CARRAZEDA DE ANSIÃES - ARCPA · rua marechal gomes da costa 269 r/c - tlf. 278 618 096 CARRAZEDA...

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Autorização n.º: DE00982014RL/RCMN 0,50€ CARRAZEDA DE ANSIÃES Publicação Mensal | 30 de novembro de 2014 | Ano XIX - Nº 215 | Diretora: Fernanda Natália Lopes Pereira Novembro, mês de provar o vinho novo e comer castanhas assadas www.arcpa.pt

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Autorização n.º: DE00982014RL/RCMN

0,50€

CARRAZEDA DE ANSIÃES

Publicação Mensal | 30 de novembro de 2014 | Ano XIX - Nº 215 | Diretora: Fernanda Natália Lopes Pereira

Novembro, mês de provar o vinho novo e comer castanhas assadas

www.arcpa.pt

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Novembro 2014 2

Quintinha do ManelRua Tenente Aviador Melo Rodrigues

Carrazeda de Ansiães

Restaurante, Pensão / Residencial

278617487

______________________________________________________________________________________ Largo da Igreja, 1 Pombal de Ansiães – 5140-222 Pombal CRZ Tel/Fax 278669199 e-mail – [email protected] home page – http//:www.arcpa.pt

ASSOCIAÇÃO RECREATIVA E CULTURAL DE POMBAL DE ANSIÃES Pessoa Colectiva de Utilidade Pública

Sócio da Federação Nacional das Associações Juvenis Sócio da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio

Sócio do INATEL – CCD 227 Proprietária do Jornal O POMBAL

NIF 500 798 001

CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERAL

Nos termos do artº 6º dos Estatutos desta Associação, e ainda do ponto 3 do Artº 9º do seu Regulamento Interno, cumpre-me determinar a realização de uma Assembleia Geral Eleitoral, no próximo dia 21 de Dezembro (Domingo), entre as 14h00m e as 18h00, na Sede da Associação, com a seguinte ordem de trabalhos:

       

2 Eleições.  

Pombal, 26 de Novembro de 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Vítor Paulo Azevedo Lima

1

______________________________________________________________________________________ Largo da Igreja, 1 Pombal de Ansiães – 5140-222 Pombal CRZ Tel 278669199

ASSOCIAÇÃO RECREATIVA E CULTURAL DE POMBAL DE ANSIÃES Pessoa colectiva de Utilidade Pública nos termos do dec. Lei 460/77 de 07/11

Contribuinte nº 500798001 Despacho Publicado no D.R. 2ª Série, nº 117 de 22.05.90

Novo Calendário Eleitoral

Biénio 2015/2016

1 a 6 de Dezembro 2014 (até às 18h)

Apresentação de Listas

8 de Dezembro de 2014

Publicação das Listas Sorteio das Listas Nomeação da Comissão Eleitoral

21 de Dezembro de 2014 – entre as 14h e as 18h

Eleições

11 de Janeiro de 2015 Tomada de Posse da nova Direcção.

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Novembro 2014

FICHA TÉCNICANome

O Pombal

PropriedadeAssociação Recreativa e Cultural

de Pombal de Ansiães

Nº de Pessoa Coletiva500 798 001

Publicação Registada na D.G.C.S.122017

Depósito Legal129192/98

DiretoraFernanda Natália Lopes Pereira

Paginação e ComposiçãoJoão Miguel Almeida Magalhães

Redação e ImpressãoLargo da Igreja, 1 - Pombal de Ansiães

5140-222 Pombal CRZTelef. 278 669 199 * Fax: 278 669 199

E-mail: [email protected]

Home Pagehttp://www.arcpa.pt

RedatoresTiago Baltazar; Patrícia Pinto; Liliana Carvalho.

FotografiaFernando Figueiredo; Eduardo Teixeira; Fernanda Natália

ColaboradoresVitor Lima; Fernando Figueiredo;

Fernando Campos Gouveia; Flora Teixeira; Manuel Barreiras Pinto; Catarina Lima; Aníbal Gonçalves; José Mesquita; João Matos; Carlos Fiúza; Fátima Santos; Adriana Teixeira; Maria João Neto; Raúl Lima; Rui Magalhães; Fernanda Cardoso.

(Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos seus autores)

Tiragem Média500 Exemplares

PreçoO jornal O POMBAL é gratuito para os

residentes em Pombal de AnsiãesAssinatura Anual (Sócios)

Portugal: 8,00 Euros; Europa: 18,00 Euros;

Resto do Mundo: 25,00 EurosAssinatura Anual (Não Sócios)

Portugal: 12,00 Euros; Europa: 25,00 Euros;Resto do Mundo: 35,00 Euros

Pontos de VendaSede da ARCPA (Pombal);

Papelaria Horizonte; Ourivesaria Cardoso; Papelaria Nunes

(Carrazeda de Ansiães)

FUNDADO EM 1 DE JANEIRO 1997

3

EDITORIAL

Fernanda Natália

Não me julgo tão fundamentalista ao ponto de pensar que só agora é que há crimes de violência doméstica. Sei que a evo-lução dos meios de comunicação social é que tornaram mais fácil que estas notícias cheguem até nós e que, de modo mais ou menos empolgado lá vão alertando para o aumento drásti-co de vítimas desse tipo de violência. Sobre este assunto tenho uma opinião muito própria. Se por um lado considero que é fundamental que as vítimas tenham a coragem suficiente para denunciarem os agressores, por outro lado acho que há uma parte importante em todo este processo que falha. Refiro-me àqueles que não estão envolvidos diretamente mas que sabem da situação e que nada fazem. Por medo? Porque não se que-rem ver envolvidos com a justiça? Porque o problema não lhes diz respeito? Puro comodismo, direi eu.

