Carta-programa Não vou me adaptar

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4 8 h N os últimos tempos, a USP tem se afastado cada vez mais do que gostaríamos que ela fosse. No lugar de uma universidade aberta e democrática, vemos seu fechamento à população de São Paulo e, dentro de seus muros, restringir a participação democrática de professores, funcioná- rios e estudantes. Hoje em dia, temos cada vez menos voz na USP! A chapa Não vou me adaptar! quer mudar essa realidade. Somos a maior e mais representativa chapa inscrita para as eleições do DCE 2012. Entre ati- vistas e coletivos estudantis, somamos quase 300 estudantes em movimento, inseridos em todos os campi da USP e nas unidades da capital. Para demo- cratizar a universidade, o DCE-Livre deve ser uma entidade independente e que de fato expresse os anseios estu- dantis. Faça parte desse projeto! Porque não nos adaptamos? Eleicoes para o dce-livre da usp 2012 s i h Para onde vai a USP? A Universidade de São Paulo é a maior universidade pública do país. Financiada pela população do Estado, tem por obrigação estar ligada aos seus interesses e aberta à sua participação. No entanto, não é isso o que temos visto ultimamente. Desde que assumiu a gestão da reitoria, Rodas tem construído uma USP cada vez mais ligada à iniciativa privada e distante da maioria da população. Hoje em dia, até mesmo as liberdades de debate político e de pensamento estão ameaçadas por aqui, como mostram muitas medidas recentes da reitoria. Essa indisposição ao diálogo e truculência são observadas não só na USP, mas também nas demais universidades estaduais paulistas e no Estado de São Paulo como um todo, através das ações do governo estadual. Mas até quando teremos uma USP cada vez mais distante de seu caráter público? Até quando nós, estudantes, professores e funcionários, continuaremos sem voz dentro da universidade, correndo o risco da repressão policial quando nos opomos à reitoria? Não podemos nos adaptar a isso! Nessa carta-programa, a chapa Não vou me adaptar! apresenta suas principais propostas para a democratização da USP e a construção de um DCE verdadeiramente independente e dos estudantes. NOS DIAS 27 A 29 DE MARCO de 2012 VOTE PARA UM DCE INDEPENDENTE PARA democratizar a usp

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Chapa pro DCE-USP 2012

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Page 1: Carta-programa Não vou me adaptar

2r4 8h

Nos últimos tempos, a USP tem se afastado cada vez mais do que gostaríamos que ela fosse.

No lugar de uma universidade aberta e democrática, vemos seu fechamento à população de São Paulo e, dentro de seus muros, restringir a participação democrática de professores, funcioná-rios e estudantes. Hoje em dia, temos cada vez menos voz na USP!

A chapa Não vou me adaptar! quer

mudar essa realidade. Somos a maior e mais representativa chapa inscrita para as eleições do DCE 2012. Entre ati-vistas e coletivos estudantis, somamos quase 300 estudantes em movimento, inseridos em todos os campi da USP e nas unidades da capital. Para demo-cratizar a universidade, o DCE-Livre deve ser uma entidade independente e que de fato expresse os anseios estu-dantis. Faça parte desse projeto!

Porque não nos adaptamos?

Somos 300 em toda a USP. Conheça no seu curso quem não vai se adaptar:

O que está em jogo nestas eleições?

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Eleicoes para o dce-livre da usp 2012s

