Informativo da

Sociedade Brasileira de Pediatria

nº 18 Agosto de 2012

Caros Amigos

Este ano, com a valiosa ajuda da cantora

Wanessa e de seu filho José Marcus, va-

mos realizar mais uma grande campanha,

chamando a atenção da população para

o fato de que não apenas o leite materno

é o alimento ideal para os bebês, como

também a amamentação cumpre papel

decisivo em seu desenvolvimento cog-

nitivo, emocional, e pode ser o primeiro

passo para uma vida adulta saudável.

Na SMAM que agora se inicia, enfati-

zaremos que é preciso que a sociedade

como um todo apóie a maternidade e a

amamentação, e que possamos avançar

mais nesse campo. Por isso, conquis-

tada a Lei 11.770, que proporcionou

os mecanismos para que as empresas

garantam para suas funcionárias, de

maneira opcional, a licença-maternidade

de seis meses, bem como estabeleceu

o benefício no serviço público federal,

queremos incentivar o aumento das

adesões. Afinal, com trabalhadoras mais

satisfeitas, e crianças mais saudáveis,

toda a sociedade sai ganhando.

Por isso mesmo, estamos também concla-

mando senadores e deputados a aprova-

rem novo projeto de lei já em tramitação

no Congresso Nacional, que estabelece

como critério para a contratação de em-

presas pelo Poder Público a concessão da

licença ampliada. A condição de cidadã,

mostra de comprometimento com os in-

teresses maiores da sociedade, deve ser

credencial para que prestem serviços aos

governos, em todos os níveis.

Abraços a todos,

Eduardo da Silva Vaz

Presidente da SBP

Luciano Borges SantiagoPresidente do Departamento Científico

de Aleitamento Materno da SBP

Wanessa e o empresário Marcus Buaiz

t iveram seu primeiro fi lho em janeiro.

Madrinha da campanha que a Sociedade

Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério

da Saúde (MS) lançam este ano, duran-

te a Semana Mundial da Amamentação

(SMAM), a cantora, de 29 anos, dá seu

depoimento: “Sempre quis amamentar.

Ouvi milhões de vezes as pessoas dizendo

que bebê que mama não fica doente, sabia

que era importante, queria dar ao meu filho

o melhor alimento do mundo.Como minha

mãe teve dificuldade na época dela, estava

preocupada. Mas José Marcus pegou o

peito, de primeira, logo depois que nasceu.

Foi uma benção! Na gravidez, procurei me

informar, conversei com pediatras, com os

médicos em geral, e tive muita orientação

das enfermeiras no hospital. Meu filho está

forte, é uma criança cheia de saúde e quero

incentivar outras mães. A gente sabe que

no começo não é fácil, é uma mudança, é

cansativo, mas, com informação, aprende-

mos que existe uma pega que facilita, que

faz com que o peito não machuque, que

é possível tirar o leite para dar ao bebê

quando precisamos sair e que até seis

meses é só do que ele precisa.Estou muito

feliz e quero dizer a todas: Amamente até

os dois anos ou mais, até quando você

puder e saiba que esse alimento poderoso

vai fazer uma diferença gigante na saúde e

na vida dele, para sempre, é uma herança

que seu filho vai levar para a vida inteira!”,

salienta,reforçando a frase escolhida para

o cartaz desse ano: “Amamentar hoje é

pensar no futuro”.

Sobre o apoio da família, Wanessa conta

que tem sido fundamental. “São todos

super corujas”, diz, sobre o pai Zezé Di

Camargo, a mãe, Zilu, o sogro, a sogra,

os tios. “Quando o bebê nasce, a gente

quer vigiar o tempo todo, saber se está

respirando”, lembra a cantora, expressando

bem o que ocorre com as “mães de primeira

viagem”. Mas “sentia que, se não dormis-

se bem, não era bom para meu filho. Foi

importante ter quem ficasse olhando José

Marcus. É necessário ter por perto uma boa

avó, uma tia, amiga”, enfatiza, destacando

ainda o papel do pai: “Meu filho já está

muito ligado ao Marcus. Fica enlouquecido

para ir para o colo dele”, elogia.