E, quando se fala de violência doméstica não me refiro em exclusivo às mulheres, também há homens e…há crianças. Es-tas, mais frágeis, não têm força física nem psicológica, nem tão pouco discernimento para se protegerem. Então, surgem cri-mes e lá ouvimos nós falar em progenitores e não em pais. Por-que, compreendo eu, um pai/mãe nunca faz mal a um filho. E o contrário, não deveria ser também assim? E lá vamos nós para outra área de conversa: a terra que nos viu nascer não deve ser também tratada como a nossa mãe natural, a terra-mãe? Logo, deveremos dedicar-lhe atenção, tratá-la com carinho. Não che-ga dizer-se que se nasceu numa determinada terra é preciso ter atitudes que demonstrem que se gosta dela e, há maneira da “mãe coruja” mas em situação inversa, a nossa terra é sempre a melhor de todas, sem que isso implique deixar de apontar o que está menos bem mas, sempre com um caráter construtivo porque, na verdade, só quem nada faz é que é capaz de criticar.

Agora já sabem: se souberem de situações de violência não receiem em denunciar uma vez que tudo é tratado com a má-xima discrição; quando perceberem que alguém precisa de aju-da, não hesitem e estendam a mão, ajeitem o ombro para um afago, tenham uma palavra de conforto e, jamais esbocem uma crítica se não forem capazes de fazer melhor.

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Novembro 2014 4

QUALIDADE * VARIEDADE * PREÇOS BAIXOS

S a b e m o s q u e a s u a p r e f e r ê n c i a f a r á o n o s s o s u c e s s o !

(junto às traseiras do antigo centro de saúde)

rua marechal gomes da costa 269 r/c - tlf. 278 618 096

CARRAZEDA DE ANSIÃES

RÁDIO ANSIÃES, C.R.L.Rua Tenente Aviador Melo Rodrigues

5140-100 Carrazeda de AnsiãesTel. 278 616 365 – 278 616 295

Fax. 278 616 725

Internet: www.ransiaes.sbc.ptE-mail: [email protected]

A Rádio Ansiães apoia a ARCPA, ciente da colaboração no progresso do concelho de Carrazeda de Ansiães.

José Alberto Pinto Pereira

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Novembro 20145

4150-171 PORTO

Ex.mo(s) Senhor(es) Associados/Assinantes

Caso pretendam receber o jornal, deverão recortar/copiar e preencher a Ficha de Assinatura abaixo e enviá-la para a ARCPA, com o respectivo meio de pagamento ou comprovativo de transferência bancária dos valores indicados, para as seguintes contas:

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (C.a Ansiães) - NIB - 0045 2190 40052054541 39

JORNAL – O POMBAL

FICHA DE ASSINATURA

NOME -__________________________________________________________

MORADA - __________________________________________________________

____________________________________________________________________

LOCALIDADE - ____________________________ CÓD. POSTAL - ________ - ____

PAÍS - ______________________________________________________________

ENVIO CHEQUE No ______________________ BANCO_____________________ VALE POSTAL No - __________________________________________________ou comprovativo de transferência bancária com a identificação do assinante DATA - ____ / ____ / ____ Assinatura - ________________________________

Envie para: Jornal O POMBAL * Largo da Igreja, 1 POMBAL5140-222 POMBAL CRZ – CARRAZEDA DE ANSIÃES

Obs.: O pagamento deverá ser efectuado no início de cada ano.

SÓCIOS ARCPA Assinatura anual

– 8,00 Euros PORTUGAL – 18,00 Euros EUROPA

– 25,00 Euros RESTO DO MUNDO

NÃO SÓCIOS Assinatura anual

– 12,00 Euros PORTUGAL – 25,00 Euros EUROPA

– 35,00 Euros RESTO DO MUNDO

Rua Marechal Gomes da Costa, 319, 1º Dtº5140-083 Carrazeda de Ansiães

Sócio(a) / Filho(a) de Sócio(a) / Cônjuge

RegulamentoCedência do Salão

Obs: Para este efeito, as regalias de sócio, adquirem-se desde que se seja sócio(a) há mais de um ano, na data do pedido.

O salão deverá ser sempre pedido por escrito, com uma antecedência adequada. Para casamentos, principalmente no Verão e datas festivas, a antecedência deverá ser, no mínimo de

três meses, Os pedidos serão objecto de apreciação e decisão, por ordem de chegada. Sempre que os pedidos

sejam coincidentes, os sócios terão preferência sobre os não-sócios.

Dias Salão Loiças Cozinha Salão/Loiças/Cozinha

1 40€ 15€ 30€ 75€ 3/4 100€ 40€ 80€ 200€

Não Sócio(a)

Dias Salão Loiças Cozinha Salão/Loiças/Cozinha

1 80€ 30€ 60€ 150€ 3/4 200€ 80€ 150€ 300€

Tlf.: 278 610 040Fax: 278 610 049

Tlm: 917 838 018 [email protected]

Delegado Centro Sul (Coimbra)Arq. Jaime Veiros Tlm.: 917837198

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Novembro 2014 6

[email protected] de Ansiães

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Novembro 20147

A Junta de Freguesia de Pombal, deseja a toda a população de Pombal e Paradela um Santo e Feliz Natal e um Bom ano de 2015.

Fernanda Cardoso.

Prendas de Natal

A Direcção da ARCPA informa os associados que pretendem que os seus filhos recebam a habitual prenda do PAI NATAL, devem efectuar a sua inscri-ção, até ao dia 18 de De-zembro de 2014, junto da Direcção, pessoalmente ou através da página da Asso-ciação na Internet.Deverão também ter a sua situação regularizada, no-meadamente as quotizações em dia.

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Novembro 2014 8

Decorreu no passado dia 15 de Novembro mais um Magusto que serviu para juntar e fazer conviver os associados da ARCPA e pom-balenses em geral. O magusto é uma festa de cariz tradicional e de enorme importância histórica, uma vez que a castanha foi duran-te muitos anos uma importante fonte de hidratos de carbono na dieta transmontana. Sempre que escasseava a batata, então o dito fruto também acompanhava na perfeição a vitela! Ou o cabrito do Pombal que tão afamado era! Cruas também são bem boas e “quentes e boas, quentinhas!” dão fama ao tradicional pregão!