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h Lorena | EEL: João Lelis, Thayene Ferreira, Roberta Teixeira, Jean Carlos Sá, Guilherme Duarte, Cleverson Souza, Yuri Silva Luz, Danila Aymi, Aline Nico, Igor Leonardo Oliveira; a Ribeirão Preto | Ciências da Informação e Documentação: Hugo Otaviano, William Gomes, Fernando Tassinari, Juliana Baldo, Jair de Oliveira, Daniel Antonio Miranda; FDRP | Direito: Vitor de Barros, Adriano Lourenço, Pedro Soriano, Ettore de Lima; FFCL | Biologia: Assyr Neto; Psicologia: Fernanda Garcia, Julia Ribeiro, Thomaz Sátiro; Ciência da Informação: Igor Amorim; Anderson Leitão; FEARP | Ciências Econômicas: Fabíola Wohler; FM | Fonoaudiologia: Eloisa Costa, Tamiris Aguiar, Barbara Gomes; Informática Biomédica: João Francisco; Terapia Ocupacional: Mayumi Kubo; d Pirassununga | FZEA | Eng. de Biossistemas: Marcello Ferreira, Adélia Ribeiro Motta, Vinícius Miranda, Carolina Luchetta; Zootecnia: João Gustavo Forti; Eng. de Alimentos: Eduardo Alves; Veterinária: Julia Aritongiovanni. b São Paulo | Butantã | ECA | Audiovisual: Thiago Mahrenholz; Jornalismo: Tatiane Ribeiro, Camila Souza Ramos, Rafael Tannus; Publicidade e Propaganda: Carlos Eduardo Nicola; Turismo: Carolina Moringa, Rebeca Yoshisato; Educomunicação: Isabela Rosa; Artes Plásticas: Lucas Viana, Pedro Adário, Ravi Novaes; FEA | Economia: Charles Rosa, Gustavo Fuga; POLI: Gustavo Boriolo, Gabriel Pontes, Leonardo “Cabelo” Freire, Lucca Pompeu; IME | Matemática: Otávio Mattos Jr., David Marzagão, Gabriel Costa, Anderson Rosa, Yuri Leal, Adrian Fuentes, Fabrício Puppi, Rodrigo Correa; Ciência da Computação: Tiago Madeira, Eugenio Jimenes; Estatística: Jessica Burgos, Edeilton Torres; FAU | Arquitetura: Ricardo Iannuzi; Design: Luiz Felipe Sereno; FOFITO | Terapia Ocupacional: Laura Bender; FCF | Farmácia: Raul Santiago Rosa, Thaís Mikami; IGc | Geologia: Beatriz Benetti; IB | Ciências Biológicas: Irina Barros, Camila Beraldo, Marco Antonio Farias; IQ | Química: Gabriel “Porquinho” de Oliveira, Mauritz “Sid” de Vrie, Eli Ferreira, Marcelo Baena, Fernanda Matta, Felipe Urbano da Silva, Mariana Romano, Káritas Gusmão, Gustavo “Pastel” Hanaoka, Stefhanie “Baby” Merino, Eduardo “Ed” Pereira, Thais “Castor” Santana, Edilson Henrique de Oliveira, Eliakim Alvez; IO | Oceanografia: Virgínia Benatti, Phillipe Augusto “PH”; IF | Física: Guilherme Oliveira, Felipe Prado; FMVZ | Veterinária: Lucas Lippi Silva; IRI | Relações Internacionais: Felipe “Beira” Camargo, Thales Carpi; FFLCH | Letras: Arielli Moreira, Paula Penteado, Guilherme Rodrigues, Lindberg Filho, Rebeca da Silva, Barbara Guimarães, Igor Lima, Priscila Soares, Luiz Henrique Nunes, YuWen Huang, Sâmia Bomfim, Felipe Reni, Guilherme Yoshioka, Thaís Portela, Letícia de Freitas, Bianca Bigoni, Nathalia Gröhs, Talitta dos Santos, Rosiane da Silva, Mayara Novais, Flavia de Toledo, Greyce de Camargo, Paulo Henrique “Bahia”, Antonio Augusto de Abreu, Ana Claudia Borguin, Peter Mac Hamilton, Vinicius Zaparoli, Débora Manzano, Olivia Prates, Taís Cavariani; Ciências Sociais: Gustavo Rego, Daniel Ribeiro, Thais dos Santos, Denys Mendes, João “Pedrão” Paro, Tiaron Machado, Luciana Negrini, Gabriela Dias, Felipe Eduardo Braga, Maria Augusta “Guta” Torres, Rafael Marino, Nina Simões, Samir Almeida, Ariane Machado, Flavia Brancalion, Pedro Serrano, Gabriel Regensteiner, Thiago Aguiar, Paula Kaufmann, Renan Theodoro, Giovanna Marcelino, Giulia Tadini, Luana Gurther, Matheus Jeronymo, Matheus Trevisan, Carolina Ucha, Ricardo Soares Costa, Camila “CaVivi” Souza, Danilo Ferreira, Marcus Bicudo, Ricardo Framil Filho, William Santana Santos, Flavio Mancuso, Uirá Ozzetti, Victor Goes, Thiago Meneghello, Camila Yuri Assunção, Danilo de Sá, Guilherme Montanholli, Valesca Zampieri, Andrea Machado, Gabriela Vasconcelos, Harth de Brito, Vanessa Monteiro, Cleonir Silva, Erico Pezzin; Geografia: Samanta Wenckstern, André Galvão, Gabriel Lindenbach “Garças”, Amanda Voivodic, Danillo Prisco, João Victor Pavesi, Beatrice Menezes “Biahz”, Rodolfo “Rodox” Castanheira, Rafael Rodrigues, Felipe Simabukulo, Francine Santos, Nathalie Drumond; História: Joice Ferreira, Leonardo Nunes, Gabriele Santos, Tawnne Nardi, Eduardo Gomes, João Pedro “JP” Munhoz, Mario Simões Jr., Eneas Sicchierolli, Marcus Vinicius Ecclissi, Rafael Stabile, Theo Ortega, Catharina Lincoln, Israel Luz; IP | Psicologia: Renata Conde, Cesar de Oliveira, Felipe de Freitas, Patrícia Leite; j FSP | Nutrição: Milena Nardocci, Tatiane Nunes, Joyce Martins, Fabiana Nascimento, Laíra Rigueira, Lívia Magion, Flavia Bueno, Paula Gerencer, Sofia Yoneta “Soufis”, Roberto Rubem “Rubão” Brandão, Beatriz Mei; EE | Enfermagem: Natasha Lobo, Patrícia Aun; FM | Medicina: Ricardo Costa “Xis”, Thiago “Danção” Silva; i FD | Direito: Aleksei Neves, Alexandre de Chiara, Cesar Borlina, Ticiane Natale, Tairo Esperança, Leonardo Lima, João Bosco dos Santos Jr., Marcos Aurélio Minari, Welton Carlos Alves, Pedro Luiz Pinto, Riccardo Silva, Lucas Silva, Thiago do Amaral, Pablo Biondi; l EACH | Lazer e Turismo: Ricardo Machado “Che”, Jean Flavio dos Santos GPP: Ivie Macedo Souza, Marcelo Ricardo Fernandes, Mayara Patrão, Bruno Farias, Priscila Leme da Silva, Lucas Magalhães, Franciely Alves, Jéssica Daiane de Jesus; CAF: Gilceli Lima; Obstetrícia: Mirian Murad, Mariana Huerta; LCN: Renata Costa, Bianca Alvarez, Mariana Ventura; Gestão Ambiental: Camilo Henrique Martins, Érica Freire,Moreno Dias, Luciana Siqueiros, Jaqueline do Nascimento, Gabriela de Miranda, Mariana Laustenschlager; h São Carlos | IFSC | Física: Julio César Cardoso “Verva”, Vinicius Biondo “Kiwi”; Física Computacional: Rodrigo “Pudim” Barreto; EESC | Engenharia Ambiental: Túlio “Queijo” de Lima, Lucas “Bacon” Beco, Rafael Ferrer “Arroz”, Cibele Ferreira, Fellipe “Pró” Moreira, Dante Peixoto (Pós); Eng. Prod. Mec.: Guilherme Desiderio “Bad”, Diego Fogaça; Eng. Elétrica: Rodrigo Guskuma “Gafanhoto”; Eng. Computação: Andrés Martano; Eng. Hidráulica San.: Thiago Decina; ICMC | Ciência da Computação: Carlos Leite “Kadela”; IQSC | Química: Lucas de Carvalho “Urso”. hPara onde vai a USP?

