Carina De Almeida

7
Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS MIGRAÇÃO E O HIATO DE MEMÓRIA: O DESENVOLVIMENTO URBANO DE SANTA CRUZ DO SUL (RS) NA NARRATIVA DE JOVENS Sílvio Marcus de Souza Correa Carina Santos de Almeida ∗∗ RESUMO A narrativa dos jovens constitui uma fonte importante sobre os espaços urbanos e sobre a cultura urbana. Apesar da curta trajetória de vida comparada àquela de adultos e idosos, os jovens podem ter percepções distintas dos espaços urbanos, pois a cultura urbana se atualiza a cada nova geração. Este trabalho se propõe a refletir sobre a relação entre tradição oral, memória e história de uma cidade de porte médio do Rio Grande do Sul, tendo os jovens migrantes e de “segunda geração” como narradores. Com base na metodologia do focus group aplicada à história oral, o tema do desenvolvimento urbano foi tratado por cinco grupos de jovens entre 16 e 21 anos. A análise da narrativa dos jovens revelou um “hiato de memória” sobre o desenvolvimento urbano devido à ruptura com a tradição oral intergeracional, da mesma forma acusou para uma história urbana que tem a questão étnica como fulcral. PALAVRAS-CHAVE Migração, Oralidade, Memória e Narrativas Juvenis RÉSUMÉ Le récit de vie des jeunes constitue une source importante de données sur les espaces urbains et la culture urbaine. Malgré leur courte trajectoire de vie, comparée à celle des adultes et des personnes âgées, les jeunes peuvent avoir des perceptions distinctes des espaces urbains, en effet la culture urbaine se modernise à chaque nouvelle génération. Ce travail est une reflexion sur la relation entre le tradition orale, la mémoire et l’histoire d'une ville de port moyen du Rio Grande do Sul, en prenant comme narrateurs, des jeunes migrants de première et de "deuxième génération". À partir de une méthodologie du “focus group” appliquée à l'histoire orale, le thème du développement urbain a été traité par cinq groupes de jeunes agés de 16 à 21 ans. L'analyse du récit de ces jeunes a révélé un "hiatus de mémoire" sur le développement urbain dû à la rupture avec la tradition orale intergénération, elle a aussi démontré que l’histoire urbaine est basée sur la question ethnique. MOTS CLÉS Migration, Oralité, Mémoire et Récits Juvéniles Doutor pela Westfälische Wilhelms-Universität Münster e pesquisador junto ao Centro de Pesquisa sobre Desenvolvimento Regional (CEPEDER) da Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC. http://silviomscorrea.siz.com.br ** Mestranda em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC e bolsista CAPES, [email protected]

description

 

Transcript of Carina De Almeida

Page 1: Carina De Almeida

Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS

MIGRAÇÃO E O HIATO DE MEMÓRIA: O DESENVOLVIMENTO URBANO DE

SANTA CRUZ DO SUL (RS) NA NARRATIVA DE JOVENS

Sílvio Marcus de Souza Correa∗

Carina Santos de Almeida∗∗

RESUMO A narrativa dos jovens constitui uma fonte importante sobre os espaços urbanos e sobre a cultura urbana. Apesar da curta trajetória de vida comparada àquela de adultos e idosos, os jovens podem ter percepções distintas dos espaços urbanos, pois a cultura urbana se atualiza a cada nova geração. Este trabalho se propõe a refletir sobre a relação entre tradição oral, memória e história de uma cidade de porte médio do Rio Grande do Sul, tendo os jovens migrantes e de “segunda geração” como narradores. Com base na metodologia do focus group aplicada à história oral, o tema do desenvolvimento urbano foi tratado por cinco grupos de jovens entre 16 e 21 anos. A análise da narrativa dos jovens revelou um “hiato de memória” sobre o desenvolvimento urbano devido à ruptura com a tradição oral intergeracional, da mesma forma acusou para uma história urbana que tem a questão étnica como fulcral. PALAVRAS-CHAVE Migração, Oralidade, Memória e Narrativas Juvenis RÉSUMÉ Le récit de vie des jeunes constitue une source importante de données sur les espaces urbains et la culture urbaine. Malgré leur courte trajectoire de vie, comparée à celle des adultes et des personnes âgées, les jeunes peuvent avoir des perceptions distinctes des espaces urbains, en effet la culture urbaine se modernise à chaque nouvelle génération. Ce travail est une reflexion sur la relation entre le tradition orale, la mémoire et l’histoire d'une ville de port moyen du Rio Grande do Sul, en prenant comme narrateurs, des jeunes migrants de première et de "deuxième génération". À partir de une méthodologie du “focus group” appliquée à l'histoire orale, le thème du développement urbain a été traité par cinq groupes de jeunes agés de 16 à 21 ans. L'analyse du récit de ces jeunes a révélé un "hiatus de mémoire" sur le développement urbain dû à la rupture avec la tradition orale intergénération, elle a aussi démontré que l’histoire urbaine est basée sur la question ethnique. MOTS CLÉS Migration, Oralité, Mémoire et Récits Juvéniles