O dia de magusto é também o dia de S. Martinho. Um monge militar francês, natural de Tours. Esta é uma das cidades mais caris-máticas de uma das mais impor-tantes regiões vitivinícolas deste país e do mundo, o Vale do Loire. Talvez venha daqui o hábito de se dizer que “pelo São Martinho se vai à adega provar o vinho!”

“Mudam-se os tempos mudam--se as vontades” disse-o quem um dia preveu, erradamente, que Por-tugal seria o berço do “5º impé-rio”, um império de moral e bons costumes, falamos de Fernando Pessoa. Mas no que a magustos diz respeito não me parece muito enganado...os tradicionais “forre-tes” já não são o que era e a “ca-nalha” já não vai “molhar a gesta”, parece que já nasce ensinada...Por isso ficam umas fotografias para ilustrar a diversão que por cá pas-sou.

Magusto na ARCPA

Tiago Baltazar

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Novembro 20149Agrupamento de Escolas de Carrazeda de AnsiãesFeira de Outono

E, depois de vários dias de chuva e mau tempo, veio a bonança. O sol espalhou os seus raios, tornou o dia mais luminoso e mais ame-no. Parecia, até, que tinha sido tudo combinado para que a “Feira de Outono”, dinamizada pelo Pólo Escolar de Carrazeda de Ansiães fosse um sucesso.Estava tudo impecavelmente organizado dando a noção de uma au-têntica feira. A oferta era variada: as compotas, os frutos secos, as hortaliças, os frutos da época e bolos, muitos bolos variados e para todos os gostos. Ah, e nem o sabão caseiro faltava!As crianças deambulavam à volta das mesas em manifestações de alegria, espelhada nos sorrisos rasgados e nos chamamentos aos pais para comprarem este ou aquele produto. Uma perfeita animação que conseguiu congregar nesta atividade a comunidade educativa, pois foram muitos os pais que quiseram marcar presença. Tratou-se de uma iniciativa que sabemos que implicou muito traba-lho de preparação mas que valeu a pena todo o esforço. O recreio do Pólo encheu-se de colorido e aromas outonais que à mistura com o vaivém de alunos, professores, auxiliares e pais e outros visitantes, tornou aquele dia memorável pelo sucesso que obteve.Uma feira que começa a ganhar estatuto de tradicional e que merece continuar a realizar-se.

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Novembro 201410

Armênia, pais do Cáuca-so, cerca de 3 milhões de habitantes, restabeleceu a sua independência desde 1991.

Em junho, a minha irmã e eu fomos descobrir a Armé-nia. Escolhemos uma via-gem de 10 dias da agência

CLIO, precursora e especialista do turismo cultural e que já conhecemos bem de périplos anteriores.

Era um projecto já antigo que surgiu quan-do o rico programa “ Arménie mon amie” que assinalou, em França, o ano da Armênia, em 2006/7, suscitou a minha curiosidade por esse pais, graças aos eventos a que assisti, em especial as exposições que visitei: uma, no Louvre, sobre arte religiosa e outra de fotos lindíssimas sobre as ruínas das diferentes ca-pitais da Arménia, a grande maioria em terri-tórios que hoje já nem pertencem à Armênia atual, as quais apontavam para um antiquís-simo percurso histórico, rico e complexo e ainda outra, de pintura, dedicada a vistas do lago de Van e do mítico Monte Ararat, onde, segundo a lenda, se pousou a Arca de Noé. Também essas montanhas e o lago, pelos aca-sos do traçado das cartas políticas traçadas

pelos fazedores de países, pertencem actual-mente à Turquia! Apesar do que representam para a identidade Armênia que vive essa per-da como uma terrível espoliação!

As imagens que vi e os exemplos de este-las de pedra esculpidas num extraordinário rendilhado de um estilo único e muito belo, fizeram-me desejar conhecer mais de um pais tão antigo e que apenas recentemente recon-quistou de novo a sua autonomia.

Gosto, e a minha irmã partilha essa curio-sidade, de viajar por terras diferentes ainda pouco turísticas e cuja história nos interpela, como agora se diz...

Os Arménios passaram por tudo, os pobres, desde as grandes e destruidoras invasões vin-das da Ásia central, às anexações por grandes impérios, às calamidades naturais e políticas, a genocídios e deportações e a tudo resisti-ram firmes na sua fé e orgulho de primeiro pais convertido ao cristianismo (em 301) e construindo uma identidade sólida e resilien-te, assente em mitos fundamentais que se ma-nifestaram numa arte peculiar que integrou e renovou influências diversas entre Oriente e Ocidente, entre império bizantino, otomano, persa, e, por ultimo o soviético!

Gente boa e corajosa, gente activa e alegre,

com uma diáspora atenta e fiel e orgulhosa das suas origens, espalhada pelo mundo todo, sempre solidária quando a adversidade toca à porta como no terramoto de 1988 cujas se-quelas ainda continuam visíveis na região do norte que também visitámos e foi a mais afec-tada pelo sismo.

Em EREVAN, a capital e, no fundo, a única cidade digna desse nome, à noite, toda a gente sai à rua a apanhar o fresco, numa atmosfera de alegria serena e boa disposição contagian-te! Fazia lembrar Bragança nas noites quen-tes do verão transmontano, (as duas cidades partilham o mesmo clima continental, em-bora por aqui mais ameno). Ruas cheias de vida com crianças em férias, novos e velhos a saborear gelados, outros a ouvir música e apreciar os jatos de água da belíssima Praça da República, célebre pela arquitetura reviva-lista dos anos 20 do século passado, a sala de visitas da cidade e do pais.

As estradas ainda piores que as nossas antes do antigamente, os hotéis quando existem, muito modernos, os restaurantes variados desde o topo de gama à casa particular que recebe pontualmente os grupos de turistas, mas sempre bons. Comemos á sombra das cerejeiras como não sei em que filme irania-

Descoberta da Arménia

Matilde Teixeira

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Novembro 201411

no, “ chez l’habitant”, numa adega abobada-da do século XVI, em salas modernas e bem decoradas, mas sempre uma comida mediter-rânica saborosa e simples à base de cereais e legumes, muito semelhante à de outros países da região.

