A alma tem as suas próprias asas; E o coração, as suas próprias partituras.
Caro aluno, Seja bem-vindo à Unidade Introdução ao...
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Caro aluno,
Seja bem-vindo à Unidade Introdução ao Cuidado do Idoso!
Nesta unidade, trataremos questões relacionadas a conhecer, identificar e aplicar as ações
necessárias para adaptar e manter a higiene do ambiente em que o idoso vive.
Conhecer as alterações na pele e no tecido conjuntivo relativas ao processo de envelhecimento,
suas repercussões no cuidado do idoso e identificar as ações necessárias ao tratamento.
Na sequência, serão apresentados os cuidados mais importantes a serem adotados com idosos
acamados, em situações como: banho, higiene, posicionamento no leito, cuidados com a pele,
prevenção de úlcera de pressão e transferências.
Por fim, você irá conhecer todos os procedimentos a serem executados para a higiene do
ambiente em que o idoso vive.
Ressaltamos, que a menção ao cuidador de idosos é apenas para fins didáticos, não sendo restrita
a este público. Vale lembrar, que é função do ACS (Agente Comunitário de Saúde) orientar os
cuidadores, portanto observem com atenção este conteúdo.
Bons estudos.
Módulo 03
Cuidados Relativos ao Tratamento do Idoso
Unidade 01
INTRODUÇÃO AO CUIDADO DO IDOSO
Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa
Introdução
Introdução
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Introdução
À medida que envelhecemos, a nossa saúde precisa ser avaliada de forma muito mais abrangente
do que em etapas anteriores da vida, condições psíquicas, sociais e nutricionais precisam ser
levadas em consideração. Os mais importantes indicadores de saúde na velhice são as nossas
capacidades funcional e cognitiva.
Abaixo você irá conhecer em maiores detalhes esses conceitos e alguns outros que devem ser
levados em consideração, principalmente, no tratamento de idosos.
Capacidade Funcional
São as condições que um indivíduo tem para se adaptar aos problemas cotidianos, ou seja,
àquelas atividades que lhe são requeridas pelo ambiente em que vive.
Capacidade Cognitiva
É a capacidade para registrar, armazenar, usar e dotar de sentido os dados da realidade -
semelhante à capacidade de aquisição de conhecimento ou percepção. Todas essas
dimensões interferem diretamente no nosso grau de autonomia e independência.
Autonomia
É ser responsável por si mesmo, ter a liberdade de tomar decisões e ter a sua privacidade
respeitada. Está relacionada ao exercício do autogoverno.
Independência
É o poder de realizar nosso autocuidado e administrar nosso dia a dia sem ajuda. Está
relacionada à capacidade funcional.
Fragilidade
É um importante parâmetro para se avaliar a necessidade de apoio de que uma pessoa
precisa. A fragilidade é definida como uma vulnerabilidade que o indivíduo apresenta aos
desafios do próprio ambiente.
Essa condição é observada em pessoas com mais de 80 anos ou naquelas mais jovens que
apresentam uma combinação de doenças ou limitações que reduzam sua capacidade de se
adaptar a doenças ou situações de risco.
A fragilidade começa a ser determinada na infância e suas raízes se encontram nas
condições materiais, econômicas e sociais da pessoa.
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Alguns fatores que predispõem a pessoa a uma
situação de fragilidade
Deficiência cognitiva (problemas de memória
e raciocínio);
Solidão;
Múltiplas doenças;
Sintomas que se manifestam sem que se
descubra a causa;
Vulnerabilidade a efeitos adversos de
medicamentos;
Idade elevada (+80 anos).
Dependência
É a incapacidade do indivíduo de interagir satisfatoriamente com seu ambiente sem ajuda. Ela
pode estar ligada à incapacidade funcional devido a doenças ou à falta de apoio físico, material ou
psicológico. A dependência é traduzida como uma ajuda indispensável para a realização dos atos
elementares da vida.
É importante salientar que não é apenas a incapacidade que cria a dependência. Além de não ser
um estado permanente.
Dependência é resultado da expressão apresentada e corresponde a um processo dinâmico cuja
evolução pode ser prevenida ou reduzida se houver ambiente e assistência adequados.
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Doenças Crônicas
As doenças crônicas podem causar dependência pela perda ou não da capacidade funcional. Para
se ter uma ideia de que ajuda ou tipo de cuidado o indivíduo necessita, é preciso avaliar a sua
capacidade funcional.
A avaliação deve ser realizada com base na capacidade de execução das atividades da vida diária
(AVD), que são divididas em:
Atividades básicas da vida diária - tarefas próprias do autocuidado, como se alimentar, se
vestir, controlar os esfíncteres, se banhar, se locomover etc.
Atividades instrumentais da vida diária - capacidade para levar uma vida independente na
comunidade, como realizar as tarefas domésticas, compras, administrar as próprias
medicações, manusear dinheiro etc.