∗ Doutor pela Westfälische Wilhelms-Universität Münster e pesquisador junto ao Centro de Pesquisa sobre Desenvolvimento Regional (CEPEDER) da Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC. http://silviomscorrea.siz.com.br ** Mestranda em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul/UNISC e bolsista CAPES, [email protected]

Page 2: Carina De Almeida

Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 2

INTRODUÇÃO

Nas primeiras décadas do século XX, Walter Benjamin criticou aquela visão da história

linear, determinada pela idéia de progresso. Sua concepção de história minou toda a base do que

se convencionou chamar desenvolvimento. No entanto, a idéia de desenvolvimento integra o

imaginário ocidental contemporâneo. Na memória dos jovens, o desenvolvimento também se

faz presente em suas narrativas sobre a história urbana.

Tendo como foco das entrevistas a história de uma cidade de porte médio do Rio Grande

do Sul, jovens migrantes e de “segunda geração” balizaram suas narrativas com a idéia de

desenvolvimento urbano. Porém, suas narrativas acusaram um tempo múltiplo e, por vezes, em

desconexão. Cabe ressaltar que Benjamim (1994) pleiteou uma escrita da história que

compreendesse as descontinuidades e as múltiplas temporalidades. Por isso, a história

benjamiana se aproxima da memória, porquanto ela se inscreve no tempo daquele que a narra. Essa injunção da história com a memória foi percebida nas entrevistas com jovens, pois o

passado evocado se inscreve no momento vivido pelo(s) narrador(es).

Com base na metodologia do focus group aplicada à história oral, foram entrevistados

vários jovens migrantes e de “segunda geração”. Uma fase da pesquisa foi dedicada à realização

de entrevistas com jovens voluntários que, num número determinado de sessões durante o ano

de 2007, discutiram o desenvolvimento urbano de Santa Cruz do Sul. Os jovens entrevistados

foram divididos em cinco grupos focais. As entrevistas foram realizadas nas escolas onde os

jovens estudavam. Essas escolas se localizam em bairros distintos e atendem jovens provindos

de diversos extratos sociais urbanos, sendo quatro escolas da rede pública e uma da rede

particular de ensino.

A análise das entrevistas revelou um “hiato de memória” que não pôde ser preenchido pela

tradição oral de seus pais e/ou avós. Tal lapso pode ter relação com a crise de identidade dos

jovens entrevistados. Ver-se-á a seguir como a migração dos jovens ou aquela dos pais dos

jovens de “segunda geração” provocaram um desencaixe espacial e temporal que interferiu nas

suas narrativas sobre o desenvolvimento urbano.

1. JUVENI NARRANTUR

Page 3: Carina De Almeida

Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 3

A cidade de Santa Cruz do Sul é o maior ponto de destino da migração na região central

do Rio Grande do Sul. O desenvolvimento desta cidade foi atribuído pela historiografia local à

imigração alemã. A tradição oral também confirma tal vínculo. Escusado lembrar que a

população mais velha em Santa Cruz do Sul é predominantemente de origem alemã. Assim,

história e memória convergem.

Mas do núcleo colonial de imigrantes alemães dos meados do século XIX ao pólo regional

de migrantes do último quartel do século XX, a história urbana de Santa Cruz do Sul apresenta

vários tempos e espaços sociais que não obedecem à lógica linear das noções de progresso e

desenvolvimento. Atualmente, quase a metade da população urbana de Santa Cruz do Sul é

composta por contingentes vindos de alhures, atraídos pela oferta de trabalho e serviços de

saúde, educação e transporte; assim, boa parte da população residente na cidade não se vincula

ao passado remoto evocado pela memória e/ou pela história local (CORREA, 2007).

Como em outras cidades de porte médio do Rio Grande do Sul, os migrantes em Santa

Cruz do Sul fazem parte de uma história recente, ou seja, fazem mais parte do presente do que

do passado. Como a história e a memória se alicerçam na questão temporal, para os jovens

migrantes ou de “segunda geração” estar fora do tempo passado é, talvez, estar fora da memória

coletiva da cidade.

Outras variáveis interferem nesse sentimento de exclusão, de não pertencimento à

comunidade santa-cruzense e, por conseguinte, na narrativa dos jovens sobre o desenvolvimento

urbano de Santa Cruz do Sul. A análise dos diferentes grupos sociais a que os jovens

entrevistados pertencem acusa uma correlação entre distância social e memória. Em outras

palavras, pode-se dizer que os jovens mais próximos da core society se consideram mais filiados

a uma tradição reinventada pelos parvenus. A questão rural e urbana também é uma variável de

controle importante, porquanto jovens do meio rural estariam mais próximos das “raízes” da

colonização de Santa Cruz do Sul. Da mesma forma, jovens com origem étnica alemã tendem a

se identificar mais com o grupo fundador conforme a memória coletiva da comunidade local.