De notar a presença habitual na mesa, de curiosas travessas de ervas frescas ( salsa, co-entros, hortelã, estragão, cebolinho etc) que se comem em entrada, com queijo fresco ba-tido ou iogurte, enroladas no tradicional pão da zona, tipo crepe.

Uma delícia inesperada!

E o que ē que se visita naquela terra? Não é muito variado de facto! Ruínas antigas, templos clássicos, cemitérios medievais, mas sobretudo Igrejas, mais igrejas e mosteiros, todos parecidos e todos muito diferentes, al-guns ainda muito abandonados e em ruínas devido aos terramotos, intempéries e outras marcas do tempo e cada um com a sua ini-gualável beleza, sempre situados em lugares extraordinários, sítios naturais preservados e pitorescos ou no meio do casario de aldeias habitadas. Os mais antigos, do século IV, os do século VII, um período de relativa paz e prosperidade, séc IX e também do séc XIII, terceira idade de ouro, os últimos do século

XVII e com notória influência da arquitetura islâmica persa.

Uma grande parte desses monumentos per-tencem ao patrimônio mundial da Unesco e para lá chegar vai-se descobrindo o pais, atra-vessando as estepes de prados atapetados de flores, as montanhas do norte perto da Ge-órgia, cobertas de densa floresta, os desfila-deiros de falésias coloridas ou de escuras for-mações de órgãos basálticos, as montanhas áridas e os vales apertados verdejantes que faziam lembrar os Pirenéus do lado espanhol e a grande planície fértil de EREVAN, com as sentinelas dos Montes Ararat, (o grande, 5130 m, coberto de neve e o pequeno, ao lado, de 4000 metros) sempre a seguirem-nos.

A pedra de construção das igrejas e mostei-ros, sendo sempre o mesmo tufo vulcânico é, no entanto, diferente de região para região, as cores vão do beije claro aos cinza azulados ou esverdeados, passando pelos ocres aver-melhados. Mais de 160 cambiantes, dizem os guias, mas garanto que devem estar certos!

E durante os percursos penosos por mon-tanhas e vales escarpados, a Narinê, a guia local, ia-nos desvendando os meandros da complexa história do pais, contando lendas e

batalhas e, sobretudo, revelando-nos a imen-sa coragem de um povo que construiu e pre-servou uma rica cultura e continua, no dia a dia, a lutar pela sua soberania e independên-cia. Não é fácil e não serão os únicos, mas vie-mos cheias de admiração e respeito por esse pais que vale a pena descobrir.

O guia da CLIO, Átila, um jovem e entu-siasta búlgaro, historiador de arte e arqueólo-go, que estudou em França mas também vi-veu no pais dele a conturbada saída do bloco de Leste, e nos pode assim dar uma ampla vi-são dessa difícil transição, fez tudo para nos tornar a viagem agradável e acessível à nossa ignorância daquele universo cultural.

A Armênia actual é um pais pequeno e es-quecido, com um território muito reduzido, uma décima parte da grande Arménia histó-rica e que poucas pessoas saberão situar no mapa. Mas uma nação que sofreu tanta injus-tiça, uma povo com uma identidade tão for-te e uma cultura tão sincera e corajosamente preservada só pode suscitar a nossa simpatia.

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Novembro 201412

Do chilrear ao piar...Do banquete à carestia

Figuras e Factos

Na figueira do meu quintal,Chilreavam, sem cessar,Todo o dia, passarinhos, Que os figos vinham papar.

Começava o banquete,Logo ao amanhecer;Preferiam os maduros,Enquanto havia onde escolher.

Os melhores comeram eles,Sem qualquer contemplação;O instinto assim o dita,Quer achemos bem, ou não.

A custo, me resigneiTer que os figos partilhar,Pois ouvindo o chilrear,Até parecia a gozar!

Lembrei-me então de um episódio,Que, em tempos, se contava,No qual um chefe timorense,Também dos ratos se queixava.

Os roedores lhe comiamParte da sua produção;Ao ponto de, na colheita,Haver penúria e frustração.

Disse-lhe então o governador,O que não lembra a ninguém:“Não semeies só para ti,Conta com os ratos também”.

Dei comigo a pensar,Que no mal não estou sozinho,Pois quem comeu os meus figos,Papa as pêras do vizinho.

Na verdade, para os animais,Tudo é simples, mesmo o nada;O que existe, também é deles,Não há propriedade privada.É assim para comer

E também para borrar;No banquete, sem convites,Cabe-me a mim ir limpar!

Triste dia em que na figueira,Nada havia para apanhar;Tinha acabado o regabofe,Deixou de haver chilrear.

Começou então a sentir-seUm lamento, de enternecer;Piavam todos os pássaros,Que antes vinham comer.

Quem é o mais predador,Eu ou aqueles animais?Como a Natureza dá a todos,Não sei qual de nós o é mais!

Se calhar, não é nenhum.Porque haveria de ser?Comer é uma necessidade,Para alguém sobreviver.

Moral da história?Cada um, que tire a sua…

P. S. A crise, apesar de dura e pro-funda, ainda não me tirou a dis-posição de fazer versos. Mas não ficou incólume… Tudo farei para impedir que tal aconteça, porque deixar de pensar, de reflectir e de criar, é morrer… mesmo que seja devagar. Prefiro ter de limpar as borradas dos pássaros do que deixar de os ouvir chilrear!

