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EDUCAÇÃO 3 . 0 Como ensinar estudantes com culturas tão diferentes

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EDUCAÇÃO 3.0Como ensinar estudantes com culturas tão diferentes

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EDUCAÇÃORui Fava

3.0Como ensinar estudantes com culturas tão diferentes

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EditoresElaine CaniatoRamon Carlini

Ilustrações e CapaLeo Davi

Projeto Gráfi co e Editoração EletrônicaRamon Carlini

Revisão GramaticalMarta Cocco

© Rui Fava, 2012

Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução de partes ou do todo desta obra sem autorização expressa do autor e da editora (art. 184 do Código Penal e Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998).

F272e Fava, Rui. Educação 3.0: como ensinar estudantes com culturas tão diferentes. 2. ed./ Rui Fava. Cuiabá: Carlini e Caniato Editorial, 2012.

ISBN 978-85-8009-046-8

1.Educação. 2.Educação 3.0. 3.Redes Sociais. 4.Quociente de Inteligência. 5.Choque de Gerações. I.Título.

CDU 37

Carlini & Caniato Editorial (nome fantasia da Editora TantaTinta Ltda.)Rua Nossa Senhora de Santana, 139 – sl. 03 – GoiabeiraCuiabá-MT – (65) 3023-5714carliniecaniatoeditorial.wordpress.com - [email protected]

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Sumário

Introdução .................................................................................... 7

Educação 1.0: o mundo das escolas no século XII .................... 15 O mestre da Educação 1.0 e sua metodologia de ensino ........22

Educação 1.0 no Brasil ............................................................... 27

Educação 2.0: ensino de massa. ................................................. 39 Princípios da Revolução Industrial ..................................... 41

Educação 3.0: pedagogia de parceria ........................................ 50 Tecnologia e Educação: uma aliança necessária neste mundo globalizado .................................................... 53

A evolução do Quociente de Inteligência – QI ......................... 59

O choque de gerações ............................................................... 67 Geração Belle Époque ........................................................ 70 Geração Baby Boomer ........................................................ 72 Geração X ............................................................................ 75 Geração Y ........................................................................... 79

O docente da era 3.0 .................................................................. 92

O gestor da era 3.0 ................................................................... 100

Redes Sociais: uma forte aliada da Educação 3.0 .................... 107

Benchmarking de uma escola de sucesso ............................. 121

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Uma proposta pedagógica para a Educação 3.0 ...................... 131 O Conceito de Conhecimento ........................................... 137 O Conceito de Competência ............................................. 142 Proposta de reestruturação dos cursos através do Balanced Scorecard (BSC) ............................... 145 O perfil profissional almejado .......................................... 147 O campo de atuação de cada curso .................................. 149 As competências necessárias ............................................ 149 As habilidades procedimentais e atitudinais essenciais .... 150 Os conteúdos ................................................................... 152 As disciplinas ................................................................... 153 Matriz Curricular................................................................ 157 As atividades de aprendizagem ....................................... 158 Ensino Presencial versus Ensino a Distância .................... 160

Considerações finais ................................................................ 167

Bibliografia ............................................................................... 175

Agradecimentos........................................................................ 179

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Introdução

Não há nada mais difícil de se empreender, mais

perigoso de se conduzir, do que assumir a liderança

na introdução de uma nova ordem de coisas, porque

a inovação terá como inimigos todos aqueles

que têm se dado bem sob as antigas condições,

e defensores indiferentes naqueles que podem se

sair bem sob as novas.

Niccolò Macchiavelli, O Príncipe (1532)

Quando o mundo mudava devagar, olhar para o futuro era

uma arte mística, envolta em segredos, extraída de entranhas

e, quase sempre, produto de incorretas profecias, divinamente

inspiradas das Sibilas nos oráculos da antiguidade. Mas, hoje,

o mundo está evoluindo rapidamente, pois com a descoberta

de novos meios de comunicação, a informação está disponível

a qualquer hora em qualquer tempo.