Presente na gravação do filme para a tele-

visão, do spot para o rádio, na produção da

foto para o material impresso, em junho, em

São Paulo, a avó paterna, Tânia Buaiz, advo-

gada e jornalista, se surpreendeu ao saber que

os índices de amamentação no Brasil ainda

são baixos, apesar de virem aumentan-

do: “José Marcus é meu segundo neto.

O primeiro, Felipe, também mamou muito.

Na minha época não se tinha consciência

sobre a importância disso. Acho a campanha

fantástica!”.

Para 2012, a Aliança Mundial para Ação em

Aleitamento Materno (Waba, na sigla, em

inglês) escolheu como tema da Semana os

10 anos da “Estratégia Global para a Alimen-

tação de Lactentes e Crianças de Primeira

Infância” – desenvolvida pela Organização

Mundial da Saúde e pelo Unicef, com ob-

jetivo de aprimorar as práticas alimentares,

melhorando o impacto na sobrevivência, no

crescimento e no desenvolvimento, na saúde

dos pequenos como um todo. Dentro disso,

a SBP, o MS e Wanessa fazem um convite às

mães: “Amamente e alimente um futuro

melhor para seus filhos!”

Wanessa com José Marcus no dia da gravação da campanha

2

Conselho Editorial

Eduardo da Silva Vaz (presidente da SBP) e Luciano Borges Santiago (Departamento Científico de Aleitamento Materno).

Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP

Luciano Borges Santiago (presidente / MG) Silvana Salgado Nader (Secretária/RS)ConselhoDolores Fernandez Fernandez (BA)Jefferson Pereira Guilherme (AM)Keiko Miyasaki Teruya (SP)Maria Beatriz Reinert do Nascimento (SC)Roberto Diniz Vinagre (MT)SuplentesJosé Dias Rego (RJ)Roberto Gomes Chaves (MG)Rosa de Fátima da Silva Vieira Marques (PA)Sandra Giovana M. De Macedo Mendes (PB) Sebastião Leite Pinto (GO)

Editora e coordenadora de produção Maria Celina Machado (reg. prof. 2.774/MG)/ENFIM ComunicaçãoRedator/copidesqueJosé Eudes Alencar/ENFIM ComunicaçãoProjeto gráfico e diagramaçãoAngelica de Carvalho/GPC StudioAssistente-administrativoBreno CoelhoEstagiárioRenan Marques

Endereço para correspondência

SBP/ Rua Santa Clara, 292 - Copacabana Rio de Janeiro CEP 22041- 010 - RJTel. (21) 2548 1999 Fax: (21) 2547 3567 imprensa@sbp.com.br www.sbp.com.br

Informativo Semestral da Sociedade Brasileira de Pediatria, filiada à Associação Médica Brasileira

Entrevista

Os direitos dos prematurosO pediatra Luís Tavares trabalha na Santa Casa de Misericórdia e na Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ). Co-autor e organizador do livro “Uma Declaração Universal de Direitos

para o Bebê Prematuro (Diagraphic/ www.alemdauti.com.br)”, escreveu também, juntamente com o professor Marcus Renato de Carvalho, “Amamentação - Bases Científicas (Guana-

bara Koogan)”. Veja, a seguir, a entrevista concedida ao SBP AmamentAÇÃO.

Dr. Luís, o que destacaria em sua experi-

ência com a chamada “humanização” do

atendimento dos recém-nascidos?

Desde a formatura, me envolvi com o atendi-

mento aos prematuros. Por deficiência própria

e vício universitário, apenas os cuidados com

o bebê estavam em meu foco, que via a

mãe e a família mais como visita com hora

marcada para entrar, e principalmente para

sair da UTI. Isso mudou em fins dos anos 90,

quando conheci a Metodologia Mãe Canguru,

nascida na Colômbia em 1979, pela iniciativa

do pediatra Hector Martinez e que tem como

chave a figura da mãe, por trazê-la para perto

de bebês com peso pouco acima das 1000

gramas. Uma verdade Winnicottiana me foi

revelada: “um bebê sozinho não existe. Existe

um bebê e sua mãe”.

Como é a amamentação dos prematuros?

A prematuridade traz em sua bagagem

conceitos impressionantemente delicados.