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Novembro 201413

Para os aman-tes da Natureza e que prezam o seu bem-estar físico e psíqui-co, não há me-lhor remédio, nem vitamina que supere um

bom passeio pedestre. E, quan-do a tudo isto associarmos um percurso que permite despertar todos os sentidos e espicaçar a sensibilidade para a descoberta do que a natureza nos pode ofe-recer, ainda melhor.Ora, o Passeio Pedestre organi-zado pela ARCPA, denominado “Entre Vinhas” conseguiu con-gregar isso e muito mais.Por um lado, os participantes usufruíram de paisagens dignas de servirem de modelo a um pintor realista que conseguisse imortalizar as tonalidades quen-tes e douradas da vegetação que emoldurava as veredas por onde os caminheiros em cada passada descobriam motivo para darem por bem empregue a sua partici-pação nesta caminhada.Mas, como o ser humano não se alimenta só de paisagem, lá hou-ve o momento de confortarem o estômago e até tiveram oportuni-dade para alicerçarem amizades antigas e fazerem novos amigos.Corpo e mente, foram os gran-des vencedores desta caminhada, saindo com muito mais saúde, mais energia e mais motivos para se sentirem felizes porque ocupa-ram o tempo com uma atividade salutar.

Passeio pedestre “entre vinhas”

Liliana Marta

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Novembro 201414

Fátima Santos

A Agricultura como o “El Dorado”

Desde há milhares de anos que a Huma-nidade pratica essa atividade tão essencial à sua sobrevivência que á a Agricultura. É tam-bém verdade, que este é um setor que ficou sempre em segundo, terceiro, quarto plano aos olhos quer dos nossos governantes quer mesmo de muitos dos comuns cidadãos que não valorizam devidamente o trabalho que este implica nem as pessoas que praticam esta atividade, e menos ainda as dificulda-des inerentes a esta tão nobre profissão. Sim, nobre! Porque exige que o trabalho saia do nosso corpo, da nossa persistência e que se-jamos capazes de lidar acima de tudo com os humores da Natureza.

Quando falamos em humores da Natureza referimo-nos ao fato de ser ela quem coman-da o destino de um ano de colheitas, seja de uvas, maçãs, azeitona, hortaliças, ora porque chove em demasia, ora porque vem uma tro-voada que estraga, ora porque vem uma pra-ga devido às condições climatéricas, enfim, um infindável rol de fatores condicionantes e incertos que só quem anda nestas lides sabe realmente o quão difícil e árdua pode ser a vida de um agricultor.

Infelizmente, na atualidade o setor está cada vez mais envelhecido e até ultrapassado e obsoleto. Ainda são as pessoas com mais

idade que vão praticando uma agricultura de subsistência com as poucas forças que lhes restam, porque em toda a sua vida nunca souberam fazer outra coisa. Mas, felizmente, por outro lado pensamos que ainda há uma esperança reavivada por alguns mais jovens, que veem na agricultura uma possibilidade de futuro. Há-os que têm ou tinham até uma profissão em área bem distinta e por qual-quer motivo decidiram empreender e mudar de vida, uns porque tinham as propriedades da família e decidiram rentabilizá-las, outros por gosto do contato direto com a Natureza, enfim, cada um com os seus motivos.

Tenhamos em atenção que a agricultura no nosso país não passou a ser o “El Dou-rado”, (pelo menos para a maioria) é preciso ter muito trabalho, muitas dores de cabeça, e até noites sem dormir. Isto para o caso de quem quer realmente renovar o setor e afir-mar os seus produtos como distintos dos outros, porque vinho, mel e azeite há mui-tos. Algumas pessoas podem pensar que aos jovens agricultores o que lhes interessa é o dinheiro que recebem dos projetos que pos-sam meter, e em tempos assim foi. Muitos fizeram os projetos e deitaram-se à sombra da bananeira, ou compraram bens que a seu ver seriam mais importantes do que o com-

promisso que haviam assumido. Por isso não raras são as vezes que passamos em proprie-dades que já foram plantações de algo, e que agora estão ao abandono. Sim, é triste!

E depois há uma coisa que acaba por ser engraçada e cíclica, quando se inicia a plan-tação de uma produção parece que vira moda. Primeiro a vinha, os soutos e os oli-vais predominavam, tirando claro mais al-gumas culturas. Hoje em dia, toda a gente planta macieiras, amendoeiras, soutos e oli-veiras, fora outras culturas de menor relevo na sua produção efetiva no concelho.

A agricultura poderá ser realmente um se-tor com futuro e de futuro para muitos, mas só os audazes e com alguma dimensão con-seguirão sobreviver neste mercado global e liberal que permite que um produto de exce-lência fique em casa sem que se consiga es-coar, e que os preços ao produtor sejam sem-pre muito inferiores aos do mercado real. “El Dourado” será ou poderá ser, num país de tantas capacidades.

E enquanto os marujos da embarcação não remarem todos para o mesmo lado, a maré será a responsável pela chegada a por-to seguro!

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Novembro 201415

O período da realização da Fei-ra do Livro, organizada pela câ-mara Municipal de Carrazeda de Ansiães foi alterado mas conse-guiu manter o estatuto de evento que privilegia a apresentação de um cartaz cultural de qualidade.

É claro que o centro desta feira eram os livros mas, quando asso-ciado tal objetivo a outro tipo de manifestações culturais é sempre de dar nota positiva. Este ano houve algumas novidades que serviram para marcar a diferença para melhor. Foi, no nosso enten-der, um programa bem recheado, constituído por uma oferta varia-da de espetáculos.

Para os mais pequeninos hou-

ve o Palhaço Kaki, que conseguiu criar um momento bem diverti-do. Mas, destacamos a novidade da apresentação do filme “Os Maias”, baseado na obra de Eça de Queirós e que atraiu muito público, especialmente jovem, porque se trata de uma obra de leitura obrigatória no Ensino Secundário. E lá foram prosse-guindo os espetáculos: a nível da música houve um momento mais solene com o Grupo de Fados da Universidade Católica do Porto, num outro género musical es-teve presente a Tuna Popular da Lousa, passando para um ritmo mais moderno com o grupo “La-cre” e, ainda, um show dado pela

Orquestra da Esproarte. O géne-ro dramático também presença com a atuação do grupo de teatro do Centro Social e Paroquial de Pombal que trouxe à cena a peça “Mãe”.