Henry Jenkins, professor do Massachusetts Institute of Tech-

nology (MIT), denomina o atual estágio de comunicação como

Cultura da Convergência, ou seja, a passagem do estágio

de cultura interativa, para cultura participativa que alimenta

os três desejos da atual geração: compartilhar informação,

influenciar semelhantes e manter-se informado. Trazendo o

conceito de Jenkins para a educação, a cultura da convergência

traz o fluxo de conteúdos e informações através de múltiplas

plataformas de informação e um novo comportamento mi-

gratório dos estudantes, que vão a quase qualquer parte em

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busca das experiências de aprendizagem que desejam.

A convergência na educação representa a circulação de

conteúdos por meio de diferentes sistemas de informação.

O surgimento do Google na década de 1990, com seu genial

mecanismo de consulta, permitiu organizar o acesso à miría-

de de informações esparsas no mundo virtual. O Google usa

cálculos matemáticos para suas buscas. O Facebook deu um

passo além, utilizando as interações pessoais de seus mais

de 900 milhões de usuários para dar peso a uma informação.

Certamente é a passagem da era das buscas de informação

para a era social e participativa da Internet. Entretanto, a

convergência na educação não deve ser compreendida ape-

nas como um processo tecnológico dentro ou fora da sala

de aula. Mais do que isso, a convergência representa uma

transformação cultural, uma vez que os estudantes são in-

centivados a procurar e colocar novas informações nos mais

diversos sistemas e fazer conexões em meio a conteúdos de

informações dispersos, criando, assim, a cultura participativa

e não mais apenas a cultura interativa.

A expressão cultura participativa contrasta com noções

mais antigas sobre a passividade dos estudantes na busca da

aprendizagem. Com o advento da Educação 3.0, em vez de

falar sobre alunos e professores como ocupantes de papéis

separados, devemos agora considerá-los como participantes

do processo de ensino-aprendizagem com um novo conjun-

to de regras que poucos de nós, educadores, entendemos e

aceitamos por completo. É claro que nem todos os participan-

tes são iguais, alguns estudantes têm mais habilidades para

participar dessa cultura emergente do que outros. Existem

ainda, muitos outros que poderíamos denominar de analfa-

betos digitais, alunos que, apesar de terem nascidos na era

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da Internet, por algum motivo não têm ou não tiveram acesso

ao mundo digital. Mas, tal como diz Jenkins, nenhum de nós pode saber tudo; cada um de nós sabe alguma coisa; e podemos juntar as peças, se associarmos nossos recursos e unirmos nossas habilidades.

Na Educação 3.0 o estudante deve ser gerenciado e não

controlado. Significa que o paradigma que presumia que as

novas tecnologias substituiriam a presença do professor não

é verdadeiro e que o emergente paradigma da convergência

presume que novas e antigas metodologias de ensino-apren-

dizagem irão interagir de forma cada vez mais complexa. O

fato é que o professor centralizador do conhecimento, que

rugia e comandava a sala de aula da forma que bem entendia,

está muito pouco adaptado ao novo ambiente tecnológico

e convergente da sala de aula. É claro que os velhos meios

de ensino-aprendizagem nunca morrem – nem desaparecem

necessariamente. O que morre são apenas as ferramentas que

usamos para acessar os conteúdos e a forma de busca das in-

formações, ou seja, os velhos meios de ensino-aprendizagem

como cuspe e giz não estão sendo substituídos, as suas funções

e status é que estão sendo transformados pela introdução de

novas tecnologias educacionais em sala de aula.

Saliento que de forma alguma advogo que os professores

tenham que se tornar experts no domínio de ferramentas

digitalizadas. Quem deve dominar e domina ferramentas e

processos digitais são os alunos. Os professores devem en-

tender e conhecer essas ferramentas e processos para orientar

e monitorar a aprendizagem do estudante.

A Educação 3.0 chegou e com ela um novo mundo digi-

tal, virtual e em redes emergiu e se transformou no foco da

maioria dos jovens da geração Y, provocando um notório

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declínio da eficácia da aprendizagem do ensino superior no

Brasil. Os estudantes não são os mesmos para os quais o

sistema educacional atual e, principalmente, as metodologias

de ensino aprendizagem foram criadas. Os antigos estudantes

eram indivíduos isolados, os novos estudantes, mesmo dentro

de um ambiente virtual, são mais conectados socialmente. Se

a busca da aprendizagem já foi mais silenciosa e passiva, os

novos estudantes são agora ativos, barulhentos e públicos.