A Universidade de São Paulo é a maior universidade pública do país. Financiada pela população do Estado, tem por obrigação estar ligada aos seus interesses e aberta à sua participação.

No entanto, não é isso o que temos visto ultimamente. Desde que assumiu a gestão da reitoria, Rodas tem construído uma USP cada vez mais ligada à iniciativa privada e distante da maioria da população. Hoje em dia, até mesmo as liberdades de debate político e de pensamento estão ameaçadas por aqui, como mostram muitas medidas recentes da reitoria. Essa indisposição ao diálogo e truculência são observadas não só na USP, mas também nas demais universidades estaduais paulistas e no Estado de São Paulo como

um todo, através das ações do governo estadual.

Mas até quando teremos uma USP cada vez mais distante de seu caráter público? Até quando nós, estudantes, professores e funcionários, continuaremos sem voz dentro da universidade, correndo o risco da repressão policial quando nos opomos à reitoria?

Não podemos nos adaptar a isso! Nessa carta-programa, a chapa Não vou me adaptar! apresenta suas principais propostas para a democratização da USP e a construção de um DCE verdadeiramente independente e dos estudantes.

NOS DIAS 27 A 29 DE MARCO de 2012 VOTE PARA UM DCE INDEPENDENTE PARA democratizar a usp

O Diretório Central dos Estudan-tes é o principal instrumento de debate e organização dos

estudantes de todos os cursos e campi. Cumpriu um papel determinante na defesa da USP durante muitos anos e nós, da chapa Não vou me adaptar, queremos que este seja o papel que o DCE continue cumprindo em 2012.

Nessas eleições, alguns convites serão apresentados a você. Um deles vem da chamada “reação” dos estudantes que se dizem a maioria da USP. São, na verdade, os porta-vozes da reitoria entre os estudantes, que defendem a privatização e o fechamento da USP e buscam silenciar as vozes dissonantes. Esses estudantes vão construir um DCE com o rabo preso com a reitoria, que não vai questionar a situação da universidade, nem organizar os estudantes ao seu redor para unir forças e construir uma USP melhor.

Outro convite vem das chapas que dizem defender a democracia na USP, mas valorizam mais suas próprias vozes do que as dos milhares de estudantes. Ora se colocando como a vanguarda incontestável da luta, ora defendendo uma “universidade em movimento” isolada nos seus próprios campi e cursos, estão dividindo os setores democráticos do movimento estudantil. Essas chapas estão, antes de tudo, construindo a si mesmas, ignorando a necessidade de unidade.

A Não vou me adaptar faz também um convite: somos quase 300 estudantes em todos os campi que querem lutar em unidade com os milhares de estudantes, professores

e funcionários para democratizar a USP. Não nos enganamos com a falsa “reação”, que fala em nome dos estudantes, mas na verdade quer entregar o DCE à reitoria. Queremos construir um DCE dos estudantes, em todos os cursos, para defender a democratização da universidade.

Reivindicamos a tradição de luta dos estudantes da USP, que através de suas mobilizações conquistaram a contratação de professores, a abertura do bandejão para o café da manhã e aos finais de semana, a construção de mais vagas no CRUSP, o prédio da FOFITO, os circulares ao final de semana, impediram o fechamento dos cursos na EACH, entre tantas outras

conquistas. Em luta, somos mais fortes!

Nessas eleições, es- tá em jogo o futuro do DCE e de toda a USP. Venha conosco defender um DCE independente para democratizar a USP!

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Page 2: Carta-programa Não vou me adaptar

Não vamos nos adaptar à militarização da USP! Por outra política de segurança!- Guarda universitária e comunitária, gerencia-

da por um fórum composto por estudantes, fun-cionários e professores;

- Guarda Universitária com efetivo feminino, caráter preventivo e treinamento baseado no respeito aos direitos humanos e à diversidade de gênero, sexualidade e etnia;

- Melhor iluminação dos campi;- Mais ônibus circulares, com acesso livre a qual-

quer pessoa, esteja ou não vinculada à USP;- Facilitar o acesso de toda a população à USP,

não colocando catracas, nem exigindo carteiri-nha nas portarias ou nos circulares;

- Saída da PM dos campi da USP!

A USP é das mais antidemocráticas do país. A participação da comunidade universitária e da sociedade é mínima, sendo privilégio de poucos a determinação de seus rumos. Nos úl-timos anos, este cenário se agrava, com o endurecimento da repressão e da perseguição política aos que se indignam com a ordem imposta.

O reitor João Grandino Rodas, segundo colocado em um processo eleitoral que envolveu apenas 2% da comunidade USP, foi escolhido a dedo pelo então governador José Serra, para implementar um projeto: favorecer a iniciativa privada, produzir cientificamente para o mercado e restringir o acesso da população à USP. Não há prestação de contas e o dinheiro público é gasto aos milhões, sem qualquer consulta. Para isso, Rodas utiliza-se da perseguição à oposição, com prisões, mili-tarização do campus e processos administrativos, além do ape-lo à grande imprensa e o panfletário boletim USP Destaques.

Diante desta situação, nós, da chapa Não vou me adaptar!, compreendemos que é central em 2012 a luta pela democra-tização da USP. Devemos lutar pela saída de Rodas e também pela transformação da estrutura de poder da USP, que permi-tiu tamanha concentração de decisões e arbitrariedades.

Não vamos nos adaptar à falta de democracia!

- Ampliação da participação po-lítica dos estudantes, professores, funcionários e da sociedade nos órgãos deliberativos da USP;

- Eleições diretas para reitor e instalação de uma estatuinte so-berana e democrática, em que a comunidade universitária e a so-ciedade possam elaborar um novo estatuto para a construção de uma USP verdadeiramente pública, de-mocrática, plural, e cuja produção científica esteja voltada para as de-mandas do povo brasileiro.