Mas, é claro que esta Feira do Livro serviu bem as suas inten-ções ao programar o lançamen-to de três livros: “O Trono”, de Carlos Serimar; “Rostos Trans-montanos”, de Paulo Patoleia e o 2.º volume de “Por Terras de Ansiães”, de Cristiano Morais. Este último dedicado às fregue-sias do concelho de Carrazeda de Ansiães, elaborado seguindo a ordem alfabética, pelo que reúne informação até à freguesia de Li-

nhares. Mais um contributo para quem pretende conhecer em por-menor o concelho de Carrazeda de Ansiães.

Destaque para a exposição de fotografias que integram a obra de Paulo Patoleia e que criavam um ambiente muito íntimo e muito rural, próprio das vivên-cias desta região. Rostos tisnados pelo sol, enrugados pelos anos, sorrisos de uma felicidade ge-núina de quem se contenta com muito pouco. Rostos que, afinal de contas, são da “nossa gente”.

Fernanda Natália Pereira

Município de Carrazeda de Ansiães26ª Feira do Livro

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Novembro 2014 16

Não é que o mês de Outu-bro, foi engoli-do pelo mês de Setembro que apareceu men-cionado duas vezes. Atenção

o Setembro é o mês das vindi-mas e o das castanhas, foi o mês de Outubro, ou seja já foram. Agora vamos falar do mês de Novembro, o mês em que recor-damos os santos. A igreja tem no seu calendário o dia dedicado a todos os santos, e que melhor homenagem se pode prestar do que a visita aos cemitérios, onde repousam os restos mortais dos nossos familiares e dos nossos amigos. È tradição e também a oportunidade de recordar neste dia os que amamos e já partiram e aguardam por nós.

A nossa aldeia que devia ser

uma experiência nova, cheia de vida plena de juventude, alegria e sã convivência numa comu-nidade viva. È e não é. O tempo sempre ele o tempo, instável que dita as leis da Natureza. O Verão foi fraco, o calor fugiu para o Sul, e as colheitas e a gente sentiu na pele o efeito dessas alterações climáticas. Os governantes, que até aqui guardavam bons lugares para os filhos, sobrinhos e ente-ados, agora descobriu-se que: - Afinal no mundo dos negócios – com aspecto legal – as leis do país davam oportunidade para enriquecer alegremente. Assim os vistos dourados, gente que do estrangeiro trouxe muito dinhei-ro para comprar propriedades, e criar empregos em teoria, uma troca de favores que estimula o crescimento económico da nossa terra. Que bom. Mas, verificamos que as escrituras estavam vicia-

das, os chefes em cargos altos, eles próprios aproveitaram para encher os bolsos e agora o Zé está a ver no que isto dá. Como o pei-xe é graúdo, se calhar não vai dar nada.

A corrupção é uma doutrina, que tem inicio na casa do pai e termina no emprego do filho. Para quando uma lei como di-zia o saudoso “Toninho Sarocas” da aldeia de Luzelos: - Havia de haver uma filha da puta de uma Lei que protegesse os pobres. Na época dos anos 70, já os pobres se sentiam explorados e humi-lhados. Hoje é a classe média que se sente traída e desiludida, com os governantes que temos. Mas que havemos de fazer? Se na Eu-ropa, por exemplo no Luxembur-go, também há fortes indícios de corrupção e em França, na Espa-nha etc.etc.

Mas aqui em Carransiães, mes-

mo que feche a Cooperativa, mesmo que nos levem as Finan-ças, que o Tribunal já foi, mes-mo que o Futebol seja uma mi-ragem, os recintos para a prática desportiva outra miragem, uma vez que na Escola Secundária, há necessidade de fazer obras. Mes-mo que as crianças, nasçam cada vez menos e os jovens emigram e imigram cada vez mais, nós os velhos, enxertados em cepa rija, cá vamos andando e rindo… que a vida não se leva a sério.

Resta-nos a nós jovens da 3ª idade a esperança, que é sempre a ùltima coisa a morrer. Dizia eu esperança em melhores dias para apanhar a azeitona, fazer o azeite, neste ou naquele lagar, que a Co-operativa também já conheceu melhores dias e depois do Natal que se aproxima, vamos andar alegres, sorrir e mandar a tristeza às urtigas. 18/11/2014

Manuel Pinto

CARRANSIÃES: DO MITO À REALIDADE

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Novembro 201417

Zeferino Pereira Bastos, nasceu a 18 de Abril de 1940 e dedicou a maior parte da sua vida ao Movi-mento Escutista, desde que ingres-sou, em Angola, no Escutismo em 1946, nomeadamente na AEP (As-sociação de Escoteiros de Portugal), Grupo 36 Diogo Cão.

Chegado a Portugal em 1975, ape-sar de ter passado por momentos muito conturba-dos, próprios das vivências de guerra, o seu ânimo falava mais alto e não baixou em braços no sentido de criar um agrupamento de escuteiros no concelho de Carrazeda de Ansiães. A batalha que teve de tra-var até conseguir umas instalações condignas para o agrupamento foi longa e dura mas o seu espírito de perseverança e de lutador deu bons frutos. Teve sempre do seu lado quem o apoiasse, facultando-lhe instalações provisórias, mas que serviam às mil ma-ravilhas para não deixar morrer o escutismo. E, aos poucos, com muita insistência, conseguiu não só criar um campo para o Agrupamento 658 – S. João, como fundou um campo de formação em 1986, co-nhecido a nível nacional e internacional.

O seu papel foi preponderante para atrair crian-ças e jovens que ali aprenderam a comportar-se com civilidade, a respeitar o outro, a serem solidários e onde lhes foram dadas ferramentas que os prepara-ram para uma vida dedicada a boas causas.

O Chefe Bastos era um sonhador que lutou até ao limite das suas forças para deixar um marco impor-tante na sede do concelho: a Rotunda Baden Powell. Uma obra digna de ser admirada e única no país.

Tinha também a capacidade de conseguir con-vencer quem lidava de perto com ele, com um jeito muito próprio e isso foi preponderante para que os seus sonhos se realizassem.