Podemos hoje dizer que o bebê prematuro

não existe como uma entidade “per se”. O

bebê humano sim. A prematuridade é um

evento clínico que eventualmente acomete

(hoje quase dez por cento de nossos bebês,

13 milhões de nascimentos prematuros

anualmente no planeta) esses bebês. Como

bebês humanos íntegros em dignidade e

direitos, a amamentação pode ser definida

como um direito natural seu. É preciso, en-

tretanto, modular sua aplicação às possibi-

lidades de sucção e à harmonização dessa

sucção à respiração e à deglutição, matéria

fonoaudiológica. Afastando tabus que já

não se justificam nos dias de hoje, como

peso mínimo e idade gestacional ideal para

iniciar a sucção, podemos entendê-la de

modo ampliado, que vai desde o cuidado

respeitoso para com esse bebê na UTI, pas-

sando pelo cuidado igualmente respeitoso

para com sua mãe, chegando à transferên-

cia do leite pela sucção. Etapas do cuidado

devem ser indiv idualizadas de acordo

com a gravidade da prematuridade e das

condições clínicas do bebê e da condição

materna. Uma aproximação lenta, gradual

e natural deve ser permitida e facilitada,

acompanhada, apoiada.

O aleitamento materno dos prematuros

ainda é controverso?

Muito, não há consenso estabelecido. A pró-

pria fonoaudiologia não tem o seu. Sequer

é considerada sua especialização neonatal.

As condições clínicas a que são submetidos

bebês e familiares na maior parte das UTIs

Neonatais do Brasil ainda estão longe de

serem consideradas amigáveis. Existe a cha-

mada Iniciativa Hospital Amigo da Criança,

mas não contempla a prematuridade em seu

escopo. E são dez por cento os nascimentos

prematuros! E o número vem crescendo.

A presença dos pais ainda é considerada

visita. O uso de chupetas é completamente

sem critério. Chupetas imensas e despro-

porcionais usadas sem nenhuma regra e

enfrentando paradigmas ditados para aque-

les bebês nascidos a termo roubam desses

bebês nascidos prematuramente o direito de

“sugar” até que a ida ao seio seja liberada.

Sequer o copinho é consenso. Mas há ex-

periências exitosas e profissionais obtendo

grandes avanços. Isso significa mães mais

felizes e bebês mais saudáveis.

Gostaria de comentar o tema da SMAM?

Compreender o passado e planejar o futuro.

Esse tema deveria escapar da SMAM e penetrar

no coração do profissional. No seu cérebro.

Mudanças de paradigmas são atingidas assim.

E só assim. A estagnação e o retrocesso são a

negação desse tema. Há muito por fazer e cada

dificuldade deve tornar-se uma meta, nunca

um desestímulo. Cada Unidade Neonatal que

delimita horários de visita materna ou estabele-

ce peso mínimo de 1800 ou até 2000 gramas

para ida ao seio ou 34 semanas de idade ges-

tacional para isso deve compreender, à luz da

ciência e do afeto, seu passado rígido e infértil

e planejar um futuro digno para mães, bebês e

profissionais, mamíferos com qualquer idade

gestacional, com qualquer peso, nascidos pre-

maturamente ou não, íntegros em dignidade e

direitos. Estaremos, assim, vivendo para sempre

a SMAM 2012. (Leia a entrevista completa e

poesia no portal da SBP, em Depart. Cient./ AM/

Materiais de interesse público)

Fortaleza recebe o XII ENAMMais de mil mães amamentando juntas (dia

19 de agosto, domingo, às 15h, em frente

ao Hospital da Mulher, no bairro Jockey

Club) e uma programação científica bem

atual. Assim será o XII Encontro Nacional de

Aleitamento Materno (ENAM) e II Encontro

Nacional de Alimentação Complementar

Saudável, de 19 a 23 de agosto, em Forta-

leza (CE). A informação é da pediatra Diva

Fernandes, presidente dos eventos, orga-

nizados pela Ibfan e pela ONG Centro de

Nutrição Conjunto Palmeiras, com diversos

apoios. O III ENAMzinho “será realizado por

adolescentes, que há um ano se preparam

para transmitir informações para um grupo

de crianças, utilizando cordéis, danças, víde-

os e teatro”, destaca.