Além do grupo social, da herança rural ou urbana e do pertencimento étnico, a trajetória

intrageracional é uma variável independente que deve ser observada na narrativa dos jovens. Os

jovens migrantes têm uma relação recente com a memória urbana de Santa Cruz do Sul

enquanto os jovens de “segunda geração” têm uma experiência diferenciada dos primeiros.

Apesar dos pais migrantes, os jovens de “segunda geração” tiveram uma infância na cidade,

além de um processo de escolarização em Santa Cruz do Sul com maior duração do que os

Page 4: Carina De Almeida

Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 4

jovens migrantes. Isso significa um eventual complemento da memória sobre o

desenvolvimento urbano – através de informações oriundas das interações sociais com vizinhos

e amigos e das aulas de história na escola – que faltou aos jovens migrantes recém-chegados.

2. UBI BENE, IBI PATRIA

A narrativa dos jovens entrevistados acusa uma dimensão temporal e espacial muito

particular. Em relação ao tempo, nota-se que os jovens articulam passado, presente e futuro não

necessariamente de forma linear. Há entrecruzamentos entre suas trajetórias e aquela do

desenvolvimento urbano. Em termos espaciais, o narrador deve ser compreendido como homo

situs. Nesse sentido, sua narrativa depende muito de sua satisfação naquele lugar onde ele narra

a história, evoca sua memória. Por isso, o indivíduo se sente bem quando “encontra” o seu lugar

(ZAOUAL, 2006).

Os jovens entrevistados demonstraram procurar um lugar para si. Este lugar pode ser um

local que não remonta aos vínculos de origem. Entretanto, a ausência de um passado comum,

pode acarretar num sentimento de não localização. Ser de “fora” implica num conjunto de

relações de poder, de relações de localização (periferia e centro) e de inserção e pertencimento

étnico e/ou social (ELIAS e SCOTSON, 2000).

A noção de situs se refere ao presente, e neste sentido os jovens se consideram atores do

desenvolvimento urbano, o que não implica numa identificação com a cidade. Com relação à

história e à memória local os jovens reproduzem a tríade da colonização alemã, industrialização,

notadamente a agroindústria do tabaco, e desenvolvimento regional. Vale lembrar que a

economia de Santa Cruz do Sul tem se diversificado nos últimos anos, mas a maior produção da

riqueza ainda se deve à agroindústria do fumo.

Na realidade, tal narrativa aponta para uma contradição nas falas juvenis. Ao mesmo

tempo em que afirmam que a cidade não tem apenas “alemães” e reconhecem que muitos

possuem identidades e origem alhures, eles associam a história e a memória da cidade à saga

dos imigrantes alemães e seus descendentes.

Os jovens de “segunda geração” disseram ter mais dificuldades em evocar o passado, as

memórias familiares devido ao maior distanciamento espacial em relação à origem familiar.

Porém, a estrutura familiar se mostrou mais decisiva na ruptura com a memória da trajetória

familiar. Em outras palavras, tanto os jovens migrantes quanto os jovens “de segunda geração”

Page 5: Carina De Almeida

Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 5

conhecem menos a história de suas famílias quando vivem em foyers monoparentais. Neste

caso, eles estão condicionados a narrar uma história também monoparental. Isso se deve ao

abrandamento do diálogo intergeracional com progenitores ausentes.

Apesar das discussões intelectuais apontarem para um discernimento entre a história e a

memória nos estudos contemporâneos, tanto a memória quanto a história se confundiram nas

narrativas dos jovens. Os jovens muitas vezes ao discorrer sobre a “história” da parentela

reconheciam seu pouco conhecimento sobre a “história” da família, mas se empenham em

organizar a “memória” da parentela.

A narrativa dos jovens entrevistados não demonstrou muita ligação de suas histórias com a

história local porque a mobilidade espacial (migração deles ou dos pais) interferiu na trajetória e

em sua relação com o lugar. Como suas histórias familiares não fazem parte do tempo passado

de Santa Cruz do Sul, surge um “hiato de memória”. Mas, apesar de existir um descompasso da

história dos jovens com aquela da cidade, muitas narrativas apresentaram uma injunção entre a

história e a memória.

A narrativa juvenil também destacou um cotidiano que se passa mais nos bairros onde

residem os narradores; assim, suas histórias são fragmentadas, descontínuas. Seria equivocado

querer reunir todas essas vivências em diferentes espaços (sub) urbanos como se fossem peças

de um único puzzle.