Não vamos nos adaptar ao caos no transporte público!

- Por mais ônibus circulares totalmente gratuitos, ligando a Ci-dade Universitária ao metrô Butantã! Que a quantidade de ônibus se adeque imediata-mente à demanda do campus, e não aos inte-resses das empresas de ônibus!

- Por circulares gra-tuitos também nos campi do interior!

Para fortalecer o DCE, não vamos nos

adaptar!- Organizar reuniões e

atividades periódicas do DCE nos diversos cursos e campi;

- Fortalecer as iniciativas de comunicação, através de jornais, boletins e de meios virtuais;

- Construir o XI Congresso dos Estudantes da USP, uni-ficando estudantes de to-dos os cursos para discutir a democratização da uni-versidade e a construção de uma estatuinte na USP.

Não vamos nos adaptar ao machis-mo, ao racismo e à

homofobia!- Construir a Frente

Feminista USP e apoiar grupos de combate ao ra-cismo e pela diversidade sexual;

- Impulsionar grupos de trabalho com as pautas de opressões pelo DCE;

- Apoio ao Núcleo de Consciência Negra, que está com seu espaço ame-açado pelas reformas da Reitoria.

O projeto de universidade da reitoria fica claro quando a regra são os milhões gastos em um Centro de Difusão Internacional e a exceção é o investimen-to em estrutura básica. Continuamos com salas de aula caindo aos pedaços ou superlotadas. Diversos es-tudantes têm de abrir mão dos estudos pela falta de uma política comprometida da reitoria com a perma-nência estudantil.

Em 2011, a política de Rodas para a graduação na EACH foi tentar cortar de 330 vagas e o possível fecha-mento de dois cursos. Felizmente, a mobilização estu-dantil sacudiu a escola e obteve uma conquista his-tórica: a Comissão de Graduação teve que abrir suas portas e os cortes sugeridos não foram aprovados.

Além disso, a reitoria aprovou um campus da USP na baixada santista sem a previsão de salas de aula, bandejão ou moradia. E nos diversos campi, seguem os problemas de falta de vagas nas creches e moradias, precariedade no transporte e filas nos bandejões.

Rodas, após o trágico assassinato de um estu-dante no campus, sob o discurso da “segurança”, assinou um convênio com a Secretaria de Segu-rança Pública. Sem nenhuma discussão com a co-munidade, a Polícia Militar passou a fazer rondas ostensivas no campus Butantã. Para nós, a segu-rança não é garantida pela militarização da USP.

Não podemos nos adaptar a situações como as que ocorreram nos últimos meses: efetivo de 400 homens da tropa de choque para lidar com um protesto estudantil; prisão de 4 calouros nos primeiros dias de aula em 2012; expulsões; cons-tantes casos de revistas, sem motivo, a estudantes dentro do campus, constrangendo em especial as mulheres submetidas a situações humilhantes por policiais homens; entrada de militares em en-tidades estudantis e blocos didáticos... Quem não se lembra do emblemático vídeo de um policial que, na USP, agrediu com tapas e chegou a mostrar o revólver a um estudante – o único negro no local?

Pontos de ônibus lotados. Filas gigantescas no metrô. Não conseguir entrar no ônibus, ou só conseguir após ser muito apertado, empurrado e chacoalhado. Chegar e sair do campus Butantã tem se tornado uma verdadeira prova de paciência e re-sistência física, tamanho o caos no transporte público na Cidade Universitária.

Contrariamente às expectativas dos estudantes, após se efetivar a ligação dos ônibus circulares da USP ao metrô Butan-tã (parte das reivindicações dos estudantes na mobilização de 2011), o transporte na Cidade Universitária está pior. Isso porque a reitoria optou não por ampliar o trajeto e a quantidade de ôni-bus circulares na USP, mas entregar o monopólio do transporte no campus às empresas privadas ligadas à SPTrans. Desse modo, o oferecimento das linhas depende exclusivamente dos interes-ses dessas empresas. E a situação atual é calamitosa: a frota que hoje atende a USP é absolutamente insuficiente. Isso sem contar a grande quantidade de estudantes que não recebeu o seu Bilhe-te USP e agora tem que pagar para se locomover no campus e a população que tem o acesso ainda mais restrito à universidade.

Um estudante negro é ameaçado por um policial armado dentro do campus Butantã. Uma estudante é agredida fisicamente pelo mesmo policial. Uma mulher estudante da USP é estuprada por um PM. Uma grávida é presa. Homossexuais são ameaçados de agressão física por jornais divulgados den-tro do campus. É esse o cenário da USP sob a autoritária direção do reitor Rodas: uma uni-versidade repleta de violência e preconceito contra negros, mulheres e homossexuais.

As opressões, que consistem na transfor-mação das diferenças em inferioridades, es-tão relacionadas a um olhar diferenciado e a direitos negados a diversos setores da socie-dade: negras e negros, mulheres e LGBTs (lés-bicas, gays, bissexuais, travestis, transsexuais e transgêneros).

Para lutarmos pela democracia na USP, é funda-mental defender a autonomia na organização dos estudantes. Somente através de um movimento independente, amplo, combativo e democrático poderemos derrotar a política implementada pelo reitor e disputar os rumos da USP. Um DCE que seja a representação da opinião da reitoria no movimen-to estudantil jamais poderá de fato representar os estudantes e suas necessidades.

Mais do que nos representar, o DCE deve ser a nossa própria voz, presente no cotidiano dos cursos e campi da USP. Fortalecendo o movimento estu-dantil, podemos fortalecer também a luta pela de-mocratização da universidade. A organização do XI Congresso dos Estudantes da USP, um momento de discussão e unificação dos estudantes para debater a situação da USP e definir nossos próximos passos na luta pela democratização da universidade, é um passo fundamental para isso.