Atividades avançadas da vida diária - são marcadoras de atos mais complexos e, muitas
vezes, ligados à automotivação, como trabalho, atividades de lazer, contatos sociais,
exercícios etc.
Com base nas informações coletadas na avaliação, será possível concluir, por exemplo, que a
pessoa é independente.
Lição 01 Reconhecimento do tipo e nível de dependência a fim de auxiliar o
desempenho do idoso
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Como você já viu, uma pessoa autônoma é aquela capaz de se
autogovernar, de exercer seu direito a liberdade individual, a
privacidade, de fazer escolhas livremente e de ser independente
moralmente, tendo harmonia com os próprios sentimentos e
necessidades.
Atenção
A autonomia e a independência precisam ser trabalhadas em todas as idades, para que,
na velhice, as pessoas possam dar continuidade aos seus projetos de vida.
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Síndromes geriátricas
O idoso frágil apresenta maior risco de dependência, institucionalização, queda, doenças agudas,
hospitalização, recuperação lenta e mortalidade.
A identificação precoce é importante a fim de se evitar a ocorrência de eventos adversos. As
principais características da fragilidade são:
As síndromes geriátricas exigem uma cuidadosa avaliação. É necessário identificá-las e delimitá-
las para que os esforços sejam dirigidos de forma integral, pois são situações geralmente
resultantes de causas múltiplas.
São consideradas síndromes geriátricas...
Incontinência (urinária e fecal);
Imobilidade (restrições a mobilidade);
Demência e outras alterações na cognição (dificuldades de memória e raciocínio);
Insuficiência Sensorial (problemas de visão, audição e demais órgãos dos sentidos);
Instabilidade postural (problemas de equilíbrio levando ao risco de quedas);
Insônia;
Iatrogenia (erros e falhas no cuidado - por palavras, por ações/omissões de cuidado e por
tratamentos equivocados).
O que é a avaliação do idoso para o cuidado?
É a observação cuidadosa e sistemática do idoso em busca de qualquer anormalidade que possa
nos alertar quanto a um problema presente ou futuro.
Lição 02
02
02
Lição 02
Identificando as necessidades de cuidado: avaliação do idoso
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Como avaliar?
Deve-se observar o estado geral, que é a primeira impressão quando chegamos perto do idoso.
Na sequência, é importante verificar como está o funcionamento de três importantes funções: A
saber:
1. Capacidade de autocuidado
2. Movimentos
3. Condições mentais
Avaliação diária na prática
Comportamento
Atitude Pontos de atenção
O idoso está respondendo a questionamentos?
Reconhece pessoas e objetos?
Está sem ânimo para nada?
Faz coisas que nunca fez?
Sabe onde está?
Sabe que dia, mês e ano estamos?
Comportamento
Humor Pontos de atenção
O estado de espírito é de tristeza ou euforia sem motivo aparente?
Há esquecimento frequente que possa trazer risco?
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Mobilidade
Postura Pontos de atenção
A posição do corpo está normal?
Ao andar, ele se desloca normalmente?
Há movimentos anormais em alguma parte do corpo?
Avaliação diária na prática
O que questionar sobre estado físico nutricional?
Existe uma relação saudável entre o peso e altura?
Deve-se atentar para o apetite, quantidade e qualidade dos alimentos ingeridos.
Como verificar o estado físico das partes do corpo?
É muito importante ter atenção especial a determinadas partes do corpo. Acompanhe:
• Analise as dobras cutâneas
Observe sinais de umidade embaixo dos seios, abdômen, virilha e entre os dedos dos pés.
• Avalie os olhos
Analise cor, assim como presença de umidade ou manchas.
OBS: É importante verificar se as lentes dos óculos estão atualizadas.
• Observe a boca
Verifique língua, gengivas, dentes cariados ou quebrados e avaliar a higiene da boca.
OBS: Retirar prótese dentária e observar sinais de inchaço, vermelhidão ou feridas. Avaliar paladar
diminuído ou alterado.
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A seguir você irá conhecer os pontos de atenção, referentes a cada um dos sistemas
apresentados, assim como do aparelho circulatório. Para isso, passe o mouse nas imagens.
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Avaliação diária na prática
Eliminações urinárias
As eliminações urinárias devem ser observadas com atenção.
Esteja atento à presença de dor, ardência, gotejamento residual.
Além disso, deve ser verificada coloração escura e presença de sangue ou pus.
OBS: Observe se a quantidade de líquido ingerida é compatível com a quantidade de líquido
eliminada.
Incontinência urinária
Com relação à incontinência urinária verifique as causas possíveis: esforço (espirro, riso ou tosse )
ou urgência (não dá tempo de segurar até o banheiro).
Tome medidas preventivas como o esvaziamento regular da bexiga e exercícios apropriados,
proteja o idoso com forros e intensifique a higiene.
