurum nactus sum, soleoenim et in aliena castra transire, non tanquam transfuga, sed tanquamexplorator. Honesta, inquit, res est, laeta paupertas. Illa vero non est

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    paupertas si laeta est. Cui enim cum paupertate bene convenit, dives est,Non qui parum habet, sed qui plus cupit, pauper est. Quid enim referetquantum illi in arca, quantum in horreis iaceat, quantum pascat, au foeneret,se alieno imminet, si non acquisita, sed acquirenda computat? Quis sitdivitiarum modus quaeris. Primus habere quod necesse est, proximusquod sat est. Vale.

    EIN WEITERER BRIEF SENECAS, BER VIELFALT BEI DERLEKTRE

    Aus dem, was Du mir schreibst, und aus dem, was ich hre, fasseich gute Hoffnung fr Dich: Du zerstreust Dich nicht und lbt Dich auchdurch den Wechsel Deiner Aufenthaltsorte nicht aus der Ruhe bringen,wie es dem Wankelmut eines schwachen Geistes entspricht. Ich halte esfr den besten Beweis eines gut organisierten Verstandes, bei einer Sachebeharren und mit sich allein auskommen zu knnen.

    Sieh nur, wie planlos und unbestndig die Lektre von vielen Autorenund jeder Art von Bchern ist! Du mubt Dich an eine begrenzte Zahl vonDenkern halten und dich an ihnen nhren, wenn Du etwas daraus ziehenwillst, was in Deinem Geist verlblich ruht. Nirgends ist, wer berall ist.Wer sein Leben damit verbringt, in der Ferne zu schweifen, dem kann espassieren, dab er viele Gasthuser kennt, aber keine Freunde hat. Genaudas wird notwendigerweise auch denen passieren, die sich geistig auf nichtstiefer einlassen, sondern alles beilufig und eilig berfliegen.

    Die Speise, die der Kper, kaum dab er sie aufgenommen hat, wiedervon sich gibt, ntzt nichts und wird auch zu keinem Teil von ihm. Nichtsverhindert die Gesundung so sehr wie die hufige Vernderung derMedikamente. Keine Wunde vernarbt, an der dauernd neue Heilemittelausprobiert werden .Eine Pflanze, die man zu oft versetzt, entwickelt sichnicht. Nichts ist so ntzlich, dab es im Vorbergehen ntzen knnte. Durchviele Bcher wird der Geist nur zerstreut. Wenn Du also nicht so viellesen kannst, wie Du besitzen knntest, solltest Du nur so viel besitzen,wie Du lesen kannst. Aber einmal, sagst Du, mchte ich dieses Buchlesen, einmal jenes. Es ist das Merkmal eines verwhnten Magens,viel zu kosten, das weil es so unterschiedlich und abwechslungsreich ist,nur belastet, aber nicht ernhrt. Deshalb lies immer nur die bewhrtenAutoren und auch wenn Du Dich einmal mit etwas anderem zerstreuenwillst, kehre zu ihnen zurck. Verschaffe Dir jeden Tag etwas, das Dirgegen die Armut hilft, etwas, das Dir gegen den Tod hilft und genausoetwas gegen alle anderen Plagen. Und auch wenn Du an einem Tag vieleslesend durchgegangen bist, nimm eines heraus, das Du Dir wirklich zueigen machst.

    Das tue ich auch selbst: Aus dem vielen, was ich lese, lerne ich etwas.

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    Dies ist, was ich heute bei Epikur gefunden habe denn ich bin es gewhnt,auch in fremde Lager zu gehen, nicht als berlufer, sondern alsKundschafter: Zufriedene Armut sagt er, ist ein ehrenvoller Zustand.- Das ist natrlich keine Armut, wenn sie zufrieden ist. Denn wenn sichjemand gut in die Armut schickt, ist er reich. Nicht derjenige, der zuwenig hat, ist arm, sondern derjenige, der mehr begehrt. Was liegt schondaran, wieviel bei jemandem im Tresor, wieviel in seinen Lagerhusernliegt, wieviel Vieh er weidet oder wieviel Geld er gegen Zins verleiht,wenn er nach anderem trachtet? Wenn er nicht zusammenrechnet, was ereworben hat, sondern was er noch erwerben will? Du fragst, was derMabstab von Reichtum ist? - Erst das haben, was man braucht, dann das,was einem gengt.

    Leb wohl.