Democracia na USP já!

As regras de Grandino Rodas

Contra a ideia da força, a força das ideias

Por uma universidade livre de preconceito

e discriminação!

SNao vou me adaptar!

Ônibus é de lata, mas estudante não é sardinha!

Um DCE independente para democratizar a USP!

Não vamos nos adaptar à falta de estrutura e permanência estudantil!- Ampliação das políticas de permanência

em todos os campi, incluindo construção de moradias, reforma das já existentes, trans-porte gratuito, com circular interno e ônibus intercampi, bandejão e bolsas de estudos;

- Direito à licença-maternidade para as alu-nas e alunos com bolsas; extensão dos horários e prazo para entregas de trabalhos e provas;

- Refeição para filhos em idade escolar de membros da comunidade universitária no bandejão, com o aumento do quadro de fun-cionários e estrutura para tal.;

- Ampliação da moradia para mães com filhos;- A maternidade deve ser um critério de in-

clusão não exclusão para o acesso à moradia.

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Page 3: Carta-programa Não vou me adaptar

Não vamos nos adaptar à militarização da USP! Por outra política de segurança!- Guarda universitária e comunitária, gerencia-

da por um fórum composto por estudantes, fun-cionários e professores;

- Guarda Universitária com efetivo feminino, caráter preventivo e treinamento baseado no respeito aos direitos humanos e à diversidade de gênero, sexualidade e etnia;

- Melhor iluminação dos campi;- Mais ônibus circulares, com acesso livre a qual-

quer pessoa, esteja ou não vinculada à USP;- Facilitar o acesso de toda a população à USP,

não colocando catracas, nem exigindo carteiri-nha nas portarias ou nos circulares;

- Saída da PM dos campi da USP!

A USP é das mais antidemocráticas do país. A participação da comunidade universitária e da sociedade é mínima, sendo privilégio de poucos a determinação de seus rumos. Nos úl-timos anos, este cenário se agrava, com o endurecimento da repressão e da perseguição política aos que se indignam com a ordem imposta.

O reitor João Grandino Rodas, segundo colocado em um processo eleitoral que envolveu apenas 2% da comunidade USP, foi escolhido a dedo pelo então governador José Serra, para implementar um projeto: favorecer a iniciativa privada, produzir cientificamente para o mercado e restringir o acesso da população à USP. Não há prestação de contas e o dinheiro público é gasto aos milhões, sem qualquer consulta. Para isso, Rodas utiliza-se da perseguição à oposição, com prisões, mili-tarização do campus e processos administrativos, além do ape-lo à grande imprensa e o panfletário boletim USP Destaques.

Diante desta situação, nós, da chapa Não vou me adaptar!, compreendemos que é central em 2012 a luta pela democra-tização da USP. Devemos lutar pela saída de Rodas e também pela transformação da estrutura de poder da USP, que permi-tiu tamanha concentração de decisões e arbitrariedades.

Não vamos nos adaptar à falta de democracia!

- Ampliação da participação po-lítica dos estudantes, professores, funcionários e da sociedade nos órgãos deliberativos da USP;

- Eleições diretas para reitor e instalação de uma estatuinte so-berana e democrática, em que a comunidade universitária e a so-ciedade possam elaborar um novo estatuto para a construção de uma USP verdadeiramente pública, de-mocrática, plural, e cuja produção científica esteja voltada para as de-mandas do povo brasileiro.

Não vamos nos adaptar ao caos no transporte público!

- Por mais ônibus circulares totalmente gratuitos, ligando a Ci-dade Universitária ao metrô Butantã! Que a quantidade de ônibus se adeque imediata-mente à demanda do campus, e não aos inte-resses das empresas de ônibus!

- Por circulares gra-tuitos também nos campi do interior!

Para fortalecer o DCE, não vamos nos

adaptar!- Organizar reuniões e

atividades periódicas do DCE nos diversos cursos e campi;

- Fortalecer as iniciativas de comunicação, através de jornais, boletins e de meios virtuais;

- Construir o XI Congresso dos Estudantes da USP, uni-ficando estudantes de to-dos os cursos para discutir a democratização da uni-versidade e a construção de uma estatuinte na USP.

Não vamos nos adaptar ao machis-mo, ao racismo e à

homofobia!- Construir a Frente

Feminista USP e apoiar grupos de combate ao ra-cismo e pela diversidade sexual;

- Impulsionar grupos de trabalho com as pautas de opressões pelo DCE;

- Apoio ao Núcleo de Consciência Negra, que está com seu espaço ame-açado pelas reformas da Reitoria.

O projeto de universidade da reitoria fica claro quando a regra são os milhões gastos em um Centro de Difusão Internacional e a exceção é o investimen-to em estrutura básica. Continuamos com salas de aula caindo aos pedaços ou superlotadas. Diversos es-tudantes têm de abrir mão dos estudos pela falta de uma política comprometida da reitoria com a perma-nência estudantil.

Em 2011, a política de Rodas para a graduação na EACH foi tentar cortar de 330 vagas e o possível fecha-mento de dois cursos. Felizmente, a mobilização estu-dantil sacudiu a escola e obteve uma conquista his-tórica: a Comissão de Graduação teve que abrir suas portas e os cortes sugeridos não foram aprovados.

Além disso, a reitoria aprovou um campus da USP na baixada santista sem a previsão de salas de aula, bandejão ou moradia. E nos diversos campi, seguem os problemas de falta de vagas nas creches e moradias, precariedade no transporte e filas nos bandejões.

Rodas, após o trágico assassinato de um estu-dante no campus, sob o discurso da “segurança”, assinou um convênio com a Secretaria de Segu-rança Pública. Sem nenhuma discussão com a co-munidade, a Polícia Militar passou a fazer rondas ostensivas no campus Butantã. Para nós, a segu-rança não é garantida pela militarização da USP.