Incontinência fecal
Sobre a incontinência fecal avalie se teve um início súbito devido a uma diarreia.
Intensifique a higiene e se possível, planeje evacuações regulares.
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3.1 Banho e higiene pessoal
Conheça os materiais que você precisa utilizar para uma excelente higiene do idoso e saiba como
organizá-los de modo a facilitar seu uso. Selecione um dos procedimentos.
Banho
Os materiais que você precisa para o banho devem ser organizados em três conjuntos.
Prepare tudo antes de iniciar o procedimento.
Prepare uma bandeja com:
Na hora do banho, você deve misturar as águas dos 2 jarros para que resulte em uma
temperatura ideal.
Separe:
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Também deixe próximo a você:
Lavagem de cabelos
Em alguns casos haverá necessidade de realizar o procedimento de lavagem de cabelos de
modo separado. Para isso, separe os materiais listados abaixo.
Prepare uma bandeja com:
Separe fora da bandeja:
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Há partes na técnica de higiene pessoal que necessitam de duas pessoas, por exemplo, a higiene das
costas. Torna-se perigoso uma pessoa realizar sozinha. Mesmo tendo um ajudante, o cuidador deve -
além do uso do hidratante e da massagem, virar o paciente na cama de 2 em 2 horas, pelo menos, e
jamais deixá-lo urinado. A urina é ácida e pode provocar lesões.
Ainda com relação à higiene é relevante um cuidado
com o leito onde o idoso dorme. Veja a sequência de
como deve ser realizado o procedimento de troca da
roupa de cama com o paciente ainda deitado.
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Atenção
Para casos de idosos, completamente dependentes, será preciso alguém que o ajude a manter-se
de lado. Este ajudante fará o resto da cama, enquanto o cuidador mantém o doente na posição
ideal, contudo, confortável.
3.2 Posicionamento no leito
Com um bom posicionamento do leito de um idoso, podemos evitar sérias complicações. Conheça
algumas.
Contratura em flexão (posição fetal);
Contratura em extensão (posição em que o idoso fica esticado sem conseguir dobrar as
juntas por falta de movimento);
Úlcera de decúbito (escara) etc.
Lição 03
Cuidados mais importantes para idosos acamados
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Sobre as grades
As grades laterais são usadas para segurança, como auxílio para
transferência para posição sentada e entrada e saída do leito.
As grades são presas normalmente na cabeceira da cama e
algumas podem ser removidas, facilitando assim o trabalho do
cuidador.
Sobre os colchões
Os colchões devem ser firmes e uniformes. Não devem ser moles
nem duros demais.
Pode-se utilizar um colchão de ar ou um colchão piramidal (caixa
de ovo) para prevenir escaras.
Posição em supino (barriga para cima)
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1- Cotovelo: pode ficar esticado ou em posição neutra.
2- Antebraço: posicionar com a palma da mão para cima ou para baixo.
3- Punho e dedos: devem ficar parcialmente dobrados sempre com o polegar aberto.
4- Quadril e coxa: se possível, colocar um rolo de pano ou travesseiro ao lado da articulação do quadril e
coxa, para evitar que a perna rode lateralmente.
5- Pernas: devem ser postas em posição neutra com os dedos apontados para o teto, evitando assim a
rotação dos tornozelos.
6- Joelho: deve ser posicionado em extensão, para evitar que fique dobrado e depois seja difícil esticá-lo.
7- Calcanhar: deve ficar livre sem nada para comprimir.
Posição decúbito lateral (de lado)
1- Perna: a perna que fica em cima deve ser levemente dobrada com apoio do travesseiro em baixo e
colocada ligeiramente à frente.
2- Braço interno: deve ficar levemente estendido confortavelmente sem que o peso recaia muito sobre o
ombro.
3- Cabeça: sempre que possível utilize o travesseiro para dar maior conforto e apoio ao paciente.
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Atenção
A posição de decúbito lateral, como as outras, deve ser usada de acordo com a tolerância de cada
idoso não existindo regra quanto a sua obrigatoriedade ou frequência.
Posição de pronação (de barriga para baixo)
1- Pernas e bacia: manter pernas e bacia esticadas.
2- Joelhos e pés: aliviar o atrito, proveniente do contato sobre as proeminências ósseas posteriores.
Atenção
A posição de bruços é prescrita quando as condições pulmonares, cardíacas e esqueléticas
permitem, de acordo com as orientações do médico ou fisioterapeuta.
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Pacientes com derrame
Braços: em pacientes com sequela de AVE (derrame) você não deve
permitir que o braço afetado fique dobrado. A posição correta é
semiestendido.
Mãos: a mão afetada deve ficar em posição semiaberta com o polegar
afastado dos outros dedos. Além disso, não deve ser colocado nada
dentro da mão, nem mesmo bolinha para que faça exercícios com a mão.