Os estudantes de hoje são a primeira geração a crescer com

essa nova e abundante tecnologia digital. Chegou aos bancos

das instituições de ensino superior a geração Millenniums, a

geração Digital, ou ainda, a geração Y, indivíduos nascidos

entre os anos 1983 e 2000, e que Marc Prensky, especialista em

tecnologia e educação pela escola de Artes e Ciências de Yale e

pela Harvard Business School, denominou de Nativos Digitais.

Uma geração que passou grande parte de suas vidas cercada

de computadores, videogames, câmeras de vídeos, celulares,

smartphones, sites, blogs, Twitters, Facebook, iPods, iPads e

todos os outros brinquedos e ferramentas da Era Digital.

A geração X, que são os filhos nascidos entre 1960 e 1983

da geração Baby Boomer, denominados por Marc Prensky

de emigrantes digitais, têm sua aprendizagem na sequência

de texto, som e imagem, ou seja, pensam no texto como sua

forma de comunicação primária e nas imagens como auxilia-

res. Para a geração Y, existe uma inversão dessa sequência

para imagem, som e texto, ou seja, os jovens Y preferem as

imagens aos textos. Isso significa que os professores emigran-

tes estão se esforçando para ensinar estudantes que utilizam

linguagens completamente novas e uma comunicação com

ênfase no digital.

Desde o surgimento do termo nativo digital, a tecnologia

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avançou e o perfil dos usuários envelheceu. Hoje, há muito

mais integrantes da geração X e geração Baby Boomer que

migraram para a era digital. Estamos a caminho de algo novo:

a era do homo sapiens digital, afirma Marc Prensky, ou a

era do indivíduo com sabedoria digital. Entretanto, muitas

instituições de ensino superior continuam unicamente com

processos analógicos dentro da sala de aula e, com isso, o

sotaque dos professores emigrantes é um obstáculo à apren-

dizagem, pois os nativos digitais, com frequência, não enten-

dem a linguagem e a forma com as quais os emigrantes estão

tentando se comunicar.

Habitualmente os professores emigrantes apreciam muito

pouco as novas habilidades, preferências e comportamentos

que a geração Y adquiriu e está aperfeiçoando através da in-

teração e prática no uso de aparelhos digitais, principalmente

através dos games e do uso contínuo da Internet. Os estudantes da geração Y estão acostumados a receber

informações com muito mais rapidez do que aquela com que

os emigrantes conseguem e sabem transmiti-las. A comunicação

da geração Y é em rede e contínua, pois seus integrantes estão

sempre em contato. Emigrantes digitais nasceram analógicos

e, portanto, são aprendizes digitais e estão acostumados a

fazer as coisas de modo seriado, ou seja, uma coisa de cada

vez; nativos digitais são capazes de realizar multitarefas.

Num olhar comportamental, os jovens Y foram e estão sen-

do criados com uma grande base de autoestima. Na visão dos

pais eles podem ser e fazer o que querem o que, por sua vez,

gerou uma gama de estudantes agressivos e conscientes de

seus pontos fortes, porém reticentes quanto aos seus pontos

fracos. Convivendo com estudantes da geração Y, percebo que

eles sabem o que querem (coisas grandes) e quando (agora),

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mas, raramente, eles conseguem construir um plano prático

e realista para o presente.

O fato é que os educadores têm um problema, não estão

conseguindo motivar a contento os estudantes da geração Y

e a principal causa está nesse choque de culturas. Como no

passado, grande parte dos docentes emigrantes digitais supõe

que os mesmos métodos de ensino-aprendizagem que fun-

cionaram quando eles eram estudantes irão funcionar para os

alunos atuais. Agregado a isso, existe uma excessiva proteção

dos pais que valorizam tudo que seus filhos fazem, elogiando,

também, o desempenho insuficiente.

As recompensas sem merecimento e as altas expectati-

vas dos estudantes em relação a si mesmos geraram efeitos

colaterais que afetam diretamente o desempenho na escola,

como: dificuldade de aceitar o fracasso em provas e trabalhos

acadêmicos; dificuldade de aceitar feedback e críticas cons-

trutivas, seja por parte dos docentes ou de colegas; grande

dificuldade de assumir a responsabilidade pelos erros come-

tidos; dificuldade de reconhecer suas limitações; dificuldade

de assumir a responsabilidade por seus atos e suas decisões

e incapacidade de focar o presente.