Não podemos nos adaptar a situações como as que ocorreram nos últimos meses: efetivo de 400 homens da tropa de choque para lidar com um protesto estudantil; prisão de 4 calouros nos primeiros dias de aula em 2012; expulsões; cons-tantes casos de revistas, sem motivo, a estudantes dentro do campus, constrangendo em especial as mulheres submetidas a situações humilhantes por policiais homens; entrada de militares em en-tidades estudantis e blocos didáticos... Quem não se lembra do emblemático vídeo de um policial que, na USP, agrediu com tapas e chegou a mostrar o revólver a um estudante – o único negro no local?

Pontos de ônibus lotados. Filas gigantescas no metrô. Não conseguir entrar no ônibus, ou só conseguir após ser muito apertado, empurrado e chacoalhado. Chegar e sair do campus Butantã tem se tornado uma verdadeira prova de paciência e re-sistência física, tamanho o caos no transporte público na Cidade Universitária.

Contrariamente às expectativas dos estudantes, após se efetivar a ligação dos ônibus circulares da USP ao metrô Butan-tã (parte das reivindicações dos estudantes na mobilização de 2011), o transporte na Cidade Universitária está pior. Isso porque a reitoria optou não por ampliar o trajeto e a quantidade de ôni-bus circulares na USP, mas entregar o monopólio do transporte no campus às empresas privadas ligadas à SPTrans. Desse modo, o oferecimento das linhas depende exclusivamente dos interes-ses dessas empresas. E a situação atual é calamitosa: a frota que hoje atende a USP é absolutamente insuficiente. Isso sem contar a grande quantidade de estudantes que não recebeu o seu Bilhe-te USP e agora tem que pagar para se locomover no campus e a população que tem o acesso ainda mais restrito à universidade.

Um estudante negro é ameaçado por um policial armado dentro do campus Butantã. Uma estudante é agredida fisicamente pelo mesmo policial. Uma mulher estudante da USP é estuprada por um PM. Uma grávida é presa. Homossexuais são ameaçados de agressão física por jornais divulgados den-tro do campus. É esse o cenário da USP sob a autoritária direção do reitor Rodas: uma uni-versidade repleta de violência e preconceito contra negros, mulheres e homossexuais.

As opressões, que consistem na transfor-mação das diferenças em inferioridades, es-tão relacionadas a um olhar diferenciado e a direitos negados a diversos setores da socie-dade: negras e negros, mulheres e LGBTs (lés-bicas, gays, bissexuais, travestis, transsexuais e transgêneros).

Para lutarmos pela democracia na USP, é funda-mental defender a autonomia na organização dos estudantes. Somente através de um movimento independente, amplo, combativo e democrático poderemos derrotar a política implementada pelo reitor e disputar os rumos da USP. Um DCE que seja a representação da opinião da reitoria no movimen-to estudantil jamais poderá de fato representar os estudantes e suas necessidades.

Mais do que nos representar, o DCE deve ser a nossa própria voz, presente no cotidiano dos cursos e campi da USP. Fortalecendo o movimento estu-dantil, podemos fortalecer também a luta pela de-mocratização da universidade. A organização do XI Congresso dos Estudantes da USP, um momento de discussão e unificação dos estudantes para debater a situação da USP e definir nossos próximos passos na luta pela democratização da universidade, é um passo fundamental para isso.

Democracia na USP já!

As regras de Grandino Rodas

Contra a ideia da força, a força das ideias

Por uma universidade livre de preconceito

e discriminação!

SNao vou me adaptar!

Ônibus é de lata, mas estudante não é sardinha!

Um DCE independente para democratizar a USP!

Não vamos nos adaptar à falta de estrutura e permanência estudantil!- Ampliação das políticas de permanência

em todos os campi, incluindo construção de moradias, reforma das já existentes, trans-porte gratuito, com circular interno e ônibus intercampi, bandejão e bolsas de estudos;

- Direito à licença-maternidade para as alu-nas e alunos com bolsas; extensão dos horários e prazo para entregas de trabalhos e provas;

- Refeição para filhos em idade escolar de membros da comunidade universitária no bandejão, com o aumento do quadro de fun-cionários e estrutura para tal.;

- Ampliação da moradia para mães com filhos;- A maternidade deve ser um critério de in-

clusão não exclusão para o acesso à moradia.

carta_final - Cópia.indd 2 19/03/2012 05:17:23

Page 4: Carta-programa Não vou me adaptar

2r4 8h

Nos últimos tempos, a USP tem se afastado cada vez mais do que gostaríamos que ela fosse.

No lugar de uma universidade aberta e democrática, vemos seu fechamento à população de São Paulo e, dentro de seus muros, restringir a participação democrática de professores, funcioná-rios e estudantes. Hoje em dia, temos cada vez menos voz na USP!

A chapa Não vou me adaptar! quer

mudar essa realidade. Somos a maior e mais representativa chapa inscrita para as eleições do DCE 2012. Entre ati-vistas e coletivos estudantis, somamos quase 300 estudantes em movimento, inseridos em todos os campi da USP e nas unidades da capital. Para demo-cratizar a universidade, o DCE-Livre deve ser uma entidade independente e que de fato expresse os anseios estu-dantis. Faça parte desse projeto!

Porque não nos adaptamos?

Somos 300 em toda a USP. Conheça no seu curso quem não vai se adaptar:

O que está em jogo nestas eleições?