Pés: o pé afetado deve ficar com os dedos apontados para o teto- usar
apoio no pé da cama. Você também pode optar por um rolo ou
travesseiro lateral para apoiar o quadril (trocanter ) e coxa de forma que
a perna afetada não fique rodada para fora ou para dentro. Além disso,
use e abuse do auxílio dos travesseiros e rolinhos de pano (você mesmo
pode fazê-los).
O trabalho de cuidador é muito relevante para a prevenção de posições viciosas, muitas vezes irreversíveis,
sendo importante também enquanto um suporte para o fisioterapeuta na proposta de reabilitação do
idoso. Sempre que tiver dúvida como realizar o posicionamento adequado no leito, consulte o
fisioterapeuta e use o bom senso, pois não existem regras absolutas sobre o tema.
Dúvidas Frequentes
Com que frequência devo virar o paciente no leito?
O paciente acamado deve ser virado pelo menos a cada duas horas, isso deve ser encarado como uma
rotina, inclusive pode ser necessário diminuir a quantidade de tempo em certas posições ou aumentar
lembrando sempre que a posição deve ser a mais confortável possível para o paciente.
Coisas tão simples, como virar o paciente, podem fazer diferença entre viver e morrer, durante o cuidado
intensivo.
O virar é muito importante, dentre outras coisas, para prevenir o acúmulo de secreção pulmonar,
facilitando assim a respiração.
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E se eu não virar, o que acontece? Quais são as consequências da imobilização?
Diminuição da circulação corpórea - causa de vertigem ou desmaio.
Diminuição na ventilação pulmonar.
Aumento da osteoporose (perda da integridade óssea).
Diminuição na massa e na força muscular – causa de atrofia e fraqueza.
Contratura muscular – causa de deformidade e enrijecimento articular (nas juntas).
Úlceras de decúbito (escaras) - que é decorrente de uma forte pressão sobre uma área onde a pele
está intimamente superposta ao osso podendo causar necrose (morte) do tecido, lesando a pele,
músculo e até o osso, podendo causar infecção no local ou generalizada.
3.3 Cuidados com a pele e prevenção de úlcera de pressão
É comum verificar alterações de pele e do tecido conjuntivo em pacientes idosos, isso porque a
pele é a interface entre as pessoas e o seu meio. Ela serve de proteção aos outros órgãos do
corpo em casos de mudanças de temperaturas excessivas, injúria mecânica, radiação ultravioleta,
químicos tóxicos e patógenos microbianos.
Detalhes
A pele é também um órgão tátil, visível, de grande importância psicológica e social, através do
qual os indivíduos podem receber estímulos agradáveis.
Com o avanço da idade, ela passa a não desempenhar tão bem cada uma dessas funções vitais,
por esta razão, as alterações que acompanham seu envelhecimento, frequentemente afetam um
indivíduo em uma proporção tão grande quanto as alterações funcionais.
A pele, como todos os outros órgãos é constituída de células. Existe um espaço entre essas
células, que é preenchido por substâncias que as sustentam. O colágeno é uma delas.
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3.3 Cuidados com a pele e prevenção de úlcera de pressão
À medida que vivemos, vão morrendo células do nosso organismo e nosso tecido vai ficando cheio
de espaços. A pele vai perdendo a elasticidade, assim como os músculos e os ossos, pois o
colágeno toma o lugar das células que já não se renovam com tanta velocidade (o colágeno não é
tão elástico quanto as células).
O organismo do idoso também vai perdendo a água que estava dentro das células e a pele fica
ressecada, cheia de escamas às vezes. É a desidratação da pele.
A epiderme que é a parte superficial da pele com o tempo vai ficando mais fina. Por baixo, as
estruturas, que precisavam ser protegidas, passam a sofrer riscos. O colágeno torna o tecido mais
rígido, os pelos vão diminuindo – principalmente na região genital e nas axilas –, as unhas
tornam-se secas e opacas - não brilham como as da criança. Abaixo da epiderme, há várias
estruturas e, logo abaixo, o tecido subcutâneo, protetor dos órgãos.
A gordura entre as camadas da pele diminui. O fluxo sanguíneo
também diminui, prejudicando a nutrição celular. Nos
preocupamos muito com sentidos como visão, audição, mas
esquecemos do tato, que envolve todo o corpo. É a pele que
manda mensagens para o cérebro, dizendo que está frio, está
quente ou que estamos sentindo dor.
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É preciso estimular o idoso, estimular o seu sentido tátil, fazendo-
lhe carinho, não expondo às agressões do frio e do calor excessivo,
assim como oferecer-lhe um ambiente cheiroso, uma alimentação
boa etc.
As estruturas internas ficam expostas quando a pele é agredida e
por causa das perdas sofridas pelo idoso, os tecidos ficam lesados.
Podem aparecer escaras, por exemplo, que é um claro sinal de
maltrato.