Em relação ao desenvolvimento urbano, vale ainda ressaltar que na narrativa dos jovens de

“segunda geração” houve certa comparação com a memória de seus pais. Afinal, eles afirmaram

que os pais chegaram, viram o bairro de um jeito e hoje ele se encontra mudado. Outros jovens

disseram que os pais começaram a se estruturar em Santa Cruz porque a cidade lhes

proporcionou melhor trabalho ou emprego. Neste caso, a mobilidade espacial redundou em

mobilidade social.

As narrativas também evidenciam que as informações juvenis sobre o desenvolvimento

urbano de Santa Cruz do Sul vêem dos estudos escolares, do que eles lêem nos jornais, do que

assistem na televisão, mas também dos espaços de divertimento que freqüentam e das festas

comemorativas. Dessa forma, a visão otimista dos jovens entrevistados tem a ver com as

representações de outros discursos sobre o desenvolvimento urbano.

Apesar do “hiato de memória”, os jovens se consideraram atores do desenvolvimento

urbano, pois se identificaram com a cultura urbana, com os atrativos que a cidade de porte

médio lhes possibilita e com as comemorações e festas locais. Se não se identificam com o

Page 6: Carina De Almeida

Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 6

passado da cidade, eles se identificam com o seu presente e projetam um futuro comum para

eles e para a cidade. Cabe lembrar que a narração dos jovens sobre o desenvolvimento urbano

evoca um passado sem querer voltar à restauração do mesmo, sem pretender ingenuamente

resgatá-lo em sua integralidade. Aliás, a narração na história evoca aquilo que passou

(GAGNEBIN 2004; LE GOFF 2003, RICOEUR 2000).

Mas a narração dos jovens também acusa a influência do presentismo. Além disso, os

jovens migrantes e de “segunda geração” têm em comum uma identificação com a cidade, uma

vez que suas referências pretéritas com a cidade de origem deles ou a de seus pais tendem a

esmaecer pela falta de uma tradição oral. Sem a possibilidade de obter maiores informações

com a parentela distante, esses jovens acabam reforçando seu sentimento de “aqui e agora”.

Disso, decorre também um apego afetivo à cidade onde vivem. Ube bene, ibi patria.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENJAMIN, Walter. Sobre a filosofia da história. In: ______. Magia e técnica, arte e política.

São Paulo: Brasiliense, 1994.

CATROGA, Fernando. Memória, História e Historiografia. Coimbra: Quarteto, 2001.

CORREA, Sílvio Marcus de Souza. Os Jovens na Cidade de Porte Médio. Texto cedido pelo

autor e em fase de publicação. (Les Éditions de IQRC e Fundação Oswaldo Cruz). 2007.

ELIAS, Norbert; SCOTSON, John L. Os Estabelecidos e os Outsiders. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar Editor, 2000.

____; AMADO, Janaína (Orgs.). Apresentação. In: Usos & Abusos da História Oral. Rio de

Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 12 – 25.

FREITAS, Sônia Maria. História oral: possibilidades e procedimentos. 2 ed. São Paulo:

Associação Editorial Humanitas, 2006.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. História e Narração em Walter Benjamin. 2 ed. São Paulo:

Perspectiva, 2004.

____. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2006.

HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.

____. Los Marcos Sociales de la Memoria. Barcelona: Rubí; Concepción: Universidad de la

Concepción; Caracas: Universidad Central de Venezuela, 2004.

Page 7: Carina De Almeida

Anais do IX Encontro Nacional de História Oral - 22 a 25/04/2008 - UNISINOS 7

LE GOFF, Jaques. História e Memória. 5 ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2003.

MEIHY, José Carlos Sebe Bom; HOLANDA, Fabíola. História Oral: como fazer, como

pensar. São Paulo: Contexto, 2007.

NORA, Pierre. Entre Memória e História: a Problemática dos Lugares. Tradução de Yara Aun

Khoury. Projeto História. v.10. São Paulo: dez.1993, p.7 – 28.

PORTELLI, Alessandro. O que faz a História Oral diferente?. Tradução de Maria Therezinha

Janine Ribeiro. Projeto História. Revista do Programa de Estudos Pós-graduados em História e

do Departamento de História/PUCSP. n° 14, fev. 1997. p.25 – 39.

RICOEUR, Paul. La memoire, l’histoire, l’oubli. Paris: Seuil, 2000.

RICOEUR, Paul. L’écriture de l’histoire et la représentation du passé. Annales HSS, juillet-août

2000.

ZAOUAL, Hassan. Nova Economia das Iniciativas Locais: Uma Introdução ao Pensamento

Pós-Global. Tradução de Michel Thiollent. Rio de Janeiro: DOP&A: Consulado Geral da

França: COPPE/UFRJ, 2006.