Entre em contato

Eleicoes para o dce-livre da usp 2012s

i

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h Lorena | EEL: João Lelis, Thayene Ferreira, Roberta Teixeira, Jean Carlos Sá, Guilherme Duarte, Cleverson Souza, Yuri Silva Luz, Danila Aymi, Aline Nico, Igor Leonardo Oliveira; a Ribeirão Preto | Ciências da Informação e Documentação: Hugo Otaviano, William Gomes, Fernando Tassinari, Juliana Baldo, Jair de Oliveira, Daniel Antonio Miranda; FDRP | Direito: Vitor de Barros, Adriano Lourenço, Pedro Soriano, Ettore de Lima; FFCL | Biologia: Assyr Neto; Psicologia: Fernanda Garcia, Julia Ribeiro, Thomaz Sátiro; Ciência da Informação: Igor Amorim; Anderson Leitão; FEARP | Ciências Econômicas: Fabíola Wohler; FM | Fonoaudiologia: Eloisa Costa, Tamiris Aguiar, Barbara Gomes; Informática Biomédica: João Francisco; Terapia Ocupacional: Mayumi Kubo; d Pirassununga | FZEA | Eng. de Biossistemas: Marcello Ferreira, Adélia Ribeiro Motta, Vinícius Miranda, Carolina Luchetta; Zootecnia: João Gustavo Forti; Eng. de Alimentos: Eduardo Alves; Veterinária: Julia Aritongiovanni. b São Paulo | Butantã | ECA | Audiovisual: Thiago Mahrenholz; Jornalismo: Tatiane Ribeiro, Camila Souza Ramos, Rafael Tannus; Publicidade e Propaganda: Carlos Eduardo Nicola; Turismo: Carolina Moringa, Rebeca Yoshisato; Educomunicação: Isabela Rosa; Artes Plásticas: Lucas Viana, Pedro Adário, Ravi Novaes; FEA | Economia: Charles Rosa, Gustavo Fuga; POLI: Gustavo Boriolo, Gabriel Pontes, Leonardo “Cabelo” Freire, Lucca Pompeu; IME | Matemática: Otávio Mattos Jr., David Marzagão, Gabriel Costa, Anderson Rosa, Yuri Leal, Adrian Fuentes, Fabrício Puppi, Rodrigo Correa; Ciência da Computação: Tiago Madeira, Eugenio Jimenes; Estatística: Jessica Burgos, Edeilton Torres; FAU | Arquitetura: Ricardo Iannuzi; Design: Luiz Felipe Sereno; FOFITO | Terapia Ocupacional: Laura Bender; FCF | Farmácia: Raul Santiago Rosa, Thaís Mikami; IGc | Geologia: Beatriz Benetti; IB | Ciências Biológicas: Irina Barros, Camila Beraldo, Marco Antonio Farias; IQ | Química: Gabriel “Porquinho” de Oliveira, Mauritz “Sid” de Vrie, Eli Ferreira, Marcelo Baena, Fernanda Matta, Felipe Urbano da Silva, Mariana Romano, Káritas Gusmão, Gustavo “Pastel” Hanaoka, Stefhanie “Baby” Merino, Eduardo “Ed” Pereira, Thais “Castor” Santana, Edilson Henrique de Oliveira, Eliakim Alvez; IO | Oceanografia: Virgínia Benatti, Phillipe Augusto “PH”; IF | Física: Guilherme Oliveira, Felipe Prado; FMVZ | Veterinária: Lucas Lippi Silva; IRI | Relações Internacionais: Felipe “Beira” Camargo, Thales Carpi; FFLCH | Letras: Arielli Moreira, Paula Penteado, Guilherme Rodrigues, Lindberg Filho, Rebeca da Silva, Barbara Guimarães, Igor Lima, Priscila Soares, Luiz Henrique Nunes, YuWen Huang, Sâmia Bomfim, Felipe Reni, Guilherme Yoshioka, Thaís Portela, Letícia de Freitas, Bianca Bigoni, Nathalia Gröhs, Talitta dos Santos, Rosiane da Silva, Mayara Novais, Flavia de Toledo, Greyce de Camargo, Paulo Henrique “Bahia”, Antonio Augusto de Abreu, Ana Claudia Borguin, Peter Mac Hamilton, Vinicius Zaparoli, Débora Manzano, Olivia Prates, Taís Cavariani; Ciências Sociais: Gustavo Rego, Daniel Ribeiro, Thais dos Santos, Denys Mendes, João “Pedrão” Paro, Tiaron Machado, Luciana Negrini, Gabriela Dias, Felipe Eduardo Braga, Maria Augusta “Guta” Torres, Rafael Marino, Nina Simões, Samir Almeida, Ariane Machado, Flavia Brancalion, Pedro Serrano, Gabriel Regensteiner, Thiago Aguiar, Paula Kaufmann, Renan Theodoro, Giovanna Marcelino, Giulia Tadini, Luana Gurther, Matheus Jeronymo, Matheus Trevisan, Carolina Ucha, Ricardo Soares Costa, Camila “CaVivi” Souza, Danilo Ferreira, Marcus Bicudo, Ricardo Framil Filho, William Santana Santos, Flavio Mancuso, Uirá Ozzetti, Victor Goes, Thiago Meneghello, Camila Yuri Assunção, Danilo de Sá, Guilherme Montanholli, Valesca Zampieri, Andrea Machado, Gabriela Vasconcelos, Harth de Brito, Vanessa Monteiro, Cleonir Silva, Erico Pezzin; Geografia: Samanta Wenckstern, André Galvão, Gabriel Lindenbach “Garças”, Amanda Voivodic, Danillo Prisco, João Victor Pavesi, Beatrice Menezes “Biahz”, Rodolfo “Rodox” Castanheira, Rafael Rodrigues, Felipe Simabukulo, Francine Santos, Nathalie Drumond; História: Joice Ferreira, Leonardo Nunes, Gabriele Santos, Tawnne Nardi, Eduardo Gomes, João Pedro “JP” Munhoz, Mario Simões Jr., Eneas Sicchierolli, Marcus Vinicius Ecclissi, Rafael Stabile, Theo Ortega, Catharina Lincoln, Israel Luz; IP | Psicologia: Renata Conde, Cesar de Oliveira, Felipe de Freitas, Patrícia Leite; j FSP | Nutrição: Milena Nardocci, Tatiane Nunes, Joyce Martins, Fabiana Nascimento, Laíra Rigueira, Lívia Magion, Flavia Bueno, Paula Gerencer, Sofia Yoneta “Soufis”, Roberto Rubem “Rubão” Brandão, Beatriz Mei; EE | Enfermagem: Natasha Lobo, Patrícia Aun; FM | Medicina: Ricardo Costa “Xis”, Thiago “Danção” Silva; i FD | Direito: Aleksei Neves, Alexandre de Chiara, Cesar Borlina, Ticiane Natale, Tairo Esperança, Leonardo Lima, João Bosco dos Santos Jr., Marcos Aurélio Minari, Welton Carlos Alves, Pedro Luiz Pinto, Riccardo Silva, Lucas Silva, Thiago do Amaral, Pablo Biondi; l EACH | Lazer e Turismo: Ricardo Machado “Che”, Jean Flavio dos Santos GPP: Ivie Macedo Souza, Marcelo Ricardo Fernandes, Mayara Patrão, Bruno Farias, Priscila Leme da Silva, Lucas Magalhães, Franciely Alves, Jéssica Daiane de Jesus; CAF: Gilceli Lima; Obstetrícia: Mirian Murad, Mariana Huerta; LCN: Renata Costa, Bianca Alvarez, Mariana Ventura; Gestão Ambiental: Camilo Henrique Martins, Érica Freire,Moreno Dias, Luciana Siqueiros, Jaqueline do Nascimento, Gabriela de Miranda, Mariana Laustenschlager; h São Carlos | IFSC | Física: Julio César Cardoso “Verva”, Vinicius Biondo “Kiwi”; Física Computacional: Rodrigo “Pudim” Barreto; EESC | Engenharia Ambiental: Túlio “Queijo” de Lima, Lucas “Bacon” Beco, Rafael Ferrer “Arroz”, Cibele Ferreira, Fellipe “Pró” Moreira, Dante Peixoto (Pós); Eng. Prod. Mec.: Guilherme Desiderio “Bad”, Diego Fogaça; Eng. Elétrica: Rodrigo Guskuma “Gafanhoto”; Eng. Computação: Andrés Martano; Eng. Hidráulica San.: Thiago Decina; ICMC | Ciência da Computação: Carlos Leite “Kadela”; IQSC | Química: Lucas de Carvalho “Urso”. hPara onde vai a USP?