O mais grave nisto tudo é a exposição ao sol de maneira
indiscriminada. O sol antecipa todo o processo que foi descrito
até aqui.
Os raios ultravioletas destroem as células.
Os raios infravermelhos produzem calor.
Pela manhã cedinho, o sol não queima tanto a pele, mas ao
meio-dia, aquece e queima. A radiação vai destruindo a pele.
Basta ver as pessoas que trabalham no campo, expostos ao
sol; têm a pele áspera, ressecada. Para os que trabalham no
mar, com ação do sal, a situação ainda é pior. A pele destes
indivíduos fica com aspecto de couro.
As toxinas de nosso corpo são expelidas através da urina e do suor, sendo que o excesso de sudorese
pode desidratar o organismo. O idoso, de modo geral, transpira menos, por isso acaba ficando restrito a
eliminar todas ou quase todas as toxinas apenas na urina (esse também é o motivo de sua urina ser
fétida). Se o idoso fica, durante muito tempo, exposto ao sol, pode desidratar-se, o que representa um
grande risco, pois sua reserva de água é pequena.
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Alterações de pele e tecido conjuntivo
As principais complicações na pele detectadas em idosos são
cinco:
Ressecamento;
Prurido;
Lesões traumáticas (Hematomas, equimoses, arranhões,
infecções);
Úlceras de pressão;
Lesões nos pés (Diabéticos ou não).
Quais as consequências destas alterações?
1- A pele do idoso fica seca e frágil, daí os cuidados que devemos ter. Há casos, cuja pele é
tão fraca que só de a gente pegar, ela se rompe. Por isso, é preciso técnica para lidar com
o idoso acamado.
2- A tolerância do idoso ao sol não é como de outra pessoa mais jovem. Nos países tropicais,
como o nosso, o risco é muito maior. Os raios ultravioletas, emitidos entre 10 horas até
15/16 horas queimam a pele e causam lesões.
3- Suscetibilidade à infecção. OBS: Caso você note qualquer alteração na pele do idoso que
está sendo cuidado, comunique, imediatamente, ao médico. O rompimento fácil da pele,
por exemplo, pode ser sintoma de hipotiroidismo. Fique atento também aos sinais comuns
ao envelhecimento: pintas vermelhas, manchas senis lisas. As manchas crespas podem
transformar-se em lesões pré-malignas, em alguns casos há necessidade de serem
retiradas através de uma pequena cirurgia.
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4- A tolerância de pessoas da 3ª idade ao frio e ao calor é muito menor, uma vez que seu
tecido subcutâneo está diminuído. Em diversas ocasiões é preciso proteger sua pele do frio
com agasalhos e bolsas de água quente nos pés. Ao entrar em hipotermia o idoso demora
a voltar ao normal.
5- Lesões traumáticas. A pele que se rasga facilmente e escarifica-se facilmente também. Uma
vez estabelecida a escara, a cura é muito difícil.
Você deve ter alguns cuidados especiais. Acompanhe.
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Cuidados especiais com idosos diabéticos
Unhas
As unhas deste tipo de pacientes devem
ser feitas por profissionais – podólogos.
Se elas forem cortadas demasiadamente,
há a possibilidade de se ferir as cutículas
e provocar uma necrose. Isso porque as
bactérias que se reproduzem ali são
muitas.
Sapatos
Os sapatos devem ser folgados,
confortáveis.
Pés
É preciso lavar bem os pés do diabético,
secá-los sem friccionar e massageá-los
para ativar a circulação.
É bom que o diabético ande calçado, de
modo a ficar mais atento a sua
sensibilidade, com a evolução da doença
ela pode ficar reduzida nos pés.
Exposição ao sol
Veja abaixo as orientações
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Prevenção de úlceras de pressão
Para a prevenção das úlceras no idoso, alguns cuidados especiais devem
ser tomados. Já foi mencionada a questão da pressão e do atrito, pois
podem provocar o rompimento da pele do idoso. Porém, além disso,
examine cuidadosamente, as nádegas, o calcanhar, coxas nas partes
laterais, cada vez que mudar o idoso de posição. Uma coloração
vermelha que não cede à pressão, e não tem a cor alterada, pode ser o
princípio de uma escara.
No caso de um paciente que faça uso de cadeira de rodas, deve ser
realizado um controle para que ele não permaneça sentado por mais
de 3 horas consecutivas. Alterne com a posição deitada e cada vez
que realizar a troca de posição, massageie a área afetada – faça uma
massagem de conforto utilizando creme hidratante, assim você irá
manter a circulação ativa.
Para os que usam colchão de água ou de caixa de ovos (colchão feito
de espuma, semelhante a uma caixa de ovos, com espaços, onde o
sangue vai poder circular) use lençol oleado, que não impede a
circulação (o plástico impede).
Informações adicionais
Esse oleado não precisa cobrir a cama toda, só pelo meio. Ele é um auxílio para o cuidador a
mudar o paciente de posição.
