Carta nº 10 - Maio

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Carta 1o Corria o ano de 1816, um grupo de 12 jovens, alguns seminaristas e outros sacerdotes desde o dia anterior (entre os quais Marcelino Champagnat, nosso conhecido), sobem até ao Santuário de Fourvière, na cidade francesa de Lyon, com a decisão de consagrar- se a Maria e criar uma nova família dentro da Igreja. Todos nham sido testemunhas, e às vezes vímas, dos estragos que a revolução francesa nha provocado na Igreja do seu país. Não podiam contentar-se com a simples constatação do mau estado da situação, e muito menos com ver as desgraças do seu tempo semear desalento ao seu redor e ficar estácos. Arregaçam as mangas, põem-se a trabalhar juntos e sonham algo novo: um grupo de pessoas dispostas a tentar levar com as suas vidas o “rosto mariano da Igreja” a todos com quem se encontrassem, quer dizer, inspirar-se em Maria e aprender dela a construir uma Igreja mais próxima, mais simples, mais autênca, enfim, que acompanha sempre mas sem nunca querer o centro das atenções. Não nham garana de êxito, aliás, até nham mais movos para não dar esse passo ousado, mas simplesmente comprometeram-se e puseram-se em caminho. Foi há duzentos anos, as dificuldades foram muitas e muito variadas, nem sempre reinou a esperança, mas o projeto e o sonho desses jovens prevaleceu e viu-se enriquecido com tanta gente que se quis juntar a ele, que este ano Maristas de todo o mundo juntamo-nos para celebrar a grande alegria de poder formar parte desta família tão especial. E a nós jovens da Marcha portugueses, do século XXI, que vivemos em condições tão mas tão diferentes das que experimentaram os primeiros Maristas, o que é que recordar esta promessa nos pode dizer? Pois, pode ser uma oportunidade para pensarmos nos nossos próprios compromissos, no nível de segurança que precisamos para arriscar ou na audácia com que olhamos para a frente e decidimos apesar de não ter a certeza de que tudo corra como nós planeamos, na nossa capacidade de usar a 1ª pessoa do plural e no entusiasmo, vontade e energia com que nos entregamos aos nossos compromissos. E tudo isto estando no mês de Maio, não podemos de nenhuma maneira esquecermo- nos de que temos sempre uma mãe que nos acompanha, respeita, fortalece e que quer comprometer-se connosco! Não sabemos como e onde vamos estar cada um de nós dentro de alguns anos, também não o sabia nenhum dos primeiros Maristas, mas neste mundo dos compromissos todos sabemos que o importante não é chegar, é parr … e juntos! Mãos à obra ;) Contigo,comprometo-me Maio 2015 MarCha Portugal Clica na imagem para um ver video

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Carta nº10 MarCha Compostela - Portugal

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Page 1: Carta nº 10 - Maio

Carta 1o

Corria o ano de 1816, um grupo de 12 jovens, alguns seminaristas e outros sacerdotes desde o dia anterior (entre os quais Marcelino Champagnat, nosso conhecido), sobem até ao Santuário de Fourvière, na cidade francesa de Lyon, com a decisão de consagrar-se a Maria e criar uma nova família dentro da Igreja. Todos tinham sido testemunhas, e às vezes vítimas, dos estragos que a revolução francesa tinha provocado na Igreja do seu país. Não podiam contentar-se com a simples constatação do mau estado da situação, e muito menos com ver as desgraças do seu tempo semear desalento ao seu redor e ficar estáticos. Arregaçam as mangas, põem-se a trabalhar juntos e sonham algo novo: um grupo de pessoas dispostas a tentar levar com as suas vidas o “rosto mariano da Igreja” a todos com quem se encontrassem, quer dizer, inspirar-se em Maria e aprender dela a construir uma Igreja mais próxima, mais simples, mais autêntica, enfim, que acompanha sempre mas sem nunca querer o centro das atenções. Não tinham garantia de êxito, aliás, até tinham mais motivos para não dar esse passo ousado, mas simplesmente comprometeram-se e puseram-se em caminho. Foi há duzentos anos, as dificuldades foram muitas e muito variadas, nem sempre reinou a esperança, mas o projeto e o sonho desses jovens prevaleceu e viu-se enriquecido com tanta gente que se quis juntar a ele, que este ano Maristas de todo o mundo juntamo-nos para celebrar a grande alegria de poder formar parte desta família tão especial.E a nós jovens da Marcha portugueses, do século XXI, que vivemos em condições tão mas tão diferentes das que experimentaram os primeiros Maristas, o que é que recordar esta promessa nos pode dizer? Pois, pode ser uma oportunidade para pensarmos nos nossos próprios compromissos, no nível de segurança que precisamos para arriscar ou na audácia com que olhamos para a frente e decidimos apesar de não ter a certeza de que tudo corra como nós planeamos, na nossa capacidade de usar a 1ª pessoa do plural e no entusiasmo, vontade e energia com que nos entregamos aos nossos compromissos. E tudo isto estando no mês de Maio, não podemos de nenhuma maneira esquecermo-