A proteção legal à amamenta-

ção será abordada em mesa-

-redonda, na qual caberá à de-

putada estadual Patrícia Saboya

apresentar a licença-materni-

dade de seis meses; à Fernan-

da Monteiro, do Ministério da

Saúde, o projeto das Salas de

Apoio nos locais de trabalho e

à Marília Uchoa a situação das

mães presidiárias e seus filhos.

Dentre os eventos paralelos, ha-

verá reunião do Departamento

de Aleitamento Materno da SBP.

Acesse www.enam2012.com.br

e saiba mais!

3

O Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP responde às dúvidas de mães e profissionais. O endereço é www.sbp.com.br (ver Departamento Científico / Aleitamento Materno / Fale conosco).

SBP Responde

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SMAM e Mais

Até quando a criança pode/deve ser amamentada?

Para que cresça e se desenvolva bem, precisa de uma alimentação saudável. Evidências científicas embasam a recomendação de que a criança deve ser amamentada de modo exclusivo, ou seja,

somente com leite materno, nos primeiros seis meses de vida e continuar o aleitamento materno por dois anos de idade ou mais, complementado com outros alimentos saudáveis. O tempo de

amamentação não deve ser limitado a um período pré-determinado, muitas vezes definido por fatores socioculturais e não por fatores biológicos maternos e infantis. A duração deve ser uma

decisão da mãe e do filho.

A amamentação prolongada tem alguma contraindicação?

Não se tem registros de contraindicação da amamentação prolongada. Por outro lado, a ausência ou amamentação por período insuficiente aumenta o risco de doenças, para quais o leite materno

tem efeito protetor, como: diarreia, pneumonia, obesidade, diabete, doenças cardiovaculares, desordens do sistema imune (alergias, doenças inflamatórias intestinais, Doença Celíaca, Diabete tipo

1) e alguns tipos de cânceres. É preciso lembrar que a amamentação vai além da nutrição e da proteção da criança. Tem repercussões positivas para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional,

e é boa para a saúde da mãe. Por fim, é preciso ressaltar que a produção do leite tem um efeito dose-resposta, ou seja, quanto mais a criança mama, mais leite a mãe produz e maiores são as

vantagens para mãe e filho oriundas dessa prática.

Dra. Graciete Vieira presidiu o Departamento de Aleitamento Materno da SBP de 2007 a 2010

Um “abraço” na população do Pará Minas prepara Jornada

Palestras e oficinas no Espírito Santo

A VIII Jornada Mineira de Atualização em

Amamentação será realizada entre 09 e 11

de agosto, na Associação Médica de Minas

Gerais, em Belo Horizonte. Dr. Roberto

Gomes Chaves, presidente do Comitê de

Aleitamento Materno da Sociedade Mi-

neira de Pediatria (SMP), informa que a

conferência de abertura será realizada pelo

dr. Jefferson Pereira Guilherme, do De-

partamento Científico da área na SBP, que

abordará a “Colostroterapia”. O presidente

do DC da Sociedade, dr. Luciano Borges

Santiago, apresentará o tema da SMAM de

2012. Também serão discutidos assuntos

como os “procedimentos necessários” para

a abertura de Bancos e Postos de Coleta de

Leite Humano, “habilidades de comunicação

em prol da amamentação” e “saúde oral”,

dentre outros. O programa completo está

no www.smp.org.br e inscrições podem ser

feitas pelo endereço secretaria@smp.org.br.

Dras. Rosa Marques (4ª da esq. para a dir.) e Rejane Cavalcante (1ª à esq.), em foto de 2008, durante o ENAM realizado em Belém,

com os colegas do DC de AM da SBP e dr. Dioclécio Campos Jr.

A população de Belém está sendo convidada

para um “Abraço” – nome dado pela So-

ciedade Paraense de Pediatria (Sopape)

ao evento que ocorrerá no domingo, 05 de

agosto, a partir de 8h30, na Praça Batista

Campos, no centro. Com o lema “Amamentar

hoje fortalecendo o futuro!”, haverá teatro,

distribuição de folhetos e muitas outras ativi-

dades, realizadas em conjunto com vários par-

ceiros, dentre os quais estão a Liga Acadêmica

Paraense de Pediatria Clínica e Cirúrgica, as

Universidades, Secretaria de Saúde do Muni-

cípio, Unicef, Câmara Municipal e Ministério

Público. Antes, todos se reúnem, no dia 02,

durante o Seminário da Secretaria de Saúde

do Estado (SESPA), no auditório Dom Alberto

Ramos (av. Senador Lemos 2809).