Prevenção de úlceras de pressão
É importante dar preferência ao uso de sabonetes neutros, como o de glicerina e que se evite o
sabão muito perfumado, porque além das úlceras, também pode provocar alergia.
Para o caso de idosos que estão limitados ao banho no leito: deve-se lavar e secar cada parte
separadamente e depois do banho, aplicada uma loção hidratante ou óleo neutro.
Observação
O uso do óleo evita complicações, pois forma uma camada protetora, que serve de barreira contra
a evaporação, mantendo a pele hidratada.
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Nos idosos acamados, a massagem de conforto também deve ser realizada a cada troca de
posição, a fim de ativar a circulação e evitar escaras. Esta mudança de posição deve ser feita a
cada uma ou duas horas. Ao realizar as transferências, seja bastante delicado.
Principais áreas de atenção para prevenção de úlceras de pressão.
Por fim, orientamos que você mantenha atividade física ativa e passiva com o idoso sempre que
possível, lembre-se de secar todas as áreas submetidas à pressão sobre o leito ou sobre a cadeira,
proteja as áreas de proeminência óssea de superfícies ásperas, de dobras de roupa de cama, e de
roupa amassada e ensine o paciente a proteger sua própria pele.
Conheça alguns estágios da úlcera por pressão.
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3.4 Transferências
O que é transferência? Conheça definição deste termo tão familiar e detalhes sobre esta prática tão importante na vida do idoso.
A transferência é um padrão de movimento pelo qual o paciente se move de uma superfície para outra. A maioria das transferências é feita no sentido do lado mais normal ou mais forte, independente da causa da incapacidade. Os pacientes devem ser ensinados a fazer uma transferência em sequências curtas e devem dominar cada passo antes de prosseguir ao seguinte. Mesmo os pacientes sem nenhuma linguagem verbal.
3.4 Transferências
Transferência do leito para a cadeira de rodas
Acompanhe em detalhes como deve ser realizado este procedimento de transferência respeitando
as limitações do paciente.
1. A cadeira de rodas deve ser posicionada no lado mais forte ou normal do paciente e deve
ser ligeiramente angulada (inclinada).
2. O paciente deve passar da posição deitada para sentada segurando na grade ou com o
auxílio do cuidador. Em alguns casos pode ser usada uma prancha de deslizamento para
uma transferência de deslizamento lateral.
3. Durante a transferência o paciente mantém sua cabeça e ombros ligeiramente para frente
a fim de manter o seu equilíbrio e impedir que caia para trás.
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Transferência com auxílio
As transferência com auxílio dizem respeito às situações em que o paciente não é capaz de
levantar da cama segurando na grade e você, cuidador, deve ajudá-lo.
O paciente deve apoiar a mão mais forte ou a mão normal sobre a cama e levantar o corpo com o
braço bem esticado. Durante esta ação o paciente, se necessário, deve ser incentivado com
palavras animadoras como: "vamos, força!".
As pernas do paciente devem estar juntas ao se moverem para fora da cama. O cuidador deve
colocar sua mão direita embaixo do braço do paciente e apoiar as costas dele, já a mão esquerda
deve ficar em baixo das pernas e bem próximas ao quadril. Os joelhos do cuidador devem estar
levemente fletidos e sua coluna ereta para que não faça força com os músculos da coluna.
Acesse https://www.youtube.com/watch?v=GdIkUaYwQrw e assista ao procedimento descrito,
assim você poderá compreender melhor a sequência descrita.
Transferência com auxílio de sentado para de pé
As mãos do paciente devem segurar atrás do pescoço do cuidador e devem estar entrelaçadas. Os
braços do cuidador devem ficar ao redor do paciente nas costas e no quadril.
O cuidador prende o joelho e os pés do paciente com suas pernas, pede-se ao paciente para se
inclinar anteriormente.
Juntos contam de 1 a 3 balançando para frente e para trás, o cuidador puxa o paciente, tomando
cuidado para o seu joelho ficar fletido e a coluna reta.
Acesse https://www.youtube.com/watch?v=W154Sxqi1hs e assista ao procedimento descrito,
assim você poderá compreender melhor a sequência descrita.
Limpeza e desinfecção de ambiente
Sempre que identificar uma área a ser higienizada, remova mecanicamente a sujeira ou matéria
orgânica que encontrar no ambiente. Depois, realize a limpeza e desinfecção. Para evitar
confusões que possam comprometer o processo veja a definição e descrição dos dois
procedimentos.
Lição 04
Higiene do ambiente em que o idoso vive
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Tipos de Limpeza
A limpeza realizada diariamente, no início da jornada de trabalho e
ao término de procedimentos, é chamada de limpeza
concorrente. Ela deve ser feita em todos os ambientes, inclusive
quando ocupados ou com a presença de pacientes sempre ao iniciar
a jornada de trabalho e ao término de procedimentos.
