Carta Pastoral - Julho 2013

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O Bispo Diocesano de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva, faz um breve relato de sua visita às paróquias e comunidades que fazem parte da Diocese.

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“... A vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai,e da parte do Senhor Jesus Cristo!” (Fl. 1,2)

Dom Eraldo Bispo da SilvaBISPO DIOCESANO DE PATOS-PB

Julho | 2013

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Caríssimos Padres, Diáconos, Religiosos, Religiosas, Comu-nidades de vida e de Aliança e todas as lideranças das comunida-des da Diocese de Patos nas mais diversas expressões da Evange-lização,

Saudações fraternas!

Ao chegar na Diocese de Patos aos 16 de fevereiro deste ano de 2013 me deparei com uma Igreja muito viva e disposta no trabalho evangelizador. Percebi que estava diante de um vasto campo de missão e logo pensei que a atitude mais acertada de-veria ser a de “sair ao encontro das pessoas e das comunidades com todas as suas expressões e aspirações”.

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Logo nos primeiros dias no exercício do Ministério episco-pal com admirável boa vontade dos Padres, construí uma intensa agenda de visitação às Paróquias. Apesar de ser uma visita na Matriz da Paróquia não deixou de contemplar a presença de co-munidades e pastorais com maior alcance possível.

O que vi por onde andei?

Vi um povo acolhedor cheio de fé, de entusiasmo e de boa vontade; Vi padres dedicados e conscientes de suas responsabili-dades ainda que as mais pesadas que lhes caem sobre os ombros; Vi um desejo extraordinário de testemunhar a fé e publicar uma igreja missionária no anúncio do Evangelho; Vi uma juventude vi-brante; Vi uma multidão de crianças sorrindo com um afeto puro, o mesmo que um dia Jesus contemplou nas crianças que o cer-cavam; Vi idosos alquebrados pela longevidade, mas fortes pela experiência de vida e, sobretudo da fé em Deus; Vi muitos gestos de solidariedade e parcerias que possibilitam passos largos na construção da Igreja e da sociedade; Vi um corpo de agentes de pastoral fortuito e disposto e aqui está a esperança do progresso na Vida pastoral e evangelizadora da diocese de Patos como de toda a Igreja; Vi uma Igreja profundamente Mariana o que justi-fica o alto índice de católicos nesta diocese. Por outro lado, vi jovens nas praças, nas ruas como desafios para a nossa missão de Igreja diante dos jovens; Vi o sofrimento causado pela estiagem no sertão e no Cariri, nos vales e nas ser-ras de nossa região habitada por homens e mulheres de fibra e de fé; Vi políticos bem intencionados, acolhedores e vi também

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sinais de uma política que não evoluiu nos métodos e não promo-ve cidadania e progresso; Vi uma atmosfera de dependência por parte de muitas pessoas de um sistema que ainda prende pelo estômago e não pela ética e prática responsável de uma gestão para todos sem discriminação política ou de outra natureza; Vi que “pão e circo” ainda são armas fortes que prendem o nosso povo aos modos mais arcaicos de governar a coisa pública. Os desafios da Evangelização são imensos, pois estamos num contexto crescente de indiferença, fragmentação de valo-res – Situação da Família e suas formas de constituição – endeu-samento do lucro mesmo que para isso tenhamos que perder a dignidade de pessoa humana e filhos e filhas de Deus; Vi um es-vaziamento dos espaços rurais o que significa uma saída na busca de condições num contexto urbano que não raramente contri-bui para muitas situações de marginalidade que encontram como palco as periferias das cidades. O Urbano ainda é uma ilusão que arranca nossos sertanejos de suas terras e de suas raízes cultu-rais, familiares e religiosas. O consumismo invadiu o mundo e roubou de muitos até mesmo a relação respeitosa com a natureza e com o próximo. Precisamos urgentemente de uma reformulação, o que o documento de Aparecida chama de conversão pastoral. A CNBB na última Ass. Geral (51ª.) trabalhou sobre a realidade das paró-quias com o objetivo de superarmos uma pastoral de mera con-servação e avançar no processo de conversão de nossas estrutu-ras paroquiais. A Paróquia deverá continuar, o que deve mudar é o método para o seu funcionamento, isto é, imitar Jesus na sua ação acolhedora e libertadora. A Partir desse pensamento a nossa