nos de que temos sempre uma mãe que nos acompanha, respeita, fortalece e que quer comprometer-se connosco!Não sabemos como e onde vamos estar cada um de nós dentro de alguns anos, também não o sabia nenhum dos primeiros Maristas, mas neste mundo dos compromissos todos sabemos que o importante não é chegar, é partir … e juntos! Mãos à obra ;)

Contigo,comprometo-me

Maio 2015MarCha Portugal

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Como tú, Buena Madre

Nossas vidas, Senhor,queremos consagrar.Deixar tudo e partir;proclamar o teu nome.É este o nosso sonho:construir o teu Reino,um mundo mais fraterno,junto a ti ser Igreja e servir. COMO TU, BOA MÃE,CAMINHAMOS COM FÉ.A JESUS, BOA MÃE,HOJE DAMOS O NOSSO SIM,CONFIAMOS NELE.

A música “Como tú, Buena Madre”, que em Português significa “Como tu, Boa Mãe”, fala-nos de compromisso com o Dom da Vida. Este compromisso de que nos fala não é mais nem menos do que o cumprir de uma missão. É ter um propósito. É o fazer valer a pena estar vivo.Maria, a Nossa Boa Mãe, deu-nos o melhor exemplo de compromisso, entregando-se com Fé. Confiou e realizou o seu Sim. Cumpriu a promessa e viveu a sua missão; amou, serviu, acreditou e anunciou.E tu? Já conheces o teu propósito? Como está a tua fé? Sentes-te preparado para dizer o Sim, e te deixares ir pelo caminho na companhia de Jesus e Maria? Estás disposto a entregar-te, e a usufruir do dom que te foi oferecido?Comprometes-te? O convite está lançado… podes ser tu o testemunho!

contigo, a musica é outra

A nossa promessa éviver pela missão,

anunciar o teu Evangelho,a reconciliação.

Sentimos a tua chamadapara abrir o coração.

Maria nos convida a caminhar,a ser testemunho de amor.

O mundo espera hoje,sinais de comunhão,de esperança, de fé

e de fraternidade.Senhor, aqui nos tens

dispostos a entregaro dom das nossas vidas.

Aqui estão: enche-as do teu amor.

carrega aqui

Esta é aquela parte em que contigo, a música será sempre outra, nova, diferente, e singular. Tal como cada começo e cada caminho, contigo! Pretendemos que faças de cada música a tua música, a tua base de inspiração, que tires partido daquilo que te sugere e lhes dês o ritmo do teu novo começo e que partilhes connosco.

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Contigo, comprometo-me. Mas o que é isto de compromisso? Alguns dizem que é aquele ponto de viragem na vida em que te apercebes do momento único que é o agora e o convertes numa oportunidade de alterar o teu destino. Temos um belíssimo exemplo de doze jovens que há duzentos anos atrás prometeram ambiciosamente, aos pés da Nossa Senhora de Fourvière, que estavam dispostos a tudo para “salvar almas”. Hoje esta aventura parece quase radical e irresponsável, uma confiança absoluta no desconhecido.Mas afinal o que isto tem a ver contigo? Cabe a nós continuar a viagem. Evidentemente que as decisões que tomamos são diferentes, mas cabe a cada um avançar na vida marista e realizar a nossa missão. Sempre juntos e com o mesmo amor, loucura e confiança.Afinal todos temos compromissos no nosso dia-a-dia, e a amizade é um deles, tens cumprido a tua parte?E se estás a pensar em todas as decisões erradas que tomaste, faz o compromisso pessoal de melhorar a cada dia, aproveitar cada oportunidade. Quando faltar uma bússola, ouve a tua fé e os teus sentimentos, e aventura-te.Não te deixes intimidar pelos doze jovens e a sua ambição nem os olhes como super-heróis, eram humanos e tu também és! Esses primeiros maristas não nos traçaram o caminho: convidam-nos a inventá-lo! Não apenas repetir, não apenas atualizar ou adaptar ao sabor de hoje. Temos de começar.

contigo, ca dentroNesta secção vamos-te sempre convidar a prestar atenção ao teu interior para te encontrares contigo e com esse “Contigo” que sempre te acompanha.