Ela deve ser seguida pela limpeza de manutenção sempre que
necessário.
Já a limpeza realizada após contaminação com material orgânico
(fezes, urina, vômito, sangue, secreções) é
denominada desinfecção concorrente e deve anteceder a
limpeza das superfícies.
A desinfecção de superfície deve ser realizada com a mistura: Álcool
etílico 70% + Hipoclorito de sódio 1% + Desinfetante (Lysoform,
por exemplo).
Regras essenciais da boa limpeza
A limpeza deve ser feita apenas com água e sabão (detergente).
Primeiro, utilize um pano úmido para uma varredura inicial, recolhendo os resíduos.
Depois, prossiga a limpeza com um pano com água e sabão, retirando toda a sujeira.
Enxágue o pano e finalize o trabalho.
Atenção
Lembre-se de sempre utilizar dois baldes, de cores diferentes. Esta técnica tem por objetivo estender o
tempo de vida útil do detergente, assim como os custos e a carga de trabalho.
Como realizar a limpeza?
Ao limpar uma casa, proceda da seguinte forma.
Paredes: limpe de cima para baixo.
Tetos: limpe em uma direção única, sempre iniciando do fundo da sala para a saída.
Piso de quartos e salas: limpe em sentido único, evitando o vaivém, iniciando do fundo para a porta
de saída.
Piso de corredores, escadas e hall: sinaliza a área, dividindo-a em 2 faixas e assim possibilitando o
trânsito em uma delas.
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Como realizar a limpeza com pano úmido?
Acompanhe o passo a passo:
Prepare dois baldes, um com água e detergente e outro apenas com água.
Mergulhe o pano no balde com água e detergente, torcendo-o bem para retirar o máximo
possível de água (substitui a operação de remover o pó seco, e ao mesmo tempo promover
a limpeza).
Abra o pano umedecido, dobrando-o em 2 ou 4.
Limpe as superfícies, desdobrando o pano para utilizar todas as dobras limpas.
Limpe em faixas paralelas, com movimentos ritmados, longos e retos.
Lave o pano no balde que contém apenas a água, após utilizar todas as dobras.
Volte a mergulhar o pano no balde com água e sabão, para se necessário, reiniciar o
procedimento de limpeza.
Repita a operação quantas vezes necessárias para promover a limpeza.
Troque a água dos baldes sempre que estiverem visivelmente sujas, quantas vezes forem
necessárias.
Jogue a água suja no esgoto.
Limpar e guardar todo o material após o uso.
Lavar as mãos antes de seguir para outra tarefa.
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Como realizar os procedimentos para uma limpeza concorrente?
Acompanhe o passo a passo:
Recolha das mesas, bancadas etc., todo material a ser desprezado.
Prepare dois baldes, um com água e sabão, outro apenas com água.
Limpe as mesas, bancadas etc., umedecendo o pano com água e sabão detergente ou
sapólio, utilizando a técnica do pano úmido.
Passe um pano úmido embebido em água pura duas vezes ou mais se necessário para
retirar todo o sabão.
Não misture os panos de limpeza de bancadas com os de limpeza do chão.
Retire as luvas de limpeza de bancadas e lavar as mãos.
Colocar as luvas destinadas à limpeza do chão.
Proceda à limpeza do chão com água e sabão usando a técnica do pano úmido.
Utilize movimentos retos e paralelos, obedecendo ao sentido do interior para a porta de
saída dos ambientes.
Lave o pano no balde com água pura.
Passe o pano úmido com água pura para retirar todo o sabão quantas vezes for necessário.
Como realizar os procedimentos para uma desinfecção concorrente?
Acompanhe o passo a passo:
Uso do álcool 70%
1. Utilize o álcool 70% para desinfecção de equipamentos, bancadas, macas, superfícies
metálicas etc.
2. Retire o excesso da carga contaminante (matéria orgânica), se houver, com papéis
absorventes ou panos velhos, sempre utilizando luvas.
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3. Em seguida, efetue a limpeza com água e sabão em toda superfície, usando as técnicas de
limpeza com pano úmido.
4. Depois, embeba o pano no álcool e faça 03 fricções locais por 30 segundos, deixando a
superfície secar espontaneamente.
Uso do Hipoclorito de sódio a 1%
1. Utilize o hipoclorito de sódio 1% para a desinfecção de pisos, paredes e banheiros (não o
aplique em artigos metálicos).
2. Retire o excesso da carga contaminante (matéria orgânica) com papéis absorventes ou
panos velhos, sempre utilizando luvas.
3. Despreze o papel ou pano em saco plástico de lixo branco leitoso ou fazer desinfecção do
pano em caso de necessidade de reutilizá-lo.
4. Aplique a solução desinfetante por 10 minutos.
5. Remova o desinfetante com pano úmido em água pura.
6. Proceda à limpeza com água e sabão em toda superfície, usando as técnicas do pano
úmido.