No sábado, dia 04, de 9 às 12h, será a vez

do “Encontro com Gestantes e Nutrizes”, no

auditório do Conselho Regional de Medicina,

onde os participantes serão recebidos pela

presidente da Sopape, dra. Rejane Cavalcante,

e pela diretora Consuelo Oliveira, participarão

de dramatização, debaterão e ouvirão pa-

lestras, como a da dra. Fátima Amador, que

destacará “como vencer os obstáculos” na

amamentação. Quem informa é a dra. Rosa

Marques, diretora da filiada e pioneira em um

trabalho que faz com que Belém tenha um dos

melhores índices de amamentação exclusiva

do País. “Ao longo de vinte anos de jornada,

estamos vendo uma importante mudança

cultural. Mas queremos muito mais”, avisa.

Outras informações podem ser obtidas pelo

tel. (91) 3249-9111 e pelo atendimento@

sopape.com.br.

Simpósio e debate sobre avaliação da IHAC em PernambucoA Sociedade de Pediatria de Pernambuco prepara para setembro a VII edição de seu tradi-

cional Simpósio de Aleitamento Materno, anuncia a dra. Lúcia Trajano, presidente do Comitê e

coordenadora da Rede Amamenta Brasil/ Recife. No programa, a discussão sobre o instrumento

de avaliação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), a partir da dissertação de mes-

trado recentemente defendida na Universidade Federal pela dra. Lindacir Sampaio, do Comitê

de Aleitamento Materno da filiada e chefe da UTI Neonatal do Hospital Memorial Guararapes.

A abertura oficial da SMAM será no dia 01 de agosto, com um Seminário, na Secretaria Estadual

de Saúde, que abordará as estratégias mais atuais para o fortalecimento da amamentação.Atividades interdisciplinares serão realizadas

pela Sociedade Espiritossantense de Pe-

diatria (Soespe) em agosto, para marcar a

SMAM. No dia 01, a presidente do Comitê

de Aleitamento Materno, dra. Racire Sam-

paio Silva, falará sobre o tema da Semana

de 2012, em palestra no Hospital Infantil e

Maternidade de Vila Velha. Nos dias 02 e 05,

a fonoaudióloga Janaína Alencar vai liderar

atividades no Hospital Infantil e Maternidade

Alzir Bernardino Alves, também localizado

em Vila Velha. Na primeira, discutirá, com

outros profissionais de saúde a importância

da amamentação na prevenção das altera-

ções que podem ocorrer na sua área e, na

segunda, com alunos e utilizando o artesa-

nato, oferecerá uma oficina para as mães do

alojamento conjunto. Outra oficina ocorrerá

no dia 07, quando a equipe de fisioterapia

do Hospital Infantil e Maternidade de Vila

Velha abordará, com gestantes e puérperas

internadas, “posturas corretas em amamen-

tação”. Além disso, também em agosto, a

Soespe dedicará seu tradicional Serão de

Pediatria ao tema “Amamentar é alimentar

em um futuro melhor”.

Amamentação e tecnologia no Amazonas Iniciativa da Secretaria Estadual de Saúde que tem o apoio da Sociedade Amazonense de

Pediatria (SAPED), a telemedicina está sendo usada no Amazonas para a capacitação em

amamentação, informa o dr. Jefferson Guilherme, presidente do Comitê da filiada. “Utilizamos

as estruturas da Universidade Estadual e também da Secretaria de Educação, fazemos palestras,

cursos e todos os 62 municípios possuem pólo que possibilita a teleconferência. A interação é

possível via chat e microfone. Agora, inauguramos um ambulatório virtual, que atende bebês de

baixo peso, sob cuidado Canguru e com dificuldades no aleitamento materno. O caso é enviado

numa plataforma de interação com o profissional especializado e, quando necessário, o paciente

é colocado diante da webcam. Como exemplo, posso citar o de uma criança que não ganhava

peso suficiente. Pedi para vê-la e corrigimos a pega e a posição, fortalecemos a confiança na

mãe”, conta, empolgado.