Poucos de nós educadores sabemos realmente como viver

e ensinar nesta época de convergência, de inteligência coleti-

va, de cultura participativa, de Educação 3.0. Essas mudanças

estão produzindo anseios e incertezas, até mesmo pânico

em alguns educadores. À medida que docentes imaginam

um mundo sem gatekeepers e convivem com uma realidade

de poder crescente do estudante, temem que a sala de aula

fuja do controle e que a dependência do aluno em relação

ao professor seja baixada a zero.

É claro que a realidade, mais uma vez, está no meio termo,

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afinal o bom processo pedagógico funciona passo-a-passo,

incentivando e gerenciando os estudantes na construção de

novas habilidades sobre aquelas que já dominam, monitorando

a aprendizagem até que os estudantes se sintam confiantes

para caminharem sozinhos.

No que se refere à informação, este foi o mais rápido período

de transformação tecnológica que o mundo vivenciou. Muito

tempo antes de Gutenberg desenvolver a impressa europeia

e produzir suas primeiras Bíblias, os chineses inventaram a

imprensa, porém, por vários séculos, poucas pessoas puderam

comprar ou ter acesso aos escritos ou livros impressos. Em con-

traste, num período de poucas décadas, ocorreu a invenção e

adoção das tecnologias digitais por mais de um bilhão de pessoas

no mundo todo. Apesar da enorme utilização de tecnologias

nenhum geração ainda viveu toda uma vida na era digital. Isso

faz com que tenhamos que buscar novos paradigmas, novos

modelos mentais, novos hábitos e, para isso, alguém tem que

ceder e certamente esse alguém são os emigrantes digitais.

Não tenho dúvidas de que os nativos digitais irão mover os

mercados, transformar as indústrias e modificar a educação.

Estas mudanças poderão ter um efeito imensamente positivo

no mundo em que vivemos. Aliás, a chegada da tecnologia

digital já tornou este mundo um lugar melhor de se viver e,

se deixarmos, os nativos digitais têm todo o potencial e a

capacidade para impulsionar muito mais a sociedade. Existe

um fato: não importa o quanto tentamos ou tentaremos a

geração Y não voltará atrás, continuará a buscar maneiras e

formas de utilizar a tecnologia digital em todas as rotinas de

sua vida. O que podemos e devemos fazer é buscar alterna-

tivas e respostas para perguntas como:

1. Em que os estudantes da geração Y são diferentes?

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2. Como eles aprendem e o que querem?

3. Como motivar e envolver a geração Y?

4. Como selecionar conteúdos que atraiam e levem os

nativos digitais a terem sucesso profissional e pessoal?

5. Como ensinar ou motivar a busca desses conteúdos?

6. Como utilizar as redes sociais em benefício da educação?

7. Como utilizar as redes sociais na educação?

Ao longo do livro, além de uma tentativa de responder

a essas perguntas, farei um passeio histórico pelo que estou

denominando de Educação 1.0, que abrange o surgimento das

Universidades no século XII; pela Educação 2.0, que tem suas

bases nos princípios da Revolução Industrial, princípios estes

ainda muito fortes na grande maioria de nossas escolas contem-

porâneas; um passeio pelas gerações anteriores analisando suas

características e comportamentos que influenciaram a geração

Y e pela Educação 3.0, ainda engatinhando, mas que está fa-

zendo da urgência a sobrevivência para atender a essa geração

de nativos digitais, em que o foco é a pedagogia de parceria

entre docentes e discentes para definir um novo método, no

qual a responsabilidade pelo uso da tecnologia é do aluno e

não necessariamente do professor. Uma metodologia que pre-

pare os estudantes para um futuro desconhecido, no qual eles

sobreviverão não pelo que sabem, mas pelas suas habilidades

e competências para a busca e aplicação da informação e para

a adaptabilidade a um ambiente em constante mutação.

Certamente não serão verdades e talvez ao fim do livro

tenhamos mais incertezas do que certezas, mas com uma

grande dose de expectativa e vontade de buscar respostas

mais eficazes para melhoria da aprendizagem dos estudantes

nativos digitais.

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