    UMA OUTRA CARTA DE SNECA SOBRE A DIVERSIDADENA LEITURA

    O que tu me escreves e aquilo que ouo me fazem nutrir boasesperanas a teu respeito: tu no te dispersas e no te irritas com a mudanade teus domiclios, o que corresponderia inconstncia de um intelectofraco. Julgo a melhor prova de um discernimento bem organizado poderter uma posio e manter-se nela.

    V o quo desorientada e instvel a leitura de muitos autores e detodo tipo de livros! Tu deves restringir-te a um nmero determinado depensadores e nutrir-te deles, se quiseres tirar disto alguma coisa queseguramente se sedimente em teu intelecto. Quem est por toda a parte,no est em lugar algum. A quem passa sua vida andando a esmo em terrasdistantes, pode suceder que conhea muitas hospedarias, mas no conheceramigos. exatamente isto o que necessariamente ocorre queles que nose aprofundam intelectualmente em nada, mas que correm os olhos portudo, superficialmente e com pressa.

    O alimento do qual o corpo se desfaz mal o tenha recebido no til a nada e no se torna parte dele. Nada prejudica mais a sade do quea freqente mudana de medicamentos. No se cicatriza a ferida em quese experimentam continuamente novos remdios. No se desenvolve aplanta freqentemente mudada de lugar. Nada to til a ponto de s-loapenas num momento de passagem. Muitos livros apenas dispersam ointelecto. Assim, se tu no podes ler o tanto de que gostarias de apossar-te, satisfatrio que te apropries daquilo que ls. Mas que, tu dizes,eu gostaria de ler agora este livro, depois aquele. Esta a caractersticade um estmago mal acostumado: experimentar muitas coisas - porqueso diferentes e muito variadas - apenas onera o corpo, mas no o sustenta.Por isso, l sempre e to somente os autores experimentados e, mesmo

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    quando tu porventura desejares distrair-te com qualquer outra coisa,retorna a eles. Consegue a cada dia algo que te ajude a combater a pobreza,alguma coisa que te ajude a combater a morte e, exatamente da mesmaforma, algo que combata todas as outras pragas. E mesmo que tenhaspassado o dia todo lendo muita coisa, escolhe uma de que realmente possasapropriar-te.

    Eu mesmo fao isto. Do muito que leio, aprendo alguma coisa. Isto o que descobri hoje em Epicuro pois tambm estou acostumado a ir alugares estranhos, no como desertor, porm como explorador: A pobrezacom a qual se vive satisfeito, diz ele, um estado honroso. Logicamente,no pobreza alguma aquela em que se vive bem, pois quando algum seacomoda bem a ela, ele rico. No pobre aquele que possui muito pouco,mas aquele que ambiciona mais. O que importa o quanto algum tem nocofre ou o quanto h em seus armazns, quanto gado ele apascenta ouquanto dinheiro ele empresta a juros, se ele ambiciona o alheio? Se ele nosoma o que ganhou, mas o quanto ainda deseja ganhar? Tu queres saber amedida da riqueza? Primeiro, ter aquilo de que se necessita e, depois,aquilo que lhe basta.Adeus.

    REFERNCIAS

    FERREIRA, A. G. Dicionrio de Latim-Portugus. Porto: Editora Porto, s. d.

    LANGENSCHEIDTS. Taschenwrterbuch Portugiesisch, Berlin: Editora Langenscheidt,2001.

    LONG, A. A.; SEDLEY, D. N. Die hellenistischen Philosophen Texte und Kommentare,bersetzt von Karlheinz Hlser. Stuttgart, Weimar: Verlag J.B. Metzler, 2000.

    ORLANDI, E. P. Discurso e leitura. Campinas: Editora da Unicamp, 1999.

    SENECA, L. A. Senecae alia epistula de varietate lectionis e Ein weiterer Brief Senecas ber dieVielfalt in der Lektre. In: MELANCHTON, Philipp. Elementa rhetorices. Grundbegriff derRhetorik (zweisprachige Ausgabe), herausgegeben, bersetzt und kommentiert vonVolkhard Wels. Berlin: Weidler Buchverlag, 2001.

    WAHRIG, G. Wahrig Deutsches Wrterbuch. Verlagsgruppe Bertelsmann GmbH, 1980.

    http:/ www.philosophenlexikon.de/zenon-k.htm

    http:/ www.raffiniert.ch/szenon2.html

    http://www.susannealbers.de/Philosophenlexikon2.html

    Universidade Estadual do Oeste do ParanColegiado do Curso de Letras Campus de Mal. Cndido Rondon

    REVISTA TRAMA

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