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gosto de 2012

Teoria e prática

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Licença-maternidade tem novo PL Caminhadas em São Paulo divulgam Salas de Apoio

“Para você é leite, para a criança é vida. Doe” Aprovado em junho de 2012, pelo Conselho do Mercado Comum do Mercosul, reunido em Mendoza, Argentina, como “Dia da Doação Voluntária, Gratuita e Altruísta do Leite Humano”, o 19 de maio foi comemorado “de norte a sul do Brasil”, informa a dra. Miriam Santos, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Mobilização em Sergipe

Br

uno

Pere

sCondicionar a contratação de empresas pelo

Poder Público à concessão de licença- mater-

nidade de seis meses é o objetivo do novo

Projeto de Lei da SBP, agora em parceria com

o senador Randolfe Rodrigues e que já trami-

ta no Congresso Nacional. Trata-se da nova

fase da campanha “Seis meses é melhor”, que

incentiva a adesão facultativa das empresas,

enquanto defende também que senadores

e deputados aprovem a proposta pela qual

somente poderão receber verba pública as

que optarem pela licença ampliada. “Preci-

samos avançar mais na garantia dos direitos

das crianças, das mães, das famílias”, salienta

o dr. Eduardo Vaz, presidente da Sociedade.

Em abril, drs. Eduardo e Dioclécio Campos

Jr., diretor de Assuntos Parlamentares da

entidade, estiveram reunidos com o senador,

em Brasília, e entregaram o anteprojeto.

Em 2006, quando deputado estadual no

Amapá, Randolfe já participara ativamente

do movimento liderado pela SBP e pela

então senadora Patrícia Saboya -, autora

parlamentar da proposta, transformada na

Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008.

A íntegra do PLS 201/12 está disponível no

www.sbp.com.br.

Mãe trabalhadora e oficinasBem sucedida estratégia

de “Apoio à Mãe Traba-

lhadora que Amamen-

ta”, as oficinas idealiza-

das pelo Ministério da

Saúde e realizadas pelas

Secretarias de Saúde,

com apoio da SBP e de

suas filiadas, continuam

Em Belém, a oficina também ocorreu no

início do ano, coordenada pela dra. Marina

Réa, da Ibfan, pelo Comitê Assessor do Mi-

nistério da Saúde e contou com a presença

da dra. Rosa Marques, da Sociedade Para-

ense de Pediatria. Foram visitados o Hospital

da Ordem Terceira – “que inaugurou uma

Sala em seguida”, elogia a dra. Rosa -, a

Unimed ( “em breve também deve fazer

isso”), Banco do Brasil, Banco do Estado do

Pará (“talvez até o final do ano”), Supermer-

cados Formosa e as Organizações Romulo

Maiorana (ORM), emissoras afiliadas da

Rede Globo.

Além disso, o trabalho continua em várias

cidades. Em Uberaba (MG), dr. Luciano

comunica que, em 2012, foi inaugurada

a Sala da Unimed – “uma tentativa de

sensibilizar também as demais singulares”.

Em Niterói, segundo Fernanda Sá, da Ibfan

Rio, já está funcionando a Sala da Mater-

nidade Municipal Alzira Reis, em parceria

com o BLH do Hospital Universitário/UFF.

Em São Paulo, a mais recente conquista é

a Sala da Bolsa de Valores, a Bovespa, no

centro. “Estamos indo muito bem”, resume

a dra. Marina.

“a todo vapor”, informa Fernanda Monteiro,

do MS. As próximas serão dias 03 e 04 de

setembro, em Recife, e dias 05 e 06 de no-

vembro, em Fortaleza. Também já estão sen-

do planejadas as de Florianópolis e Salvador.

A oficina do Distrito Federal, realizada

em março, foi “excelente”, segundo o dr.

Luciano Borges Santiago, presidente do

Departamento de Aleitamento Materno da

SBP: “meu grupo foi ao Tribunal de Justiça,

onde já existe creche e curso para gestan-

te”, salienta. “Lá, a Sala de Apoio à Ama-

mentação é para uso das mães com crianças

matriculadas no berçário, que atende 150

filhos de funcionárias e funcionários do

TJDF. Agora, está sendo ampliada”, informa

a pediatra Miriam Santos, coordenadora de

Aleitamento Materno e BLH da Secretaria

de Saúde. Os participantes da oficina tam-

bém visitaram a Feira do Guará – “onde

trabalham cerca de 200 mulheres autôno-

mas em idade fértil” –, conta a dra. Miriam.