7. Ao finalizar a tarefa lave as mãos.
Uso do Lysoform
1. O Lysoform deve ser utilizado como um bactericida para a limpeza de matéria orgânica.
2. Para uso do lysoform na limpeza diária faça uso de dois baldes e pano úmido (substituindo
o detergente e respeitando as diluições recomendadas na embalagem).
3. Utilizar detergente em áreas não críticas.
4. O Lysoform pode ser utilizado em qualquer tipo de superfície, metálica ou não.
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Nesta unidade, você iniciou seu aprendizado a partir da compreensão de pontos fundamentais
para a avaliação de um idoso e reconhecimento das suas necessidades de cuidado.
Conheceu, também, o significado dos sinais e sintomas e intercorrências mais frequentes que
necessitam intervenção dos profissionais de saúde, assim como os cuidados necessários ao idoso
acamado; o banho no leito e a lavagem dos cabelos com técnica; o posicionamento correto no
leito e as técnicas de transferência ao idoso com dificuldade de locomoção.
Na sequência, pôde identificar as ações necessárias para manter a higiene do ambiente em que o
idoso vive e verificar as alterações na pele e tecido conjuntivo relativas ao processo de
envelhecimento e suas repercussões no cuidado do idoso.
- C
Contratura Muscular: Uma contratura muscular ocorre quando o músculo se contrai de maneira incorreta e não
volta ao seu estado normal de relaxamento, em resposta a uma sobrecarga de esforço continuado exercido sobre um
músculo ou tendão, e ao qual os mesmos não estão acostumados.
- D
Decúbito: Posição deitada.
- H
Hálux: É como chamamos o “dedão” do pé. Os outros dedos são chamados de artelhos.
Hipotiroidismo: É a deficiência de hormônios produzidos pela glândula tireoide.
- M
Maléolo: É a designação dada a cada uma das proeminências ósseas dos tornozelos (interna e externa).
- N
Necrose: Morte de um tecido celular.
- P
Pronação: Descreve um movimento que tem como resultado pôr o dorso da mão para 'cima' (anterior).
Prurido: Coceira.
Pus: É uma secreção de cor amarelada, ou amarelo-esverdeada, frequentemente mal cheirosa, produzida em
consequência de um processo de infecção bacteriana e constituída por leucócitos ou glóbulos brancos em processo de
degeneração, plasma, bactérias, proteínas e elementos orgânicos.
Conclusão
Glossário
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- S
Supino: Posição supina é uma posição do corpo quando o indivíduo deita de face para cima, em contraposição à
posição prona.
- T
Trocanter: É a designação dada a cada uma das proeminências ósseas da parte superior do fêmur.
BORN, T. [org.] Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Secretaria Especial dos direitos humanos.
BRASIL. Cuidar melhor e evitar a violência: manual do cuidador da pessoa idosa. Subsecretaria de
Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. Brasília, 2008.
CALDAS, C. P. (Org.) ; SALDANHA, Assuero Luiz (Org.) . Saúde do idoso: a arte de cuidar (2a.
edição ampliada). 2ª. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2004. v. 1. 399p .
CLKER http://www.clker.com. Acessado em Agosto, 2014.
EVERYSTOCKPHOTO http://www.everystockphoto.com. Acessado em Agosto, 2014.
FLICKR http://www.flickr.com. Acessado em Agosto, 2014.
Veras, R. P. (coord); Caldas, C. P. (Org). Cuidadores: formação de acompanhantes de idosos
(coletânea de textos). Rio de Janeiro: Ministério do Trabalho e Emprego; Fundação Banco do Brasil;
UnATI/UERJ, 2008, 175p.
Referências
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Coordenação Luciana Branco da Motta Célia Pereira Caldas
Equipe Pedagógica
Coordenadora Pedagógica Marcia Taborda Pedagoga Carla Cristina Dias
Produção técnica
Autora Célia Caldas
Equipe técnica
Coordenador Técnico
Felipe Docek
Coordenador de Projetos
Marcelo Prates
Assistente de Comunicação
Matheus Manzano
Desenhista Gráfico
José Martins
Desenhistas Instrucionais
Michele Trancoso
Odete Firmino
Desenvolvedores
Marcus Vinicius Penha da Silva
Ilustradores
José Martins
Matheus Manzano
Secretárias
Adriana Costa
Laura Helione
Créditos
Reitor Ricardo Vieiralves de Castro
Vice-Reitor Paulo Roberto Volpato Dias
Sub-Reitora de Graduação Lená Medeiros de Menezes
Sub-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa Monica da Costa Pereira Lavalle Heilbron
Sub-Reitora de Extensão e Cultura Regina Lúcia Monteiro Henriques
Coordenação Geral UnASUS UERJ Paulo Roberto Volpato Dias
Coordenação Executiva UnASUS UERJ Márcia Maria Rendeiro