A comprovar a sua dedicação à família escutista e o excelente trabalho que desenvolveu e o seu empe-nho, ao longo da sua vida foram-lhe atribuídas todas as medalhas que é possível receber, nomeadamente, Cruz de Agradecimento 1ª Classe Ouro (1969); Me-dalha Monsenhor Avelino Gonçalves; Colar Nuno Álvares Pereira, a mais alta condecoração do CNE.

Desempenhou vários cargos a Nível Regional: Chefe Regional Adjunto; Presidente da mesa dos Conselhos Regionais; Membro do Conselho Nacio-nal de Representantes, Vice-presidente da Mesa dos Conselhos Regionais e era membro da Mesa dos Conselhos Regionais.

Partiu no dia 22 de novembro e deixou marcas in-deléveis em todos quantos consigo privaram. Cum-priu a sua função terrena deixando o “Mundo me-lhor do que o que encontrou.”

Até já, velho lobo!

Fernanda Natália

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Novembro 201418Jornal “O Pombal” n.º 215 de 30 de novembro de 2014

Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial e Cartório Notarial De Carrazeda de Ansiães

CERTIDÃO

Certifico, para fins de publicação, nos termos do artº. 100º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 24/11/2014, lavrada a partir de folha sessenta e quatro, respetivo livro de notas número setenta e seis - C,Alfredo Manuel Vieira, NIF 191 303 410, solteiro, maior, natural da freguesia de Vilarinho da Castanheira, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde reside no Pinhal do Douro, titular do B.I. nº 7651900 7 emitido em 17/02/2004 pelos SIC de Bragança, declarou:Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor dos seguintes bens imóveis, situados na freguesia de Vilarinho da Castanheira, concelho de Carrazeda de Ansiães, ainda não descritos na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, que totalizam o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 828,94:Um) prédio rústico composto de terra para centeio com oliveiras, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, sito no Codeçal, a confrontar do norte com Guilhermino Martins, do poente com Magna Cândida Pinto, do sul com Abílio Augusto Pinto e do nascente com Manuel António Fonseca, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1896, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 167,56, igual ao que lhe atribui; eDois) prédio rústico composto de horta, terra para centeio com videiras, árvores de fruto e terra de pasto para gado com sobreiros, com a área de dois mil setecentos e trinta metros quadrados, sito na Salgueira, a confrontar do norte com José Joaquim Morgado e irmãos, do nascente com Teresa Vences-lau, do poente com caminho, e do sul com caminho, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2456, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de € 661,38, igual ao que lhe atribui.Que, entrou na posse dos indicados prédios, no ano de mil novecentos e noventa e três, por doação verbal feita por Óscar Jesus Vieira, que foi casado e residente no dito Pinhal do Douro, já falecido.Que, deste modo não ficou a dispor de título formal que lhe permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial os identificados prédios, porém, desde o citado ano data em que se operou a tradição material dos mesmos, ele justificante, já possui, em nome e interesse próprios, os prédios em causa, tendo sempre sobre eles praticado todos os atos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-os, semeando-os, cultivando-os, colhendo os produtos seme-ados, designadamente centeio, aproveitando, assim, deles todas as suas correspondentes utilidades e pagando todas as contribuições e impostos por eles devidos, agindo sempre como seu proprietário, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos tudo isso realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazer em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre os identificados prédios, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica, contínua e em nome próprio, pelo que adquiriu os citados prédios por usucapião, que expres-samente invoca para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 11.11.2014. A Conservadora,(Ana Paula Pinto Filipe da Costa)Conta registada sob o nº 847.

Jornal “O Pombal” n.º 215 de 30 de novembro de 2014

Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial e Cartório Notarial De Carrazeda

de Ansiães

CERTIDÃO Certifico, para fins de publicação, nos termos do artº. 100º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 24/11/2014, lavrada a partir de folha sessenta e dois, respetivo livro de notas número setenta e seis - C,--------Carlos Augusto, NIF 158 423 836, e mulher Adília da Conceição Pinto, NIF 175 767 122, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Parambos, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde residem em Misquel, Rua do Outeiro, declararam:Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de um prédio rústico composto de terra de centeio com castanheiros e pinhal, com a área de dezanove mil duzentos e cinquenta metros quadrados, sito na Pranheira, freguesia e concelho de Carrazeda de Ansiães, que confina a norte com Luciano Morais, a poente com Luciano Morais, a nascente com Comissão Fabriqueira e a sul com caminho, ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Carrazeda de Ansiães, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 631, com o valor patrimonial tributário de € 734,33, igual ao que lhe atribuem. _______ Que, adquiriram o referido prédio, em dia e mês que não sabem precisar mas seguramente por volta do ano de mil novecentos e noventa e três, por compra meramente verbal que nunca foi reduzida a escritura pública a Rosa América de Moura, que foi viúva e residente na dita freguesia de Carrazeda de Ansiães, já falecida.Que, deste modo não possuem título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial o identificado imóvel, todavia, desde a citada data em que se operou a tradição material do mesmo, eles justificantes, já possuem, em nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os atos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o, semeando-o, cultivando-o, colhendo os produtos semeados, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidade es, agindo sempre como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica, contínua e em nome próprio, pelo que adquiriram o citado prédio rústico por usucapião, que expres-samente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 11.11.2014. A Conservadora,(Ana Paula Pinto Filipe da Costa)Conta registada sob o nº 845.