Estiveram ainda na Assembleia Legislativa

e no Palácio do Buriti (sede do governo),

onde uma Sala será inaugurada em agosto.

No DF, já existe licença-maternidade de seis

meses para o funcionalismo.

No BLH do Hospital Universitário da USP, em maio, dras. Virgínia Quintal, Silvia Ibidi e Maria José Mattar

Com objetivo de mobilizar e levar informa-

ção a mães e crianças, mais uma vez, a So-

ciedade de Pediatria de São Paulo (SPSP)

se une ao Rotary e a outras instituições, na

organização de duas caminhadas na capital –

uma no sábado, dia 04 de agosto, no Parque

Villa Lobos, bairro Alto de Pinheiros, Zona

Oeste e outra no domingo, dia 05, no Par-

que da Aclimatação, região central. “Nossa

expectativa é reunir entre 600 e 800 pessoas

no fim de semana”, informa a dra. Virgínia

Quintal, presidente do Comitê de Aleitamen-

to Materno da filiada, acrescentando que

“a grande novidade” é que será reforçada

também a importância da amamentação

mesmo após o fim de licença-maternidade.

“Faremos uma mostra do que é uma Sala de

Apoio nos locais de trabalho”, diz, confiante

no incentivo às empresas e instituições em

geral. Além disso, serão montadas tendas, es-

palhados pôsteres com diversas orientações,

profissionais estarão disponíveis para orientar

a população e os pequenos receberão uma

atenção especial, com gincanas e teatro.

A abertura será realizada pelo presidente da

SPSP, dr. Clóvis Constantino.

Bebê Sarado e Soperj No dia 05 de agosto, domingo, de 9 às 13h, a

Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro

(Soperj) realiza evento no Palácio do Catete,

na capital. Já confirmaram presença as crian-

ças do Coral de do Grupo de Teatro da Pe-

diatria Brasileira, organizados pela Academia

Brasileira de Pediatria, e também os bonecos

promotores da amamentação, Jandira e José.

Antes, em julho, foi lançada na Vila Olímpica da

Mangueira, a II Campanha Nacional “Saúde, O

Seio da Questão!”, do Sistema de Conselhos

Federal e Regionais de Fonoaudiologia. Com

o lema “Bebê Sarado Mama no Peito”, o CRE-

Em Aracaju, a data foi marcada por um encontro de mães de prematuros com doadoras do

BLH Marly Sarney, referência em Sergipe. Foram homenageadas aquelas que mais contribuíram,

como Keeze Montalvão da Silva, que recebeu diploma da enfermeira Helia Karla Agapito, se-

gundo informa a dra. Julia Marcia Cardoso, do Comitê de Aleitamento Materno da Sociedade

Sergipana de Pediatria. Também foram feitas palestras para gestantes de Unidades Básicas

de Saúde e estudantes de medicina.

Mais doação em Santa Catarina

Integrante do DC da SBP e responsável técnica pelo BLH da Maternidade Darcy Vargas, de Joinville,

referência estadual, dra. Maria Beatriz do Nascimento, presidente do Comitê da Sociedade Cata-

rinense de Pediatria, conta que foi grande a mobilização ocorrida no estado, em maio. Palestras,

homenagens às doadoras, distribuição de material informativo foram algumas das atividades, que

divulgaram a necessidade de aumentar o estoque de leite, com mais doação.

Dra. Maria Beatriz registra ainda que publicação preparada para a SMAM pela Darcy Vargas, com

apoio da Sociedade Joinvilense de Pediatria, está disponível no www.smamjoinville.blogspot.com.

FONO1 (RJ) vem mobilizando os profissionais

da área desde 2004. Na foto, dra. Rachel

Niskier, da SBP, com a madrinha Daniele Su-

zuki – que amamenta seu filho Kauai, de um

ano e um mês – e a conselheira Flávia Bessa,

coordenadora geral do movimento.

Participantes da Oficina do DF