A Universidade de São Paulo é a maior universidade pública do país. Financiada pela população do Estado, tem por obrigação estar ligada aos seus interesses e aberta à sua participação.

No entanto, não é isso o que temos visto ultimamente. Desde que assumiu a gestão da reitoria, Rodas tem construído uma USP cada vez mais ligada à iniciativa privada e distante da maioria da população. Hoje em dia, até mesmo as liberdades de debate político e de pensamento estão ameaçadas por aqui, como mostram muitas medidas recentes da reitoria. Essa indisposição ao diálogo e truculência são observadas não só na USP, mas também nas demais universidades estaduais paulistas e no Estado de São Paulo como

um todo, através das ações do governo estadual.

Mas até quando teremos uma USP cada vez mais distante de seu caráter público? Até quando nós, estudantes, professores e funcionários, continuaremos sem voz dentro da universidade, correndo o risco da repressão policial quando nos opomos à reitoria?

Não podemos nos adaptar a isso! Nessa carta-programa, a chapa Não vou me adaptar! apresenta suas principais propostas para a democratização da USP e a construção de um DCE verdadeiramente independente e dos estudantes.

NOS DIAS 27 A 29 DE MARCO de 2012 VOTE PARA UM DCE INDEPENDENTE PARA democratizar a usp

O Diretório Central dos Estudan-tes é o principal instrumento de debate e organização dos

estudantes de todos os cursos e campi. Cumpriu um papel determinante na defesa da USP durante muitos anos e nós, da chapa Não vou me adaptar, queremos que este seja o papel que o DCE continue cumprindo em 2012.

Nessas eleições, alguns convites serão apresentados a você. Um deles vem da chamada “reação” dos estudantes que se dizem a maioria da USP. São, na verdade, os porta-vozes da reitoria entre os estudantes, que defendem a privatização e o fechamento da USP e buscam silenciar as vozes dissonantes. Esses estudantes vão construir um DCE com o rabo preso com a reitoria, que não vai questionar a situação da universidade, nem organizar os estudantes ao seu redor para unir forças e construir uma USP melhor.

Outro convite vem das chapas que dizem defender a democracia na USP, mas valorizam mais suas próprias vozes do que as dos milhares de estudantes. Ora se colocando como a vanguarda incontestável da luta, ora defendendo uma “universidade em movimento” isolada nos seus próprios campi e cursos, estão dividindo os setores democráticos do movimento estudantil. Essas chapas estão, antes de tudo, construindo a si mesmas, ignorando a necessidade de unidade.

A Não vou me adaptar faz também um convite: somos quase 300 estudantes em todos os campi que querem lutar em unidade com os milhares de estudantes, professores

e funcionários para democratizar a USP. Não nos enganamos com a falsa “reação”, que fala em nome dos estudantes, mas na verdade quer entregar o DCE à reitoria. Queremos construir um DCE dos estudantes, em todos os cursos, para defender a democratização da universidade.

Reivindicamos a tradição de luta dos estudantes da USP, que através de suas mobilizações conquistaram a contratação de professores, a abertura do bandejão para o café da manhã e aos finais de semana, a construção de mais vagas no CRUSP, o prédio da FOFITO, os circulares ao final de semana, impediram o fechamento dos cursos na EACH, entre tantas outras

conquistas. Em luta, somos mais fortes!

Nessas eleições, es- tá em jogo o futuro do DCE e de toda a USP. Venha conosco defender um DCE independente para democratizar a USP!

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