Jornal “O Pombal” n.º 215 de 30 de novembro de 2014

Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial e Cartório Notarial De Carrazeda de Ansiães

CERTIDÃO Certifico, para fins de publicação, nos termos do artº. 100º do código do notariado, que por escritura de justificação notarial, outorgada neste cartório notarial, em 06/11/2014, lavrada a partir de folha trinta e quatro, respetivo livro de notas número setenta e seis - C,Joaquim José Martins Ventura, NIF 133 922 405, e mulher Aurélia Pereira Ventura, NIF 205 002 471, casados sob o regime da comunhão geral, naturais ele da freguesia e concelho de Albufeira, e ela da freguesia de Parambos, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde residem na Rua do Outeiro, nº 1, Misquel, declararam:Que, com exclusão de outrem, são donos e possuidores legítimos de um prédio rústico sito no Fojo, freguesia de Parambos, concelho de Carrazeda de Ansiães, composto por terra de vinha e pinhal, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 616, com o valor patrimonial tributário de €1298,01, descrito na competente conservatória sob o número cento e quarenta e oito, com aquisição de metade indivisa registada, a favor de Elisa dos Santos Pinto, viúva, pela inscrição com apresentação três de vinte e dois de setembro de mil novecentos e oitenta e sete e aquisição de metade indivisa registada, a favor de Zulmira da Luz Cunha Pinto, viúva, pela inscrição com apresentação qua-tro mil setecentos e cinquenta e sete de vinte de fevereiro de dois mil e nove.Que, apesar do prédio estar ali inscrito a favor das referidas Elisa dos Santos Pinto e Zulmira da Luz Cunha Pinto, o mesmo é pertença dos justificantes na totalidade.Que, adquiriram, já no estado de casados, em dia e mês

que não podem precisar no ano de mil novecentos e oi-tenta e seis, por compra meramente verbal que nunca foi reduzida a escritura pública a Elisa dos Santos Pinto, que foi viúva e residente em Parambos, Carrazeda de Ansiães, já falecida. Que, deste modo não ficaram a dispor de título formal que lhes permita registar na aludida Conservatória do Registo Predial a aquisição da propriedade do identi-ficado prédio, porém, desde o citado ano, data em que se operou a tradição material do mesmo, eles justificantes, já possuem, em nome e interesse próprios, o prédio em causa, tendo sempre sobre ele praticado todos os atos materiais de uso e aproveitamento agrícola, tais como, amanhando-o, semeando-o, cultivando-o, colhendo os produtos semeados, aproveitando, assim, dele todas as suas correspondentes utilidades, agindo sempre como seus proprietários, quer na sua fruição, quer no suporte dos seus encargos, tudo isso realizado à vista de toda a gente, sem qualquer ocultação, de forma continuada, ostensiva e ininterrupta desde o seu início, sem qualquer oposição ou obstáculo de quem quer que seja e sempre no convencimento de o fazerem em coisa própria, tendo, assim, mantido e exercido sobre o identificado prédio, durante mais de vinte anos e com o conhecimento da generalidade das pessoas vizinhas, uma posse pública, pacífica, contínua e em nome próprio, pelo que adquiriram o citado prédio rústico por usucapião, que expressamente invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de primeira inscrição no registo predial, direito esse que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.Extraí a presente certidão de teor parcial que vai conforme o seu original, e na parte omitida nada há em contrário que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte transcrita. 06.11.2014. A Conservadora,(Ana Paula Pinto Filipe da Costa)Conta registada sob o nº 818.

Rev. Pe. Armindo Daniel PereiraNasceu a 08/04/1932Faleceu a 11/10/2014

Faleceu

O Rev. Pe. Armindo Daniel Pereira, de 82 anos de idade.A família vem por este meio agradecer a todas as pessoas amigas que o acompanharam

à sua última morada ou que de qualquer modo lhes testemunharam o seu pesar.Paz à sua alma.

A Direcção da ARCPA envia os mais sentidos pêsames à família enlutada.

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Novembro 2014

O dia começa e a tra-dição mantém-se. As notícias florescem a cada novo amanhecer, ora seja na televisão ora seja nas redes sociais e outros pontos de infor-mação disponíveis na internet.

Tivemos o ébola que já está meio esqueci-do, agora a legionella e, do escândalo BES aos “vistos gold” foi um saltinho.

A verdade é que mal as “encrencas” come-çam somos logo despertados para a demis-são de X pessoa que tinha o cargo Y e que não conseguindo lidar com a pressão ou não estando de “mãozinha limpa” sai de forma emergente tentando não fazer soar as sirenes e quase que consegue sair em pezinhos de lã.

Nesta fase, já a justiça estará em ação como fazem referência as múltiplas reportagens feitas pelos meios de comunicação social ao tema mas é também neste patamar que a me-

mória nos relembra do escândalo CITIUS e de toda a investigação que à volta dele deveria estar a ocorrer, a justiça em pleno.

E agora? Agora a culpa é do Corpo Nacio-nal de Escutas que no meio de centenas de jovens dedicados a uma causa nobre foi en-contrado um pedaço de ser humano podre. E é também neste nível do projeto que esque-cemos os contornos da economia, da política, da sociedade, da saúde e nos concentramos nos escuteiros que são afinal um empecilho e origem de todos os males do país.

Não, não defendo o sujeito que felizmente fez justiça pelas próprias mãos ou terá sido ajudado a tal mas como escuteira que fui, não deixo de ficar revoltada com a incapacidade que temos de colocar todos os ingredientes na balança e pesarmos cada um com justa medição. Acabamos por fazer um bolo ape-nas com ovos que fica estragado, tal como a nossa capacidade de raciocínio. Estragamos os ovos, não fazemos o bolo e ficamos frus-trados. Ora resumindo, criticamos os escu-

teiros, não sabemos o que é ser escuteiro, li-vramos da nossa consciência todos os outros culpados do estado da nação e revoltamo-nos porque estamos em casa desempregadas (os) e quem paga é Coelho.

Não defendo aqui o senhor Primeiro Mi-nistro nem os que lhe estão associados, mas a melhora do país tem de começar em nós e, já fiz referência deste aspeto em outros textos da minha autoria porque gostaria de continu-ar por cá, a comer grelos, alheiras e batatas transmontanas em Trás-os-Montes e não em outro local qualquer do planeta a centenas de quilómetros do país que me viu crescer mas, para isso é necessário termos uma visão crí-tica da situação com a atenção de todos os pontos negros que limam os contornos da atualidade.

Que a cambalhota termine e nos ergamos todos, de sorriso no rosto, de mãos dadas e de mentes renovadas. Vamos lá então!

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Tento na Línguapor Patricia Pinto

Patricia Pinto

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