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ação pastoral deverá refletir e promover uma realidade de “Co-munidade de comunidades: Uma nova Paróquia”. Neste momento eclesial não podemos silenciar o impulso da juventude que está motivada para a JMJ e como parte deste momento está a animação missionária dos Jovens nas comunida-des. A realidade onde estão os jovens de nossas comunidades será o lugar de uma grande ação e colheita de muito que foi semeado neste período de preparação da Jornada Mundial. Não podemos falar apenas de uma pastoral de juventude, mas de “Pastoral das Juventudes” dada a diversidade de contextos, realidades e expressões, sem perder a comunhão e o ideal de Jesus que é a existência de “Um só rebanho e um só Pastor”. Basta ver em nossa diocese: Jovens dos movimentos e comunidades (RCC, EJC, Comunidades de Vida e de Aliança, grupos de jovens, projetos juvenis, etc.). O desafio será conservar o ardor e a perseverança dessa juventude sacudida por este encontro com Jesus na presen-ça do Santo Padre e todas as forças da Igreja. Continuemos apos-tando na Juventude como força missionária e transformadora. Outros desafios existem e entre eles está a nossa dificulda-de material que deverá ser superada pela consciência da partilha e da solidariedade. A Diocese de Patos já tem um bom caminho andado neste sentido. Continuemos unidos neste processo que exige empenho e boa vontade de todos sempre com muita paci-ência e bondade pastoral. Penso que a Pastoral vocacional deve ser uma preocupação para todos nós. Mesmo que todas as paróquias tenham padres a nossa visão deve ser missionária e assim veremos as igrejas que

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estão mais necessitadas de sacerdotes. Vamos promover voca-ções, formar sacerdotes missionários para a Igreja e que, à luz do Evangelho possamos “dar de graça o que de graça recebemos”. Com esta referência às vocações, expresso a minha imensa ale-gria em ordenar os Diáconos Cláudio e Amauri e o Padre Rodrigo no próximo dia 09 de agosto como primícias do meu ministério Episcopal. No ano da fé todos temos consciência da nossa responsabi-lidade na propagação e no testemunho de Jesus Cristo. Lembro que a Igreja de Jesus que se identifica com o sal da terra e a luz do mundo e deve ser uma presença pública e transformadora e para tanto temos como instrumento as Pastorais sociais como sinais da nossa adesão ao Evangelho de Cristo que disse “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” ( Jo. 10,10) Estou sonhando com a Escola diaconal e com a constituição da Comissão Diocesana de Justiça e paz e com o empenho de todos os padres e demais agentes estes e outros tantos sonhos poderão ser realizados para o bem da Igreja –“Corpo Místico de Cristo” e para a glória de Deus. Concluo agradecendo a todos e a cada um e cada uma que têm manifestado uma paciência generosa com o Bispo que che-ga para conhecer este rebanho, para amá-lo e servi-lo fazendo jus ao lema escolhido para o meu episcopado: Pasce Oves Meas (Apascenta as minhas ovelhas – Jo. 21,17). Penso num futuro pró-ximo realizar as visitas Pastorais em toda a diocese para reafir-mar sempre mais este pastoreio, confirmando todos na fé.

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O Retiro vivenciado nesses dias pelo clero e acompanhado pela oração de todos os fiéis serve de renovação espiritual para uma retomada das nossas atribuições missionárias e pastorais com maior vigor e entusiasmo, sempre conscientes da realidade da Cruz, pois “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me” ( Lc.9,23), disse o Senhor.

Abraços, e a todos concedouma especial Bênção!

Dom Eraldo Bispo da SilvaBISPO DIOCESANO DE PATOS-PB

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